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PROCESSAMENTO TECNOLÓGICO DE CARNES E DERIVADOS ( DEFINIÇÃO: ( OBJETIVOS: Conservação Melhorar sabor e aroma Diversificação / conveniência ( CLASSIFICAÇÃO: Produtos cárneos reconstituídos crus frescais ou cozidos, temperados ou não ( hamburguer, almôndega, bife reconstituído, quibe, nuggets Produtos cárneos salgados ( pés, orelha, rabo, costelinha, charque, tasajo Produtos cárneos curados salgados ( jerked beef cozidos ( presunto, apresuntado defumados ( presunto tipo italiano, bacon, lombo, copa cozido e defumado ( presunto tenro, lombo canadense Produtos curados embutidos (salsicharia) massa crua e frescais ( lingüiça de suíno, lingüiça de frango, lingüiça mista massa crua e semi-crua com dessecação branda (perda < 20%) ( paio, salaminho, lingüiça calabresa massa crua ou semi-crua dessecados (perda de 20 a 40%) ( salame tipo Milano, salame tipo Italiano, lingüiça tipo toscana massa cozida a seco (estufas) ( salsichas, mortadelas massa escaldada (imersão em água quente) ( patês, fiambre Produtos cárneos enlatados ou envasados conservas ( >110ºC) ( salsicha, corned beef, apresuntado semi-conserva (até 100ºC) ( presunto Produtos cárneos especiais ( carne cozida congelada, extrato de carne, carnes irradiadas, carnes desidratadas Subprodutos cárneos comestíveis ( miúdos, tripas, buchos, retalhos, CMS Subprodutos cárneos não comestíveis ( pele, couro, casco, chifre EQUIPAMENTOS DE APOIO NO PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS AMACIADOR MECÂNICO QUEBRADOR DE BLOCOS MOEDOR MISTURADEIRA CUTTER EMBUTIDEIRA AMARRADEIRA ESTUFA MÚLTIPLA INJETORA TAMBLER MÁQUINA FORMADORA (FORMAX) MÁQUINAS PARA OBTENÇAO DE CMS � ADITIVOS E INGREDIENTES UTILIZADOS EM PRODUTOS CÁRNEOS Aditivo intencional: “Substância ou mistura de substâncias dotadas ou não de valor nutritivo, incorporadas ao alimento com a finalidade de impedir alterações, manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor e sabor, modificar ou manter seu estado físico geral ou exercer qualquer ação exigida para uma boa tecnologia de fabricação do produto” ( CLASSIFICAÇÃO (Decreto 55.871 de 26/03/1965): Corante ( confere ou intensifica a cor dos alimentos Flavorizante ( confere ou intensifica o sabor dos alimentos Aromatizante ( confere ou intensifica o aroma dos alimentos Conservante ( Impede ou retarda a alteração provocada por enzimas e/ou microrganismos Antioxidante ( Retarda o aparecimento de alteração oxidativa nos alimentos Estabilizante ( Favorece e mantém as características físicas de emulsões Espessante ( Capaz de aumentar a viscosidade das emulsões Umectante e antiumectante ( Capaz de manter ou reduzir as características higroscópicas Acidulante ( Capaz de intensificar o gosto (exacerbação do sabor) É proibido o uso de aditivo quando: evidência ou suspeita de toxidade interferir desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento servir para encobrir falhas no processamento ou alterações na matéria-prima ou no produto final induzir o consumidor a erros DESCRIÇÃO DOS ADITIVOS UTILIZADOS EM PRODUTOS CÁRNEOS: CORANTES: 1.1. C.I ( corante orgânico natural: cochonilha, carotenóides, urucum CONSERVADORES: 2.1. Nitratos e nitritos FUNÇÕES: Desenvolve a cor dos produtos curados Nitrato ( nitrito ( ácido nitroso ( óxido nítrico (agente ativo da cura) ( bactérias eritorbato ou ascorbato mioglobina + óxido nítrico = mioglobina óxido nítrico ou nitrosomioglobina ( desnaturação protéica = nitrosil hemocromo (vermelho róseo – estável) NITROSAMINAS ( compostos formados pela reação de aminas com o nitrito ( comprovadamente carcinogênicas ( eritorbato ou ascorbato bloqueiam a sua formação ( Modifica o flavor da carne fresca ( flavor de carne curada ( Diminui a taxa de desenvolvimento da rancidez (óxido nítrico) ( Inibe o crescimento de microrganismos patogênicos CÓDIGO DE ROTULAGEM: Nitrato de sódio ou de potássio ( P VII Nitrito de sódio ou de potássio ( P VIII LIMITES: ( 200 ppm no produto final ( 120 ppm no bacon 2.2 Ácido sórbico ou sorbatos ACIDULANTES: 3.1. Ácido láctico ( 2% 3.2. Glucona delta lactona ( 0,5% CÓDIGO DE ROTULAGEM ( H.X ANTIOXIDANTES: 4.1. Eritorbato de sódio CÓDIGO DE ROTULAGEM ( A XIV LIMITE ( 0,5% 4.2. Ascorbato de sódio CÓDIGO DE ROTULAGEM ( A I LIMITE ( 0,5% FUNÇÕES: Retardam o aparecimento de alteração oxidativa Aceleradores da cura e estabilizam a cor de carne curada (coadjuvantes da cura) Reduzem a formação de nitrosaminas (coadjuvantes da cura) ESTABILIZANTES: FUNÇÕES: Aumentam o pH da carne Aumentam a capacidade de retenção de água Retardam o desenvolvimento de sabor e aroma indesejáveis MECANISMO: ( pH ( ( CRA Seqüestram os íons cálcio CÓDIGO DE ROTULAGEM ( ET IV LIMITE ( 0,5% LIGADORES: 6.1. Amido, fécula e soja FUNÇÕES: (Ajudam a reter água / formam géis com o calor (Aumentam a suculência e favorecem ao fatiamento (Diminuem o custo do produto final (SOJA ( gosto amargo após tratamento pelo calor ESPESSANTES: 7.1. Goma arábica e ágar-ágar FUNÇÃO: ( Aumenta a viscosidade das emulsões ou a consistência dos alimentos CÓDIGO DE ROTULAGEM ( EP LIMITE: 5% UMECTANTES: 8.1. Lactato de sódio FUNÇÃO: ( Mantém a umidade CÓDIGO DE ROTULAGEM ( U LIMITE ( 0,02% ANTIUMECTANTE: 9.1. Dióxido de silício, fosfato tricálcico FUNÇÃO: (Reduz a higroscopicidade CÓDIGO DE ROTULAGEM ( AU LIMITE ( 2% FLAVORIZANTES E AROMATIZANTES: a) CÓDIGO DE ROTULAGEM ( F CONDIMENTOS ( DEFINIÇÃO: “Produto contendo substâncias aromáticas, sápidas, com ou sem valor alimentício, empregado com o fim de temperar alimentos, dando-lhes aroma e sabor” ( FUNÇÕES: (Aumentam a palatabilidade (Favorecem a digestão (Conferem odores e sabores característicos (Ação antioxidante (pimenta do reino, cravo, gengibre, alecrim, tomilho) (Ação antimicrobiana (canela, cravo) ( DESCONTAMINAÇÃO ( IRRADIAÇÃO ( REALÇADOR DE SABOR ( Glutamato monossódico AGENTES DA CURA ( SAL ( flavor e conservação ( AÇÚCAR ( conservação e mascara gosto amargo do nitrito PRODUTOS REESTRUTURADOS OU RECONSTITUÍDOS DEFINIÇÃO: HAMBURGUER: Matéria-prima Quebrador de blocos Moedor Misturadeira = carne + sal + água + proteína de soja + condimentos + eritorbato Enformagem Congelamento Acondicionamento Estocagem Expedição Comercialização ALMÔNDEGAS: Carne + sal + água + papada/toucinho/pele + proteína de soja + farinha de rosca + condimentos + eritorbato QUIBE: 3.1. Carne + sal + água + papada/toucinho/pele + proteína de soja + trigo integral + condimentos + eritorbato � DEFUMAÇÃO ( DEFINIÇÃO: ( FUNÇÕES: Flavor ( compostos fenólicos 2. Conservação Desidratação da superfície Compostos bacteriostáticos ( formaldeídos, fenólicos Fenóis ( antioxidantes 3. Coloração desejada 4. Desenvolvimento de um novo produto ( COMPOSIÇÃO DA FUMAÇA: Fenóis ( antioxidante, flavor, bacteriostáticos Ácidos orgânicos ( fórmico, acético Carbonils ( cor, flavor Hidrocarbonos ( benzopireno ( DEPOSIÇÃO DA FUMAÇA DEPENDE: Densidade da fumaça ( ( Tº ( ( densa a fumaça Velocidade do ar na estufa Umidade relativa / umidade superficial do produto ( PROCESSO DA DEFUMAÇÃO: Secagem Defumação Cozimento ( TIPOS DE ESTUFAS OU FUMEIROS: Estufas comuns com queima de serragem úmida Sistema de fricção (fricção de um disco metálico / madeira Estufas ATMOS ( TÉCNICAS DE DEFUMAÇÃO: Defumação a frio 12 a 28ºC / horas até semanas Conservação Maior perda de peso Penetração maior e mais uniforme da fumaça Cor mais uniforme Produtos: bacon, lingüiça calabresa, salames, presunto de Parma Defumação a quente 50º a 70ºC Fixação da cor Penetração menos profunda da fumaça Menor perda de peso Conservação Fumaça líquida “Aroma natural de fumaça” ( extrato aromático obtido pela combustão controlada de madeiras, com posterior filtração e purificação ( forma líquida ou concentrada (pó) Inexistência de hidrocarbonetos Não requer instalação de gerador de fumaça Necessário o cozimento Maior uniformidade na cor e sabor Adição direta, imersão, pulverização Limite ( máximo de 90 mg / kg de produto final Nome comercial ( defumex, fumarim Rótulo ( Aroma natural de fumaça ( DEFEITOS DAS CARNES DEFUMADAS: Alterações da cor Umidade elevada ( PSE, umidade do processo Secagem Defumação prolongada Escassez ou excesso de nitrato/nitrito ( manchas cinzentas Alterações de odor e sabor Defumação insuficiente ou excessiva Elevado teor de nitrito Carnes limosas / ranço Condimentos em excesso Alterações de consistência Defumação excessiva Carne limosa Alterações microbianas 4.1 Aspergillus e Penicillium � PRODUTOS DE SALSICHARIA DE MASSA COZIDA ( DEFINIÇÃO DE EMULSÃO: Fase descontínua ou dispersa ( gordura Fase contínua ( água + proteína ( MECANISMO DE EXTRAÇÃO DAS PROTEÍNAS: Efeito mecânico das lâminas do cutter Adição de sal e polifosfato ( FATORES QUE INFLUEM NA FORMAÇÃO E ESTABILIDADE DA EMULSÃO: Temperatura Tamanho da partícula de gordura pH das carnes utilizadas ( FINALIDADES DO COZIMENTO: Desenvolvimento da cor Pasteurização Coagulação das proteínas ( ( Ur, ( ventilação, ( temperatura no início / responsável pela textura ( FLUXOGRAMA DA FABRICAÇÃO DE SALSICHA: Matéria-prima Quebrador de blocos Cutter 3.1) Carne magra + CMS + sal + polifosfato + metade do gelo + nitrito 3.2) Proteína de soja + condimentos + pele/papada + GDL ( baixa a rotação + amido + eritorbato ( Aroma natural de fumaça / tempo de cutter / CMS (9ºC / GDL + eritorbato) Embutimento ( tripa artificial de celulose (20 a 22mm) Cozimento Secagem ( 20 min. ( 50ºC ( chaminé aberta Avermelhamento ( 20 min. ( 60ºC ( chaminé fechada Cozimento ( 60ºC até 85ºC ( produto com 72ºC Resfriamento Câmara de resfriamento Retirada do envoltório ou depelagem Banho de corante ( água + urucum a 80ºC com pH 11/12 por 2 a 3 min. ( ácido láctico Embalagem Estocagem ( FLUXOGRAMA DA FABRICAÇÃO DE MORTADELA: Toucinho cortado em cubos Tripa artificial de polietileno calibre 80mm / não ocorre depelagem Cozimento Secagem ( 90 min. ( 50ºC ( chaminé aberta Avermelhamento ( 90 min. ( 60ºC ( chaminé fechada Cozimento ( 60ºC até 85ºC ( produto com 72ºC Resfriamento ( produto com 40ºC (20 a 30 min.) / câmaras até 10ºC (8 a 10 h) ( PRINCIPAIS DEFEITOS NA FABRICAÇÃO: Quebra de emulsão ( grandes poros na massa cheios de gelatina e gordura ( equilíbrio gordura / proteína ou trituração excessiva Carnes limosas Áreas vazias Alterações na cor ( manchas cinzentas ( escassez ou excesso de nitrito ( bolsas de ar � PRODUTO DE SALSICHARIA DE MASSA CRUA E FRESCAL LINGÜIÇA FRESCAL: Definição Matéria-prima = retalhos de carne bovina, suína, paleta bovina, carne da coxa de frango com pele, toucinho Processamento 3.1 Moedor 3.2 Misturadeira = carne + sal + polifosfato + água + nitrito + toucinho + condimentos + eritorbato 3.3 Câmara = 0ºC de 12 a 24 horas 3.4 Embutimento 3.5 Embalagem / armazenamento PRODUTO CURADO COZIDO ( PRESUNTO COZIDO: Matéria-prima Injeção de salmoura ( água + sal + polifosfato + condimentos +nitrito + eritorbato Tambleamento Enformagem Prensagem Cozimento ( 70ºC a 80ºC por 1 a 2 horas Resfriamento ( água a 1ºC e em câmara a 4ºC Desenformagem Embalagem � PRODUTOS SALGADOS DE CARNE BOVINA ( CHARQUE – DEFINIÇÃO: ( CONSERVAÇÃO: PROIBIDO ADIÇÃO DE NITRATO E NITRITO ( FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO DO CHARQUE: Matéria-prima ( dianteiro, ponta de agulha, aproveitamento condicional Desossa Manteação Salga úmida ( 25% de sal / 15ºC por 50 minutos / ácido lático Salga seca ( plataformas com 10 cm / pilhas com 1,80 / 24 horas Ressalga ( 24 horas Pilha de volta ( 24 horas Tombagem ( 4 dias Lavagem ( água com 0,5 ppm de cloro Secagem (dessecação) ( 4 a 5 dias de 6 a 8 horas por dia / descanso de 2 dias = 3 estendidas Embalagem ( sacos de aniagem ou embalado à vácuo ( Características químicas: Umidade = 45% Cloreto de sódio = 10-15% Gordura = 11,5% Proteína = 30-35% ( O art. 432 do RIISPOA, considera o charque adulterado quando: Ocorrer rancificação da gordura Possuir odor e sabor desagradáveis Estiver amolecido, úmido e pegajoso Apresentar áreas de coloração anormal Apresentar larvas ou parasitos ( Características microbiológicas (Portaria 001 de 28 de janeiro de 1987): Ausência de vermelhão Salmonella – ausência em 25 g Coliformes fecais – máx.102 / g Staphylococcus aureus – máx. 103 / g Clostridium sulfito redutores – máx. 2 x 10 / g Contagem total – máx. 106 / g ( CARNE DE SOL – DEFINIÇÃO: ( FLUXOGRAMA DA PRODUÇÃO DE CARNE DE SOL: Matéria-prima ( ponta de agulha, contra-filé, coxão mole Manteação ( 3 a 4 cm Salga seca ( após 6 horas é feito o tombamento Lavagem ( opcional Secagem Embalagem ( JERKED BEEF OU CARNE BOVINA CURADA DESSECADA Salga seca ( nitrato e nitrito Umidade do produto final ( 50% 2 estendidas / estufa até 45ºC Embalagem ( TASAJO Exportação Dessecação em estufas Mantas revestidas de sebo corado com urucum Peças embaladas individualmente à vácuo PRODUTOS CURADOS DE SUÍNOS ( Presunto Corte de carne: pernil Cru: curado e maturado Cru e defumado: curado, maturado e defumado Cozido: curado e cozido Enlatado: curado e cozido Tenro: curado, cozido e defumado (com ou sem osso) ( Paleta Corte de carne: paleta ou pá Cozida: curada e cozida Defumada: curada e defumada ( Copa Corte de carne: ombro e sobrepaleta Defumada: curada e defumada Cozida: curada e cozida ( Lombo Corte de carne: lombo desossado Defumado: curado e defumado Canadense: curado e cozido ( Carré Corte de carne: lombo com osso Defumado: curado e defumado ( Bisteca ou costeleta Corte de carne: secções transversais do carré Defumada: curada e defumada ( Bacon Corte de carne: barriga e entrecosto Defumado: curado e defumado Curado ( Costelas Corte de carne: arcos costais Defumadas: curadas e defumadas ( Apresuntado Corte de carne: qualquer segmento de carne suína Curado: curado e cozido ( Miudezas Pés, rabo, orelhas Salgados: curados pelo sal Defumados: curados e defumados ( Pele Salgada: curada pelo sal Defumada: curada e defumada CARNE BOVINA COZIDA CONGELADA ( DEFINIÇÃO: ( REQUISITOS ESPECIAIS: Certificado de vacinação 2 áreas distintas / proibido livre trânsito Rigor na higienização e uniformes uso exclusivo do setor ( FLUXOGRAMA: 1. Matéria-prima ( paleta, coxão duro, músculo do traseiro 2. Preparo preliminar ( 0ºC / 7 dias Área decarne crua 4.1 Climatizada 4.2 Desossa, toalete, cortada em porções, tubos de nylon Área de cozimento e resfriamento 5.1 Câmaras, expedição exclusiva, exaustão 5.2 Cozimento ( 100ºC / 2 horas / 70ºC 5.3 Prova do caldo rosado 5.4 Resfriamento ( água corrente / 15 min. 5.5 Drenagem 5.6 Reentubamento 5.7 Câmara ( 0ºC / 12 horas ( congelamento – 20ºC 5.8 Estocagem Rendimento industrial ( 55 a 60% Características físico-químicas: Gordura ( 5 a 17% Proteína ( 22 a 32% Umidade ( 59 a 62% pH ( 5,5 a 6,0 EXTRATO DE CARNE ( DEFINIÇÃO: ( PROCESSO ( 80% de sólidos CORNED BEEF ( FLUXOGRAMA: Matéria-prima ( retalhos de carne bovina, porções gordurosas, tendões, carne industrial Quebrador de blocos Cozimento ( tanques = 100ºC / 10 min. Misturadeira ( carne, sal (2%), nitrito Enlatamento Recravação Lavagem ( detergente + água 80ºC Esterilização ( 110ºC // resfriamento Secagem Embalagem SUBPRODUTOS NÃO COMESTÍVEIS ( FARINHA DE CARNE: Matéria-prima Cozimento ( 120ºC / 20 a 30 min. Secagem ( 90ºC / 2 horas Percolação Prensagem Moagem Embalagem Proteína ( mín. 65% Umidade ( máx. 10% Gordura ( máx. 10% ( FARINHA DE CARNES E OSSOS: Proteína ( mín. 40% Umidade ( máx. 10% Gordura ( máx. 10% ( SEBO INDUSTRIAL: Percolador Reservatório aquecido Tanques de decantação ( FARINHA DE SANGUE: Calha Tanque Tanque de coagulação Secagem � CONVERSÃO DO MÚSCULO EM CARNE: ALTERAÇÕES POST-MORTAIS ( Proteínas envolvidas na contração muscular: Contráteis ( actina e miosina Reguladoras ( troponina e tropomiosina ( Para que o músculo fique relaxado: Cálcio livre baixo ATP alto ( Para que o músculo contraia: Cálcio livre alto ATP baixo ( ALTERAÇÕES POST-MORTAIS: Retenção de parte do sangue devido a sangria: ( pressão sangüínea ( sistema circulatório tenta manter o aporte sangüíneo ( ( bombeamento cardíaco e os vasos periféricos se contraem ( extrae somente 50% do volume sangüíneo total Falha circulatória / queda post-mortal do pH: Anaerobiose ( glicogênio ( ácido lático ( pH 5,4 a 5,5 (3 a 24 horas) PSE ( pH 5,4 a 5,5 em 1 hora ( glicogênio rapidamente metabolizado DFD ( pH 6,0 a 6,2 ( baixo teor de glicogênio muscular inicial Produção e dissipação do calor: Sangria ( perda do controle de dissipação do calor (pulmões e pele) ( ( temperatura muscular ( desnaturação das proteínas Rigor mortis: Formação de pontes de actomiosina permanentes ( perda da elasticidade e extencibilidade muscular ( 3 a 24 horas ( pH 5,4 a 5,5 FASES DO RIGOR: Retardo ou latência ( extencibilidade ( ATP Iniciação ou instalação ( perde a elasticidade ( esgota o ATP Terminação ( auge do pH baixo ( antes do início da maturação Perda de proteção frente a invasão bacteriana: Animal vivo ( defesas (tecidos, membranas celulares, sistema circulatório, sistema linfático) ( com a morte ( permeabilidade das membranas Cor do músculo: Perda da integridade estrutural (firmeza): Degradação enzimática: ( do pH ( lisossomas ( enzimas proteolíticas ( maturação e envelhecimento da carne ( Encurtamento pelo frio: Resfriamento (0º a 10ºC) ( pré-rigor ( liberação de cálcio ( encurtamento do sarcômero em 40% ( Rigor do descongelamento: Congelamento em pré-rigor ( Estimulação elétrica: Choque na carcaça ( narinas (eletrodo), região do vazio ou região esternal (barra metálica) Descarga elétrica de alta voltagem (400 volts) ou baixa voltagem (70 a 110 volts) por 2 minutos Feita após os 3 minutos da sangria ou no máximo 40 minutos após a sangria OBJETIVOS: Acelera o rigor mortis ( esgotamento rápido de ATP Evita o encurtamento pelo frio ou rigor do descongelamento Aumenta a maciez da carne Confere uma coloração vermelha à carne COM ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA SEM ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TEMPO pH TEMPO pH 2 minutos 6,3 2 horas 6,0 10 horas 6,0 3 a 5 horas 5,4 20 a 24 horas 5,4 ( Deve-se esperar 4 horas antes de submeter a carne ao congelamento, para que sejam destruídos os últimos traços de ATP. CURRAIS E ANEXOS Distância mínima de 80 metros Currais de chegada e seleção Curral de observação Currais de matança Departamento de necrópsia ( sala de necrópsia / forno crematório Rampa de acesso à sala de matança ( piso antiderrapante, comportas tipo guilhotina, seringa CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO DA SALA DE MATANÇA Andar superior Pé direito ( 7 m / forro Trilho alto ( 5,25 m (área de vômito ao 1º transpasse) Trilho baixo ( 4,00 (até a evisceração) Boa iluminação (artificial e natural) Janelas teladas / Parapeito chanfrado Piso impermeável / ângulos arredondados Paredes impermeabilizadas Canaleta de sangria dupla Separação da área suja da área limpa Portas de 1,50 m de largura com visor e cortina de ar CUIDADOS ANTE MORTEM TRANSPORTE: REPOUSO: 24 horas / 6 horas Reposição do glicogênio muscular JEJUM: DIETA HÍDRICA: PREPARO DA CARCAÇA BOVINA BANHO DE ASPERSÃO: Água hiperclorada / pressão Borrifadores Objetivos RAMPA DE ACESSO AO BOXE DE INSENSIBILIZAÇÃO: Piso antiderrapante Porteiras tipo guilhotina Largura de 3m SERINGA: Única ou dupla Banho INSENSIBILIZAÇÃO: Objetivos Boxe metálico com lateral e fundo móveis MÉTODOS: Pistola pneumática (concussão cerebral ou percussivo não penetrativo) Marreta (proibido) ÁREA DE VÔMITO: Manea ( pata esquerda / trilho alto SANGRIA: Preceitos religiosos ( “Kosher” Duas facas Canaleta dupla Tempo ( 3 minutos Sangue comercializado ( faca vampiro ESFOLA: Serragem do chifre Esfola das patas dianteiras e sua desarticulação Enumeração da face articular do carpo Esfola e desarticulação da pata traseira livre Esfola do quarto traseiro e anca livres Esfola dos quartos dianteiros e pescoço Primeiro transpasse ( passagem para o trilho baixo / pendura pelo quarto esfolado Esfola e desarticulação da pata que estava presa e também do quarto traseiro e anca correspondentes Segundo transpasse ( pendurado pelos quartos Esfola do matambre Esfola da região perianal ( oclusão do reto Oclusão da porção cranial do esôfago Esfola da cabeça Arreamento da pele ( cilindro giratório VANTAGENS DO PROCESSO DE ABATE E ESFOLA EM PLANO ELEVADO: Evita o contato do animal com o piso Sistema contínuo de operações Propulsão das carcaças sempre em frente, evitando cruzamentos Economia de mão de obra Posição mais cômoda para o operador Atende as exigências dos países importadores Maior drenagem de sangue SERRAGEM DO PEITO: Saca-rolha separa traquéia do esôfago DESARTICULAÇÃO DA CABEÇA: Enumerar o côndilo do occipital com mesmo número da face articular do carpo Lavar a cabeça com água morna e sob pressão EVISCERAÇÃO: Abertura das cavidades pélvica e abdominal Retirada em uma única etapa o tubo gastrointestinal / junto com o estômago sai o baço e com o intestino, o pâncreas e a bexiga Retirada do fígado Retirada do coração e pulmão INSPEÇÃO PONTOS CRÍTICOS: Ruptura do tubo gastrointestinal Evisceração tardia Perfuração da vesícula biliar HIGIENE: Não perfurar o tubo gastrointestinal / Não perfurar a vesícula biliar Não ultrapassar 30 minutos da morte do animal até sua evisceração Higienização de facas, mãos e braços SERRAGEM DA CARCAÇA: Ao longo da coluna vertebral TOALETE: Limpeza da ferida de sangriaRetirada da medula Retirada dos rins e da gordura peri-renal Retirada da gordura inguinal e excesso da gordura pélvica Retirada da rabada Limpeza das pequenas contusões Retirada dos testículos e mamas PESAGEM DAS MEIAS CARCAÇAS: LAVAGEM DA MEIAS CARCAÇAS: Água quente a 40ºC / hiperclorada / pressão / cima para baixo CARIMBAGEM: Carimbo oval ( modelo I / altura do coxão, lombo, ponta de agulha e paleta CÂMARA FRIA: � PREPARO DAS VÍSCERAS COMESTÍVEIS ( MIÚDOS ( órgãos e vísceras utilizados na alimentação humana ( coração, pulmões, fígado, rins, miolos, mocotós e língua ( SEÇÃO DE MIÚDOS: Localizada sob o piso da sala de matança Piso e paredes impermeabilizadas Pé direito de 4 m Temperatura ambiente de 15ºC Mesas de aço inoxidável com borda de 5 cm de altura, canaleta e perfuração no centro Chuveiros com água fria e hiperclorada Ganchos ( TÉCNICA GERAL DE PREPARO: Limpeza ( retirada da gordura, tecido conjuntivo, gânglio linfático, glândulas, ossos, grandes vasos Lavagem ( água corrente Escorrimento ( ganchos ou nória Embalagem Congelamento / Estocagem ( Fígado: Limpeza ( retirada da vesícula biliar, nódulos linfáticos e tecido adiposo Lavagem e escorrimento Embalagem / congelamento / estocagem ( Coração: Limpeza ( retirada dos vasos Lavagem / escorrimento / embalagem / congelamento / estocagem ( Miolos: Obtenção ( abertura da caixa craniana no sentido longitudinal Limpeza ( retirada das meninges, hipófise Lavagem / escorrimento / embalagem / congelamento / estocagem ( Pulmões: Limpeza ( retirada do tecido mediastínico, nódulos linfáticos, gordura e traquéia Lavagem / escorrimento / embalagem / congelamento / estocagem ( Língua: Limpeza ( retirada do osso hióide, gordura, glândulas salivares e nódulos linfáticos sublinguais e retrofaringeanos Lavagem / escorrimento / embalagem / congelamento / estocagem Industrializada (defumada) ( retirada do epitélio em tambor giratório com água quente ( Mocotós: Escaldados Retirada das unhas Depilação Lavagem / escorrimento / embalagem / congelamento / estocagem ( Rabada: Limpeza ( retirada do excesso de gordura da base da cauda Lavagem e escorrimento Seccionadas em vários pontos / dobradas e amarradas (feixes de 5 peças) Embalagem / congelamento / estocagem ( Retalhos de carne (carne industrial): Carne da cabeça ( músculos masseter e pterigóide (bochechas vermelhas) Diafragma e seu pilar Porção muscular do esôfago Carne de pescoço ( parte muscular da ferida de sangria Carne da língua ( porção muscular da língua Preparo dos retalhos de carne: Limpeza ( retirada das glândulas, nódulos linfáticos, tecido adiposo, tecido conjuntivo aparente, ossos e sangue coagulado Lavagem Escorrimento Embalagem Congelamento em blocos / estocagem � FRIGORIFICAÇÃO DE CARNES DEFINIÇÃO: IMPORTÂNCIA: INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA, UMIDADE RELATIVA E VENTILAÇÃO: CARNES RESFRIADAS: Definição: Obtenção: Características: Não têm alteradas o seu equilíbrio físico-químico / consistência Alterações: Desidratação por evaporação Quebra de peso Rancificação da gordura Absorção de odores estranhos Alteração da cor Decomposição microbiana Contaminação óssea ( carcaças pesadas ( articulação coxo-femural CARNES CONGELADAS: Definição: Métodos de congelamento: Sem ventilação forçada Túneis com ventilação forçada Criogênico Congelamento lento: Características das carnes congeladas lentamente Congelamento rápido: Características das carnes congeladas rapidamente PERDA DE SUCO NO DESCONGELAMENTO Tipos de descongelamento Congelamento rápido Congelamento lento Descongelamento em temperatura ambiente 9,9 ml / 100g 13,6 ml / 100g Descongelamento em câmara fria 2,3 ml / 100g 10,0 ml / 100g Seqüência do congelamento: Estocagem da carne congelada: “ Stoquinete” Estrados a 10 cm do piso / pilhas a 10 cm do teto e 20 cm da parede Quartos traseiros separados dos quartos dianteiros Alterações das carnes congeladas e estocadas: Dessecação Queimaduras pelo frio Perda de aroma Mudança de cor Alteração da gordura Fungos DESCONGELAMENTO: Descongelamento rápido Descongelamento lento CÂMARAS FRIGORÍFICAS: TRANSPORTE DE CARNE FRIGORIFICADA: EMBALAGEM PARA CARNES FUNÇÕES: Prevenir contaminação Prevenir desidratação Prevenir danos físicos Atrair o consumidor PROPRIEDADES: Inocuidade sanitária e toxicológica Resistência mecânica Propriedades óticas Estabilidade em relação as gorduras Propriedades térmicas Contratilidade TIPOS DE EMBALAGENS: Embalagens plásticas de polietileno ou polipropileno Embalagem a vácuo: polímeros mistos (polivinileno e polivinil) Atmosfera modificada ENVOLTÓRIOS FUNÇÕES: ENVOLTÓRIOS NATURAIS: Bovino ( esôfago, bexiga e trato intestinal Ovino ( intestino delgado Suíno ( bexiga, estômago e trato intestinal Classificação: Tripa fina ou estreita ( intestino delgado Tripa grossa ( cólon Funda ou peró ( ceco Culatra ( reto Vantagens dos envoltórios naturais: Comestíveis Boa adesão da massa à superfície da tripa Alta permeabilidade Macias Boa imagem para o consumidor Desvantagens dos envoltórios naturais: Desfavoráveis nas características higiênicas Sem homogeneidade de forma Pouco resistentes Maior tempo e trabalho no processamento Podem apresentar defeitos Requerem trabalho prévio ao seu emprego Têm odores por vezes desagradáveis Ressecam rapidamente Maior quebra de peso DEFEITOS DAS TRIPAS NATURAIS DEFEITOS CAUSAS CUIDADOS A TOMAR Pontos adelgaçados Manipulação deficiente Manejo cuidadoso Manchas de ferrugem Armazenagem úmida Armazenagem adequada e manter as tripas embaladas Enraizamento Gordura demasiada no intestino, depósito em ambiente quente Controle das tripas e das condições de depósito Buracos nas tripas dessecadas Armazenagem prolongada, parasitos ou traças Controle higiênico-sanitário e controle de armazenagem ENVOLTÓRIOS ARTIFICIAIS: Hidrato de celulose Poliamida Poliéster Colágeno reconstituído Vantagens dos envoltórios artificiais: Produtos finais homogêneos Não requerem trabalho preparatório Atendem de forma favorável à automação Firmes ao embutimento Fácil manipulação, armazenagem e transporte Não possuem odores Menor risco de veiculação de microrganismos Maior resistência à temperaturas extremas Maior resistência à gorduras Permitem a impressão Desvantagens dos envoltórios artificiais: Diminuem ou impedem a penetração da fumaça Não são comestíveis (exceção – colágeno reconstituído) Custo elevado Imagem artificial para alguns consumidores � TECNOLOGIA DE CARNES EVOLUÇÃO DO PARQUE INDUSTRIAL BRASILEIRO 1. Fase pioneira ( 1730 Matadouros Municipais ( bovino abatido e esfolado no chão Primeira charqueada ( Ceará 1914 a 1918 Instalação da indústria Anglo-Americana ( trilhos 1917 ( primeira turma de Médicos Veterinários Década de 30 Criação do SIPOA Década de 50 Implantação do parque industrial brasileiro de carne RIISPOA Década de 60 Criação das normas higiênico-sanitárias Década de 70 Padronização de técnicas, instalações e equipamentos LANARA Tecnificação da avicultura e suinocultura Década de 90 7.1. Aprimoramento da qualidade do rebanho e aumento das exportações de carnes
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