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Turma de Exercícios 
Petrobras 
Engenharia de Produção 
 
 
Administração da 
Produção e Logística 
Fundamentação Teórica 
1ª Parte 
Professor Gustavo Tepedino 
Março/2014 
 
 
Conteúdo: Engenharia de Métodos, Ergonomia e Projeto do Trabalho 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 2 
 
Capítulo 1 - Engenharia de Métodos 
 
Administração Científica 
Na última década do século dezenove, e nas primeiras duas do século vinte, 
alguns pensadores gerenciais desenvolveram ideias e princípios de projeto de 
trabalho e negócio que coletivamente ficaram conhecidos como “administração 
científica”. 
A doutrina básica da “administração científica” seria: 
- Todos os aspectos do trabalho devem ser investigados de forma científica, 
para estabelecer as leis, regras e fórmulas que regem os melhores métodos de 
trabalho. 
- Tal abordagem investigativa do estudo do trabalho é necessária para 
estabelecer o que constitui “o trabalho justo de um dia”. 
- Os trabalhadores devem ser selecionados, treinados e desenvolvidos 
metodicamente para desempenhar suas tarefas. 
- Os administradores devem agir como os planejadores do trabalho (analisando 
o trabalho e padronizando o melhor método de executar o trabalho), enquanto 
os trabalhadores devem ser responsáveis por executar seu trabalho nos 
padrões estabelecidos. 
 
Fases da Administração Científica 
A administração científica é dividida em 3 fases: 
 
1ª FASE: 
 
São os problemas de salários, estudo do tempo, definição de tempo- 
padrão, administração das tarefas. 
Os trabalhadores acreditavam que seu esforço, beneficiava somente o seu 
patrão, com isso eles não se empenhavam no trabalho. A forma de pagamento 
fazia com que eles acreditassem nisso. 
Para resolver tal problema surgiu a possibilidade, dos empregados começarem 
a ter participação nos lucros, ganhar bônus da empresa e aumento de salário. 
Taylor achava que se cronometrasse o tempo máximo de trabalho e medisse o 
tempo que o homem precisa para executar uma tarefa com eficiência, reduziria 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 3 
 
o desperdício e assim aumentaria a produção e o lucro da empresa. 
Esse sistema foi a base para o começo da administração de tarefas, foi com 
ele que começaram a selecionar trabalhadores, dando pagamentos de 
incentivo. Com a seleção de trabalhadores, estes eram postos nos setores 
adequados com os seus perfis. Essa prática permitia que a administração 
controlasse a produção, dispondo do trabalho padronizado, que era essencial 
para a eficiência. 
2ª FASE: 
· Aplicação de escoro da tarefa para a administração. 
· Definição de princípios de administração do trabalho. 
Compreende o estudo shop management (administração de operadores fabris). 
O homem precisa de motivações para fazer um bom trabalho, tanto o homem 
de 1ª classe, como o homem de classe média, torna-se ineficiente, se lhe faltar 
incentivo. 
 
O shop management defendia os seguintes princípios: 
· Uma boa administração deve pagar salários altos, e ter baixos custos de 
produção. 
· A administração deveria aplicar métodos de pesquisas, para determinar a 
melhor maneira de executar tarefas. 
· Os empregados deveriam ser selecionados, e treinados, de uma maneira 
qualificada, e para que as tarefas fossem compatíveis. 
Deveria haver uma relação mais informal entre trabalhador e patrão para 
garantir um ambiente mais cordial e favorável à aplicação desses princípios, 
produzindo ciclos de qualidades. 
Taylor também tratou de outro aspecto, como padronização de ferramentas e 
equipamentos, sequência e programação de operações e estudo dos 
movimentos. Isso tudo para economizar tempo, obtendo o aumento da 
produção e dos lucros na empresa. 
3ª E ÚLTIMA FASE 
· Consolidação dos princípios. 
· Proposição de divisão de autoridade e responsabilidades dentro da 
empresa. 
· Distinção entre técnicas e princípios. 
Nesta fase Taylor sintetiza os objetivos da administração científica: desenvolver 
uma ciência para substituir o velho método empírico; selecionar o trabalhador, 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 4 
 
treiná-lo, instruí-lo, já que no passado eles escolhiam o próprio trabalho; 
cooperar com os trabalhadores, para que o trabalho seja feito de acordo com a 
ciência desenvolvida. 
No passado, no trabalho, quase toda a responsabilidade caía na mão-de-obra, 
nesta nova fase a administração tem que estar mais bem preparada que o 
trabalhador, para não haver erro novamente. 
Taylor também acreditava no incentivo do trabalhador individual que significa 
ganho material, e estímulo pessoal. Nesta última fase a principal mudança foi a 
criação de um departamento de planejamento. 
As técnicas desse princípio eram: 
· Estudos de tempos e movimentos. 
· Padronização de ferramentas e instrumentos. 
· Padronização de movimentos. 
· Conveniência de uma área de planejamento. 
· Cartões de instruções. 
· Sistema de pagamento de acordo com o desempenho. 
· Cálculo de custos. 
A administração científica é tida como uma revolução mental e uma maneira 
das pessoas encararem o trabalho de uma forma mais cordial. 
A produtividade é gerada através da eficiência, não da escravização do 
trabalhador e sim da inteligência de como se trabalha. 
 
Principais Autores 
- Frederick Winslow Taylor 
Escreveu, em 1911, o livro “Administração científica”, que foi muito importante 
para a gestão de operações. Taylor era um ativo estudioso das formas de 
aumentar a produtividade em processos produtivos. Sua intenção era 
claramente fazer mais produtos com menos recursos. Em seu livro escreveu 
sobre os seguintes assuntos: 
- Identidade de interesse de empregadores e empregadores. 
- Influência da produção na prosperidade de empregadores e empregados. 
- Vadiagem no trabalho e suas causas: 
- O erro, que vem de época imemorial e quase universalmente 
disseminado entre os trabalhadores, de que o maior rendimento do 
homem e da máquina terá como resultado o desemprego de grande 
número de operários. 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 5 
 
- O sistema defeituoso da administração, comumente em uso, que força 
os empregados a fazer cera no trabalho, a fim de melhor proteger seus 
interesses. 
- Os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as 
empresas, com as quais o operário desperdiça grande parte de seu 
esforço. 
- Preconceitos dos operários relativamente à influência da organização de 
serviços sobre o desemprego. 
- Ignorância dos administradores sobre o tempo necessário para execução de 
serviços. 
- Substituição dos métodos empíricos por métodos científicos. 
- Divisão de trabalho entre a gerência e os trabalhadores 
 
- Henry Ford 
Herny Ford, fundador da Ford Motor Company, idealizou o modelo de produção 
em massa. Esse modelo revolucionou a indústria automobilística a partir de 
janeiro de 1914, quando introduziu a primeira linha de montagem 
automatizada. Ford utilizou à risca os princípios de padronização e 
simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras técnicas avançadas 
para a época. Suas fábricas eram totalmente verticalizadas. Ele possuía fábrica 
de vidros, plantação de seringueiras, e até siderúrgica. 
Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão era tornar 
o automóvel tão barato que todos poderiam comprá-lo, porém mesmo com o 
barateamento dos custos de produção, o sonho de Henry Ford permaneceu 
distante da maioria da população.Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento das 
linhas de montagem. Os veículos eram montados em esteiras rolantes que se 
movimentavam enquanto o operário ficava praticamente parado, realizando 
uma pequena etapa da produção. Desta forma não era necessária quase 
nenhuma qualificação dos trabalhadores. Outra característica é a de que o 
trabalho é entregue ao operário, em vez de ir buscá-lo, fazendo assim a 
analogia à eliminação do movimento inútil. 
O método de produção fordista exigia vultosos investimentos e grandes 
instalações, mas permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por 
ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no processo de 
produção fordista foi o mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como 
"Ford Bigode". 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 6 
 
- Henry Fayol 
Fayol, juntamente com Taylor e Ford são considerados os pioneiros da 
administração. Sua visão, diferentemente de Taylor (trabalhador) e Ford 
(dono), foi a de um Gerente ou Diretor. 
Após 58 anos de estudos, pesquisa e observação reuniu suas teorias na obra 
Administração Industrial Geral (Administration Industrielle et Generale), em 
1916. 
Henri Fayol é um dos principais contribuintes para o desenvolvimento do 
conhecimento administrativo moderno. Uma das contribuições da teoria criada 
e divulgada por ele foi o desenvolvimento da abordagem conhecida como 
Gestão Administrativa ou Processo Administrativo, onde pela primeira vez 
falou-se em administração como disciplina e profissão, que por sua vez, 
poderia ser ensinada através de uma Teoria Geral da Administração. 
Segundo Fayol a Administração é uma função distinta das outras funções, 
como finanças, produção e distribuição, e o trabalho do gerente é distinto das 
operações técnicas das empresas. Com essa distinção Fayol contribuiu para 
que se torne mais nítido o papel dos executivos. Identificou quatorze princípios 
que devem ser seguidos para que a Administração seja eficaz. Esses princípios 
se tornaram uma espécie de prescrição administrativa universal. 
Henry Fayol atribuiu cinco funções ao administrador dentro de uma estrutura 
organizacional, chamadas de PO3C: 
- Prever e planejar (prévoir - visualizar o futuro e traçar o programa de ação) 
- Organizar (organiser - constituir o duplo organismo material e social da 
empresa) 
- Comandar (commander - dirigir e orientar a organização) 
- Coordenar (coordonner - unir e harmonizar os atos e esforços coletivos) 
- Controlar (contrôler - verificar se as normas e regras estabelecidas estão 
sendo seguidas) 
 
Estudo do Método 
O estudo do método é o registro sistemático e o exame crítico dos métodos 
existentes e propostos de fazer o trabalho, como um meio de desenvolver e 
aplicar métodos mais fáceis e mais eficazes e reduzir custos. 
A abordagem do estudo do método envolve seguir sistematicamente seis 
passos: 
1. Selecionar o trabalho a ser estudado. 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 7 
 
2. Registrar todos os fatos relevantes do método presente. 
3. Examinar estes fatos criticamente e na sequência. 
4. Desenvolver o método mais prático, econômico e efetivo. 
5. Instalar o novo método. 
6. Manter o método através da checagem periódica dele em uso. 
 
Técnicas de Registro do Estudo de Métodos 
Existem muitas técnicas do estudo do trabalho que podem ser usadas para 
registrar o método de fazer um trabalho. A maioria destas técnicas pode ser 
usada para diversos propósitos, mas tende a focalizar um objetivo específico, 
ou seja, registrar a sequência de tarefas, registrar as relações de tempo entre 
diferentes partes de um trabalho e registrar movimento do pessoal, 
informações ou material no trabalho. Algumas técnicas: 
Diagrama de Fluxo de Processo 
Utiliza 5 símbolos para descrever a sequência de tarefas como operações, 
inspeções, transportes, esperas e estocagens. 
 
Na realidade há três tipos de diagramas de processo: diagramas processos 
globais (utilizado de forma mais agregada, só usa dois símbolos), diagramas de 
fluxo de processo (mais comum, serve para materiais e informações) e 
diagramas de processo de duas mãos ou gráfico de operações (usado em 
microescala, apresentando a sequência de movimento de cada mão). 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 9 
 
Diagrama de Atividades Múltiplas 
Registra e apresenta inter-relações entre diferentes máquinas e pessoas no 
trabalho. São usados para registrar as atividades em função de uma mesma 
escala de tempo. 
 
Diagramas Simo ou Simogramas 
Reúne os princípios por trás dos diagramas de processo para duas mãos e o 
diagrama de atividades múltiplas, podendo registrar as atividades das duas 
mãos numa mesma escala de tempo. 
 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 10 
 
Diagramas de Gantt 
É um gráfico usado para ilustrar o avanço das diferentes etapas de um projeto 
ou programa de produção. Os intervalos de tempo representando o início e fim 
de cada fase aparecem como barras coloridas sobre o eixo horizontal do 
gráfico. É utilizado como uma ferramenta de controle ou de planejamento, 
podendo ser visualizadas as tarefas de cada membro de uma equipe ou de um 
recurso, bem como o tempo utilizado para cumpri-la. 
 
 
 
Mapofluxograma 
Este recurso permite estudar, em conjunto com o fluxograma, as condições de 
movimentação física que se segue num determinado processo produtivo, bem 
como os espaços disponíveis ou necessários e as localizações relativas dos 
centros de trabalho. Representa a movimentação física de um item através dos 
centros de processamento disposto no arranjo físico de uma instalação 
produtiva, seguindo uma sequência ou rotina fixa. 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 11 
 
 
Assim como o Mapofluxograma, outro gráfico utilizado para registrar a 
movimentação de pessoas ou materiais, útil para o estudo do layout é o 
Diagrama de Cordas. 
 
 
Técnicas de Medida do Trabalho 
São técnicas utilizadas para definição do Tempo Básico. São elas: 
- Estudo dos Tempos 
- Síntese a partir de dados elementares 
- Sistemas predeterminados movimento-tempo 
- Estimativa analítica 
- Amostragem do trabalho. 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 12 
 
A Técnica de Estudo dos Tempos constitui-se de três etapas: 
1. Observar e medir (cronômetros) o tempo necessário para realizar cada 
elemento do trabalho através de diversos ciclos de trabalho enquanto é 
avaliado simultaneamente o ritmo da pessoa que faz o trabalho. 
2. Normalizar cada tempo observado à luz da avaliação de ritmo observada 
enquanto o elemento estava sendo cronometrado. 
 
O Tempo Normal (TN) é dado, 
TN = TO x FR, onde TO é o tempo observado e FR o fator de ritmo. 
 
3. Calcular a média dos tempos ajustados para obter o tempo básico (ou 
normal) para o elemento. 
 
A Técnica de Síntese a partir de Dados Elementares determina o tempo 
necessário do trabalho com um nível definido de desempenho, por totalização 
dos tempos dos elementos obtidos previamente a partir de estudos em outros 
trabalhos que contêm os elementos em questão ou de dados sintéticos. 
 
A Técnica de Sistemas Predeterminados de Movimentos-Tempos 
estabelece que os movimentos humanos básicos (classificados de acordo com 
a naturezado movimento e com as condições sob as quais este é feito) são 
usados para determinar o tempo de um trabalho realizado com um nível de 
desempenho definido. 
 
A Técnica de Estimativa Analítica determina que o tempo necessário para 
realizar os elementos de um trabalho com um nível de desempenho definido é 
estimado a partir do conhecimento e experiência dos elementos em questão. 
 
A Técnica de Amostragem do Trabalho mede aspectos gerais do trabalho, 
observando vários operadores de forma menos rigorosa. Tem como vantagens 
o menor custo, estudo simultâneo de vários postos de trabalho, evitando 
constrangimento dos operadores, e utiliza analistas e equipamentos menos 
qualificados. Tem como desvantagens não registrar informações detalhadas e 
não registrar igualdade de métodos entre operadores. 
 
Medição do Trabalho 
É a aplicação de técnicas projetadas para estabelecer o tempo para um 
trabalhador qualificado realizar um trabalho especificado em um nível definido 
de desempenho. 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 13 
 
Tempo Básico ou Normal (TN) – Tempo levado por um trabalhador qualificado, 
fazendo um trabalho especificado com desempenho-padrão. 
Tempo Padrão (TP) – Tempo concedido para o trabalho sob circunstâncias 
específicas, uma vez que inclui tolerâncias. 
Tolerâncias – Concessões acrescentadas ao tempo básico para permitir 
descanso, relaxamento, necessidades especiais e outros. 
Quando a tolerância é um fator (FT), temos: 
TP = TN x FT 
O fator de tolerância pode ser calculado: 
FT = 1 / (1- PTnp), onde PTnp = percentual do tempo não produtivo. 
 
 
 
Capítulo 2 - Ergonomia 
 
Definição 
Ergonomia segundo a Associação Brasileira de Ergonomia é definida como o 
estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o 
ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 14 
 
integrada e não-dissociada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia 
das atividades humanas. 
A contribuição da ergonomia, de acordo com a ocasião em que é feita, 
classifica-se em: 
Ergonomia de Concepção – Ocorre quando a contribuição ergonômica se faz 
durante o projeto do produto, da máquina, ambiente ou sistema. 
Ergonomia de Correção – É aplicada em situações reais, já existentes, para 
resolver problemas que se refletem na segurança, fadiga excessiva, doenças 
do trabalhador ou quantidade e qualidade da produção. 
Ergonomia de Conscientização – Procura capacitar os próprios trabalhadores 
para a identificação e correção dos problemas do dia-a-dia ou aqueles 
emergenciais. 
Ergonomia de Participação – Procura envolver o próprio usuário do sistema, na 
solução de problemas ergonômicos. Este pode ser o trabalhador ou o 
consumidor. 
 
Análise Ergonômica do Trabalho (AET) 
A análise ergonômica do trabalho visa aplicar os conhecimentos da ergonomia 
para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real de trabalho. Ela foi 
desenvolvida por pesquisadores franceses e se constitui em um exemplo de 
ergonomia de correção. O Método AET desdobra-se em cinco etapas: 
- Análise da demanda 
- Análise da tarefa 
- Análise da atividade 
- Formulação do diagnóstico 
- Recomendações ergonômicas 
 
 
Domínios da Ergonomia 
Os domínios de trabalho da Ergonomia são: 
Ergonomia Física – Ocupa-se das características da anatomia humana, 
antropometria, fisiologia e biomecânica, relacionados com a atividade física. Os 
tópicos relevantes incluem a postura no trabalho, manuseio de materiais, 
movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueléticos relacionados ao 
trabalho, projeto do posto de trabalho, segurança e saúde do trabalhador. 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 15 
 
Ergonomia Cognitiva – Ocupa-se dos processos mentais, como a percepção, 
memória, raciocínio e resposta motora, relacionados com as interações entre 
as pessoas e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem a 
carga mental, tomada de decisões, interação homem-computador, estresse e 
treinamento. 
Ergonomia Organizacional – Ocupa-se da otimização dos sistemas sócio-
técnicos, abrangendo as estruturas organizacionais, políticas e processos. Os 
tópicos relevantes incluem comunicações, projeto de trabalho, programação do 
trabalho em grupo, projeto participativo, trabalho cooperativo, cultura 
organizacional, organizações em rede, teletrabalho e gestão da qualidade. 
 
Aspectos Antropométricos 
Os aspectos antropométricos são aqueles relacionados ao tamanho, forma e 
outras habilidades físicas das pessoas, por exemplo, força ou o fato de ser 
canhoto. 
 
Adequação do Posto de Trabalho 
Diversos critérios podem ser adotados para avaliar a adequação de um posto 
de trabalho. Entre eles se incluem o tempo gasto na operação e o índice de 
erros e acidentes. Contudo, um dos melhores critérios, do ponto de vista 
ergonômico, é a postura e o esforço exigido dos trabalhadores, determinando-
se os principais pontos de concentração de tensões, que tendem a provocar 
dores nos músculos e tendões. 
 
Superfícies horizontais 
As superfícies horizontais de trabalho têm especial interesse em ergonomia, 
pois é sobre elas que se realiza grande parte dos trabalhos de montagens, 
inspeções, serviços de escritórios e outros. 
 
- Dimensões da mesa 
Existem duas variáveis importantes no dimensionamento da mesa: a sua altura 
e a superfície de trabalho. A altura deve ser regulada pela posição do cotovelo 
e deve ser determinada após o ajuste da altura da cadeira. Em geral, 
recomenda-se que esteja 3 a 4 cm acima do nível do cotovelo, na posição 
sentada. Se a mesa tiver altura fixa, a cadeira deve ter altura regulável. Se a 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 16 
 
cadeira for fixa e tiver uma altura superior à altura poplítea, deve-se 
providenciar apoio para os pés. 
 
 
 
- Alcances sobre a mesa 
A superfície da mesa deve ser dimensionada de acordo com o tamanho da 
peça a ser trabalhada, os movimentos necessários à tarefa e o arranjo do posto 
de trabalho. 
A área de alcance ótimo sobre a mesa pode ser traçada, girando-se os 
antebraços em torno dos cotovelos com os braços caídos normalmente ao lado 
do tronco. Estes descreverão um arco com raio de 35 a 45 cm. A parte central, 
situada em frente ao corpo, fazendo interseção com os dois arcos, será a área 
ótima para se usar as duas mãos. A área de alcance máximo será obtida 
girando-se os braços entendidos em torno do ombro. Estes descrevem arcos 
de 55 a 65 cm de raio. 
As tarefas mais importantes, de maior frequência ou com maiores exigências 
de precisão, devem ser executadas dentro da área ótima. A faixa situada entre 
a área ótima e aquela de alcance máximo deve ser usada para colocação das 
peças a serem usadas na montagem, ou tarefas menos frequentes e que 
exijam menos precisão. 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 17 
 
- Bancada para trabalho em pé 
A altura ideal da bancada para trabalho em pé depende da altura do cotovelo e 
do tipo de trabalho que se executa. Em geral, a superfície da bancada deve 
ficar 5 a 10 cm abaixo da altura dos cotovelos. Para trabalhos de precisão é 
conveniente uma superfície ligeiramente mais alta (até 5 cm acima do cotovelo) 
e aquela para trabalhos mais grosseiros e que exijam pressão para baixo, 
superfícies mais baixas (até 30 cm abaixo do cotovelo). Quando se usam 
medidas antropométricas tomadas como pé descalço, é necessário 
acrescentar 2 ou 3 cm referentes à altura da sola do calçado. 
 
 
Trauma por Esforço Excessivo 
Esse tipo de trauma ocorre durante a atividade física no trabalho, 
principalmente quando há cargas excessivas, sem a concessão das devidas 
pausas. Ele pode decorrer de uma atividade eventual, mas que exija forças e 
movimentos inadequados do corpo, como deslocar um peso excessivo. Pode 
ser causado também por movimentos altamente repetitivos, como nas linhas de 
montagem ou trabalho de digitação. Tipicamente, provoca lesões como 
tendinites, tenossinovites, compressões nervosas e distúrbios lombares. Essas 
lesões por traumas repetitivos são conhecidas pelas seguintes siglas: 
DORT – distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. 
LTC – lesões por traumas cumulativos. 
LER – Lesões por esforços repetitivos. 
A sigla DORT é mais abrangente e inclui a LTC e LER. 
 
 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 18 
 
Segurança no Trabalho 
A segurança no trabalho é um assunto da maior importância, que não interessa 
apenas aos trabalhadores, mas também às empresas e a sociedade em geral, 
pois um trabalhador acidentado, além dos sofrimentos pessoais, provoca 
despesas ao sistema de saúde e passa a receber seus direitos previdenciários, 
que são pagos por todos os trabalhadores e empresas. 
 
Tipos de Riscos 
Riscos de Acidentes - São todos os fatores que colocam em perigo o 
trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. São considerados como 
riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente, máquinas e 
equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, 
eletricidade, incêndio ou explosão, animais peçonhentos, armazenamento 
inadequado, e arranjo físico deficiente. 
Riscos Ergonômicos - São assim considerados o esforço físico, levantamento 
de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de 
estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, 
monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa. Os riscos ergonômicos 
podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à 
saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado 
emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança. 
Riscos Físicos - São assim consideradas as diversas formas de energia, tais 
como: ruídos excessivos, vibrações, pressões anormais, radiações e umidade. 
Riscos Químicos - É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao 
manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou 
prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição química 
incluem desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo 
até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. 
Riscos Biológicos - São assim considerados vírus, bactérias, parasitas, 
protozoários, fungos e bacilos. Os riscos biológicos ocorrem por meio de 
microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras 
doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É 
o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de 
lixo), laboratórios, etc. 
 
 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 19 
 
Equipamentos de Proteção 
Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo dispositivo ou 
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de 
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
Enquanto os EPCs, como o próprio nome sugere, são os equipamentos de 
proteção coletiva. Dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os 
trabalhadores expostos a determinado risco. Como exemplo, podemos citar o 
enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de 
trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a 
sinalização de segurança, a cabine de segurança biológica, capelas químicas, 
cabine para manipulação de radioisótopos, extintores de incêndio, dentre 
outros. 
 
Estresse 
O estresse não é propriamente uma doença e sim, um estado do organismo 
quando submetido ao esforço e à tensão. Numa situação estressante, o corpo 
sofre reações químicas normais que preparam o organismo para enfrentar a 
situação. O prejuízo, entretanto acontece, quando as situações estressantes 
são contínuas e o organismo começa a sofrer com as constantes reações 
químicas que se sucedem, sem que haja tempo para a eliminação dessas 
substâncias e sem o tempo necessário para o descanso e recuperação física e 
emocional. 
Sintomas do Estresse 
Exatamente por não ser uma doença propriamente, os sintomas do estresse 
são indefinidos e ao mesmo tempo abrangentes. Podem ir desde uma dor de 
cabeça, distúrbios do sono, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração 
ou tensão muscular, a dificuldades respiratórias, dificuldade de memória, 
problemas digestivos, pressão alta, problemas cardíacos, e até mesmo 
distúrbios psíquicos como síndromes, depressão e pânico. 
 
Trabalho Noturno 
O trabalho noturno é imprescindível à vida moderna. Alguns tipos de plantas 
industriais como refinarias de petróleo, usinas siderúrgicas e indústrias 
químicas, simplesmente não podem ser paralisadas. 
Embora seja praticamente inevitável em todos esses casos, o trabalho noturno 
não deixa de ser bastante inconveniente, pois se exige atividade do organismo 
quando ele está predisposto a descansar, e vice-versa. 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 20 
 
- Ritmo circadiano 
O organismo humano não funciona uniformemente durante todo o dia. Ele 
possui uma espécie de relógio interno que regula o nível de suas atividades 
fisiológicas e estas são mais intensas durante o dia e menos, à noite, 
principalmente entre 2 e 4 horas da madrugada. Quando o trabalhador troca o 
dia pela noite, o ritmo circadiano não se inverte completamente, mas sofre 
apenas pequenas adaptações, pois o mesmo é governado pela luz solar. 
 
Aspectos Neurológicos 
Se preocupa com a forma pela qual as capacidades sensoriais das pessoas 
são usadas quando interagindo com seus locais de trabalho. Estes aspectos 
incluem visão, tato, som e mesmo o cheiro, que o local de trabalho apresenta, 
para dar informações para um operador, e a forma pela qual um operador 
transmite instruções de volta para o local de trabalho. 
 
Níveis de Iluminação e cores 
O correto planejamento da iluminação e das cores contribui para aumentar a 
satisfação no trabalho e melhorar a produtividade, além de reduzir a fadiga e os 
acidentes. 
- Fadiga Visual 
A fadiga visual é caracterizada pela irritação dos olhos e lacrimejamento. A 
frequência do piscar vai aumentando, a visão torna-se “borrada” e se duplica. 
Tudo isso diminui a eficiência visual. Em grau mais avançado, ela provoca 
dores de cabeça, náuseas, depressão, e irritabilidade emocional. Em 
consequência, há quedas de rendimento e da qualidade do trabalho. 
Para evitar a fadiga visual, deve haver um cuidadoso planejamento de 
iluminação, assegurando a focalização do objeto a partir de uma postura 
confortável. A luz deve ser planejada também para não criar sombras, 
ofuscamento ou reflexos indesejáveis. 
 
Iluminação Natural 
A luz natural é aquela proveniente do sol, direta ou dispersa pelas nuvens. 
 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 21 
 
- Iluminação Lateral 
A Iluminação lateral é aquela onde a luz natural penetra no ambiente através 
de aberturas situadas nas lateraisde uma edificação (exemplo: janelas, porta-
janelas, entre outros). 
As janelas sempre tiveram grande importância na determinação da forma e do 
caráter dos edifícios. Fatores de segurança, estruturais e tecnológicos também 
tiveram sua importância. 
A distribuição da luz natural diminui muito rapidamente à medida que nos 
afastamos da janela. A boa iluminação está associada à adequada localização 
das janelas. 
Em áreas de trabalho é recomendável que as áreas envidraçadas sejam 
distribuídas homogeneamente na fachada e se estendam até o forro. 
Os peitoris envidraçados abaixo do plano de trabalho não contribuem para a 
iluminação. 
 
- Iluminação Zenital 
A Iluminação zenital é aquela onde a luz natural penetra no ambiente através 
de aberturas situadas na cobertura de uma edificação. É uma das formas de 
iluminar naturalmente e obter uma boa distribuição da luz no ambiente. 
É adequada para locais profundos e grandes espaços contínuos. Iluminação 
zenital oferece maior uniformidade e maior iluminância média sobre a área de 
trabalho do que uma superfície iluminante lateral. 
Não se deve ter área iluminante zenital superior a 10% da área do piso, pois 
isso pode implicar em problemas térmicos. 
Apresenta maior necessidade e dificuldade de manutenção do que o lateral. Já 
que tende a acumular sujeira e diminuir rápida e sensivelmente a transmissão 
da luz. 
Tem maior dificuldade para a localização dos elementos de controle, proteção 
solar e ventilação. Propicia naturalmente boa ventilação natural pela facilidade 
de propiciar o efeito chaminé. 
A distribuição da luz no interior de um ambiente construído dependerá da forma 
e distribuição dos elementos zenitais, da forma dos seus dimensionamentos, 
da orientação dos elementos, bem como, do pé-direito do local. 
 
 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 22 
 
Ruídos 
Uma definição, de natureza mais operacional, considera o ruído um “estímulo 
auditivo que não contém informações úteis para a tarefa em execução”. 
Fisicamente, o ruído é uma mistura complexa de diversas vibrações, medido 
em uma escala logarítmica, cuja unidade é decibel (dB). 
- Limites toleráveis de ruídos 
Os ruídos constituem-se na principal causa de reclamações sobre as condições 
ambientais. As pessoas apresentam muitas diferenças individuais quanto à 
tolerância aos ruídos. Embora os ruídos até 90 dB não provoquem sérios 
danos aos órgãos auditivos, os ruídos entre 70 e 90 dB dificultam a 
conversação e a concentração, e podem provocar aumento os erros e redução 
do desempenho. Portanto, em ambientes de trabalho, o ideal é conservar o 
nível de ruído ambiental abaixo de 70 dB. 
 
Norma Regulamentadora 17 (NR 17) 
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação 
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a 
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e 
descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de 
trabalho, e à própria organização do trabalho. 
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas 
dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a 
mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma 
Regulamentadora. 
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais. 
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora: 
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é 
suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição 
da carga. 
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira 
contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas. 
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e 
maior de 14 (quatorze) anos. 
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um 
trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. (117.001-
5 / I1) 
 
 
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17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as 
leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho 
que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 / I2) 
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados 
meios técnicos apropriados. 
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual 
de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para 
os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. (117.003-1 / I1) 
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes 
sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de 
forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de 
força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. (117.004-0 / 11) 
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação 
manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja 
compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 
(117.005-8 / 11) 
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho. 
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho 
deve ser planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1) 
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, 
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, 
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: 
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, 
com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; 
(117.007-4 / I2) 
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; (117.008-2 / I2) 
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação 
adequados dos segmentos corporais. (117.009-0 / I2) 
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos 
estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés 
devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos 
adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e 
peculiaridades do trabalho a ser executado. (117.010-4 / I2) 
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos 
mínimos de conforto: 
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; (117.011-2 / I1) 
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; (117.012-0 / I1) 
c) borda frontal arredondada; (117.013-9 / I1) 
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. (117.014-
7 / Il) 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 24 
 
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da 
análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suportepara os pés, que se adapte ao 
comprimento da perna do trabalhador. (117.015-5 / I1) 
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser 
colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os 
trabalhadores durante as pausas. (117.016-3 / I2) 
17.4. Equipamentos dos postos de trabalho. 
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados 
às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou 
mecanografia deve: 
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando 
boa postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga 
visual; (117.017-1 / I1) 
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização 
do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. (117.018-0 / I1) 
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de 
vídeo devem observar o seguinte: 
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à 
iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de 
visibilidade ao trabalhador; (117.019-8 / I2) 
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de 
acordo com as tarefas a serem executadas; (117.020-1 / I2) 
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as 
distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; (117.021-0 
/ I2) 
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. (117.022-8 / I2) 
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de 
vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no 
subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise 
ergonômica do trabalho. 
17.5. Condições ambientais de trabalho. 
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação 
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de 
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes 
condições de conforto: 
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no 
INMETRO; (117.023-6 / I2) 
 
 
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b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados); 
(117.024-4 / I2) 
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; (117.025-2 / I2) 
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. (117.026-0 / I2) 
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas 
não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível 
de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído 
(NC) de valor não superior a 60 dB. 
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de 
trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais 
variáveis na altura do tórax do trabalhador. 
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, 
geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. 
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar 
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são 
os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no 
INMETRO. (117.027-9 / I2) 
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no 
campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula 
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. (117.028-7 
/ I2) 
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, 
este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso. 
17.6. Organização do trabalho. 
17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no 
mínimo: 
a) as normas de produção; 
b) o modo operatório; 
c) a exigência de tempo; 
d) a determinação do conteúdo de tempo; e) o ritmo de trabalho; 
f) o conteúdo das tarefas. 
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, 
ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, 
deve ser observado o seguinte: 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 26 
 
para efeito de remuneração e vantagens de qualquer 
espécie deve levar em consideração as repercussões sobre 
a saúde dos trabalhadores; (117.029-5 / I3) 
b) devem ser incluídas pausas para descanso; (117.030-9 / I3) 
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 
(quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de 
produção vigentes na época anterior ao afastamento. (117.031-7 / I3) 
17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em 
convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: 
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores 
envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o 
teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer 
espécie; (117.032-5) 
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8 (oito) 
mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento 
de pressão sobre o teclado; (117.033-3 / I3) 
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 
(cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá 
exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do 
Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; (117.034-1 / I3) 
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) minutos 
para cada 50 (cinquenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; 
(117.035-0 / I3) 
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 
(quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em 
níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea “b” e ser ampliada progressivamente. 
(117.036-8 / I3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Níveis de ruído para conforto acústico NBR 10152 
 
 
Capítulo 3 – Projeto do Trabalho 
 
Abordagens Práticas para o Projeto do TrabalhoHá diversas abordagens que podem ser dadas ao projeto do trabalho. Ao longo 
dos anos, diferentes abordagens têm sido particularmente influentes em 
diferentes momentos. Nenhuma dessas abordagens é mutuamente exclusiva 
em si, mas elas representam diferentes filosofias ou, pelo menos enfatizam 
diferentes aspectos do projeto do trabalho. Isto é devido principalmente ao fato 
de eles terem tido avanços em diferentes pontos da história da administração 
da produção. 
 
 
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Divisão do Trabalho 
A divisão do trabalho torna-se uma questão no projeto do trabalho logo que a 
operação atinge porte grande o bastante para necessitar o emprego de mais de 
uma pessoa. Em produções muito pequenas, com somente uma pessoa 
provendo os bens e serviços, obviamente não existe interesse na divisão do 
trabalho entre indivíduos. 
A divisão do trabalho se tornou evidente no projeto do trabalho desde os 
tempos inicias da atividade organizacional (desde a Grécia no quarto século 
antes de Cristo), contudo foi primeiro formalizado como um conceito pelo 
economista Adam Smith em seu Wealth of Nations, em 1746. 
As vantagens apresentadas pela divisão do trabalho seriam: aprendizado mais 
rápido, automação mais fácil e trabalho não produtivo reduzido. Já suas 
desvantagens seriam a monotonia, o possível dano físico, a baixa flexibilidade 
(rígido para fazer alterações circunstanciais) e a baixa robustez (se um estágio 
falha, todo o resto fica comprometido). 
 
Abordagem Comportamental 
As ideias e conceitos relativos à teoria da motivação contribuíram para a 
abordagem comportamental do projeto do trabalho. Alegou-se que os trabalhos 
que eram projetados com base puramente em divisão do trabalho, 
administração científica, ou mesmo princípios ergonômicos, frequentemente 
alienavam as pessoas do trabalho. Seria então necessária uma abordagem 
que levasse em conta a necessidade das pessoas de tirar algo de positivo de 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 29 
 
seus trabalhos. Os trabalhos projetados para preencher as necessidades de 
auto-estima e desenvolvimento pessoal seriam, portanto, não apenas mais 
compensadores, mas também mais motivadores no sentido de incentivar as 
pessoas a contribuir com mais de seus talentos e habilidades. 
Geralmente, considerava-se que para reduzir a alienação e aumentar a 
motivação e o comprometimento pessoal, o trabalho deveria: 
- Possibilitar que as pessoas se sentissem responsáveis por uma porção 
identificável e significativa do trabalho; 
- Proporcionar um conjunto de tarefas que são intrinsecamente significativas e 
que valem a pena; 
- Proporcionar retroalimentação sobre eficácia de desempenho. 
Hackman e Oldham sugerem algumas técnicas para influenciar as 
características particulares principais do trabalho: 
- Revezamento do trabalho – mover indivíduos periodicamente entre diferentes 
conjuntos de tarefas para proporcionar alguma variedade em suas atividades. 
- Combinação de tarefas – aumentar o número de elementos ou atividades 
separados alocados ao indivíduo. Também é conhecida como Alargamento do 
Trabalho. 
- Formação de unidades de trabalho naturais – colocar juntas atividades que 
fazem um todo coerente e continuado. 
- Estabelecimento de relações com clientes – fazer contato com seus 
consumidores internos diretamente, ao invés de através de supervisores. 
- Carregamento vertical – significa incluir atividades indiretas em tarefas 
alocadas ao indivíduo (manutenção, programação...). Também conhecida 
como Enriquecimento do Trabalho, envolve mais tomadas de decisão, maior 
autonomia e mais controle. 
- Abertura de canais de retroalimentação – garantir que não somente 
consumidores internos retroalimentem percepções de desempenho pessoal, 
mas também relativo ao desempenho da operação como um todo. 
 
 
 
 
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Teorias ligadas ao estudo da Motivação 
Teoria de Maslow 
Segundo esta teoria, as pessoas são motivadas as alcançar certas 
necessidades relacionadas com o bem-estar físico, intelectual e social. 
Nível 1 – Necessidades fisiológicas – Tem a ver com a sobrevivência individual 
da espécie, satisfazendo a fome, sede, respiração, conforto térmico, sexo e 
outros. Predomina sobre todas as outras. 
Nível 2 – Necessidade de segurança – Proteção contra a ameaça ou privação, 
como por exemplo ambientes agressivos, doenças, crimes, guerras, catástrofes 
naturais, acidentes, assaltantes e qualquer outra situação que cause tensão. 
Nível 3 – Necessidade de aceitação ou social – Necessidade de associação, de 
participação. A busca da estima ou afeição de membros da família, dos amigos 
e dos colegas de trabalho. Ser aceito pelo grupo social. 
Nível 4 – Necessidade de auto-estima – Ser apreciado pelas suas qualidades, 
capacidades, conhecimentos e atributos físicos, destacando-se sobre as 
demais pessoas do grupo ou da sociedade. Envolve autoconfiança, status, 
prestígio e consideração. 
Nível 5 – Necessidade de auto-realização – É a mais elevada. Sentir-se 
realizado, com pleno aproveitamento de suas potencialidades. 
 
Teoria dos dois fatores de Herzberg 
A Teoria dos dois fatores foi formulada e desenvolvida por Frederick Herzberg, 
a partir de entrevistas feitas com 200 engenheiros e contadores da indústria de 
Pittsburgh. Estas procuravam identificar quais as consequências de 
determinados tipos de acontecimentos na vida profissional dos entrevistados, 
visando a determinar os fatores que os levaram a se sentirem 
excepcionalmente felizes e aqueles que os fizeram sentirem-se infelizes na 
situação de trabalho. 
Fatores Higiênicos: Ou fatores extrínsecos, pois se localizam no ambiente que 
rodeia as pessoas e abrange as condições dentro das quais elas 
desempenham seu trabalho. Como essas condições são administradas e 
decididas pela empresa, os fatores higiênicos são: o salário, os benefícios 
sociais, o tipo de chefia ou supervisão que as pessoas recebem de seus 
superiores, as condições físicas e ambientais de trabalho, as políticas e 
diretrizes da empresa, o clima de relações entre a empresa e as pessoas que 
nela trabalham, os regulamentos internos, etc. São fatores de contexto e se 
situam no ambiente externo que cercam o indivíduo. Contudo, de acordo com 
 
 
Administração da Produção e Logística - Professor Gustavo Tepedino Página 31 
 
as pesquisas de Herzberg, quando os fatores higiênicos são ótimos, eles 
apenas evitam a insatisfação e, quando a elevam, não conseguem sustentá-la 
elevada por muito tempo. Porém, quando os fatores higiênicos são péssimos 
ou precários, eles provocam a insatisfação dos empregados. 
Fatores Motivacionais: Ou fatores extrínsecos, pois estão relacionados com o 
conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que o indivíduo executa. 
Assim sendo, os fatores motivacionais estão sobre controle do indivíduo, pois 
estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Os fatores 
motivacionais envolvem os sentimentos de crescimento individual, de 
reconhecimento profissional e as necessidades de auto reavaliação, e 
dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. 
Os estudos de Herzberg levaram a conclusão que os fatores que influíam na 
produção de satisfação profissional eram desligados e distintos dos fatores que 
levaram a insatisfação profissional. Assim, os fatores que causavam satisfação 
estão relacionados à própria tarefa, relações com o que ele faz, 
reconhecimento pela realização da tarefa, natureza da tarefa, responsabilidade,promoção profissional e capacidade de melhor executá-la. Por outro lado, 
constatou-se que os fatores causadores de insatisfação são fatores ambientais, 
isto é, externos à tarefa, tais como: tipo de supervisão recebida no serviço, 
natureza das relações interpessoais, condição do ambiente onde o trabalho 
executado e finalmente o próprio salário. 
 
Empowerment 
Empowerment é a extensão da característica do trabalho de autonomia, 
proeminente na abordagem comportamental do projeto do trabalho. Todavia, é 
considerado mais do que autonomia, uma vez que autonomia seria dar a 
habilidade de mudar como eles fazem seu trabalho, empowerment significa dar 
a autoridade para fazer as mudanças no trabalho. 
Pode ser incorporado no trabalho em diferentes graus: 
- Envolvimento de sugestão – Não é muito considerado empowerment na sua 
forma verdadeira, mas dá poder ao pessoal de contribuir com suas sugestões 
de como a operação deveria ser melhorada. Mas não têm autonomia para 
implementar as mudanças. 
- Envolvimento do trabalho – Dá poder ao pessoal de reprojetar seus trabalhos, 
mas com alguns limites uma vez que pode ter impacto sobre outras pessoas e 
o desempenho da operação como um todo. 
- Alto envolvimento – Incluir todo o pessoal na direção estratégica e 
desempenho de toda a organização.

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