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Assistência de Enfermagem na Administração de Drogas e soluções 
(vias de administração)
Professora Enfª LÍLIAN DOS SANTOS LIBÓRIO
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR I 
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-Administração de medicamentos é um dos deveres de maior responsabilidade da equipe de enfermagem. 
OBS: Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa. 
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Vias de administração de medicamentos
TRÊS LEITURAS CERTAS DA MEDICAÇÃO
Confira SEMPRE o rótulo da medicação. Nunca confie. Leia você mesmo.
PRIMEIRA VEZ: antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de medicamentos
SEGUNDA VEZ: antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola
TERCEIRA VEZ: antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no recipiente
OBS: Ter atenção em estar sempre verificando a validade do medicamento.
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Vias de administração de medicamentos
Vias de administração:
1. Via Oral
Absorção intestinal
Absorção subligual
2. Via Retal
3. Vias Parenterais mais comuns
Via intradérmica
Via subcutânea
Via intramuscular
Via endovenosa
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Vias de administração de medicamentos
4. Outras vias:
 Inalatória (ex: gases utilizados em anestesia e medicamentos contra asma)
- Ocular
 Intranasal 
 Tópica ou cutânea
 Auricular
 Gástrica
 Vaginal
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1. Absorção intestinal (ou enteral)
* Vantagens:
Auto administração, econômica e fácil;
Possibilidade de remover o medicamento; 
Confortável, indolor;
Também promove efeito sistêmico.
* Desvantagens:
Muitos fatores, como outros medicamentos e a alimentação, afetam a absorção dos medicamentos depois de sua ingestão oral;
Via Oral
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Vias de administração de medicamentos
 Podem provocar irritação da mucosa gástrica, pois podem prejudicar o revestimento do estômago e do intestino delgado e causar úlceras. 
* Contra indicação:
Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes;
Em casos de vômitos;
Via Oral
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Vias de administração de medicamentos
2. Absorção Sublingual:
Os medicamentos são colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos.
Via Oral
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Muitos medicamentos que são administrados por via oral podem também ser administrados por via retal, em forma de supositório.
Via Retal - enteral
Vias de administração de medicamentos
São receitados quando a pessoa não pode tomar o medicamento por VO:
-náuseas e vômitos;
-impossibilidade de engolir;
-algumas restrições à ingestão, como ocorre em seguida a uma cirurgia.
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Lembretes!!
 Garantir a privacidade do cliente;
 Colocar o cliente em posição de Sims;
 Calçar luvas;
 Separar as nádegas do cliente;
 Orientar cliente a respirar fundo ao introduzir o supositório; 
 Introduzir o supositório numa profundidade correspondente ao comprimento do dedo indicador;
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 Comprimir as nádegas evitando o retorno do supositório;
 Retirar luvas corretamente;
 Orientar para que o cliente retenha o supositório por até 15 minutos. Quando o supositório for aplicado para aliviar gases intestinais, o cliente pode expeli-lo a qualquer momento.
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Via Tópica ou cutânea – parenteral indireta
	É a administração de medicamentos diretamente na pele ou na mucosa, com o objetivo de uma ação local.
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Via tópica ou cutânea
Os medicamentos podem ser na forma de: pomada, creme, shampoo, sabonete, loção, gel, pó, tintura, entre outros.
Aplicação de sistema transdérmico: anticoncepcionais, nicotina para auxiliar no abandono do tabagismo, na forma de adesivos.
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Tipos:
Loções – são preparações líquidas usadas para refrescar, amaciar e aliviar pruridos na pele, não deve ser friccionado.
Linimentos – são preparações líquidas/pastosas, usadas por fricção para aquecer uma área, dilatar os vasos, relaxar músculos, aliviar tensão local.
Pomadas – são preparadas a base de gorduras, geléias, óleos, usados diretamente sobre o ferimento, com o objetivo de ação local. 
Loção
Linimentos 
Pomadas
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Cuidados na administração: Aplicar sobre a pele limpa e seca. Não encostar a abertura do frasco ou pomada na pele do cliente. Observar sinais de alteração de cor, ou outros sinais visíveis.
Os adesivos devem ser colocados alternando os locais de aplicação, sempre em pele lisa, fina, seca e sem pelos. Nunca aplicar nas mamas.
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Via Auricular - parenteral indireta
 Aplicação de medicamentos no ouvido externo;
 Finalidade de aliviar a dor, a inflamação, a congestão, combater infecções ou amolecer cerume.
 Lembrete: Usar medicamento à temperatura ambiente. 
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Via Ocular - parenteral indireta
Aplicação de colírios ou pomadas.
Finalidade de dilatar ou contrair as pupilas, acelera a cicatrização, combater infecção, lubrificar os olhos. 
Lembretes: puxar a pele periorbitária com o dedo indicador, expondo o saco conjuntival, pingando a medicação.
Solicitar que o cliente feche os olhos e faça movimentos giratórios do globo ocular após aplicação da medicação.
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Nasal – descongestionar ou aliviar a congestão nasal, combater infecções e inflamações, anti-hemorrágicos.
Vaginal – combater infecções, aliviar prurido e dor.
Retal – combater infecções, aliviar prurido e dor, tem efeito sistêmico.
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Via Nasal - parenteral indireta
 Consiste em levar à mucosa nasal o medicamento, para aliviar congestão nasal, tratar infecções e facilitar a respiração.
Cuidados na administração: Orientar o cliente a respirar pela boca. 
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	NEBULIZAÇÃO
Método utilizado para administração de fármacos ou fluidificação de secreções respiratórias. 
Utiliza um mecanismo vaporizador através do qual se favorece a penetração de água ou medicamentos na atmosfera bronquial.
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Via Vaginal - parenteral indireta
É a introdução e absorção de medicamentos no canal vaginal. O medicamento pode ser introduzido sob a forma de: óvulos, lavagens, irrigações, geléias,cremes ou géis.
Metabolismo e excreção: Eliminada pelas fezes
Cuidados na administração: Manter a privacidade da cliente. Introduzir a medicação com aplicador individual. O aplicador deve ser introduzido lubrificado. Orientar a cliente a realizar a auto-aplicação.
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Via sonda nasoenteral (SNE) ou gastrostomia (GTT)
 É a administração de medicamentos por SNE ou GTT, quando utilizada em cliente inconsciente ou incapacitado de deglutir.
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Via Parenteral - direta
Vias de administração de medicamentos
Utiliza-se seringas, agulhas e medicamentos esterilizados.
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Preparando a injeção:
Identificar o medicamento a ser administrado, de acordo com a prescrição médica;
Lavar bem as mãos antes e após preparar e aplicar a injeção;
Abrir a embalagem da seringa e da agulha, conectando-as sem tocar na agulha, no bico e nem na haste da seringa, para não contaminá-la;
Não esquecer de fazer a assepsia da ampola e do fraco ampola com álcool a 70%, antes da aspiração.
Vias de administração de medicamentos
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ABERTURA DA EMBALAGEM DA SERINGA
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TESTAGEM DA ROLHA DE BORRACHA DO ÊMBOLO
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APOIO DA SERINGA
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DESINFECÇÃO DA TAMPA DE BORRACHA
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Aspiração
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- Desinfetar toda a ampola com algodão embebido em álcool a 70%;
Bater rápida e lentamente com o dedo até que o líquido saia do pescoço da ampola (Perry; Potter, 2012);
Proteger os dedos com o algodão ao destacar o gargalo da ampola;
Preparando medicações armazenadas em ampola
Fonte: Perry; Potter, 2012
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Aspirar a solução da ampola para a seringa;
Remover a agulha da ampola, segurar a seringa com a ponta voltada para cima, bater levemente na seringa para fazer as bolhas subirem em direção à agulha. Puxar o êmbolo para trás e depois empurrá-lo para cima para ejetar o ar;
Fonte: Perry; Potter, 2012
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Proteger a agulha com a própria capa e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro;
 Não esquecer de identificar o medicamento com os 9 Certos, antes da administração.
 Após administração, NUNCA reencapar a agulha, e desprezá-la
no descarte apropriado.
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 Retirar o lacre do frasco ampola;
 Realize a desinfecção do gargalo da ampola do diluente com algodão e álcool 70%, abra a ampola, aspire o conteúdo e injete-o pela parede interna do frasco ampola;
 Misture bem o pó com o diluente colocando o frasco ampola entre as mãos e realizando movimentos rotacionais;
 Aspire o conteúdo e retire as eventuais bolhas da seringa, expulsando o ar e deixando somente a suspensão; 
Despreze o frasco ampola no descarte apropriado. 
Vias de administração de medicamentos
Preparando medicações armazenadas em frasco ampola
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Fonte: Perry; Potter, 2012
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Vias de administração de medicamentos
Tipos de seringa:
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Via Intramuscular
Administração do medicamento diretamente no músculo em graus de profundidade variável.
Existe controvérsia na literatura quanto ao volume máximo da injeção intramuscular 
A escolha do músculo utilizado vai depender do volume a ser aplicado:
- Vasto lateral da coxa (máximo de 4ml) (Malkin, 2008; Giovani; 2002); Máximo de 5ml (Koch et al, 1996; Cassiani; 2001)
2ª escolha: glúteo – máximo 5ml (Malkin, 2008; Giovani; 2002; Carey et al, 2002);
3ª escolha: deltóide – máximo 2ml (Giovani, 2002; Cassiani; 2001)
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Vias de administração de medicamentos
Vasto Lateral da Coxa:
- Local seguro por ser livre de vasos sanguíneos e nervos importantes;
-Extensa área de aplicação;
-Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou crianças chorosas.
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Procedimentos para administração no vasto-lateral da coxa
Colocar a pessoa em decúbito dorsal, decúbito lateral ou sentada;
Localizar o terço médio da face externa da coxa;
Administrar a injeção intramuscular.
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Vias de administração de medicamentos
4. Deltóide:
-Massa muscular relativamente pequena, não sendo capaz de receber grandes volumes (máximo de 2ml);
- Não deve ser usado em injeções consecutivas e com substâncias irritantes, pois podem causar abscesso e necrose.
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Procedimentos para administração no deltóide
Colocar a pessoa na posição sentada ou em decúbito lateral, para maior conforto;
Localizar o músculo deltóide e traçar um triângulo imaginário com a base voltada para cima;
Administrar a injeção intramuscular no centro do triângulo imaginário.
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Vias de administração de medicamentos
2. Dorso glúteo:
-Indicada para administração de grandes volumes (máximo de 5ml);
-Não é indicado para crianças menores de 2 anos;
- ATENTAR para localização do nervo ciático.
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Localizar o músculo grande glúteo e traçar uma cruz imaginária;
Administrar a injeção intramuscular no quadrante superior externo da cruz imaginária.
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Vias de administração de medicamentos
3. Ventro glútea:
É livre de estruturas anatômicas importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos);
Indicada para qualquer faixa etária;
Ainda é muito pouco utilizada.
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Vias de administração de medicamentos
Aplicação Método Trajeto Z:
Técnica IM utilizada na aplicação de drogas irritativas para proteção da pele e de tecidos subcutâneos;
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Vias de administração de medicamentos
Complicações causadas por injeções intramusculares
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Descarte correto
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Injeção Intra-óssea
Quando for difícil ou impossível à infusão venosa rápida, a infusão intra-óssea permite a disposição de líquidos, medicações ou sangue total na medula óssea (uma via venosa).
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O local para punção mais frequentemente usado em crianças corresponde à face interna da tíbia.
A agulha deve ser direcionada levemente inclinada (15 a 30º). 
Ao se sentir a ponta da agulha atravessando a córtex óssea, não mais se deve aprofundá-la.
O acesso intra-ósseo obtido em situações de emergência por ser mantido, em geral, até 24 horas do início de sua inserção, havendo necessidade de substituí-lo após este período.
O acesso venoso pela via intra-óssea é seguro, efetivo para reposição volêmica, administração de fármacos e exames laboratoriais em todas as idades. 
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Fonte: LANE, J. C.,  GUIMARAES, H. P, 2008
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Cuidados gerais de Enfermagem
Pacientes Independentes:
Instruir o cliente quanto ao uso da medicação, conforme prescrição (doses, horários, efeitos colaterais). 
Não interromper o tratamento, mesmo que alcance melhora. 
Quando esquecida uma dose, fazê-la tão logo seja possível. 
As doses esquecidas não devem ser dobradas. 
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Pacientes dependentes: 
Lavagem das mãos, preparo do material que será utilizado, lavagem das mãos, esclarecer o cliente sobre o procedimento, expor o local onde será aplicada a medicação, aplicar a medicação, observar reações do cliente, lavagem das mãos, guardar material, fazer anotações e lavagem das mãos.
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“Sempre que te perguntarem se podes fazer um trabalho, responde que sim e te ponhas em seguida a aprender como se faz”
FRANKLIN DELANO ROOSEVELT
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Bibliografia:
SILVA, M. T.. Cálculo e Admistração de Medicamentos na Enfermagem, 1ª ed. São Paulo. Martinari, 2008.
PERRY. A.G; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2012.
MOZACHI, N. O Hospital: manual do ambiente hospitalar. 2ª ed. Curitiba, 2005.
SMELTZER, S. O.; Bare, B. G.(E.d.) – Brunner & Suddarth: ; Tratado de Enfermagem Médico-Cirurgica; 10ª Ed. Rio de Janeiro; Editora Guanabara Koogan. 2005.
LANE, J. C.,  GUIMARAES, H. P. Acesso venoso pela via intra-óssea em urgências médicas. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2008, vol.20, n.1, pp. 63-67.
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Obrigada!!!
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