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CARBOIDRATOS Profª Dra. Ana Paula Colares de Andrade ▪ Amido Principal carboidrato da dieta Encontrado em plantas Amilose Amilopectina Glicogênio Armazenamento de carboidratos em humanos Fígado e músculo ▪ Celulose Semelhante ao amido moléculas de glicose Compõem a estrutura celular das plantas Ocorre em vegetais, folhas, talos, frutas, etc. Pectina Polissacarídeo não celulósico Formados por unidades de um derivado de galactose Constitui a parede celular das plantas Absorve água formação de gel AMIDO versus CELULOSE Constituídos por unidades de glicose As enzimas do sistema digestivo não conseguem hidrolisar a celulose,pois não há enzimas específicas para quebrar as ligações Passam direto no intestino fornecendo volume no intestino grosso • Alimentos de origem vegetal • Leite • Carnes traços de glicogênio • Melaço de cana e beterraba Alimento Carboidrato (%) Alimento Carboidrato (%) Açúcar Amido Cana, beterraba 99,5 Pipoca 77 doces 90-96 Farinha de trigo; milho 70-80 Bebidas adoçadas, carbonatadas 10-12 Biscoitos crackers ou similares 72 Frutas Macarrão 23-30 Bananas, uvas, maçãs 15-23 Vegetais Damasco, figos, ameixas secas 12-31 Cozido: batata inglesa, feijões 15-26 Leite Beterraba, cenoura 5-7 Desnatado 6 Alface, repolho, cheiro verde 3-4 Integral 5 Tabela 1. Teor de carboidratos nos alimentos No organismo Funcionam na forma de glicose responsável pela integridade funcional do tecido nervoso e fonte de energia para o cérebro; Fornecem 4 Kcal para cada grama de alimento ingerido; A lactose no intestino estimula crescimento benéfico de bactérias Precursores de componentes de ácidos nucléicos e matriz do tecido conjuntivo Um pouco da história... 1977 – Carboidratos complexos incluiam amido e dextrinas 1979 – Carboidratos complexos compreendiam o amido e os polissacarídeos não digeríves (fibras dietéticas) 1990 – FDA / USA definiu carboidratos complexos como a soma das dextrinas e amido, excluindo as fibras 1995 – AOAC definiu que as fibras alimentares devem fazer parte dos carboidratos complexos e que os oligossacarídeos resistentes fazem parte das fibras “Fibra é o resíduo derivado da paredes das células vegetais, resistente a hidrólise pelas enzimas digestivas do organismo humano. Ela é composto de celulose, hemicelulose, oligossacarídeos, pectinas e lignina” ▪Onde encontrar? - Paredes celulares de plantas - Cimento intercelular, - Secreção produzida por plantas como resposta a uma agressão - Cobertura de sementes para evitar a desidratação mais abundantes: celulose e lignina - Nos alimentos: encontrados de forma natural ou adicionados - Principais fontes: cereais, vegetais e frutas ▪Classificação Relação com estrutura celular o Natureza química Solubilidade em água Recomendação nutricional: 25-30g ao dia ▪Frações das fibras - Solúvel (fibra dietética solúvel) fermenta no cólon redução do colesterol no sangue e ao controle da glicose - Insolúvel ( fibra dietética insolúvel ou fibra bruta) não sofre fermentação motilidade intestinal, contribuindo para a mobilização do bolo fecal Capacidade de se ligar a água Gomas, pectinas, mucilagens, polissacarídeos de reserva e hemicelulose Afinidade com a água, sendo fracas formadoras de substancias viscosas Celuloses, lignina e algumas frações de hemiceluloses ▪ Frações das fibras - Solúvel (fibra dietética solúvel) ▪ Efeito parte superior do TGI ▪ Retarda esvaziamento ▪ Retarda assimilação de nutrientes ▪ Aumenta tempo de trânsito Pectinas Aveia Gomas Psyllium Mucilagens Pectina ▪Mistura complexa de polissacarídeos encontrados em frutas e vegetais ▪ Principal função desejável: formação de gel ▪Característica indesejável: “névoa” em vinhos e sucos, como de maçã. Podendo ser removido com adição de enzimas pécticas Gomas Produzidas por plantas e usadas como espeçantes e gelificantes ▪Goma guar ▪Goma xantana ▪ Psyllium Aplicação fisiológica e industrial, especialmente em produtos sem glúten ou com redução de lipídios, pois dá consistência e textura Insolúveis ▪ Efeito no intestino grosso ▪ Aumenta volume fecal ▪ Produz fezes mais macias ▪ Favorecem textura mais firme aos alimentos. ▪ Presente em cascas e farelos ▪ Excesso pode atrapalhar absorção de minerais como ferro, zinco, cálcio, magnésio Celulose Farelo de Arroz Hemicelulose Farelo de Trigo Lignina Fibras funcionais ▪ Inulina e frutooligossacarídeos ▪Ação prebiótica – são fermentadas exclusivamente por microrganismos benéficos ao intestino (lacotbacilos e bifidobactérias) ▪Melhora imunidade ▪Favorece absorção de minerais ▪ A medida de carboidratos nos alimentos é medida através do Índice Glicêmico. Concentrações normais de glicose no sangue: 70 a 110 miligramas por decilitro de sangue Hiperglicemia: > 140 mg/dl Hipoglicemia: < 40 a 50 mg/dl ▪ Fatores que influenciam o índice glicêmico dos alimentos: ▪ Forma com que o alimento é ingerido (líquido ou sólido); ▪ Conteúdo de fibras, proteínas e gordura; ▪Método de processamento e preparo do alimento. O índice glicêmico aponta a velocidade com que um alimento com carboidratos eleva o açúcar no sangue. Quanto mais rápido o carboidrato virar glicose, maior será o seu índice glicêmico. ÍNDICE GLICÊMICO CARGA GLICÊMICA Indica a quantidade real de carboidratos dos alimentos, tendo em vista o IG (índice glicêmico) e o tamanho das porções. É uma medida mais garantida do que o IG, justamente por levar em consideração a quantidade de comida ingerida. - Hipoglicemia: falha de controle da monitoração de glicose no sangue, devendo planejar sua dieta adequadamente para manter os níveis de glicose dentro do normal. Ansiedade Fraqueza Tremores Fome Batimentos cardíacos elevados - Hiperglicemia: insulina inadequada ou insuficiente, caracterizando os 2 tipos de Diabetes. 33 ▪ Falta de insulina; ▪ O pâncreas não produz insulina ou a produz em quantidades muito baixas; ▪ Com a falta de insulina, a glicose não entra nas células, permanecendo na circulação sanguínea em grandes quantidades; ▪ A diabetes mellitus do tipo I é também caracterizada pela produção de anticorpos à insulina (doença auto-imune). É muito recorrente em pessoas jovens, e apresenta sintomatologia definida, onde os enfermos perdem peso. 34 ▪ Mal funcionamento ou diminuição dos receptores das células; ▪ A produção de insulina está normal; ▪ Como os receptores (portas) não estão funcionando direito ou estão em pequenas quantidades, a insulina não consegue promover a entrada de glicose necessária para dentro das células, aumentando também as concentrações da glicose na corrente sanguínea. - Mudanças na dieta: não excluir totalmente lácteos (nutrientes); fazendo uso de cápsulas da enzima; consumindo alimentos tratados previamente com a enzima ▪ Açúcares: - Referente aos açúcares adicionados no preparo dos alimentos (máximo de 10% - FAO e OMS); - Responsáveis pelas deficiências de nutrientes: ↑ açúcares adicionados (bolos, balas, refrigerantes); - Também chamada de “quilocalorias vazias”, pois não contêm proteínas, vitaminas e minerais; - Diferenças: atletas (4.000 kcal) e idosos (1.500 kcal). ▪ Açúcares: - Cáries dentárias: produção de ácido por bactérias da boca (fermentação do açúcar),que irá dissolver o esmalte do dente → alimentos pegajosos e frequência de consumo; - Obesidade: não é o único responsável pela obesidade (alto teor de gordura, geralmente associado); - Doenças do coração: dieta com alto teores de açúcar adicionado → alterar lipídios no sangue → doenças do coração; - Mal comportamento e vícios. Exercícios 1. Como podem ser definidos os carboidratos? 2. Como podem ser classificados os carboidratos? 3. Qual o principal carboidrato utilizado pelo nosso organismo para obtenção de energia? 4. O que significa gliconeogênese e quando ocorre no nosso organismo? 5. Qual a diferença entre hipoglicemia e hiperglicemia? 6. O que significa índice glicêmico? Quais tipos de alimentos apresentam maior índice glicêmico? 7. Qual a diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2? 8. Como podemos definir a intolerância a lactose? - Fennema, O. R.; Damodaran, S.; srinivasan, P.; KIRK, L. Química de Alimentos de Fennema. 4a Ed; Editora Artmed; 2010. - Whitney, E.; ROLFES, S.R. Nutrição 1: Entendendo os nutrientes. SP: Cengage Learning, 2008. FIBRAS DIETÉTICAS SOLÚVEIS E SUAS FUNÇÕES NAS DISLIPIDEMIAS
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