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~ > .> LUCAS NOGUEIRAGARCEZ ;ElEMENTOS DE ENGENHARIA HIDMUllCA ···E . SANITARIA· ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA CAMARGO CAMP .' - EN~.I E CmL FICHA CAT ALOGRÁFICA (Preparada pelo Centro de Catalogação-na"fonte, Câmara Brasileira do Livro, SP) G196e 2 ed 76-0428 Garcês,Lucas Nogueira, 1913- Elementos de engenharia hidráulica e sanitária[ por] Lucas Nogueira Garcez. 2. ed. São Paulo, Edgard Blücher, 1974, 1976 reimpressão. p ilust. Bibliografia 1. Engenhariahidráulica2 Engenhariasanitária I. Título. COO-627 -·628 Índices para catálogo sistemático: 1. Engenhariahidráulica 627 2. Engenhariasanitária 628 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ ProfessorCatedráticoda EscolaPolitécnicada Universidadede São Paulo ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 2.8 EDIÇAO ~ EDITORA EDGARD BLÜCHER LTDA.· Do mesmoautor: Elementosde MecânicadosFluídos ConstruçõesHidráulicas Hidrologia © 1974 EditoraEdgardBlücherLtda. 3.a Reimpressão1981 É proib.idaa reproduçãototal ou parcial por quaisquermeios sem autorização escrita da editora EDITORA EDGARD BLÜCHER LTDA. O1000CAIXA POSTAL $450 END. TELEGRÁFICO: BWCHERLrtrRO SÃO PÁULO - SP - BRASIL Impressono Brasil Printed in.Brazil INDICE 1.o.o. - HIDROLOGIA - Ocorrência . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . 9 - Grandezascaracterísticas , 9 - Capacidadede infiltração.Fatôresintervenientes . 10 - Determinaçãoda capacidadede infiltração ,... 11 - Análisedosdados.Interpretaçõesderesultados.Aplicações práticas . . . .. . . . . . .. . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 12 - Problemasresolvidoscom o conhecimentodos dadosde infiltração ,.. . . 12 ~ Escoamentosuperficial. Dejlúvio 13 - Ocorrência .... . . . . . .. . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . .. . . . .. . . . . 13 - Grandezascaracterísticas 13 - Fatôresintervenientesno deflúvio 13 - Obras de utilizaçãoe contrôleda águaà montanteda secção 14 - Coletae análisedosdadosde observação- Apresentação dos resultados 15 - Estudosde previsão 6 - Exemplosde coeficientesde deflúvio 17 1.1.0. 1.2.0. 1.3.0. 1.3.1. 1.3.2. 1.3.3. 1.3.4. '1.3.5. 1.4.0. 1.4.1. 1.4.2. 1.4.3. 1.4.4. 1.4.5. 1.5.0. 1.5.1. 1.5.2. 1.5.3. 1.5.4. 1.5.5. 1.5.6. 1.6.0. 1.6.1. 1.6.2. 1.6.3. 1.6.4. 1.6.5. 1.6.6. ,1.6.7. - Generalidadese definição - O ciclo hidrológico . - Precipitaçõesatmosféricas . - Origemdasprecipitações . - Grandezascaracterísticasde umaprecipitação . - Aspectosgeraisda ocorrênciae distribuiçãodaschuvas.. - Coletade dados.Aparelhosmedidores . - Análisedos dados.Apresentaçãodos resultados.Interpre- taçãoe previsãoda distribuiçãodasprecipitações . - Evaporação ' . - Ocorrência . - Grandezascaracterísticas . . - Fatôresintervenientes . - Medidada evaporação . . - .Análisedos dados.Apresentaçãodos resultados . - Infiltração. Aguas subterrâneas Pág. 1 1 2 2 3 3 4 4 6 6 6 6 7 8 9 1.6.8. 1.6.9. 1.7.0. -VI - - Exemplode contribuiçãounitária . - Fórmulasempíricasparaa previsãode enrjhentes . - Bibliografia : . Pág. 17 17 29 2.O. O. - ABASTECIMENTOURBANODE AGUA 2.1.0. - Generalidades . 31 2.2.0. 2.2.1. 2.2.2. 2.3.0. 2.4.0. 2.5.0. 2.5.1. 2.5.2. 2.5.3. 2.5:4. 2.5.5. 2.6.0. 2.7.0. 2.7.1. 2.7.2. 2.7,3. 2.8.0. 2.8.1. 2.8.2. - Aspectos sanitários 31 - Doençasrelacionadasà água .. .. . . .. . . ... .. . 31 - Algunsdadosestatísticos 32 - Aspectos econ6micos _............ 33 - órgãos constitutivos de um abastecimento urbano de água . . 34 - Quantidade de água a ser fornecida 35 - Usosda água.............................................. 35 - GrandezasCaracterísticas 35 - Fatõresqueinfluemno Consumo 35 - Variaçõesno Consumo............... 36 - FixaçãodoVolumedeAguaa DistribuiremumaCidade.. 37 - Prazo para o qual as obras são projetadas 38 - Estimativa de população 39 - CritériosGerais 39 - Estimativasde crescimento·dapopulação 40 - Distribuiçãoda populaçãodentroda áreaurbana 41 - Determinação da quantidade de água, para atender os con- sumos normais 42 - Determinaçãodevazãodedistribuiçãopor unidadedeárea 43 - Determinação-devazãodedistribuiçãopor unidadedecom- primento . . 43 2.9.0. 2.9.1. 2.9.2. 2.10.0. 2.10.1. 2.10.2. 2.10.3. 2.10.4. - Captação - Mananciais . - Captaçãode águassuperficiaise pluviais . - Reservatórios de acumulação .- . - Finalidades , . - Tiposdesolução.: . - Projetode Reservatóriosde acumulação.. . . - ~spectosSanitáriosdo Represamento . 43 43 44 51 51 52 53 58 - VII- Pág. 2.10.5. - Assoreamento(Siltagem>. 59 2.11.O. - Adução ;"........................... 60 2.11.1. - Generalidades . .. .. . . .. . . .. . . .. . .. .. . .. . .. .. . . . .. . .. . .. 60 2.11.2. - Classificação :........ 60 2.11.3. - Vazão de dimensionamento 61 2.11.4. - Adução por gravidade 62 2.11.5. -, Adução por recalque ti5 2.12.O. - Reservatório de distribuição 67 2.12.1. - Finalidades . . . . . . . . . . . . . . . 67 2.12.2. - Classificação :................. 68 2.12.3.- Volume de água a ser armazenado 68 2.12.4. - Comparaçãoentre os vários tipos de reservatórios 70 2.12.5. - Precauçõesespeciais .72 2.12.6. - Esquema das canalizaçõese registro de um reservatório enterrado - Exemplo ,.......... '72 2.13.O. - Rêde de distribuição 73 2.13.1. - Generalidades .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 2.13.2. - Traçado das rêdes de distribuição :.... 73 2.13.3. _. Classificaçãodas rêdesde distribuição 73 2.13.4. - Comparaçãoentre os diferentes tipos de rêde 73 2.13.5. - Generalidadessôbre o dimensionamentodas canalizações das rêdes de distribuição 74 2.13.6. - Dimensionamentodas rêdes ramificadas 76 2.13.7. - Dimensionamentodt;lrêdesmalhadas 76 2.13.8. - Causascomuns de contaminação 77 2.13.9. - Principais defeitos a serem evitadosou corrigidos 78. 2.14.O. - Sistemas de fornecimentoao consumidor. Hidrômetros .. 78 2.14.1. - Modos de fornecimentoda água aos prédios 78 2.14.2. - Hidrômetros 79 2.15.O. - Tubos usados em sistemasde abastecimentod'água 86 2.15.1. - Tipos de tubos ; :. 86 2.15.2. - Tubos de ferro fundido 87 2.15.3. - Juntas de ponta e bôlsa em tubos de ferro lundido 87 2.15.4. - Tubos de Cimento- amianto 91 2.15.5. - Tubos de Concreto 92 2.15.6. - Tubos de aço 95 2. 16.O. - Construção de canalizações.Proteção das tubulações 97 2.16.f. - Esforços a que estão sujeitas as canalizações 97 2.16.2. - Tensões tangenciais causadaspela pressão interna 98 2.16.3. '- Tensõeslongitudinaiscausadaspor mudançasde direçãoou de outra condiçãode.eséoamento . . . . . . . . 98 2.16.4. - Tensões longitudinais causadaspor variaçõestérmicas .... 99 - VIII- Pág. 2.16.5. - Tensõesdevidasao pêsopróprioda canaltzação,pêsoda. águae cargasexternas 100 2.16.6. - Proteçãodas canalizaçõescontraa corrosão 102 2.17.0. - Financiamento e custeio. Taxa d'água 104 2.17.1. - Generalidades 104 2.17.2. - Classificaçãodosserviçosde utilidadepúblIcapara efeito de taxação 115 2.17.3. - Novos princípiosfundamentaisde taxaçãoracionalpara fazerfaceao financiamentode obrassani~árias 116 2.17.4. - Exemplo.americanode aplicaçãode novosprincípiosfun· damentais 117 2.17.5. - Princípiosfundamentaisenunciadosem 1951nos Estados Unidospor uma comissãoconjuntade engenheirose ad· vogados . . .. . . . . . . . .. .. . . . . . . .. . . .. 117 2.17.6. - Estudospara o estabelecimentoda taxad'águana capital de SãoPaulo '...... 119' 2.18.O. - Bibliografia , 119 3.O.O. - SISTEMAS DE ESGOTOS 3.1.0. - Generalidades 121 3.2. O. - Objetivos a serem atingidos com os sistemaspúblicos de esgotos ................................• . . . . . . . .. . . . . . . . . .. 122 3.3.0. - Classificaçãoe composiçãodos líquidos a ::eremesgotados 123 3.4.0. - Previsão devazões . 124 3.4.1. 3.4.2. 3.4.3. 3.4.4. 3.4.5. 3.4.6. 3.5.0. 3.5.1. 3.5.2. 3.5.3. 3.6.0 .. - Classificaçãodos sistemasde esgotos 124 - Classificaçãode acõrdocomo traçadoda rêdede esgota· mento ... . . .. . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . .. 125 - Característicasdosprincipaistraçadosdas1êdesdeesgotos125 - Comparaçãoentreos sistemasde esgotosunitárioe sepa· rador absoluto . , . . . . .. 126 - Partesconstitutivasdeum sistemadeesgofos sanitários.. 127 -Quantidade de líquido a ser esgotada 127 - Projeto e dimensionamento(Sistemaseparadorabsoluto) .. 129 - Dimensionamentoda rêde- Dadosc elementosa deter· minar 129 - Condiçõestécnicasa seremEatisfeitaspela rêde(segundo as NormasdoDepartamentodeObrasSanitáriasdoEstado de São Paulo) 129 - Cálculoda Rêde 130 - Tubulaçõese órgãos acessórios, Secçõese.~peciais 130 3.6.1. 3.6.2. 3.6.3. 3.6.4. 365. 3.7.0. 3.7.1. 3.72. 3.7.3. 3.7.4. 3.7.5. 3.7.6. 3.7.7. 3.7.8. 3.7.9. 3.7.10. 3.7.11. 38.0. 3.8.1. 3.82. 3.8.3. 38.4. 3.8.5. 3.9.0. 3.91. 3.9.2. 3.9.3. 3.9.4. 3.9.5. 3.9.6. 3.9.7. 3.9.8. 3.9.9. 3.9.10. 3911. - IX- - Materiaisempregados . - órgãos acessórios .. . . . .. ... . . - Estaçõeselevatóriasde esgotos : . - Emissários . - Secçóesde canalizaçõesde grandesdimensões . - Estações elevatórias . - Generalidades . - Casadas bombas . . - Tipos de bombas . - Bombascentrífugaspara esgo~os . - Instalaçãodas bombascentrífugas . - Poçoscoletoresdeesgotos . - Dadosparao projetoda EstaçãoElevatória . - Outrosdispositivosparaelevaçãodos esgotos . - Esgotosde aparelhosinstaladosno sub·solo,emnívelinfe- rior ao da rêdede esgotos . - Tipos de instalaçõesde EstaçõesElevatóriasPúblicas . - Tipodeinstalaçãodeumejetora ar comprimidoparaesgo- tamentodeaparelhossanitáriosprediaissituadosemnível inferiorao coletor público . . - Construção das canalizações de pequena secção: tubos em- pregados. Confecção de juntas . - Tuboscerâmicosvidrados . . - Tubosde concreto . - Canalizaçõesde cimento-amianto . - Tubosde ferro fundido : . - Indicaçõessôbrea construçãodascanalizaçõesde grandes secções .. . - Conservação e manutenção dos sistemas de esgotos . - Importânciade um cadastrodo sistemade esgotos . - Inspeções . - Métodosparaa inspeção . - Precauçõesantesde entraremumpoçodevisitas . - Origeme efeitosfisiológicosdasmatériasvoláteisperigosas encontradasnas rêdesde esgotos . . - Naturezadasobstruçõesdascanalizaçõesdeesgotos . - Lavagemdas canalizações . - Remoçãode raizes . - Retiradadosdepósitosde areiae pedregulho . - Consideraçõesa respeitoda utilizaçãodascanalizaçõesde esgoto . . - Contrôledas explosões . . Pág. 130 131 133 133 133 137 137 137 138 138 138 138 139 139 139 140 141 141 141 143 143 144 144 145 145 145 146 146 147 148 148 1!9 149 H9 14.9 -x- Pág. '3.9.12. - Financiamento. Custeio de um sistemade esgotos. O pro- . blemada taxa de esgotos 150 3.9.13. - Financiamento. Custeio de um sistemade esgotos. O pro- blema da taxa de esgotos 150 3.10.0. - Bibliografia . 151 4.0.0. - CARACTERES DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO 4.1.O. - Conceitos fundamentais 153 - Potabilidade das águas 154 - Segurança contra infecção . . . . . . . . . .. 154 - Ausênciade substânciasvenenosas 155 - Ausência de .quantidadesexcessivasde matérias orgânicas e mineral 156 - Caracteres das águas. residuáTias - Ciclo do nitrogênio 157 4.20. 4.3.0. 4.3.1. 4.3.2. 4.3.3. 4.4.0. 4.5.0. - Impurezas das águas , - Caracteristicas das águas de esgotos . 153 157 4.6. O. -' Composição média do esgôto sanitário - dados europeus, norte-americanos e brasileiros 158 4.7.O. - Bibliografia 159 5.0.0. - INTERPRETAÇAO DE ANÁLISES E EXAMES DA ÁGUA 5.1. O. - Exame e pesquisas usados para a caracterização da quali- dade de uma água . . . . . . . .. 161 - Substâncias pesquizadas . . . . . . . . . .. 163 - Substâncias relacionadas diretamente à potabilidade 163 - Substâncias relacionadas principalmente a inconvenientes de ordem econômica 164 - Substâncias indicadoras de contaminação . . . . . . . .. 164 - Interpretação das análises químicas . . . . . . .. 165 - Limites de poluição para as águas a serem tratadas .... 165 5.2.0. 5.2.1. 5.30. 5.3.1. 5..3.2. 5.3.3. 5.3.4. 5.3.5. 5.3.6 5.4.0. 5.4.1. 5.4.2 5.4.3. 5.4.4. 5.4.5. 5.4.6. 5.5.0. - Exame Fisico - Características examinadas . - Análise Química . - Exame bacteriológico . - Tipos de Determinações ... - Contagemdo número total de bactérias - Pesquisa de Coliformes . . - Classificação das bactérias . . . - Reprodução e resistênciaà destruição . - Interpretação de resultados .. . . . .. . . - Exame microscópico . 161 161 163 166 166 166 166 166 167 167 168 5.5.1. 5.5.2. 5.5.3. 5.5.4. 5.5.5. -XI - - Tipos de exame _. . . . . .. . . - Organismos microscópicos . - Microflóra . . - Microfauna . - Finalidades e interpretaçõesdos examesmicroscópicos . Pág. 168 168 168 168 168 5.6.0. - Padrões de potabilidade (caracteristicosfísicos e químicos) 169 5.7.O. - Bibliografia 170 6.0.0. - NQÇOES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA 6.1.0. 6.2.0 . . 6.3.0. - Finalidade :...... 171 - Processosde tratamento 171 - Combinação de processos. Ciclo completo com filtração rápida 171 - Grades e crivos 172 - Aeração ,................................. 172 - Sedimentaçãosimples 173 - Fundamento "......................... 173 - Dimensionamento 173 - Resultados" 173 - Sedimentaçãocom coagulação 174 - Fundamento 174 - Propriedades fundamentaisdos coagulantes ,......... 174 -:- Substânciascapazesde atuar como coagulantes.:........ 174 - órgãos constituintes 175 - Resultados 175 6.4.0. 6.5.0. 6.6.0. 6.6.1. 6.6.2. 6.63. 6.7.0. 6.7.1. 6.7.2. 6.7.3. 6.7.4. 6.7.5: 6.8.0. 6.8.1. 6.8.2. 6.8.3. 6.S.4. 6.8.5. 6.9.0. 6.9.1. 6.9.2. 6.9.3. 6.9.4. 6.9.5. 6.9.6. 6.10;0. - Filtração lenta . - Fundamento . . - Dispositivos usados . - Dimensionamento . . .- Resultados . -- Aplicabilidade - Filtração 'rápida . - Fundamento , . - Caracterí~ticasfundamentaisdos filtros rápidos . - Dispositivos usados . . - Resultados . - Aplicabilídade " - Composiçãoideal da camadasuporte . - Desinfecção 176 176 176 177 177 178 178 178 178 179 180 180 181 181 6.10.1. 6.10.2. 6.10.3. 6.10.4. 6.11.0. - XII- - Conceito . - Fundamentos . - Agentesdesinfetantesmaisusados . . - Ozona ..•........... ' . - Bibliografia . ~ . Pág. 181 181 182 183 183 7.O. O. - NOÇõESSõBRE O TRATAMENTODE ESGOTOS - Razõeshigiênicas 185 - Razõeseconômicas 185 - Razõesdeestéticae de confôrto. 185 - Remoçãodasmatériasemsuspensão 185 - Remoçãoe estabilizaçãodasmatériasputrescíveisemsus·· pensãono estadoc010idalou em solução:tratamentos biológicos . . . .. . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . .. . . . . . .. . . .. 186 - Desinfecçãoe desodorização 186 - Tratamentodos lodos (matériasremovidasduranteo tra- tamento) 186 7.1.0. 7.1.1. 7.1.2. 7.1.3. 7.2.0. 7.2.1. 7.2.2. 7.2.3. 7.2.4. - Finalidades do tratamento . - Métodos gerais de tratamento 185 185 7.3.0. 7.3.1. 7.3.2. 7.3.3. 7.4.0. 7.5.6. - Classificação dos graus de tratamento 187 - Tratamentospreliminares 187 - Tratamentosprimários 187 - Tratamentossecundários 187 - Esquema de uma estação de tratamento de esgotos em ciclo completo 187 - Eficiências das diversas fases de tratamento :...... 188 7.6.0'.' - Gradeamento188 7.7.O. - Caixas de areia 189 7.8.O. - Separação por flutuação :..................... 189 7.9.O. - Decantação 189 7.9.1. - Classificaçãodos decantadoresde acôrdocomo funciona· mento 190 7.9.2. - Algunsdadosde dimensionamentorelativosà decantação primária .. . .. . . . . .. . . .. . . .. . . . .. . . .. . . . . .. . . . . . .. . . . . .. . .. 190 7.10.O. - Digestão dos lodos 7.11.0. - Leitos de secagem ••.•••.•••••••••••••••••••••••••••••••• 0,' ••• 192 192 7.12.O. - Tratamentos biológicos 193 7.12.1. - Generalidades 193 7.12.2. 7.12.3. 7.12.4. 7.12.5. 7.12.6. 7.13.0. 7.14.0. - XIII- - Filtração biológica . . - Lodos ativados . - Irrigação sôbre o terreno . . - Filtros intermitentesde areia . - Desinfecção . . - Comparação dos custos "per-capita" em cruzeiros em alguns processos de tratamento . - Bibliografia . Pág. 194 195 196 196 197 198 199 8.0.0. - NOÇÕES SUMARIAS SÓBRE POLUIÇAO E AUTO-DEPU- RAÇAO DOS CURSOS D'ÁGUA - Danos causados aos cursos d'água 201 - Poluição física 201 - Poluição quimica 201 - Poluição bioquímica 202 - Poluição bacteriana 202 - Poluição biológica 202 - Poluição rádio-ativa 203 - Auto-depuração de cursos d'água 203 8.1.0. 8.2.0. 8.2.1. 8.2.2. 8.2.3. 8.2.4. 8.2.5. 8.2.6. 8.3.0. 8.4.0. - Generalidades - Bibliografia 201 203 9.O. O. - ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO MEIO RURAL - Mananciais abastecedores 205 - Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210 - Tipos de captação .. . . . . . . .. 210 - Principais causasde contaminaçãodas fontes 213 - Proteção sanitária das fontes 213 - Desinfecçãode poços e fontes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 213 ~ Bibliografia 216 - Quantidade de água necessária 205 - Poços 205 - Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 205 - Tipos de poços rasos 206 - Localização 206 - Principais causas de contaminaçãodos poços rasos esca- vados 207 - Proteção sanitária dos poços rasos escavados 208 9.1.0. 9.1.1. 9.2.0. 9.2.1. 9.2.2. 9.2.3. 9.2.4. 9.2.5. 9.3.0. 9.3.1. 9.3.2. 9.3.3. 9.3.4. 9.3.5. 9.4.0. - Fontes . 210 10.0.0. - DISPOSIÇAO DE DEJETOS EM ZONAS NAO PROVIDAS DE SISTEMAS DE ESGOTOS SANIT ARIOS 10.1.O. :......Considerações gerais. Esgóto no meio rural . . .. 2 7 - XIV- -Pág. 10.1.1. - Importânciasanitária 217 10.1.2. - A transmissãode moléstiaspelosexcretos 218 10.1.3. - Soluçõesp,arao problema 219 10.2.O. - Soluções sem transporte hídrico 220 10.2.1. - Aspectosa seremconsiderados 220 10.2.2. - Fossasêcaou privadahigiênica 223 10.2.3. - Fossanegra 232 10.2.4. - Fossa tubular 233 10.2.5. -:- Privadaquímica :....... 234 10.2.6. - Outrassoluçõessemtransportehídrico .. _ 236 10.3.0. - Soluções cóm transporte hidrico 236 10.3.1. - Aspectosa seremconsiderados 236 10'.3.2. - Tanquesépticoe irrigação'subsuperficial.. 237 10.3.3. - Poço absorvente 250 10.4.0. - Bibliografia . 11.0.0. - INSTALAÇÕESPREDIAIS 258 11.1.O. - Generalidades 261 11.2.0. - Relaçõescom a arquitetura 261 11.3.0. - Instalações mínimas necessárias........................... 262 11.4.0. - Instalação predial de água fria 264 11.5.0. - Instalaçãopredial deesgotos : ,_ 285 11.5.1. - Introdução .. .. . .. . . .. . .. . . .. . . ... 285 11.5.2. - Principiosgerais 285 11.5.3. - Terminologia 285 11.5.4. - Projeto 289 11.5.5. - Algumasexigênciasminimasdo DAE de São Paulo 296 11.6.0. - Instalaçãopredial de águaquente _............ 296 11.6.1. - Generalidades 296 11.6.2. - Sistemaindividual 297 11.6.3. - Sistemadeconjunto 297 11.6.4. - Sistemacentral 297 11.7.0. - Instalaçãopredial de águaspluviais 297 11.7.1. - Generalidades 297 11.7.2. - Partesconstituintesdosistemadeáguaspluviais 297 11.7.3. - Calhas . . . . . . . .. .. . . .. .. .. . . .. . . . _ 297 11.7.4. - Condutores . . .. . . . . . . .. .. . .. 299 11.8.0. 11.9.0. - Instalação predial de gás - Instalação predial de proteçãocontra incêndios 300 300 11.10.0.- Materiais usadosnas instalaçõesprediais 301 -XV- Pág. 11.10.1.- Tubos e conexões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 301 11.10.2.- Válvulas e contrôles 308 11.10.3. - Aparelhos e acessórios 308 11.11.O. - Extrato de tópicos referentes às instalações prediais da Codificação das Normas Sanitárias para Obras e Serviços.. 310 11.12.O. - Apresentação de um projeto de instalações prediais 313 11.12.1. - Discriminação dos serviços 313 11.12.2.- Discriminaçãogeral......................... . 313 11.12.3.- Descrição dos serviços 314 11.13.O. - Bibliografia . 12. O.O. - ALGUNS ASPECTOS LEGAIS RELATIVOS AO USO DA ÁGUA 12.1.0. ---.:Generalidades 332 333 12.2.O. - Aguas em geral e sua propriedade 333 12.3.O. - Aproveitamento das águas 335 12.4.0. - Aproveitamento 'hidroelétrico 336 12.5.0: - Normas legais relativas ao contrôle da contaminação e da poluição das águas 339 12.6.O. - Bibliografia >. • • • • • • • • •• 343 13.0.0. - ALGUNS ASPECTOS ECONOMICOS RELATIVOS AO USO DA ÁGUA 13.1.0. - Generalidades 345 13.2.O. - Fases de um estudo econômico 345 133.0. - Vida provável das estruturas hidráulicas 348 13.4.O. - Relação entre a freqüência provável de eventos extremos e o projeto econômico de certas estruturas hidráulicas .... 349 13.5.0. - Contraste entre os estudos econômicos para os empreen- dimentos privados e para as ubras públicas 349 13.6.O. - Exemplo de análise econômica dos beneficias e custos de uma obra pública 349 13.7.O. - Análise econômica do aproveitamento de r"cursos hídricos para finalidades múltiplas 351 13.8.O. - Bibliografia 35ô 1.0.0. - HIDROLOGIA 1.1.o. - GENERALIDADES E DEFINIÇAO Hidrologiaé a ciênciaquetrata daspropriedades,distribuiçãoe com· portamentoda águana natureza. É ciênciabásicapara todosos camposda EngenhariaHidráulica. O estudodaHidrologiapodeserdivididoemtrêsramos,os quais,tratam da águanassuasdiferentesformasde ocorrência:acima,sôbree abaixo da superfícieda terra: a) águaatmosférica; b) águasuperficial~ c) águasub-superficial. Agua atmosférica - Em sua relaçãocom a atmosferaa Hidrologia estudaas chuvase outrasformasde precipitações,suas causas,origens, ocorrência,magnitude,distribuiçãoe variação;é o ramoda meteorologia quecompreendetodosos fenômenosatmosféricosligadosà água(Hidrome- teorologia). Agua superficial - Deflúviode cursosd'água,lagose reservatórios, origeme comportamentodas águassuperficiais. A Hidrologiadas águassuperficiaisinclui: - reologia- águascorrentes:ribeirõese rios; - limnologia- reservatóriosde águafresca,lagos; - oceanografia- oceanose mares. Éste ramo da Hidrologiachama-setambémHidrografia.A expressão limnologiaé usada,às vêzes,em sentidolato, comosinônimode Hidro- grafia. Agua subsuperficial - Comumentechamada,águasubterrânea;con- sidera a origem,naturezae ocorrênciada água sui:>superficial,a infil- traçãoda águano solo,sua passagemou percolaçãoatravéso solo e a sua saldado solo. 1.2.O. - O CICLO HIDROLÓGICO Precipitação,escoamentosubterrâneo,deflúvioe evaporaçãosãoos es- tágiosdo ciclohidrológico.(Fig. 1.1). Da águaprecipitada,parte cai diretamentesôbre as superfícies quidas,parteescôapela superfíciedo solo atéos rios, ou até os lagose 2 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ reservatóriosou até o oceano;parte retomaimediatamenteà atmosfera por evaporaçãodas superfícieslíquidas,do terrenoe dasplantase parte escôano interiordo solo. FIG. 1.1 . Uma fraçãoda águaqueinicioua infiltraçãoretomaà superfíciedo solo por capilaridade,por evaporação,ou é absorvidapelasraízesdos ve- getaise apóstranspirada.O remanescenteda águainfiltradaconstituia águasubterrânea;partedela é descarregadaà superfícieda terra sob a formade fontes. A águaemescoamentonos cursosdeáguaé conhecidacomodejlúvio (runoff)e provémsejadiretamenteda precipitaçãopor escoamentosupero ficial seja indiretamente(principalmentenasépocasde estiagem)de lagos e reservatóriose deressurgimentoda águasubterrânea. A evaporaçãoe a precipitaçãosãoas fôrçascondutorasno ciclohidro- lógico,com a irradiaçãosolar comoa principalfontede energia. 1.3.0. - PRECIPITAÇÕES ATMOSFÉRICAS 1.3. 1. - Origem das precipitações. A condensaçãodo vapord'águaatmosférico,consequenciade seures- friamentoao pontodesaturação,podeocorrerquandoas massasde ar se resfriam: - devidoà açãofrontal de outrascorrenteseólicas; - devidoà presençade topografiaabrupta; - devidoà fenômenosde convecçãotérmica; - devidoà combinaçãodessascausas. Existemem decorrênciatrês tiposprincipaisde precipitação: - tipo frontal; - tipoorográfico; - tipo de convecçãotérmica. Normalmenteentrenós as precipitaçõesse apresentamem forma de chuva,masse o resfriamentoatingeo pontode congelaçãopodeocorrera quedade granisoou deneve. ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 3 Se as partículascondensadas,muito finas, mantêm-seem suspensão junto à superfíciedo solo ocorreo nevoeiro. 1.3.2.- Grandezascaracterístícasde uma precípítação. a) Altura pluvíométríca - h - quantidadede águaprecipitadapor unidadede áreahorizontal,medidapela altura quea águaatingiriase se mantivesseno local semse evaporar,escoarou infiltrar. A alturapluvio· métricaé geralmentemedidaemmm. b) Duração - t - intervalode tempodecorridoentreo instanteem quese inicioua precipitaçãoe o instanteemqueela cessou;medidageral· menteemminutos. c) Intensidade - i - é a celeridadede precipitação;podeser me- didaem mm/minuto,mm/horaou l/seg/Ha. d) Freqüência - númerode ocorrênciasde uma dada precipitação (h, t), no decorrerde um intervalode tempofixado. A freqüênciade uma precipitaçãopodetambémser definidapelo pe· ríodo de ocorrência - intervalode tempoemqueumadadaprecipitação (h, t) podeser igualadaou ultrapassadaao menosumavez. 1.3.3. - Aspectos gerais da .ocorrênciae distribuição das chuvas. o confrontoderegistrosdedadosestatísticosrelativosàsprecipitações evidencia; a) cadachuvapodeter freqüênciade precipitaçãomuitodiversade uma regiãopara outra; b) duas regiõesdistintaspodemter a mesmaaltura pluviométrica médiaanual,emboraas distribuiçõesestacionaisdas chuvassejambas· tantediferentes; c) para u'a mesmareglao,as alturaspluviométricasde um dado in· tervalode tempodesviam-seemrelaçãoa seuvalormédio,de quantidades maiores,à medidaquese consideramintervalosde tempomenores; d) para u'a mesmafreqüênciade precipitação,na mesmaregião,a intensidademédiadiminuià medidaquese consideramduraçõesmaiores; e) para u'a mesmafreqüênciade precipitaçãoe mesmaduração,a intensidademédiadiminuià medidaquese consideramáreasmaioresna regiãode observação; - as chuvasdo tipo frontale orográficoabrangemáreasextensas;são, quasesempre,de intensidademoderadae podemperdurarpor váriosdias; - a êssesdoistiposdeprecipitaçãoestãoassociadosproblemasdo con· trôle dasenchentes,aproveitamentohidroelétrico,drenagem,irrigação,na· vegação,ete.; 4 . LUCAS NOGUEIRA GARCEZ - os grandestemporais,caracterizadospela alta intensidadede pre- cipitação,são geralmenteoriginadospor convecçãotérmica,têmcurtadu· raçãoe abrangemáreaslimitadas;paraessaschuvasé quesedimensionam as galeriasde águaspluviais. 1.3.4. - Coleta de dados. Aparelhos medidores. - um receptorcônicode bordacircular combôcade 252,4mm,dediâmetroemaresta viva,sobrepondo-seao reservatório,É a parte maisdelicadae importantedo aparelho. A coletade dadosé feita por aparelhosmedidoresque se classificam em duascategorias:pluviômetrose pluviógrafos.Os primeirospermitem a coletadasalturaspluviométricase os últimosdasalturaspluviométricas e dasdurações,simultâneamente. a) Pluvi6metro - O usadopelo ServiçoMetereológicode São Paulo compõe-sede (Fig. 1.2): - um reservatóriocilindricode 256,5mm de diâmetroe 40cm de altura,capacidadede 20 litros, terminadopor partecônicamunida de uma torneirapara a retiradada água. FIG.1.2 A áreade exposiçãodo pluviômetroé de 500cm'. Para a determinaçãoda altura plu· viamétricahá uma provetade vidro graduadaem escalacuja ménordi· visão representa0,1mm, no interior da qual se vertea águarecolhida pelo pluviômetro. b) Pluviógra!os são aparelhosregistradores,dotadosde um meca· nismode relojoariaqueimprimeummovimentoderotaçãoa um cilindro, no qual existeum papelgraduadoondea pontadeum estiletetraçauma curvaqueirá permitira determinaçãodeh e de t. 1.3.5.- Análise dos dados. Apresentaçãodos resultados. Interpretaçãoe previsão da distribuição das precipitações. Os dadoscolhidosno campodevemser imediatamentesubmetidosa um tratamentoestatísticopreliminar,compreendendo: a) Tabulação; b) Introduçãode correçõescorrespondentea errossistemáticos; c) Análisee interpretaçãoda independênciaentreos dadosfornecidos por estaçõesvizinhas; d) Análisee interpretaçãoda homogeneidadedos dadosobtidosem cadaestação. ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 5 Os dadosfinaisde observaçãosãoapresentadosemboletinsperiódicos pluviométricose pluviográficos. Admitidaa validadedas sériesobtidas,passa-seao estudoda distri· buição das precipitações,que é geralmenteanalisadasegundotrês cate- gorias: a) Distribuição Geográfica - Distribuiçãodas alturaspluviométricas sôbrea superfíciede um pais,regiãoou baciahidrográfica;representação gráficapor meiode curvas isoietas. I) Distribuiçãodasmédiasdasprecipitaçõesanuais,mensais,sazonais e diárias. II) Distribuiçãodas alturas pluviométricasdas chuvasde determi· nadasduraçõese freqüênciasprováveis. a) Seriação histórica e distribuição de freqüências relativamente à ocorrência de precipitação em intervalos de tempo fixados. I) Distribuiçãodas alturaspluviométricasanuais,mensais,sazonais. ou diárias,emum pontode uma árealimitada. Estudo das: tendênciasseculares variaçõescíclicas variaçõesacidentaisou casuais II) Distribuiçãoda freqüênciade diaschuvososemcadaano,mêsou estação,em um pontoou em uma árealimitada. c) Curvas de intensidade - duração - freqüência das chuvas em um ponto ou em 'umaárea limitada. 1) Nos estudosde precipitaçãoque maisfreqüentementese devaes- peraremumdadolocal- estimativado valorcentral. II) Grau de dispersãodas precipitaçõessuperioresou inferioresao valor centrale a probabilidadede ocorrênciadessasprecipitações. III) Correlaçãoentreas quantidadesde águasprecipitadase as quan· tidadesdeáguasocorrentesemfasessubseqüentesdo ciclohidrológico,em particular,estudoda correlaçãoprecipitação-deflúvio. - O projeto econômicode grandenúmerode obrashidráulicasestá diretamenteligadoà soluçãodêstesproblemas. ~ A análiseestatísticadas distribuiçõesobservadassugerea formu· laçãode hipótesessôbrea lei de distribuiçãodo fenômenocorrespondente. A mesmaanálisedispõede meios para a verificaçãoda validadedas hipótesesformuladasrecorrendoaos chamadostestesde aderência. 6 1. 4. O. - EVAPORAÇÃO 1.4.1. - Ocorrência. a) Evaporaçãona superfíciedas águas: - reservatóriosde acumulação - oceanose nnares - lagos - rios. LUCAS NOGUEIRA GARCEZ b) Evaporaçãoda superfíciedo solo; c) Transpiraçãodasplantas: - evaporaçãodeáguasresultantedasatividadesbiológicasdosvegetais. 1.4.2. - Grandezas características. a) Perdas por evaporação- Quantidadede águaevaporadapor uni· dadede superfíciehorizontalduranteum fixadointervalode tempo;usual- menteé medidapelaalturaque se evaporou,e expressaemmiUmetros. b) Intensidade de evaporação - Celeridadecom que se processam perdaspor evaporação,expressageralmenteem mm/horaou mm/dia. 1.4.3. - Fat6res intervenientes. a) Gráu de unidade relativa do ar atmosférico - relaçãoentre a quantidadede vapord'águapresentee a quantidadedevapord'águaqueo mesmovolumedear conteriaseestivessesaturado,expressoemporcentagem. Quantomaiorográude umidade,menora intensidadede evaporação; o fenômenoé reguladopela lei de Dalton: E = C (p. - p.) onde: E intensidadede evaporação. C constantequedependede outrosfatôresintervenientesna evapo- ração. p. pressãodesaturaçãodo ar à temperaturadaágua. P. pressãodovapor d'águano ar atmosférico. b) Temperatura,- Um aumentode temperaturaiflui favoràvelmente na intensidadede evaporação,porquetorna maiora quantidadede vapor d'águaquepodeestarpresenteno mesmovolumede ar, ao se atingiro gráu de saturaçãodêste.Para cada 10·C de elevaçãode temperatura,a pressãodo vapord'águade saturaçãotorna-seaproximadamenteo dôbro. ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 7 c) Irradiação solar - insolação- o calor radiantefornecidopelo sol para o fenômenode evaporação,constituiuma energiamotorapara o própriociclo hidrol6gico. d) Vento - intervémativamenteno fenômenoda evaporação,aumen· tandoa intensidadedestaao afastaras massasde ar quejá tenhamgráu elevadodehumidade. e) Pressão barométrica - A intensidadeda eV,aporaçãoé maior em elevadasaltitudes;a influência,entretanto,é discreta. f) Salinidade da água .,.- A intensidadede evaporaçãoreduz-secom o aumentode teor de sal na água. Em igualdadede condições,há uma diminuiçãode 2%a 3% ao se passarda águadocep~raa águado mar. g) Evaporação na superfície do solo - Dependedos fatôresacimae tambémdo solo e do gráu de umidadedêste.Em solosarenosossatu- rados,a intensidadede evaporaçãopodeigualarou excedera referente à superfíciedaságuas.A evaporaçãono solodiminuicomo sombrQamento pelavegetação,masgeralmentea transpiraçãosobrepujaessadiminuição. de modoquea coberturacomvegetação,via deregra,aumentaas perdas totais. h) Transpiração - As perdasde águapara a atmosferadependem tambémda espéciede vegetaçãoe do estágiodo desenvolvimentodesta. i) Evaporaçãona superfíciedas águas- É funçãotambémdaprofun- didadeda massad'água;quantomaior a profundidade,maisacentuadaé a diferençaentrea temperaturada águae a do ar, devidoà maiordemora na homogeneizaçãoda temperaturadela. 1.4.4. - Medida da evaporação. a) Evaporação na superfície das águas - Usam-serecipientesacha· tados,em formade bandeja,de secçãocircularou quadrada;êssesreci· pientescheiosde águaaté certaaltura,são instaladossôbreo terreno, próximoà massade água cuja evaporaçãose quer medir ou sôbrea própria massade água(medidoresflutuadores). - Dimensõesusuais - diâmetrodo círculoou lado do quadrado:de 0,90a 2,00m - alturado recipiente:0,25a 1,00m - alturalivredo recipientesôbrea superfícieda água:0,05a 010m Acessórios - Aparelhospara a determinaçãoconcomitantede: temperatura. precipitação,ventoe umidade. 8 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ - Dificuldades - A evaporaçãoé apreciàvelmenteafetadapelaformae dimensões do aparelho,disposiçãooucolocaçãodosmesmos,submersospar- cialmentena águaou assentesno terreno. - Precisa-seestudara correlaçãodos resultadosfornecidospelos diversostiposde medidores. - Há aindaa possibilidadeda formaçãode películadepoeiraoude óleo devidaà secreçãode insetos,à perdade águacausadapor passárosquevenhama sebanharno recipientee o sombreamento parcial ocasionadopor dispositivosde proteçãocontrapássaros. b) Evaporação na superfície do solo - Usam-serecipientesnosquais a amostrado solo é assentesôbreum leito de areiae cascalho;a êsse leito é continuamenteadministradauma certaquantidadede água,devi· damentemedida,em substituiçãoàquelaque se perdepor evaporação. Para um soloquecontenhavegetação,procede-seanàlogamente,porém, adotando-seu'a amostrade tal tipo. É um processoaplicávelpara vege· taçãoderaízescurtas. - Díficuldades: - Além das anteriores,'a derivadadas diferençasentreas condi· çõesnaturaisexistentesno soloe as do recipientedemedida. c) Transpiração - Usa-seum recipienteestanque,contendoterraem quantidadesuficientepara nutrir a plantaem estudo;êsserecipienteé providode uma coberturaespecialmentedestinadaa impedirque dêlese desprendaágua,a não ser por transpiração;por um dispositivopode-se oportunamenteadministraráguaà amostra. .4.5. - Análise dos dados. Apresentação dos resultados. Previsão das perdas por evaporação. a) Os dadoscolhidossãosubmetidosao mesmotratamentopreliminar indicadoem 1.3.5. b) Apresentaçãodos resultadossoba formadetabelasda"evaporação registradanos recipientesmedidores".Os resultadosdevemvir acompa· nhadosde indicaçõessôbreos medidores,parao estudodas correlações; c) Traçadode curvasde iguaisperdasmédias,diárias,mensais,sazo- nais e anuais; d) Estimativada perdapor evaporaçãoquese devaesperarem uma dadaárea,emdeterminado·intervalode tempo:êsteproblemaé resolvido pelaanáliseestatística; e) Fórmulas empíricas - A maioriadas fórmulasbaseia-sena lei de Dalton,determinando:se·experimentalmenteo coeficienteC. ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 9 Exemplos: Fórmulade Rohwer,do Bureauof AgriculturalEngineering,1931. Fórmulade Meyer- MinnesotaResourcesCommission. f) Fórmulas baseadasna estimativa das transformaçõesde energia Tem sido tentadaa determinaçãodasperdaspor evaporação,medindo-se a quantidadedo calorradianterecebidado sol e atribuindo-se,à evapora· ção, o consumoda quantidadede calor não utilizadaem outras trans· formaçõessuscetíveisde medição. Deve-seobservarque a evaporaçãoé a parte preponderantedentre· aquelasem quese subdividea águaprecipitada,representando,em média, 60 a 70%. 1.5.0. - INFILTRAÇAO. AGUAS SUBTERRÂNEAS 5.1. - Ocorrência. a) Fase de intercâmbio - ocorrenascamadassuperficiaisdo terreno, em virtudeda aspiraçãocapilarou da utilizaçãoda águapelasplantas. b) Fase de descida - quandoa açãoda gravidadesuperaa da ca· pilaridade,há o escoamentodescendenteda águaatéatingirumacamada impermeável. c) Fase de circulação - saturadoo solo, formam-seos lençóissub- terrâneos;a águaescoadevidoà declividadedas camadasimpermeáveis, sujeitaà açãoda gravidade. d) O limitesuperiordos lençóisnãoé umasuperfíciebemdelimitada, mas sim forma-seuma verdadeirafranja - ocasionadapela açãoda ca· pilaridade. e) As camadasdeterrenoemquesedãoasfasesde intercâmbioedes· cida (incluindoa franja de ascençãopor capilaridade)são denominadas zonasde aeração; aquelaem que se desenvolvea fasede circulaçãoé a zonade saturação. 1 5.2. - Grandezascaracteristicas. a) Capacidadede infiltração - Quantidademáximade águaqueum solo, em condiçõespré-estabelecidas,pode absorverpor unidadede suo perfíciehorizontal,durantea unidadede tempo.Pode ser medidapela altura de águaquese infiltrou,expressaem mm/horae é uma grandeza que caracterizao fenômenoda infiltraçãoem suas fasesde intercâmbio e de descida. b) Distribuição granulométrica- é a distribuiçãodaspartículascons· titutivasdos solosgranulares,emfunçãodasdimensõesdasmesmas.Cos- tuma ser representadagràficamentepela curva de distribuição granu~o- métrica; em abscissasfiguram,em mm, em escalalogarítmica,os tama· 10 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ nhosD daspartículasgranulares(aberturasde penêiras)e, emordenadas, as percentagensacumuladasP, das quantidades(em pêso) de grãosde tamanhosmenoresque aquêlesdenotadospelas correspondentesabscis- sas D. Diâmetro efetivo - é o tamanhoDIO igual à dimensãode u'a malha (emmm)quedeixapassar10%empêsodo materialemexame. Coeficientede uniformidade- relaçãoentreo tamanhoD deu'amalha quedeixapassar60%do materialemexamee o diâmetroefetivo: Doa/DI" c) Porosidade de um solo - relaçãoentre o volumede vazios.e o volumetotal do solo;geralmenteexpressaempercentagem. d) Velocidadede filtração - velocidademédiafictícia de escoamento da águaatravésum solo saturado,considerando-secomosecçãode escoa- mento,não apenasa somadas secçõesdos interstícios,mas sim tôda a superfíciepresente.Numericamente,é igualà quantidadedeágUaquepassa atravésda umidadede superfíciede materialfiltrante,durantea unidade de tempo.É expressaemm/segou m/dia ou emmJ/m' dia. e) Coeficiente de permeabilidade- É a velocidadede filtraçãoda águaem um solo saturado,quandose temum escoamentocomperdade cargaunitáriaa umacertatemperatura.:t!.:ssecoeficientemedea facilidade maior ou menorque cadasolo,quandosaturado,ofereceao escoamento da águaatravésde seusinterstícios.:t!.:leé expressoem m/dia, cm/seg, m'/m'dia. f) Suprimento específico - quantidademáximade águaquese pode obterde um solo saturado,por meiode drenagemnatural.Geralmenteé expressoem percentagemdo volumede solo saturado. g) Retenção específica - quantidadede águaque fica retida (por adesãoe capilaridade)no solo,apósserêste submetidoa um máximode drenagemnatural.É expressaempercentagemdo volumedesolosaturado. 1 5.3. - Capacidade de infiltração. Fat6res intervenientes. a) Tipo de solo Quantomaior a porosidade,o tamanhodas par· tículasou o estadode fissuração,maior a capacidadede infiltração.Ge- ralmenteas característicaspresentesnuma camadasuperficialde 1cm aproximadamentesãoas quemaisinfluemnessacapacidade. Os tiposde solovariamentrelimitesamplos. A título de exemploapresentamosa classificaçãopropostaem 1931 pelo M. 1.T.: - argilas- diâmetrodas partículas:D < 0,002mm - siltes- diâmetrodaspartícula~:0,002< D < 0,06mm - aréias- diâmetrodaspartícuias:0,06< D < 2,00mm - pedregulhos- diâmetrodaspartículas:D > 2,00mm. ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 11 b) Cobertura do solo por vegetação- Aumentamais ou menosa capacidadede infiltração,dependendoda espéciee estágiode desenvol· vimentoda vegetação. c) Presença de substâncias coloidais - Os solos de granulometria mUltofina contêmpartículascoloidaisque molhadas,entumescem,redu· zindoos interstíciosde infiltraçãoda água. d) Gráu de umidade do solo - Parcelaconsideráveldas águaspre- cipitadasemsolosêcopodeserabsorvidapelomesmo,emconseqüênciada adesãoe capilaridade. e) Efeitos da precipitação atmosférica s6bre a superfície - Segundo Horton, a curvade variaçãoda capacidadede infiltraçãoduranteuma chuvaé onde: f capacidadede infiltraçãono instantet f, capacidadede infiltraçãofinal fo capacidadede infiltraçãoinicial F constante t duraçãoda precipitação. f) Influência de-outros fat6res: - açãode animaisqueescavamo terreno; - presençade ar nascamadasinferiorese necessidadedeexpulsãodo mesmo,pelaáguade infiltração; - temperaturada água- influindoatravésda viscosidade. 1.5.4.- Determinação da capacidade de infiltração. a) Infiltr6metro com aplicação de água por inundação - Usam-se tubos curtosde 9" a 36" de diâmetro,cravadosverticalmenteno solo, de modo a restar uma pequenaaltura livre sôbreêste; a águaé apli· cadana superfíciedelimitadapelo tubo,com uma vazãosuficientepara manter,sôbre o terreno,uma carga pré-estabelecidae constante- ge· ralmente- 1/4". A capacidadede infiltraçãoem um dado instante,é obtidapela re· laçãoentrea vazãode admis,sãoda águae a área de secçãodo tubo. b) Infiltrômetro com aplicação de água por aspersão - adotado tendoemvistaa reproduçãoda açãode impactodasprecipitaçõesatmos· féricassôbrea superfíciedo solo. Delimitam-seáreasde aplicaçãoda água,de forma retangularcom lados variandode 0,30m até 3,00m. Á água é aplicadapor meio de tubosaspersoreshorizontais,com movimentorotativoou não. Por meio de aberturaslaterais,efluea águado escoamentosuperficial,cuja vazão é medida. A capacidadede infiltraçãode um dado instanteé medidapela dife· rença entre as vazõesde admissãoe de efluênciasuperficial,dividida pelaáreade aplicação. 12 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ 1.5.5.- Andlise dos dados. Interpretaçõesde resultados. Aplicações prá- ticas. Os dados sôbre infiltração devem ser obtidos e analisadostendo em vista os seguintesobjetivos principais: a) Estudo da variação da capacidadede infiltração dos diversos ti- pos de condições de solo; b) determinaçãoda capacidadede infiltração média dos diversos tipos de condiçõesde solo; c) determinação da capacidade de infiltração média de bacias hi- drográficas. 1.5.6. - Problemas resolvidos com o conhecimentodos dados de infil- tração. I - Captação de águas subterrâneas: a) Escolha do tipo de captação: poços freáticos, poços pro- fundos, galerias de infiltração. b) projeto de captação: profundidade, diâmetro e afastamento dos poços, filtros e crivos, bombas, etc. c) construção e ensaio. II - Drenagemdo terreno a) Escolha do sistema: canais a céu aberto, galerias, poços; b) Projeto. III ~ Conservaçãodos lençóis subterrâneos. IV - Projeto de barragens: a) Infiltração sob ou através o corpo da barragem; b) Sôbre-pressõessôbre as fundações do massiço. VELOCIDADES MÉDIAS EFETIVAS EM MATERIAIS GRANULARES NATURAIS (mm/seg). VELOCIDADES TIPO DO MATERIAL DIÂMETRO DOSMÉDIAS EFETIVAS GRÃOS (mm) I J = 1%J= 100% Siltes, areia fina, loess!0,005a 0,25I 0,00023 0,23 Areia média.......... 0,25a0,50 i0,0041 0,41IAreia grossa ..........0,50a2,00 0,0222,2 Cascalho ............. . 2,00a 10,00 0,10610,6 Velocidade Máx.em Cascalho ........... .Diâm. efet. = 1,850,38838,8 ELEMENTOSDEENGENHARIA HIDRÁULICAE SANITÁRIA 1.6. O. - ESCOAMENTO SUPERFICIAL. DEFLnVIO 13 1.6.1. - Ocorrência. a) Tipos de cursos d'água - enxurradasou torrentes,c6rregos,rios, lagose reservat6riosde acumulação. b) Origem dos cursos d'água - têm origem,fundamentalmente,nas precipitaçõesatmosféricas.l!:stesdão ocorrênciaa escoamentossuperfi- ciais ao se encaminharem,no ciclo hidrol6gico,atravésde um dos per· cursos: 1. escoâmentodiretopela superfície; 2. infiltraçãono solo, circulaçãosob forma de águassubterrâneas e emergênciaou afloramentoà superfície. 1.6.2. - Grandezascaracterísticas. a) Vazõesou descargasemuma secçãodeumcursodeágua: 1. vazõesnormaisou ordinárias; 2. vazõesde inundaçãoou de enchentes; 3. contribuiçãounitária: contribuiçãomédia que cada unidadede superfíciede bacia fornece,na unidadede tempo,para a descargaque passanumasecção,é portanto,a relaçãoentre a descargae a área da bacia. b) Freqüência de uma descargaemuma secçãode um cursod'água é o númerode ocorrênciasda mesmano decorrerde um intervalode tempofixado. c) Bacia hidrográfica - relativaa uma secçãode um cursod'água - área.geográfica,na qual as águasprecipitadasafluemà secçãocon· siderada. d) Coeficiente de escoamentosuperficial (ou de deflúvio),relativo a uma secçãode um curso de água: Relaçãoentrequantidadede água total escoadapela secçãoe a quantidadetotal de águaprecipitadana' baciadecontribuiçãoda secçãoconsiderada.O coeficientepodese referir à uma dadaprecipitaçãoou a tôdasas precipitaçõesocorridasem um fixadointervalode tempo(mês,estação,ano). e) Tempo de concentração- Temponecessário.para que,a· partir do início de umadadachuva,tôda·a baciapassea contribuirna secção em estudo. 1.6.3. - Fat6res intervenientesno deflúvio. a) Fat6res que afetam a quantidadede água precipitada. 1. Quantidadede vapord'água;existênciade grandessuperfíciesex- postasà evaporação,nas proximidades. 14 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ 1. 2. 3. -solo. 2. Condiçõesmeteorológicase topográ.ficasfavoráveisà evaporação, à movimentaçãodas massasde ar e à condetlsaçãodo vapord'água,tais comotemperatura,ventos,pressãobarométricae acidentestopográficos. b) Fat6res que afetam o afluxo da água precipitada à secção em estudo. Área da baciade contribuição. Conformaçãotopográficada bacia: declividade,depressões,etc. Condiçõesde superfíciedo solo e constituiçãogeológicado sub- - existênciade vegetação - capacidadede infiltraçãono solo - naturezae disposiçãodas camadasgeológicas:tipos de rochas, condiçõesde escoamentoda águaatravésdas rochas: coeficiente de permeabilidade,estadode fissuração,situaçãodos lençóissub- terrâneos. .6.4. - Obras de utilização e contr61e da água à montante da secção: - irrigaçãoou drenagemde terrenos - canalizaçãoe retificaçãode cursosde água - subtraçãoda águaà baciapor captaçãoe recalqueparaoutrabacia - recebimentodeáguade outrasbacias - detençãoda águapor represamentopararegularização. De um modo geral,em um curso d'água,as outrascondiçõessendo as mesmas: 1. A descargaanual aumentacom o crescerda área da bacia de contribuiçãoquese considere. 2. Em uma dada secção,as variaçõesdas vazõesinstantâneassão tantomaioresquantomenora áreade contribuição. 3. As vazõesmáximasinstantâneas(ou as vazõesde inundação)em uma secçãodependerãoda ocorrênciade precipitaçõesatmosféricastanto mais intensasquantomenorfôr a áreada baciade contribuição;à me- dida que se considerembaciasde contribuiçãomaiores,as chuvascau- sadorasde inundaçõesmaisgravessão aquelasde intensidadesmaismo· deradas,porémde duraçãoe áreade precipitaçãomaiores. 4. Para uma mesmaárea de contribuição,as variaçõesdas vazões instantâneasserãotantomaiorese dependerãotantomaisdas chuvasde grandeintensidadequantomenorfôr o tempode concentração,isto é, - quantomaiorfôr a declividadedo terreno menoresforemas depressõesdetentorase retentorasde água - maisretilineofôr o traçadoe maiora·declividadedo cursod'água - menorfôr a parcelade infiltração - menorfôr o recobrimentopor vegetação. ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 15 5. O coeficientede deflúviorelativoa uma dadaprecipitaçãoserá tantomaior quantomenoresforema capacidadede infiltraçãoao solo e os volumesde acumulaçãoe retençãode águaà montanteda secçãoem estudo. 6. O coeficientede deflúviorelativoa um longointervalode tempo (mês,estação,ano) depende,principalmente,das perdaspor infiltração, evaporaçãoe transpiração.Para certasnaturezase disposiçõesde cama· das geológicas,a maior capacidadede infiltraçãopoderáser um fator favorávelao aumentodo coeficientede deflúvio. 1.6.5. - Coleta e análise dos dados de observação- Apresentaçãodos resultados. a) Os dadosde observaçãosôbredeflúvioreferem-sesistemàticamente a baciashidrográficas. b) As observaçõessão realizadaspor meio da conjugaçãode dois serviços: 1. Estaçõesfluviométricasou hidrométricas:instalaçõesmedidorasde vazão,assentesem váriassecçõesdos principaiscursosd'águaexistentes na baciahidrográfica. 2. Estaçõesde observaçãodas quantidadesde águacorrelacionadas ao escoamentosuperficialou deflúvio: postospluviométricosou pluvio· gráficos,serviçosde mediçãoda evaporaçãoe da infiltração. c) Tratam-sedeserviçosdegrandeamplitude,geralmentesoba respon- sabilidadeestatal,os quaiscomplementamos seuselementosdeobservação com dadosregionaisou locais. . d) Os pontosimportantesde cadabaciahidrográficavão sendopro· vidos de instalaçõesobservadoras,segundoum critério de importância hidrológicae econômica. e) Os serviçospluviométricos,compõem-sede duaspartes: - Trabalhosno campo - Trabalhosno escritório. f) O trabalhode campocompreende: 1. Inspeção"in loco" para a fixaçãodo localdefinitivoda estação. 2. Construçãoe instalaçãode pôsto fluviométrico,e dos dispositi- vos de proteçãoe facilidadeparao acesso: - régualinimétrica(ou linigrafos-registradores) - referênciasde nivelamento - demarcaçãoda secçãode mediçãono cursod'água. - levantamentotopográficoe sondagemna secçãode medição - levantamentogeológicodas camadassuperficiais. 3. Mediçãodedescargasdo cursod'água- molinetes. 16 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ 4. Cometimentodo serviçode operaçãolocal a pessoaidônearesi· dentenas proximidades. 5. Cadastrodetalhadodo postofluviométrico. 6. Conservaçãoe inspeçãoperiódicada estaçãofluviométrica. g) O trabalhodeescritóriocompreende: 1. Cálculoda tabelaou curvade funcionamentodos molinetes,me- dianteensaiosdeaferiçãoem laboratórios. 2. Cálculoe traçadoda curva de descargaem cada secçãode me· dição(correspondênciaentrealturasfluviométricase vazõesnas secçóes). 3. Recebimentodos registrosdas observaçõesdos postos fluviomé· tricos. 4. Correçãodeerrossistemáticose acidentais. 5. Análiseda homogeneidadedosdados. 6. Tabulaçãodas descargasem cadaestação. 7. Traçado dos fluviogramas("hydrograph"da terminologianorte- americana:- curvasrepresentativasdasvariaçõesdasdescargasnas sec- çõesde um cursod'água,no decorrerdo tempo. 8) Divulgaçãodas observaçõescatalogadas- boletinsfluviométricos. 1.6.6.- Estudos de previsão. As sériesobtidasnos postosde observaçãoconstituema basepara a soluçãodos seguintesproblemas: 1. Estimativada vazãoquemais freqüentementese devaesperarem uma dadasecçãode um cursod'água(estimativado valor central). 2. Estudodo gráu de dispersãodas vazõessuperioresou inferiores ao valorcentrale a probabilidadede suaocorrência. a) descargasmínimas b) descargasmáximas; c) vazõesdas inundações. 3. Determinaçãodas alturas fluviométricase velocidadesde escoa- mentocorrespondentesàs referidasvazões. 4. Estudodapropagaçãodasondasde inundação,ao longodassecções de um cursod'água. 5. A determinaçãodos volumesde águadisponívelem uma dada secção,duranteum fixadointervalode tempo. ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 17 A soluçãode tais problemasé obtida·atravésde: 1. Análiseestatísticada distribuiçãodos dadospluviométricosobser vadose induçãoestatísticada lei de ocorrênciado fenômeno. 2. Estudoestatísticoda correlaçãoentreas precipitaçõesatmosféricas e os dadosfluviométricosobservados,para determinaçãodos correspon- dentescoeficientesde deflúvio. 3. Estudodasvariaçõesdasvazõesinstantânease dosvolumestotais disponíveisem funçãodas perdaspor evaporaçãoe infiltração. 4. Análisecomparativados fluviogramasobtidosem diferentesba- cias hidrográficasou em diferentespontosde uma mesmabacia. 1.6.7. - Exemplos de coeficientesde deflúvio. Superfície Coef.de Deflúvio Rio Localda bacia Anos de Km' MáX·1~~~J~éd.observação.. - ... Itapanhaú AltodaSerra- -Santos ......700,530,370,461928-1934 Bandeira Franca........1000,340,220,301930·1934 Sapucaí I Franca.......40700,410,190,321931-1934 Esmeril I Franca ........I5000,460,400,431930-1931 1.6.8.- Exemplo de contribuiçãounitária (Vazão específicaem L/seg./Km'). Fonte E. E. B. Div.de Águas 4,073,05 4,50 ão específica MínimaI Média i S f' .VazuperlC18Rio da bacia MáximaI Km' ietê ...... . ..... ~59.000 67,8 Paraíba (até'lCampos) . . . . . . I55.800 90,0 T 1.6.9. - Fórmulas empíricaspara a previsão de enchentes. Cronologicamente,as mais antigasfórmulassão as devidasa Fuller (1913-1914),que estudouoriginàriamenteas cheiasdo Rio Tohickon,.nos E.U.A., num períodode 25 anos. Foram consideradassucessivamentea máximaenchenteno período,depois a maior executadaa máxima,a terceiraem ordemde grandezadecrescente,etc.,conformeo quadroda páginaseguinte. 18 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ Número daenchenteRazãoentreo valordaMédia dasTempoemordemdegrandeza enchentee o valor damáximasem anosdecrescente enchentemédiaanual 1 2,102,1025 2 1,59'1,S512,5 3 1,451,718,33 4 I1,30 1,616,25 5 I 1,21 1,535 6 1,151,474,17 7 I 1,06 1,413,578 1,061,363,33 9 I 1,01 1,332,79 10 1,011,292,50 Na segundacolunafiguramas razõesdosvaloresdasmáximasenchen- tes como valor médioanual.Se em lugardo númerorelativoa segunda cheia colocarmosa média das duas maioresenchentes,do referenteà terceira,a médiadas três maiores,e assim sucessivamente,teremosos valoresda terceiracoluna. FIG, 1.3 À máximaenchentecorrespondeuma freqüênciade uma vez em 25 anos, à médiadasduasmaioresfaz-secorrespon- der umafreqüênciade umavezem 12,5 anos,etc. Tomandocomoabscissasos logarit- mosdostempose comoordenadasos va- loresdas razõesQ/Q. observa-sequeos pontosobtidosestãomaisou menosna retade equação(Fig. 1.3): Q = Q.O + 0,7510gt) sendo: Q. = a médiaanualdasvazõesmáximas,e Q a vazãomáximaprovávelem t anos. Depoisde haver expostoêstecasoparticular,Fuller consideroucon· juntamenteos outrosrios comose se tratassede um únicorio e sugeriu comoexpressãoda vazãomáximaprovável,em t anos,a curva: Q =Q. O +O,Slogt) O) Porsua vez Q. (médiaanual das máximasabsolutas),depende,de acôrdocom Fuller, de Qd (médiaanualdas vazõesmáximasdiárias)se· gundoa expressão: Q. Qd (1 + 2,66A-o.3) (2) ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 19 sendoA a áreada baciaem km', e Qd,dependente'dabaciacontribuinte coma lei: (3) sendoC um coeficientea determinar,casopor caso,comdadosde obser· vaçãodispoIÚveis. Substituindo(3) e (2) em O): Q = CN'O + 2,66A OJ) O + 0,810gt) (4) Críticas inúmerasforam feitas às fórmulas de Fuller, como por exemplo: - a fórmula(3) é completamenteempírica - a fórmula(2) se chocacomnumerososdadosexperimentais - a fórmulaO) com a pretensãode exprimir,numafórmulaúnica, todosos cursosde águada terra,é dificilmenteaceitável. A experiência,contudo,temdemonstradoquefórmulasdo tipo (5) sendoqoe q, constantesa determinar,casopor caso,combasenos valo- res observados,servembem para determinara vazãomáximaprovável em t anos. OutrasfórmulasemplrlCaStêm surgido,comoa de Foster (1924)que procuroudeterminaruma curvade probabilidadeválidana distribuição dasvazões,adotando,para isso,a curvatipo II! dePearson.As fórmulas obtidasnão diferemmuitode (5), mascom a vantagemconceitualsôbre o métodode Fuller de indicarfórmulaindividualpara cadacursod'água. Comoa práticatemmostradoqueos resultadosobtidosnãodiferemmuito dos do métodode Fuller, é êstemaisempregadopor ser mais simples. Para dar uma idéiada aplicaçãodos métodosestatísticosna previsão de vazõesmáximas,apresentamosum problemaelucidativo. PROBLEMA Em um cursod'águaque drenaumabaciahidrográficade 1120km' são conhecidasas vazõesmáximasanuaisnumperíodode 22anos(Qua· dro 1). Preveras vazõesmáximasquepodemser igualadasou ultrapas- sadasuma únicavezem 10,em 20,em 50,em 80,em 1-00,em 200,em 1000anos: 1- Pelafórmulaempíricade Fuller 2 - PelométododeFuller 20 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ 3 - Pelo método de Foster, usando-se a curva de probabilidades de Pearson - tipo lIT. 4 - Pelo método de Foster, usando-sea curva normal de probabili· dade de Gauss_ 5 - Determinar para a bacia hidrográfica o coeficiente ('J. da fórmula empírica de Kresnik, adotando-separa o valor máximo da vazão,o valor correspondenteà ocorrência.de 1 vez em 1000anos obtido pelo método de Foster, com o uso da curva ITl de Pearson. QUADRO 1 Qm•• I Qm.lI1Anos (m'/seg)IAnos (m'/seg) 1931 40,47194275,95 1932 50,42194332,33 1933 37,26194438,50 1934 37,96i1945 28,41 1935 97,18 I 1946 55,10!1936 63,72I1947 48,60 1937 77,91194843,69 1938 43,63194910,70 1939 29,28195054,83 1940 24,25195155,79 1941 60,761952~7,57 1 - Fórmulaempíricade Fuller Q Q, (1 + O,8logt) na qual Q, média anual das vazõesmáximas Q vazão máxima provável em t anos ~Qm" 1034,31 Qu = 47,01m'/seg n 22 Para 10..Q,o 47,01x(10,8x184,60m'jseg. Para t 20Q,u47,01x00,8x1,30) 95,90m'/seg. Para t 50Q",47,01x00,8X1,70)110,80m'jseg. Para t 80Q",47,01X00,8 X1,90)118,40m'jseg. Para t=-100..Q,oo 47,01X(10,8x 2,00)112,10m'/seg. Para t 200..QlOO 47,01X(10,8x 2,30)134,50m'/seg. Para t1000Q,ooo47,01X00,8x3,00) 159,70m'jseg. ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 21 . 2 - Método de Fuller. Do QuadroI e~trai-sesucessivamentea máxima enchenteno período,depoisa maior,excetuadaa máxima,a terceira,em ordemde grandezadecrescente.As razõesdos valoresdas máximasen- chentespara o valor médioanual(Q/Qo)são os númerosquefiguramna segundacolunado Quadro2. QUADRO2 N.oda enchente li I Média dasem ordemde ! Raz~oQ/Qo Tempoem anos I máximasgrandeza I (2) (4) decrescente (3) i I I 2,06 2,0622,00I 2 I1,65 1,8511,00 3 1,611,777,33 4 1,351,675,50 5 1,291,594,50 6 1,191,533,67 7 1,171,473,14 8 1,16 I 1,44 2,75 9 1,071,392,44 10 1,031,362,20 Se em lugardo númerorelativoà segundaenchentecolocarmoso re- lativoà médiadasduasmaioresenchentes,do referenteà terceiracheia, a médiadas três maiores,e, assim,sucessivamente,teremosos valores da terceiracolunado Quadro2. Exemplifiquemospara as duasprimeiraslinhasdo Quadro2. 2.>coluna:o primeironúmero2,06é o quocientede 97,18m'lseg.(va- zão máximano ano de 1935)por 47,01m'/seg.(médiaanualdas vazões máximas).O segundonúmero1,65é o quocientede 77,91m'/seg.(vazão máximado anode 1937)por 47,01m'/seg, 3,"coluna: O segundonúmero1,85é a médiaaritméticade 2,06e 1,65,isto é, dos dois primeirosnúmerosda 2."coluna,o terceironúmero, 1,77é a médiaaritméticadostrêsprimeirosnúmerosda coluna2,e,assim sucessivamente. A máximaenchentecorrespondeuma freqüênciade uma vez em 22 anos; à médiadas duas maioresfaz-secorresponderuma freqüênciade uma vez em 11anos,etc, Tomando-secomoabscissaos logarítmosdos tempose comoordenadasos valoresdas razõesQ/Q. da coluna3,pode-se observarqueos pontosobtidosestãomaisoumenosnumaretadeequação. Q y = -- = qo + q,logt, Q. podendo·sedeterminargràficamenteq. (ordenadaà origem) e q, (coe· 22 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ ficienteangular>.ComoexerClClO,determinemosqoe q, pelométododos n1UtiLnosquadrados.As equaçõesde condiçãoserão: x logt, y ::=: Q/Qo, I qo + q, (-W-) ::=: (~)lq. (-W-) + q,( -Z:' ) ::=: ( -z:) A tabela3 contémtodosos elementosparadeterminaros coeficientes de qoe q, no sistemade equaçõesde condição. TABELA 3 2,06 1,85 1,77 1,67 1,59 1,53 1,47 1,44 1,39 1,36 t 22 11 7,33 5,50 4,50 3,67 3,14 2,75 2,44 2,20 ::=: logt I y ::=: 1,34 1,04 0,86 0,74 0,65 0,56 0,50 0,44 0,39 0,34 Q Qo x' 1,80 1,08 0,75 0,55 0,42 0,31 0,25 0,19 0,15 0,13 xy 2,76 1,92 1,53 1,23 1,03 0,86 0,74 0,63 0,54 0,46 y calco 2,09 1,87 1,74 1,65 1,58 1,51 1,47 1,42 1,38 1,35 n 6,87 0,69 16,13 1,61 5,63 0,56 11,70 1,17 Teremosno caso: q. + 0,69q, ::=:1,61 0,69qo + 0,56q, ::=:1,17 qo 1,09 q, 0,75, isto é, a equaçãoda retaserá: Q y = Qo 1,09 + 0,75logt Os valoresda últimacolunada tabela3, foramcalculadospelaequa. ção da reta e a sua comparaçãocom os da terceiracolunapermite constatara precisãoda variaçãolinearde y comx = logt. _ ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 23 Resta-nosumaobservaçãofinal: A retaQ' = Q. (1,09+ O,7510gt) é quasecoincidentecoma retarepre- sentativada fórmulaempiricade Fuller: Q = QoU + 0,810gt). Apliquemosa fórmulaQ = Qo (1,09+ 0,7510gt) aosperíodospedidos: p·t 10,xlogt=1,00Q,o1,84Qo1,84x 47,0186,40m'/seg p·t 20,xlogt=1,30QlO2,07Qo2,07x 47,0197,20 p·t 50,xlogt1,70Q,.2,37Qo2,37x 47,01111,20 p·t =80,xlogt=1,90Q ••2,52Qo2,52x·47,01118,40 p·t 100,xlogt2,00Q,oo2,59Qo2,59x 47,01121,50 p·t 200,x=logt 2,30Q2002,82Qo2,82x 47,01132,40 P' t =1000, xlogt3,00Q,ooo=3,34Q.3,34x 47,01156,90 3 - Método de Foster, usando-sea curva de probabilidade de Pearson (tipo 111). É sabidoque o métodode Foster,comoo de Allen Hazen-Gibratba- seia-.senos'três seguintesconceitosfundamentais: a) supondo-serealizadas,em intervalosde tempo.regulares,n me- didas de vazãoem uma secção,elas se afastarãodo valor médioem conseqüênciadasdiversascondiçõesexistentesno momentodas medições. Pode-setentar aplicar à distribuiçãodas vazõesa teoria dos erros de observação,considerando-seentretanto,curvasdiversasdanormaldeGauss, pois não podendoa vazãoser negativa,a curva de dispersãoa ela re- ferentenãopodeser simétrica. b) Considerando-secomopossíveisem uma determinadasecção'da rêdehidrográfica,todos os valoresda vazão,de zero a infinito, desde que se divida um trecho limitadodêssecampoem intervalost:,x (por ex. de 1m'/seg.,10m'/seg.),pode-se,pelas medidasfeitas, conhecera freqüênciadasvazõesemcadaintervalo;seas medidasforemmuitonume- rosas, a freqüênciaobservadaserá muito vizinha4a probabilidade,é possível,pois, regularizandooportunamenteos valoresobservados,dese- nhar umacurvaf(x), tal quef(x)t:,x possarepresentar'à probabilidade de quea vazãoseja compreendidaentre x - t:,x 2 e x + t:,x 2 por umaconhecidapropriedadeda teoriadas probabilidades. c) A curva assim obtida,representandoa probabilidadeteóricada .-azãox associadaaos valoresdas freqüênciasobservadas,permitetam· 24 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ bém avaliar o afastamentoentre probabilidadee freqüência.Esta ava- liação é de notávelinterêsse,pois a curva pode ser utilizadaem um intervalomaisamplodo queaquêleemque foramfeitasas observações; essasse referema um períodopassado,e, com basenelaspodemosde· terminara probabilidadenum períodomais longo,compreendendoo fu· turo (previsãode cheias>. Apoiadonessesconceitosfundamentais,Fosteradotoucomocurvade probabilidadeválida na distribuiçãodas vazõesa curvaassimétricatipo III de Pearson. A tabela 5, retiradada página176 do "WaterSupplyandWaste-Water Disposal"de Gordon-Geyer,facilita enormementea aplicaçãodo método. Para o cálculodasmedidascentraise doscoeficientesde variaçãoe obli- quidade,deve-sedisporconvenientementeos dadosem uma tabela,o que fizemosna tabela4. TABELA 4 I 0,'0 deI Vazões Desvios tempoqueAnos máx.emdax'xJa cheia'nãom'/seg. médiax éexcedida 49 !I 10,70 -36,311318,42-47.872 4,35 I1 40 II 24,25 -22,72618,02-11.790 8,70 52 27,57-19,44377,91-7.347 13,05 45 II 28,41 -18,60345,95-6.435 17,40 38 29,28-17,73314,35-5.573· 21,75 43 li 32,33 -14,68215,50-3.164 26,10 33 37,26-9,75 95,06-92730,45 34 II 37,96 -:?,O5 81,90-74134,80 44 38,50-8,51 72,42-61639,15 31 li 40,47 -6,54 42,77-28043,50 38 43,63-3,38 11,42-3947,85 48 I43,69 -3,32 11,02-3752,20 47 J 48,60 +1,59 2,53+456,55 32 50,423,4111,634060,90 50 54,837,8261,1547865,25 , 46 I 55,10 8,0965,4452969,60 51 55,698,7877,0967773,95 41 I 60,76 13,75189,062.60078,30I i36 I63,72 16,71279,224.66682,65 42 I 75,95 28,94837,52 24.23887,00 li 37 i: 77,91 30,90954,8129.50491,35 35 li 97,18 50,172517,03126.27995,70 2:: II1034,31 8400,23+104.194 M II 47,01 TABELA 5 Tábua de áreas da Curva de Freqüência Assimétrica - Tipo lU de PearsoTl X-M 100A paravaloresfixadosde-- (a partirdo limiteinferior)paradeterminadasobliquidades (j n M Coeficientede variaçãoeo = - (j M = médiaaritmética 1,4 -0,71 -0,71 -0,70 -0,65 -0,38 0,47 1,20 2,02 3,95 6,99 I 1,2 I --- I 1 -0,831-0,82 -0,70 I-0,71 -0,35 I 0,54 I 1,25 I 2,01 1 3,78I 6,47I I I I I 1,0 I I 1 -1,00 I -1,00 -0,99 -0,97 I -0,90 I-0,78 -0,30 I 0,61I 1,30 2,00 3,60I 5,91 8,21 10,51 I 12,81I 1 Art'o A opor/ir do Ii/nde inFerior- Areo proporclonol AII"7 A'reaB-n-A Ar ••o'prof'CrciO'W1Ll,t, - (-AI" da obliquidade (j M-M. I 0,7 I 0,8 I 0,9 I_1 __ 1 -1,4; I -1,25 II-=--~,~: -1,40 -1,24 -1,11 I -1,32 -1,19 I -1,08 -1,18 -1,11 I -1,04 I -1,05 -1,00 -0,951-0,84 I -0,82 I -0,80 -0,22 I -0,25 I -0,28 I 0,71I 0,68I 0,64i 1,34I 1,331 1,32I 1,931 1,96\ 1,98 3,28 I 3,40 3,50 5,111 5,39 5,66 6,82I 7,281 7,75 8,50I 9,17 8,84 10,28I 11,12 11,96 I I (j moda d 0,6 M-Mo -1,63 -1,59 -1,45 -1,25 -1,08 -0,85 -0,191 0,74 1,35 1,90 3,15 4,82 6,37 2,85 9,45 I 0,5 I I I -1,88 I -1,80 I -1,59 I -1,31 I -1,12 I -0,86 I -0,16 I0,76 1,341 1,871 3,03I 4,54I 5,92 I 7,22I 8,63I I I 0,4 I I -2,18 I -2,03 1 -1,74 I -1,38 I -1,16 I -0,86 I -0,13 I 0,781 1,341 1,83I2,90 4,251 5,48 6,61 7,821 I 0,3 , para os seguintes valores- = I I 1 I I -2,53-2,28 -1,88 -1,45 -1,19 -0,86 -0,09 0,80 1,33 1,79 2,77 3,961 5,04 6,01 I 7,02 0,2 -2,92 --2,54 -2,03 -1,51 -1,22 -0,85 -0,06 0,82 1,32 1,74 2,62 3,67 I4,60 5,42I 6,24 1 I (j d coeficientede obliquidade- G (X - M) I 0,1 I -3,321-2,81 -2,18 i --1,581-1,25 ~0,85I -0,03 I 0,83I 1,30I 1,69I2,48 3,38I4,16 4,84I 5,48I I (j x 0,0 -3,73 -3,09 -2,33 -1,65 -1,28 -0,84 0;00 0,84 1,28 1,65 2,33 3,09 3,73 4,27 4,76 Desvios x Valoresde- (j 0,01 0,1 1,0 5,0 10,0 20 50 80 90 95 99 99,9 I 99,99 99,999 99,9999 I Valores de I 100 A/n a partir do li:r:I~Cinferior d M-M. (j (j (j desviopadrão 26 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ Médiaaritméticadasvazõesmáximas M Desviopadrão: ~""x' (j = n-l Coeficientede variação: n 1034,31 22 v'400 47,01 21),00 co = M 20,00 47,01 0,426 Coeficientede obliquidade d ~x' 2 (j ~ x' 104.194 2 x 20,00X 8400 104;194 336.000 0,310 f Obliquidadeajustadacom o coeficientede Hazen: d' ( 8,5) d - = 1 + - - = (l + 0,386)X 0,31Ó== 0,43 (j n (j As coordenadasnecessáriasao traçadoda curvaquemelhorse ajusta aos dadosobservados,são obtidascom o auxilioda Tabela5 e são apre- sentadasna Tabela6 (Tabela das freqüênciascalculadasdas vazões). Umaobservaçãodeveser aindafeitasôbrea últimacolunadaTabela4. A percentagemacumuladade ocorrênciade valor igualou menorque as magnitudesobservadasé calculadapelafórmula o 100~ --- I n + 1 para levaremcontaquetantopodemocorrerum valor maisalto queo máximoobservadocomoum menorqueo minimoverificado.Paraa nossa sériede22valores,a percentagemdeocorrênciadevaloresiguaisoumenores 1 1 queo menorobservadonãoé 100X --, massim, 100X -- = 4,35%. 22 23 Idênticamentea percentagemde ocorrênciade valoresiguaisou menores 22 22 queo menorobservadonãoé 100X -- = 100%,mas100X -- = 95,7%. 22 23 Os pontosobservadosde ajustamentosãoapresentadosno diagrama7 traçadoempapellogaritmicodeprobabilidade. Verifica-se,no diagrama,que o ajustamentoé bastantesatisfatório. E1.EMENTos DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA TABELA 6 27 x% de tempo --xVazões 100A/n (j(j X(2) X=x+M (2) 1 -1,69-33,8013,21 5 I, -1,36 -27,2019,81 10 -1,15-23,0024,01 20 -0,86-17,2029,81 50 -0,14- 2,8044,21 80 +0,77+15,406~,41 90 1,3426,8073,81 95 1,8436,8083,81 99 2,9458,80105,81 99,9 4,3486,80133,81 99,99 5,61112,20159,21 Os valoresdas cheiasque podemser previstaspara seremigualadas ou excedidasno máximoumavezem 10,20,50,100,200e 1000anos,serão: 1 vezem 10anosQ,o75ml/seglido a10% ou 90% 1 vezem 20anosQ2085ml/seglido a5%ou 95% 1 vezem 50anosQ",100ml/seglido a2%ou 98% 1 vezem100anosQ""106ml/seglido a1%ou 99% 1 vezem200anosQ,oo118ml/seglido a0,5%ou 99,5% 1 vezem1000anosQ,ooo134ml/seglido a0,1% ou 99,9% 4 - Método de Foster, usando-sea curvanormalde probabilidadede Gauss. Pouco utilizadoem virtudeda observaçãocontidana alíneaa dos conceitosfundamentaisenunciadosno métodoanterior.É aqui desenvol· vidoUnicamentecomo objetivode compararos resultadoscomos obtidos como ajustameI!topelacurvaassimétricado tipo lI!dePearson.É obvia- menteum caso particular da Tabela 5, correspondenteà obliquidade d o. x d Retirandoda Tabela5 os valoresde-- para-- = O, podemosorga· (j (j nizar comono casoanteriora Tabela8. A comparaçãodas tabel~s4, 6 e.8 permiteconcluirqueos valoresobtidospelacurvade Gaussafastam-se maisdosvaloresobservados(o que"a priori" já era conhecido)e de um modogeralsão menoresqueos obtidospelacurvalI!de Pearson. 28 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ 1JIAGRAMA 7 CURVA DE AJUSTAMENTO TIPO JIr- CEA~GON 9{1,B 98 95 90 ~ ~~••• ..•. ~ 10 ~ 5 200 300 «XJ$)Q anua/- rnerroscúbicospor segundo o Ponlos observados O Ponlos--rórn?ula a(o Fulle/' Poderíamostraçar no diagrama7 a curvade ajustamentode Gauss, de onderetiraríamosos valoressolicitados,comono casoanterior.Entre outros,encontraríamos: 1 vezem 1vezem 1 vezem 20anosQlO 100anosQ100 1000anosQ,ooo 80 mJjseglido a 95 % 93,60mJjseglido a 99 ~o 108,80mJjseglido a 99,9% como intuitode comparaçãomarcamostambémno diagrama7 os pontosobtidosno métodode Fuller. Podemosobservarum certoparalelismo entrea curvade Fuller e a Pearsontipo lI!,dandoa primeiravalores 15%mais altos queos obtidospelo métodode Foster na parte 3 dêste Problema. ELEMEYTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA TABELA 8 29 A, % Tempo x I Vazões (2) x 100A/n -- r; X (2)X==x+Mr; 1 I ~2,33 1-46,60 0,41 5 -1,65-33,0014,01 10 -1,28-25,6021,41 20 -0,84-16,8030,21 50 0,000,0047,01 80 +0,84-+- 16,8063,81 90 1,2825,6072,61 95 1,6533,0080,ül 99 2,3346,6093,61 99,9 3,0961,80108,81 I 99,99 3,7374,60121,61 I 5 - Determinaçãodo coeficiente a. da Fórmula empirica de Kresnik para a bacia hidrográfica considerada. Sabe-seque Kresnik pr0I>~spara a vazão máxima a fórmula empírica 32 0,5 + vA na qual A é a área da bacia hidrográfica em km' e a.um coeficienteque dependedas condições climatológicas,natureza e forma de bacia. Adotando-separa Qmax .o valor correspondenteà ocorrência de 1 vez em 1000anos·obtido na parte 3 dêste Problema, teremos imediatamente 134(0,5 + vTf2õ) 32 X 1120 134X 33,80 32 X 1120 = 0,126"" 0,13 Observa-seque Kresnik na Alemanha determinou a. por medidas di- retas em mais de 200 bacias, tendo obtido valôres compreendidosentre 0,03e 1,61. 1.7.O. - BIBLIOGRAFIA Y ASSUDA, E. - "Hidrologia" - Curso professadona Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidadede São Paulo, 1955. SUPINO, G. - "Le Reli Idrauliche" - Nicola Zanichelli - Editore - Bologna, 1938. LINSLEY, KOHLER and PAULHUS - "Applied Hydrology" - McGraw-HiIl Book, New York, 1949. FAIR AND GEYER - "Water Supply and Waste Water Disposal" - John Wiley and Sons - New York. 1948. FOSTER, E. - "Rain/all an Runo/I" - The Me MiIlan Co., New York, 1948. MEYER, A. F. - "The Elements o/ Hydrology" 2.a Ed. - John Wiley and Sons, New York, 1948. WISLEY and BRATER - "Hydrology" - John Wiley and Sons, New York, 1949. 2. O. O. - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 2.1.O. - GENERALIDADES o suprimentode águaem quantidadesuficientee"qualidadesatisfa- tóriaa um centrohabitadoteminfluênciadecisivasObre: a) ContrOlee prevençãode doenças; b) Práticasquepromovemo aprimoramentoda saúde:_ I. Hábitoshigiênicos:asseioindividual,limpezade utensflios,etc. 2. Serviçosde limpezapública. 3. Práticasesportivase recreativas. c) Estabelecimentode dispositivosrelacionadosao confôrtoe à se- gurançacoletiva,comopor exemplo: 1. Instalaçãode acondicionamentode ar. 2. Aparelhamentoparacombatea incêndios,etc. d) Desenvolvimentoindustrial,conduzindo,pelo progressomaterial, à elevaçãodo padrãode vidada comunidade. 2.2.0.- ASPECTOSSANITARIOS 2.2.1. - Doenças relacionadas à água. a) de importânciaprimária: - cólera - febrestifóidee paratifóides. - disenterías - amebíases. b) de importânciasecundária: - ancilostomose - ascaridioses - esquistossomose - hepatiteinfecciosa - perturbaçõesgastro-intestinais"deetiologiaobscura - infecçõesdos olhos,ouvidos,nariz e garganta - cáriesdentárias 32 - fluorose - b6cio - saturnismo - cianose - poliomielite. LUCAS NOGUEIRA GARCEZ ANO As doençasde importânciaprimáriasão as epidemiolàgicamentemais importantes,para as quaisa águadesempenhapapel salientena trans- missão. Incluem-sena outra categoria- importânciasecundária- as doen- çasde incidênciarelativamentepequenae aquelaspara as quaisa trans- missãopor via da águado abastecimentose dáde maneirasecundária. Algumasdoençaspersistemem estadoendêmicoem algumasregiões e noutrasOCOrremsoba formadesurtosepidêmicos.É o casoda cólera, endêmicana índia e na China; a longevidadedo agenteetiol6gicona água,e o caráterexplosivodos surtoscolocam-nano tôpoda classificação das moléstiasde importânciaprimária. Por ordemdecrescentevêm,a seguir: as febrestifóidese paratif6ides,disenteriasbacilares,enteritese amebíases. A medidaquese aperfeiçoamos serviçosde abastecimentode águae o sistemade esgotosde uma cidade,diminuesensivelmentea incidência dessasdoenças. Estatísticasnorte-americanassôbremortalidadepor febre tifóide,re- ferentesàs 80 maiorescidadesmostrama diminuiçãodo coeficientede mortalidadecomo tempo.Essa diminuiçãodeve-sea umasériede fatores, entreos quaiso aperfeiçoamentodaquêlesserviços(deáguae de esgotos) tem influênciamarcante. 1 Coeficientedemortalidade 1= po.r febre tifóide por 100.000habitantes=======: 1910 1930 1945 2.2.2. - Alguns dados estatísticos. 20,0 1,5 0,4 BRASIL - 1960(I.B.G.E.) Númerode cidades(commaisde 1000habs.)IICidadescomrêdesdeágua 1 Cidadescomrêdesde esgotos 11 2300 1699 1122 % 74% 49% ELEMENTOSDEENGENHARIAHIDRÁULICAE SANITÁRIA ESTADO DE SÃO PAUW - 1965 33 :=:m::~d~~~......11 Cidadescom rêdesde esgotos 11 503 433 293 75,5% 51,0% CAPITAL 00 ESTADO (Dados do DAE - 1966) Prédios PrédiosPrédios nãoPorcentagem Anos ExistentesAbastecidosAbastecidos Abastecidos I de Prédios 1930 I 113.442 87.60625.836.77% 1935 131.158104.74126.41780% I 1940 I176.415 135.24241.17376% I 1945 I 222.010 164.12857.80274% 1950 I266.950 211.02155.92979%I 1955 i364.666 256.459108.20771% 1960 I 535.973 377.056158.91770% 1965 I 688.260 513.130175.13075% I 2.3.o. - ASPECTOS ECONOMICOS A influência direta é mais importante das obras de SaneamentoUr· bano reside no acréscimoda vida média dos habitantese a maior eficiên- cia nas atividades econômicasdos cidadãos,possibilitando o aumento da renda nacional. A melhoria de um serviço de abastecimentode água acarretando a diminuição da taxa de morbi·mortalidadese traduz ainda por uma eco- nomia indireta que se pode estimar aproximadamente.Por exemplo, se na cidade de São Paulo se conseguisseo abaixamentode 1% nessa taxa, se teria uma economia anual apreciável, como se poderá ver a seguir. 34 LUCAS NOGUEIRA GARCEZ Admitindo,para cadaóbitoevitado,10enfermidadesprevenidase com basena rendaanual "per capita"igual a NCr$ 1.200,00,pode-seavaliar como valor econômicode um homemem São Paulo, aproximadamente NCr$10.000,00. O customédiode umaenfermidade,incluinaodespesascom médicos, remédiose descontosde saláriospodeser estimuladae~ NCr$ 100,00. Para a populaçãode 5.000.000habitantes,teríamos; valor médiodas vidaspoupadaspor ano: 0,001X 5.000.000X NCr$10.000,00NCr$50.000.000,00 valor dasenfermidadesevitadas: 10X 5.000X NCr$100,00=NCr$ 5.000.000,00 Economiaanual NCr$55.000.000,00 Essa importânciaanualseriasuficienteparaamortizarvultosocapital a ser empregadoem obrasessenciais. 2.4.O. - ÓRGAOSCONSTITUTIVOSDE UM ABASTECIMENTOURBANO DE AGUA ~~s~:,,!(Ü·'O Q~u,...,.,k1lãfl - adução - recalque - tratamento - reservação - distribuÍl;ao. O sistemade abastecimentogeralmentecompreende:(Fig.2.1) - captação A seqüênciaindicadanão é obrigatória,assim comopodemnão existiralgumaspartes:p. exem- plo, recalque,tratamento,etc. FIG.2.1 Consideradaa quantidadede águadisponível, ela poderáser suficientepara satisfazercontinuamenteà demandaatual e a previstanumprazorazoável,ou,emcasocontrário,nãoserásuficiente, o quepoderáindicara necessidadeda construçãode um reservatóriode acumulação. Quantoà qualidadeda águapoderemoster dois casos:ou ela satisfaz naturalmenteos chamadospadrõesde potabilidadeou não. Nesteúltimo casohá necessidadede construirumaEstaçãode Tratamento. Finalmente,quanto à posiçãoaltimétricarelativa da captação,po- derá ser necessáriaou não a construçãode uma Estaçãode Recalque (Bombeamento). ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA 2.5.0. - QUANTIDADE DE AGUA A SER FORNECIDA 2.5.1.- Usos da água. 1. Uso doméstico - bebida - banhose oJltrasmedidasde asseiocorporal - fins culinários - irrigaçãode jardins e pequenashortasparticulares - criaçãode animaisdomésticos - limpezasdiversasna habitação,lavagemde roupas,etc.
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