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Escola e comunidade: a parceria perfeita
Fabiane M. de Souza
Simone Tobias Steilein
Tatiane Biernazki
Prof.  Michele Mengarda
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED 0889) – Paper Relações Interpessoais
01/07/2017
RESUMO
Ao longo dos anos a escola vem se transformando, antes ela era um espaço fechado onde ninguém tinha oportunidade de saber o que acontecia lá dentro, de dar sugestões ou qualquer coisa que envolvesse a educação, isso era tarefa apenas da gestão escolar. Nos dias atuais a escola tornou-se um espaço aberto onde a família faz parte da vida escolar dos seus filhos dentro da escola também, todas as decisões devem ser feitas em conjunto entre equipe de gestão, quadro de funcionários, família, comunidade e alunos. Estima-se assim que o desempenho das crianças aumente e elas sintam-se motivadas a ir à escola, quando se trabalha em parceria é muito mais fácil atingir todos os objetivos da educação pois as tarefas podem ser distribuídas não sobrecarregando apenas uma pessoa e as ideias são muito mais produtivas. A gestão democrática perpassa os muros da escola, essa nova forma de administrar promete melhorar os processos de aprendizagem.
`Palavras-chave: educação, família, gestão
INTRODUÇÃO
E escola nem sempre foi um espaço aberto a família, mas assim como a sociedade vem se transformando nitidamente as instituições de ensino não podem parar no tempo. O papel da escola além de ensinar, tem como função social formar cidadãos e valorizar os indivíduos e para isso a escola precisa se modificar seus métodos de trabalho. A escola precisa se transformar em um espaço aberto, de diálogo, respeito ao próximo e participação mútua.
As políticas públicas educacionais também implicam nesse novo modo de pensar a “gestão”, o termo gestão democrática tem ligação com a função social que a escola deve exercer, quando a administração da escola acontece democraticamente podemos avançar positivamente rumo a uma educação de qualidade.
A busca por uma gestão democrática é uma luta contínua das escolas públicas, ainda são poucas as famílias que participam da vida escolar de seus filhos, a escola tem muita dificuldade em fazer a comunidade entender que ela é um bem de todos, não somente das crianças e professores, e temos que lutar por ela, cada conquista deve ser comemorada por todos. O mesmo acontece com a escola, pois falar em gestão democrática não é tão simples assim como parece, a escola precisa buscar estratégias para trazer a família, não adianta fazer reuniões enquanto os pais estão trabalhando e querer participação, é necessária a reeducação por ambas as partes, mas com persistência tudo é possível.
1 GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão democrática é o um processo igualitário onde as pessoas da escola discutem, planejam, criticam, solucionam problemas e acompanham o desenvolvimento da escola. Através da gestão democrática pode-se atender ás perceptivas da sociedade, ampliando a participação da comunidade junto à escola. Buss (2013, p.27) também afirma que:
Por gestão democrática entende-se que é uma forma de melhoria na e da convivência humana, que se constrói na cultura do povo e sua história. Num convívio pela busca do exercício coletivo e participativo de uma comunidade junto ao poder público, fortalece a democracia; ou seja, os agentes de uma comunidade são coautores das ações de uma sociedade da qual fazem parte.
FIGURA 1: GESTÃO DEMOCRÁTICA
FONTE: Google imagens.
A democracia visa pelo bem coletivo sempre, escola e comunidade juntos em prol de uma educação de qualidade, partindo da reflexão, compreensão e transformação do espaço escolar. Para que dê fato a democracia ocorra todos do quadro de funcionários desde a zeladora, até a diretora, pais, alunos e comunidade em geral devem trabalhar em parceria. A participação da família é sempre muito cobrada nas escolas, porém pouco oferecida, as escolas pouco se abrem para a comunidade.
A convivência entre a escola e a comunidade requer boa vontade e interesse das partes envolvidas, quando isso ocorre, as coisas começam a acontecer. Muitos corais, teatros, grupos de danças e outras formas de expressão artística surgem destas iniciativas de aproximação. Quando isto ocorre, a escola é revalorizada pela comunidade. A cultura da violência, tantas vezes presente na escola, cede lugar a uma convivência social alegre e pacífica. E esta é uma importante dimensão da função social da escola. (DAVIS E VIEIRA 2002, p. 36)
A gestão da escola precisa se descentralizar, não achar que as decisões devem ser tomadas de acordo somente com seu modo de pensar, a escola precisa dar voz e vez para toda comunidade escolar, a escola é responsável por criar espaços de trocas e discussão de assuntos relacionados ao aprendizado e ao bem-estar de todos no espaço educativo e não apenas informar dar decisões tomadas. Quando isso acontecer de verdade, de fato a escola passará a desempenhar seu papel de escola democrática, construindo um currículo pautado na realidade da comunidade local.
De acordo com a Wikipédia:
Os princípios que norteiam a Gestão Democrática são:
Descentralização: A administração, as decisões, as ações devem ser elaboradas e executadas de forma não hierarquizada.
Participação: Todos os envolvidos no cotidiano escolar devem participar da gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas que participam de projetos na escola, e toda a comunidade ao redor da escola.
Transparência: Qualquer decisão e ação tomada ou implantada na escola, tem que ser de conhecimento de todos.
Como podemos perceber a democracia não acontece em um pensamento único, a democracia é o compartilhamento de ideias e opiniões, é o saber ouvir por parte da gestão e usar aquilo que foi dito para o bem de todos, fortalecendo a parceria entre escola e comunidade. A democracia nas escolas além de ajudar na qualidade do ensino possibilita a construção de um currículo voltado a realidade local e na participação ativa de todos os sujeitos da comunidade, trazendo resultados positivos reais para a escola. 
A LDB de 1996, art.14 também nos dispõe sobre o papel da gestão democrática:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: 
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; 
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR MEDIANTE A GESTÃO DEMOCRÁTICA
Sabe-se que a grande maioria dos gestores ainda estão longe de praticarem a gestão democrática dentro das escolas, alguns até estão começando com pequenas práticas, mas muitas vezes ela exige muito mais esforço pois sabemos que de fato trazer a comunidade para dentro da escola exige inicialmente muito trabalho da gestão escolar, é preciso elaborar um bom plano de ação e muitas vezes um longo tempo de insistência para que a comunidade se habitue com esse novo modo de gestão e se sinta parte integrante da escola, afinal a escola pública não tem dono ela é de todos. 
É desta forma que se entende aqui a gestão democrática: um processo contínuo, gerador de uma nova experiência de gestão política, que nasce da consciência crítica elaborada na ação e no debate. Na escola, a gestão estaria, assim, nas mãos de todos os participantes e envolvidos nas atividades educativas, isto é, professores, alunos, pais e comunidade, e não apenas de um conselho ou diretor. (FERREIRA E SCHLESENER 2011, p. 168)
Os gestores da escola devem visar a gestão da escola como um princípio de trabalho, fortalecendo a ética profissional, o trabalho em equipe e o projeto político pedagógico. Para desenvolver seu papel de gestor democrático o gestor precisa ter algumas características fundamentais, ele precisa ser uma pessoa com pulso firme, calma, sempre aberta ao diálogo e que seja capaz de estimulare encorajar sua equipe e alunos.
É necessário que o gestor escolar saiba envolver sua equipe na realização de projetos que resolvam a situação, de forma que esta transformação faça com que os profissionais compreendam melhor a realidade educacional em que atuam. Ao se resolver tais problemas, a comunidade escolar adquire consciência de seu poder de mudar a realidade, com os recursos disponíveis. Como já foi afirmado, a função do gestor escolar vai além do simples ato de administrar. Ele assume uma série de funções, tanto de natureza administrativa quanto pedagógica, desempenhando as funções de organização, administração e supervisão. (BUSS 2013, p.39)
O trabalho de gestão com a participação dos professores, alunos, coordenadores e funcionários da escola e da família demonstra as mudanças que se processam na sociedade atual e que a escola tem de acompanhar. É fundamental buscar a participação dos pais e da comunidade nos interesses socioeducacionais para o alcance de uma formação escolar adequada e de qualidade. Somente participando é que poderão analisar os resultados e perceberem a importância da sua participação no cotidiano escolar do aluno. Por isso, estreitar essa distância precisa ser o objetivo de pais, educadores, educandos e direção e todos os que tiverem interesse em uma educação digna e uma escola justa e igualitária para todos.
2 A ESCOLA DO PASSADO
As escolas de antigamente eram adaptadas em igrejas, casas de paiol em alguma residência que alguém disponibilizava, e não existiam professores formados ou com uma habilidade específica, eram monges e freiras que se voluntariavam a ponto de ensinar o pouco que sabiam. Os ensinamentos da época eram voltados a religião, e aos quais os mesmos sabiam que influenciaria na vivência do povo em sociedade.
Na antiguidade, o ato de estudar não era um direito de toda criança como é (ou deveria ser) hoje. Antes, ter acesso aos ensinamentos era um privilégio dos filhos de famílias nobres e ricas, sendo que muitas crianças das sociedades antigas que não tinham essa vantagem gastavam as horas em trabalhos braçais e não recebiam nenhuma instrução dentro ou fora de casa. Muitas delas não tinham nem a chance de um sonho maior, pois já eram designadas ainda muito pequenas como escravas. Como se isso não bastasse, se a criança fosse uma menina, as suas esperanças de ter um aprendizado formal nas instituições eram quase zero, sendo ou não de família rica, pois os meninos tinham prioridade devido aos ensinamentos que se estendiam a regras militares e estratégias de batalhas. (BORGES, 2013)
 
Há tempos atrás as crianças não eram obrigadas ir à escola, não existia uma lei que exigia isso, os alunos só tinham acesso ao máximo até a quarta série que na época era o limite dos estudos, eles aprendiam a ler e escrever, mas não tinham o direito de se tornar seres humanos críticos e preparados para grande evolução que iria acontecer na sociedade. No início quem tinha só quem tinha acesso eram os meninos, a meninas tinham que aprender a costurar, bordar, cozinhar, ser ótimas donas de casa as que tinham mais dinheiro faziam aula de dança, balé, música, só depois de algum tempo a educação foi ficando igual para meninos e meninas. Segundo a estudante de pedagogia Jeniffer Martins a escola vem se transformando muito ao longo dos anos:
 No passado não existia lei que obrigasse a criança a estudar, hoje tem, existe o conselho tutelar que protege e faz com que a criança vá a escola, os pais não iam na escola antigamente pois a escola era longe, não tinha meios de transporte, muitos tinham que trabalhar direto na roça para sustentar a família, não tinha professor eram pessoas que sabiam ler e escrever que se voluntariavam para dar as aulas, normalmente as aulas aconteciam em uma igreja e as mesmas eram voltadas a religião, não instigavam as pessoas a irem saber como estava o desenvolvimento do filho, e hoje já tem meios mais fáceis de ir até a escola, tem professores instruídos e formado para atuar, cada bairro tem uma escola, os pais podem sair no seu horário trabalho para ir resolver algo a pedido da diretora, os filhos tem direito de estar na escola e existe lei que obriga, eles não precisam nos dias de hoje ajudar a trabalhar para ajudar na renda de casa, hoje tem ajuda de transporte com ajuda do governo, bolsas e programas que auxiliam na formação do aluno. (ENTREVISTA)
Os pais não tinham acesso à escola, e nem entendimento do que se passava dentro dela muitas vezes, não tinham tempo para dar atenção aos seus filhos. Muitos pais faziam com que os filhos ficassem em casa para que ajudassem no cultivo das fazendas para ajudar na renda financeira, na época se fazia muitos filhos justamente para isso e também devido à falta de informação e preservação
Naquele tempo a escola, ou o local adaptado para as crianças estudarem eram muito distantes, de ruim acesso, não se tinha meios de transporte e as famílias não tinham condições de comprar roupa, calçados, material escolar, pois como tinham muitos filhos e eram agricultores não tinham condições financeiras, desse modo deixavam seus filhos sem acesso ao estudo e aos conhecimentos oferecidos. 
Os alunos eram obrigados a prestar atenção nas aulas, respeitar o “professor”, caso contrário a aluno seria punido devido a desobediência, pois as regras mais rígidas como: ficar de joelhos em cima do milho, levar reguadas nas palmas das mãos, ficar de costas para a turma, cheirar a parede, bater com a cabeça no quadro, levar com a cana nas orelhas. Não existia celulares, computadores, somente livros, a educação era severa e todos se obrigavam a obedecer e aprender.
Os professores sentavam com suas mesas em cima de um tablado acima de toda a turma para mostrar superioridade, todos os alunos não questionavam seus ensinamentos, ordens ou regras, pois tinham medo. Nessa época as crianças não tinham o podiam opinião própria, o professor era o único detentor da verdade.
A escola era um espaço fechado a comunidade somente o gestor que decidia tudo sem a participação nem mesmo da equipe pedagógica, os pais só se faziam presentes na hora de buscar o boletim de seus filhos. 
O mundo escolar do passado era extremamente rígido. A disciplina era obtida através de professores e diretores autoritários. Os alunos permaneciam imóveis, mudos, ouvindo explicações e aceitando-as como verdades absolutas. Nem se podia imaginar que um aluno discordasse, nem se manifestasse sobre qualquer assunto. Caso isso acontecesse muitas vezes era exposto às humilhações ou severos castigos. Um questionamento interessante ante está realidade seria como essas crianças aprendem e como eram preparadas para o futuro. É possível responder com uma só palavra “decoreba”, afinal de que outra forma seria possível? (MAESTRELLI, 2011)
Mas com o passar dos anos a sociedade foi se modificando, aos poucos foi evoluindo, a tecnologia fez com que todos tivessem que estudar e se adaptar com as novas mudanças, também conforme a aposentada Antônia Antunes de Matos de 68 anos:
Hoje os pais têm mais conhecimento, sabem como o filho deve estar indo à escola e o que deve aprender, antigamente não era assim, os pais não tinham dinheiro para comprar materiais para os filhos, não existia como as crianças ir à escola, hoje já tem meios e a escola é perto, os pais fazem de tudo para dar o melhor para os filhos, antes não existia reunião, eventos na escola e hoje existe, então facilitou a ida dos pais, filhos e comunidade a escola. (ENTREVISTA)
3 A ESCOLA DE HOJE
 A escola vem se modificando em um contexto de sociedade que se democratiza e se transforma cotidianamente é fundamental a participação dos pais e comunidade no acompanhamento escolar dos alunos. A participação da família na vida escolar dos alunos contribui para uma melhor aprendizagem, assim, a escola precisa fazer uma intervenção em seu próprio contexto, de forma a buscar meios em que a família possa efetivamente se tornar participante da vida escolar de seus filhos. Portanto, a escola precisater um caráter democrático e participativo, pois não há como preparar os cidadãos para a democracia sem dar o exemplo.
Segundo Libâneo (2004, p.102) “A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar”.
 A participação é o primeiro passo para se efetivar uma democracia que garanta os direitos dos cidadãos. A gestão participativa tem por objetivo dividir responsabilidades e compartilhar ações assim ninguém se sobrecarrega e todos tem o direito de opinar o que é melhor para seus filhos, sua comunidade, e a escola que é de todos, a partir de uma metodologia de trabalho conjunta entre família, comunidade no gerenciamento das atividades pedagógicas da escola.
A estudante de Psicologia Jeniffer Martins ainda vê que a participação dos pais na escola ainda é muito fraca, para ela “os pais passam o maior tempo trabalhando, se preocupando com a vida financeira, e tentando dar o “melhor” para seus filhos, e deixam de dar atenção e participar da vida dos filhos na escola, isso acaba prejudicando no desenvolvimento escolar” (ENTREVISTA)
“Muitos pais trabalham para dar o mundo aos filhos, mas se esquecem de abrir o livro da sua vida para eles” (CURY, 2003, p. 22)
 Os novos desafios que a escola enfrenta para buscar sensibilizar os pais e comunidade nas atividades que ela desenvolve, tanto no que se refere aos eventos, quanto às atividades de aprendizagem específicas, ou na tomada de decisões exige muito do gestor para que seja capaz de somar forças com a equipe para atrair a participação efetiva dos pais e comunidade na vida escolar dos alunos. 
“A participação dos pais na vida da escola tem sido observada em pesquisas, como um dos indicadores mais significativos na determinação da qualidade do ensino, isto é, aprendem mais os alunos cujos pais participam mais da vida da escola”. (LÜCK, 2010, p.86). Para nossa entrevistada a aposentada Antônia Antunes de Matos os pais “não olham os cadernos, não incentivam os filhos a aprender e nem ir à escola, não buscam nem o boletim, não ajuda nos deveres e atividades da escola”. (ENTREVISTA)
Apesar da escola ser muito mais aberta a sociedade nos dia de hoje ainda há muito a se fazer, trazer os pais a participarem da vida escolar de seus filhos é tarefa muito mais complicada do que se parece, a escola precisa ser muito criativa e buscar adaptar seus horários a realidade das famílias, ao se propor uma reunião nem sempre todos os pais terão disponibilidade naquele momento mas se a escola se flexibilizar com certeza muito mais famílias comparecerão, embora sabemos que mesmo assim ainda terão aquelas que não fazem a mínima questão de se fazerem presentes. Jeniffer Martins nos relata como vê essa realidade dentro das escolas durante o passar dos anos:
No passado não existia lei que obrigasse a criança a estudar, hoje tem, existe o conselho tutelar que protege e faz com que a criança vá a escola, os pais não iam na escola antigamente pois a escola era longe, não tinha meios de transporte, muitos tinham que trabalhar direto na roça para sustentar a família, não tinha professor eram pessoas que sabiam ler e escrever que se voluntariavam para dar as aulas, normalmente as aulas aconteciam em uma igreja e as mesmas eram voltadas a religião, não instigavam as pessoas a irem saber como estava o desenvolvimento do filho, e hoje já tem meios mais fáceis de ir até a escola, tem professores instruídos e formado para atuar, cada bairro tem uma escola, os pais podem sair no seu horário trabalho para ir resolver algo a pedido da diretora, os filhos tem direito de estar na escola e existe lei que obriga, eles não precisam nos dias de hoje ajudar a trabalhar para ajudar na renda de casa, hoje tem ajuda de transporte com ajuda do governo, bolsas e programas que auxiliam na formação do aluno. (ENTREVISTA)
O trabalho desenvolvido em uma escola, deve criar ações que envolvam a família e a relação com o contexto escolar a fim de possam representar um diferencial no cotidiano escolar. A Família é o primeiro contato que a criança tem com o mundo e é através desse convívio com a família que a criança vai aprender a se socializar. 
Por isso conforme Cury (2003, p.24) “Nossas agressividades, rejeições e atitudes impensadas podem criar um alto volume de tensão emocional em nossos filhos, gerando cicatrizes para sempre. Precisamos entender como se organizam as características doentias da personalidade”. Nossos atos impensados e a distância que mantemos da vida escolar de nossos filhos podem causar grandes danos a suas vidas, pois os pais são responsáveis em ensinar os primeiros passos a criança, e os primeiros conhecimentos e a escola são responsáveis pela continuidade dessa caminhada, mas o trabalho em equipe torna o aprendizado muito mais efetivo. A família deve estar presente no processo educativo dos seus filhos; a relação família e escola é um dos mais importantes fatores para a melhoria da aprendizagem. 
 Um momento onde a família poderá se fazer presente no processo educativo é acompanhando as tarefas diárias, dias de avaliação, participação das atividades da escola, incentivando na participação de trabalhos; pois a educação não deve ocorrer somente na escola, o incentivo e o gosto pelos estudos vem de casa.
Estimular as famílias a ajudar na construção do Projeto Político Pedagógico é uma das formas de aproxima-las da escola, assim elas saberão os objetivos da escola em relação a educação de seus filhos, do trabalho realizado e poderão participar do aprendizado das crianças da comunidade.
 
Azevedo (apud Dornelles, 2010, p. 12) diz que: “A construção do projeto político-pedagógico e do regimento escolar é, também, um momento privilegiado para definir os canais institucionais de participação da família na vida escolar. Formas democráticas de escolha do dirigente escolar, conselho deliberativo escolar, reuniões de pais são formas significativas de participação”.
 A escola comprometida com a educação precisa possuir um PPP, e não simplesmente se preocupar com questões burocráticas exigidas por um sistema. A elaboração do PPP não deve ser tarefa apenas da gestão da escola, as contribuições da família, da comunidade e também das crianças devem ser levados em conta, afinal, são eles que realmente conhecem a localidade em que residem e o currículo deve ser escrito conforme a realidade local das crianças.
O conselho escolar, também é fundamental para trazer a família junto à escola e permitir que os mesmos passem a ter um poder de escolha, da forma a permanecerem próximo a escola. São atribuições dos conselhos escolares: 
I. Estabelecer e acompanhar o projeto político-pedagógico da escola; 
II. Analisar e aprovar o Plano Anual da Escola, com base no projeto político-pedagógico da mesma; 
III. Acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes, prioridades e metas estabelecidas no seu Plano Anual, redirecionando as ações quando necessário; IV. Definir critérios para a cessão do prédio escolar para outras atividades que não as de ensino, observando os dispositivos legais emanados da mantenedora, garantindo o fluxo de comunicação permanente, de modo que as informações sejam divulgadas a todos em tempo hábil; 
V. Analisar projetos elaborados e/ou em execução por quaisquer dos segmentos que compõem a comunidade Escolar, no sentido de avaliar a importância dos mesmos no processo ensino-aprendizagem; 
VI. Arbitrar sobre o impasse de natureza administrativa e/ou pedagógica, esgotadas as possibilidades de solução pela equipe escolar; 
VII. Propor alternativas de solução dos problemasde natureza administrativa e/ou pedagógica, tanto daqueles detectados pelo próprio órgão, como dos que forem a ele encaminhados por escrito pelos diferentes participantes da comunidade escolar; VIII. Apreciar e emitir parecer sobre desligamento de um ou mais membros do Conselho Escolar quando do não-cumprimento das normas estabelecidas no Regimento Escolar, neste Estatuto, e/ou procedimento incompatível com a dignidade da função, encaminhando-o para a Secretaria da Educação; (BRASIL, 2004, p. 9)
A associação de pais e professores também serve para garantir que os pais participem da escola, são reuniões que ocorrem ocasionalmente para decidir o destino dos recursos financeiros da escola, como o dinheiro do Programa Dinheiro Direto na Escola, o Programa Mais Educação, do Ministério da Educação, as contribuições mensais, arrecadações de festas e doações, sempre prestando contas a toda comunidade, visando uma boa administração dos recursos das escolas voltando a educação.
Festas, eventos e homenagens também são outro atrativo para chamar a comunidade a se fazer presente na escola, assim toda a localidade tem oportunidade de conhecer a escola e ver onde estão indo os recursos e quando isso se torna visível todos têm muito mais vontade de frequentar e colaborar com a instituição, seja financeiramente ou contribuindo com suas aptidões, o pai que é bom carpinteiro pode consertar uma porta, a mãe que é boa de culinária pode ajudar na festa da escola e assim por diante.
A família inserida na escola traz inúmeros benefícios para ambiente educacional, incluindo o prazer e a alegria de ver seus filhos sendo incentivados por eles mesmos. Os pais podem também participar das aulas dos seus filhos, contando uma história, tocando um instrumento. 
“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente. ” PAULO FREIRE (apud BRASIL, 2004, p. 9)
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este trabalho pudemos pesquisar, e constatar as grandes evoluções na educação, no passado a escola não dava oportunidade a família e a comunidade a participar do meio escolar, ainda há dificuldades nessa relação, mas agora a escola abriu suas portas para que toda a comunidade seja participativa embora ainda não saiba como conquistar as famílias para que se façam presentes. 
Com o passar do tempo as pessoas foram percebendo que há uma necessidade e importância de saber o que se passa dentro da escola, coisa que no tempo passado não existia e não era importante e com isso percebemos que com este trabalho a realidade é muito diferente do que simplesmente contam. A gestão escolar sempre busca opiniões conjuntas e é isso que faz toda a diferença na escola, estão sendo criando meios de trazer a família e comunidade para dentro da escola com os alunos, através de atividades, reuniões de pais, a existência da APP, festas e datas comemorativas, gincanas, tudo isso mostra a grande importância que tem da interação de todos junto da escola.
A escola só será um espaço completo e de sucesso quando toda a comunidade escolar compreender o seu papel perante aos objetivos da educação, escola unida é sinônimo de sucesso.
5 REFERÊNCIAS
BORGES Claudia, Como eram as escolas na antiguidade? Disponível em: < http://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/37833-como-eram-as-escolas-na-antiguidade-.htm> Acesso em: 19 de junho de 2017.
BRASIL. Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação pública. 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12619%3Apublicacoes-dos-conselhos-escolares&catid=195%3Aseb-educacao-basica&Itemid=859. Acesso em 28 de abril de 2017
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
BUSS Rosinete Bloemer Pickler, Gestão escolar. Indaial, Uniasselvi, 2013.
CURY Augusto, Pais brilhantes professores fascinantes. Rio de Janeiro, Sextante, 2003
DAVIS Cláudia, VIEIRA Sofia Lerche, Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro, DP&A, 2002.
DORNELLES Clarice Brandão, Projeto Político Pedagógico – um desafio a ser alcançado. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010_fafipa_ped_pdp_clarice_brandao_dornelles.pdf> Acesso em: 16 de junho de 2017.
FERREIRA Naura Syria Carapeto, SCLESENER Anita Helena, Políticas públicas e gestão da educação: questões polêmicas. Brasília, Liber Livro, 2011. 
LIBÂNEO José Carlos. Organização e gestão da Escola: teoria e prática. 5.ed. Goiânia: Alternativa, 2004. 
LÜCK Heloísa. et.al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5.ed. Petrópolis: Vozes, 2005
MAESTRELLI Maria Gimena Gonzalez Fructos, A escola do passado, hoje e do amanhã. Disponível em: < http://escolapassadohojefuturo.blogspot.com.br/2011/04/escola-do-passado-hoje-e-do-amanha-anos.html> Acesso em: 19 de junho de 2017.
Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_democr%C3%A1tica> Acesso em: 08 out 2017.
6 ANEXO
ENTREVISTA 1
 Nome: Jeniffer Martins
 Estudante de Psicologia, 5º semestre
1.Na sua opinião os pais e a comunidade têm uma participação ativa e frequente na escola? Justifique.
R: Não, porque os pais passam o maior tempo trabalhando, se preocupando com a vida financeira, e tentando dar o “melhor” para seus filhos, e deixam de dar atenção e participar da vida dos filhos na escola, isso acaba prejudicando no desenvolvimento escolar.
2.Qual a grande dificuldade de incluir pais, alunos e comunidade na escola?
R: O principal problema da inclusão é falta de divulgação da escola para os pais, o horário não bate com os horários de trabalho dos pais, falta de interesse de muitos pais em ir até a escola para saber como está o desenvolvimento do seu filho, a escola acaba excluindo a comunidade dos eventos como festas, feiras de amostras de trabalhos, e achar um meio de incentivar os pais através de palestras, fazer mais atividades que envolvam pais e filhos.
3.Na sua opinião qual a evolução que teve na antiguidade, com a realidade atual em relação a inclusão, participação dos pais, filhos e comunidade na escola?
R: Que no passado não existia lei que obrigasse a criança a estudar, hoje tem, existe o conselho tutelar que protege e faz com que a criança vá a escola, os pais não iam na escola antigamente pois a escola era longe, não tinha meios de transporte, muitos tinham que trabalhar direto na roça para sustentar a família, não tinha professor eram pessoas que sabiam ler e escrever que se voluntariavam para dar as aulas, normalmente as aulas aconteciam em uma igreja e as mesmas eram voltadas a religião, não instigavam as pessoas a irem saber como estava o desenvolvimento do filho, e hoje já tem meios mais fáceis de ir até a escola, tem professores instruídos e formado para atuar, cada bairro tem uma escola, os pais podem sair no seu horário trabalho para ir resolver algo a pedido da diretora, os filhos tem direito de estar na escola e existe lei que obriga, eles não precisam nos dias de hoje ajudar a trabalhar para ajudar na renda de casa, hoje tem ajuda de transporte com ajuda do governo, bolsas e programas que auxiliam na formação do aluno.
ENTREVISTA 2
Nome: Antônia Antunes de Matos, 68 anos aposentada.
1.Na sua opinião os pais e a comunidade têm uma participação ativa e frequente na escola? Justifique.
R: Não, muitos não olham os cadernos, não incentivam os filhos a aprender e nem ir à escola, não buscam nem o boletim, não ajuda nos deveres e atividades da escola.
2.Qual a grande dificuldade de incluir pais, alunos e comunidadena escola?
R: Os pais trabalham e não podem ir à escola, os pais não prestam atenção nas coisas que vem da escola, falta de interesse de ir até a escola.
3.Na sua opinião qual a evolução que teve na antiguidade, com a realidade atual em relação a inclusão, participação dos pais, filhos e comunidade na escola?
R: Hoje os pais têm mais conhecimento, sabem como o filho deve estar indo à escola e o que deve aprender, antigamente não era assim, os pais não tinham dinheiro para comprar materiais para os filhos, não existia como as crianças ir à escola, hoje já tem meios e a escola é perto, os pais fazem de tudo para dar o melhor para os filhos, antes não existia reunião, eventos na escola e hoje existe, então facilitou a ida dos pais, filhos e comunidade a escola.

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