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Curso Regular de Administração Pública 
Aula 00 – Evolução da Administração Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 00 
 
Administração Pública 
Evolução da Administração Pública 
Professor: Vinicius Ribeiro 
 
 Curso Regular de Administração Pública 
Aula 00 – Evolução da Administração Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
2 
 
 
 
Olá pessoal, como vão as coisas? Estudando muito? Espero que sim, desde que 
sejam estudos planejados, otimizados, organizados, concentrados e com 
material de qualidade. 
Meu nome é Vinicius Ribeiro, sou um uberlandense que vive há mais de 8 
anos em Brasília. Gosto muito dessa cidade. Apesar disso, preserrrrvo meu 
sotaque mineiro que come quieto um pão de queijin, sempre com café (humm, 
maravilha!!!). 
Vamos a um breve resumo do meu currículo: 
 Graduado em Administração na Universidade Federal de Uberlândia – 
UFU; 
 MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais na Fundação 
Getúlio Vargas – FGV; 
 Atualmente, sou Analista Legislativo da Câmara dos Deputados, 
onde trabalho com as nossas Leis Orçamentárias; 
 Fui classificado no concurso para Consultor de Orçamentos da 
Câmara dos Deputados, certame realizado em 2014; 
 Ex-Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, onde atuava na Secretaria 
de Planejamento e Investimentos Estratégicos - SPI; 
 Ex-Analista Judiciário (Área Administrativa) do Supremo Tribunal 
Federal, onde atuava na Secretaria de Controle Interno (oriundo do 
concurso do STJ); 
 Ex-Analista Judiciário (Área Administrativa) do Conselho Nacional 
de Justiça, onde atuava na Seção de Gestão de Contratos (oriundo do 
concurso do STF); 
 Ex-Servidor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, 
onde atuava na Coordenação de Tomada de Contas Especial; 
Aula Demo 
 Curso Regular de Administração Pública 
Aula 00 – Evolução da Administração Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
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3 
 Classificado no concurso de Analista Legislativo (Administração) do 
Senado Federal em 2012; 
 Venho lecionando administração no Ponto dos Concursos nos últimos 
cinco e meio; 
 Possuo um livro publicado pela Editora Método, sob coordenação do 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, intitulado “Administração para 
Concursos”. 
Os professores adoram colocar frases motivacionais nos seus cursos. Eu tenho 
uma particularidade: gosto de colocar algumas brincadeiras para quebrar o 
gelo. Permitam-me. 
 
 
 
 
 
Brincadeiras à parte, hoje começo um Curso Regular de Administração 
Pública em Teoria e Exercícios. 
Inicialmente, vejam a programação do curso e o sumário desta aula para 
prosseguirmos. 
 
 
Fala papito, vamos 
pra night!!! Esse 
lance de estudar 
para concurso é uma 
perda de tempo!!! 
Sabe de nada, 
Inocente!!! 
 Curso Regular de Administração Pública 
Aula 00 – Evolução da Administração Pública 
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4 
Aula Conteúdo Programático 
00 Evolução da Administração Pública 
01 Princípios e Organização da Administração Pública 
02 Gestão por Resultados e Excelência nos Serviços Públicos 
03 
Convergências e Divergências com a gestão privada; Governança e 
Accountability 
04 Empreendedorismo e Mudanças Institucionais 
 
 
Tópicos da Aula 
Detalhe Sobre o Curso/Edital .............................................................. 04 
Planejamento Estratégico .................................................................... 06 
Questões.............................................................................................. 29 
Bibliografia .......................................................................................... 46 
Exercícios Trabalhados ...................................................................... 47 
Gabarito ............................................................................................ 55 
 
 
E como será o curso, Professor? 
O foco deste curso, ministrado em 04 aulas (além desta aula demo), é 
capacitá-los para resolver provas de Administração Pública. Separei aqui os 
principais tópicos que vêm caindo em prova. Como o curso não é voltado 
para um concurso específico, iremos usar questões das mais variadas bancas de 
concurso público: ESAF, CESPE, FCC, FUNIVERSA, FGV, AOCP, IADES, 
CESGRANRIO, FUNCAB, etc. 
Apesar do cronograma, caso queiram sugerir algum tema que seja 
pertinente, posso postar uma aula extra abordando o assunto. 
Meu objetivo aqui é fazer com que vocês acertem as questões desta disciplina e 
que isso contribua para a aprovação no concurso desejado. 
 Curso Regular de Administração Pública 
Aula 00 – Evolução da Administração Pública 
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5 
Estudar de forma correta é fundamental. O candidato precisa ser organizado, 
traçar metas realistas e cumpri-las. Depois é só fazer a prova e esperar a sua 
medalha, que na verdade é um belo crachá!!!! 
 
 
Muitos alunos me questionam sobre a necessidade de leituras complementares. 
A minha resposta: depende do nível e da disponibilidade de cada um. O edital 
será todo abordado em nossas aulas. De qualquer forma, ao final da aula, está 
citada a bibliografia básica. 
Aprofundando ou não em livros, é fundamental que o aluno diversifique seus 
estudos com as outras matérias do certame. É essencial que o candidato não 
deixe de lado aquela matéria que ele possui um conhecimento prévio, mas não 
necessário para gabaritar. 
Opte por estudar três matérias (direito administrativo, português, 
administração) diferentes por dia. No próximo dia, escolha outras três e assim 
vai. Em um intervalo de 3 ou 4 dias, você viu um pouco de todas as matérias do 
edital, deixando sempre a cabeça fresquinha com os mais variados 
conhecimentos. 
Outro ponto que quero falar é sobre as questões comentadas. Ao longo do 
curso, irei colocar questões das matérias já estudadas. Assim, é possível 
que eu coloque, por exemplo, uma questão da matéria vista hoje na aula 2. A 
ideia é não deixar o conteúdo cair no esquecimento, ok? 
A estrutura da aula será a seguinte: exposição dos exercícios com seus 
comentários. Ao final da aula, esses mesmos exercícios serão colocados, porém 
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6 
sem os devidos comentários, para quem queira tentar resolvê-los sem que haja 
explicações. 
Fórum: o fórum de dúvidas é um importante mecanismo de aprendizado e de 
valorização do aluno que realmente está adquirindo o nosso curso de maneira 
legal. Qualquer questionamento com relação à matéria pode ser feito por lá. À 
medida que as perguntas são realizadas, vou respondendo seguindo a ordem de 
postagem. 
As perguntas são respondidas no prazo máximo de 1 semana. No entanto, é 
mais comum que eu responda em um prazo menor do que sete dias. Vale frisar 
que todos os questionamentos serão atendidos. 
 
 
Evolução da Administração Pública 
Vamos conhecer a evolução da administração pública que culmina na 
administração gerencial. 
 
Administração Pública Patrimonialista 
Dentro da classificação da Administração Pública, a primeiradelas, na ordem 
cronológica, é a patrimonialista, também chamada de clássica. 
O patrimonialismo é considerado uma privatização (rent-seeking) do Estado 
para o príncipe e seus nobres. 
Nas sociedades pré-capitalistas e pré-democráticas, o aparelho do estado é 
considerado uma extensão do poder do soberano. Há uma “confusão” entre o 
que é de quem. Os servidores possuem status de nobreza real, sendo seus 
cargos chamados de prebendas. 
A res publica (coisa pública) não se diferencia das res principis (coisa do 
príncipe). O rei e os nobres não distinguem se o fax é da repartição ou da sua 
casa. Tudo bem: não existia fax naquela época. Mas, alguém deve estar 
pensando que já viu este filme, e um filme tão atual quanto “Meu Passado Me 
Condena 2”. Pois é, podemos afirmar que o patrimonialismo perdura nos dias de 
hoje, não é? 
 Curso Regular de Administração Pública 
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Importante destacar que, no Brasil, mesmo com a proclamação da república em 
1889, esse modelo continuou vigente por algumas décadas. A república do 
“café (São Paulo) com leite (Minas Gerais – um belo estado)” manteve a 
estrutura patrimonialista, com uma democracia bastante incipiente, rudimentar. 
Vejamos o quadro abaixo. 
 
 
 
Administração Pública Burocrática 
No mundo, a administração burocrática surge na segunda metade do século 
XIX, no auge do Estado Liberal. O objetivo era combater o nepotismo e a 
corrupção, entraves para o capitalismo, para o desenvolvimento dos mercados. 
Trata-se do modelo racional-legal. 
Influenciado pelos ideais de Weber, Getúlio Vargas opta pelo modelo 
burocrático, a partir de 1930. É possível dizer que a estrutura da Administração 
Pública brasileira começa nesse período, quando o Governo cria o DASP 
(Departamento Administrativo do Serviço Público) em 1936. Antes, não há uma 
estrutura, até pela mistura que se fazia entre o público e o privado no 
patrimonialismo. 
Administração Pública Patrimonialista 
• Momento histórico - monarquia 
• Agentes: rei, nobres 
• Privatização do Estado e democracia fraca 
• Preocupação com controle - nota "0" 
• Corrupção e Nepotismo - nota "10" 
• Cargos como prebendas ou sinecuras - benefícios fáceis, sem esforços, 
troca de favores 
• Res publica = res principis (coisa pública = coisa do príncipe) 
 
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São considerados nomes importantes que participaram da reforma burocrática: 
Maurício Nabuco e Luiz Simões Lopes. 
O DASP foi responsável por realizar os principais concursos no país até meados 
da década de 80, quando foi extinto. 
Considerando todo o problema advindo do patrimonialismo, Vargas institui uma 
administração com rígidos controles, com hierarquia no serviço público, 
formalismo, impessoalidade. Todas essas características visavam combater a 
corrupção, o nepotismo. 
Outra grande contribuição da burocracia é a meritocracia. É a partir de 30 no 
Brasil que se começa a valorizar o mérito no trabalho, a promover funcionários 
em face de mérito nas suas realizações. Essa é a meritocracia. 
Veja bem. Não estou falando que a meritocracia “bombou” desde então. 
Sabemos que ainda hoje ela não está plenamente implantada, com cargos 
políticos sobrepondo o mérito a cargos técnicos. Estou dizendo que essa ideia 
de promover por mérito começou com Vargas, ok? 
Vejamos o quadro abaixo. 
 
 
Esse período a partir de 1930 no Brasil é caracterizado por um modelo de 
Estado Nacional-Desenvolvimentista, que começa a ruir nos anos 70 em face de 
Administração Pública Burocrática 
• Combate à corrupção, centralização 
• Controle de gastos, de processos - atividades-meio 
• Hierarquia, divisão do trabalho e rigidez 
• Rotinas controladas e estabelecidas 
• Formalismo e impessoalidade 
• Desconfiança extrema em relação aos funcionários e políticos 
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seu esgotamento e também em virtude de fatores externos, como os choques 
do petróleo. 
 
Administração Pública Gerencial/Sistêmica – Nova Gestão Pública 
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mundo e o Brasil passaram a 
“aumentar” o Estado, com o intuito de prover o cidadão de mais serviços, como 
saúde, educação, previdência social. Essa expansão do Estado gerou um 
“inchamento” da máquina pública. Chegou um momento em que os 
contribuintes (tax payers) percebem a quantidade de tributos pagos e a baixa 
qualidade do serviço público. Bem atual, não é? Bem semelhante ao “vem pra 
rua” de 2013. 
Juntamente com a expansão do Estado após 45, o desenvolvimento tecnológico 
e a globalização mundial foram marcas do final do século XX (anos 1900). Esses 
fatores (expansão do Estado, tecnologia e globalização) foram determinantes 
para deixar à mostra grandes problemas da burocracia. Uma coisa era controlar 
o Estado quando ele era pequeno, com tecnologia 0, sem muitas relações com o 
mundo. Outra coisa é você “engessar”, controlar algo grande, tecnológico e 
globalizado, concordam? 
Vejamos o quadro abaixo. 
 
Administração Pública Gerencial 
• Foco em resultados 
• Idéias de Margaret Thatcher trazidas pelo Ministro Bresser Pereira ao 
Brasil 
• Eficiência e Eficácia 
• Redução de custos 
• Autonomia dos Administradores 
• Descentralização 
• Políticos/Funcionários Públicos são merecedores de limitado grau de 
confiança 
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Importante destacar que não há um abandono da burocracia pelo 
gerencialismo. Esse tipo de administração também busca aproveitar conceitos 
importantes da administração burocrática. Não há total ruptura. 
No estudo da evolução da administração pública (patrimonialismo, burocracia e 
gerencialismo), as diversas reformas que foram implantadas com vistas à 
administração gerencial são conhecidas como a Nova Gestão Pública - NGP 
(New Public Management – NPM: termo utilizado por Cristopher Hood). E é 
nesse momento que se pode perceber claramente a evolução dos conceitos de 
eficiência, eficácia e efetividade (esses dois últimos se inserindo praticamente 
no mesmo momento). 
A NPM pode ser dividida em três diferentes momentos que ocorreram em 
diversos países, tendo destaque na Grã-Bretanha, da saudosa Margaret 
Thatcher, conhecida essa NPM como Managerialism lá na terra da Rainha. 
Vejamos um quadro ilustrativo. 
 
Vejamos alguns conceitos. 
 
Equidade: garantir o direito de todos com imparcialidade. Igualdade. Tratar 
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida das suas 
Public Service Oriented (PSO) 
Cidadãos Equidade 
Consumerism 
Clientes Efetividade 
Modelo Gerencial Puro 
Contribuintes Eficiência 
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desigualdades. Eu não posso tratar um deficiente físico como eu trato uma 
pessoa sem deficiência física. É preciso, por exemplo, construir rampas, 
disponibilizar estacionamento exclusivo, etc. 
Eficiência: fazer certo as coisas. Utilizar os recursos da melhor maneirapossível, fazendo mais (produtos) com menos (insumos, mão de obra, recursos 
financeiros), sem desperdícios. É ser produtivo, ter bom desempenho. 
A eficiência ganhou status de princípio constitucional da Administração Pública, 
inserido pela Emenda Constitucional nº 19/1998 em meio a uma reforma 
gerencial no setor público brasileiro. 
Eficácia: fazer a coisa certa. É fazer o que é certo para se alcançar um 
objetivo. É o alcance dos objetivos. 
Efetividade: fazer o que tem que ser feito. É causar o melhor impacto possível 
com as ações, é alcançar resultados. Além de atingir o resultado, é preciso 
gerar benefícios à sociedade. 
 
 
 
1) (FCC MPE-AP 2012) Ao relacionar os modelos de análise histórica da 
gestão pública ao longo do tempo, é correto afirmar que: 
a) A etapa patrimonialista da gestão pública perdurou por cerca de 
cinco décadas, circunscrevendo-se ao final do período monárquico e 
início do republicano. 
Sou eficiente se produzo um carro, utilizando 5 pessoas, sendo que antes 
eu utilizava 10. Sou eficaz se produzo o carro planejado. Sou efetivo se o 
carro produzido gera impactos na sociedade, como a satisfação dos 
clientes ou a diminuição da emissão de poluentes. 
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b) O modelo burocrático é circunscrito ao início do século XX até os 
anos 60, dado o necessário controle da coisa pública e o baixo uso de 
tecnologias de informação. 
c) O modelo patrimonial tem sido imprescindível no início deste século, 
para a efetividade da administração pública frente às crises econômicas 
planetárias. 
d) O modelo gerencial foi uma etapa importante do desenvolvimento da 
administração pública brasileira, surgida no Estado Novo de Getúlio 
Vargas. 
e) O modelo gerencial é o modelo contemporâneo, que enfoca 
resultados e uma gestão pública pautada em competências, além do 
foco no cliente. 
Vejamos as opções: 
a) mesmo com o início da república (1889), essa etapa perdura até a década de 
30 do século passado. Além disso, não é só final da monarquia que ocorre o 
patrimonialismo. Por toda o período monárquico está presente a administração 
patrimonial. 
b) o modelo burocrático não está circunscrito até os anos 60. Podemos dizer 
que está circunscrito até os anos 90. 
c) o modelo patrimonial está ultrapassado há quase um século. Item errado. 
d) acho essa alternativa mal redigida. O que foi surgida no Estado Novo? A 
administração pública brasileira ou a etapa importante do desenvolvimento, que 
seria o modelo gerencial? 
Bom, se a conclusão da alternativa é a etapa importante, ela está errada 
porque é a burocracia que surge no Estado Novo (década de 30) com Vargas. 
Se a conclusão é a administração pública, há controvérsias. A administração 
pública formalizada surgiu nessa época, mas a administração pública brasileira 
é anterior a isso, com o patrimonialismo. De qualquer forma, marcamos essa 
assertiva como errada. 
e) essa é a nossa resposta. O modelo gerencial busca a excelência e a gestão 
pautada em competências é uma de suas ferramentas. 
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Gabarito: E 
 
As Bases do Gerencialismo 
Dentro de um contexto de governos neoliberais da década de 80 do século 
passado, com Ronald Regan, nos Estados Unidos, e sua amiga Margaret 
Thatcher, na Inglaterra, começa a ser implantado os ideários do gerencialismo. 
Embora o contexto inicial fosse neoliberal, logo se percebeu que o Estado 
Mínimo era inviável para o gerencialismo. A razão disso são as demandas cada 
vez maiores dos cidadãos por melhores e mais diversificados serviços, ou seja, 
as pessoas não querem um Estado que apenas cuida da educação e da saúde. 
Ao invés de um Estado Mínimo, a ideia passa a ser de um Estado Menor, que ao 
menos regule determinadas atividades. Nesse formato, grande parte dos 
investimentos em infraestrutura e das prestações de serviços é realizada por 
parte da iniciativa privada. Ao Estado, cabe regular as atividades para garantir o 
bom funcionamento. Daí, surgem as agências reguladoras. 
As agências reguladoras são autarquias instituídas sob regime especial (apenas 
autarquias, se falarmos na esfera federal), criadas para regular o serviço 
público, fruto da privatização de alguns serviços. Com essas privatizações, 
criou-se a necessidade de regular o mercado, para não deixar simplesmente 
nas mãos da iniciativa privada. Daí, surgiram a ANATEL, ANAC, ANTAQ, ANA, 
ANTT, etc. 
Diferente das agências reguladoras são as agências executivas: autarquias (ou 
fundações públicas de direito público ou privado) que recebem essa qualificação 
(de agência executiva). Para alcançarem esse status, as autarquias celebram 
um contrato de gestão com o ministério supervisor. Nesse contrato, são 
estabelecidos direitos e obrigações. 
As agências executivas ganham essa qualificação com o foco no alcance de 
resultados, é a chamada contratualização de resultados. Com a qualificação, 
essas agências passam a gozar de mais ampla autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira. 
É uma via de mão dupla. Se, por um lado, há maior autonomia, por outro, 
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14 
existe a obrigação de atingir metas. 
Os motivos que fazem com que o poder público recorra à iniciativa privada 
resumem-se em fatores econômicos e culturais. De um lado, as despesas 
públicas aumentaram demasiadamente, passando a ser contestadas pelos 
contribuintes (taxpayers); a baixa produtividade do setor público em meio a 
uma interferência de objetivos sociais com os objetivos econômicos; as 
empresas passam a exercer pressão sobre os mercados públicos devido às suas 
estratégias de crescimento. 
Na outra ponta (cultural), temos as inovações tecnológicas (transporte e 
telecomunicação), que favorecem uma cultura de autonomia. Além desses 
problemas, existe a própria necessidade do sistema social de se renovar. 
Nesse contexto, a gestão pública passa a ser dominada pela incorporação de 
princípios de mercado, pelas teorias administrativas, por programas de 
qualidade que procuram elevar os níveis de produtividade das organizações 
públicas. 
 
Gerencialismo Puro 
Em um primeiro momento, o gerencialismo focou na eficiência, considerando o 
cidadão como um contribuinte (taxpayers), ou seja, é aquele que financia o 
sistema. No Brasil, tão importante foi a eficiência que essa passagem da 
burocracia para o gerencialismo é marcada pela Emenda Constitucional nº 
19/98. Essa emenda introduziu nos princípios da Administração Pública 
(legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade) a eficiência. Esses cinco 
princípios formam agora o LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência). 
 
A reforma gerencial no Brasil é marcada por um documento chamado PDRAE: 
Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Esse documento data de 1995 
e foi elaborado sob a batuta do então Ministro Bresser Pereira, no Governo FHC 
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(95-2002). 
O gerencialismo se aproveitou da ineficiência da burocracia, que criou um 
Estado auto-referenciado,com o controle nos gastos como marca. Devemos nos 
lembrar também das disfunções da burocracia: excesso de formalismo, apego 
aos regulamentos, resistência a mudanças, processo decisório lento, etc. 
O grande foco dessa fase era sanar os problemas que advieram da burocracia, 
por meio da redução de gastos públicos e do aumento da produtividade do 
setor público, ou seja, buscava-se a eficiência governamental. 
Como instrumento para implantação desses objetivos que buscam a economia, 
o Estado passou a efetuar práticas de privatização, desregulamentação (deixar 
para o mercado a organização de determinado setor), devolução de atividades 
governamentais à iniciativa privada. 
As pessoas eram vistas como meros contribuintes (taxpayers), ou seja, aqueles 
que estão preocupados com a aplicação eficiente do recurso arrecadado, sem 
que isso gere desperdícios. No gerencialismo puro, funciona a lógica fiscal. 
O foco eram os taxpayers justamente pela crise que ocorrera no Estado do 
Bem-Estar, que se viu incapaz de atender às demandas da sociedade. Isso 
gerou revoltado dos contribuintes, que não viam seus recursos serem 
devidamente aplicados. 
Outras características do gerencialismo puro: aplicação de 
conhecimentos/teorias oriundas da iniciativa privada; foco na administração 
voltada para a mudança de cultura no setor público. Sabemos que essa 
mudança ainda não obteve êxito no Brasil, pois a fama do serviço público 
brasileiro remonta a época burocrática daspeana (do DASP). 
Com relação à eficiência, fundamental passou a ser o corte de custos: redução 
salarial, demissões, racionalização de processos, etc. 
Vejamos os problemas/críticas da primeira fase do gerencialismo. 
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Consumerism 
Uma vez que o gerencialismo puro não melhorou a prestação dos serviços, 
surgem novas tendências que visam à efetividade, à qualidade no setor público. 
 
Nesse segundo momento, chamado de consumerism, a preocupação estende-se 
para a qualidade (efetividade). O usuário do serviço público agora é visto como 
um cliente/consumidor, em alusão aos termos utilizados nas empresas. A 
satisfação do cliente vira o foco e a qualidade do serviço a ferramenta principal. 
No consumerism, funciona a lógica gerencial. 
A ideia era fazer com que o setor público ficasse mais ágil e competitivo, 
descentralizando serviços, implantando inovações para o atendimento ao 
público, incentivando a competição entre os órgãos públicos. 
Essa descentralização é fundamental. É a partir dela que surge a Administração 
Indireta e suas entidades. Fazendo a distinção: administração direta são os 
Ministérios e seus órgãos, ou as secretarias, no caso dos Estados e Municípios. 
A administração indireta são as autarquias (IBAMA), fundações (IBGE), 
empresas públicas (CAIXA ECONÔMICA) e sociedades de economia mista 
(PETROBRÁS). As associações públicas oriundas de consórcios são 
caracterizadas como autarquias, também fazendo parte da administração 
indireta. 
A utilização da administração indireta é uma forma de descentralização, 
Ausência de mensuração da efetividade (impacto) dos serviços prestados 
Preocupação excessiva com a relação custo e produção, na questão 
financeira 
O cidadão é visto como um mero contribuinte 
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17 
conceito do gerencialismo. Descentralizar é dar autonomia para essas empresas 
e autarquias criadas. Autonomia de decisão, o que acelera a execução, 
melhorando o serviço público. Já imaginaram se tudo tivesse que passar pelos 
Ministros? Iria demorar um pouco, não é? 
É no consumerism que surge o paradigma do cliente na gestão pública. Assim, 
a partir da implantação da qualidade e da flexibilidade visando ao melhor 
atendimento possível, o conceito de cliente até então utilizado somente nas 
empresas é transportado para o setor público. 
Além da descentralização, que busca a proximidade entre o usuário dos serviços 
e a administração pública, são criados mecanismos para tentar evitar problemas 
com a execução dos serviços. 
Até então, não existia no setor público o conceito de competição. Uma vez 
sendo os serviços todos exclusivos, todos representando um monopólio, os 
consumidores não possuem alternativas para escolher. 
A ideia então é copiar as bases do funcionamento do mercado. O estímulo à 
concorrência subsidia a qualidade dos serviços, já que aquele que estiver 
prestando um serviço de maneira insatisfatória perde espaço para serviços de 
qualidade. 
Vejamos os problemas/críticas do consumerism. 
 
 
 
 
Public Service Oriented - PSO 
Diante desses princípios da iniciativa privada, surge uma problemática: como 
Ausência da separação de conceitos entre o consumidor do mercado e do 
do serviço público 
Nem sempre é possível implantar a competição de serviços públicos 
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18 
garantir a equidade em um contexto de privatização. 
É fato que o setor privado visa ao lucro, não possuindo preocupação com 
igualdades entre as pessoas. Aquele que paga mais, tem o melhor serviço 
prestado: é a valorização do “bom” cliente. 
Entretanto, não é assim que a “banda deve tocar” no setor público. Como já 
falamos, é preciso tratar todos de forma igual (não esquecendo a desigualdade 
dos desiguais). Vejamos o exemplo da Grã-Bretanha. 
Até os anos 80, os serviços públicos eram produzidos e gerenciados pelo 
Estado, no modelo de monopólios naturais, para que se garantisse a 
generalização dos serviços e condições para o desenvolvimento industrial. 
Margaret Thatcher modifica radicalmente esse panorama: os serviços de água, 
gás, energia e telecomunicações passam por um processo de privatização que 
faz com que esses setores se tornem rentáveis, gerando mais interesse do setor 
privado. Essa rentabilidade e o lastro na capacidade de pagamento dos usuários 
criam dois fenômenos: cherry picking (cereja do bolo) e o social dumping (dano 
social). 
 
Cherry picking: processo de luta das empresas para a dominação das zonas 
mais rentáveis ou em acelerado crescimento. 
Social dumping: desprezo pelas classes mais pobres. 
A consequência desses fenômenos é a criação de guetos com pouco acesso aos 
serviços públicos. O direcionamento dos auxílios aos mais necessitados não é 
mais tratado no âmbito da gestão dos serviços, mas no contexto das políticas 
sociais do Estado. 
Nesse último momento, o public service oriented, a evolução parte para a 
equidade/justiça, relacionada com a responsabilização. O usuário é visto como 
um cidadão. Essa mudança de cliente para cidadão é fundamental. O 
tratamento de um cliente é proporcional ao que ele gasta. Com o cidadão, isso 
não acontece. 
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19 
Agora, o cidadão tem, além de direitos, obrigações perante a sociedade, como a 
fiscalização da “coisa pública”, devendo cobrar os maus gestores. 
A descentralização promovida pela PSO não visa somente à eficiência do serviço 
ou a qualidade do atendimento. Na public service oriented, a descentralização é 
uma forma de promover a participação política doscidadãos. 
É importante mencionar que cidadão diferencia-se de cliente devido à sua 
conotação coletiva. 
 
Atuação da Administração Pública no contexto do Gerencialismo 
Em meio ao gerencialismo, o setor público vem tentando alternativas para gerar 
os benefícios que a sociedade espera. Modelos tradicionais de execução das 
políticas públicas vêm dando espaço institutos mais modernos. 
As Parcerias Público-Privadas são formas de contratualização de resultados. 
A regulamentação das PPPs é feita pela Lei nº 11.079/2004, em que constam 
as seguintes definições: 
PPP: contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou 
administrativa. 
Concessão Patrocinada: concessão de serviços públicos ou de obras públicas de 
que trata a Lei no 8.987/95 (Lei das Concessões e Permissões), quando 
envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação 
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
Concessão Administrativa: contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva 
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
Vejamos algumas vedações legais: 
 valor do contrato inferior a R$ 20.000.000,00; 
 período de prestação do serviço inferior a 5 anos; 
 tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento 
e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
Vejam que, pela magnitude temporal e financeira, as PPPs envolvem projetos 
de grande vulto. 
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20 
Antes da celebração do contrato, é necessário que seja constituída uma 
sociedade de propósito específico, que irá implantar e gerir o objeto da 
parceria. Vejamos algumas características desse tipo de sociedade: 
 Pode assumir a forma de companhia aberta 
 Deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar 
contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas 
 A Administração Pública não pode ser titular da maioria do capital votante 
– senão, não seria público-privada. 
As OS e as OSCIP também se encaixam nessa tentativa de prestar melhores 
serviços à população. São dois os instrumentos celebrados com essas 
organizações: contratos de gestão e termos de parceria, sempre imbuídos de 
alcance de resultados. Ih professor! Contrato de gestão? O mesmo nome 
daqueles celebrados com as agências executivas? É, infelizmente tem o mesmo 
nome, mas a história aqui é um pouco diferente. Vejamos. 
Os termos de parceria são celebrados com as Organizações da Sociedade Civil 
de Interesse Público – OSCIP, que devem ter como finalidades uma das 
seguintes (rol exemplificativo – pode haver outras atividades), conforme a Lei 
nº 9.790/99: 
 Assistência social; 
 Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
 Educação; 
 Saúde; 
 Segurança alimentar e nutricional; 
 Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; 
 Voluntariado; 
 Desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; 
 Experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e 
de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; 
 Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e 
assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; 
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21 
 Ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de 
outros valores universais; 
 Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, 
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos que digam respeito às atividades citadas acima. 
Com relação ao contrato de gestão, esse outro tipo é celebrado com 
Organizações Sociais – OS, que são pessoas jurídicas de direito privado sem 
fins lucrativos cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, 
ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à 
cultura e à saúde, conforme a Lei nº 9.637/98. Esse rol de atividades é 
taxativo, ou seja, não podem existir outras atividades. 
Enquanto nas OSs o poder público tem a faculdade de celebrar o contrato de 
gestão, nas OSCIPs, o poder público é obrigado a celebrar o termo de parceria. 
Outra diferença entre elas é que uma OS é oriunda da extinção de um órgão. A 
OSCIP não tem essa origem, ela é uma qualificação recebida pelo Ministério da 
Justiça. 
Os Consórcios Públicos (associações públicas) são outro exemplo nessa 
modernização da administração pública. 
A própria Constituição dispôs sobre o tema. Vejamos: 
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por 
meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes 
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a 
transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à 
continuidade dos serviços transferidos. 
Vejam então que o consórcio é uma gestão associada de serviços públicos. 
Apesar do disposto na CF (cada ente tem competência para disciplinar os 
consórcios), em 2005, veio uma lei editada pela União que trata de normas 
gerais acerca dos consórcios. 
Na verdade, a base para essa Lei não veio do art. 241, e sim do seguinte 
artigo: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para 
as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, 
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Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as 
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, 
III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
Nos termos da Lei de normas gerais de consórcios (Lei 11.107/2005), o 
“consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito 
privado.” 
Esse consórcio pode ser feito entre entes federados da mesma espécie 
(município com município) ou de diferente espécie (Estado com município). No 
entanto, há exceções quando se trata de espécie distinta: 
Não se celebra consórcio exclusivamente entre a União e municípios. Assim, é 
necessária a participação dos estados onde se encontram esses municípios. 
Não se celebra consórcio entre um Estado e um município pertencente a outro 
Estado. 
Vale ressaltar que é possível a celebração de consórcio entre o Distrito Federal e 
municípios. 
Antes da celebração de um contrato, que é o instrumento que constitui um 
consórcio, é necessário que seja subscrito um protocolo de intenções. O 
contrato é uma ratificação desse protocolo. Caso o ente disciplinar por lei a 
participação antes de subscrever o protocolo. 
No consórcio, a entrega de recursos dos entes ao consórcio é feita por meio de 
contrato de rateio. 
Outro aspecto trazido pela Lei é a possibilidade de realizar atividades de 
arrecadação. Veja: 
Art. 2º 
 § 2o Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer 
atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de 
serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados 
ou, mediante autorização específica, peloente da Federação consorciado. 
Essa Lei foi regulamentada pelo Decreto 6.107/2007, que bem define consórcio. 
Vejamos: 
Art. 2º: 
I - consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da 
Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005, para estabelecer relações de 
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cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, 
constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público 
e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins 
econômicos. 
Esse Decreto traz outras importantes definições: 
IX - gestão associada de serviços públicos: exercício das atividades de 
planejamento, regulação ou fiscalização de serviços públicos por meio de 
consórcio público ou de convênio de cooperação entre entes federados, 
acompanhadas ou não da prestação de serviços públicos ou da transferência total 
ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos 
serviços transferidos. 
XVI - contrato de programa: instrumento pelo qual devem ser constituídas e 
reguladas as obrigações que um ente da Federação, inclusive sua administração 
indireta, tenha para com outro ente da Federação, ou para com consórcio público, 
no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa; 
XVII - termo de parceria: instrumento passível de ser firmado entre consórcio 
público e entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de 
Interesse Público, destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes 
para o fomento e a execução de atividades de interesse público previstas no art. 
3o da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; e 
XVIII - contrato de gestão: instrumento firmado entre a administração pública e 
autarquia ou fundação qualificada como Agência Executiva, na forma do art. 51 
da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998, por meio do qual se estabelecem 
objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem 
como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do 
seu cumprimento. 
A lei citada no inciso XVII é a Lei das OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil 
de Interesse Público). 
 
2) (FCC TRE-CE 2012) A administração pública gerencial constitui um 
avanço e afirma-se que deve ser permeável a maior participação dos 
agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil e deslocar a 
ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins), em que o 
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beneficiário seja o cidadão. Esse deslocamento de foco caracteriza o 
paradigma na gestão pública, conhecido como 
a) burocrático. 
b) do cliente. 
c) do acionista. 
d) do processo. 
e) estratégico. 
Esse é o paradigma do cliente, em que o foco passa a ser no cliente, passando 
depois a um entendimento do foco no cidadão em meio ao conceito da 
equidade. 
Gabarito: B 
 
Dimensões da Reforma na Administração Pública 
A reforma na Administração Pública pode ser vista sobre algumas dimensões. 
Vamos a elas: 
 Dimensão institucional-legal: formada pelas mudanças necessárias no 
campo normativo e legal da Administração; 
 Dimensão política: voltada para o contexto político, onde entra a 
dimensão institucional-legal também; 
 Dimensão cultural: baseia-se na mudança de valores burocráticos para 
gerenciais; 
 Dimensão-gestão: põe em prática as novas ideias gerenciais e oferece à 
sociedade um serviço público efetivamente mais barato, mais bem 
controlado e com a melhor qualidade; 
 Dimensão econômica: está voltada para o mercado. 
 
Diretrizes da Reforma Gerencial 
Podemos definir cinco diretrizes estabelecidas pela Reforma Gerencial, conforme 
destacado por Lustosa da Costa (2008): 
 Institucionalização: mudança de leis. 
 Racionalização: produzir mais com menos recursos. 
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25 
 Flexibilização da estrutura da administração pública. 
 Publicização: participação de organizações sociais. 
 Desestatização: terceirização, privatização e desregulamentação. 
 
PDRAE 
Vamos falar um pouco mais sobre o Plano. 
Elaborado pelo então Ministério da Administração Federal e da Reforma do 
Estado – MARE, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) 
representou a tentativa de implantação do gerencialismo no Brasil. De maneira 
mais concreta, o PDRAE introduziu dispositivos na Constituição Federal de 88 
com o intuito de colocar a Carta Magna em consonância com as pretensões de 
uma Administração Pública Gerencial. 
O principal dispositivo foi a introdução do princípio da eficiência para a 
Administração Pública. Juntamente com a eficiência, o Plano buscava flexibilizar 
a estabilidade do funcionalismo público, permitindo a existência de regimes 
jurídicos diferenciados. A ideia era conferir um caráter mais gerencial na 
atuação dos servidores. 
Essa questão do regime por vezes se alterou no Brasil e, hoje (desde 2007), 
prevalece a regra de apenas um regime (Regime Jurídico Único – RJU), que 
determina que os entes devem ter apenas um regime. No caso da União, esse 
regime é o estatutário (em contraposição ao regime celetista), nos termos da 
Lei 8.112/90. 
O Plano também entrou no campo das aposentadorias. A ideia era definir uma 
idade mais razoável para se aposentar, sendo essa aposentadoria proporcional 
ao tempo de contribuição do servidor. 
O PDRAE, ao fazer uma análise do contexto histórico, destaca três aspectos 
relacionados à crise do Estado: 
 Crise fiscal 
o Perda do crédito 
o Poupança pública negativa 
 Esgotamento da estratégia estatizante seja por meio do: 
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o Estado do bem-estar social – países desenvolvidos 
o Substituição de importações – terceiro mundo 
o Estatismo – países comunistas 
 Superação da maneira de se administrar  superação da administração 
pública burocrática. Sempre lembrando que o gerencialismo não 
abandona por completo seus preceitos. 
Falando um pouco mais sobre a crise fiscal, buscou-se naquela época soluções, 
tentando-se diminuir o tamanho do Estado. A ideia era torná-lo mais eficiente e 
focado apenas nas questões mais estratégicas. 
Nesse contexto de reforma fiscal, uma série de privatizações foi ocorrendo, 
inclusive no nível estadual, mormente o caso de bancos estaduais (BANESPA, 
BANESTADO, BEMGE, etc). A ideia era sanear e vender esses bancos, além de 
aprimorar mecanismos de controle de endividamento, o que culminou mais 
tarde na edição da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
O PDRAE destaca tentativas anteriores de reforma da administração pública 
burocrática, salientando que essas experiências foram marcadas ou pelo foco na 
extinção/criação de órgãos ou pela instituição de estruturas para funcionar de 
forma paralela à estrutura existente para flexibilizar a rigidez burocrática: 
 
 Governo JK (1956-1961). Foram criadas comissões especiais: 
o Comissão de Estudos e Projetos Administrativos: foco na 
simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais 
oComissão de Simplificação Burocrática: elaboração de projetos 
voltados para reformas globais; descentralização de serviços. 
 Reforma de 67 (Decreto Lei 200/67): um grande tentativa de superar 
a rigidez burocrática. É considerado o primeiro momento de 
administração gerencial no Brasil. Nesse Decreto, foram 
realizadas/buscadas: 
o Transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas 
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27 
públicas e sociedades de economia mista (descentralização 
funcional); 
o Instituição do planejamento e do orçamento como princípios de 
racionalidade administrativa. 
o Reunião da competência e da informação no processo decisório. 
A Reforma de 67 gerou uma dualidade de órgãos, criando núcleos de eficiência 
e competência na administração indireta oriunda da descentralização (ilhas de 
excelência) e mantendo estruturas arcaicas e ineficientes na administração 
direta. 
Voltando ao PDRAE, são destacados quatro setores no contexto do Aparelho do 
Estado, vejamos: 
 
Núcleo Estratégico 
•setor que define leis/políticas públicas 
•local de tomada de decisão em nível estratégico 
•corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e ao Presidente 
da República, Ministros e seus assessores diretos (âmbito do Poder Executivo) 
Atividades Exclusivas 
•serviços que só podem ser feitos pelo Estado 
•exercício do poder de regulamentar, fiscalizar e fomentar (poder extroverso) 
•exemplo: cobrança de impostos, polícia, serviço de trânsito 
Serviços Não Exclusivos 
•Estado e organizações públicas não-estatais atuam simultaneamente 
•O Estado está presente nesse setor dada a sua importância: educação e saúde 
Produção de Bens e Serviços para o Mercado 
•área de atuação das empresas 
•atividades que geram lucro mas que ainda estão no aparelho do Estado devido ao alto 
grau de investimento ou da característica de monopólio do setor 
•exemplo: infra-estrutura 
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28 
 
Para aqueles que queiram fazer uma leitura maior a respeito do PDRAE, segue o 
link onde está disponível o Plano: 
http://www.bresserpereira.org.br/Documents/MARE/PlanoDiretor/planodiretor.p
df 
 
Programa Nacional de Desestatização 
No contexto do gerencialismo, já no começo da década de 90 foi criado, por 
meio da Lei nº 8.031/90, o Programa Nacional de Desestatização - PND. 
Posteriormente, a Lei nº 9.491/97 revogou a primeira Lei, alterando alguns 
procedimentos. 
O PND trouxe os seguintes objetivos fundamentais: 
 reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo à 
iniciativa privada atividades indevidamente exploradas pelo setor público, 
diminuindo a atuação estatal na economia; 
 contribuir para a reestruturação econômica do setor público, 
especialmente através da melhoria do perfil e da redução da dívida 
pública líquida; 
 permitir a retomada de investimentos nas empresas e atividades que 
vierem a ser transferidas à iniciativa privada; 
 contribuir para a reestruturação econômica do setor privado, 
especialmente para a modernização da infraestrutura e do parque 
industrial do País, ampliando sua competitividade e reforçando a 
capacidade empresarial nos diversos setores da economia, inclusive 
através da concessão de crédito; 
 permitir que a Administração Pública concentre seus esforços nas 
atividades em que a presença do Estado seja fundamental para a 
consecução das prioridades nacionais, como segurança pública e relações 
exteriores; 
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29 
 contribuir para o fortalecimento do mercado de capitais, através do 
acréscimo da oferta de valores mobiliários e da democratização da 
propriedade do capital das empresas que integrarem o Programa. 
Outro ponto importante do PND foi a definição daquilo que poderia ser objeto 
de desestatização. Vejamos: 
 empresas, inclusive instituições financeiras, controladas direta ou 
indiretamente pela União, instituídas por lei ou ato do Poder Executivo; 
 empresas criadas pelo setor privado e que, por qualquer motivo, 
passaram ao controle direto ou indireto da União; 
 serviços públicos objeto de concessão, permissão ou autorização; 
 instituições financeiras públicas estaduais que tenham tido as ações de 
seu capital social desapropriadas; 
 bens móveis e imóveis da União. 
A desestatização pode ser: 
a) a alienação, pela União, de direitos que lhe assegurem, diretamente ou 
através de outras controladas, preponderância nas deliberações sociais e o 
poder de eleger a maioria dos administradores da sociedade; 
b) a transferência, para a iniciativa privada, da execução de serviços públicos 
explorados pela União, diretamente ou através de entidades controladas, bem 
como daqueles de sua responsabilidade. Reparem que não ocorre a 
transferência da titularidade, apenas da execução. 
c) a transferência ou outorga de direitos sobre bens móveis e imóveis da União, 
nos termos desta Lei. 
 
 
Questões 
3) (FCC TRT 18ª 2013) A Administração pública tem como finalidade 
a) a prestação de serviços aos cidadãos. 
b) a conservação e aprimoramento de bens públicos. 
c) a limitação dos princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes 
e as atividades públicas. 
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30 
d) a ampliação da estrutura constitucional do Estado. 
e) o estabelecimento de alicerces da formalidade e da materialidade. 
Melhor evidenciado após a administração gerencial, a finalidade da 
Administração pública relaciona-se com a satisfação dos cidadãos, ou seja, com 
a prestação de serviços que atendam às suas necessidades. 
Gabarito: A 
4) (FCC PREF. MUN DE SÃO PAULO 2012) Com relação à introdução do 
paradigma pós-burocrático na administração pública brasileira, 
considere: 
I. A partir de meados dos anos 1990 houve flexibilização e, 
posteriormente, ruptura do modelo burocrático, tendo em vista que as 
organizações públicas abandonaram a racionalidade formal como 
paradigma de ação. 
II. Apesar de todas as mudanças recentes, as organizações ditas pós-
burocráticas ainda estão vinculadas à lógica racional-legal, base do 
modelo criado por Max Weber. 
III. A organização pós-burocrática teria como principais características 
a centralização e a estruturação em redes hierarquizadas articuladas 
por fluxos verticais de informação. 
IV. As organizações pós-burocráticas podem ser caracterizadas como 
orientadas para a solução de conflitos e problemas, e estão baseadas 
na participação, confiança e compromisso de todos em torno de 
resultados. 
V. O tipo organizacional pós-burocrático é construído em torno de 
processos tecnologicamente intensivos, fortemente preocupados pela 
formação de consensos baseados no personalismo. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e IV. 
b) III e V. 
c) I, II e III. 
d) III, IV e V. 
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31 
e) I, II, III e IV.Analisemos os itens. 
I) Item errado. Não houve ruptura. O gerencialismo aproveita características 
da burocracia. 
II) Item certo. Não ruptura com a burocracia. Várias características foram 
levadas a diante. 
III) Item errado. É a burocracia que é marcada pela centralização e pela 
hierarquia com fluxos verticais, ou seja, passando por vários chefes. No 
gerencialismo, temos a descentralização para a tomada de decisão, a 
estruturação em redes horizontais (com poucos chefes e com equipes 
autônomos). 
IV) Item certo. O gerencialismo é marcado pela busca de resultados, sempre 
contando com a participação e a confiança de todos os envolvidos. Essas 
organizações contemporâneas entendem a importância dos conflitos, buscando 
sempre uma solução para eles. 
V) Item errado. O foco está na busca de resultados e no foco no cidadão. Até 
podemos falar em processos tecnologicamente intensivos pela época em que 
vivemos, mas não podemos afirmar o mesmo sobre o personalismo ou 
subjetividade. 
Gabarito: A 
5) (FCC TRE-SP 2012) A administração pública pós-burocrática está 
apoiada, em parte, na administração pública burocrática, da qual 
conserva, embora flexibilizado, o princípio fundamental 
a) da admissão segundo critérios de mérito. 
b) da descentralização dos processos de decisão. 
c) do estímulo financeiro ao exercício da criatividade 
d) da redução das estruturas hierárquicas. 
e) da delegação de autonomia aos servidores. 
De fato, a administração gerencial não rompeu totalmente com a burocracia. 
Ela aproveita algumas características (com flexibilizações, com menos rigidez), 
como a admissão segundo critérios de mérito. 
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32 
A administração pública gerencial é marcada por uma gestão mais flexível, sem 
rigidez, deixando de ser voltada para processos e seus controles, sendo voltada 
para o resultado. 
A descentralização de processos, a criatividade, a redução da hierarquia e a 
delegação de autonomia não são características da burocracia. 
Gabarito: A 
6) (FCC TRE-CE 2012) A criação do DASP em 1938, com a definição da 
política de recursos humanos, de compra de materiais e finanças e a 
centralização e reorganização da administração pública federal, marca 
de forma inequívoca a passagem da forma de administração pública 
patrimonialista para a estruturação da máquina administrativa do 
Brasil na forma 
a) burocrática. 
b) gerencial. 
c) estratégica. 
d) da nova gestão pública. 
e) funcional. 
O DASP é o grande marco da burocracia brasileira com Getúlio Vargas. 
Gabarito: A 
7) (FCC AL-SP 2010) Com relação à administração pública burocrática 
considere. 
I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, 
com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. 
II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a 
profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia funcional, a 
impessoalidade e o formalismo. 
III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança 
prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, 
administradores públicos, dirigem demandas. 
IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do 
funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de sua 
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missão básica, que é servir à sociedade. 
V. A administração burocrática tem como principal qualidade a 
efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do 
Estado. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I, II, III e V. 
c) II, III e IV. 
d) II e V. 
e) III, IV e V. 
Vejamos item por item. 
I) O grande objetivo da burocracia era, de fato, combater a corrupção e 
nepotismo patrimonialistas. Sabemos que o modelo não teve êxito em seu 
objetivo. Item Certo. 
II) Essas são características corretas da burocracia. Item Certo. 
III) Se tudo é formalizado, não podemos falar na existência de confiança na 
burocracia. Controla-se pois há desconfiança. Item Errado. 
IV) Esse item está errado, pois trocou a palavra Estado por funcionário. Item 
Errado. 
v) Essas são características do gerencialismo. Item Errado. 
Gabarito: A 
8) (FCC TCE-RO 2010) Na gestão do setor público, a incorporação do 
paradigma do cidadão como cliente 
a) foi rejeitada, pois as burocracias públicas não têm como missão 
atender clientelas, mas alcançar resultados orientados pelo princípio da 
razão de Estado. 
b) deve ser compatibilizada com o dever de atender a todos os 
cidadãos, independentemente de sua condição financeira, e com as 
limitações de recursos orçamentários públicos. 
c) é incompatível com o princípio da universalização dos serviços 
públicos, que impõe o atendimento prioritário a todos, 
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independentemente da sua qualidade. 
d) será alcançada à medida que avançar o processo de privatização do 
setor público, pois seu sucesso depende da eliminação do modelo 
burocrático de gestão. 
e) é de difícil implementação, pois depende da retirada de princípios 
constitucionais da administração pública, como a impessoalidade, a 
equidade e a universalidade. 
A letra b deve ser marcada. Aí reside a problemática do cliente na gestão 
pública. Satisfazer os clientes à medida que eles contribuem cada vez mais não 
pode ser praticado pela administração pública. 
A gestão pública deve ir além disso, enxergando os usuários como cidadãos. 
Ademais, é preciso reconhecer as disparidades econômicas internas, ou seja, há 
cidadãos com boas condições e cidadãos que vivem em situações precárias. 
Gabarito: B 
9) (FCC BAHIAGÁS 2010) Na administração do Estado moderno, 
reforma administrativa burocrática trata-se 
a) da orientação da transição do Estado burocrático para o Estado 
gerencial. 
b) do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado 
burocrático weberiano. 
c) da gestão do processo de transição da Administração Pública 
tradicionalista para o Estado gerencial patrimonial. 
d) do processo de transição do Estado burocrático weberiano para o 
Estado patrimonial. 
e) da reforma da gestão pública orientando o conjunto de atividades 
destinadas à execução de obras e serviços, comissionados ao governo 
para o interesse da sociedade. 
Vejamos por item. 
a) se a reforma pedida no enunciado fosse gerencial, essa seria a resposta. 
b) essa é a resposta. 
c) administração tradicional e administração patrimonial têm o mesmo 
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significado. 
d) na verdade, a transição ocorreu do patrimonial para o burocrático. 
e) a burocracia orienta-se para os processos, para os gastos. 
Gabarito: B 
10) (FCC BAHIAGÁS 2010) Tratando-se de eficiência, eficácia e 
efetividade, analise: 
I. Eficácia é fazer as atividades ou desenvolver ações de forma correta 
para atingir os meios. Tem vínculo estreito com o planejamento 
estratégico da organização. 
II. Eficiência é fazer as atividades ou desenvolver ações da maneira 
correta. Está relacionada com o método de execução.III. Efetividade é satisfazer as necessidades dos clientes com os 
produtos e serviços da organização. 
IV. Efetividade é o valor social ou medida de utilidade, que deve ser 
atribuído ao produto ou serviço considerando-se a sociedade como um 
todo. 
V. Eficácia é a relação entre os produtos obtidos e os fatores de 
produção empregados na sua obtenção. 
É correto o que consta APENAS em 
a) I e II. 
b) III e V. 
c) IV e V. 
d) I, II e III. 
e) II, III e IV. 
Vejamos por item. 
I) meios relacionam-se com eficiência. O correto seria alcançar os fins, os 
objetivos. Item errado. 
II) Item certo. Aprimoramento de método melhora a produtividade. 
III) Item certo. Efetividade lida com resultados. 
IV) Item certo. Efetividade lida com impactos. 
V) Definição de eficiência. Item errado. 
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Gabarito: E 
11) (CESPE ANATEL 2012) Julgue o item seguinte, a respeito da 
administração pública. 
A implantação do Departamento Administrativo de Serviço Público 
(DASP) foi uma ação típica da administração pública voltada para o 
paradigma pós-burocrático. 
O DASP é o grande marco da burocracia brasileira, ou seja, não foi uma ação 
voltada para o paradigma pós-burocrático. 
Influenciado pelos ideais de Max Weber, Getúlio Vargas opta pelo modelo 
burocrático, a partir de 1930. É possível dizer que a estrutura da Administração 
Pública brasileira começa nesse período, quando o Governo cria o DASP 
(Departamento Administrativo do Serviço Público). Antes, não há uma 
estrutura, até pela mistura que se fazia entre o público e o privado no 
patrimonialismo. 
Gabarito: E 
12) (CESPE MPE-PI 2012) Com relação às abordagens clássica, 
burocrática e sistêmica da administração pública, tendo por base as 
reformas administrativas no Brasil após 1930, julgue o item a seguir. 
O modelo atual que caracteriza a gestão pública no Brasil é 
patrimonialista, pois o Estado possui direitos de propriedade sobre os 
bens que administra. 
Como falamos, vivemos hoje o gerencialismo. O patrimonialismo era 
predominante até os anos 30 no país. 
Podemos dizer que a propriedade dos bens administrados pelo Estado é pública, 
ou seja, é de todos os cidadãos. 
Gabarito: E 
13) (CESPE MPE-PI 2012) O gerencialismo é um modelo de gestão 
pública que orienta o Estado para uma administração burocrática. 
Se você está acertando essa questão agora, imagina nas Olimpíadas, digo, na 
prova!! 
O gerencialismo é uma coisa e a burocracia é outra. 
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Gabarito: E 
14) (CESPE TJ-AL 2012) Considerando a evolução da administração 
pública no Brasil, as grandes reformas administrativas do Estado, 
ocorridas após o ano de 1930, foram denominadas 
a) liberal e neoliberal. 
b) monárquica, republicana e democrática. 
c) patrimonialista, burocrática e gerencial. 
d) republicana, burocrática e democrática. 
e) burocrática e gerencial. 
Essas reformas surgem para mudar o status quo (a ordem vigente). A primeira 
vem para combater o patrimonialismo com a burocracia. A segunda surge para 
combater a burocracia com o gerencialismo. 
Gabarito: E 
15) (CESPE MPE-PI 2012) Em seu sentido original, burocracia 
representa um sistema de execução da administração pública 
caracterizada pelo excesso de papéis e de regulamentos e pela demora 
dos atendimentos. 
Essa é uma excelente questão que não vai te pegar na hora da prova. Vamos 
entender. 
O examinador foi bastante cuidadoso ao usar “sentido original”. 
A burocracia possui algumas disfunções (problemas que surgiram na 
implantação da burocracia), a saber: 
 Apego aos regulamentos; 
 Resistência a mudanças; 
 Processo decisório é lento, já que é centralizado; 
 Conformidade a rotinas; 
 Dificuldade e demora no atendimento a clientes. 
 Excesso de formalidades e de papéis 
Apesar dessas disfunções, devemos entender que, no sentido original, não era 
essa a intenção da burocracia. A intenção era combater os problemas do 
patrimonialismo. 
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Gabarito: E 
16) (CESPE PF 2012) Julgue os itens seguintes, referentes a 
administração e processo administrativo. 
Se adotar a abordagem burocrática, o gestor, com o objetivo de definir 
as futuras promoções na organização, avaliará seus subordinados 
considerando aspectos relacionados ao mérito. 
Isso mesmo. Não podemos associar a burocracia só a teorias ultrapassadas. De 
forma alguma!! Foi a burocracia que trouxe a ideia do mérito, da promoção por 
mérito, a chamada meritocracia. 
No mundo, a administração burocrática surge na segunda metade do século 
XIX, no auge do Estado Liberal. O objetivo era combater o nepotismo e a 
corrupção, entraves para o capitalismo, para o desenvolvimento dos mercados. 
Trata-se do modelo racional-legal. 
Considerando todo o problema advindo do patrimonialismo, Vargas institui uma 
administração com rígidos controles, com hierarquia no serviço público, 
formalismo, impessoalidade. Todas essas características visavam combater a 
corrupção, o nepotismo. 
Gabarito: C 
17) (CESPE PF 2012) A criação do Departamento Administrativo do 
Serviço Público (DASP), que propiciou a efetiva implantação do modelo 
denominado administração pública gerencial, ocorreu no governo do 
presidente Juscelino Kubitschek. 
“Como pode um peixe vivo. Viver fora da água fria...” Música que ficou marcada 
quando falamos em JK. 
Pessoal, não vamos fazer confusão histórica. Conhecimento de história, 
conhecimento geral é fundamental einh? 
O DASP é de meados da década de 30. Quem era o Presi da época? Vargas, que 
governou este país de 30 a 45 e de 51 a 54, até o seu suicídio, fazendo com 
que ele deixasse a vida para entrar na história. 
Daí veio um sujeito prometendo 50 anos em 5, um tal de Juscelino. Um que 
construiu uma tal de Brasília, de onde esse humilde professor escreve essa 
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aula. JK presidiu o país entre 56 a 61. 
Ou seja, DASP e JK são de épocas diferentes. Ah, importante mencionar que o 
DASP foi extinto na década de 80, ok? 
Outro erro crasso da questão: DASP implantou o gerencialismo. Tá louco, 
mano? O que implantou o gerencialismo de fato no Brasil foi o PDRAE, de 
Bresser Pereira, no Governo Fernando Henrique (1995-2002). 
O DASP foi responsável por realizar os principais concursos no país até meados 
da década de 80, quando foi extinto. 
Gabarito: E 
18) (CESPE CNJ 2013) Acerca de teorias e modelos da administração 
pública, cultura organizacional e tecnologias gerenciais, julgue os itens 
a seguir. 
A administração pública burocrática é orientada para a racionalidade 
absoluta e prevê o controle rígido dos processos e procedimentos como 
o meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção. 
Isso mesmo. Racionalismo é marca da burocracia. As pessoas não são vistas 
como pessoas, mas como ocupantes de cargos. Só há formalismo. Nepotismo é 
a contratação de parentes ou correlatos. 
Vejam que a burocracia não obteve êxito. Recentemente, o Estado brasileiro 
vem tentando combater essa prática.Há uma modalidade chamada nepotismo 
cruzado, que é o seguinte: 
 Eu sou ministro do planejamento e meu amigo é ministro da educação. 
Para disfarçar a contratação de familiares, eu contrato os parentes do 
meu amigo e o meu amigo contrata os meus parentes. Por isso o termo 
nepotismo cruzado, que vem sendo combatido pelo Judiciário. 
Gabarito: C 
19) (CESPE ANATEL 2012) Acerca da evolução da administração, das 
reformas administrativas do Estado brasileiro e da gestão pública, 
julgue o item a seguir. 
A sociedade civil exige do Estado brasileiro mais do que ele pode 
oferecer. A causa dessa lacuna não é somente fiscal ou política, mas, 
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também administrativa. 
Perfeito. O Estado brasileiro, assim como a maioria dos países, não consegue 
suprir as demandas da sociedade. Os problemas enfrentados são de ordem 
fiscal (arrecadação/tributação), política (relação entre poderes, representação, 
entes e partidos) e administrativa (eficiência na prestação dos serviços 
públicos). 
Vale lembrar que as demandas da sociedade não param de crescer e o Estado 
não consegue acompanhar esses acréscimos. 
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mundo e o Brasil passaram a 
“aumentar” o Estado, com o intuito de prover o cidadão de mais serviços, como 
saúde, educação, previdência social. Essa expansão do Estado gerou um 
“inchamento” da máquina pública. Chegou um momento em que os 
contribuintes (tax payers) percebem a quantidade de tributos pagos e a baixa 
qualidade do serviço público. Bem atual, não é? Bem semelhante ao “vem pra 
rua” de 2013. 
Gabarito: C 
20) (CESPE TRE-ES 2011) No que se refere aos fundamentos da 
administração pública no Brasil nos últimos 30 anos, julgue o seguinte 
item. 
Atualmente, o setor público enfrenta o desafio de transformar as 
estruturas burocratizadas e flexíveis da gestão pública em estruturas 
empreendedoras. 
Cuidado com a maldade do Cespe!!! Burocratizadas e flexíveis??? A flexibilidade 
é característica do gerencialismo. Burocracia é rígida. 
Sobre o empreendedorismo, isso realmente vem ocorrendo, ao menos na 
teoria. Segundo Ted Gaebler e David Osborne: “Naturalmente, o fato de que 
não se pode governar como quem dirige uma empresa não quer dizer que o 
governo não possa tornar-se mais empreendedor. Qualquer instituição, pública 
ou privada, pode ser empreendedora, assim como qualquer instituição, pública 
ou privada, pode ser burocrática.” 
É possível gerar competitividade, inclusive entre entidades públicas. Vejamos o 
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41 
que cita Gaebler: 
“O serviço postal americano lançou uma série de selos em homenagem a Elvis 
Presley, seguindo uma estratégia muito inteligente. Em primeiro lugar, foram 
lançados cinco selos com imagens de diferentes fases da carreira do cantor, 
submetidos ao público para que escolhesse os mais bonitos. Apenas dois foram 
escolhidos e os demais descartados. Em fevereiro deste ano, o correio faturou 
nada menos que 1,1 bilhão de dólares com esses selos. Uma receita obtida com 
um serviço que a empresa nem mesmo terá de realizar, uma vez que boa parte 
dos selos foi comprada por gente que quer guardá-los como lembrança.” 
Outro exemplo: 
“em vários Estados Americanos, uma certidão de nascimento custa apenas 9 
dólares. Se os pais quiserem uma certidão decorativa, feita em papel especial 
para colocar na parede, o mesmo serviço sai por 50 dólares. É simplesmente 
um recurso de marketing para adicionar valor à informação.” 
Percebam que as características do empreendedorismo podem sim serem 
aplicadas às entidades públicas. É preciso que haja envolvimento de todos e 
que o Governo seja flexível para se adaptar às mudanças do “mercado”. É o 
reinventar do governo. 
Gabarito: E 
21) (CESPE CAPES 2012) A estrutura administrativa implantada pelo 
governo de Getúlio Vargas previa uma administração desburocratizada. 
Muito pelo contrário. Estrutura burocrática é que advém do governo Vargas. 
Gabarito: E 
22) (CESPE CAPES 2012) O DASP, implantado em 1936 com o objetivo 
de suprir a administração patrimonialista até então existente, foi 
extinto no governo de Juscelino Kubitschek. 
De fato, o DASP foi implantado na década de 30. Entretanto, ele só foi extinto 
na década de 80. E você sabe que nessa época o JK já havia falecido, certo? O 
governo JK ocorreu entre 1956 e 1961. 
Gabarito: E 
23) (CESPE TJ-AC 2012) A administração pública gerencial é 
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autorreferente, assim como a administração pública burocrática, visto 
que ambas reafirmam o poder do Estado sobre o cidadão. 
Somente a administração burocrática é autorreferente. A burocracia, a partir do 
apego pelo controle, acabar por transformar esse meio em um feio. O controle 
passa a ser a finalidade da Administração, esquecendo-se do cidadão. Com isso, 
a burocracia passa a se preocupar com a própria burocracia, sendo 
autorreferente. 
Gabarito: E 
24) (CESPE TRT 10ª 2013) A moderna gestão pública trata 
essencialmente da eficiência e da eficácia do sistema de administração 
governamental 
A moderna gestão pública trata da equidade. 
Gabarito: E 
25) (CESPE TRT 10ª 2013) O modelo de administração burocrática 
adotado no Brasil separou serviços de controle e passou a definir, 
medir e analisar resultados. 
Resultados foram analisados e medidos a partir do gerencialismo. A burocracia 
brasileira focou no controle de processos. 
Gabarito: E 
26) (CESPE MPE-PI 2012) Com relação às abordagens clássica, 
burocrática e sistêmica da administração pública, tendo por base as 
reformas administrativas no Brasil após 1930, julgue o item a seguir. 
A reforma burocrática mais recente da administração pública seguiu um 
modelo cujos pilares envolvem conceitos de impessoalidade, 
profissionalismo e formalidade. 
Isso mesmo. A burocracia, ao combater o patrimonialismo, dá ênfase na 
impessoalidade, no profissionalismo, na formalidade, na preocupação com o 
controle. 
Gabarito: C 
27) (CESPE Banco da Amazônia 2012) Com referência à evolução, às 
principais abordagens e a aspectos diversos da administração no Brasil, 
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julgue o item a seguir. 
A criação do Departamento Administrativo do Setor Público teve a 
intenção de suprimir a administração patrimonialista que prevalecia no 
Brasil. 
Isso mesmo. O DASP surge no Governo Vargas trazendo preceitos burocráticos 
para combater o patrimonialismo vigente. 
Gabarito: C 
28) (CESPE TJ-CE 2014) Com relação aos modelos de gestão pública 
patrimonialista, burocrático e gerencial, assinale a opção correta. 
a) A organização dos sistemas para o gerenciamento da administração 
pública fundamenta-se na teoria desenvolvida por Max Weber, 
excluindo-se, ainda conforme a teoria de Weber, a legitimidade para a 
prática dos atos de gestão com base na lei. 
b) O modelo de administração burocrático é considerado o primeiro 
modelo organizado de administração do Estado. 
c) A ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o 
formalismo

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