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Introdução ao Direito Ambiental e Princípios

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ROTEIRO DE AULA
INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL 
PRINCÍPIOS AMBIENTAIS
2014
Profª Erika Bechara
1. Direito ambiental
- ramo do direito autônomo (mas não independente)
- multidisciplinariedade
Legislação ambiental
- Legislação difusa – leis esparsas 
Diplomas principais: Constituição Federal (art. 225), Constituições Estaduais, Lei 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente), Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), Declarações Internacionais de Estocolomo/72; Rio/92 e Rio + 20
Legislação setorizada: Lei 12.651/2012 (Código Florestal); Lei 5.197/1967 (Lei de Proteção à Fauna); Lei 12.305/2009 (Resíduos Sólidos) Resoluções CONAMA etc.
3. Direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado
- Art. 225 da CF: o meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida e, portanto, à dignidade humana (art. 1º, inc. III da CF)
- degradação ambiental e doenças
- finitude dos recursos
- uso dos recursos naturais além de sua capacidade de recomposição
3.1. Direitos humanos e meio ambiente
- direitos de 1ª geração (Revolução Francesa): vida, liberdade e igualdade (direitos do indivíduo frente o Estado/direitos civis e políticos)
- direitos de 2ª geração (Revolução Industrial): bem-estar social (direitos de obter prestações do Estado)
- direitos de 3ª geração (Segunda Guerra Mundial): fraternidade ou solidariedade (proteção dos grupos humanos)
3.2. Objeto do Direito Ambiental
- objeto mediato e imediato
4. Definição legal de meio ambiente
Art. 3º, inc. I da Lei 6938/81: "O conjunto de condições, leis, influências e interações da ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas" (art. 3º, inc. I)
4.1. Meio ambiente natural (art. 225 da CF)
Meio ambiente artificial (art. 182 e ss. Da CF)
4.3. Meio ambiente cultural (arts. 215 e 216 da CF)
4.4. Meio ambiente do trabalho (art. 200 da CF)
5. O meio ambiente dentro de uma visão antropocêntrica mitigada
Princípio 1 da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992): “Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza”
Em um ensaio sobre antropocentrismo, Antonio Herman Benjamin aponta um tripé axiológico composto por (i) antropocentrismo puro, (ii) antropocentrismo mitigado ou reformado e (iii) não-antropocentrismo ou biocentrismo. Grosso modo, o primeiro vê na natureza uma única razão de ser: servir aos seres humanos; o segundo consiste em um abrandamento do primeiro, revelando uma preocupação com as gerações futuras e uma ética da solidariedade, mas sem chegar a entender a natureza como sujeito de direito; o terceiro não enxerga qualquer linha rígida de separação entre o vivo e o inanimado, entre o humano e o não-humano (A Natureza no Direito Brasileiro: coisa, sujeito ou nada disso, p. 155 e ss.).
Educação ambiental como instrumento de defesa ambiental
Ensino: INFORMAR – dar informações a respeito de um assunto
Educação: FORMAR – orientar, conduzir e, se possível, transformar (Maria Garcia)
“A META DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL É DESENVOLVER UM CIDADÃO CONSCIENTE DO AMBIENTE TOTAL, PREOCUPADO COM OS PROBLEMAS ASSOCIADOS A ESSE AMBIENTE E QUE TENHA O CONHECIMENTO, AS ATITUDES, MOTIVAÇÃO, ENVOLVIMENTO E HABILIDADES PARA TRABALHAR INDIVIDUAL E COLETIVAMENTE E BUSCA DE SOLUÇÕES PARA RESOLVER OS PROBLEMAS ATUAIS E PREVENIR OS FUTUROS” (Carta de Belgrado, escrita em 1975 por 20 especialistas em educação ambiental de vários países)
 
Art. 2º, inc. X da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81): "A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, (...) atendidos os seguintes princípios: educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente"
Art. 225, §1º, inv. VI da CF/88: “...incumbe ao Poder Público: promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” 
Lei 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto 4.281/02: Política Nacional da Educação Ambiental
Lei estadual/SP nº 12.780/07: Política Estadual de Educação Ambiental
Resolução CONAMA 422/10: Estabelece diretrizes para conteúdos e procedimentos em ações, projetos, campanhas e programas de informação, comunicação e educação ambiental no âmbito da educação formal e nãoformal, realizadas por instituições públicas, privadas e da sociedade civil:
Princípios ambientais
 
Princípio do desenvolvimento sustentável
Art. 1º da Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento – Resolução 41/128, ONU (1986): "1. O direito ao desenvolvimento é um inalienável direito humano, em virtude do qual toda pessoa humana e todos os povos têm reconhecido seu direito de participar do desenvolvimento econômico, social, cultural e político, a ele contribuir e dele desfrutar, e no qual todos os direitos humanos e liberdades fundamentais possam ser plenamente realizados"
Princípio 8 da Declaração de Estocolmo sobre Meio Ambiente: "O desenvolvimento econômico e social é indispensável para assegurar ao homem um ambiente de vida e trabalho favorável e criar, na Terra, as condições necessárias à melhoria da qualidade de vida".
Princípio 18 da Declaração de Estocolmo sobre Meio Ambiente: "como parte de sua contribuição ao desenvolvimento econômico e social, devem ser utilizadas a ciência e a tecnologia para descobrir, evitar e combater os riscos que ameaçam o meio ambiente, para solucionar os problemas ambientais e para o bem comum da humanidade"
Princípio 3 da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992): “O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas equitativamente as necessidades de gerações presentes e futuras”
Princípio da prevenção
7.3. Princípio da precaução
Princípio 15 da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992): “Para proteger o meio ambiente medidas de precaução devem ser largamente aplicadas pelos Estados segundo suas capacidades. Em caso de risco de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não deve servir de pretexto para procrastinar a adoção de medidas efetivas visando a prevenir a degradação do meio ambiente”
7.4. Princípio da Participação Popular
Artigo 8º da Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento – Resolução 41/128, ONU (1986): ”2. Os Estados deveriam encorajar a participação popular em todas as esferas como um fator importante no desenvolvimento e na plena realização de todos os direitos humanos”
Princípio 10 da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992): “A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo deve ter acesso adequado a informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, inclusive informações sobre materiais e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar em processos de tomadas de decisões. Os Estados devem facilitar e estimular a conscientização e a participação pública, colocando a informação à disposição de todos. Deve ser propiciado acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos, inclusive no que diz respeito à compensação e reparação de danos”
7.5. Princípio da informação ambiental
Na Lei 6.938/81 (de forma muito tímida):
Art. 6º, §3º. “Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente interessada.”
Na Lei 10.650/03:
Art. 2oOs órgãos e entidades da Administração Pública, direta, indireta e fundacional, integrantes do Sisnama, ficam obrigados a permitir o acesso público aos documentos, expedientes e processos administrativos que tratem de matéria ambiental e a fornecer todas as informações ambientais que estejam sob sua guarda, em meio escrito, visual, sonoro ou eletrônico, especialmente as relativas a:
I - qualidade do meio ambiente;
II - políticas, planos e programas potencialmente causadores de impacto ambiental;
III - resultados de monitoramento e auditoria nos sistemas de controle de poluição e de atividades potencialmente poluidoras, bem como de planos e ações de recuperação de áreas degradadas;
IV - acidentes, situações de risco ou de emergência ambientais;
V - emissões de efluentes líquidos e gasosos, e produção de resíduos sólidos;
VI - substâncias tóxicas e perigosas;
VII - diversidade biológica;
VIII - organismos geneticamente modificados.
§ 1o Qualquer indivíduo, independentemente da comprovação de interesse específico, terá acesso às informações de que trata esta Lei, mediante requerimento escrito, no qual assumirá a obrigação de não utilizar as informações colhidas para fins comerciais, sob as penas da lei civil, penal, de direito autoral e de propriedade industrial, assim como de citar as fontes, caso, por qualquer meio, venha a divulgar os aludidos dados.
§ 2o É assegurado o sigilo comercial, industrial, financeiro ou qualquer outro sigilo protegido por lei, bem como o relativo às comunicações internas dos órgãos e entidades governamentais.
§ 5o No prazo de trinta dias, contado da data do pedido, deverá ser prestada a informação ou facultada a consulta, nos termos deste artigo.
Art. 4o Deverão ser publicados em Diário Oficial e ficar disponíveis, no respectivo órgão, em local de fácil acesso ao público, listagens e relações contendo os dados referentes aos seguintes assuntos:
I - pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão;
II - pedidos e licenças para supressão de vegetação;
III - autos de infrações e respectivas penalidades impostas pelos órgãos ambientais;
IV - lavratura de termos de compromisso de ajustamento de conduta;
V - reincidências em infrações ambientais;
VI - recursos interpostos em processo administrativo ambiental e respectivas decisões;
VII - registro de apresentação de estudos de impacto ambiental e sua aprovação ou rejeição.
Art. 5o O indeferimento de pedido de informações ou consulta a processos administrativos deverá ser motivado, sujeitando-se a recurso hierárquico, no prazo de quinze dias, contado da ciência da decisão, dada diretamente nos autos ou por meio de carta com aviso de recebimento, ou em caso de devolução pelo Correio, por publicação em Diário Oficial.
Art. 9o As informações de que trata esta Lei serão prestadas mediante o recolhimento de valor correspondente ao ressarcimento dos recursos despendidos para o seu fornecimento, observadas as normas e tabelas específicas, fixadas pelo órgão competente em nível federal, estadual ou municipal.
7.6. Princípio da cooperação internacional
Princípio 2 da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992): “Os Estados, de conformidade com a Carta das Nações Unidas e com os princípios de Direito Internacional, têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos segundo suas próprias políticas de meio ambiente e desenvolvimento, e a responsabilidade de assegurar que atividades sob sua jurisdição ou controle não causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional”
7.7. Princípio do poluidor-pagador
- Definição dada pela Comunidade Econômica Européia: “as pessoas naturais ou jurídicas, sejam regidas pelo direito público ou privado, devem pagar os custos das medidas que sejam necessárias para eliminar a contaminação ou para reduzi-la ao limite fixado pelos padrões ou medidas equivalentes que assegurem a qualidade de vida, inclusive os fixados pelo Poder Público competente”
Princípio 16 da Declaração da Rio/92: “Tendo em vista que o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo decorrente da poluição, as autoridades nacionais devem esforçar-se para promover a internalização dos custos de proteção do meio ambiente e o uso dos instrumentos econômicos, levando-se em conta o conceito de que o poluidor deve, em princípio, assumir o custo da poluição, tendo em vista o interesse do público, sem desvirtuar o comércio e os investimentos internacionais”
Art. 170, inc. VI da CF: institui como princípio da ordem econômica a defesa do meio ambiente

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