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Poluição por Resíduos Sólidos: Legislação e Destinação Final

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PLANO DE AULA
Profª Erika Bechara
POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS
Legislação:
Lei 12.305/2010 – PNRS
Decreto 7.404/10 – regulamenta a PNRS
Lei estadual 12.300/06 – PERS
Conceito 
Lei 12.305/2010 (PNRS):
Art. 3º, XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada; 
Art. 3º, XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível; 
3. Agente poluidor e bem
O Município de São Paulo gera, em média, 18.000(dezoito mil) toneladas diárias de resíduos diversos: domiciliar, de saúde, de feiras, podas de árvores, entulho etc. Só de resíduos domiciliares, nos primeiros quatro meses de 2012, foram coletados cerca de 10.000(dez mil) toneladas por dia.
Art. 6o da Lei 12.305/10: São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: 
[...]
VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; 
Tipos de resíduos quanto à origem (art. 13 da Lei 12.305/10) e responsáveis por seu gerenciamento
4.1 quanto à origem: 
resíduos domiciliares
resíduos de limpeza urbana
resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”; 
resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços; 
resíduos dos serviços públicos de saneamento básico;
resíduos industriais;
resíduos de serviços de saúde;
resíduos da construção civil;
resíduos agrossilvopastoris;
resíduos de serviços de transportes; e
resíduos de mineração
4.2 Planos de gerenciamento de resíduos sólidos
Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos...(art. 3º, X da Lei 12.305)
São obrigados a elaborar planos de gerenciamento de resíduos sólidos diversas fontes geradoras, como construção civil, indústrias, saneamento, saúde, mineração, comerciais e prestadores que gerem resíduos perigosos etc.(art. 20 da Lei 12.305)
4.3 Responsabilidade de quem contrata prestador de serviços para coleta e disposição
Art. 27, § 1o  da Lei 12.305: A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos. (exceção apenas para resíduos domiciliares)
Destinação final do lixo
5.1 Depósito a céu aberto
- proliferação de parasitas (moscas, baratas, ratos - peste negra), odores incômodos, exposição à doenças e poluição do lençol freático e do solo pelo chorume 
- proibição
Art. 47 da Lei 12.305/2010: São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos: 
I - lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos; 
II - lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração; 
Art. 62 do Decreto 6.514/08: Incorre nas mesmas multas do art. 61 [Multa de R$ 5.000,00 a R$ 50.000.000,00] quem:
[...]
IX - lançar resíduos sólidos ou rejeitos em praias, no mar ou quaisquer recursos hídricos; (Incluído pelo Decreto nº 7.404, de 2010)
X - lançar resíduos sólidos ou rejeitos in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração; (Incluído pelo Decreto nº 7.404, de 2010)
- no Estado de São Paulo
Proibido desde 1976, pelo art. 52 do Decreto estadual (SP) 8.468/76
Artigo 14 da Lei estadual 12.300/06 (PERS): “São proibidas as seguintes formas de destinação e utilização de resíduos sólidos: 
I - lançamento "in natura" a céu aberto; 
II - deposição inadequada no solo
5.1.1 Prazo para adequação
Art. 54 da Lei 12.305.  A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, observado o disposto no § 1o do art. 9o, deverá ser implantada em até 4 (quatro) anos após a data de publicação desta Lei. (como a lei foi publicada em 2 de agosto de 2010, o prazo termina em agosto de 2014)
5.2. Aterro 
Sanitário;
Controlado;
- não dispõe de impermeabilização da base e não dispõe de sistemas de tratamento de chorume ou de dispersão dos gases gerados
Lei estadual 12.300/06:
Artigo 3º - São objetivos da Política Estadual de Resíduos Sólidos:
(...)
III - reduzir a quantidade e a nocividade dos resíduos sólidos, evitar os problemas ambientais e de saúde pública por eles gerados e erradicar os "lixões", "aterros controlados", "bota-foras" e demais destinações inadequadas
energético
- drenagem de gás metano e sulfuroso (contribuem para o aquecimento global e podem causar explosões e incêndios), para geração de energia
- Usina Termelétrica Bandeirantes: a maior usina de biogás do mundo
5.2.1 Vedações
Art. 48 da Lei 12.305/2010. São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos, as seguintes atividades: 
I - utilização dos rejeitos dispostos como alimentação; 
II - catação, observado o disposto no inciso V do art. 17; 
III - criação de animais domésticos; 
IV - fixação de habitações temporárias ou permanentes; 
V - outras atividades vedadas pelo poder público. 
5.2.2 Licenciamento de aterro
- Resolução Conama 001/86: art. 2º, inc. X e Resolução Conama 237/97: Anexo I
- Resolução Conama 404/2008: licenciamento simplificado de aterros sanitários de pequeno porte, a saber: disposição diária de até 20 toneladas/dia, de resíduos sólidos URBANOS. 
5.2.3 Aterros desativados
Lei municipal/SP 13.564/03: considera os aterros sanitários como “áreas suspeitas de contaminação ou passíveis de risco”:
Art. 1º. A aprovação de qualquer projeto de parcelamento de solo, edificação ou instalação de equipamento em terrenos considerados contaminados ou suspeitos de contaminação por materiais nocivos ao meio ambiente e à saúde pública, ou cuja presença possa constituir-se em risco de uso do imóvel, por qualquer usuário, ficará condicionada à apresentação de Laudo Técnico de Avaliação de Risco que comprove a existência de condições ambientais aceitáveis para o uso pretendido no imóvel. 
5.3 Incineração
- reduz o volume do lixo e a necessidade de espaço para aterro 
- pode ocasionar poluição atmosférica, em caso de combustão incompleta
5.3.1 Controle na PNRS
Art. 47.  São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos: 
III - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade; 
§ 1o Quando decretada emergência sanitária, a queima de resíduos a céu aberto pode ser realizada, desde que autorizada e acompanhada pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e, quando couber, do Suasa. 
Decreto 6.514/08:
Art. 62: Incorre nas mesmas multas do art. 61 [Multa de R$ 5.000,00 a R$ 50.000.000,00] quem:
[...]
XI - queimar resíduos sólidos ou rejeitos a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para a atividade; (Incluído pelo Decreto nº 7.404, de 2010)
5.3.2 Controle no Estado de São Paulo:
Decreto estadual (SP) 8.468/76:
Art. 26: “Fica proibida a queimaao ar livre de resíduos sólidos, líquidos ou de qualquer outro material combustível, exceto mediante autorização prévia da CETESB, para:
treinamento de combate a incêndio;
evitar o desenvolvimento de espécies indesejáveis, animais ou vegetais, para proteção à agricultura e à pecuária
Art. 27: Fica proibida a instalação e o funcionamento de incineradores domiciliares ou prediais de quaisquer tipos”
Lei estadual 12.300/06: 
Artigo 14 - São proibidas as seguintes formas de destinação e utilização de resíduos sólidos: 
III - queima a céu aberto
(...)
§ 1º - Em situações excepcionais de emergência sanitária e fitossanitária, os órgãos da saúde e de controle ambiental competentes poderão autorizar a queima de resíduos a céu aberto ou outra forma de tratamento que utilize tecnologia alternativa. 
5.3.3 Tratamento térmico de resíduos (industriais, de saúde, agrotóxicos etc.) e cadáveres
Resolução Conama nº 316/2002: procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos e cadáveres:
5.4 Compostagem
5.5 Reutilização e reciclagem
a política dos 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar)
Art. 9o da Lei 12.305/10: Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. 
benefícios: (a) economia de energia, de água, de matéria-prima; (b) economia de espaço dos aterros; (c) geração de renda
proibição do uso de sacolas plásticas – Lei municipal (SP) 15.374/11:
Art. 1º Fica proibida a distribuição gratuita ou a venda de sacolas plásticas para os consumidores para o acondicionamento e transporte de mercadorias adquiridas em estabelecimentos comerciais no Município de São Paulo (deveria ser implantado até 31/12/2011) – TJ suspendeu a lei em julho de 2011- ADIN 0121480-62.2011.8.26.0000/TJ
5.5.1. Coleta seletiva
a) Obrigação dos consumidores:
Art. 35 da Lei 12.305.  Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e na aplicação do art. 33, os consumidores são obrigados a: 
I - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados; 
II - disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução. 
Parágrafo único.  O poder público municipal pode instituir incentivos econômicos aos consumidores que participam do sistema de coleta seletiva referido no caput, na forma de lei municipal. 
Art. 62 do Decreto 6.514/2009: Incorre nas mesmas multas do art. 61 [Multa de R$ 5.000,00 a R$ 50.000.000,00] quem:
[...]
XIII - deixar de segregar resíduos sólidos na forma estabelecida para a coleta seletiva, quando a referida coleta for instituída pelo titular do serviço público de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;
§ 2o  Os consumidores que descumprirem as respectivas obrigações previstas nos sistemas de logística reversa e de coleta seletiva estarão sujeitos à penalidade de advertência.
§ 3o  No caso de reincidência no cometimento da infração prevista no § 2o, poderá ser aplicada a penalidade de multa, no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais).
§ 4o  A multa simples a que se refere o § 3o pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.(inciso e parágrafos introduzidos pelo Decreto 7.404/10)
b) obrigação de shoppings centers e grandes geradores
Lei estadual (SP) 12.528/2007: obriga a implantação da coleta seletiva em shoppings centers e outros estabelecimentos:
Artigo 1º - Ficam os shopping centers do Estado, que possuam um número superior a cinqüenta estabelecimentos comerciais, obrigados a implantar processo de coleta seletiva de lixo.
Artigo 4º - A obrigatoriedade prevista nesta lei também se aplica:
I - a empresas de grande porte;
II - a condomínios industriais com, no mínimo, 50 (cinqüenta) estabelecimentos;
III - a condomínios residenciais com, no mínimo, 50 (cinqüenta) habitações;
IV - a repartições públicas, nos termos de regulamento. 
Lei municipal (SP) 14.973/2009:
Art. 1º Esta lei disciplina o armazenamento, a coleta, a triagem e a destinação de resíduos sólidos produzidos em Grandes Geradores de Resíduos Sólidos do Município de São Paulo. 
Parágrafo único. Consideram-se, para os fins desta lei, Grandes Geradores de Resíduos Sólidos: 
I - os proprietários, possuidores ou titulares de estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, comerciais e industriais, entre outros, geradores de resíduos sólidos caracterizados como resíduos da Classe 2, pela NBR 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em volume superior a 200 (duzentos) litros diários; 
II - os proprietários, possuidores ou titulares de estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, comerciais e industriais, dentre outros, geradores de resíduos sólidos inertes, tais como entulhos, terra e materiais de construção, com massa superior a 50 (cinqüenta) quilogramas diários, considerada a média mensal de geração, sujeitos à obtenção de alvará de aprovação e/ou execução de edificação, reforma ou demolição; 
III - os condomínios de edifícios não residenciais ou de uso misto, cuja soma dos resíduos sólidos, caracterizados como resíduos Classe 2, pela NBR 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, gerados pelas unidades autônomas que os compõem, seja em volume médio diário igual ou superior a 1.000 (mil) litros. 
Art. 2º Os Grandes Geradores de Resíduos Sólidos deverão separar os resíduos produzidos em todos os seus setores, de acordo com a sua natureza em, no mínimo, cinco tipos: 
I - resíduos sólidos de papel; 
II - resíduos sólidos de plástico; 
III - resíduos sólidos de metal; 
IV - resíduos sólidos de vidro; 
V - resíduos gerais não recicláveis. 
Parágrafo único. Entende-se como Resíduos Gerais Não Recicláveis aqueles que não podem ser reutilizados, após transformação química ou física, por ainda não existir tecnologia para o tipo específico de material, tais como, entre outros: 
a) papéis não recicláveis: adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono, fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis e guardanapos engordurados, papéis metalizados, parafinados ou plastificados; 
b) metais não recicláveis: clipes, grampos, esponjas de aço, latas de tinta, latas de combustível e pilhas; 
c) plásticos não recicláveis: cabos de panelas, tomadas, isopor, adesivos, espumas, teclados de computador, acrílicos; 
d) vidros não recicláveis: espelhos, cristal, ampolas de medicamentos, cerâmicas e louças, lâmpadas (exceto as fluorescentes, que demandam separação específica), vidros temperados planos. 
Art. 3º O cumprimento da presente lei exigirá dos Grandes Geradores de Resíduos Sólidos a observância das seguintes regras: 
I - implantação de lixeiras, dispostas uma ao lado da outra: em locais acessíveis a qualquer pessoa que queira realizar o descarte de material reciclável, e de fácil visualização, para a finalidade de serem acondicionados os diferentes tipos de lixo produzidos em suas dependências, coloridas de acordo com a Resolução nº 275/2001 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), ou que atendam as características do material a ser depositado; 
II - recolhimento periódico dos resíduos coletados e o envio destes para locais adequados, que garantam o seu bom aproveitamento, ou seja, a reciclagem. 
Art. 4º É de responsabilidade dos Grandes Geradores de Resíduos Sólidos realizar a troca das lixeiras comuns pelas de coleta seletiva. 
Art. 5º O uso de lixeiras para a coleta seletiva dentro dos sanitários não será obrigatório. 
Art. 8º Os Grandes Geradores de Resíduos Sólidos terão o prazo de três meses, contados da data da publicação da presente lei, para seadaptarem às suas disposições. 
Art. 9º A infração às disposições da presente lei acarretará aplicação de multa no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), dobrada em caso de reincidência. 
6. Importação de resíduos
Convenção da Basiléia: ratificada pelo Brasil pelo Decreto 875/93: estabelece mecanismos de controle de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito
Os objetivos da Convenção da Basiléia são:
minimizar a geração de resíduos perigosos (quantidade e periculosidade);
controlar e reduzir movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos;
dispor os resíduos o mais próximo possível da fonte geradora;
proibir o transporte de resíduos perigosos para países sem capacitação técnica, administrativa e legal para tratar os resíduos de forma ambientalmente adequada;
proibir a exportação de resíduos perigosos para as Partes que baniram sua importação
auxiliar os países em desenvolvimento e com economias em transição na gestão dos resíduos perigosos por eles gerados;
trocar informações e tecnologias relacionadas ao gerenciamento ambientalmente adequado de resíduos perigosos.
Artigo 40: As Partes devem proibir a exportação de resíduos perigosos para as Partes que baniram sua importação; para resíduos que não tenham sido especificamente proibidos pelo país importador, as Partes devem proibir a exportação de resíduos perigosos se o país destinatário não consentir por escrito com aquela importação; as Partes devem impedir a importação de resíduos perigosos se acreditarem que os resíduos em questão não serão gerenciados de forma ambientalmente adequada; as Partes não devem permitir a exportação ou importação de resíduos perigosos envolvendo um país que não é Parte da Convenção; 
- o consentimento prévio da “importadora” é obrigatório
a) Resolução CONAMA 23/96: estabelece procedimentos necessários à efetiva implementação da Convenção da Basiléia no Brasil 
Art. 2º: “É proibida a importação dos resíduos perigosos - Classe I (ex: cloreto de metileno), em todo o território nacional, sob qualquer forma e para qualquer fim.
§1º: Caso se configurem situações imprescindíveis de importação de resíduos perigosos, fica tal excepcionalidade condicionada à apreciação e deliberação prévia do CONAMA, mediante avaliação da sua Câmara Técnica de Controle Ambiental”
Art. 3º: “É proibida a importação de resíduos definidos na alínea “d” do art. 1º como ‘Outros Resíduos’, sob qualquer forma e para qualquer fim”
Art. 4º: “Os Resíduos Inertes - Classe III não estão sujeitos a restrições de importação, à exceção dos pneumáticos usados cuja importação é proibida”
Art. 5º: ”A importação de itens da categoria Resíduos Não Inertes - Classe II só poderá ser realizada para as finalidades de reciclagem ou reaproveitamento após autorização ambiental do IBAMA, precedida de anuência e parecer técnico do Órgão Estadual do Meio Ambiente (após o atendimento de algumas exigências, especificadas pelo próprio dispositivo)
Lei 12.305/2010:
Art. 49.  É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação. 
Decreto 6.514/08:
Art. 71-A do Decreto 6.514/08.  Importar resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como os resíduos sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reuso, reutilização ou recuperação:
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).” (introduzido pelo Decreto 7.404/10)
6.1 Importação de pneus usados
(i) Resolução CONAMA 23, de 12 de dezembro de 1996:
Art. 4º Os Resíduos Inertes - Classe III não estão sujeitos a restrições de importação, à exceção dos pneumáticos usados cuja importação é proibida. 
(ii) Resolução CONAMA 235/97: proíbe a importação de pneumáticos usados (resíduos classe III – inertes)
(iii) Decreto 3.919/01 acrescentou ao Decreto 3.179/99 o seguinte artigo:
Art. 47-A: “Importar pneu usado ou reformado:
Multa de R$ 400,00 (quatrocentos reais), por unidade.
Parágrafo único.  Incorre na mesma pena, quem comercializa, transporta, armazena, guarda ou mantém em depósito pneu usado ou reformado, importado nessas condições."
- Decreto 4.592/03, de seu turno, incluiu no mesmo dispositivo um §2º (e renumerou o par.único para §1º):
§ 2o “Ficam isentas do pagamento da multa a que se refere este artigo as importações de pneumáticos reformados classificados nas NCM 4012.1100, 4012.1200, 4012.1300 e 4012.1900, procedentes dos Estados Partes do MERCOSUL, ao amparo do Acordo de Complementação Econômica no 18." 
(iv) Decreto 6.514/08 revogou o Decreto 3.179/99:
Art. 70. Importar pneu usado ou reformado em desacordo com a legislação: (O pneu reformado não pode ser remanufaturado, por isso tem vida útil muito curta)
Multa de R$ 400,00 (quatrocentos reais), por unidade. 
§ 1o   Incorre na mesma multa quem comercializa, transporta, armazena, guarda ou mantém em depósito pneu usado ou reformado, importado nessas condições. 
§ 2o  Ficam isentas do pagamento da multa a que se refere este artigo as importações de pneumáticos reformados classificados nas NCM 4012.1100, 4012.1200, 4012.1300 e 4012.1900, procedentes dos Estados Partes do MERCOSUL, ao amparo do Acordo de Complementação Econômica no 18.” 
- Tribunal Arbitral do MERCOSUL: obrigou o Brasil a aceitar a importação de pneus remoldados (2003)
- OMC aceitou a proibição do Brasil mas determinou que a proibição se estendesse também aos países do Mercosul
- liminares autorizando importação de pneus usados: redução após aprovação da Resolução CONAMA 301/2003, que expressamente reforçou a vigência das Resoluções 23/96 e 235/98
- ADPF (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 101: ajuizada pelo Presidente da República questionando decisões judiciais que permitiam importação de pneus usados. Foi julgada parcialmente procedente, em junho de 2009: STF declarou inconstitucionais, com efeitos ex tunc, as interpretações, incluídas as judicialmente acolhidas, que permitiram ou permitem a importação de pneus usados de qualquer espécie, aí insertos os remoldados. Ficaram ressalvados os provimentos judiciais transitados em julgado, com teor já executado e objeto completamente exaurido (os pneus advindos do Mercosul continuam liberados)
6.2 Importação entre Estados brasileiros
Lei estadual (SP) 12.300/06:
Artigo 17 - A importação, a exportação e o transporte interestadual de resíduos, no Estado, dependerão de prévia autorização dos órgãos ambientais competentes. 
Parágrafo único - Os resíduos sólidos gerados no Estado somente poderão ser enviados para outros Estados da Federação, mediante prévia aprovação do órgão ambiental do Estado receptor. 
7. Responsabilidade pós-consumo (responsabilidade estendida do produtor)
- logística reversa: do “berço à cova”
7.1. Obrigação legal, em ordem cronológica
7.1.1. Pilhas e baterias
- oxidação, rompimento e vazamento de metais (níquel, cádmio e chumbo)
- Resolução Conama 257/97, substituída pela 401/2008. Ambas determinam redução nos limites de mercúrio, cádmio e chumbo permitidos na composição das pilhas e baterias (esta última, a partir de julho de 2009). Além disso, impõem aos fabricantes ou importadores a destinação final adequada à 100% das pilhas e/ou baterias usadas, recolhidas em estabelecimentos comerciais e/ou redes de assistência técnica autorizada
7.1.2 Pneumáticos
- resíduos inertes
- Resolução Conama 258/1999: metas para coleta, destinação final e reciclagem pneus, para fabricantes e importadores de pneus novos e reformados. Substituída pela Resolução 416/2009.
Art. 3º A partir da entrada em vigor desta resolução, para cada pneu novo comercializado para o mercadode reposição, as empresas fabricantes ou importadoras deverão dar destinação adequada a um pneu inservível.
Art. 5º, § 3º Cumprida a meta de destinação estabelecida no art. 3º desta Resolução, o excedente poderá ser utilizado para os períodos subsequentes.
§ 4º O descumprimento da meta de destinação acarretará acúmulo de obrigação para o período subsequente, sem prejuízo da aplicação das sanções cabíveis.
Art. 9º Os estabelecimentos de comercialização de pneus são obrigados, no ato da troca de um pneu usado por um pneu novo ou reformado, a receber e armazenar temporariamente os pneus usados entregues pelo consumidor, sem qualquer tipo de ônus para este, adotando procedimentos de controle que identifiquem a sua origem e destino.
Art. 14. É vedada a destinação final de pneus usados que ainda se prestam para processos de reforma, segundo normas técnicas em vigor.
- Lei municipal (SP) 13.316/2002:
Art. 8º. As empresas fabricantes, importadoras, distribuidoras e pontos de venda de pneumáticos ficam obrigadas a instituir, em conjunto, sistema de coleta de pneus usados e destinação final ambientalmente segura e adequada dos pneumáticos inservíveis, isto é, aqueles que não mais se prestem a processo de reforma que permita condição de rodagem adicional. 
Parágrafo único. Para o cumprimento do estabelecido no caput deste artigo, as referidas empresas e pontos de venda poderão criar centrais de recepção, localizadas e instaladas de acordo com as normas ambientais, urbanísticas e de uso do solo, para armazenamento temporário e posterior destinação final ambientalmente adequada, inclusive mediante a contratação de serviços especializados de terceiros.
- reaproveitamento dos pneus: (i) reforma; (ii) combustível para fornos de cimento; (iii) asfalto; (iv) processo Petrobras-six (mistura de pneus e xisto betuminoso para obtenção de óleo e gás natural)
7.1.3 Lâmpadas fluorescentes
Lei estadual/SP 10.888/2001:
 
Artigo 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar, em parceria com a iniciativa privada, condições para as empresas, que comercializem produtos potencialmente perigosos ao resíduo urbano, adotarem um sistema de coleta em recipientes próprios, que acondicionem o referido lixo.
 
§ 1º - Para fins do cumprimento desta lei, entende-se por produtos potencialmente perigosos do resíduo urbano, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes e frascos de aerosóis em geral.
 
§ 2º - Estes produtos, quando descartados, deverão ser separados e acondicionados em recipientes adequados para destinação específica.
 
Artigo 2º - Os fabricantes, distribuidores, importadores, comerciantes ou revendedores de produtos potencialmente perigosos do resíduo urbano serão responsáveis pelo recolhimento, pela descontaminação e pela destinação final destes resíduos, o que deverá ser feito de forma a não violar o meio ambiente.
 
Parágrafo único - Os recipientes de coleta serão instalados em locais visíveis e, de modo explícito, deverão conter dizeres que venham alertar e despertar a conscientização do usuário sobre a importância e necessidade do correto fim dos produtos e os riscos que representam à saúde e ao meio ambiente quando não tratados com a devida correção.
7.1.4 Resíduos variados na PERS
Lei estadual (SP) 12.300/2006:
Artigo 53 - Os fabricantes, distribuidores ou importadores de produtos que, por suas características, exijam ou possam exigir sistemas especiais para acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento ou destinação final, de forma a evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública, mesmo após o consumo de seus resíduos desses itens, são responsáveis pelo atendimento de exigências estabelecidas pelo órgão ambiental.
Decreto estadual (SP) 54.645/2009
Artigo 19 - Os fabricantes, distribuidores ou importadores de produtos que, por suas características, venham a gerar resíduos sólidos de significativo impacto ambiental, mesmo após o consumo desses produtos, ficam responsáveis, conforme o disposto no artigo 53 da Lei nº 12.300, de 16 de março de 2006, pelo atendimento das exigências estabelecidas pelos órgãos ambientais e de saúde, especialmente para fins de eliminação, recolhimento, tratamento e disposição final desses resíduos, bem como para a mitigação dos efeitos nocivos que causem ao meio ambiente ou à saúde pública.
Parágrafo único - A Secretaria do Meio Ambiente publicará, mediante resolução, a relação dos produtos a que se refere o “caput” deste artigo.
Resolução SMA 38/2011: estabelece: (i) a relação dos produtos que, em razão do significativo impacto ambiental de seus resíduos, sujeitam os seus fabricantes, distribuidores, importadores e comerciantes ao atendimento de determinadas regras específicas, especialmente para fins de eliminação, recolhimento, tratamento e destinação final dos resíduos; e (ii) a obrigação de os fabricantes e importadores desses produtos entregarem até o dia 3 de outubro de 2011 proposta de implantação de programa de responsabilidade pós-consumo.
Produtos cujas embalagens de plástico, metal ou vidro, após o consumo, são consideradas de significativo impacto ambiental:
a) Alimentos;
b) Bebidas;
c) Produtos de higiene pessoa, perfumaria e cosméticos;
d) Produtos de limpeza e afins;
e) Agrotóxicos;
f) Óleo lubrificante automotivo.
Produtos que, após o consumo, resultam em resíduos considerados de significativo impacto ambiental:
a) Óleo lubrificante automotivo
b) Óleo comestível
c) Filtro de óleo lubrificante automotivo;
d) Baterias automotivas;
e) Pilhas e baterias;
f) Produtos eletroeletrônicos;
g) Lâmpadas contendo mercúrio;
h) Pneus.
Até o momento foram firmados diversos Termos de Compromisso Setoriais de Resíduos Sólidos com a SMA - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e a Cetesb - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo e indústrias/empresas, em que estabelecem como funcionará a logística reversa dos resíduos gerados após o consumo de seus produtos. Os setores signatários: Embalagens de Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria, Cosméticos, de Limpeza e Afins; Pilhas e Baterias Portáteis; Embalagens de Agrotóxicos; Embalagens Plásticas Usadas de Lubrificantes; Pneus Inservíveis; Aparelhos de Telefonia Móvel Celular e seus respectivos Acessórios; Óleos Lubrificantes; Óleo Comestível (individual e associação); Baterias Automotivas Chumbo-ácido; Filtros Usados de Óleo Lubrificante Automotivo; Embalagens de Alimentos
 7.1.5 Lixo tecnológico
Lei estadual (SP) nº 13.576/2009:
Artigo 1º - Os produtos e os componentes eletroeletrônicos considerados lixo tecnológico devem receber destinação final adequada que não provoque danos ou impactos negativos ao meio ambiente e à sociedade.
Parágrafo único - A responsabilidade pela destinação final é solidária entre as empresas que produzam, comercializem ou importem produtos e componentes eletroeletrônicos.
Artigo 2º - Para os efeitos desta lei, consideram-se lixo tecnológico os aparelhos eletrodomésticos e os equipamentos e componentes eletroeletrônicos de uso doméstico, industrial, comercial ou no setor de serviços que estejam em desuso e sujeitos à disposição final, tais como:
I - componentes e periféricos de computadores;
II - monitores e televisores;
III - acumuladores de energia (baterias e pilhas);
IV - produtos magnetizados.
Artigo 3º - A destinação final do lixo tecnológico, ambientalmente adequada, dar-se-á mediante:
I - processos de reciclagem e aproveitamento do produto ou componentes para a finalidade original ou diversa;
II - práticas de reutilização total ou parcial de produtos e componentes tecnológicos;
III - neutralização e disposição final apropriada dos componentes tecnológicos equiparados a lixo químico.
Artigo 4º - Os produtos e componentes eletroeletrônicos comercializados no Estado devem indicar com destaque, na embalagem ou rótulo, as seguintes informações ao consumidor:
I - advertênciade que não sejam descartados em lixo comum;
II - orientação sobre postos de entrega do lixo tecnológico;
III - endereço e telefone de contato dos responsáveis pelo descarte do material em desuso e sujeito à disposição final;
IV - alerta sobre a existência de metais pesados ou substâncias tóxicas entre os componentes do produto.
Artigo 5º - É de responsabilidade da empresa que fabrica, importa ou comercializa produtos tecnológicos eletroeletrônicos manter pontos de coleta para receber o lixo tecnológico a ser descartado pelo consumidor.
7.1.6 Embalagens de tintas, vernizes e solventes
Lei municipal (SP) nº 15.121/2010
 
Art. 1º As empresas que industrializam tintas, vernizes e solventes, de uso domiciliar ou industrial, ficam obrigados a aceitar os recipientes com as sobras desses materiais, para reciclagem ou reaproveitamento dos mesmos, ou dar destinação final adequada, tendo como prioridade a preservação do meio ambiente, de acordo com as normas vigentes e o disposto nesta lei.
 
Art. 2º Para a consecução do disposto nesta lei, ficam as empresas que comercializam esse produto obrigadas a receber os recipientes de qualquer natureza, que contenham tinta, vernizes e solventes das marcas que comercializam e que lhes forem entregues pela população usuária, para o seu posterior recolhimento pelas empresas que os industrializem.
 
Parágrafo único. Os comerciantes e fabricantes ficam obrigados a manter regularidade no recolhimento dos recipientes de que trata este artigo, sendo responsáveis por denunciar ao Poder Público o descumprimento desta lei.
 
Art. 3º Fica proibido o descarte como lixo comum dos recipientes com sobras dos produtos referidos no art. 1º desta lei, tanto pelos usuários, consumidores, comerciantes, fornecedores ou fabricantes, bem como o seu recolhimento pelo serviço de coleta de lixo domiciliar.
 
Art. 4º O descumprimento do disposto nesta lei acarretará as sanções previstas nos arts. 61 e 62 da Lei Federal nº 9.605/98, sendo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente responsável pela fiscalização.
 
Art. 5º Os comerciantes que se recusarem a receber os recipientes com as sobras de tintas, vernizes e solventes das marcas que comercializam, além das sanções previstas na Lei Federal nº 9.605/98, terão cassadas suas licenças de funcionamento, a critério da municipalidade.
7.1.7 Na Política Nacional de Resíduos Sólidos
Art. 33.  São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: 
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; 
II - pilhas e baterias; 
III - pneus; 
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista (será implementada progressivamente segundo cronograma estabelecido em regulamento, nos termos do art. 56); 
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes (será implementada progressivamente segundo cronograma estabelecido em regulamento, nos termos do art. 56)
§ 1o  Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemas previstos no caput serão estendidos a produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. 
§ 2o  A definição dos produtos e embalagens a que se refere o § 1o considerará a viabilidade técnica e econômica da logística reversa, bem como o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. 
§ 3o  Sem prejuízo de exigências específicas fixadas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS, ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos a que se referem os incisos II, III, V e VI ou dos produtos e embalagens a que se referem os incisos I e IV do caput e o § 1o tomar todas as medidas necessárias para assegurar a implementação e operacionalização do sistema de logística reversa sob seu encargo, consoante o estabelecido neste artigo, podendo, entre outras medidas: 
I - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados; 
II - disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis; 
III - atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, nos casos de que trata o § 1o. 
§ 4o  Os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens a que se referem os incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou embalagens objeto de logística reversa, na forma § 1o. 
§ 5o  Os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidos ou devolvidos na forma dos §§ 3o e 4o. 
§ 6o  Os fabricantes e os importadores darão destinação ambientalmente adequada aos produtos e às embalagens reunidos ou devolvidos, sendo o rejeito encaminhado para a disposição final ambientalmente adequada, na forma estabelecida pelo órgão competente do Sisnama e, se houver, pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. 
§ 7o  Se o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens a que se refere este artigo, as ações do poder público serão devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes. 
§ 8o  Com exceção dos consumidores, todos os participantes dos sistemas de logística reversa manterão atualizadas e disponíveis ao órgão municipal competente e a outras autoridades informações completas sobre a realização das ações sob sua responsabilidade. 
- descumprimento:
Decreto 6.514/2008
Art. 62.  Incorre nas mesmas multas do art. 61 [Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais)] quem:
VI - deixar, aquele que tem obrigação, de dar destinação ambientalmente adequada a produtos, subprodutos, embalagens, resíduos ou substâncias quando assim determinar a lei ou ato normativo;

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