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fisiologia vascular II

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Sistema Cardiovascular Fisiologia vascular II 
Fisiologia Vascular (circulação adulta, circulação fetal, 
circulação pós-natal) 
 
Revisão 
O estudo da Fisiologia pressupõe o entendimento do organismo em seu âmbito 
macro e microscópico, nos seus diferentes níveis hierárquicos de organização. 
As células-tronco são aquelas com atividades ditas fundamentais: 
autopoiese, auto-regeneração e capacidade de diferenciação em vários elementos; a 
nossa célula fundamental, o ovo, que vem da fecundação do óvulo, tem máxima 
capacidade reprodutiva e de diferenciação, bem como as células das primeiras divisões, 
da mórula, compostas por 4 a 8 células. Essas células são ditas totipotentes, ou seja, 
tem máximo potencial de se transformar em qualquer célula do organismo. As 
seguintes, que darão origem aos folhetos (ectoderma, mesoderma e endoderma) são 
chamadas de pluripotentes, pois podem apenas se diferenciar em qualquer célula do 
folheto ao qual pertencem. 
Na vida adulta, a maioria das nossas células são “maduras” (sem capacidade de 
transdiferenciação), além dos zigotos, que são aquelas prontas para a reprodução, por 
sua capacidade de fecundação. Entretanto, nos últimos anos, com o advento das 
pesquisas nesse campo, vem-se descobrindo a capacidade de algumas células, ditas 
maduras, de transdiferenciação, se submetidas a um estímulo específico. 
A célula é a unidade viva básica, que se organiza com outras células semelhantes 
para formar tecidos; diferentes tecidos, organizando-se para uma função comum, 
compõem um órgão; diferentes órgãos, que se integram para uma função maior, são 
considerados num sistema; o conjunto dos sistemas forma um organismo. Sendo assim, 
para a Fisiologia, é importante o entendimento tanto do funcionamento celular, quanto a 
atividade do organismo íntegro. 
 Todas as células têm dois tipos de função: uma ligada à sua sobrevivência, 
de auto-manutenção, e outra à manutenção da homeostasia, ou seja, do equilíbrio 
interno necessário à sobrevivência de todas as células. Sem essa colaboração, as 
demais células, que são interdependentes, não podem viver. 
Existem sistemas do organismo com função básica de promover essa 
integração e intercomunicação entre as células; são eles: o sistema nervoso 
(principalmente autônomo) e o sistema endócrino. O primeiro com capacidade de 
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Sistema Cardiovascular Fisiologia vascular II 
reação rápida, para respostas instantâneas, como controle dos batimentos cardíacos; o 
segundo envolvido com as funções que demandam o desenvolvimento de novas 
estruturas, de crescimento somático, diferenciação celular, funcionando através da 
liberação de hormônios, substâncias que são carreadas pela circulação, e têm efeito à 
distância, que perduram por dias a até anos, desde o ciclo menstrual até o crescimento 
do organismo. 
A função desses sistemas integrativos depende basicamente da ação das alças ou 
arcos reflexos, que são mecanismos de regulação de variáveis corporais, como a 
temperatura. São compostas de um receptor sensível a essa variável; uma via aferente, 
que leva o estímulo até o sistema integrador, normalmente o sistema nervoso central, 
que armazena as informações de identidade do organismo, o “valor” normal da variável; 
e uma via eferente, que leva um estímulo ao órgão efetor, respondendo ao estímulo 
inicial. A maioria as alças de retroalimentação são negativas, ou seja, o mecanismo 
efetor tende a negativar o estímulo inicial; por exemplo, uma diminuição na temperatura 
tende a gerar estímulos de tremor, encolhimento, atitude de agasalhamento, no intuito 
de elevar a temperatura. 
Esses mecanismos de feedback podem ocorrer fisiologicamente, e não 
necessariamente em situação de doença. Um bom exemplo é o mecanismo de 
coagulação, que desencadeia uma cascata de reações que caracterizam feedback 
positivo, com propagação do estímulo, sendo que, paralelamente, e um pouco atrasado, 
é disparado o sistema fibrinolítico, que freia a formação de coágulos. 
Um outro exemplo é o potencial de ação, com uma perturbação que leva à 
abertura de canais de Na+, e a entrada desse íon, na célula submetida ao estímulo, abre 
ainda mais canais, levando a uma despolarização da membrana e a propagação do 
potencial, caracterizando um mecanismo de feedback positivo. 
 
A circulação adulta 
A função do sistema cardiovascular é a produção de fluxo sangüíneo, para 
comunicar as células do organismo com o meio externo, trazendo insumos necessários 
ao seu metabolismo (oxigênio, nutrientes, etc.), e levando excretas (gás carbônico, 
uréia, creatinina, etc). 
A oxigenação do parênquima pulmonar é feita pelo mesmo sangue que voltará 
pelas veias pulmonares ao átrio esquerdo, já que este se torna oxigenado a partir da 
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Sistema Cardiovascular Fisiologia vascular II 
hematose ocorrida nos alvéolos. Apenas os brônquios lobares e lobulares são irrigados 
pelas artérias brônquicas, que são ramos da aorta. A drenagem venosa é levada ao átrio 
esquerdo (constituindo nesse caso um shunt fisiológico) ou ao seio coronário, que 
desemboca no átrio direito para ser arterializado, não constituindo nesse caso shunt 
(comunicação de circulação arterial e venosa). 
 
A circulação fetal 
No feto, a circulação pulmonar é praticamente inexistente, apenas irrigando 
o tecido pulmonar (que impõe grande resistência ao fluxo), sem função de hematose; 
grande parte do sangue que vêm pelo tronco pulmonar é desviado para o ductus 
arteriosus, que desemboca na aorta. 
No átrio direito, é retornado sangue da veia umbilical (sangue parcialmente 
arterializado da placenta) e da veia cava inferior (sangue venoso das vísceras fetais). 
Existe uma certa separação na parte medial (sangue da veia umbilical) e lateral (veia 
cava inferior) do átrio. 
Existe, ainda, uma comunicação inter-atrial, também chamada de forame oval 
(um shunt), por onde passa a maior parte do sangue vindo da veia umbilical; o restante 
do sangue mistura-se com o sangue que retorna das partes superiores do corpo, pela veia 
cava superior, e com o sangue do miocárdio. 
O átrio esquerdo, então, recebe sangue do átrio direito e do ventrículo direito, 
bombeando para o ventrículo esquerdo, que leva o sangue até a aorta. 
Boa parte dos tecidos fetais, especialmente o cerebral, não suportaria uma 
pressão parcial de O2 de 70mmHg. Sendo assim, a maioria das hemoglobinas fetais são 
do tipo Hb-F, que possuem uma maior afinidade ao oxigênio, se comparadas à adulta. 
 
A circulação pós-natal 
Imediatamente após o nascimento, dá-se o início da ventilação pulmonar, 
com expansão dos alvéolos e da circulação pulmonar, conseqüente da diminuição da 
resistência pulmonar, e do aumento do fluxo para o parênquima. O aumento de 
pressão do lado esquerdo, fisiologicamente, provoca o fechamento da comunicação 
inter-atrial. A permanência da comunicação inter-atrial deve ser corrigida 
cirurgicamente. 
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Sistema Cardiovascular Fisiologia vascular II 
Além disso, a liberação de prostaglandinas provoca o fechamento do ductus 
arteriosus. 
 
O fluxo sangüíneo 
Fisicamente, o conceito de fluxo se define por volume sobre unidade de tempo 
(ml/s, etc.). 
A velocidade do fluxo é tão maior, quanto menor for a área de seção 
transversa, diâmetro ou raio do vaso. Sendo assim, define-se por fluxo sobre área de 
seção, diâmetro, ou raio do vaso. 
Quando a velocidade é muito aumentada o fluxo passa de laminar a 
turbulento. 
No fluxo laminar, as células (também moléculas) que passam no meio do vaso 
têm maior velocidade, por encontrarem menor atrito; normalmente são os eritrócitos. Os 
leucócitos caminham em menor velocidade próximo ao endotélio, e se estimulados 
fazem rolling-in,seguido de diapedese. 
 
O fluxo laminar não produz som audível; entretanto, quando a velocidade do 
fluxo aumenta expressivamente, seja por aumento do fluxo, ou por estreitamento 
vascular, o atrito entre as células e o vaso torna o fluxo turbulento, que produz um som 
chamado de sopro. 
 
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