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Programa de Melhoramento Genético de Cedrela odorata Camilla, Heitor e Pedro 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
CAMILLA CIDRAL OLIVEIRA 
HEITOR RENAN FERREIRA 
PEDRO CORDEIRO NEVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE 
Cedrela odorata L. COM O OBJETIVO DE MELHORAR O INCREMENTO EM 
DIÂMETRO E DIMINUIÇÃO DE EXTRATIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2015 
 
 
CAMILLA CIDRAL OLIVEIRA 
HEITOR RENAN FERREIRA 
PEDRO CORDEIRO NEVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE 
Cedrela odorata L. COM O OBJETIVO DE MELHORAR O INCREMENTO EM 
DIÂMETRO E DIMINUIÇÃO DE EXTRATIVOS 
 
 
Trabalho de graduação apresentado à 
disciplina de Genética e Melhoramento 
Florestal do Curso de Engenharia 
Florestal, Setor de Ciências Agrárias da 
Universidade Federal do Paraná. 
 
Orientador: Prof. Dr. Antonio Rioyei Higa 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2015 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 2 
2 OBJETIVO ......................................................................................................................... 4 
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 4 
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................................ 4 
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 5 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESPÉCIE ............................................................................. 5 
3.2 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS ..................................................................... 6 
3.3 FENOLOGIA E REPRODUÇÃO .................................................................................. 7 
3.4 CARACTERÍSTICAS SILVICULTURAIS ..................................................................... 8 
3.4.1 Coleta de sementes .............................................................................................. 8 
3.4.2 Produção de mudas e práticas de viveiro .............................................................. 9 
3.4.3 Manejo da espécie ................................................................................................ 9 
3.5 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA ................................................................................... 10 
3.6 VARIABILIDADE E HERDABILIDADE ....................................................................... 12 
4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................. 14 
4.1 ESTRATÉGIA DE MELHORAMENTO ....................................................................... 14 
4.2 POPULAÇÃO BASE .................................................................................................. 15 
4.3 SELEÇÃO DE ÁRVORES ......................................................................................... 15 
4.4 ÁREA DE COLETA DE SEMENTES COM MATRIZES SELECIONADAS (ACS-ms) 17 
4.5 TESTE COMBINADO DE PROCEDÊNCIA E PROGÊNIES ...................................... 18 
4.6 TIPO DE CRUZAMENTO OU RECOMBINAÇÃO ...................................................... 19 
4.7 REPETIÇÕES E DELINEAMENTO ........................................................................... 20 
4.8 POMAR DE SEMENTES POR MUDAS..................................................................... 22 
5 RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................... 23 
5.1 GANHO GENÉTICO .................................................................................................. 23 
6 CRONOGRAMA .............................................................................................................. 25 
7 EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................................... 27 
8 ORÇAMENTO .................................................................................................................. 28 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 33 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 O melhoramento genético na área florestal visa a melhoria e consequente 
desenvolvimento das espécies, atingindo assim um determinado objetivo. A Cedrela 
odorata está presente em toda abrangência do continente americano, e possuí 
diversas características de importância econômica, social e ambiental, podendo 
destacar-se a sua produção para a indústria madeireira, especialmente através da 
laminação. Para um bom processo produtivo orienta-se que o diâmetro da árvore 
apresente dimensões satisfatórias, além de um menor teor de extrativos, garantindo 
assim uma melhor aderência durante a aplicação dos adesivos. Com isso, o objetivo 
do trabalho é a utilização de técnicas de melhoramento genético para o melhoramento 
de Cedrela odorata nos quesitos: incremento de diâmetro e diminuição no teor de 
extrativos. As estratégias de melhoramento genético se basearão na elaboração de 
uma área de coleta de sementes com árvores matrizes selecionadas (ACS-ms) e um 
pomar de sementes por mudas (PSM) realizado após um Teste de Combinação de 
Progênies e Procedência (TCPP). A área de elaboração do projeto se dará junto as 
florestas ombrófila densa dos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A 
população base será de 1.500 indivíduos ao todo, sendo avaliado assim as variáveis 
de interesse. A seleção das árvores matrizes será de uma proporção de 10% da 
população base, ou seja, 150 indivíduos, garantindo um tamanho efetivo (Ne) de 600. 
No ano 1 serão realizados a seleção das árvores matrizes, coleta de sementes, 
preparo do solo e plantio. No ano 2 e 3 será realizado a manutenção dos TCPP. Nos 
anos 3, 6 e 10 serão realizados 3 avaliações e desbastes, deixando assim 50% das 
famílias iniciais ao atingir o ano 10, sendo que no ano 20 será formado o PSM. Em 
todos os anos haverá o monitoramento da área e o supervisionamento técnico. Os 
custos envolvidos neste projeto, desde a aquisição das terras até o custeio pessoal 
para elaboração do projeto, foi estimado em R$ 663.291,81 ao longo dos 20 anos, 
atingindo uma receita total de aproximadamente R$ 2.730.000,00 com a 
comercialização das sementes. 
 
Palavras-chaves: Cedrela odorata; diâmetro; extrativos; ACS-ms; TCPP; PSM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The genetic enhancement in the forestry field seeks the improvement, and 
consequently the development of species, reaching the expected goal. The Cedrela 
odorata is attendant in all America’s continent coverage, and have many features of 
economic, social, and environmental values. This way, the specie highlight for its own 
timber industry production; mainly to produce wood veneer. For a good process is 
indicated that the tree diameter has good dimensions, and less content of extractives, 
assuring a better adherence during the glue`s application. Because of that, the goal of 
the project is by using the genetic enhancement techniques to improve Cedrela 
odorata in the following features: diameter enhancement, and reduction of content of 
extractives. The strategies of genetic enhancement will be based in an Area of Seed`s 
Collect (ACS-ms in Portuguese) with matrix trees selected and a Seed Orchard by 
Seedlings (PSM in Portuguese) executed after a Test Combination of Progenies and 
Origin (TCPP in Portuguese). The area of the project will be near to Floresta Ombrófila 
Densa (such as Atlantic Forest) in the states of Paraná, Santa Catarina, and SãoPaulo. The population base will be 1.500 trees, being analyzed the variables of 
interest. The selection of matrix trees will be in a proportion of 10% of the population 
base, in other words, 150 trees assuring the effective number (Ne) of 600. In the first 
year, it will be made the selection of the matrix trees, seeds collect, soil preparation 
and plant. In the second and third year, it will be made the maintenance of TCPP. In 
the years 3, 6 and 10 will be made three evaluations, and thinning, leaving 50% of the 
families until to reach the year 10. In the year 10 will be done the annual monitoring of 
the TCPP, and in the year 20 will be done the PSM. The costs involved in this project, 
since the land acquisition until the personal costs for the preparation of this project, it 
was estimated in R$ 663.291,81 over the 20 years, reaching an approximately income 
of R$ 2.730.000,00 with the seed trading. 
 
Keyword: Cedrela odorata; diameter; extractives; ACS-ms; TCPP; PSM. 
 
 
2 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As espécies florestais como um todo possuem grande importância 
econômica, visto que oferecem uma gama de produtos fundamentais para a 
sociedade. 
A otimização de plantios comerciais bem como como o manejo de florestas 
nativas aliadas à utilização de técnicas de melhoramento genético podem aumentar 
a produtividade, além do oferecimento de características desejadas à indústria. 
Dentro da família Meliaceae Juss. existem 51 gêneros e 550 espécies, sendo 
que muitas destas possuem um elevado interesse comercial, principalmente a 
produção de madeiras nobres (GÔUVEA, 2005). 
O gênero Cedrela, pertencente à família Meliaceae, apresenta três espécies 
no Brasil: Cedrela odorata e Cedrela fissilis (mais frequentemente encontrados na 
Região Amazônica) e Cedrela lilloi no Sul do país (CARVALHO, 2003). Um problema 
limitante na espécie é o ataque da broca-do-cedro (Hypsipyla grandella), que ocorre 
principalmente em plantios puros. Ela pode atacar a gema apical da árvore causando 
um defeito no fuste como bifurcações e afetando o crescimento em altura. Uma 
maneira de se evitar ou reduzir essa limitação é um plantio consorciado com outras 
espécies. Ao se tratar do Cedrela odorata, observa-se que esta apresenta 
propriedades para uso como aromatizantes; artesanais (madeira e fruto); combustível; 
estrutural; e medicinal (CONABIO, 2015), evidenciando assim a sua importância e 
abrangência do sortimento de seus produtos. Desta forma, a espécie apresenta um 
grande potencial para maiores investimentos em pesquisa e retorno financeiro. 
O processo de laminação e de lâminas obtidas por faqueamento da madeira 
do Cedrela odorata garante uma melhor agregação no seu valor devido a posterior 
confecção de compensados multilaminados, entre outros produtos. No processo 
produtivo da elaboração de tais materiais há um grande problema referente à grande 
quantidade do teor de extrativos, podendo ocasionar prejuízos significativos devido à 
prejudicar a interação com o material adesivo. 
Para um aumento da viabilidade econômica da espécie há a necessidade da 
abordagem de técnicas de manejo e/ou também de melhoramento genético, servindo 
assim como uma ferramenta visando alcançar os objetivos propostos para o indivíduo. 
3 
 
Dentre as diversas estratégias à serem abordadas para um melhoramento 
genético destaca-se tanto uma área de coleta de sementes com árvores matrizes 
selecionadas (ACS-ms - curto prazo) quanto um pomar de sementes por mudas (PSM 
- médio a longo prazo) proveniente de um teste combinado de progênies e 
procedência (TCPP). 
Portanto, a estratégia de melhoramento da espécie Cedrela odorata tem como 
objetivo o incremento do diâmetro, resultando no aumento da produção de madeira, 
e a diminuição do teor de extrativos. A ideia é conciliar uma maior produção de 
madeira, no caso o diâmetro, com uma menor produção de extrativos, evitando 
problemas no sistema produtivo de desdobro da madeira. Para o êxito dos objetivos 
se fará o uso das técnicas de elaboração de uma ACS-ms e de um TCPP, 
transformando-o posteriormente em um PSM, alcançando assim o objetivo proposto 
 
 
4 
 
2. OBJETIVO 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Realização de uma estratégia de melhoramento genético usando a produção 
de sementes provenientes de árvores selecionadas, para o incremento do diâmetro e 
diminuição do teor de extrativos, em um curto e longo prazo, para a Cedrela odorata. 
 
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
Delimitar três Áreas de Coleta de Sementes de diferentes procedências, 
visando a obtenção de sementes melhoradas em um curto prazo de tempo. Em 
seguida, desenvolver três Pomar de Sementes por Mudas proveniente dos Testes 
Combinados de Procedências e Progênies, visando a obtenção de sementes 
melhoradas a médio e a longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESPÉCIE 
 
A espécie Cedrela odorata é conhecida popularmente como Cedro, Cedro-
Cheiroso, Cedro-Rosa, Cedro-Branco, Cedro-Vermelho, Cedro-Pardo, Cedro-
Verdadeiro, Cedro-do-Brejo. A sua distribuição natural ocorre desde a América do 
Sul, sendo a Argentina o seu extremo meridional com 28° de latitude, passando pela 
a América Central em países como Costa Rica e Nicarágua e vai até a América do 
Norte, sendo o México o extremo setentrional na latitude de 26° N. No Brasil, pode 
ser encontrada na Floresta Amazônica e na Mata Atlântica, variando dos 100 aos 
1.500 m de altitude. Se tratando de temperatura, a média anual fica entre 23 e 26 °C, 
sendo a média dos meses mais quentes entre 27 e 36 °C e a média dos meses mais 
frios entre 11 e 22 °C (CINTRON, 2014). Quanto a pluviosidade, vai desde 1.300 mm 
até 3.000 mm por ano, tolerando longas estações de seca. O Cedrela odorata é 
avistado em solos profundos, argilosos, bem drenados e úmidos de terra firme 
(LORENZI, 2013). A espécie é pioneira e usada para restauração de áreas 
degradadas, pois pode ser utilizada para fins medicinais e também a venda da 
madeira em si (KEW, 2015), sendo muito abundante na camada superior das florestas 
e em associação com pastagens, café e cacau (CONABIO, 2015). 
 
 
Figura 1. Ocorrência da Cedrela Odorata no mundo como nativa e exótica. Fonte: World Agroforestry, 
2009. 
6 
 
 
Figura 2: Áreas de ocorrência natural de Cedrela odorata L. 
Fonte. Lista de Espécies da Flora do Brasil, 2015. 
 
3.2 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 
 
Segundo Lorenzi (2013), é uma árvore de grande porte, podendo alcançar de 
25 a 35 metros de altura, com rápido crescimento por semente e por estaca. É uma 
espécie decidual, possuindo sapopemas na base e um tronco que pode atingir entre 
90 a 150 centímetros de diâmetro. Os ramos quando novos podem desprender um 
odor de alho, quando são quebrados. A morfologia das folhas se dão por compostas, 
alternadas, paripinadas com 25 a 35 centímetros de comprimento. A madeira é de 
leve densidade com 0,66 g/cm³, macia e fácil de se trabalhar. Ela também apresenta 
boa resistência mecânica e moderadamente resistente ao ataque de pragas. 
Os constituintes químicos do Cedrela odorata são: goma resina semelhante 
a goma arábica, contendo 74% de arabina, matérias mucilaginosas, tanino, óleo 
essencial e princípio-amargo (PLANTAMED, 2015). 
 
 
 
7 
 
3.3 FENOLOGIA E REPRODUÇÃO 
 
São plantas monoicas, de inflorescência terminal com flores brancacentas e 
frutos do tipo cápsula de 2 a 3,5 cm de comprimento, sendo esta sua principal 
diferença da espécie Cedrela fissilis que possui frutos maiores, por volta de 4,5 a 8,5 
cm. A espécie também apresenta pequenas sementes aladase achatadas com 
dispersão anemocórica. Sua florescência ocorre entre Dezembro e Fevereiro, e seus 
frutos aparecem após o mês de Maio, quando a árvore está totalmente sem folhas. A 
espécie produz grande quantidade de sementes (LORENZI, 2013). As flores são 
polinizadas por abelhas no qual fornece uma boa fonte de néctar para a cultivo de 
mel (KEW, 2015). 
As sementes apresentam aproximadamente 18.500 a 40.000 sementes/kg e 
tem como medida com asa cerca de 3 a 4 centímetros de comprimento e 1 – 1,4 
centímetros de largura. Sem a asa, medem 8 a 10 milímetros de comprimento e 5 a 
6 milímetros de largura. Pode haver um índice de germinação de 75 a 85% e a 
semente pode durar até 6 meses. As sementes são recalcitrantes e perdem o vigor 
se armazenadas em ambiente com baixa umidade (LORENZI, 2013). 
A idade reprodutiva do gênero Cedrela varia de 10 a 15 anos e cada árvore 
isolada do gênero Cedrela produz em média 1.500 frutos, com 60 mil sementes férteis 
por ano (RIOESBA, 2008), sendo aproximadamente 3 kg por árvore. 
O preço do mercado segundo o Instituto Brasileiro de Florestas é de R$ 
570,00 por kg, com isso observa-se que cada árvore aproximadamente irá obter como 
receita R$ 1.710,00 por ano. 
 
 
Figura 3. Imagem da esquerda: fruto aberto. Imagem da direita: semente alada. Fonte: KEW, 2015. 
8 
 
3.4 CARACTERÍSTICAS SILVICULTURAIS 
3.4.1 Coleta de sementes 
 
A escolha das árvores matrizes visando a coleta de sementes devem 
representar a variação da população local, evitando assim a inclusão de árvores meio-
irmãs, adotando uma distância de 100 metros entre as árvores escolhidas conforme 
ressaltado por Callaham (1964, apud Firkowski, 1983). Ferreira e Araújo (1981, apud 
Firkowski, 1983), recomendam que não haja a coleta sementes de árvores isoladas 
quando não se conhece o sistema de polinização, visando evitar a inclusão de 
sementes provenientes de autopolinização. 
Segundo Firkowski (1983), as sementes do gênero Cedrela devem ser 
coletadas antes que os frutos atinjam um alto grau de maturação e realizem a 
liberação das sementes. 
O gênero Cedrela normalmente apresenta árvores altas, sendo necessária a 
escalada para alcançar os frutos, porém é uma atividade difícil e demorada. O 
equipamento escolhido deve ser leve e compacto para facilitar o transporte através 
da floresta, sendo preferencialmente utilizado as esporas com cinturões de segurança 
para tal atividade (FIRKOWSKI, 1983). 
Conforme experiência prática realizado na aplicação na coleta de sementes 
de Cedrela fissilis por Firkowski (1983), o mesmo sugere que haja uma coleta 
utilizando um sistema de atiradeira (funda ou estilingue) por meio do lançamento de 
um peso, podendo ser uma porca de ferro de ¾ de polegadas, por cima do galho 
escolhido, sendo este peso ancorado a uma linha de pesca de nylon (0,6 mm de 
diâmetro e 50 m de comprimento), sendo posteriormente unida com um nó de união 
a uma corda de nylon com 1 cm de diâmetro e 50 m de comprimento, instalando assim 
a corda no galho e realizando a aplicação de golpes secos e rápidos em sentido 
contrário ao movimento do galho. 
Tal procedimento apresentou uma maior segurança, rapidez e facilidade no 
transporte do equipamento se comparado a escalada na árvore. 
Segundo Lorenzi (2013), para obtenção de sementes, ao se colher os fruto 
pode levá-los ao sol para a liberação das sementes, que devem ser coberta com uma 
tela fina para evitar que as sementes sejam levadas pelo vento. 
9 
 
Os frutos que não liberarem as sementes naturalmente após a secagem 
devem ser levemente batidos contra uma superfície rígida para liberação da semente 
conforme procedimento adotado por Firkowski (1983). 
Para a retirada da asa das sementes, Firkowski (1983) recomenda a 
utilização de um saco de pano fino de algodão para a colocação de uma porção de 
aproximadamente 6 g de sementes, assim amarrando-o e com movimentos de 
esmagamento e trituração aplicados manualmente, as asas se quebrem e assim 
permaneçam as sementes misturadas ao pó fino proveniente das asas trituradas. Tal 
pó fino deve ser separado das sementes mediante assoprando-se a mistura sobre 
uma peneira. 
 
3.4.2 Produção de mudas e práticas de viveiro 
 
Deve-se germinar as mudas em canteiros com substrato orgânico-arenosos, 
em pleno sol. Também é aconselhado cobrir elas com uma camada fina de substrato 
peneirado e regar por volta de duas vezes ao dia. A germinação é epígea e ocorre 
entre 12 ou 18 dias. Em 70-120 dias de transplante em saquinhos individuais já podem 
ser levadas para plantio no local definitivo. O desenvolvimento das plantas no campo 
é considerado rápido, podendo atingir 3-4 metros de altura em 2 anos (LORENZI, 
2013). 
 
3.4.3 Manejo da espécie 
 
Para o crescimento da espécie Cedrela odorata é necessário plantá-las em 
áreas abertas ou clareiras, pois é uma espécie considerada pioneira. É ideal o cultivo 
dessa espécie em consórcio com outras espécies, de preferência espécies perenes, 
sendo assim diminuindo a ameaça de ataque da broca (Hypsipyla grandella Zeller) 
(CONAFOR). Portanto, se o objetivo é enriquecimento, o recomendável é plantar 10 
a 15 indivíduos por hectare (CATIE, 1997, apud Maderas Sulamerica). O ataque é 
mais intenso nas estações chuvosas, porém em plantios de baixa densidade como de 
100 árvores por hectare e em consórcio, este ataque pode ser evitado (Toledo et al. 
2008, apud Ministerio de Ambiente y Desarollo Sostenible de Colombia). Em caso de 
10 
 
ataque, tem que fazer a poda dos ramos que foram atacados (Morales e Herrera 2009, 
apud Ministerio de Ambiente y Desarollo Sostenible de Colombia). 
Pela possibilidade de ataque da broca, o cedro cheiroso deve estar em 
consórcio com espécies de rápido crescimento como Leucaena leucocephala, 
Tectona grandis, Enterolobium cyclocarpum com o objetivo de diminuir os focos do 
inseto e fornecer sombra para o crescimento inicial dos indivíduos consorciados. 
Entretanto, não é indicado plantar eucalipto e espécies de crescimento mais acelerado 
que o do cedro para não ocorrer sobreposições entre espécies para o cedro não entrar 
em competição com os mesmos (Maderas Sulamerica) 
O manejo tem como objetivo o desbaste das espécies que menos 
desenvolveram para que os indivíduos remanescentes cresçam mais rápido para a 
produção de madeira de boa qualidade. Toda a parcela deve ser manejada, 
principalmente se as outras espécies que estão no consórcio são para a produção de 
madeira. O recomendado é fazer de 4 a 5 desbastes para que permaneça uma média 
de 200 a 300 árvores por hectare. Portanto, o ciclo pode ser de 20 a 30 anos (CATIE, 
1997, apud Maderas Sulamerica). Segundo Maga 1998 (apud Maderas Sulamerica), 
foi observado uma média de incremento de 11 a 22 metros cúbicos por hectare/ano. 
 
3.5 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 
A madeira é uma das melhores do país, com ótima utilização para laminados, 
móveis, lambris, compensados e para tabuado em geral. É planta, insubstituível na 
composição de reflorestamentos heterogêneos. 
Patiño (1997) trata como a espécie mais importante e amplamente 
distribuídas do gênero Cedrela, tendo sua madeira em alta demanda na América 
como madeira serrada, madeira compensada e marcenaria. Possui um cheiro 
agradável, sendo assim também é usado como embalagem para charutos em 
Havana. 
O óleo essencial de Cedrela odorata possui um potente odor. É usado 
principalmente para a aromatização de determinados sabões, sprays, desinfetantes, 
etc (MOTL e TRKA, 1973). 
Ainda segundo Motl e Trka (1973), o óleo é preparado a partir da madeira da 
árvore Cedrela odorata L. e frequentemente proveniente do material de resíduos que 
11sobraram na produção caixas de charuto, armários, etc. Bem como possui como 
principal área de produção o Brasil, onde cresce no sul do país. A estimativa anual de 
produção no Brasil, que é o seu produtor principal, varia entre 500 e 700 kg. Pequenas 
quantidades também são produzidos na área do Caribe e América Central. 
Possui grande interesse medicinal com base em suas propriedades 
apresentadas no site Plantamed (2015) sendo adstringente, antiespasmódico, 
aperiente, febrífugo, inapetência, tônico, tônico amargo e vermífugo, possuindo como 
indicações para cortes, diarreia, disenteria, doença venérea, espasmo, febre, ferida, 
infecção em machucado, bronquite, úlcera e vermes. 
Segundo um estudo de mercado feito pela ITTO (Organização Internacional 
de Madeiras Tropicais), por meio de consultas ao DOF (Documento de Origem 
Florestal), no ano de 2008, metade da produção proveniente da Amazônia foi para a 
região centro-sul do Brasil. Desta metade, o Paraná consumiu por volta de 5.844 m³. 
Ainda neste mesmo ano, metade da produção de madeira serrada de C. odorata da 
Amazônia era dirigida a mercados do sul do país, principalmente São Paulo 
responsável por 20,0% dela. Em se tratando de madeira laminada, por volta de 72,8% 
da produção foi para o Paraná. Também em 2008, o preço médio do m³ da madeira 
serrada no Paraná alcançou U$ 704. Estes valores podem ser ainda maiores se 
tratando do m³ da lâmina decorativa que neste mesmo ano era negociada por U$ 
1.025. Além do estado do Paraná ser um dos principais consumidores desta espécie, 
o porto de Paranaguá ocupa o 2° lugar como destino para as exportações de C. 
odorata, perdendo apenas para o porto de Belém. Através destes dados, é possível 
ver o potencial econômico da espécie para a região centro-sul do Brasil, aliado ao 
grande valor agregado que a sua madeira tem tanto no mercado nacional, quanto 
internacional. 
Há uma maior agregação de valor na madeira do Cedrela odorata quando 
utilizada para a produção de painéis laminados, porém para um bom painel laminado 
há a necessidade de um processo produtivo adequado. 
Segundo Maloney (1993, apud LIMA, 2011), existem alguns casos, nos quais 
as variações quantitativas e os tipos de extrativos representam importante parte no 
processo produtivo, podendo apresentar problemas no consumo de resina e na taxa 
de cura. Como consequência, podem ser constatadas baixas resistências à umidade 
em produtos acabados e também problemas com o estouro de painéis durante a 
prensagem. 
12 
 
Entende-se os extrativos como compostos químicos que não fazem parte da 
estrutura da madeira, no qual geralmente são formados a partir de graxas, ácidos 
graxos, fenóis, terpenos, taninos, óleos essenciais gorduras, resinas, ceras, gomas 
amidos, etc. Tendem a ter em proporção quantitativa de 5% a 30%, podendo ser 
extraídos por solventes (SJOSTRON, 1993 apud LIMA, 2011). 
De acordo com Cloutier (1998, apud LIMA, 2011), as espécies que 
apresentam um alto teor de extrativos, são propensas a estouros no final do ciclo de 
prensagem. Enquanto as espécies com baixo teor de extrativos são as mais indicadas 
para a produção de aglomerado convencional. 
 
3.6 VARIABILIDADE E HERDABILIDADE 
 
Segundo Monsalvo et al. (2003), em Veracruz situada no México, foram 
avaliadas 42 famílias em um teste de progênies com polinização aberta de Cedrela 
odorata. Com esse estudo, os autores perceberam que houve pouca diferença para 
as características analisadas de crescimento. Também foi notado que há 
herdabilidade significativa a nível individual e entre famílias respectivamente, de 62% 
e 65% para altura; 38% e 59% para o diâmetro a altura do peito e 54% e 59% para o 
volume da árvore. Portanto, após avaliar a seleção de dois cenários, avaliou-se um 
ganho em volume de até 50% aos cinco anos. 
Burley e Lamb (1971 apud Firkowski, 1983) relatam que aos 12 meses, os 
testes internacionais organizados pelo Commonwealth Forestry Institute (CFI) 
apresentando 9 procedências de Cedrela odorata, 4 de Cedrela mexicana e uma de 
Cedrela angustifolia em 17 países, apresentara grande evidência na variação entre 
as procedências nos quesitos: crescimento e forma da árvore; e ainda certa evidência 
de interação procedência-local. 
Em 3 locais da Nigéria, Omoyiola (1972 apud Firkowski, 1983) verificou uma 
variação no crescimento em altura aos 18 meses nos ensaios do CFI. 
Firkowski (1983) concluiu que na Cedrela fissilis existiu uma considerável 
magnitude de variância genética tanto entre as procedências, como entre progênies, 
para as características de crescimento inicial como altura, diâmetro de colo e peso 
seco de mudas. Em seu trabalho verificou que as características de crescimento 
inicial obtiveram uma variância genética variando entre procedências, de 57% a 90%, 
13 
 
e entre progênies, de 2% a 58%, afirmando assim que o melhoramento genético do 
cedro, baseado na seleção de procedências pode proporcionar um ganho genético 
maior do que baseando-se na seleção de progênies. 
Dois estudos com o melhoramento do Cedrela odorata obtiveram uma boa 
seleção de indivíduos devido à alta variabilidade genética das amostras. 
No Instituto Florestal de Oxford no Reino Unido houve um importante estudo 
com as sementes de Cedrela odorata, vindas de 14 procedências de 21 países no 
ano de 1967, porém não houve grande êxito na instalação dos testes por causa de 
problemas com H. grandella e pelos sítios pobres das áreas de experimento 
(WHITMORE, 1978 apud CUSATIS, 2014). 
Houve um relativo êxito com algumas alterações na forma da árvore e pouca 
incidência da praga broca nos testes realizados nos países da África utilizando o 
mesmo lote de sementes utilizados nos países tropicais (BURLEY; NIKLES, 1973; 
CHAPLIN, 1980, apud CUSATIS, 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
4. MATERIAL E MÉTODOS 
4.1 ESTRATÉGIA DE MELHORAMENTO 
 
Será realizada uma estratégia de melhoramento para Cedrela odorata a curto 
e longo prazo. Na população base as árvores superiores serão selecionadas 
fenotipicamente e mediante o seu teor de extrativo obtido pela técnica de 
espectroscopia no infravermelho próximo (NIR – Near Infrared Spectroscopy), 
portanto será base para área de coleta de sementes em um curto prazo. Após a coleta 
das sementes e a realização dos cruzamentos, o teste de progênie será instalado e 
após a primeira avaliação, ocorrerá desbastes seletivos para a obtenção do Pomar 
de Sementes por Muda para uma estratégia a longo prazo. 
 
Figura 4. Esquema da estratégia de melhoramento. Fonte: Os autores. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4.2 POPULAÇÃO BASE 
 
Segundo Carvalho (2003, apud Schmitz, 2014), destaca que densidade é 
baixa com os indivíduos adultos, podendo haver uma ocorrência de três árvores por 
hectare nas localidades do sul do Brasil. Portanto a densidade revela um controle com 
a broca-do-cedro e a característica da espécie, na qual procura por áreas mais 
abertas para seu crescimento. 
A população base para posterior seleção de árvores será realizada na 
Floresta Ombrófila Densa, localizada no Litoral Centro-Sul, mais especificamente nos 
estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Será considerada uma população 
base de 1.500 árvores, procurando manter uma proporção igual para os três estados. 
Segundo Cusatis (2014), ao se tratar do Cedrela fissilis, quanto maior for a 
abrangência territorial de amostragem, maior será o número de população avaliadas, 
assim se terá uma maior variabilidade visto que a maior variabilidade do Cedrela 
fissilis é entre procedências. 
Com base no trabalho e nas análises de comparaçõesde Cusatis (2014), 
para um melhor melhoramento genético e domesticação da espécie deve-se amostrar 
um maior número de procedências possível e reduzir o número de progênies por 
procedência. Quanto a conservação genética o foco deve estar na preservação da 
população, aumentando o número de progênies por população. 
 
4.3 SELEÇÃO DE ÁRVORES 
 
Com base na literatura consultada, o tipo de seleção de árvores será o de 
índice combinado, a ideia é de trabalhar com um número de 150 árvores de três 
diferentes procedências, provenientes das regiões litorâneas dos estados de São 
Paulo, Paraná e Santa Catarina. Essa seleção de árvores corresponde a 10% da 
população base. O nosso projeto é baseado em apenas a distribuição de uma 
subpopulação. Os principais critérios para a seleção destas árvores, são que elas 
apresentem maiores diâmetros e menores teores de extrativos, sendo este adquirido 
mediante a tradeio da árvore e posterior aplicação da técnica de espectroscopia no 
infravermelho próximo (NIR – Near Infrared Spectroscopy). 
16 
 
Serão escolhidas as árvores com maiores DAP e destas será realizado a 
obtenção de um filete de madeira com a utilização de um trado semelhante ao 
utilizado em coníferas, junto à altura de 1 metro. 
Com base nos ensaios realizados por Magalhães et al. (2003), a amostra será 
seca a 60 ºC durante 24 h visando a garantia da umidade igual entre todas amostras, 
sendo que posteriormente o filete de madeira será moído e retido em uma peneira de 
número 40. 
Os espectros serão obtidos no espectrofotômetro de infravermelho próximo 
NIRS System 6500. Será equipado com porta-amostras do tipo célula spining, 
apresentando um fundo de quartzo e um diâmetro de 3,8 cm, com uma profundidade 
de 0,9 cm. Esta célula será semipreenchida com o pó de madeira que ficará mantido 
comprimido no interior da célula mediante uma tampa de papelão dura. 
A utilização da técnica do NIR, segundo Karaman (2008), representa uma 
economia do tempo, esforço e de dinheiro para a obtenção dentre outras 
propriedades, o teor de extrativos. 
A seleção das principais características deste programa de melhoramento 
genético se dará por índice combinado. A seleção por índice combinado é de grande 
valia no melhoramento florestal (COTTERILL, 1986; COTTERILL & DEAN, 1990 apud 
RESENDE e HIGA, 1994), tendo Falconer (1987, apud Gonçalves et al., 2007) 
afirmando que a seleção de índices combinados é tão boa ou superior aos outros 
métodos que podem ser utilizados. 
O índice combinado, segundo Lush (1945 apud RESENDE e HIGA, 1994) é 
um dos casos mais simples de estimação de valores genéticos, pois se refere à um 
só caráter e em duas fontes de informação, sendo o próprio indivíduo e a família que 
este pertence. 
Segundo Gonçalves et al. (2007), a utilização do índice combinado se 
mostrou ser a alternativa que apresentou os maiores ganhos preditos dentre os 
diversos índices de seleção testados na seleção e herdabilidade na predição de 
ganhos genéticos do maracujá-amarelo. Por meio do índice combinado, ficará 
estabelecido que a característica do DAP será a principal na tomada de decisão dos 
melhores indivíduos, tendo um peso de importância maior quando comparada ao teor 
de extrativos. 
É muito importante definir o tamanho efetivo na plantação de alguma espécie 
para determinar a área mínima no cultivo in situ. Há muita divergência quanto ao 
17 
 
número ideal para a conservação de uma espécie. O tamanho efetivo proposto é de 
50 a 500 indivíduos, como sendo aceitável para evitar a perda de alelos incomuns em 
limitadas gerações e para a duração destes alelos ao longo do tempo, 
respectivamente segundo Sebbenn (1997) e Kageyama e Lepsh-Cunha (2001) (Apud 
Frankel e Soulé, 1981). Este valor é obtido por meio de cálculos provenientes da 
fórmula: 
𝑁𝑒 = 4𝑛𝑓 
Cálculo de perda de heterezigosidade, onde nf é o número de matrizes selecionadas 
 
Pelo fato do nosso programa trabalhar com 150 árvores matrizes 
selecionadas, o tamanho efetivo será de 600. Este valor está acima da média 
recomendada pela literatura, mas não isso não implica em problemas para o projeto 
de melhoramento, tendo em vista que quanto maior o Ne, maior o ganho em 
variabilidade genética. 
 
4.4 ÁREA DE COLETA DE SEMENTES COM MATRIZES SELECIONADAS (ACS-
ms) 
 
A Lei n° 10.711 de 5 de agosto de 2003 e o Decreto Federal n° 5.153 de 23 
de julho de 2004 dão legitimidade a produção de sementes florestais e determinam o 
tipo de sementes de acordo com a produção. A obtenção das sementes 
geneticamente melhoradas pode ser dada por meio de uma Área de Coleta de 
Sementes (ACS) - área onde se coleta as sementes podendo ser segmentada em 
quarto na categoria identificadas: ACS-ns - Área Natural da Coleta de Sementes; 
ACS–nm - Área Natural de Coleta de Sementes com Matrizes Marcadas; ACS – as - 
Área Alterada de Coleta de Sementes; ACS–am - Área Alterada de Coleta de 
Sementes com Matrizes Marcadas; e na categoria selecionada: ACS-ms - Área de 
Coleta de Sementes com Matrizes Selecionadas (AGEITEC). 
Haverá três áreas de coleta de sementes, sendo cada uma localizada em um 
dos estados participantes do projeto. Ao todo serão coletadas sementes de 150 
matrizes selecionadas, sendo 50 de cada procedência. As árvores matrizes serão 
selecionadas com base nas características fenotípicas das mesmas e com base na 
quantidade de teor de extrativos, e estas demarcadas fisicamente com as suas 
coordenadas geográficas registradas. 
18 
 
Após a colheita das sementes, as mesmas serão armazenadas e 
transportadas para o viveiro parceiro que fornecerá as mudas. 
As sementes oriundas das ACS-ms servirão para obtenção de sementes 
geneticamente melhoradas em uma estratégia a curto prazo, bem como originará as 
sementes para confecção do teste de progênies e posterior Pomar de Semente por 
Mudas. 
Serão comercializadas desde o primeiro ano realizando uma rotação de 
coleta de 3 anos, ou seja, serão coletadas anualmente as sementes de uma área por 
vez. Do total de sementes coletadas, 50% será destinada ao proprietário das áreas 
conforme acordo a ser realizado entre as partes. 
O preço de venda será de R$ 570,00 por kg, e sabendo-se que cada árvore 
produz cerca de 3 kg anualmente, o valor adquirido será de R$ 1.710,00 árvore/ano. 
 
4.5 TESTE COMBINADO DE PROCEDÊNCIA E PROGÊNIES 
 
O teste combinado de procedência e progênies (TCPP) será realizado nos 
municípios de Morretes, Rio Negrinho e Peruíbe, respectivamente nos estados do 
Paraná, Santa Catarina e de São Paulo. Os municípios foram escolhidos devido a sua 
localizações geográficas estarem dentro da área de ocorrência da Floresta Ombrófila 
Densa, sendo o habitat natural da Cedrela odorata, e também para verificar as 
melhores adaptabilidades em diferentes locais. 
O terreno adquirido para elaboração de cada TCPP possui uma área de 5 ha, 
totalizando em 15 ha ao todo para as três áreas. O terreno do município de Morretes 
tinha como proprietário uma empresa responsável pelo plantio comercial de 
Calophyllum brasiliense Camb., espécie esta conhecida popularmente como 
guanandi, que atinge cerca de 25 metros de altura e 50 cm de diâmetro (FIUSA et. al, 
2012). 
Foi firmado um acordo de que a empresa entregaria os 5 ha destocados, e 
manteria a produção do guanandi normalmente nos talhões ao redor, servindo assim 
como isolamento, visando evitar polinização de árvores externas junto às árvores 
presentes no TCPP. O guanandi ficará mais afastado da bordadura para não afetar o 
crescimento dos cedros com sua sombra, sendo tal distância igual à 30 metros, 
baseando-se no tamanho da sua copa. 
19 
 
Nas demais cidades foirealizado o plantio do guanandi ao redor do TCPP 
utilizando as mudas produzidas pela empresa antiga proprietária do terreno localizado 
no município de Morretes, sendo tais mudas cedidas para o projeto em questão de 
acordo com cláusula do contrato da compra do terreno de Morretes. 
As áreas analisadas foram na faixa de terra de segunda classe, que 
apresentam o relevo de levemente ondulado a plano, propício as boas práticas 
silviculturais como a instalação do TCPP. 
O plantio será realizado com as mudas confeccionadas provenientes de 
parcerias com horto municipais das prefeituras de Morretes, Rio Negrinho e Peruíbe, 
bem como o apoio de órgãos estaduais como IAP (Instituto Ambiental do Paraná), 
FATMA (Fundação do Meio Ambiente) e Fundação Florestal. Estes que em convênio 
com o projeto de melhoramento genético do Cedrela odorata ficarão responsáveis 
para a elaboração do total de 10.500 mudas, sendo estas provenientes das sementes 
coletadas nas ACS-ms. 
Nesta parceria, os hortos municipais receberão todo o apoio técnico da 
equipe responsável pelo projeto, realizando assessoria técnica na produção de 
mudas de C. odorata e as demais do hortos municipais, além do receber sementes 
de Cedrela odorata para utilização própria no município. Havendo assim uma troca 
de conhecimentos e apoio entre a equipe do programa de melhoramento e os hortos, 
da mesma forma que acontecerá com o apoio e assessoria dos órgãos estaduais com 
a equipe. 
 
4.6 TIPO DE CRUZAMENTO OU RECOMBINAÇÃO 
 
Segundo Resende, polinizações abertas e polinizações controladas são as 
opções para uma produção de sementes. As categorias de Área de Coleta de 
Sementes, Área de Produção de Sementes e Pomar de Sementes por Mudas estão 
integradas à polinização aberta. 
Para determinar os parâmetros genéticos das espécies, foi constatado que o 
delineamento com progênies onde se há conhecimento apenas da mãe (meio irmãos) 
de polinização aberta, acarreta em estimativas acuradas a herdabilidade em relação 
ao sentido restrito (HUBER et al. 1992, apud RESENDE). 
20 
 
A parte significativa do melhoramento é a variabilidade genética aditiva, pois 
é o elemento que é passado ao seu progênito. Portanto, espécies florestais a 
herdabilidade é essencial no sentido restrito (RESENDE, M. D. V. 2005). 
Baseado no recomendado pela literatura e por ser mais vantajoso do ponto 
de vista de ganhos genéticos, aliado ao custo benefício, a polinização aberta foi a 
escolhida para o tipo de cruzamento neste projeto. 
 
4.7 REPETIÇÕES E DELINEAMENTO 
 
O TCPP será conduzido de tal forma que haverá 4 blocos, onde as 150 
famílias estarão distribuídas aleatoriamente, sendo que cada família será 
representada por 5 indivíduos. Desta forma, serão avaliadas 750 árvores por bloco 
totalizando em 3.000 por TCPP, para chegar a escolha das melhores famílias e 
procedências. Estas árvores serão alocadas em uma parcela de aproximadamente 3 
ha em cada TCPP, onde o espaçamento inicial será de 3x3 m. Um desenho com a 
representação simplificada do delineamento pode ser observado na Figura 5 em 
seguida. 
 
 
Figura 5. Teste Combinado de Procedência e Progênie. Fonte: Os autores. 
21 
 
Serão avaliadas características como o DAP e o baixo teor de extrativos, 
sendo este adquirido mediante análise junto a técnica NIR, citada anteriormente. 
A condução do experimento se dará com a redução da densidade inicial por 
meio de desbastes, estes que serão realizados nos anos 3, 6 e 10, chegando nos 
melhores indivíduos das melhores famílias até atingir por volta da metade do número 
de indivíduos, que no caso seria uma redução de 150 para as 75 melhores famílias 
quando atingir os 10 anos de idade (50% da rotação). No último desbaste (aos 10 
anos) será efetuada a retirada das árvores de bordadura para a finalização do TCPP. 
Na Figura 6 a seguir, pode-se observar uma esquematização de como ficará o 
desenho final do TCPP. 
Serão coletadas as sementes do TCPP a partir dos 10 anos para 
comercialização, taxando um valor de aproximadamente R$ 830,00 o kg, possuindo 
assim um valor agregado se comparado às sementes provindas da ACS. Será 
realizado a rotação de uma área de TCPP por ano. 
 
Figura 6. Teste Combinado de Procedência e Progênie após desbastes. Fonte: Os autores. 
 
 
 
22 
 
4.8 POMAR DE SEMENTES POR MUDAS 
 
O Pomar de Sementes por Mudas (PSM) é uma área onde os melhores 
indivíduos são plantados por meio de um planejamento (delimitação do plantio e 
manejo), isolados para que não haja pólen de uma árvore externa que não foi 
selecionada. O PSM é formado por meio de um Teste de Progênie com o desbaste 
dos indivíduos inferiores (AGEITEC). 
Cada geração pode apresentar um ganho genético entre 10% a 20%, embora 
o ganho real seja entre 5% (AGEITEC). A cada geração formada há um ganho 
genético, porém o número de indivíduos diminui o que ocasiona numa estagnação no 
ganho genético. 
 
. 
Figura 7. Desenvolvimento de Pomares de Sementes. Fonte: Ambiente Brasil. 
 
Com base nas análises acerca do DAP e do baixo teor de extrativos, o PSM 
será realizado quando o TCPP atingir 20 anos de idade vegetativa, desbastando 
assim os indivíduos inferiores nos critérios estabelecidos. 
 
 
23 
 
5 RESULTADOS ESPERADOS 
5.1 GANHO GENÉTICO 
 
Como mencionado anteriormente, para a característica DAP, há na literatura, 
valores para a herdabilidade, e a herdabilidade média geral para as demais 
características. Porém, não foi encontrado um valor para o ganho genético do DAP, 
nem um ganho genético médio para as características em geral. 
Para a segunda característica de interesse, também não foi encontrado na 
literatura valores de referência específico para herdabilidade e de ganho genético da 
característica de teor de extrativo. Portanto é uma justificativa para a execução desta 
pesquisa a fim de se obter mais conhecimento a respeito se a característica é 
herdável, se o ganho genético é atrativo, e por fim se ela é viável financeiramente. 
Os dados obtidos em cada ano do TCPP serão submetidos a um teste de 
normalidade para verificar se os mesmos são bem representados por uma distribuição 
normal; análise de variância (Tabela 1) para se determinar se há diferenças 
significativas entre as médias das dados das famílias selecionadas com a população 
base por meio do teste de Tukey a 5% de probabilidade. O teste de Tukey tem como 
base a Diferença Mínima Significativa que leva em conta o desvio padrão e o número 
de repetições. 
 
TABELA 1. ANÁLISE DE VARIÂNCIA DE UM TESTE DE PROGÊNIE 
ESTABELECIDOS EM BLOCOS CASUALIZADOS. 
Fonte de Variação GL QM a) Individual b) Média de parcelas*
Blocos (repetições b-1 Q1 σ²d + n σ²e + pn σ² b σ²d / + n + σ²e + p σ² b
Progênies (tratamentos) p-1 Q2 σ²d + n σ²e + bn σ² p σ²d / + n + σ²e + b σ² p
Resíduo (entre parcelas) (b-1) (p-1) Q3 σ²d + n σ²e σ²d / + n + σ²e 
Resíduo (dentro de parcelas pb (n-1) Q4 σ²d σ²d *
TOTAL pbn - 1
Onde: b = número de blocos; p = número de progênies; n = número de árvores por parcela;
σ²d = variância dentro da parcela (*calculada à parte); σ²e = variância entre parcelas; σ²p = variância de progênies;
Simbologia Esperança do QM
 
 
 
 
24 
 
Outros parâmetros importantes para o melhoramento genético e sua forma 
de cálculos podem ser observados na Tabela 2 a seguir: 
 
TABELA 2. FÓRMLAS PARA ESTIMAR OS PARÂMETROS DE INTERESSE PARA 
O MELHORAMENTO GENÉTICO 
σ²a 4σ²p
σ²f σ²d + σ²e + σ²p + σ²b
σ²mf σ²p + (σ²e / b) + (σ²d + σ²bn)
h²ie σ²a / σ²f 
h²mf (⅟4) σ²a / σ²mf
h²d (¾) σ²a / σ²d
Herdabilidade (para indivíduos no experimento)
Herdabilidade (para famílias)
Herdabilidade(para indivíduos dentro de famílias)
Parâmetros Simbologia Fórmula
Variância Genética Aditiva
Variância fenotípica (indivíduos no experimento)
Variância fenotípica (para médias de famílias)
 Por fim, o ganho genético tanto da ACS, quanto do PSM serão calculados por 
meio das fórmulas presentes na Tabela 3. 
 
TABELA 3. FÓRMULAS UTILIZADAS PARA O CÁLCULO DE GANHO GENÉTICO 
EM ACS E PSM. 
Método de melhoramento Fórmula usando o i e o CVf
Área de Coleta de Sementes Gs = (⅟2) i . CVf . h² ie
Pomar de Sementes por Mudas Gs = (ds mf h² mf) + (ds d h² d)
Onde CV = Coeficiente de Variação da população onde as matrizes foram selecionadas
Fórmula usando o ds
Gs = (⅟2) ds h² ie
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
6 CRONOGRAMA 
 
TABELA 4. ATIVIDADES DO PROJETO AO LONGO DOS ANOS. 
 
ATIVIDADE 
2016 (ano 0) 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Seleção das árvores 
Coleta e beneficiamento das 
sementes 
 
Produção das mudas 
Preparação do solo 
Plantio das mudas no TCPP 
ATIVIDADE 
2017-2018 (ano 1 e 2) 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Manutenção do TCPP 
Coleta de semente ACS 
ATIVIDADE 
2019 (ano 3) 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Avaliação do TCPP 
Desbastes do TCPP 
Coleta de semente ACS 
ATIVIDADE 
2020-2021 (ano 4 e 5) 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Coleta de semente ACS 
ATIVIDADE 
2022 (ano 6) 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Avaliação do TCPP 
Desbastes do TCPP 
Coleta de semente ACS 
26 
 
ATIVIDADE 
2023-2025 (ano 7, 8 e 9) 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Coleta de semente ACS 
ATIVIDADE 
2026 (ano 10) 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Avaliação do TCPP 
Desbastes do TCPP 
Coleta de semente ACS 
ATIVIDADE 
2027-2035 (ano 11 ao ano 19) 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Coleta de semente ACS 
Coleta de semente TCPP 
ATIVIDADE 
2036 (ano 20) 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Coleta de semente ACS 
Coleta de semente TCPP 
Avaliação do TCPP 
Realização do PSM 
Fonte: Os Autores. 
 
 Será realizado monitoramento anual em todas áreas de TCPP por parte do Engenheiro Florestal/Responsável técnico pelo 
programa. 
 
 
 
 
 
27 
 
7 EQUIPE TÉCNICA 
 
TABELA 5. EQUIPE DESIGNADA PARA O PROJETO. 
1 Engenheiro Florestal 
1 Técnico Florestal e 2 Auxiliares
1 Técnico Florestal e 2 Auxiliares
2 Técnico Florestal e 2 Auxiliares
Terceirizado
1 Técnico Florestal e 2 Auxiliares
1 Técnico Florestal e 2 Auxiliares
1 Técnico Florestal e 2 Auxiliares
1 Técnico Florestal e 2 Motosserristas
Seleção de matrizes 22 dias
Atividade Equipe Tempo de participação
Planejamento e supervisão do Programa 20 anos
Coleta de sementes ACS 15 dias
Coleta de sementes TCPP 10 dias
Produção de mudas no viveiro 5 meses
Preparação do solo 22 dias
Plantios 22 dias
Limpeza 22 dias
Desbastes 15 dias
Avaliação do TCPP 1 Engenheiro Florestal, 1 Técnico 22 dias
Monitoramento 1 Engenheiro Florestal 15 dias
 
Fonte: Os autores, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
8 ORÇAMENTO 
 
TABELA 6. ORÇAMENTO DO PROJETO AO LONGO DOS ANOS. 
ATIVIDADES 
CUSTOS (R$) 
Ano 
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
Compra da terra 225.000,00 - - - - - - - - - - 
Seleção das 
árvores e coleta 
de sementes 58.689,65 
- - - - - - - - - - 
Preparo do solo 12.618,90 - - - - - - - - - - 
Plantio 10.118,90 - - - - - - - - - - 
Manutenção 6.071,34 6.071,34 6.071,34 - - - - - - - - 
Avaliação - - - 42.916,06 - - 42.916,06 - - - 42.916,06 
Monitoramento e 
responsabilidade 
técnica 
3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 
Desbaste - - - 6.071,34 - - 6.071,34 - - - 6.071,34 
Coleta de 
sementes ACS 
- 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 
Total 
316.188,80 
11.335,39 11.335,39 54.251,45 5.264,05 5.264,05 54.251,45 5.264,05 5.264,05 5.264,05 54.251,45 
 
 
29 
 
 
ATIVIDADES 
CUSTOS (R$) 
Ano 
Total 
(20 anos) 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
Avaliação - - - - - - - - - 42.916,06 
Desbaste - - - - - - - - - 6.071,34 
Monitoramento e 
responsabilidade 
técnica 
3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 3.690,00 
Coleta de 
sementes ACS 
1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 1.574,05 
Coleta de 
sementes TCPP 
3.372,97 3.372,97 3.372,97 3.372,97 3.372,97 3.372,97 3.372,97 3.372,97 3.372,97 3.372,97 
Total 8.637,02 8.637,02 8.637,02 8.637,02 8.637,02 8.637,02 8.637,02 8.637,02 8.637,02 57.624,42 R$ 663.291,81 
Fonte: Os Autores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
TABELA 7. RECEITAS GERADAS PELO PROJETO. 
ATIVIDADES 
RECEITAS (R$) 
Ano 
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
ACS - 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 
Total - 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 
 
ATIVIDADE 
RECEITAS (R$) 
Ano 
Total 
(20 anos) 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
ACS 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 42.750,00 
TCPP 187.500,00 187.500,00 187.500,00 187.500,00 187.500,00 187.500,00 187.500,00 187.500,00 187.500,00 187.500,00 
Total 230.250,00 230.250,00 230.250,00 230.250,00 230.250,00 230.250,00 230.250,00 230.250,00 230.250,00 230.250,00 2.730.000,00 
Fonte. Os Autores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
MEMÓRIAL DOS CÁLCULOS 
 
TABELA 8: VALORES BASES PARA ELABORAÇÃO DOS CÁLCULOS. 
 
CUSTOS VALORES 
Engenheiro Florestal R$ 214,91 /dia 
Responsabilidade técnica R$ 3.000,00 /ano 
Técnico Florestal R$ 70,75 /dia 
Auxiliar R$ 46,92 /dia 
Pousada PR R$ 70,00 /dia 
Pousada SC R$ 75,00 /dia 
Pousada SP R$ 80,00 /dia 
Alimentação R$ 65,00 /dia 
Aluguel veículo+combustível R$ 90,00 /dia 
Terreno Morretes 
R$ 13.000,00 /ha 
Terreno Peruibe R$ 15.000,00 /ha 
Terreno Rio Negrinho R$ 17.000,00 /ha 
Fonte: Os autores 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
TABELA 9: RESULTADOS DOS CÁLCULOS DE MULTIPLICAÇÃO ENTRE AS ATIVIDADES E SEUS VALORES. 
ATIVIDADES 
CUSTOS (R$) 
Pessoal Dias/área Dias Pagamento Hospedagem 
Diária 
alimentação 
Deslocamento Extra TOTAIS 
Coleta de sementes 
TCPP 
1 téc./2 aux. 5 5 822,97 1.125,00 975,00 450,00 - R$ 3.372,97 
Coleta de sementes ACS 1 téc./2 aux. 7 7 1.152,16 1.575,00 1.365,00 630,00 - R$ 4.722,16 
Valor da terra PR (5 ha) - - - - - - - 65.000,00 R$ 65.000,00 
Valor da terra SC (5 ha) - - - - - - - 85.000,00 R$ 85.000,00 
Valor da terra SP (5 ha) - - - - - - - 75.000,00 R$ 75.000,00 
Seleção das árvores 1 téc./2 aux. 22 66 10.863,18 14.850,00 12.870,00 5.940,00 - R$ 44.523,18 
Coleta de sementes1 téc./2 aux. 7 21 3.456,47 4.725,00 4.095,00 1.890,00 - R$ 14.166,47 
Preparo do solo 1 téc./2 aux. 5 15 2.468,90 3.375,00 2.925,00 1.350,00 2.500,00 R$ 12.618,90 
Plantio 1 téc./2 aux. 5 15 2.468,90 3.375,00 2.925,00 1.350,00 - R$ 10.118,90 
Manutenção 1 téc./2 aux. 3 9 1.481,34 2.025,00 1.755,00 810,00 - R$ 6.071,34 
Avaliação 
1 eng./1 téc./1 
aux. 
15 45 14.966,06 10.125,00 8.775,00 4.050,00 5.000,00 R$ 42.916,06 
Monitoramento e 
responsabilidade técnica 
1 eng. 1 3 3.000,00 225,00 195,00 270,00 - R$ 3.690,00 
Desbaste 1 téc./2 aux. 3 9 1.481,34 2.025,00 1.755,00 810,00 - R$ 6.071,34 
 TOTAL R$ 373.271,32 
 
Fonte: Os autores
33 
 
 
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