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DIREITO ADMINISTRATIVO I. CASO CONCRETO. SEMANA 11. ESTÁCIO. FIC. 2017.

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DIREITO ADMINISTRATIVO I
CASO 11
Caso Concreto: 
O Município M, em sérias dificuldades financeiras, pretende alienar alguns dos bens integrantes do seu patrimônio. Em recente avaliação, foi identificado que o Centro Administrativo do Município, que concentra todas as secretarias da Administração Municipal em uma área valorizada da cidade, seria o imóvel com maior potencial financeiro para venda. Com base no caso apresentado, responda aos itens a seguir. 
A) É necessária licitação para a alienação do Centro Administrativo, caso se pretenda fazê-lo para o Estado X, que tem interesse no imóvel? 
	Inicialmente cabe registrar que o bem no caso em tela resta-se afetado (consagrado) pelo interesse público, visto ser o centro administrativo do ente público, não podendo, a priori, ser objeto de alienação até que se tenha dado a sua desafetação (desconsagração), tornando o bem dominical e alienável. 
	Contudo, para responder de modo estrito e sem qualquer maior ponderação ao que fora perguntado, no presente caso não é exigência a licitação prévia, visto que alienação dar-se-á entre entes federativos diversos pertencentes a mesma república, sendo mandamento expresso de dispensa de licitação previsto no artigo 17, I da lei nº 8.666/93:
Das Alienações
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) investidura (forma de alienação aos proprietários de imóveis lindeiros(limítrofe) de área remanescente ou resultante de obra pública, quando esta se tornar inaproveitável a administração pública, deve ser vendida por preço nunca inferior a avalição (art. 17, parágrafo 3º, e art. 23, II, “a”) ;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; 
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; 
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; 
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1o do art. 6o da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e (Redação dada pela Lei nº 13.465, 2017)
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
§ 1o Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.
B) Caso o Município pretenda alugar um novo edifício, em uma área menos valorizada, é necessária prévia licitação?
	Trata-se de hipótese de dispensa de licitação quando o imóvel atende as finalidades precípuas da administração pública, diferentemente do que ocorre no mandamento expresso no artigo 17 da mesma lei, aqui a conveniência e oportunidade da licitação será objeto de decisão do próprio administrador, podendo o mesmo, destarte, em ponderação ao interesse público na espécie, optar pelo procedimento licitatório ou não, não tendo qualquer gravame, em regra, se não a fizer. 
Registre-se que o imóvel escolhido deve atender de modo essencial às finalidades requeridas pela administração, e que o preço seja compatível ao que é cobrado no mercado, sob aferição em avaliação prévia
 Nesse sentido é o artigo 24, inciso X, da lei 8.666/93:
 Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;

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