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RESUMO EMPRESARIAL

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EMPRESÁRIO – Sujeito de direito, quem detém direitos e contrai obrigações, quer seja empresário individual exercendo atividade em nome próprio, quer seja a sociedade empresária exercendo atividade em seu nome empresarial, sendo que a sociedade empresária, por não ser ente corpóreo, é representada pelo administrador no exercício da atividade de empresa.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – (Art.966) É quem exerce atividade econômica organizada em nome próprio; a regularidade é obtida com o registro da firma individual no Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM); o empresário obtêm a personalidade com o seu próprio nascimento, o registro é para adquirir regularidade; não é empresário quem exerce atividade intelectual, artística, cientifica e literária (médico, engenheiro etc - § único do art.966); a responsabilidade do empresário é ilimitada, respondendo pelas obrigações com TODO o seu patrimônio pessoal; a natureza jurídica do registro para o empresário é declaratória, uma vez que este sua personalidade com o nascimento; Não há divisão entre patrimônio pessoal e estabelecimento: confundem-se os patrimônios dedicados à atividade de empresa e os bens pessoais do empresário individual, podendo ser executado um todo; a capacidade para ser empresário depende do pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos (art.972); Uma pessoa de 16 anos emancipado poderá ser empresário, tendo responsabilidade ilimitada, podendo sofrer execução individual, incidir em falência, entretanto, na infração penal este sofrerá as sanções previstas para sua idade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente; não poderá o menor emancipado requerer a recuperação judicial pela lógica do art.48 (tem que ter exercido a atividade mais de 2 anos); o art.973 descreve os impedidos ao exercício da empresa, como exemplo o juiz, podendo estes apenas compor quadro societários de uma LTDA ou uma S.A, o que não pode é exercer a atividade econômica organizada (administradores), no contrário serão considerados empresários irregulares.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL CASADO – O empresário individual tem um só patrimônio, que responde, todo ele, pelas obrigações contraídas na atividade de empresa. A responsabilidade vai depender do regime: se for separação total, não responde, se comunhão universal, responde, e neste regime só não vai responder se restar comprovado que o débito não reverteu em benefício do casal, sendo ônus do cônjuge não-empresário a prova da não reversão em seu benefício; Quanto a alienação dos bens, o empresário individual casado poderá alienar os bens que integrem o patrimônio do estabelecimento, sem a vênia conjugal, como dispõe o art.978; CASADOS E IMPEDIDOS – se casados em regime de separação legal, ou comunhão universal de bens, não poderão contratar sociedade entre si (art.977)
EMPRESÁRIO INCAPAZ- Art. 974: Art. 974. (“Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
§ 3o  O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.”) Exceção a regra, uma vez que para ser empresário é necessário estar em pleno gozo da capacidade civil, é necessário autorização judicial para continuar o exercício, uma vez que se subentende que a incapacidade é superveniente; não é o interdito que praticará a atividade de empresa, e sim o representante em nome do incapaz, sendo este que exercerá os direitos e contrairá obrigações, mas faz em nome do interdito, tendo responsabilidade ilimitada o interdito e não seu representante; o patrimônio do representante não é afetado pelas obrigações da atividade empresária, exceto se houver uma das hipóteses que o tornam imputáveis, como quando excede seus poderes, ou age de má-fé. A lei salvaguarda parte do patrimônio do interdito (§2º), atribuindo uma blindagem patrimonial aos bens previamente existentes á interdição (ou sucessão no caso dos menores), essa blindagem precisa ser consignada no alvará de continuação da empresa.
EMPRESÁRIO RURAL – Art.971: O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art 968 e seus §§, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito de direitos.” O que exerce atividade rural somente será empresário quando for registrado, sendo este ato de natureza constitutiva; Se a atividade não for economicamente organizada, o registro deverá ser no RCPJ (Registro Civil de Pessoas Jurídicas)
EMPRESA – Conceito econômico – empresa é a atividade econômica organizada, sendo econômica porque busca o lucro e é organizada porque não é eventual ou aleatória; empresa é uma atividade e não entidade; não é sujeito, mas objeto de direito; não pode exercer direitos ou contrair obrigações; por ser atividade não tem personalidade jurídica por sua própria lógica, pois não se personifica uma atividade. Entidade é o empresário ou a sociedade.
ESTABELECIMENTO – É o conjunto de bens, corpóreos ou incorpóreos, dedicados à atividade de empresa. (Art.1.142: ”Considera-se estabelecimento todo o complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”). O estabelecimento difere do ponto, pois este é a localização em que se dá a exploração da atividade econômica organizada da empresa (não é o imóvel em si, é aquilo que o local representa). O estabelecimento são os bens que integram o patrimônio da sociedade, tendo sua serventia na prestação da atividade fim (ex: mesas e cadeiras de uma sala de aula – as mesas e cadeiras são estabelecimentos por prestarem a atividade fim)
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO – O título de estabelecimento também é conhecido como “nome fantasia”. Este é o nome dado ao negócio, à sociedade, apenas para o relacionamento desta com a clientela. Acessório do nome.
TRESPASSE – É o negocio jurídico em que o estabelecimento é alienado como um todo. As principais afecções deste negócio dizem respeito as responsabilidades dos envolvidos (trespassante e trespassário). O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regulamente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. No trespasse há a substituição do titular do estabelecimento, da pessoa jurídica detentora do estabelecimento, e não da alteração dos sócios detentores das quotas da sociedade. O trespassante deverá resguardar patrimônio suficiente para arcar com o passivo da sociedade alienante, sob pena de configurar ato fraudatório. Havido o trespasse, o trespassante não poderá abrir concorrência ao trespassário por um período de cinco anos.
AVIAMENTO – é a soma dos bens do estabelecimento em um grupo considerado em uma unicidade de propósitos (desempenho da atividade empresária)representa um valor muito maior do que a mera soma matemática dos valores de cada bem. É o valor agregado do estabelecimento, quando universalmente considerados seus bens como um todo maior. O aviamento não é elemento do estabelecimento, é uma característica deste.
NOME EMPRESARIAL – Tem natureza de bem incorpóreo, é dividido em duas espécies: firma e denominação. A firma tem por base o nome civil, onde o empresário só pode usar esta espécie de nome empresarial (sua firma será sempre seu nome civil, por extenso ou com abreviações parciais, acompanhado da atividade que desempenha), a denominação, por sua vez, tem seu conceito por exclusão: se não há utilização do nome civil na composição do nome empresarial, é denominação. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Caso o empresário queira proteger seu nome, basta que requeira a extensão desta propriedade.
SOCIEDADE – (Art. 981) Celebram contrato de sociedade as pessoas (físicas ou jurídicas) que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. § único: A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados – Todas as sociedade objetivam o lucro; são duas as sociedade regidas pelo CC: Sociedade Simples e Sociedade Empresária; ambas sociedades adquire regularidade quando leva seus atos constitutivos ao registro e é no registro que estas adquirem a personalidade jurídica (ao contrário do empresário que adquire com o seu nascimento) ; a responsabilidade das sociedades é ilimitada nos limites do patrimônio da sociedade (a responsabilidade é da sociedade e não da pessoa física dos sócios – a responsabilidade dos sócios depende do tipo societário); o registro na sociedade possui natureza constitutiva; o patrimônio dos sócios (pessoa) não se confunde com o patrimônio da sociedade; 
DIREITOS E DEVERES DOS SÓCIOS – É dever dos sócios: integralizar o capital social, pois seu não cumprimento será denominado sócio remisso; agir com lealdade (não prejudicando a sociedade); contribuir com bens ou serviços; e deliberar em conformidade com a lei. São direitos dos sócios: Percepção dos lucros; exercício de fiscalizar a sociedade; a retirada a qualquer tempo e por qualquer motivo, de sua participação da sociedade; dissolvendo a sociedade, haver parte do rateio dos ativos remanescentes; e votar nas deliberações
SOCIEDADE UNIPESSOAL – A pluralidade é uma regra na sociedade, entretanto, é admitido de forma temporária a unipessoalidade, a título excepcional. A falta de pluralidade no prazo de 180 dias (não reconstituindo outro sócio), a sociedade será dissolvida (art.1.033)
AFFECTIO SOCIETATIS- Intenção dos sócios em constituir a sociedade, ou dar continuidade à atividade. Assim a affectio societatis é conceituada como a vontade do sócio em se associar, e no curso da existência da sociedade, medida da vontade do sócio em permanecer conduzindo-se associado, dando continuidade a sociedade. Cabe ressaltar que a affectio não se confunde com a natureza da sociedade, separando-as em sociedade de pessoas ou de capital, onde a presença da affectio nessas sociedades não é o que diferencia, a diferença está na preponderância, ou seja, os sócios se associam de acordo com a confiança recíproca que depositam entre si, e é por esta confiança, que os sócios devem admitir a entrada de terceiros no quadro social (sociedade de pessoas), já na sociedade de capital, o elemento que prepondera é o capital, e não a pessoa do sócio, é a contribuição pecuniária que tem relevância, e não a figura do sócio, motivo pelo qual a entrada ou saída do quadro social é livre.
SOCIEDADE SIMPLES – Desempenha atividade econômica, mas carece no elemento organização, por isso seu registro se dá na RCPJ e não na RPEM. A sociedade simples pode adotar qualquer tipo societário (nome coletivo, comandita simples, LTDA, S.A, ou comandita por ações), se submetendo as regras do tipo societário, ou poderá não adotar nenhum dos tipos societários previstos, sendo apenas sociedade simples pura. A sociedade simples não incide em falência, nem tem deferida recuperação judicial, incidindo, outrossim, em insolvência, pois não é empresária. Entretanto, se a sociedade simples adotar a forma S.A (Companhia) ou comandita por ações, independentemente de não exercer atividade de empresa, por força da lei será de fato considerada sociedade empresária (art.982, § único e art.2º, § 1º da Lei 6.404/76), sendo seu registro no RPEM, podendo incidir em falência e recuperação judicial.
SOCIEDADE SIMPLES PURA – É sociedade simples pura quando não se adota nenhum tipo societário. É simples na espécie pois não é empresária, e pura na forma , pois não é de nenhum dos outros tipos societários existentes.
SOCIEDADE COMUM – Quando a sociedade não é registrada, não ganha personalidade jurídica, é chamada de sociedade comum, antigamente conhecida como sociedade irregular. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO – Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo (não é admitido como sócio pessoa jurídica), respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. A responsabilidade na sociedade em nome coletivo é solidaria entre os sócios e subsidiária com relação a sociedade (em caso de inadimplemento, o credor deverá cobrar seu crédito da sociedade, e somente após exaurir o patrimônio da pessoa jurídica, poderá invadir o patrimônio dos sócios). O credor poderá cobrar de apenas um sócio a integralidade da dívida remanescente, todavia o direito de regresso entre os sócios, aquele que arcar com parcela maior do que o contrato social lhe atribui poderá regressar pelo excesso contra os demais, na proporção das quotas ou na medida em que o contrato social previr.
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – Esta sociedade é uma modalidade de contrato de parceria ou contrato de investimento. O objetivo desta sociedade é investir em uma atividade econômica. Não tem nenhum dos atributos oriundos da teoria da personificação. Há nesta sociedade duas figuras sociais: do sócio ostensivo (quem aparece aos olhos do mercado, negociando, colocando seu nome empresaria, e consequentemente respondendo por toda atividade de empresa com seu patrimônio), e o sócio oculto/ sócio participante, que é o investidor. O contrato pode ser verbal ou escrito, e não precisa ser registrado em qualquer Órgão, uma vez que seus efeitos são entre os sócios. Pode até levar ao RCPJ ou RPEM, porém não ganhará personalidade jurídica, apenas publicidade. Aos olhos de terceiros, a única personalidade jurídica que terá relevância é a do sócio ostensivo. Em caso de falência, esta será decretada em face ao sócio ostensivo.
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES – Dois tipos de sócios: os comanditados, que são pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, e os comanditários, que respondem somente pelo valor de sua quota (deve ter no contrato a discriminação dos sócios comanditados e os comanditários). O sócio comanditado tem responsabilidade ilimitada, é quem pode nomear a sociedade com seu nome próprio, razão social, e é o administrador da sociedade. O sócio comanditário não pode assumir qualquer das atribuições dadas ao comanditado, pois no contrário passará a ter sua responsabilidade ilimitada como se um comanditado fosse.O credor quando exigir seu crédito, deverá primeiro exaurir o patrimônio da própria sociedade, aplica-se a mesma subsidiariedade da sociedade em nome coletivo.Se o crédito for superior ao patrimônio da sociedade, poderá invadir o patrimônio dos sócios que sejam ilimitadamente responsáveis(comanditados). A responsabilidade entre os sócios comanditados é solidária.Os sócios comanditários não sofrem falência ou seus efeitos, por serem responsáveis limitadamente. 
MARCA – É o sinal que permite distinguir produtos industriais, artigos comerciais e serviços profissionais de outros do mesmo gênero, de mesma atividade, semelhantes ou afins. Sinais sonoros ou olfativos não poderão ser marcas. As marcas notoriamente conhecida, mesmo sem depósito no Brasil, será protegido na classe de produto ou serviço em que é notória (art.125: a marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade)
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA – Também conhecida como teoria da penetração, transposição. A desconsideração da personalidade jurídica será o último modo de se atingir o patrimônio pessoal, só sendo cabível se nenhum outro meio o for, antes. A desconsideração é um meio de defesa, criado pelo ordenamento jurídico com o fito de combater o abuso da personalidade jurídica, que em muito se assemelha à própria teoria civilista do abuso de direito. Será configurado o abuso da personalidade jurídica justamente quando se comprovar que a sociedade foi criada com objetivos diversos, contrário aos interesses do direito. Sendo assim, o abuso da personalidade jurídica, pode ser caracterizado pelo desvio de finalidade (que é a fraude propriamente dita), ou pela confusão patrimonial.Só é cabível falar em desconsideração quando a personalidade se demonstrar um verdadeiro obstáculo ao adimplemento, pois se houver outro caminho a satisfazer o direito creditício, este será preferível. A desconsideração da personalidade jurídica possui duas teorias, sendo esta a teoria maior, onde não pode ser aplicada com a mera demonstração de estar a pessoa jurídica insolvente para o cumprimento de suas obrigações, exigindo para além da prova de insolvência, a demonstração de desvio de finalidade ou demonstração de confusão patrimonial. O desvio de finalidade é caracterizado pelo ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica. A confusão patrimonial se caracteriza quando o sócio não respeita os valores pertencentes a sua quota, tendo como seu o patrimônio da sociedade, e o desvio de finalidade consiste na má-fé percebida em atos da sociedade, configurando o abuso da personalidade; e a teoria menor, acolhida no ordenamento jurídico excepcionalmente no Direito do Consumidor e no Direito Ambiental, incidindo a mera prova de insolvência de pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente de existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial. Poderá ocorrer também na teoria maior a teoria invertida, onde um credor poderá requerer a desconsideração invertida quando for inadimplente um dos sócios, solicitando a invasão do patrimônio da sociedade para satisfazer tal crédito; A desconsideração da personalidade jurídica pode ser requerida a qualquer tempo, mas normalmente o credor só terá ciência de seu pressuposto (abuso da personalidade) quando em fase de execução, pois como é medida subsidiária, é na satisfação que se perceberá a fraude ou a confusão patrimonial.

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