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ONCOLOGIA AULA 7

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ONCOLOGIA 
Evanderson Samuel Quirino Silva
ENFEVAN7@OUTLOOK.COM
(81) 99920-8834
REVISÃO 
Defina:
 
Câncer
Tumor
Neoplasia
CONCEITOS
NEOPLASIA: É uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é desordenado e excede a do tecido normal, persistindo de maneira excessiva, mesmo após os estímulos que desencadearam a alteração.
CÂNCER: Esta palavra é utilizada para designar os tumores malignos, desde os povos antigos.
TUMOR: Significa intumescimento, e pode estar presente em inflamações, edema, hemorragias, má-formações e, evidentemente, em neoplasias.
O câncer é um tumor maligno que se infiltra através das barreiras do tecido normal até as estruturas adjacentes, e então dissemina-se por metástase nos órgãos e tecidos distantes, levando o paciente invariavelmente ao óbito.
2. Quais as principais diferenças entre os tumores malignos e tumores benignos? 
Principais diferenças entre tumores benignos e maligno:
ASPECTOS
TUMOR BENIGNO
TUMOR MALIGNO
ENCAPSULAÇÃO
PRESENÇAFREQUENTE
GERALMENTEAUSENTE
CRESCIMENTO
LENTO, EXPANSIVO E BEM DELIMITADO
RÁPIDO, INFILTRATIVO COM DELIMITAÇÃO IMPRECISA
MORFOLOGIA
REPRODUZ O ASPECTODO TECIDO DE ORIGEM
CARACTERES DIFERENTES DOTECIDO DE ORIGEM
MITOSES
RARAS E TÍPICAS
FREQUENTES E ATÍPICAS
METÁSTASES
NÃO OCORREM
FREQUENTES
Fonte: INCA, 2008.
3.Defina: 
Displasia
Metaplasia
Hiperplasia
CONCEITOS
Antes do desenvolvimento do tumor maligno, geralmente ocorrem alterações reconhecíveis morfologicamente como displasia, metaplasia e hiperplasia atípica:
A displasia é um distúrbio do crescimento celular, semelhante ao observado em neoplasias malignas, porém em menor intensidade, promovendo a reversibilidade do quadro. Geralmente, ocorre nos epitélios, mas também pode acontecer em outros tecidos, como na medula óssea, nos quais algumas síndromes mielodisplásicas podem estar associadas a transformação leucêmica subsequente. 
A metaplasia ocorre por meio da substituição de um tecido totalmente diferenciado por outro, assim os tecidos que sofrem constantes alterações metaplásicas.
A hiperplasia é definida como um distúrbio reversível do crescimento que ocorre, por exemplo, secundariamente à estimulação de um tecido por hormônios. A expressão hiperplasia atípica, encontrada em alguns laudos de biópsias, descreve as alterações morfológicas pré-cancerosas no endométrio e na mama, mostrando uma variedade de características morfológicas hiperplásicas que são reversíveis quando retirado o estímulo. 
4. Quais as etapas do processo de formação neoplásica – carcinogênese?
Etapas do processo de formação neoplásica - carcinogênese 
 Na fase de iniciação, um carcinógeno, que é o agente causador do câncer, danifica o DNA por meio da alteração de um gene específico. Desse processo de danificação podem derivar três situações: na primeira, o gene sofre uma reparação e não surge o câncer; na segunda, o gene torna-se permanentemente alterado, mas sem haver exposição aos promotores, também não desenvolvendo o câncer; e na terceira, transforma-se e produz uma linhagem de células malignas, caso o iniciador seja um carcinógeno completo agindo como iniciador e promotor. 
Na fase de promoção, há presença da alteração do genoma ocorrida na iniciação. É importante destacar que o agente promotor não tem ação mutagênica nem carcinogênica, e que, para conseguir o efeito biológico, deve persistir no ambiente. Isso significa que seus efeitos revertem-se, caso a exposição a ele seja suspensa. Essa é a grande diferença existente entre o agente promotor e o agente carcinogênico, sendo decisiva para as ações preventivas do câncer.
 Na fase de progressão, há invasão, pois as células continuam a se dividir, e o aumento do volume e da pressão exercida pelo crescimento da massa tumoral pode resultar em disseminação local e invasão das estruturas adjacentes. No carcinoma in situ, não ocorre a invasão, pois o câncer se limita ao epitélio, não tendo, ainda, invadido a membrana basal, ou seja, o tecido subjacente. 
INICIAÇÃO PROMOÇÃO PROGRESSÃO 
5. Quais são os agentes que provocam a carcinogênese – câncer? 
6. Cite agentes físicos, químicos e biológicos que provocam o câncer. 
AGENTES CARCINOGÊNICOS
 Lembramos que a carcinogênese pode iniciar-se de forma espontânea ou ser provocada pela ação de agentes carcinogênicos químicos, físicos ou biológicos. 
A carcinogênese física é formada principalmente pela energia radiante, solar e ionizante. A radiação ultravioleta natural (RUV) é proveniente do sol e pode causar câncer de pele. 
A carcinogênese química decorre do contato de agentes químicos devido a hábitos sociais como etilismo e tabagismo, hábitos alimentares como consumo de produtos condimentados, profissões que exponham o colaborador a produtos químicos, processo inflamatório e hormônios, dentre outros.
Os agentes carcinogênicos biológicos atuam como promotores da proliferação celular, criando condições propícias para mutações. São exemplos desse tipo de carcinógeno os diversos vírus como Papilomavírus humano - HPV, Epstein-Barr - EBV, hepatite B - HBV e HIV, assim como as bactérias, tal qual Helicobacterpylori. 
7. Quais os fatores de risco modificáveis na prevenção do câncer? 
Principais fatores de	risco modificáveis	
Uso de tabaco: causa principal dos cânceres de pulmão, laringe, cavidade oral e esôfago e uma das principais causas dos cânceres de bexiga e pâncreas.
Alimentação inadequada: alimentação rica em gorduras saturadas e pobre em frutas, legumes e verduras aumenta o risco de cânceres de mama, cólon, próstata e esôfago. 
Agentes infecciosos: respondem por 18% dos cânceres no mundo. O Papilomavírus humano (colo uterino e anogenitais e carcinomas cutâneos); o vírus da hepatite B (hepatocarcinoma); HIV (Sarcoma de Kaposi e linfoma não Hodgkin); Epstein Baar Vírus (Linfoma de Burkitt, carcinoma nasofaríngeo); e a bactéria Helicobacter pylori (câncer gástrico) respondem pela maioria dos cânceres, em decorrência de infecções.
Radiação ultravioleta: a luz do sol é a maior fonte de raios ultravioleta, causadores dos cânceres de pele, tipo mais comum em seres humanos.
Inatividade física: o estilo de vida sedentário aumenta o risco de câncer de cólon e pode aumentar o risco de outros tipos de câncer. Seu efeito está fortemente relacionado ao padrão de nutrição. 
Principais fatores de	risco modificáveis	
Uso de álcool: o uso excessivo de álcool causa cânceres da cavidade oral, esôfago, fígado e trato respiratório alto (laringe, por exemplo). Esse risco é aumentado com a associação ao fumo. O álcool também aumenta o risco do câncer de mama.
Exposições ocupacionais: substâncias encontradas no ambiente de trabalho, tais como: asbesto, arsênio, benzeno, sílica e fumaça do tabaco são carcinogênicas. O câncer ocupacional mais comum é o de pulmão.
Nível socioeconômico: sua associação com vários tipos de cânceres, provavelmente, se refere ao seu papel como marcador do estilo de vida e de outros fatores de risco. 
Poluição ambiental: a poluição da água, do ar e do solo responde por 1% a 4% dos cânceres em países desenvolvidos. 
Obesidade: fator de risco importante para os cânceres de endométrio, rim, vesícula biliar e mama. 
Alimentos contaminados: a contaminação pode ocorrer naturalmente, como no caso da aflatoxina ou, de forma manufaturada, como no caso dos pesticidas. 
Radiação ionizante: a mais importante radiação ionizante é proveniente dos raios X, mas pode ocorrer na natureza em pequenas quantidades.
8. Quais os fatores de risco NÃO-modificáveis na prevenção do câncer? 
Fatores de risco não modificáveis
Envelhecimento: o risco da maioria dos cânceres aumenta com a idade e, por esse motivo, ocorrem mais frequentemente no grupo de idade avançada. 
Etnia ou raça: os riscos de câncer variam entre grupos humanos de diferentes raças ou etnias. Algumas dessas diferenças podem refletir características genéticas específicas, enquanto outras podem estar relacionadas a estilos de vida e exposições
ambientais. 
Hereditariedade: os genes de cânceres hereditários respondem por 4% de todos os cânceres. Outros genes afetam a susceptibilidade aos fatores de risco para o câncer. 
Gênero: certos cânceres que ocorrem em apenas um sexo são devido a diferenças anatômicas, como próstata e útero; outros, porém, ocorrem em ambos os sexos, mas com taxas marcadamente diferentes, como bexiga e mama.
9. Qual a importância do diagnóstico precoce e da prevenção do câncer?
 A detecção, o diagnóstico e o tratamento precoce nas fases iniciais da doença, nos grupos de maior risco para alguns tipos de câncer (como mama, colo uterino, próstata e colorretal), podem resultar na diminuição da mortalidade específica e adoecimento. 
 A orientação da população combinada com a formação de profissionais e com o acesso aos serviços de saúde de qualidade são fatores preponderantes por maiores taxas de cura e responsáveis na redução dos altos custos econômicos e sociais da doença.
10. Defina estadiamente do câncer
Estágio: É um sistema de classificação baseado na extensão anatômica aparente da neoplasia maligna. Um sistema universal de estadiamento permite a comparação de cânceres de origens celulares semelhantes. A classificação ajuda a definir o plano terapêutico e o diagnóstico em cada cliente, avaliar pesquisas, comparar resultados de tratamento entre instituições e analisar estatísticas mundiais. 
Estadiar um caso de neoplasia maligna significa avaliar o seu grau de disseminação. Para tal, há regras internacionalmente estabelecidas, as quais estão em constante aperfeiçoamento.
O estádio de um tumor reflete não apenas a taxa de crescimento e a extensão da doença, mas também o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro
A classificação das neoplasias malignas em grupos obedece a diferentes variáveis: localização, tamanho ou volume do tumor, invasão direta e linfática, metástases à distância, diagnóstico histopatológico, produção de substâncias, manifestações sistêmicas, duração dos sinais e sintomas, sexo e idade do paciente, etc.
11. O que é metástase? 
12. Quais as principais modalidades de tratamento para o câncer? 
13. De acordo com a classificação de tratamentos de câncer, defina: tratamento adjuvante, neoadjuvante, concomitante e paliativo.
Podemos classificar as opções de tratamento em quatro grupos: adjuvante, neoadjuvante, concomitante e paliativo.
CLASSIFICAÇÃODO TRATAMENTO
CARACTERÍSTICAS
ADJUVANTE
Ocorre após um tratamento principal com finalidade de atuar em doença residual.
NEOADJUVANTE
Ocorre antes de um tratamento principal com finalidade, por exemplo, de reduzir massa tumoral para viabilizar abordagem cirúrgica.
CONCOMITANTE
É a combinação de mais de uma modalidade de tratamento, como, por exemplo, a quimioterapia concomitante à radioterapia.
PALIATIVO
Tem como finalidade minimizar os sintomas decorrentes do crescimento tumoral, melhorando a qualidade de vida.
14. Defina remissão e recidiva.
Todas essas modalidades de tratamento têm como objetivo a remissão completa da doença.
Remissão é o termo utilizado para a ausência de sinais detectáveis da doença por meio de exames de análise do sangue laboratorialmente (remissão hematológica), em análise de exames de imagem, em exames moleculares (remissão molecular) e remissão completa em que não há mais sinais detectáveis da doença, ou seja, o desaparecimento completo dos sinais e sintomas.
Recidiva é o termo utilizado quando ocorre o retorno da atividade de uma doença (popularmente conhecido como “recaída”). Pode acontecer por meio de manisfestações clínicas ou laboratoriais.
15. Cite as principais condutas de enfermagem ao paciente em cirurgia oncológica. 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Distúrbio de imagem corporal: relacionados à retirada cirúrgica de parte do corpo
INTERVENÇÕES
Estimular o cliente a discutir sentimentos e preocupações com os profissionais de saúde e familiares
Ajudar o cliente a identificar, rotular e exprimir sentimentos sobre as repercussões da perda da parte do corpo, modalidades terapêuticas, prognóstico esperado
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Déficit de volume de líquido: relacionados a procedimento cirúrgico (perda de 15% a 20% da volemia total durante a cirurgia)
INTERVENÇÕES
Administrar fármacos conforme prescrição para manter PA, aumentar o débito cardíaco
Administrar líquidos e expansores plasmáticos, conforme prescrição
Avaliar cor, pele e elasticidade cutâneos
Manter registro adequado da ingesta e do débito
Monitorar gasometrial arterial, frequência de padrão respiratório e débito urinário
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco para infecção: relacionado à situação de comprometimento imunológico no pré-operatório, secundária à doença e/ou terapia prévia
INTERVENÇÕES
Monitorar sinais e sintomas vitais (taquisfigmia, febre baixa e intermitente
Observar secreções, excreções e exsudatos corporais, pesquisando sinais de infecção; notificar anormalidades
Monitorar hidratação e equilíbrio eletrolítico
Monitorar alterações de leucócitos
Mudar o cliente de decúbito com frequência
Orientar quanto à respiração profunda
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco de lesão: Relacionado à peritonite, secundária dificuldade de cicatrização tecidual por quimioterapia, radioterapia e condições nutricionais precária e/ou tumor
INTERVENÇÕES
Pesquisar sinais e sintomas: Dor abdominal moderada a grave, dor em queimação agravada por movimento, mesmo com a respiração, anorexia, náuseas, vômitos, febre nas primeiras 48 horas após a cirurgia, calafrio, sede, oligúria, incapacidade de eliminar fezes ou flatos, distensão abdominal, taquicardia com pulso fino e filiforme, respiração rápida e superficial.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco de lesão: Relacionado à hipercoagulabilidade e à inatividade pós-operatória
INTERVENÇÕES
Avaliar panturrilhas diariamente
Pesquisar sinais e sintomas de trombloflebite: dor e hipersensibilidade na panturrilha, Sinal de Homan, dilatação das veias superficiais, edema nas extremidades comprometidas 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco de lesão: Nutrição alterada, ingestão abaixo das necessidades corporais relacionada a procedimento cirúrgico para câncer que interfira com o processo mecânico de alimentação e a procedimento cirúrgico que interfira com absorção de sais e nutrientes essenciais
INTERVENÇÕES
 Pesquisar sinais e sintomas de desnutrição protéico-calórica: edema, alteração da pigmentação e adelgaçamento de pêlos
Realizar avaliação nutricional: avaliar a área problemática, preferências alimentares, padrões e comportamentos relacionados com o consumo de alimentos, consumo e eliminação e contagem de calorias
Oferecer um ambiente tranquilo e sem dor
Consultar dietista para fornecer dieta e suplementos adequados para preencher as necessidades do cliente
Zelar por e monitor nutrição parenteral total intravenosa e tubos de alimentação
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Dor: Relacionada ao procedimento cirúrgico e a complicações locai de introdução de origens terapêuticas
INTERVENÇÕES
 Incorporar os seguintes elementos à avaliação das condições do cliente em relação à dor: localização, surgimento, frequência, intensidade, qualidade, medidas de controle de dor que estão sendo eficazes e ineficazes, estilo de expressão de dor, movimento, efeito da dor sobre as atividades pós-operatórias e padrões de sono/repousa/vigília
Identificar estratégias que eliminam e controlem a dor
 Administrar medicação segundo prescrição médica e protocolos utilizando o sistema de administração apropriado: Monitorar efeitos a intervalos frequentes, fazer registros gráficos nos dados de avaliação de dor, fornecer ao médico evidências de necessidade de modificações de medicação
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Integridade tissular prejudicada: Relacionada à lesão tecidual e/ou cicatrização tecidual precária secundária à quimioterapia, radioterapia e/ou condições nutricionais deficientes.
INTERVENÇÕES
Pesquisar sinais/sintomas de deiscência (abertura de suturas): Monitorar quantidade e cor da drenagem, chamar imediatamente o médico, registrar sinais vitais SSVV, preparar o cliente para cirurgia
 Pesquisar sinais de evisceração (saída das vísceras pela incisão cirurgica após uma deiscência (abertura da incisão cirúrgica)
Prioridades de orientação pré-operatória do cliente
Inclui informação relacionada com: 
 A cirurgia a ser realizada
Atividades pré-operatórias gerais e seus fundamentos
Comportamentos gerais no pós-operatório esperados do cliente e seus fundamentos 
Tipo de aparelhagem a ser usada antes e depois da cirurgia
Plano de cuidados e fundamento dos procedimentos
Ambiente esperando de realização dos cuidados, equipamento e experiências relacionadas com a cirurgia
Estratégias de cuidados pessoais para prevenir e minimizar complicações da cirurgia 
Prioridades de orientação pós-operatória do cliente
Inclui informação relacionada com: 
Modificações nas atividades de cuidados pessoais e outras atividades decorrentes da cirurgia 
Retorno progressivo ao nível máximo de atividade
Expectativa de manutenção de medicação após alta
Cuidados com a ferida
Uso adequado de próteses e órteses
Sintomas a serem observados: febre, dor, vômitos, diarreia, sangramento, desnutrição
Quem e quando o cliente deve procurar se surgirem problemas
Onde conseguir informações adicionais sobre o câncer ou o tratamento 
16. Cite as principais condutas de enfermagem ao paciente em radioterapia
CONDUTA DE ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Integridade tissular prejudicada relacionada com a radioterapia
Infecção relacionada com as alterações da pele
Dificuldades no desempenho de atividades, relacionadas com a radioterapia 
Nutrição alterada, ingestão abaixo das necessidades corporais, relacionada com anorexia, náuseas e vômitos
Alteração da mucosa oral relacionada com a irradiação de cabeça e pescoço
Distúrbio da senso-percepção: paladar, relacionado com a irradiação de cabeça e pescoço
CONDUTA DE ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Alteração do bem-estar, relacionada com tosse
Dificuldade de deglutição, relacionada com esofagite
Diarréia, relacionada com a irradiação pélvica
Padrão de eliminação urinária alterado, relacionada com a irradiação pélvica
Distúrbios de auto-estima, relacionados com alopecia
Ansiedade relacionado com a radioterapia
Déficit de conhecimento relacionado à radioterapia e às medidas de cuidados pessoais
17. Quais as medidas que a equipe de enfermagem deve tomar para se proteger da radiação? 
Minimizando a exposição da enfermagem à radiação 
Princípios de TEMPO, DISTÂNCIA E PROTEÇÃO
TEMPO
 Minimize o tempo despendido nas proximidades do cliente. A exposição à radiação tem relação direta com o tempo de permanência a uma distância específica da fonte de radioatividade.
 Use o tempo com eficiência, organizando as atividade de cuidado e o material necessário antes de entrar no quarto do cliente, para evitar ter de voltar ali. Os cuidados diretos em geral ficam limitados meia hora por pessoa por turno. Estimule o cliente a realizar ele mesmo seus cuidados pessoais.
DISTÂNCIA
Maximize a distância do material radiativo. A quantidade de radiação diminui proporcionalmente ao inverso do quadrado da distância. Viite o paciente com frequência, mas mantenha-se na porta do quarto. 
PROTEÇÃO
 Quando apropriado, utilize proteção para reduzir a exposição à radiação. 
 No caso dos implantes de rádio ou césio, é necessário um escudo protetor de chumbo com uma polegada de espessura no leito para atenuar a radiação. A maioria dos cuidados de enfermagem é realizada sob a proteção desses escudos. Aventais de chumbo usados em radiologia diagnóstica não são suficientemente espessos para deter os raios, e, portanto, eu uso não é recomendado!
17. Quais as medidas que a equipe de enfermagem deve tomar para se proteger da radiação? 
18. Cite as principais condutas de enfermagem ao paciente em quimioterapia. 
19. Quais os efeitos colaterais mais incidentes durante a quimioterapia? Cite condutas de enfermagem. 
CONDUTAS DE ENFERMAGEM
Avaliação e intervenção de enfermagem 
 Os quimioterápicos podem causar efeitos colaterais adversos e toxicidade e disfunção importante de sistemas. 
Os efeitos colaterais e toxicidade variam de acordo com a resposta individual do cliente à quimioterapia. 
Os efeitos colaterais mais frequentes são mielossupressão, náuseas, vômitos. A mielossupressão pode ser uma toxicidade limitante da dose. Os quimioterápicos agem destruindo e/ou suprimindo novos leucócitos, plaquetas e hemácias. Portanto, é indispensável monitorar esses efeitos por meio de avaliação de hemogramas em intervalos periódico planejados. O período em que as contagens de leucócitos alcançam o mínimo é o nadir. Esse período varia de acordo com os medicamentos utilizados e as respostas individuais, mas, em geral, ocorre entre 10 a 15 dias após a administração de quimioterápicos. 
CONDUTAS DE ENFERMAGEM
Avaliação e intervenção de enfermagem 
 Náuseas e vômitos são frequentemente os efeitos colaterais mais desconfortáveis da quimioterapia. Esses efeitos podem ser agudos, antecipatórios, retardados ou persistentes. 
A avaliação e o registro de sua frequência, gravidade, padrões e duração auxiliam na prevenção e no controle dos sintomas. O melhor para as náuseas e vômitos é a prevenção.
Intervenções comportamentais, como relaxamento, distração e imaginação guiada, podem ajudar nas náuseas e nos vômitos antecipatórios. 
A administração de antieméticos 30 a 60 minutos antes da quimioterapia pode aliviar os sintomas. Os antieméticos devem ser mantidos em intervalos planejados durante todo o período de duração esperado das náuseas e vômitos. 
Quimioterápicos com potencial eméticos devem ser sempre levados em consideração, sendo eles classificados com potencial leve, moderado ou grave.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Déficit de conhecimento relacionado aos efeitos colaterais da quimioterapia 
INTERVENÇÕES
Avaliar o nível educacional, capacidade, desejo de aprender e barreiras ao aprendizado
Avaliar a compreensão acerca do diagnóstico específico, do prognóstico e do tratamento planejado
Identificar junto à família um responsável para participar da assistência ao cliente e do processo de tratamento
Avaliar as necessidades do cliente/família de consulta a diversos recursos (ex: grupos de apoio)
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco para lesão relacionado à alteração do sistema imunológico; fatores de coagulação
INTERVENÇÕES
Monitorar as contagens sanguíneas, hemoglobina, tempo de protrombina, TTP e contagem de plaquetas
Avaliar o tipo de tratamento (quimio, radio) e o medicamentos em uso (ASS, anticoagulantes) que podem alterar os tempos de sangramento e coagulação
Avaliar os fatores que podem alterar o processo de coagulação – febre, sepse, função hepática alterada e função da medula óssea
Observar e relatar sintomas: equimoses, sangramento nos locais de acesso venoso, nariz, gengivas, vagina, reto; hemoptise (expulsão sanguínea ou sanguinolenta através da tosse), hematêmese, sangue nas fezes, melena intermitente ou perda abundante; aumento do fluxo menstrual usual; alteração dos sinais vitais, petéquias e hematomas espontâneos.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Nutrição alterada: ingestão abaixo das necessidades corporais relacionada com náuseas e vômitos
INTERVENÇÕES
Avaliar quantidade, cor, consistência e frequência dos vômitos e episódios de náuseas.
Determinar que fatores facilitam e/ou impedem as náuseas e vômitos
Avaliar as possíveis variações do peso: antes de apresentar os sintomas da doença, na época do diagnóstico e antes de iniciar o tratamento. Registrar perdas e ganhos.
Monitorar os valores laboratoriais: albumina sérica, níveis séricos de transferrina, hemograma e eletrólitos.
Avaliar a história dietética: hábitos e preferências alimentares
(tipo de alimento ingerido no café da manhã, almoço, jantar e lanches)
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Distúrbio da imagem corporal relacionado com alopecia
INTERVENÇÕES
Informar o cliente que a perda de cabelos é temporária e que eles crescerão de novo quando o tratamento for interrompido; o crescimento normal de cabelos volta em dois a seis meses. 
Fornecer recursos para a compra, aluguel de perucas, lenços e toucas
Informar o cliente sobre cuidados de saúde para proteção do couro cabeludo: uso de xampus suaves, evitar secadores de cabelo e ferros de encaracolar, permanentes e tinturas de cabelo; proteger o couro cabelo no inverno e no verão (frio/perda de calor) e usar coberturas protetoras quando fora de casa. 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco para infecção: imunossupressão, lesões na pele ou contaminação de suprimentos
INTERVENÇÕES
Monitorar o hemograma e a contagem de granulócitos
Monitorar a expectativa do nadir relacionado com a quimioterapia 
Instruir e monitorar os clientes acerca das técnicas de lavagem de mãos antes-após as refeições, após o uso do banheiro e antes de qualquer atividades de autocuidado relacionada com o tratamento 
Restringir visitantes com infecções potenciais ou recentemente imunizados com vacinas de vírus vivos atenuados
Prioridades de instrução de cliente para quimioterapia 
Avaliar a vontade, a velocidade de aprendizado e as barreiras ao aprendizado (prevenção da doença, deficiências sensoriais, dor e/ou medo e ansiedade com relação ao diagnóstico/tratamento)
Informar o cliente/família sobre a programação de atividades para administração de quimioterápicos e monitoração dos testes laboratoriais e diagnósticos 
Encorajar a prática e a repetição de habilidades recém-aprendidas para melhorar o comportamento do cliente em relação ao autocuidado
Validar as habilidades do cliente ou de quem cuidar dele quanto a técnica asséptica no manuseio das medicações e equipamentos, e instruir quanto aos efeitos da medicação e possíveis complicações.
Fornecer materiais escritos, como manuais de informação, telefones e informação e outros materiais, como necessário 
Orientar acerca de medicamentos específicos e seus efeitos colaterais que o cliente possa experimentar e quando, onde, como e a quem recorrer se aparecerem problemas 
Fornecer informações e uma lista de recursos para obter, armazenar e descartar medicamentos e dispositivos.
20. Como deve ser realizado o preparo dos quimioterápicos? 
Preparo de medicamentos
Para garantir um manuseio seguro, todos os quimioterápicos devem ser preparados de acordo com a bula em uma câmara de segurança biológica do tipo II;
Exaustão para exterior é indicada; 
O equipamento de proteção pessoal inclui luvas cirúrgicas de borracha descartáveis, não entalcadas, avental feito de tecido sem fiapos e de baixa permeabilidade com a frente fechada, mangas compridas e punhos elásticos ou de malha e máscara. Usar óculos de proteção contra respingos ou um escudo facial quando preparar os medicamentos, se não estiver usando uma câmara de segurança biológica. 
Trocar de luvas entre a preparação e administração do medicamento, pelo menos a cada 30 minutos durante a preparação e administração. 
21. Quais os cuidados a equipe de enfermagem deve ter para prevenção do extravasamento de quimioterápicos?
Prevenção de extravasamento
As responsabilidades do pessoal de enfermagem na prevenção do extravasamento incluem:
 Conhecimento dos medicamentos com potencial vesicante
 Habilidade de administração de medicamentos
Identificação de fatores de risco, por exemplo, punções venosas múltiplas, tratamento anterior
Antecipação do extravasamento e conhecimento do protocolo de tratamento prescrito
Obter um novo local de punção venosa diariamente, se for usado acesso periférico
Considerar acesso venoso central se o acesso periférico é difícil
Prevenção de extravasamento
As responsabilidades do pessoal de enfermagem na prevenção do extravasamento incluem:
 A maioria das fontes de consulta recomenda que se faça infusão de 24 horas d vesicantes somente através de acesso venoso central
Administração de medicamento em um ambiente calmo e pouco movimentado
Testar o fluxo da veia não usando quimioterápicos
Diluir adequadamente o medicamento, por exemplo, infusão lateral em uma infusão venosa fluindo livremente
Observação cuidadosa do local de acesso e da extremidade durante todo o procedimento
Validação do retorno de sangue do local de acesso antes, durante e após a infusão de medicamentos vesicantes
Orientar os clientes sobre os sintomas de infiltração de medicamentos, por exemplo, sensações de dor, queimação e formigamento no local de acesso 
22. Quais os sintomas de extravasamento de quimioterápicos? 
Pacientes que apresentaram sinais e/ou sintomas após extravasamento de drogas antineoplásicas segundo tipos de drogas infundidas – Ambulatório de Quimioterapia relatam:
Ardor 
Dor e edema 
Soroma 
Dor e ardor 
Edema e hiperemia 
Vesícula, escaras e calor
 Pápulas vermelhas
Dormência
23. Quais medidas devem ser adotadas caso ocorra extravasamento de quimioterápicos? 
Protocolo para tratamento do extravasamento em um local periférico
As recomendações e o procedimento para tratar o extravasamento, junto com a prescrição do médico responsável, devem estar facilmente acessíveis à equipe. Os antídotos aprovados devem estar disponíveis prontamente, e o procedimento a seguir deve ser iniciado logo que se suspeite ou ocorra um extravasamento de um medicamento vesicante ou irritantes:
Interromper o quimioterápico
Deixar a agulha ou cateter no local de acesso
Aspirar todo o medicamento residual e o sangue dos tubos, agulhas ou cateter e local suspeito da infiltração 
Instilar o antídoto intravenoso 
Remover a agulha 
Se for impossível aspirar o medicamento residual dos tubos, remover a agulha ou cateter
Injetar subcutaneamente o antídoto em sentido horário no local infiltrado, usando uma agulha de calibre 25; trocar a agulha a cada nova injeção
Evitar aplicar pressão no local suspeito da infiltração 
 Fotografar a área suspeita de extravasamento de acordo com as normas e procedimento para documentação e acompanhamento, após consentimento livre e esclarecido do cliente ou familiares
 Aplicar medicação tópica, se prescrita
 Cobrir levemente com um curativo estéril oclusivo
Aplicar compressas quentes ou frias, como indicado
Elevar a extremidade
Observar regularmente para dor, eritema, endurecimento tecidual ou necrose
Documentar o tratamento do extravasamento: data, hora, local/dispositivo inserido, sequencia de medicamentos, notificação do médico e tratamento de enfermagem do extravasamento. 
24. Cite as principais condutas de enfermagem ao paciente em transplante de medula óssea. 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
 Distúrbio de imagem corporal relacionado com o processo de tratamento
INTERVENÇÕES: 
Encorajar o cliente a verbalizar sentimentos a respeito da aparência e de percepções de alterações de estilo de vida. 
Validar as percepções e assegurar que as respostas sejam adequadas
Promover a aceitação de uma imagem corporal positiva e realística
Sugerir formas para o cliente lidar com as alterações da imagem corporal 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Conforto alterado relacionado com os efeitos colaterais dos regimes de tratamento
INTERVENÇÕES: 
Avaliar dor do cliente: localização, início, frequência, intensidade, qualidade
Identificar medidas eficazes de controle da dor
Administrar medicações como prescrito e necessário 
Avaliar a eficácia das medidas de controle de dor 
Intervir no início da dor
Ensinar os clientes técnicas de relaxamento 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco para lesão relacionado com trombocitopenia
INTERVENÇÕES: 
Monitorar a contagem de plaquetas e antecipar o nadir (contagem baixa de plaquetas)
Avaliar sinais e sintomas de sangramento: pétéquias,
equimoses, epistaxe, sangramento vaginal ou retal 
Administrar transfusões de plaquetas como prescrito
Observar o cliente para sinais de reação transfusional e resposta a transfusão
Orientar o cliente a evitar: barbear-se com instrumento cortante, usar fio dental, arranhar o nariz ou arrancar crostas, assoar-se com força 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Déficit de conhecimento relacionado com o processo de transplante 
INTERVENÇÕES: 
Avaliar a rapidez de aprendizado do cliente e da família
Identificar barreiras ao aprendizado, como idioma, deficiências físicas, deficiência psicológicas, desenvolvimento intelectual 
Determinar o conhecimento do cliente e da família obre o processo de transplante 
Fornecer materiais educativos escritos ou audiovisuais e revisá-los com o cliente e a família 
Dar um tempo adequado para a verbalização de pergunta, preocupações e medos através de uma abordagem compreensiva 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Padrões de sexualidade alterados relacionados com o processo de tratamento e com seus efeitos tardios 
INTERVENÇÕES: 
Avaliar sintomas físicos que possam afetar a libido
Avaliar medos, ansiedade, depressão e conceito próprio diminuído
Promover comunicação aberta sobre temas sexuais falando sobre o assunto 
Instruir o cliente sobre medidas adequadas de higiene e anticoncepcionais. 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Enfrentamento individual ineficaz relacionado com o processo de transplante e com as alterações potenciais do estilo de vida 
INTERVENÇÕES: 
Avaliar o nível do estado de ansiedade do cliente e o sofrimento relacionado com: incerteza sobre o futuro, sintomas incômodos, alterações do autoconceito
Avaliar os sinais de comportamentos mal-adaptados ou arriscados que possam interferir com sua qualidade de vida
Identificar sistema de apoio, recursos e padrões de comunicação do cliente 
Encorajar a verbalização de medos
Ajudar o cliente a resolver problemas, quando necessário
Reassegurar que ansiedade e sofrimento são sentimentos comuns entre clientes submetidos ao transplante de medula óssea 
Fazer referência a recursos sociais, psicológicos e comunitários, quando adequado
25. Cite os principais diagnósticos de enfermagem para todos os tratamentos ao paciente em terapia antineoplásica. 
ONCOLOGIA 
Evanderson Samuel Quirino Silva
ENFEVAN7@OUTLOOK.COM
(81) 99920-8834
PALESTRA: ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

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