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2017 - 07 - 18 Curso Avançado de Processo Civil - Volume 2 - Edição 2016 SEGUNDA PARTE - PROCEDIMENTO COMUM DO PROCESSO DE CONHECIMENTO: FASE POSTULATÓRIA CAPÍTULO 5. PEDIDO Capítulo 5. PEDIDO 5.1. Noções gerais O legislador deu especial atenção ao pedido (arts. 322 a 329 do CPC/2015), porque não se trata de mero requisito formal da petição inicial, mas do principal delimitador do objeto litigioso (a lide ou mérito do processo). O pedido é o objeto da ação, vale dizer, é a expressão da pretensão do autor, pois expressa a aspiração de que lhe seja prestado provimento jurisdicional apto a resolver o conflito levado a juízo. Ou seja, o pedido é a solução que se pretende seja dada pela jurisdição à causa. É aquilo que o autor espera obter da atividade jurisdicional. Assim, o pedido pode visar tanto a uma providência que imponha ao réu prestar uma conduta (pedidos condenatório, mandamental e executivo), ou que declare a existência, inexistência ou modo de ser de uma relação ou situação jurídica (pedido declaratório), ou que a altere (pedido constitutivo ou desconstitutivo). Sobre o tema, v. vol. 1, n. 11.3, e adiante neste vol., n. 21.10.1. O pedido não só demonstra a vontade de demandar - pois, se a petição inicial é o instrumento de que serve o autor para desencadear a atuação jurisdicional, é o pedido que expressa o anseio de alcançá-la -, como também delimita exatamente o resultado que o autor almeja da atividade jurisdicional. Por isso, já se disse que o pedido é o modelo de decisão de mérito que o autor aguarda. O pedido delimita o decisório, pois, em regra, dentro dos limites do pedido há de conter-se a parte decisória da sentença - seja para acolhê-lo, seja para rejeitá-lo. Como já destacado em mais de uma oportunidade (vol. 1, n. 9.3; e neste vol., n. 4.2.4), o pedido desdobra-se em duas dimensões, a do pedido imediato (concernente à modalidade de providência processual pretendida) e a do pedido mediato (o bem de vida, o resultado substancial, almejado). 5.2. Certeza e determinação do pedido O pedido deve ser certo (art. 322 do CPC/2015) e determinado (art. 324do CPC/2015). A certeza diz respeito à clareza do pedido. Ele deve ser inequívoco, inteligível. Deve ser formulado em termos explícitos, de modo a abranger, sem dar margem a dúvidas, tudo aquilo que o autor pretende - tanto no tocante à modalidade da providência processual almejada (pedido imediato) quanto ao bem da vida se espera obter (pedido mediato). O pedido precisa referir-se a uma situação concreta e objetivamente delineada. A atuação jurisdicional não se destina à resolução de questões meramente hipotéticas ou simples conjecturas teóricas. A exigência de certeza é tanto mais relevante quando se considera que a atuação jurisdicional fica adstrita ao pedido, não podendo ir além nem versar sobre objeto diverso do pleiteado. O CPC/1973 inclusive afirmava que o pedido deveria ser interpretado restritivamente (art. 293 do CPC/1973). A fórmula era inadequada, pois, por vezes, uma pretensão era claramente extraível de um pedido formulado em termos não de todo explícitos. O CPC/2015 substitui essa fórmula por outra mais adequada: "interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé" (art. 322, § 2.º, do CPC/2015). Essa regra é consentânea com a orientação doutrinária e jurisprudencial formada ainda sob a égide do Código anterior, no sentido de que a interpretação do pedido deve ser lógico-sistemática. Assim, ainda que implícita uma pretensão, o juiz deverá considerá-la formulada, na medida em que ela seja claramente extraível do contexto da petição inicial. O magistrado deve analisar o pedido em conjunto com toda a petição inicial, deduzindo aquilo que foi efetivamente postulado, sem, todavia, ampliar-lhe o objeto. Essa diretriz é o adequado espelhamento de outra, estabelecida para a sentença. O art. 504, I, do CPC/2015 prevê que, embora não fazendo ela mesma coisa julgada, a motivação da sentença é relevante para a correta compreensão de sua parte dispositiva. Do mesmo modo, a precisa identificação do sentido e alcance da pretensão formulada pelo autor na petição inicial depende da consideração da causa de pedir, bem como do cotejo dos vários pedidos eventualmente cumulados. Eis o "conjunto da postulação". Já a determinação refere-se aos limites daquilo que o autor pretende, demonstrando sua extensão. Concerne ao pedido mediato (o pedido imediato, na medida em que certo, já está claramente definido). A determinação é um atributo relevante quando o pedido mediato concerne a objeto genérico, fungível. Nesse caso, será fundamental a identificação da sua quantidade. Tal número deverá estar veiculado na petição inicial ou, quando menos, nela deverão estar expostos os fundamentos e critérios para tal quantificação. Nesse sentido, afirma-se que o pedido deve ser determinado ou ao menos determinável. Também para isso a consideração da causa de pedir é fundamental. O tema é retomado abaixo, ao se tratar do pedido genérico (n. 5.4). A certeza e determinação do pedido são necessários não apenas porque a jurisdição não pode atuar sobre meras cogitações hipotéticas ou ilações teóricas, mas também para a exata e precisa fixação do objeto litigioso - que tem reflexos importantes sobre outros institutos processuais, como a coisa julgada, a litispendência e a perempção. Há, no § 2.º do art. 330 do CPC/2015, regra destinada a reafirmar a necessidade de pedido certo e determinado, em uma específica hipótese de ações: as "que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens". Nesses casos, "o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito". O § 3.º do art. 330 do CPC/2015 prevê que "o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados". Trata- se de regra também desnecessária - pois vigora o princípio de que a simples pendência da ação não suspende exigibilidade das obrigações nela impugnadas. Em regra, para obter tal suspensão, o autor precisa pleitear e obter uma tutela provisória de urgência (cautelar ou antecipada). E pior, a disposição do § 3.º pode até gerar equívocos: ela transmite a impressão, a contrario sensu, de que a parcela da obrigação relativa aos valores controvertidos estaria com sua exigibilidade suspensa. Mas essa noção não se coaduna com o princípio geral ora destacado. 5.3. Juros legais, correção monetária e verbas de sucumbência O § 1.º do art. 322 do CPC/2015 prevê que serão compreendidos, no principal, os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, incluindo-se os honorários de advogado. A doutrina alude nesse caso a "pedidos implícitos", pois não dependem de formulação expressa. Assim, ainda que a inicial não faça nenhuma referência a respeito, o magistrado os concederá. Até esse ponto, o regime jurídico é igual para todos esses itens: tanto os juros e correção monetária quanto as verbas de sucumbência deverão ser concedidos no processo independentemente de pedido. Mas, depois do fim do processo, a omissão quanto a esses itens recebe tratamentos jurídicos distintos, conforme se trate, de um lado, de juros e correção monetária, e, de outro, de verbas de sucumbência. Se a sentença for omissa quanto aos juros legais e à correção monetária, tais valores poderão ser arbitrados em grau de recurso, em ação de liquidação ou mesmo na fase de cumprimento de sentença. Vale dizer, mesmo depois do trânsito em julgado da decisão final no processo, permanece sendo possível e devida a inclusão dos juros legais e a correção monetária. Sob esse aspecto, eles constituem um efeitoanexo a toda sentença que condene ao pagamento de quantia. Efeito anexo é aquele diretamente imputado pelo ordenamento jurídico a um determinadofato ou ato (no caso, a decisão condenatória pecuniária), independentemente de pedido e de qualquer pronunciamento específico sobre ele (sobre o tema, v. n. 21.10.2). Já os honorários advocatícios e o ressarcimento de despesas processuais antecipadas (i.e., as verbas de sucumbência) serão, como já indicado, objeto de condenação mesmo que não haja pedido da parte. Aliás, serão fixados em favor do vencedor, seja ele autor ou o réu, que, a rigor, não formula pedido nenhum ao contestar. Se a sentença em primeiro grau não se pronunciar sobre o tema, o órgão de segundo grau poderá ele mesmo impor tal condenação, ainda que apenas nos estritos limites do efeito devolutivo do recurso (ou seja, apenas na extensão do recurso havido - v. cap. 23). Mas se a decisão final transitar em julgado sem veicular a condenação nas verbas de sucumbência, isso - diferentemente dos juros e correção monetária - não poderá ser acrescentado depois, na liquidação ou no cumprimento da sentença. A partir do trânsito em julgado, a obtenção da condenação ao pagamento desses valores dependerá de uma ação própria. É o que prevê o art. 85, § 18, do CPC/2015, relativamente aos honorários advocatícios ("Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança"). Idêntica diretriz aplica-se ao ressarcimento das demais despesas processuais. Aliás, diante dessa norma, está superado o enunciado da Súmula 453 do STJ, que vedava uma nova ação para tal fim. Tratava-se de entendimento incorreto mesmo sob a égide do Código anterior e que agora está definitivamente afastado. Assim a condenação em verbas de sucumbência constitui um efeito secundário da sentença: independe de pedido da parte, mas só será extraível da sentença se ela expressamente veicular um comando a respeito (v. n. 21.10.3, adiante). 5.4. Pedido genérico A certeza é condição tanto do pedido imediato quanto do mediato, sendo impossível admitir-se pedido incerto (tal como, "diante do exposto, pede-se a Vossa Excelência que conceda aquilo que reputar cabível"...). O pedido imediato, na medida em que é certo, já está claramente definido. Não cabe falar em determinação (quantificação) para a providência processual, considerada em si mesma. Quanto ao pedido mediato, ele será determinado sempre que a extensão do bem da vida postulado puder, desde logo, ser delimitada. Todavia, pode o pedido mediato, quando não determinado, ser oportunamente determinável, se tal fixação for impossível no momento da propositura da demanda. A isso o Código chama de pedido genérico. A generalidade não significa indeterminação absoluta. Não é admissível a formulação de pedido totalmente desatrelado de parâmetros de determinação. O que se admite é que a determinação ocorra em momento posterior, pois a sentença obtida de pedido genérico, ilíquida, será posteriormente liquidada, como se verá oportunamente (v. vol. 3, cap. 3). O art. 324, § 1.º, do CPC/2015 autoriza a formulação de pedido genérico (na ação e na reconvenção) nas seguintes hipóteses: I) nas ações universais, assim entendidas aquelas que versam sobre direitos referentes a universalidades de fato (ex.: um rebanho, uma biblioteca, uma coleção de selos...) ou de direito (uma herança, um dote...). Considere-se o exemplo da herança. Se o autor sustenta ser herdeiro, afirma estar sendo desconsiderado na sucessão e pretende uma parcela da herança (ação de petição de herança), não lhe será exigido identificar desde logo todos os bens integrantes dessa universalidade. Então, cumprir-lhe-á pedir a parcela, o quinhão, que por direito lhe toca. Assim, o pedido já será certo. A determinação dependerá da individuação e avaliação de todos os bens que integram a herança - o que poderá ocorrer em momento posterior; II) nas ações em que se pede reparação de prejuízos decorrentes de ato ou fato ilícito, quando é impossível desde logo definir todo o desdobramento das consequências danosas. Por exemplo: busca-se a indenização por um atropelamento, mas somente após o término do tratamento médico e fisioterápico, que deve estender-se por mais de dois anos, será possível definir a extensão dos danos físicos e, até mesmo, se as sequelas provenientes do acidente serão irreversíveis; III) quando a extensão da condenação depender de ato a ser praticado pelo réu. Há situações em que, dependendo da conduta do réu, a extensão do pedido pode sofrer variação, como, por exemplo, ocorre na ação de exigir de contas (art. 550 do CPC/2015). A verificação do saldo credor depende das contas a serem apresentadas, e ao autor é impossível precisar, já na petição inicial, o montante desse saldo. Nesses casos é admissível que a parte formule pedido genérico. Mas, mesmo nessas hipóteses, sempre que possível, a decisão final de procedência deverá estabelecer "a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros" (art. 491, caput, do CPC/2015). Deve-se evitar ao máximo a sentença ilíquida. A iliquidez da condenação só será admissível quando, mesmo ao fim fase cognitiva, ainda não for possível definir com exatidão o valor devido ou quando, para apurá-lo, for necessária a produção de prova de difícil realização (art. 491, I e II, do CPC/2015). Então, haverá a necessidade de subsequente liquidação de sentença (vol. 3, cap. 3). 5.5. Pedido de prestações sucessivas - Condenação para o futuro 1 Nas relações jurídicas de trato sucessivo, ou seja, aquelas em que as prestações são periódicas (como ocorre com os aluguéis, os alimentos etc.), o Código de Processo Civil de 2015 também admite pedido implícito (art. 323). Mesmo que não haja expressa menção no pedido, serão as prestações periódicas incluídas, todas, na sentença. Vale dizer, a sentença abrangerá não somente as prestações vencidas ao tempo da propositura da demanda, como também as que se vencerem durante o curso do processo e, mesmo, as vincendas (enquanto durar a obrigação), ressalvado, quanto a estas, que a execução só se viabilizará nos respectivos vencimentos e desde que não espontaneamente adimplidas. Tem-se, assim, aquilo que a doutrina chama de "condenação para o futuro" - ou seja, uma condenação fundada não em um inadimplemento já ocorrido, mas em sua mera perspectiva, fundada em indicativos sólidos (o fato de o réu já haver descumprido as prestações anteriores, já vencidas). A finalidade da norma é evitar que sucessivas demandas sejam propostas para obtenção da mesma coisa, pois, afinal, a gênese das prestações sucessivas é uma só. Essa regra atende aos princípios da economia processual, da razoabilidade e da eficiência. Seria despropositado para o autor - e transtornador para o Judiciário - exigir-se uma nova ação a cada nova prestação periódica vencida. 5.6. Pedido cominatório Quando o pedido consistir na imposição ao réu do dever de não praticar algum ato ou de tolerar alguma atividade, ou ainda na imposição de um dever de fazer ou de entregar coisa, será lícita a cumulação de um pedido de "preceito cominatório", ou seja, um pleito acessório de cominação de uma multa processual para o caso eventual de descumprimento da determinação. A formulação do pedido de multa processual é facultativa. A falta desse pleito na inicial não obsta sua aplicação pelo juiz, nos casos em que for cabível (deveres de fazer, não fazer e de entrega de coisa, na decisão final de procedência ou em tutela provisória). Em outras palavras, a multa pode até ser cominada de ofício (art. 537 do CPC/2015). O tema é retomado no vol. 3, cap. 17 e 18. 5.7. Pedido nas obrigações alternativas Obrigações alternativas são aquelas que comportam mais de um modo de cumprimento (p. ex.: entregar um bem ou pagar seu respectivo valor). A escolha quanto ao modo de cumprimento pode caber ao credor ou ao devedor, conforme estabelecido em leiou contrato. Em regra, tal escolha compete ao réu (art. 252, caput, do CC/2002) - apenas ocorrendo de modo diverso se expressamente previsto no contrato. Se a escolha couber ao autor e tiver havido inadimplemento a justificar propositura de ação, o pedido na petição inicial não apresentará nenhum traço peculiar. Ao propor a demanda, o autor já precisa ter feito essa escolha - e seu pedido na petição inicial refletirá o modo de cumprimento escolhido (retomando o exemplo: ele opta pelo recebimento da quantia; então, ele formula apenas um pedido de condenação ao pagamento daquela quantia). Já se a escolha quanto ao modo de cumprimento da prestação couber ao devedor, o credor, ao propor a ação, deve respeitar essa faculdade atribuída ao réu. Assim, caberá a formulação de um pedido "alternativo". Se não for observada, na petição inicial, a faculdade de escolha do réu, "o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo" (art. 325, parágrafo único, do CPC/2015). A alternatividade do art. 325 do CPC/2015, no entanto, não pode ser confundida com aquela do parágrafo único do art. 326 do CPC/2015 (v. n. 5.8.3). No primeiro caso, a alternatividade está na própria obrigação cujo cumprimento se pede. O pedido não é alternativo: pede-se, apenas, o cumprimento da obrigação. A obrigação que o é. Já no segundo caso, por uma estratégia processual sua, cumula pretensões alternativas - como se vê adiante. 5.8. Cumulação de pedidos Os arts. 326 e 327 do CPC/2015 permitem que o autor cumule, na mesma ação, mais de um pedido em face do mesmo réu. Nesses casos, a doutrina alude também a cumulação de ações, pois, como cada pedido autoriza uma ação independente, haveria tantas ações quantos fossem os pedidos. A cumulação de pedidos funda-se no princípio da economia processual. Se o autor busca a tutela jurisdicional e tem mais de um pedido a formular contra o mesmo réu, não haveria razão para se exigir que, para cada pedido, propusesse uma ação diferente, instauradora de um novo processo. Isso implicaria não apenas maior esforço e dispêndio de recursos pelo autor, como maior carga de trabalho e custos para a máquina judiciária. Há várias modalidades de cumulação de pedidos. O art. 327 do CPC/2015, centra-se em uma delas, a cumulação simples. Mas, entre os requisitos que arrola em seu § 1.º, inclui dois que se aplicam a todas as espécies de cumulação: (a) competência (art. 327, § 1.º, II, do CPC/2015). Como todos os pedidos cumulados precisarão ser processados conjuntamente, é imprescindível que o juízo seja competente para todos. Se se tratar de incompetência absoluta, a cumulação está vedada. Se for apenas relativa, é possível a cumulação, pois haverá a prorrogação, modificadora de competência (v. vol. 1, cap. 6); (b) uniformidade procedimental. Todos os pedidos cumulados precisarão seguir a mesma marcha procedimental. Por isso, é requisito da cumulação que todos eles se submetam ao mesmo tipo de procedimento (comum ou especial). Se os diversos pedidos tiverem de seguir procedimentos distintos, a cumulação está afastada - exceto se o autor puder abrir mão do procedimento especial, optando por submeter todos os pedidos ao procedimento comum. Nesse caso, serão aplicadas apenas pontualmente as técnicas processuais peculiares ao procedimento especial que sejam compatíveis com as regras do procedimento comum (art. 327, § 2.º, do CPC/2015). Todavia, jamais será viável a cumulação quando os pedidos disserem respeito a espécies distintas de processos. Assim, é impossível cumular pedido de execução por quantia certa fundada em título executivo extrajudicial com pedido de condenação ao pagamento de outra quantia. O primeiro enseja processo de execução; o segundo, de conhecimento. 5.8.1. Cumulação simples de pedidos Há cumulação simples quando o autor faz vários pedidos que independem uns dos outros. O juiz terá de apreciar todos os pedidos em qualquer caso. Ou seja: o acolhimento ou desacolhimento de cada um deles não interfere sobre o destino dos outros. Essa hipótese é também chamada de cumulação em sentido estrito, ou cumulação propriamente dita. Na cumulação simples, não é preciso haver conexão entre os pedidos. Vale dizer, eles não precisam estar relacionados entre si nem decorrer dos mesmos fatos, da mesma causa de pedir. No entanto, os pedidos cumulados de modo simples precisam ser compatíveis entre si. Como se trata de providências que se pretende que sejam todas elas concedidas simultaneamente, elas não podem excluir-se umas às outras em termos práticos nem lógico-jurídicos. Assim, o vendedor não pode pretender obter, ao mesmo tempo, a restituição da coisa vendida e o pagamento do preço inadimplido: uma coisa exclui a outra. Pela mesma razão, não se pode pleitear, em cumulação simples, a anulação e o cumprimento do contrato. Entre muitos exemplos de cumulação simples, podem ser citados alguns extraídos de enunciados sumulares do STJ. É possível a cumulação: de pedidos de indenização por dano moral e por dano material oriundos do mesmo fato (Súmula 37) - ou mesmo se decorrentes de fatos distintos (afinal, a conexão não é pressuposto para essa cumulação); de pedido de reparação de dano estético e de dano moral (Súmula 387); de investigação de paternidade com pedido de alimentos (Súmula 277). 5.8.2. Pedidos subsidiários (ou cumulação alternativa eventual) O art. 326 do CPC/2015 autoriza a formulação de mais de um pedido, em ordem subsidiária. É a denominada cumulação alternativa eventual, pela qual o autor expressa uma sequência de pedidos, em uma verdadeira escala de preferências. Em primeiro lugar, ele formula o pedido principal (subordinante), a ser conhecido em primeiro plano, que representa aquilo que primordialmente anseia (ou que lhe é mais interessante obter), e, em seguida, um ou vários pedidos subsidiários (subordinados), em ordem decrescente de interesse, para a eventualidade de o primeiro não ser acolhido. Por exemplo, o autor pede a anulação do contrato por vício de vontade; se o juiz acolhe esse pedido, o autor está satisfeito. Mas, por cautela, já na inicial o autor pede também a resolução do contrato por inadimplemento contratual do réu, para o caso de não ser acolhido aquele primeiro pedido. E pede ainda, subsidiariamente, que se imponha ao réu o cumprimento do contrato, caso o juiz também não acolha o segundo pedido - e assim por diante. Nesses casos, cumpre ao juiz analisar o pedido principal e, somente na hipótese de não ser possível concedê-lo, passar ao julgamento dos subsidiários, também em ordem subsidiária, sempre apreciando o subsequente, na circunstância de não poder acolher o antecedente. A cumulação alternativa eventual tanto pode fundar-se na perspectiva de uma impossibilidade material na obtenção do pedido subordinante, como também na da sua própria rejeição. Diversamente do que ocorre na cumulação simples, em que é indispensável a compatibilidade entre os pedidos formulados (pois há a perspectiva de serem simultaneamente acolhidos), os pedidos acumulados de modo alternativo eventual não precisam ser compatíveis entre si (art. 327, § 3.º, do CPC/2015), como evidenciam os próprios exemplos antes postos. 5.8.3. Cumulação alternativa simples O autor pode também formular dois ou mais pedidos em caráter alternativo, mas sem estabelecer uma ordem de preferência (art. 326, parágrafo único, do CPC/2015). Ou seja, o autor pede ou A ou B ou C. Ele visa a obter apenas um deles - sendo-lhe indiferente a obtenção de qualquer dos três. Também nesse caso, como não há a perspectiva de concessão simultânea e conjunta dos diversos pedidos cumulados, não se põe o requisito da compatibilidade entre eles (art. 327, § 3.º, do CPC/2015). 5.8.4. Cumulação sucessiva eventual Na cumulação sucessiva eventual, o autor formula um pedido subsequente que só deverá ser examinado pelo juiz se acolhido o pedido antecedente. O autorpede A; e pede também que, caso seja acolhido A, o juiz lhe dê também B; e pode ainda pedir que, se julgado procedente B, o juiz lhe conceda também C - e assim por diante. Nota-se a diferença em face da cumulação alternativa. Nela, o juiz só trataria do pedido posterior caso não acolhesse o anterior. Já aqui se dá o oposto: o juiz só examinará o pedido posterior caso acolha o anterior. Por exemplo, o autor formula pedido de resolução de um contrato e cumula, em caráter alternativo simples, perdas e danos. Caso o juiz acolha o pedido de rescisão, ele examinará se é possível acolher o de perdas e danos. Agora caso julgue improcedente o de rescisão, nem apreciará o de perdas e danos. Essa modalidade de cumulação não foi prevista de modo expresso e específico no ordenamento, mas é autorizada com base na regra geral do art. 327 do CPC/2015. Como nesse caso busca-se a simultânea concessão das duas ou mais providências pleiteadas, aplica-se o requisito da compatibilidade entre os pedidos feitos (art. 327, § 1.º, I, do CPC/2015). 5.9. Pedido e causa de pedir: limitadores da atividade jurisdicional Os arts. 141 e 492 do Código de Processo Civil de 2015 expressam o princípio da congruência ou da correspondência entre o pedido formulado pelo autor e a sentença proferida pelo juiz. Ou seja, em razão da adoção, entre nós, do princípio dispositivo, é vedado à jurisdição atuar sobre aquilo que não foi objeto de pedido de tutela jurisdicional do legitimado ativo. Por isso, é o pedido (tanto o imediato como o mediato) que limita a extensão da decisão jurisdicional que deverá, portanto, a ele estar jungida. A consequência da adoção desse sistema, que combina o princípio dispositivo com o da congruência, é que se considera extra petita a sentença que decidir sobre pedido diverso daquilo que consta da petição inicial (se o autor pede A, o juiz deve julgar a respeito de A, tão somente). Será ultra petita a sentença que alcançar além da própria extensão do pedido, apreciando mais do que foi pleiteado. E é infra petita (ou citra petita, segundo alguns autores) a sentença que não versou sobre a totalidade do pedido, apreciando apenas parcela dele, sem, todavia, julgar tudo quanto tenha sido expressado no pedido. É evidente que a limitação da sentença também diz respeito indiretamente à causa de pedir, pois, ao analisar o pedido, necessariamente deverá o julgador ter em vista os fatos e os fundamentos que lhe dão sustentáculo. Se a causa de pedir não integra o pedido, certamente o identifica. Assim, também é vedado ao juiz proferir sentença fundada em outra causa de pedir que não a constante da petição inicial. 5.10. Aditamento ou alteração do pedido ou da causa de pedir Enquanto não se realizar a citação, a relação jurídica processual é ainda linear, pois o processo ainda não terá completado sua formação. Por isso, o art. 329, I, do CPC/2015, autoriza o aditamento ou a alteração do pedido ou da causa de pedir, até a citação, sem que a isso o réu possa se opor. Ao ser citado, ele necessariamente já terá ciência do pedido e (ou) da causa de pedir já alterados. Após a citação, até o saneamento, também é possível a alteração ou o aditamento do pedido ou da causa de pedir. Porém, nesse caso, a alteração ou aditamento necessitará da anuência do réu, a quem será concedido o prazo mínimo de quinze dias para manifestação (art. 329, II, do CPC/2015). Todavia, encerrada a fase postulatória, com o saneamento, ocorre a definitiva estabilização da demanda, sendo vedada qualquer alteração ou aditamento. Essas regras também são aplicáveis à reconvenção. Noções gerais Certeza e determinação do pedido Inteligibilidade do pedido Limites da pretensão Classificação Pedido imediato (atividade jurisdicional) Pedido mediato (bem da vida) Juros legais, correção monetária e verbas de sucumbência (incluindo-se os honorários de advogado) Pedido genérico Ações universais Consequências de ato ou fato ilícito Extensão da condenação depende de ato do réu Pedido de prestações sucessivas Prestações vencidas Prestações vincendas - condenação para o futuro Pedido cominatório Pedido nas obrigações alternativas Cumulação de pedidos Competência Uniformidade procedimental Cumulação simples de pedidos Pedidos subsidiários (ou cumulação alternativa eventual) Cumulação alternativa simples Pedido e causa de pedir Limitadores da atividade jurisdicional Sentença Extra petita Ultra petita Infra petita = citra petita Aditamento ou alteração do pedido ou da causa de pedir Doutrina Complementar · Alexandre Freitas Câmara(O Novo Processo..., p. 190; 191) leciona que: "A interpretação do pedido exige uma consideração especial. É que muitas vezes se vê, na prática forense, considerar-se que o pedido deveria ser interpretado apenas a partir de uma frase que, formulada ao final da petição inicial, é indicada pelo demandante como sendo seu pedido. É que, com muita frequência, o demandante - através de seu advogado - escreve, ao fim da petição inicial, algo como o seguinte: 'é a presente para decidir a condenação ao réu ao cumprimento da obrigação X', ou 'através da presente pede-se a anulação do contrato Y'. Impende, porém, ter claro que o pedido não pode ser interpretado a partir de uma única frase, mas levando-se em conta 'o conjunto da postulação' (art. 322, § 2.º, do CPC/2015)". E, "ademais, deve-se levar em conta, na interpretação do pedido, o princípio da boa-fé (arts. 5.º e 322, § 2.º, do CPC/2015). É que, com a dedução de uma demanda em juízo, o autor gera - no órgão jurisdicional e no demandado - expectativas que devem ser levadas em consideração no momento da interpretação do pedido. Assim, por exemplo, se o autor passou toda a inicial a descrever um vício de consentimento em um contrato, gera-se, tanto para o demandado como para o órgão jurisdicional, a legítima expectativa de que aquela será uma demanda de anulação do negócio jurídico. Pode ocorrer, porém, de o autor escrever, em seu texto, que pretende a rescisão do contrato. O princípio da boa-fé, porém, exige que tal pedido seja interpretado como a manifestação de uma pretensão de anulação (e não de rescisão) do negócio". · Humberto Theodoro Júnior (Curso..., 56. ed., vol. 1, p. 777) afirma que: "Salvo os casos de pedidos implícitos (...), incumbe ao autor cumular na petição inicial todos os pedidos que forem lícitos formular contra o réu. Se não o fizer naquela oportunidade, só por ação distinta poderá ajuizar contra o réu os pedidos omitidos. Entretanto, o art. 329 do CPC/2015 admite que o autor adite ou altere o pedido ou a cause de pedir: (i) independentemente do consentimento do réu, se o fizer até a citação; (ii) com o consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo de quinze dias, facultado o requerimento de prova suplementar, se o fizer até o saneamento do processo. Certo é, contudo, que, nos termos da lei, o aditamento e a alteração do pedido terão de ser feitos somente até o saneamento do processo. A regra do Código é a da liberdade de alteração do pedido, que pode ser feita pela vontade exclusiva do autor, se o fizer até a citação. Mesmo após a citação, 'não há proibição de alterar o pedido ou a causa petendi', mas 'a mudança é negócio bilateral: exige, também, o assentimento do réu'". · José Carlos Barbosa Moreira (O novo processo..., 25. ed., p. 12) explica que, "em termos gerais, é possível distinguir, no pedido, um objeto imediato e um objeto mediato. Objeto imediato do pedido é a providência jurisdicional solicitada (ex.: a condenação do réu ao pagamento de x); objeto mediato é o bem que o autor pretende conseguir por meio dessa providência (ex.: a importância x). O objeto imediato (de um pedido) é sempre único e determinado; não assim o mediato". Sobre a certeza e determinação, leciona que, "normalmente, segundoo art. 286, 1.ª parte, do CPC/1973 [art. 322, caput, do CPC/2015], 'o pedido deve ser certo ou determinado'. A conjunção 'ou' vale aí por 'e': o pedido deve ser certo e determinado. É necessário precisar tanto o objeto imediato (a providência jurisdicional desejada) como o objeto mediato (o bem que se pretende conseguir) do pedido. Por exceção, admite a lei, em três hipóteses (art. 286, 2.ª parte, incisos I a III, do CPC/1973) [art. 324, § 1.º, I, II e III, do CPC/2015], a indeterminação do objeto mediato (não do imediato!), ou seja, a formulação de pedido genérico". Quanto aos pedidos sucessivos, entende que, "de acordo com o art. 289, do CPC/1973 [art. 326 do CPC/2015], faculta-se ao autor 'formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior'. Trata-se aqui da modalidade de cumulação de pedidos denominada eventual. Ao pedido formulado para a eventualidade de rejeição de outro chama-se pedido subsidiário; àquele que se formula em precedência, pedido principal. Exemplo: o autor pede a restituição da coisa (pedido principal) ou, quando menos, o pagamento de perdas e danos (pedido subsidiário)". Quanto à cumulação de pedidos, assevera: "Há cumulação em sentido estrito quando o autor formula contra o réu mais de um pedido visando ao acolhimento conjunto de todos eles. A cumulação em sentido estrito comporta duas modalidades: a) cumulação simples - em que o acolhimento de um pedido não depende do acolhimento ou da rejeição de outro. Exemplo: cobrança simultânea de duas dívidas oriundas de fatos ou atos diversos; b) cumulação sucessiva - em que o acolhimento de um pedido depende do acolhimento de outro. Exemplo: investigação de paternidade e petição de herança". · José Frederico Marques (Manual..., 9. ed. atual., vol. 2, p. 48) afirma que "a inicial, como ato do processo, traz em si a descrição do litígio - da res in iudicium deducta. Ela é o pedido em que se transfunde a pretensão quando transportada ao processo - pedido em sentido amplo para demarcar a área da lide, fixar os seus contornos e configurar o que se denomina pretensão processual ou objeto litigioso. Todas as indicações que a inicial necessita conter a fim de individualizar a ação a ser proposta visam especificar a res in iudicium deducta; e isto porque deve concretizar-se, na sentença, a vontade concreta da lei e do direito objetivo em geral, tal como inicialmente deduzida. Procedimentalmente, a inicial não só formaliza a pretensão ajuizada, como também traz o primeiro impulso dado pelo autor, para que, constituída a relação processual, se desencadeie o movimento procedimental com a sucessão posterior de atos, até o encerramento do processo. Da inicial à sentença é que o processo caminha, por meio da coordenação procedimental de atos sucessivos, de que a primeira é o termo a quo e a última, o termo ad quem". E conceitua pedido (p. 54) como "a formulação do bem jurídico que o autor procura obter com a ação, isto é, com a prestação jurisdicional pleiteada". E, mais adiante: "Objeto do pedido, portanto, é a tutela jurisdicional. Todavia, esse é o objeto imediato, pois que o objeto mediato será aquele a ser atingido com a prestação, a declaração ou com formação de nova situação jurídica. O objeto imediato é o meio e modo de ser obtido o julgamento sobre o objeto mediato". Sobre a certeza e determinação, sustenta (p. 55) que "a prestação pedida tem de ser certa e determinada (art. 286, caput, do CPC/1973) [art. 322, caput, do CPC/2015], só se admitindo, excepcionalmente, o pedido genérico. Sabe-se qual a prestação que o autor pretende que o juiz imponha ao réu porque o respectivo pedido está determinado, isto é, expresso de modo tal que caracterize perfeitamente a prestação e seu objeto. E não se ignora a extensão do pedido de prestação, porquanto ele não é vago, e sim tem extensão ou quantidade adequadamente delimitada. Pede-se, assim, prestação determinada quanto à espécie e certa no tocante aos limites quantitativos e extensão". Em relação ao pedido alternativo, explica (p. 57) que "pedido alternativo é aquele que se opõe ao pedido fixo. E o pedido é fixo quando o autor pede unicamente determinada prestação - enquanto no pedido alternativo há pedido de prestações disjuntivas: ou uma prestação ou outra. Essa disjunção resulta de ser possível satisfazer a obrigação de mais de um modo, como o declara o art. 288, do Código de Processo Civil de 1973 [art. 325, caput, do CPC/2015]". Quanto aos pedidos sucessivos, leciona (p. 58) que "trata-se, aí, do chamado pedido subsidiário, que é modalidade do pedido cumulativo. Em tal caso há alternatividade, mas um dos pedidos (o subsidiário ou sucessivo) só será examinado se o anterior não puder ser atendido. O pedido subsidiário, ou sucessivo, pressupõe um outro, que é o pedido anterior, ou pedido condicionante (o sucessivo é o pedido condicionado), ocorrendo, então, o que se denomina cumulação eventual: um dos pedidos é formulado, na eventualidade de ser o outro repelido". No tocante aos limites do pedido, afirma (p. 61) que, "como toda declaração de vontade, o pedido de tutela jurisdicional pode ser interpretado, para dele se ter exata compreensão. Todavia, como o pedido constitui o objeto da ação e da sentença, tanto que o juiz não pode decidir ultra petita (art. 460 do CPC/1973) [art. 492, caput, do CPC/2015], dispõe o art. 293 do CPC/1973 [art. 322, § 1.º, do CPC/2015] que 'os pedidos são interpretados restritivamente'. Se assim não fosse, o juiz, ao dar seu entendimento sobre a extensão do pedido, poderia dilatar a área do litígio a ser decidido, com prejuízo do devido processo legal". · Luis Guilherme Aidar Bondioli (Breves..., p. 826). Para esse autor, "existem situações da vida cujas repercussões não são conhecidas por inteiro pelo autor no momento do ingresso em juízo. Consciente disso, o legislador mantém aberta brecha para a formulação de pedido genérico no processo, nas hipóteses previstas nos incisos do § 1.º do art. 324 do CPC/2015. Essas hipóteses são bastante semelhantes àquelas constantes dos incisos do art. 286 do CPC/1973. O inc. I do § 1.º do art. 324 do CPC/2015 praticamente repete o inc. I do art. 286 do CPC/1973, autorizando o pedido genérico nas ações universais em que não for possível individuar os bens objeto do processo. Já o inc. II do § 1.º do art. 324 do CPC/2015 ganha uma dimensão maior em relação ao inc. II do art. 286 do CPC/1973, na medida em que excluída a palavra ilícito. Agora, quando forem desconhecidas todas as consequências de qualquer ato ou fato, autorizado estará o pedido genérico. O inc. III do § 1.º do art. 324 do CPC/2015 também ganha uma dimensão maior em relação ao inc. III do art. 286 do CPC/1973, com a inserção da palavra objeto, dando a ideia de que não só em caso de pagamento de quantia fica autorizada a formulação de pedido genérico, quando se depender de ato a ser praticado pelo réu para a determinação do pedido". · Nelson Nery Jr. E Rosa Maria de Andrade Nery (Comentários..., p. 886; 892; 895; 896; 897) explicam: "No sistema do CPC pedido tem como sinônimas as expressões lide, pretensão, mérito, objeto. É o bem da vida pretendido pelo autor, para integrar ou reintegrar-se a seu patrimônio: a indenização, os alimentos, a posse, a propriedade, a anulação do contrato etc. O regime jurídico do pedido está nos arts. 322 a 329 do CPC/2015. Divide-se em pedido imediato (sentença) e pedido mediato (bem da vida). Pede-se a prolação de uma sentença (imediato) que garanta ao autor o bem da vida pretendido (mediato). O pedido deve ser sempre explícito, pois é interpretado restritivamente (art. 322 do CPC/2015). Há pedidos que não precisam constar da petição inicial para serem examinados pelo juiz, porque decorrem de disposição legal (v.g., juros de mora, correção monetária, honorários de advogado). As questões de ordem pública devem ser conhecidas e decididas de ofício pelo juiz, independentementede pedido da parte ou do interessado". Por outro lado, afirmam Nelson e Rosa Nery: "No sistema do CPC é vedado deduzir-se pedido genérico. As exceções estão enumeradas no art. 324, § 1.º, do CPC/2015 (...)". Quanto a essas exceções, asseveram ser permitido ao autor a formulação de pedido genérico, nas ações universais, "quando não puder, desde logo, individuar os bens demandados, componentes da universalidade (...). O pedido pode ser genérico nas ações de indenização, quando não se puder, desde logo, determinar as consequências do ato ou fato ilícito. Neste caso, o juiz poderá levar em consideração fatos novos ocorridos depois da propositura da ação, para que possa proferir sentença. Uma das decorrências da exceção prevista no art. 324 § 1.º, II, do CPC/2015 é a possibilidade de fazer-se liquidação da sentença por artigos, quando houver de provar-se fato novo, superveniente à sentença. (...). Quando a obrigação puder ser cumprida de várias maneiras, o pedido pode ser alternativo (art. 325 do CPC/2015). Mas quando o valor da condenação, para ser fixado, depender de fato do réu, o autor por óbvio não o indicará na petição inicial". Sobre o pedido alternativo, afirmam que "pedido alternativo é aquele que versa sobre obrigação alternativa do réu (art. 252 do CC/2002). A qualificação do pedido é dada pela natureza da obrigação exigida do réu. A regra é o autor pedir a condenação do réu no cumprimento da obrigação, de forma alternativa, como previsto na lei ou contrato. Mas, ainda que o autor não faça pedido alternativo, o juiz, ao julgar procedente o pedido, facultará ao réu o cumprimento da obrigação de forma alternativa. A alternatividade respeita ao réu, pois é ele quem deve cumprir a obrigação de forma alternativa". No tocante aos pedidos sucessivos, sustentam que "o autor pode deduzir dois ou mais pedidos em ordem sucessiva. Pedido sucessivo é a pretensão subsidiária deduzida pelo autor, no sentido de que, em não podendo o juiz acolher o pedido principal, passa a examinar o sucessivo. Por exemplo, pedido de nulidade ou anulação de casamento (principal) e subsidiário de separação judicial (sucessivo). O pedido sucessivo só é examinado pelo juiz se não puder ser deferido, no mérito, o pedido principal". Em relação à cumulação de pedidos, explicam que, "caso o autor cumule pedidos na peça vestibular, há cumulação inicial. Se, no curso do procedimento, uma das partes ajuíza outra ação no mesmo processo, há cumulação superveniente, como, por exemplo, no caso de ser elaborado pedido declaratório incidental (art. 503 §§ 1.º e 2.º, do CPC/2015), denunciação da lide (art. 125 do CPC/2015) etc. (...) Homogênea é a cumulação de pedidos feitos pela mesma parte. Heterogênea é a cumulação que ocorre no mesmo processo, mas com ações ajuizadas por partes diferentes. Por exemplo, quando o autor cumula pedidos na petição inicial (rescisão de contrato mais perdas e danos mais reintegração de posse), ou, por meio de pedido declaratório incidental, há cumulação homogênea. Caso o réu venha a cumular pedido no mesmo processo, somando o seu ao do autor, já ajuizado, há cumulação heterogênea. Exemplo desta última hipótese ocorre quando o réu propõe pedido contraposto ou pedido incidental". ·Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello (Primeiros..., p. 554) ensinam que: "Por economia processual, permite-se ao autor que formule mais de um pedido contra o réu, ainda que não haja conexão entre as ações: na verdade, há, aqui, cumulação de ações. Os pedidos devem ser compatíveis (desde que não sejam alternativos ou desde que não haja cumulação subsidiária); o mesmo juízo deve ser competente (competência absoluta) para ambos; e o procedimento deve ser adequado a todos os pedidos. Mantém-se a regra de que o procedimento há de ser o comum, se a algum dos pedidos corresponder procedimento diferenciado. A nova lei faz menção às técnicas processuais diferenciadas que não sejam incompatíveis com o procedimento comum e à possibilidade de que sejam utilizadas. A compatibilidade dos pedidos deve ser exigida, como requisito para a licitude da cumulação, desde que não se trate de cumulação subsidiaria (quando há preferência por um dos pedidos) ou alternativa (quando se quer ou um ou outro e a escolha cabe ao réu). Nestes casos, a incompatibilidade existe porque o autor não pretende mesmo todos eles. Não pode haver cumulação se, com isso, forem infringidas regras que dizem respeito à competência absoluta. Pode-se, todavia, em nome da economia processual, passar por cima da incompetência relativa, que é derrogável e prorrogável. A cumulação pode ser simples, como a que ocorre quando o autor pede danos morais e danos materiais. Trata-se, na verdade, de ações que poderiam ser propostas independentemente uma da outra. Pode ser, também, sucessiva. Ocorre quando o exame do segundo pedido decorre do acolhimento do primeiro. Por exemplo, o autor pede a rescisão do contrato por culpa do réu e a indenização pelos prejuízos que este causou. Negada a rescisão nas condições em que foi pedida, não há que se falar em prejuízos. Sendo inviável a cumulação, deve o juiz aproveitar o processo, mandando processar pelo menos um dos pedidos". Enunciados do FPPC N.º 7.(Art. 85, § 18, CPC/2015) O pedido, quando omitido em decisão judicial transitada em julgado, pode ser objeto de ação autônoma. N.º 45. (Art. 343, CPC/2015) Para que se considere proposta a reconvenção, não há necessidade de uso desse nomen iuris, ou dedução de um capítulo próprio. Contudo, o réu deve manifestar inequivocamente o pedido de tutela jurisdicional qualitativa ou quantitativamente maior que a simples improcedência da demanda inicial. N.º 46. (Art. 343, § 3.º, CPC/2015) A reconvenção pode veicular pedido de declaração de usucapião, ampliando subjetivamente o processo, desde que se observem os arts. 259, I, e 328, § 1.º, II. Ampliação do Enunciado 237 da Súmula do STF. N.º 102. (Art. 1.013, § 1.º; art. 326, CPC/2015) O pedido subsidiário (art. 326 do CPC/2015) não apreciado pelo juiz - que acolheu o pedido principal - é devolvido ao tribunal com a apelação interposta pelo réu. N.º 111. (Art. 19; art. 329, II; art. 503, § 1.º, CPC/2015) Persiste o interesse no ajuizamento de ação declaratória quanto à questão prejudicial incidental. N.º 113. (Art. 98, CPC/2015) Na Justiça do Trabalho, o empregador pode ser beneficiário da gratuidade da justiça, na forma do art. 98 do CPC/2015. N.º 125. (Art. 134, CPC/2015) Há litisconsórcio passivo facultativo quando requerida a desconsideração da personalidade jurídica, juntamente com outro pedido formulado na petição inicial ou incidentemente no processo em curso. N.º 140. (Art. 296, CPC/2015) A decisão que julga improcedente o pedido final gera a perda de eficácia da tutela antecipada. N.º 205. (Art. 982, I; art. 982, § 3.º, CPC/2015) Havendo cumulação de pedidos simples, a aplicação do art. 982, I e § 3.º, do CPC/2015 poderá provocar apenas a suspensão parcial do processo, não impedindo o prosseguimento em relação ao pedido não abrangido pela tese a ser firmada no incidente de resolução de demandas repetitivas. N.º 245. (Art.15; art. 99, § 4.º, CPC/2015) O fato de a parte, pessoa natural ou jurídica, estar assistida por advogado particular não impede a concessão da justiça gratuita na Justiça do Trabalho. N.º 246. (Art.15; art. 99, § 7.º, CPC/2015) Dispensa-se o preparo do recurso quando houver pedido de justiça gratuita em sede recursal, consoante art. 99, § 7.º, do CPC/2015, aplicável ao processo do trabalho. Se o pedido for indeferido, deve ser fixado prazo para o recorrente realizar o recolhimento. N.º 252. (Art. 190, CPC/2015) O descumprimento de uma convenção processual válida é matéria cujo conhecimento depende de requerimento. N.º 285. (Art. 322, § 2.º, CPC/2015) A interpretação do pedido e dos atos postulatórios em geral develevar em consideração a vontade da parte, aplicando-se o art. 112 do CC/2002. N.º 286. (Art. 5º; art. 322, § 2.º, CPC/2015) Aplica-se o § 2.º do art. 322 do CPC/2015 à interpretação de todos os atos postulatórios, inclusive da contestação e do recurso. N.º 287. (Art. 326, CPC/2015) O pedido subsidiário somente pode ser apreciado se o juiz não puder examinar ou expressamente rejeitar o principal. N.º 288. (Art. 326, CPC/2015) Quando acolhido o pedido subsidiário, o autor tem interesse de recorrer em relação ao principal. N.º 289. (Art. 327, § 1.º, II, CPC/2015) Se houver conexão entre pedidos cumulados, a incompetência relativa não impedirá a cumulação, em razão da modificação legal da competência. N.º 291. (Art. 321, CPC/2015) Aplicam-se ao procedimento do mandado de segurança os arts. 331 e parágrafos e 332, § 3.º do CPC/2015. N.º 378. (Art. 5.º; art. 6.º; art. 322, § 2.º; art. 489, § 3.º, CPC/2015) A boa fé processual orienta a interpretação da postulação e da sentença, permite a reprimenda do abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os sujeitos processuais e veda seus comportamentos contraditórios. N.º 385.(Art. 99, § 2.º, CPC/2015) Havendo risco de perecimento do direito, o poder do juiz de exigir do autor a comprovação dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade não o desincumbe do dever de apreciar, desde logo, o pedido liminar de tutela de urgência. N.º 428. (Art. 357, § 3.º; art. 329, CPC/2015) A integração e o esclarecimento das alegações nos termos do art. 357, § 3.º, do CPC/2015, não se confundem com o aditamento do ato postulatório previsto no art. 329, do CPC/2015. N.º 490.(Art. 190; art. 81, § 3.º; art. 297, parágrafo único; art. 329, II; art. 520, I; art. 848, II, CPC/2015). São admissíveis os seguintes negócios processuais, entre outros: pacto de inexecução parcial ou total de multa coercitiva; pacto de alteração de ordem de penhora; pré-indicação de bem penhorável preferencial (art. 848, II, do CPC/2015); pré-fixação de indenização por dano processual prevista nos arts. 81, § 3.º, 520, inc. I, 297, parágrafo único (cláusula penal processual), do CPC/2015; negócio de anuência prévia para aditamento ou alteração do pedido ou da causa de pedir até o saneamento (art. 329, inc. II, do CPC/2015). N.º 502. (Art. 305, parágrafo único, CPC/2015) Caso o juiz entenda que o pedido de tutela antecipada em caráter antecedente tenha natureza cautelar, observará o disposto no arts. 305 e seguintes, do CPC/2015. N.º 504. (Art. 309, III, CPC/2015) Cessa a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter antecedente, se a sentença for de procedência do pedido principal, e o direito objeto do pedido foi definitivamente efetivado e satisfeito. N.º 505. (Art. 323, CPC/2015; Lei 8.245/1991) Na ação de despejo cumulada com cobrança, julgados procedentes ambos os pedidos, são passíveis de execução, além das parcelas vencidas indicadas na petição inicial, as que se tornaram exigíveis entre a data de propositura da ação e a efetiva desocupação do imóvel locado. N.º 506. (Art. 327, § 2.º, CPC/2015) A expressão "procedimentos especiais" a que alude o § 2.º do art. 327, do CPC/2015 engloba aqueles previstos na legislação especial. N.º 513. (Art. 356, CPC/2015; Lei 8.245/1991) Postulado o despejo em cumulação com outro(s) pedido(s), e estando presentes os requisitos exigidos pelo art. 356 do CPC/2015, o juiz deve julgar parcialmente o mérito de forma antecipada, para determinar a desocupação do imóvel locado. 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