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2017 - 07 - 18 Curso Avançado de Processo Civil - Volume 2 - Edição 2016 SEGUNDA PARTE - PROCEDIMENTO COMUM DO PROCESSO DE CONHECIMENTO: FASE POSTULATÓRIA CAPÍTULO 7. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO Capítulo 7. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 7.1. Noções gerais Observadas determinadas condições, o Código estabelece exigência prévia para que a atividade jurisdicional desenvolva-se em seus moldes tradicionais, i.e., determinando heteronomamente quem tem razão (modo "adjudicatório"). Trata-se da realização de audiência em que as partes, incentivadas por técnicas de conciliação ou mecanismos de mediação, terão a oportunidade de realizar a composição de seus interesses e, dessa maneira, por fim ao litígio, sem a necessidade de uma solução ditada pelo órgão judiciário (art. 334). Há pouco tempo, a mediação e a conciliação eram tidas como meios "alternativos" de solução de conflitos, no sentido de que seriam opções secundárias em relação ao tradicional modelo judiciário de imposição heterônoma da solução (modelo adjudicatório). A arbitragem, meio de resolução que, embora heterocompositivo, é privado, também recebia essa qualificação. Mas, contemporaneamente, essa "alternatividade" passa a ser compreendida, em consonância com a realidade, como uma pluralidade de mecanismos paralelamente colocados à disposição do interessado. O caráter "alternativo" deixa de representar a possibilidade de acesso a modos subsidiários, a que a parte apenas recorreria secundariamente, como um sucedâneo inferior à solução judiciária. São alternativos entre si todos os mecanismos de solução dos conflitos, inclusive o modo adjudicatório judicial, cabendo às partes identificar aquele que será mais adequado à solução do caso. Por isso hoje, é comum falar-se em "meios adequados", em vez de "meios alternativos", de solução dos conflitos. O art. 139, V, inclui entre os deveres do magistrado promover, em qualquer dos estágios do procedimento, "a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais". Como técnicas capazes de levar as partes à autocomposição dos interesses em disputa, conciliação e mediação não se confundem. No primeiro caso, o conciliador dialoga com as partes, apresentando alternativas de soluções capazes de colocar fim ao conflito. Já na mediação, o mediador promove, por meio de variadas técnicas, o diálogo entre os próprios envolvidos, de forma que eles mesmos construam a solução para o litígio, independentemente do oferecimento de solução pronta pelo terceiro (mediador). O mediador é, portanto, um agente facilitador do diálogo entre as partes. A diferença entre as atividades do conciliador e do mediador - antes objeto de muita polêmica doutrinária - está estabelecida no próprio Código, nos §§ 2.º e 3.º do art. 165. Assim, o art. 334 prevê que o juiz deverá - desde que presentes os requisitos essenciais para o processamento da demanda, e desde que não se trate de hipótese que comporte julgamento de improcedência liminar do pedido - designar audiência de conciliação ou de mediação, de que participará o conciliador ou mediador, respectivamente. 7.2. Requisitos Como já se adiantou, nem sempre a audiência de conciliação ou mediação ocorrerá. Ela submete-se a determinados pressupostos, a serem aferidos e avaliados pelo juiz no caso concreto. O primeiro deles, já referido no item anterior, é a possibilidade de processamento da petição inicial. Vale dizer, não pode haver nenhum fundamento que conduza à extinção liminar da fase cognitiva do processo, sem o julgamento do mérito (art. 330 c/c art. 485 - v. cap. 6, acima). Lembre-se apenas que tal juízo negativo apenas poderá ser emitido depois de esgotadas as chances de correção do defeito (arts. 317 e 321 - v. cap. 6, acima). Seja como for, será preciso antes ser superada essa etapa para só depois, se não extinta a fase cognitiva, designar-se audiência. A segunda das exigências postas pelo art. 334, também já indicada, é de que não se trate de hipótese de improcedência liminar do pedido, nos termos do art. 332. O terceiro requisito consiste em o conflito objeto do processo comportar autocomposição (art. 334, § 4.º, II). Por sua relevância, tal pressuposto é examinado separadamente, no próximo tópico. Por fim, é também pressuposto da audiência que ambas as partes não tenham expressamente manifestado desinteresse na realização do ato (art. 334, § 4.º, I). A realização da audiência não é obrigatória, mas sua supressão depende de manifestação expressa dos dois polos da demanda. Caso não deseje a realização da audiência, o autor tem o ônus de, na petição inicial, manifestar seu desinteresse (art. 319, VII). Ao réu incumbe fazê-lo por petição, apresentada com pelo menos dez dias de antecedência, contados retroativamente desde a data da audiência (art. 334, § 5.º). Caso o réu se valha da faculdade que lhe confere o art. 340, de arguir incompetência mediante o protocolo prévio da contestação no foro de seu domicílio, ele pode já incluir nessa peça a manifestação de seu desinteresse - sem prejuízo de poder fazê-lo também em peça própria, desde que respeite o prazo de dez dias de antecedência da audiência. Pela letra do art. 334, § 4.º, I, não basta que apenas uma das partes manifeste seu desinteresse. Ambas precisam fazê-lo, caso contrário, a audiência ocorrerá - e, se houver litisconsórcio, todos os litisconsortes precisam manifestar o desinteresse (art. 334, § 6.º). Não se descarta que, embora não tendo na petição inicial indicado o desinteresse na audiência, o autor, depois, diante de manifestação do réu nesse sentido, formule expressa manifestação de desinteresse. É muito razoável que, na inicial, ele tenha depositado alguma esperança na eficácia daquele ato - e que essa tenha se dissipado com a peremptória manifestação do réu. Vale dizer, nesse sentido, o momento fixado para o autor manifestar o desinteresse não é preclusivo e, em princípio, não haverá má-fé nessa sua posterior adesão à indicação de desinteresse feita pelo réu. Caberá apenas, em qualquer caso, respeitar-se o prazo mínimo de dez dias de antecedência da audiência, previsto expressamente para o réu, e que tem caráter cogente para as partes, pois se destina a conferir à organização das pautas de audiência, pelo aparato judiciário, um mínimo de previsibilidade e eficiência. Como a realização da audiência está no âmbito da disposição conjunta de vontade das partes, elas podem celebrar negócio jurídico, no curso do processo ou antes dele, excluindo de antemão a realização de tal ato (art. 190). 7.3. O cabimento de autocomposição O art. 334, § 4.º, II, corretamente prevê que a audiência não será admissível quando o conflito objeto do processo não admitir "autocomposição". Em 1994, quando se introduziu no processo civil brasileiro a audiência de conciliação - depois transformada, por nova reforma do CPC/1973, em audiência preliminar -, o legislador cometeu o equívoco de prever que ela só seria cabível se estivessem envolvidos "direitos disponíveis". A doutrina criticou essa solução normativa, pois há pretensões que, embora indisponíveis, comportam autocomposição. É o que se tem, por exemplo, na pretensão a alimentos, nas disputas relativas à guarda de menores, nos conflitos envolvendo interesses difusos, que comportam termos de ajuste de conduta - e por aí afora.1 Ao prever o cabimento da audiência de conciliação e mediação sempre que a causa comportar autocomposição, o CPC/2015 adotou a solução correta. Assim, em todos os casos acima citados como exemplos, será admitida a audiência, desde que presentes os demais requisitos. Pode haver cumulação de pedidos de modo tal que alguns deles expressem pretensões que comportam autocomposição, e outros, não. Nesse caso, e presentes os demais requisitos, será cabível a audiência relativamente àquela parcela do objeto do processo que admite autocomposição. 7.4. Quem deve comparecerDa audiência de conciliação ou de mediação deverão participar: (a) as partes (art. 334, § 8.º) ou procuradores delas com poderes específicos para negociar e transigir (art. 334, § 10). A parte que, sem justo motivo, deixar de comparecer à audiência nem se fizer representar por procurador com poderes específicos será sancionada por ato atentatório à dignidade da justiça com multa de até dois por cento da vantagem econômica ou do valor da causa, que será revertida aos cofres públicos (art. 334, § 8.º). Note-se: essa é a sanção prevista para tal hipótese - e não outras. Não configura revelia o não comparecimento do réu a essa audiência (art. 344). Tampouco se pode presumir a veracidade de qualquer fato afirmado pelo adversário do ausente, muito menos a procedência de pretensões ou defesas. Além da aplicação da sanção, a ausência da parte implicará a frustração da tentativa de solução consensual. Não se designará nova audiência de conciliação e mediação - sem prejuízo de que o juiz, com amparo na regra do art. 139, V, torne a tentar obter solução autocompositiva, em momento processual que lhe pareça propício para tanto. De resto, o ordenamento prevê outro momento específico em que também se tentará a autocomposição, na audiência de instrução e julgamento (art. 359); (b) os advogados ou defensores públicos das partes (art. 334, § 9.º). Discute-se qual a consequência aplicável à ausência do advogado da parte. Isso inviabilizaria a própria tentativa de autocomposição - sendo equivalente à ausência da própria parte? A questão é controvertida. Mas é possível sugerir para ela uma solução que parece ser a mais razoável, nos termos a seguir expostos. A celebração de qualquer modalidade de transação, em si mesma, dispensa a intervenção de advogado, é ato pessoal da parte. Não parece possível afirmar que seria nula a autocomposição atingida pelas partes, na audiência, sem a presença do advogado de alguma delas, se, a qualquer instante, depois de finalizada a audiência, tal composição seria perfeitamente possível. Como explicar que a parte não poderia chegar a um acordo na audiência, sem seu advogado, se, dois minutos depois, poderia fazê-lo, ainda no corredor do fórum? O § 9.º do art. 334 não estabelece um requisito de validade para a audiência. Tanto é assim que não comina nenhuma nulidade, na hipótese de celebração de acordo sem a presença do advogado. Os termos do dispositivo evidenciam tratar-se de uma determinação dirigida à parte: ela é que "deve" fazer-se acompanhar de advogado. A rigor, não se trata propriamente de um dever, mas de um ônus. Incumbe à parte ter a assistência de seu advogado, para dele obter o aconselhamento necessário no curso das eventuais negociações, e assim obter os melhores resultados possíveis em vista de seus interesses; (c) o conciliador ou o mediador, onde houver (art. 334, § 1.º). Nas comarcas e seções judiciárias em que não houver mediador ou conciliador, incumbirá ao próprio juiz essa tarefa. Sobre a atuação dos mediadores e conciliadores, veja-se o n. 7.7, adiante; (d) o Ministério Público, se a causa incluir-se entre aquelas que exigem a intervenção desse órgão (art. 178 - v. vol. 1, cap. 22). Note-se não haver incompatibilidade alguma entre a causa exigir a participação do Ministério Público e ainda assim comportar audiência de conciliação ou mediação - como visto no item anterior. Aliás, vários dos exemplos lá apresentados concernem a causas em que normalmente a lei exige a intervenção desse órgão. 7.5. Procedimento A audiência de conciliação ou mediação deve ser designada pelo juiz com antecedência mínima de trinta dias (art. 334, caput). Normalmente, essa designação ocorrerá no mesmo pronunciamento que defere o processamento da petição inicial, logo no início do processo ou depois de emenda daquela peça. A pauta das audiências deve ser organizada de modo que haja um intervalo mínimo de vinte minutos entre o início de uma sessão e o da seguinte (art. 334, § 12). Evidentemente, esse lapso de tempo mínimo só permitirá alguma factibilidade para os propósitos da audiência, se o juízo dispuser de uma pluralidade de conciliadores ou mediadores - hipótese em que as audiências sucessivas seriam conduzidas por diferentes pessoas (e, quando muito, o juiz participaria de sua instalação). Não sendo assim - estando todas as audiências ao encargo de um único juiz ou mediador ou conciliador -, vinte minutos, na ampla maioria das vezes, não é tempo suficiente para uma séria tentativa de conciliação ou mediação. Designada a data da audiência, as partes devem ser dela intimadas. O autor será intimado na pessoa de seu advogado, conforme dispõe o art. 334, § 3.º. O réu, em regra, será intimado ao ser citado. Assim, o mandado de citação deverá conter também a intimação para comparecimento do réu à audiência, com a indicação da data e horário (art. 250, IV). Nesse caso, a citação deverá ser feita pelo menos vinte dias antes da data designada para a audiência (art. 334, caput, parte final). Se o réu se valer da faculdade prevista no art. 340 (de desde logo contestar, arguindo incompetência e protocolando sua defesa no foro do seu próprio domicílio - v. n. 8.2.1, b), a realização da audiência ficará sustada até que o juiz decida a questão da competência (art. 340, § 3.º). Se for acolhida a arguição, o processo será remetido ao juízo competente, que marcará nova data para a audiência. Se rejeitada aquela preliminar, o juiz deverá, na mesma oportunidade, marcar nova data para a audiência (art. 340, § 4.º) - a não ser que aquela anteriormente designada ainda cumpra o interregno mínimo de trinta dias de antecedência previsto no art. 334, caput. Em regra, a audiência realizar-se-á presencialmente, na sede do juízo. Mas o Código autoriza também sua realização por meio eletrônico, nos termos de regulamentação legal específica (art. 334, § 7.º). A Lei 11.419/2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial, não contempla regras específicas sobre o tema - de modo que ainda será necessário diploma legislativo regulamentador. Seja como for, no que tange aos Estados e ao Distrito Federal, essa regulamentação pode fazer-se no âmbito local, dado o caráter preponderantemente procedimental da matéria (CF, art. 24, XI). Não se descarta por completo que, durante a audiência, alguma questão relativa à ordem processual seja incidentalmente debatida e decidida - se a sessão estiver sendo conduzida pelo próprio juiz (na falta de conciliador ou mediador no local). Afinal, o juiz tem o dever permanente de zelar pela regularidade do processo (art. 139, IX). Mas não é esse o escopo essencial do ato. A audiência será precipuamente destinada à tentativa de obtenção de autocomposição entre as partes, mediante o emprego das técnicas de conciliação ou mediação - e observados os parâmetros adiante indicados (v. n. 7.7). As partes podem pactuar regras procedimentais específicas para o desenvolvimento das técnicas negociais no curso da audiência (arts. 166, § 4.º, e 190). Se necessário, a audiência pode desenvolver-se em mais de uma sessão, distribuídas em diferentes datas. Isso se justificará quando o desenvolvimento das conversações entre as partes apresentar evolução, mas envolver também a necessidade de avaliações complexas. Enfim, o desdobramento da audiência deve pautar-se na perspectiva de concreto atingimento de autocomposição - sob pena de se perder desnecessariamente tempo. De todo modo, tal pluralidade de sessões não deve exceder a dois meses, contados da data da primeira delas (art. 334, § 2.º). Se, excedido esse prazo, as negociações estiverem muito avançadas, mas a composição ainda não atingida, nada impede que, com a concordância das partes, o juiz suspenda o andamento do processo ou mesmo marque nova sessão. As regras relativas aos negócios processuais atípicos e à suspensão convencional do processo amparam essa solução (arts. 190 e 313, II). 7.6. Utilidade daaudiência A audiência de conciliação ou de mediação representa excepcional oportunidade para que, já na fase inicial do procedimento, o conflito trazido a juízo seja resolvido. A solução jurisdicional clássica (adjudicatória) demanda tempo e é dispendiosa em todos os sentidos. Há o tempo do processo, com toda a cadeia recursal, seus prazos etc., bem como a possibilidade de que as partes sejam levadas a dispor de valores expressivos para fazer frente a despesas com perícias, custas judiciais, honorários de advogado... E, mesmo assim, muitas vezes, tudo se passa sem que se obtenha solução que concretamente elimine o conflito social. Por outro lado, a solução obtida por meio de conciliação ou de mediação tem como vantagem o ganho de tempo em relação ao processo que percorra todos os caminhos procedimentais previstos pela lei. Além disso, invariavelmente representa expressiva redução de custos, assim como o alcance de solução que, se não satisfaz ambas as partes totalmente, permite-lhes o alcance de solução mais apta a pacificá-las, ainda que parcial sob o ponto de vista de cada uma delas. Mas para que a audiência do art. 334 possa atingir esses importantes resultados, é imprescindível que na audiência verdadeiramente se desenvolvam técnicas conciliatórias e de mediação. Ela não pode ser transformada num mero ritual, num formalismo pelo qual o juiz e as partes tenham de passar para simplesmente ir adiante no processo. A audiência de conciliação e mediação não pode ser transformada em um fardo, um estorvo, a atrasar o processo e lotar as pautas de audiência. Ela há de contribuir para a solução, e não ser mais um problema. Para tanto, é preciso que: (a) todos os juízos disponham de um quadro de mediadores e (ou) conciliadores. Não se ignoram os limites da "reserva econômica do possível". Mas, p. ex., há experiências bem-sucedidas, no direito comparado e mesmo no Brasil (no âmbito dos juizados especiais), de capacitação de leigos, selecionados entre pessoas respeitadas nas comunidades locais; (b) os mediadores e conciliadores deverão estar preparados para o desempenho da atividade, dominando as técnicas respectivas. Não se trata apenas de instrução formal, mas também de experiência de vida (por exemplo, tende a ser inútil atribuir a função a acadêmicos estagiários ou a jovens recém-formados...); (c) é preciso que se destine à audiência tempo suficiente para o desenvolvimento das técnicas conciliatórias e de mediação, como apontado no item 7.5, acima. 7.7. A atuação do conciliador e do mediador - Princípios que a norteiam O art. 165 do CPC/2015 dispõe a respeito das atividades que devem ser desenvolvidas no processo tanto pelo conciliador quanto pelo mediador. A conciliação distingue-se da mediação, na medida em que, nessa última, o terceiro concentra-se no apaziguamento das relações, facilitando o diálogo entre os envolvidos. Na conciliação, ainda que também caiba ao conciliador o papel de aparar eventuais arestas, ele atua de forma mais proativa e persuasiva do que o mediador. Segundo dispõe o § 2.º desse dispositivo, caberá preferencialmente ao conciliador atuar em casos em que entre as partes não exista qualquer vínculo anterior, cabendo a ele sugerir soluções que tenham a potencialidade de resolver o conflito. Já nos termos do que prevê o § 3.º, o mediador deverá atuar preferencialmente em casos em que há vínculo anterior entre as partes. É de se pensar em exemplos no plano empresarial ou familiar - em que ao mediador caberá compreender as causas remotas do conflito presente, fomentando o diálogo que seja capaz de resolver o conflito. Para a eficiência da conciliação ou mediação e a validade da autocomposição, alguns princípios são de observância obrigatória: a independência e a imparcialidade do conciliador ou mediador, a autonomia da vontade das partes, a confidencialidade, a oralidade, a informalidade e a decisão informada (art. 166, caput). A imparcialidade estará preservada na medida em que o conciliador ou mediador apresente-se no processo propriamente com um terceiro - no sentido de alguém desvinculado das partes e de seus interesses. Não se admite que o mediador ou conciliador tome partido de qualquer dos litigantes. Tanto o mediador quanto o conciliador devem atuar de modo a auxiliar os envolvidos na busca por uma solução equilibrada. Eles devem agir com neutralidade, afastando conceitos e valores pessoais que possam influenciar na solução do conflito. Mais do que isso: devem atuar com o objetivo de auxiliar na busca de uma autocomposição satisfatória para as partes - e não impondo um simples arremedo de ajuste destinado a cumprir metas ou desafogar o Judiciário. O princípio da independência impõe que o mediador ou conciliador atue sem vínculo de subordinação, de modo a poder escolher as estratégias para o alcance da autocomposição de acordo com o seu entendimento, sem pressão interna ou externa. Pelo princípio da autonomia da vontade, têm as partes o direito de negociar livremente e de identificar as soluções que lhes pareçam mais adequadas, desde que lícitas. Mesmo na conciliação, em que o terceiro está autorizado a propor soluções para o conflito, não estão as partes obrigadas a aceitar tais sugestões. Além disso, reitere-se, não pode o mediador ou conciliador persuadir os envolvidos a realizar a autocomposição tendo em vista as metas pessoais de percentagem de acordos realizados. A autonomia da vontade das partes na conciliação ou mediação não se cinge às propostas e ao efetivo conteúdo da autocomposição. Aplica-se também ao próprio desenvolvimento procedimental das técnicas negociais (art. 166, § 4.º). Pelo princípio da decisão informada, o terceiro tem o dever de manter o jurisdicionado plenamente ciente dos seus direitos e do contexto fático no qual está inserido (art. 1.º, II, do Anexo III da Res. 125/2010 do CNJ). Mas o mediador ou conciliador tem de cumprir esse dever sem comprometer sua imparcialidade. Não lhe cabe emitir juízos sobre quem tem razão na disputa. Além disso, vigora o princípio da confidencialidade (art. 166, §§ 1.º e 2.º) - ainda que o processo em que a conciliação ou mediação se desenvolva esteja submetido ao princípio geral da publicidade. Para que os envolvidos sintam-se confortáveis e seguros para negociar, o conteúdo da mediação ou conciliação deve ser mantido em sigilo, salvo autorização expressa das partes, violação à ordem pública ou às leis vigentes. Assim, e em princípio: (i) seu conteúdo não pode ser utilizado como prova em qualquer processo; (ii) fica o mediador ou conciliador proibido de depor sobre os fatos ou elementos oriundos da conciliação ou mediação, no processo em que atuou ou em qualquer outro (art. 166, § 2.º, c/c art. 448, II); (iii) o mediador ou conciliador também não poderá vir a ser, depois, advogado de alguma das partes, no litígio em que atuou nem em outros conexos. Noções gerais Requisitos Petição inicial apta Não se trate de hipótese de improcedência liminar Intimação das partes Que não haja desinteresse manifestado por ambas as partes Que não haja negócio jurídico processual excluindo a realização de tal ato Cabimento Conflito que admita autocomposição Quem deve comparecer Partes - litisconsórcio Hipótese de representação Procuradores Conciliador / mediador Ministério Público - casos de intervenção Procedimento Antecedência mínima - 30 dias Intervalo mínimo de vinte minutos entre as audiências Intimação das partes - antecedência mínima de 20 dias Arguição de incompetência - art. 340 Realização na sede do juízo ou por meio eletrônico Utilidade da audiência Atuação do conciliador e do mediador Conciliador: ausência de vínculo anterior Mediador: existência de vínculo Princípios Independência Imparcialidade Autonomia da vontade Confidencialidade Oralidade Informalidade Decisão informadaDoutrina Complementar Noções gerais · Eduardo cambi (Breves..., p. 886), a respeito da imposição de multa diante do não comparecimento das partes e/ou dos advogados, comenta que: "a presença das partes é dispensável, desde que compareça seu representante, munido de procuração específica, com poderes para negociar e transigir (art. 334, § 10, NCPC). Após designada a audiência, caso qualquer uma das partes - autor ou réu - não compareça nem, tampouco, constitua representante, a falta será considerada ato atentatório à dignidade da justiça e sancionada com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado (art. 334, § 8.º, NCPC). Ademais, embora o art. 334, § 8.º, do NCPC tenha se referido apenas à audiência de conciliação, a sanção pelo não comparecimento também deve ser imposta a ausência na audiência designada para mediação, pois a interpretação sistemática do NCPC impede a existência de tratamento diferenciado entre ambos os meios, igualmente relevantes, de autocomposição. É recomendável que a comunicação processual que designar a data da audiência contenha advertência de que o não comparecimento das partes e/ou do advogado consistirá em ato atentatório à dignidade da justiça passível das sanções previstas no art. 334, § 8.º, do NCPC (art. 77, IV e § 1.º, NCPC). O não comparecimento do advogado de uma das partes ensejará ou o adiamento da audiência ou, se houver consentimento da parte que estiver sem advogado, a nomeação de advogado para o ato processual. Poderá o conciliador ou o mediador judiciais consignar a ausência do advogado na ata da audiência para que o juiz comunique o fato à subseção da Ordem dos Advogados do Brasil e, eventualmente, para que o profissional faltante seja responsabilizado, inclusive civilmente, pelos prejuízos causados às partes e ao próprio andamento processual". · Humberto Theodoro Júnior (Curso..., 56. ed., vol. 1, p. 781) defende que: "A importância da audiência de conciliação ou de mediação não se limita à possibilidade de autocomposição, mas, também, se explica pela facilitação do contato direto do juiz com as partes, permitindo, no início do processo, o diálogo a respeito do litígio e das provas que serão necessárias para a demonstração dos fatos, com o que se prestigia o princípio da cooperação. Nessa oportunidade, o juiz deverá esclarecer às partes sobre o ônus da prova, fixar os pontos controvertidos, delimitar as questões de direito relevantes para o julgamento do mérito e as de fato, sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos. Com isso, evitar-se-á dilação probatória desnecessária e, por conseguinte, estimulará a celeridade da prestação jurisdicional. Esse diálogo do juiz com as partes apressa o 'encerramento da fase cognitiva com uma maior segurança, que resultará na entrega da tutela jurisdicional, mais eficaz e célere, sem deixar de respeitar os princípios basilares do contraditório, ampla defesa". · Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery (Comentários..., p. 917) esclarecem que: "A distinção que se impõe fazer entre as duas figuras do conciliador e do mediador, que são auxiliares da justiça, inicia-se dos fatos que emergem da lide e apontam para a existência de partes em situação pontual de conflito, ou em situação potencial de permanência em conflito. O conciliador estabelece meios para a aproximação das partes e para o fim do litígio. O mediador analisa a causa do conflito em sua origem pré-processual e em sua extensão pós-processual, por causa de peculiaridades que fazem as partes permanecerem em situação de litígio (família, vizinhança, realização de negócios diferidos etc.). O mediador, por isso, é auxiliar que atua em aspecto mais amplo da litigiosidade entre as partes. Não obstante a especificação da função dos conciliadores e dos mediadores no CPC/2015, 165, esses intermediadores são tratados de modo idêntico, com as mesmas responsabilidades, obrigações, forma de registro etc. (...) O mediador 'não é um juiz que decide, não é um advogado, que orienta, e não é um terapeuta, que trata. Ele promove a aproximação das partes, trabalha a favor da flexibilidade e da criatividade dos mediados e procura favorecer a realização do acordo' (Verônica A. da Motta Cezar- Ferreira, Família, separação e mediação, São Paulo: Gen-Método, 3.ª ed., 2011, p. 151). A conciliação e a mediação encaminham as partes para a transação, que é negócio jurídico bilateral (contrato) que, se celebrado, enseja a extinção do processo com resolução do mérito (CPC/2015, 487 III b). A transação, contudo, pressupõe a disponibilidade do direito em causa. A mediação, para o fim de fazer cessar litígios envolvendo direitos indisponíveis e com litigiosidade potencial diferida - questões de família, personalidade, meio ambiente etc. -, poderá ensejar compromisso de ajustamento de conduta e alteração de comportamentos conflituosos". · Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello (Primeiros..., p. 571) ilustram que: "A exemplo do previsto no § 2.º do art. 185 do CPP, o NCPC passa a disciplinar a possibilidade de realização da audiência de conciliação e mediação, por meio eletrônico. No Processo Penal a regra foi introduzida através da Lei 11.900/2009 e dispõe que, 'excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades'. A medida teve como escopo gerar mais praticidade, racionalidade e celeridade processual, principalmente quando o réu está preso. No NCPC, a finalidade é a mesma: a utilização do meio eletrônico como forma de agilizar o trâmite processual, quando não for possível sua realização, com a presença física de todos os interessados. A regra é digna de elogios, especialmente quando uma das partes não residir na mesma Comarca, em que corre o processo". Facultatividade da audiência de conciliação e mediação · Alexandre Flexa, Daniel Macedo e Fabrício Bastos (Novo Código..., p. 283) explicam que: "Trata-se de audiência facultativa, podendo as partes manifestar-se pela não realização, por falta de interesse na tentativa de conciliação ou mediação. Ao contrário do velho ditado dois não brigam quando um não quer, para o afastamento da audiência, é indispensável que ambas as partes demonstrem o desinteresse na sua realização (art. 334, § 4.º, I) e, se houver litisconsórcio, todos os litisconsortes devem expressamente manifestar-se pela não designação da audiência (art. 334, § 6.º). A opção legislativa é explicável. Se houver pelo menos uma pessoa que deseje a conciliação ou a mediação, vislumbra-se a possibilidade de solução alternativa do conflito. O autor deve demonstrar, já na petição inicial (art. 319, VII), que não tem interesse, ao passo que o réu poderá apresentar simples petição, até dez dias antes da audiência, especificamente para esse fim (art. 334, § 5.º), não sendo obrigado, portanto, a antecipar sua contestação". · Alexandre Freitas Câmara(O novo processo..., p. 199). Em sentido contrário, o autor entende que: "o inc. I do § 4.º do art. 334 estabelece que a audiência não será realizada se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual. Uma interpretação literal do texto normativo poderia, então, levar a se considerar que só não se realizaria a sessão de mediação ou conciliação se nem o demandante, nem o demandado, quisessem participar desse procedimento de busca de solução consensual, não sendo suficiente a manifestação de vontade de uma das partes apenas para evitar a realização daquela reunião. Assim não é, porém. Apesar do emprego, no texto legal, dovocábulo 'ambas', deve-se interpretar a lei no sentido de que a sessão de mediação ou conciliação não se realizará se qualquer das partes manifestar, expressamente, desinteresse na composição consensual. Basta que uma das partes manifeste sua intenção de não participar da audiência de conciliação ou de mediação para que esta não possa ser realizada. É que um dos princípios reitores da mediação (e da conciliação) é o da voluntariedade, razão pela qual não se pode obrigar qualquer das partes a participar, contra sua vontade, do procedimento de mediação ou conciliação (art. 2.º, § 2.º, da Lei 13.140/2015). A audiência, portanto, só acontecerá se nem o autor nem o réu afirmarem expressamente que dela não querem participar (e o silêncio da parte deve ser interpretado no sentido de que pretende ela participar da tentativa de solução consensual do conflito)". Enunciados do FPPC N. 19. (Art. 190, CPC/2015). São admissíveis os seguintes negócios processuais, dentre outros: pacto de impenhorabilidade, acordo de ampliação de prazos das partes de qualquer natureza, acordo de rateio de despesas processuais, dispensa consensual de assistente técnico, acordo para retirar o efeito suspensivo de recurso, acordo para não promover execução provisória; pacto de mediação ou conciliação extrajudicial prévia obrigatória, inclusive com a correlata previsão de exclusão da audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334; pacto de exclusão contratual da audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334; pacto de disponibilização prévia de documentação (pacto de disclosure), inclusive com estipulação de sanção negocial, sem prejuízo de medidas coercitivas, mandamentais, sub-rogatórias ou indutivas; previsão de meios alternativos de comunicação das partes entre si; acordo de produção antecipada de prova; a escolha consensual de depositário-administrador no caso do art. 866; convenção que permita a presença da parte contrária no decorrer da colheita de depoimento pessoal. N. 151. (Arts. 334, § 12, 357, § 9.º, e 15, CPC/2015). Na Justiça do Trabalho, as pautas devem ser preparadas com intervalo mínimo de uma hora entre as audiências designadas para instrução do feito. Para as audiências para simples tentativa de conciliação, deve ser respeitado o intervalo mínimo de vinte minutos. N. 273. (Arts. 250, IV, e 334, § 8.º, CPC/2015). Ao ser citado, o réu deverá ser advertido de que sua ausência injustificada à audiência de conciliação ou mediação configura ato atentatório à dignidade da justiça, punível com a multa do art. 334, § 8.º, sob pena de sua inaplicabilidade. N. 274. (Art. 272, § 6.º, CPC/2015). Aplica-se a regra do § 6.º do art. 272 ao prazo para contestar, quando for dispensável a audiência de conciliação e houver poderes para receber citação. N. 295. (Arts. 334, § 12, 357, § 9.º, e 1.046, CPC/2015). As regras sobre intervalo mínimo entre as audiências do CPC só se aplicam aos processos em que o ato for designado após sua vigência. N. 397. (Arts. 165 a 175, CPC/2015; Lei 9.099/1995; Lei 10.259/2001; Lei 12.153/2009). A estrutura para autocomposição, nos Juizados Especiais, deverá contar com a conciliação e a mediação. N. 485. (Arts. 3.º, §§ 2.º e 3.º, e 139, V, CPC/2015). É cabível a audiência de conciliação e mediação no processo de execução, na qual é admissível, entre outras coisas, a apresentação de plano de cumprimento da prestação. N. 509. (Art. 334, CPC/2015; Lei 9.099/1995). Sem prejuízo da adoção das técnicas de conciliação e mediação, não se aplicam no âmbito dos juizados especiais os prazos previstos no art. 334. Bibliografia Fundamental Alexandre Flexa, Daniel Macedo e Fabrício Bastos, Novo Código de Processo Civil, Salvador: JusPodivm, 2015; Alexandre Freitas Câmara, O novo processo civil brasileiro, São Paulo: Atlas, 2015; Humberto Theodoro Júnior, Curso de direito processual civil, 56. ed., Rio de Janeiro: Forense, 2015, vol. 1; Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery, Comentários ao Código de Processo Civil, São Paulo: Ed. RT, 2015; Teresa Arruda Alvim Wambier, Fredie Didier Jr., Eduardo Talamini e Bruno Dantas (coords.), Breves comentários ao novo Código de Processo Civil, São Paulo: Ed. RT, 2015; _____, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello, Primeiros comentários ao novo Código de Processo Civil: artigo por artigo, São Paulo: Ed. RT, 2015. Complementar Ademir Buitoni, A função da intuição na mediação, Doutrinas Essenciais Arbitragem e Mediação 6/371; Adolfo Braga Neto, Aspectos relevantes sobre mediação de conflitos, Doutrinas Essenciais Arbitragem e Mediação 6/401; Adriana Hahn Perez, A nova lei alemã de mediação, RePro 243/555; Alisson Farinelli e Eduardo Cambi, Conciliação e mediação no © desta edição [2016] novo Código de Processo Civil (PLS 166/2010), Doutrinas Essenciais Arbitragem e Mediação 6/421; Ana Tereza Palhares Basílio, Mediação: relevante instrumento de pacificação social, RDB 20/309; Candido Rangel Dinamarco, O novo Código de Processo Civil brasileiro e a ordem processual civil vigente, RePro 247/63; Diogo Assumpção Rezende de Almeida, O princípio da adequação e os métodos de solução de conflitos, RePro 195/185; Elisa Corrêa dos Santos Townsend, Mediação no novo CPC, RePro 242/569; Fernando da Fonseca Gajardoni, Pontos e contrapontos sobre o projeto do novo CPC, RT 950/17; Fernando Gama de Miranda Netto e Delton Ricardo Soares Meirelles, Mediação judicial no projeto do novo Código de Processo Civil (PL 8.046/2010), Doutrinas Essenciais Arbitragem e Mediação 6/601; Humberto Dalla Bernardina de Pinho, A mediação e o Código de Processo Civil projetado, RePro 207/213; _____, A mediação judicial no novo CPC, RTRJ 8/159; _____, O histórico da lei de mediação brasileira: do Projeto de Lei 94 à Lei 13.140/2015, Revista de Arbitragem e Mediação 46/123; Isabel Cristina Arriel de Queiroz, O novo Código de Processo Civil constitucionalizado (Parte geral - Livro I), RDCI 93; João Luiz Lessa Neto, O novo CPC adotou o modelo multiportas!!! E agora?!, RePro 244/427; José Carlos de Mello Dias, Mediação e outros meios de pacificação de conflitos, Doutrinas Essenciais Arbitragem e Mediação 6/701; Luis Alberto Reichelt, Considerações sobre a mediação e conciliação no projeto de novo Código de Processo Civil, DC 97/123; Luis Fernando Guerrero, Conciliação e mediação - novo CPC e leis específicas, Doutrinas Essenciais Arbitragem e Mediação 6/789; Luiz Guilherme de Andrade Vieira Loureiro, A mediação como forma alternativa de solução de conflitos, Doutrinas Essenciais Arbitragem e Mediação 6/815; Luiz Rascovski, Apontamentos sobre o novo Código de Processo Civil, RT 958/363; Luiz Rodrigues Wambier e Rita de Cássia Corrêa de Vasconcelos, O projeto do novo Código de Processo Civil e a eliminação da audiência preliminar um retrocesso na efetividade, celeridade e razoável duração do processo, RePro 199/195; Marcelo Barbi Gonçalves, Meios alternativos de solução de controvérsias, RePro 242/599; Marcelo Ferraz Pinheiro, O papel do advogado na solução de conflitos: mediação, conciliação e arbitragem, Revista de Direito Empresarial 8/289; Marcelo Mazzola, Mediação e direito intertemporal: duas leis em vacância e um convite à compatibilização, Revista de Arbitragem e Mediação 46/209; Michael Stöber, Os meios alternativos de solução de conflitos no direito alemão e europeu: desenvolvimento e reformas, RePro 244/361; Michele Paumgartten, Os desafios para a integração das práticas conciliatórias ao novo Processo Civil, RePro 247/475; Victor Roberto Corrêa de Souza, O novo Código de Processo Civil brasileiro e a audiência de conciliação ou mediação como fase inicial do procedimento, RePro 243/583; Teresa Arruda Alvim Wambier, Mandatory mediation: is it the best choice?, Doutrinas Essenciais Arbitragem e Mediação 6/887; Wei Dan, Tradição e inovação: desenvolvimento recente da mediação na China, Revistade Direito do Consumidor 88/13. FOOTNOTES 1 A respeito, v. Luiz Rodrigues Wambier e Rita de Cássia Corrêa Vasconcelos. "O projeto do novo código de processo civil e a eliminação da audiência preliminar um retrocesso na efetividade, celeridade e razoável duração do processo", RePro 199/195.
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