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2017 - 07 - 18 Curso Avançado de Processo Civil - Volume 2 - Edição 2016 SEGUNDA PARTE - PROCEDIMENTO COMUM DO PROCESSO DE CONHECIMENTO: FASE POSTULATÓRIA CAPÍTULO 9. RECONVENÇÃO Capítulo 9. RECONVENÇÃO 9.1. Conceito A reconvenção é uma nova ação, proposta pelo réu contra o autor, no processo já em curso e que foi iniciado pelo autor. É um modo de cumulação superveniente de ações, pois o réu, tendo pedido a deduzir em face do autor, exerce o direito de ação, no mesmo procedimento em que está sendo demandado. Nesse sentido, constitui um contra-ataque do réu. A reconvenção não substitui a defesa, pois, mesmo que o réu apresente reconvenção, não está isento do ônus da impugnação ao pedido da ação principal. Com a reconvenção, o objeto do processo sofre alargamento, passando a conter duas demandas e duas lides: a originária, do autor contra o réu, e a reconvencional, do réu- reconvinte contra o autor-reconvindo. A reconvenção não é obrigatória nem constitui um ônus perfeito para o réu. O art. 343 do CPC/2015 diz que é lícito ao réu propor reconvenção. É uma simples faculdade do réu, destinada a propiciar-lhe economia de tempo e recursos. Se o réu tem pedido a formular contra o autor, ligado àquele que contra si foi formulado, não há necessidade de instaurar ação em separado, se um processo já pende entre as mesmas partes. Todavia, se o réu não apresentar reconvenção, nem por isso perde o direito ao exercício da sua ação. Ainda poderá promover ação autônoma, respeitados os prazos prescricionais e decadenciais eventualmente aplicáveis. 9.2. Autonomia da reconvenção Apesar de formulada no processo já instaurada pela ação principal, a ação reconvencional é autônoma, não estando sujeita ao destino daquela (art. 343, § 2.º). Ambas apenas ficam unidas pelo liame procedimental da conexão e pelo fato de serem veiculadas no mesmo processo. Assim, se o autor desistir da ação principal, ou ocorrer qualquer motivo para sua extinção, a reconvenção poderá prosseguir, pois não há qualquer traço de acessoriedade. E, também, em sentido inverso: se houver desistência ou extinção da reconvenção, a ação principal não é, por isso, afetada. Como são duas ações, distintas uma da outra, nada impede que sejam julgadas procedentes tanto a ação principal quanto a ação reconvencional. Isso dependerá do contexto das pretensões postas. Mas pode ocasionalmente acontecer. Imagine-se que o autor formula demanda condenatória de indenização dos prejuízos decorrentes de um acidente de trânsito, cuja responsabilidade ele imputa ao réu. O réu defende-se, imputando a responsabilidade ao autor. Afirma que o autor estava embriagado e emocionalmente transtornado e que isso não apenas foi a principal causa do acidente, como ainda um dos fatores que levou o autor a agredi-lo fisicamente logo depois do acidente. Assim, o réu formula reconvenção pedindo indenização pelos danos patrimoniais (despesas médicas) e morais que sofreu pela afirmada agressão física. Não é impossível que o juiz julgue procedente a ação, por reputar que o réu de fato causou o acidente, e também a reconvenção, por convencer-se de que o autor-reconvindo de fato agrediu e gerou danos ao réu-reconvinte. 9.3. Pressupostos objetivos A reconvenção, como ação que é, está subordinada aos pressupostos de admissibilidade da tutela jurisdicional (pressupostos processuais e condições da ação), que são exigíveis em qualquer processo e para qualquer ação. Além disso, a reconvenção apresenta pressupostos específicos. 9.3.1. Conexão com a ação principal ou com o fundamento da defesa É necessário que o pedido reconvencional apresente um liame jurídico com a ação principal, seja em relação ao pedido, seja quanto à causa de pedir (art. 55 do CPC/2015) ou com as razões expressadas na contestação. É o que prevê o art. 343, caput, parte final, do mesmo dispositivo. Por exemplo, numa ação em que o autor pede a devolução da coisa, porque o preço não foi pago, pode o réu reconvir, pedindo a condenação do autor- reconvindo nas despesas que efetuou com a manutenção ou melhoria do bem, objeto do contrato (conexão pela causa de pedir, embora diversos os pedidos); ou, se a mulher pedir o divórcio, fundada em conduta desonrosa, que torne insuportável a vida em comum, pode o marido reconvir, também pedindo a separação, mas alegando violação do dever conjugal de fidelidade pela mulher (conexão pelo pedido, embora diversas as causas de pedir); ou, ainda, se o autor, na ação principal, pede o cumprimento de uma obrigação inadimplida, e se o réu contesta, alegando nulidade do pacto, poderá reconvir pedindo perdas e danos decorrentes do negócio não realizado. Neste caso, a conexão se dá em relação às alegações da defesa. A simples defesa deve ser diferenciada da formulação de uma verdadeira pretensão. Apenas essa última autoriza (e necessita de) reconvenção. Os exemplos ajudam a esclarecer a distinção. Imagine-se que o autor cobra R$ 200 mil. O réu reputa possuir, em face do autor, crédito líquido, certo e exigível de R$ 270 mil. Se ele pretende apenas invocar a compensação como matéria de defesa, basta-lhe alegar tal matéria em sua contestação. Nesse caso, se procedente essa defesa, ele obterá a integral improcedência do pedido do autor, com a compensação dos créditos até o limite de R$ 200 mil. Mas, para cobrar a diferença de R$70 mil, o réu precisará formular pretensão própria, mediante ação autônoma ou como reconvenção no processo. Nesse caso, a reconvenção será conexa à contestação apresentada pelo réu. Um segundo exemplo: os sócios minoritários de uma companhia ajuízam contra ela e os sócios controladores uma ação de invalidação de deliberação tomada em assembleia geral. Como causa de pedir, alegam a ocorrência de defeito na convocação para a assembleia. Defendendo-se dessa demanda, a sociedade e os controladores poderão obter, no máximo, a improcedência do pedido de invalidação fundado no defeito na convocação. Mas isso não obstaria novas ações de invalidação, propostas pelos minoritários com fundamento em outros supostos vícios da assembleia, que constituiriam causas de pedir distintas daquela antes apresentada (p. ex., voto proferido em situação de conflito de interesse; defeito quanto ao lugar da realização da assembleia etc.). A improcedência de uma ação de invalidade não é declaratória positiva da validade de um ato. Tem-se, como em qualquer julgamento de improcedência, efeito preponderante declaratório negativo: declara-se não haver o direito à obtenção da invalidação pretendida, pelo fundamento posto (v. n. 21.10.1, adiante). Então, se a sociedade e os controladores pretendem um pronunciamento judicial que declare a validade da assembleia, de modo a se descartar qualquer possível fundamento de invalidade, cabe-lhes promover reconvenção, veiculando tal demanda declaratória positiva. 9.3.2. Competência Como a ação e a reconvenção, em regra, são julgadas no mesmo processo, é necessário que o juiz tenha competência para ambas. Ainda que esse requisito não esteja previsto expressamente para a reconvenção, ele é aplicável a toda e qualquer modalidade de cumulação de demandas (a regra está expressa no art. 327, § 1.º, II, do CPC/2015, no que tange à cumulação de demandas feita pelo próprio autor, na inicial). Quando se tratar de incompetência absoluta (improrrogável), a reconvenção está obstada, e o réu deverá intentar a ação perante o juízo que for competente. Se, todavia, se cuidar de competência relativa, a reconvenção é admissível, porque ocorre prorrogação, dada a conexão (art. 54). 9.3.3. Identidade procedimental Como ambas as ações (a principal e a reconvencional) seguirão no mesmo procedimento, não é possível a reconvenção se ela tiver de observar rito diverso do da ação principal. Os atos processuais serão praticados para ambas as ações, não sendo possível a observância simultânea de dois procedimentos distintos. Daí se extraem asseguintes diretrizes: (i) se a ação e a reconvenção houverem de seguir o procedimento comum, nenhum óbice se apresenta; (ii) a conclusão é a mesma nos casos em que, em processo que segue o rito comum, o réu formular reconvenção veiculando ação que em princípio se submeteria a procedimento especial: será cabível a reconvenção na medida em que o réu-reconvinte aceita que a reconvenção siga o procedimento comum da ação principal. Aplica-se analogicamente a essa hipótese o art. 327, § 2.º, do CPC/2015, que admite, na petição inicial, a cumulação de pedidos de procedimentos distintos, quando o autor opta pelo comum; (iii) será ainda admissível a reconvenção quando a ação principal seguir procedimento especial que, ultrapassada a fase inicial, em que estão contidas as regras que determinam a especialidade do procedimento, passa-se a seguir o procedimento comum, como - hipótese em que poderá ser formulada reconvenção veiculando ação que também siga o procedimento comum. Tome-se como exemplo a ação de dissolução parcial de sociedade (vol. 4, cap. 6), em que o art. 603, § 2.º, do CPC/2015, manda observar o procedimento comum quando o réu contestar. Nesse caso, o réu pode contestar e reconvir, desde que a reconvenção verse sobre ação que possa submeter-se ao rito comum. Outro exemplo é o da ação monitória (vol. 4, cap. 11), em que, havendo embargos ao mandado, passa-se a seguir o procedimento comum, razão por que o réu pode, ao embargar, formular também reconvenção que siga o rito ordinário (o § 6.º do art. 702 do CPC/2015 prevê expressamente caber reconvenção na ação monitória, apenas não se admitindo que o reconvindo formule reconvenção da reconvenção -figura que se examina no n. 9.6, adiante); (iv) também não haverá obstáculo à reconvenção se ação e reconvenção seguirem um mesmo procedimento especial - desde que esse procedimento admita reconvenção. Em regra, os procedimentos especiais admitem reconvenção. Ela apenas estará excluída quando: (a) houver expressa proibição de reconvenção; (b) a ação especial tiver caráter dúplice - i.e., ela servir para acolher não apenas uma pretensão do autor como também, independentemente de qualquer pedido, uma pretensão do réu, que seja extraível de mera defesa que ele apresente (ex.: na ação de consignação de pagamento, uma vez julgada improcedente a demanda por insuficiência do valor consignado, a sentença já servirá de título executivo em favor do réu, para cobrar a diferença faltante - sem que ele precise formular qualquer pedido nesse sentido). Nesse caso, falta interesse processual para a reconvenção, pois ela é desnecessária; (c) quando a reconvenção mostrar-se incompatível com a sumariedade procedimental ou cognitiva estabelecida para a ação especial (p. ex., mandado de segurança; habeas data; mandado de injunção etc.). Merece referência específica o procedimento dos Juizados Especiais Cíveis. Embora literalmente o art. 31 da Lei 9.099/1995 afirme não caber reconvenção, a rigor, o que ele faz é admiti-la sob forma extremamente simplificada - bastando simples pedido no bojo da contestação ("pedido contraposto"). Para tanto, tal pedido contraposto precisa enquadrar- se nos limites de competência dos Juizados (art. 3.º da Lei 9.099/1995). Além disso, o âmbito de cabimento da reconvenção é mais estrito: ela precisa fundar nos mesmos fatos constitutivos da causa de pedir já posta - não bastando que ela guarde relação de conexão com a ação principal ou com o fundamento da contestação. Não cabe reconvenção no processo de execução de títulos extrajudiciais nem na fase de cumprimento de sentença. Tais procedimentos executivos não se destinam à produção de uma sentença destinada a definir quem tem razão, mas a atos práticos de satisfação do direito do credor. Portanto, são incompatíveis com a reconvenção, que veicula ação de conhecimento. 9.4. Legitimidade A reconvenção deve necessariamente ser proposta por alguém que figura como réu contra alguém que ocupa a posição de autor, no mesmo processo. Mas não precisa haver total identidade entre réus e reconvintes e autores e reconvindos. Se já havia litisconsórcio na ação principal, ele pode permanecer na reconvenção. Mas não é obrigatório que isso ocorra. Tudo dependerá da legitimidade para a ação formulada em via reconvencional. Assim: (i) o réu poderá propor reconvenção contra todos os autores ou contra apenas alguns ou um deles; (ii) havendo vários réus, nada obsta que apenas um deles formule a reconvenção ou que ela seja proposta em litisconsórcio por todos ou alguns deles; (iii) mais ainda, quando há litisconsorte passivo, é até possível que um dos réus formule a reconvenção contra o autor e contra um ou alguns dos outros litisconsortes passivos; (iv) nada impede que se institua na reconvenção o litisconsórcio, ativo ou passivo, trazendo-se ao processo partes que antes não o integravam, desde que possuam legitimidade para tanto. Ou seja, o réu pode propor a reconvenção contra o autor e contra alguém que até então era um terceiro em relação ao processo. Ou, ainda, a reconvenção pode ser formulada pelo réu em litisconsórcio ativo com alguém que, até aquele momento, era terceiro. Tem-se nesses casos o que a doutrina chama de "reconvenção subjetivamente ampliativa". Tal figura, cujo cabimento no CPC/1973 era muito controvertido, agora é expressamente aceita pelos §§ 3.º e 4.º do art. 343 do CPC/2015. Quando o autor for substituto processual (i.e., estiver formulando pretensão alheia em nome próprio), a reconvenção será possível desde que o réu se afirme titular de uma pretensão contra o substituído. Nesse caso, conforme o art. 343, § 5.º, a reconvenção deverá ser formulada em face do substituto processual (ou seja, aquele que figurou como autor da ação). Nos termos literais desse artigo, a condição de substituto processual para promover ações no interesse de outrem implicaria também ser substituto processual passivo (ou seja, para ocupar a condição de réu no lugar do substituído), na ação de reconvenção. Tal previsão deve ser interpretada com cautela. Se aplicada a ações de caráter coletivo, ela implicaria o estabelecimento de uma legitimação passiva coletiva, permitindo então ações coletivas passivas - algo cuja conveniência e os limites da adoção no Brasil ainda são muito controvertidos.1 Por exemplo, o réu da ação popular poderia promover reconvenção contra o autor popular (um cidadão qualquer), pedindo a condenação da Fazenda Pública (cujo patrimônio é defendido na ação popular) ao pagamento de uma indenização? A legitimidade extraordinária do autor popular chega a esse ponto? Outros exemplos poderiam ser formulados relativamente às ações civis públicas e ações coletivas em geral. Contra essa possibilidade, poder-se-ia argumentar que o autor da ação coletiva em casos como o do exemplo funda-se em legitimação extraordinária, mas não em substituição processual, propriamente dita. Mas parece difícil, tão só com base nesse detalhe conceitual, negar a incidência da regra. De todo modo, e ainda que ela se aplique, isso não significará que o substituído fique, em todo e qualquer caso, sujeito à coisa julgada formada em face do substituto. Há requisitos para que essa extensão subjetiva da coisa julgada seja constitucionalmente legítima.2 9.5. Procedimento Em princípio, a reconvenção deve ser formulada na própria contestação, que, por sua vez, deve ser apresentada no prazo de quinze dias (art. 343, caput, c/c art. 335 do CPC/2015). Os termos da lei são claros: a reconvenção deve ser formulada na própria contestação, e não em peça apartada. Não há, todavia, nenhum defeito gerador de prejuízo concreto no fato de o réu vir a apresentar a reconvenção em peça própria. Isso, portanto, não poderá implicar a inadmissibilidade da reconvenção. Mas a apresentação da reconvenção em peça própria pode implicar outro problema. O momento de formulação da reconvenção é o da contestação, e nãopropriamente o do prazo da contestação. Isso significa que, se a contestação é protocolada antes do 15.º dia do prazo e não se faz acompanhar de reconvenção (formulada na própria peça ou em outra apresentada no mesmo momento), posteriormente não será possível a formulação de reconvenção, mesmo que ainda dentro do prazo de quinze dias para contestar. Se o réu apenas contesta, sem formular pedido reconvencional no mesmo momento, há preclusão da faculdade de reconvir. Por outro lado, para reconvir, o réu não precisa contestar (art. 343, § 6.º). Os institutos são distintos e um não é pressuposto do outro. Pode o réu deixar de se defender da ação principal, e apresentar reconvenção, mas, nesse caso, a conexão necessariamente há de ser com a ação e não com o fundamento da defesa, que não há. Muitas das regras relativas à petição inicial são também aplicáveis à reconvenção. Por exemplo, ao reconvinte não é dado formular pedido genérico, ressalvadas as hipóteses previstas no § 1.º do art. 324 do CPC/2015. Também, aplicam-se à reconvenção as regras relativas à alteração e ao aditamento da petição inicial previstas no art. 329 (v. cap. 4, acima). Além disso, na reconvenção, pode o magistrado indeferir liminarmente o pedido quando ocorrer alguma das hipóteses do art. 330. O reconvindo é intimado para apresentar resposta no prazo de quinze dias, incidindo todas as regras dos arts. 335 a 342 do CPC/2015, porque se trata de defesa à ação reconvencional. Tem, pois, o reconvindo, o ônus da impugnação específica, como se tivesse sido acionado autonomamente. A intimação faz-se na pessoa de seu advogado, já constituído, nos autos processo. Se o autor-reconvindo trouxer, na sua resposta, fatos novos, impeditivos, modificativos ou extintivos do direito alegado pelo réu-reconvinte, tem aplicação o disposto no art. 350 do CPC/2015, abrindo-se o prazo de quinze dias para que o réu-reconvinte se manifeste sobre tais fatos, e também lhe sendo facultada a produção de prova (v. cap. 11, adiante). A partir de então, a ação e a reconvenção seguirão simultaneamente, com os mesmos atos processuais aproveitando a ambas, até serem julgadas na mesma sentença. Essa regra, todavia, comporta exceções. Pode ocorrer que a ação e a reconvenção sejam julgadas em momentos distintos. Por exemplo, havendo causa extintiva que impeça a apreciação do mérito da ação, o juiz extinguirá desde logo o processo sem resolução do mérito, com base no art. 485 do CPC/2015 (art. 354, parágrafo único, do CPC/2015) - com a reconvenção, nesse caso, seguindo seu curso e sendo julgada em outro momento processual, por sentença que resolverá o seu mérito (art. 343, § 2.º, do CPC/2015). É também possível que a ação ou a reconvenção tenham seu mérito julgado antecipadamente, no todo ou em parte (art. 356 do CPC/2015) - com o restante do objeto do processo sendo remetido à decisão do juiz por ocasião do proferimento da sentença final. 9.6. Reconvenção da reconvenção Admite-se "reconvenção da reconvenção", ou seja, é possível que o autor, quando for intimado para impugnar a reconvenção feita pelo réu, apresente outra reconvenção? São apresentadas as seguintes razões que supostamente conduziriam à sua inadmissibilidade: (1) isso permitiria que o autor "consertasse" a sua inicial, fazendo pedidos que não fez antes; (2) o processo ficaria excessivamente confuso, pois poderia haver infinitas reconvenções; (3) só o réu, que "contesta", é que poderia reconvir, nos termos literais do art. 343. Mas, autorizada doutrina rebate esses argumentos, um a um: (1) o autor não é obrigado a formular todos os pedidos possíveis na inicial, podendo sempre fazer outros através de nova ação - e a reconvenção é uma nova ação, ainda que no mesmo processo; (2) na prática, jamais haveria infinitas reconvenções, pois os conflitos entre as partes, em um dado momento, se esgotariam; (3) a "impugnação à reconvenção", uma vez que é defesa em face de uma ação, tem a natureza de contestação - podendo, então, o autor reconvir no instante em que impugna a reconvenção do réu. Essas respostas são consistentes e nos autorizam a reconhecer o cabimento da reconvenção da reconvenção. Não bastassem elas, o CPC/2015 nos dá um argumento derradeiro. O já mencionado art. 702, § 6.º, do CPC/2015, proíbe a reconvenção da reconvenção no processo monitório. Tal explícita proibição, no âmbito do processo monitório, permite supor que, em regra, admite-se a reconvenção da reconvenção. Afinal, se ela fosse incabível em todo e qualquer caso, o art. 702, § 6.º, do CPC/2015, seria desnecessário. Conceito · "contra-ataque" Autonomia · art. 343, § 2.º, do CPC/2015 Pressupostos · conexão com a ação principal ou com o fundamento da defesa · competência · Identidade procedimental Legitimidade · Réu contra autor · Litisconsórcio · Substituto processual Procedimento · ofertada na peça da contestação · ação e reconvenção, em regra, serão julgadas na mesma sentença - Exceções Reconvenção da reconvenção Possibilidade - Exceção: processo monitório Observações · reconvenção incabível na Lei 9.099/1995 (art. 31) e naexecução Doutrina Complementar · Arruda Alvim (Manual..., 16. ed., p. 836) leciona que "o réu poderá, ao ensejo da sua resposta, reconvir ao autor, quando demandado em procedimento comum ordinário (arts. 315 et seq.), movendo contra o autor uma ação de conhecimento, isto é, voltada a uma sentença. Por esta razão, descabe reconvenção em execução. Na hipótese, todavia, de o devedor ter títulos de crédito, líquidos e certos, contra o credor, ele, ao invés de reconvir, deverá embargar, alegando compensação. (...) O instituto da reconvenção, tal qual disciplinado hoje no Código de Processo Civil, consubstancia uma nova ação que é movida pelo réu contra o autor, no mesmo processo de rito comum ordinário (v. art. 315) em que este propôs a sua contra o réu. Nesta segunda ação, passa o réu a se denominar reconvinte e o autor reconvindo. Sua admissibilidade enseja ao réu uma forma mais ampla, e transcendente, da própria defesa, a ponto de passar ao próprio ataque. O instituto da reconvenção inspira-se, essencialmente, no princípio da economia processual, muito embora já tenha, mais de uma vez, admitido em parte a jurisprudência (conforme certo entendimento doutrinário) reconvenção de reconvenção, que não é o nosso ponto de vista, embora o Projeto do Novo Código de Processo Civil, na redação atual do PL 8.046/2010, admita expressamente a reconvenção da reconvenção (art. 344, § 7.º). Há duas ações contrapostas, conexas por contraposição, quais sejam ação e reconvenção, mas unidas procedimentalmente, havendo produção simultânea das provas, debates conjuntos, bem como solução formal na mesma sentença (art. 318), embora deva o juiz decidir explicitamente sobre a reconvenção. Os pressupostos processuais específicos da reconvenção, tais como a identidade de rito comum, ou seu cabimento em procedimento especial, que tenha sido contestado, sua utilização por quem seja parte (rectius, parte principal), e, pois, a existência de processo pendente, bem como sua conexão com o fundamento da defesa (contestação na parte do mérito) e/ou a ação, assentam-se no princípio de que é necessário haver compatibilidade entre a reconvenção e a ação (art. 315), no sentido de que ambas se desenvolvam harmonicamente, sem que a segunda possa entravar ilegitimamente a primeira". Em relação à autonomia da reconvenção (p. 839), explica que "a reconvenção deverá ser apresentada no prazo de resposta do réu, simultaneamente com a contestação, mas em instrumento autônomo (como regra), devendo seu objeto ser conexo com o da ação principal ou com o fundamento da própria defesa. Já no que se refere aos procedimentos especiais, se houver contestação,dever-se-á admitir a reconvenção, uma vez que a lei nada dispõe e a jurisprudência antiga era no sentido de admiti-la. Nessa hipótese, a causa seguirá o rito comum ordinário. A jurisprudência, corretamente, já admitiu a reconvenção nas seguintes ações: de consignação em pagamento; de prestação de contas, mas em hipótese toda peculiar; de alimentos, de exoneração de alimentos; de despejo. Ainda, já se admitiu a reconvenção em anulatória de registro de nascimento para pleitear investigação de paternidade. Também (pacificamente) nas ações declaratórias". · Humberto Theodoro Júnior (Curso..., 56. ed., vol. 1, p. 800) conceitua: "Reconvenção é, na clássica definição de João Monteiro, 'a ação do réu contra o autor, proposta no mesmo feito em que está sendo demandado'. Ao contrário da contestação, que é simples resistência à pretensão do autor, a reconvenção é um contra-ataque, uma verdadeira ação ajuizada pelo réu (reconvinte) contra o autor (reconvindo), nos mesmos autos". Quanto aos pressupostos, ensina que, "dada a sua natureza especial, a reconvenção exige alguns requisitos específicos, de par com aqueles que se observam em qualquer ação. (...) Da norma do art. 343 do CPC/2015 podemos deduzir a existência dos seguintes pressupostos específicos da resposta reconvencional: (a) - Legitimidade de parte. Não apenas o réu é legitimado ativo para ajuizar a reconvenção; e nem apenas o autor pode ser reconvindo. Ao polo ativo ou passivo da reconvenção podem ser incluídos terceiros legitimados em litisconsórcio com a parte originária (art. 343, §§ 3.º e 4.º, do CPC/2015). O novo Código afastou-se do entendimento doutrinário predominante no regime anterior de que, pela natureza especial de resposta do réu ao autor, não se poderia admitir que o reconvinte constituísse litisconsórcio com terceiro para reconvir ao autor. Ampliou, expressamente, a reconvenção ao dispor, no art. 343, §§ 3.º e 4.º, do CPC/2015, que a reconvenção pode ser proposta tanto contra o autor e terceiro, como manejada pelo réu em litisconsórcio com terceiro. Aderiu, portanto, à lição de Cândido Dinamarco, que não via na lei anterior dispositivo que impedisse a referida litisconsorciação e que, "ao contrário, fortes razões existem para admitir essas variações, que alimentam a utilidade do processo como meio de acesso à tutela jurisdicional justa e efetiva. (...) (b) - Conexão. Só se admite a reconvenção, se houver conexão entre ela e a ação principal ou entre ela e o fundamento da defesa (contestação) (art. 343, caput). (...) (c) - Competência. Obviamente, o juiz da causa principal é também competente para a reconvenção. Essa prorrogação, que decorre da conexão das causas, não alcança as hipóteses de incompetência absoluta, mas apenas a relativa, segundo dispõe o art. 54. Portanto, só pode haver reconvenção quando não ocorrer a incompetência do juiz da causa principal para a ação reconvencional. Por exemplo, é impossível formular reconvenção diante de juízo estadual, com base em relação jurídica que se pode ser apreciada pela justiça federal ou pela justiça do trabalho. (d) - Rito. O procedimento da ação principal deve ser o mesmo da ação reconvencional. Embora não haja previsão expressa da compatibilidade de rito para a reconvenção, essa uniformidade é exigência lógica e decorre analogicamente do disposto no art. 327, § 1.º, III, do CPC/2015, que regula o processo cumulativo em casos de conexão de pedidos, gênero a que pertence a ação reconvencional". · José Carlos Barbosa Moreira (O novo processo..., 29. ed., p. 44-46) conceitua: "Chama-se reconvenção à ação proposta pelo réu (reconvinte) contra o autor (reconvindo) no mesmo processo por este instaurado contra aquele. Embora tratada pelo Código como modalidade de 'resposta do réu', a reconvenção é verdadeira ação, distinta da originária. Como tal, subordina-se em seu exercício às condições genericamente exigíveis para o exercício de qualquer ação: legitimidade das partes, interesse processual, possibilidade jurídica do pedido, inexistência de litispendência, de coisa julgada, de perempção, de convenção de arbitragem etc.". Em relação aos pressupostos, sustenta que a reconvenção deve "satisfazer alguns requisitos específicos: 1.º) ser conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa (art. 315, caput, do CPC/2015). Exemplos do primeiro caso: no processo de ação de separação fundada, v.g., em adultério, pode a ré reconvir para pedir a separação com fundamento em injúria grave, ou em adultério do autor, ou em qualquer outro motivo legalmente previsto; no processo em que um dos contratantes reclama o cumprimento do contrato, o outro reconvém para pedir a resolução por culpa do reconvindo. Exemplos do segundo caso: no processo da ação de cobrança de dívida pecuniária, instaurado por A em face de B, este reconvém para, alegando crédito de maior valor, que por sua vez supõe ter contra A, pedir não apenas a compensação, mas a condenação de A ao pagamento do excesso; no processo em que A pleiteia de B indenização pelo suposto descumprimento de servidão, B reconvém para pedir a declaração da inexistência do ônus (reconvenção com substância de ação declaratória incidental). O conceito de conexão, do art. 315, é mais amplo que o do art. 103, conforme evidencia a circunstância de usar a lei, naquele dispositivo, a palavra 'conexa' para indicar não somente a relação entre duas ações, mas também entre uma ação (a reconvenção) e 'o fundamento da defesa'; 2.º) estar pendente em primeiro grau de jurisdição o processo da ação originária no momento em que se oferecer a reconvenção, sendo irrelevante para a sorte desta a extinção superveniente do processo, quanto à ação originária (art. 317), e vice-versa, seja qual for o fato determinante da extinção (o dispositivo legal exemplifica com a desistência), salvo se comum a ambas; 3.º) não ser de rito sumário o processo da ação originária: revogado embora o art. 315, § 2.º, pelo art. 2.º da Lei 9.245/1995, a inadmissibilidade da reconvenção, por falta de interesse, infere-se do disposto no art. 278, § 1.º, na redação da mesma lei; e, quando equivalente a ação declaratória incidental, da proibição expressa do art. 280; 4.º) não ser o juízo da ação originária absolutamente incompetente para a reconvenção: apesar da letra do art. 109, deve entender-se, à luz do sistema do Código, que ao juízo da ação originária só é dado processar a reconvenção quando já seja para ela competente, ou se torne tal pela prorrogação, que entretanto ocorre apenas nos casos de incompetência relativa; 5.º) ser adequado a ambas as ações (a originária e a reconvenção) o mesmo tipo (ordinário ou especial) de procedimento: este requisito, que não figura nas disposições expressas concernentes ao instituto, emerge da necessidade de processamento conjunto e encontra apoio na aplicação analógica do art. 292, § 1.º, n. III, já que com a reconvenção também se forma processo cumulativo". · Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero (Novo Curso..., v. 2, p. 185) afirmam que "o legislador permite a reconvenção inspirado no princípio da economiaprocessual, pretendendo com isso que o processo seja capaz de resolver o maior número de litígios com a menor atividade possível. Esse é o seu fundamento. Todavia, para evitar que o processo tenha o seu objeto litigioso alargado de maneira muito significativa em função da reconvenção (o que acabaria tornando a sua solução tendencialmente mais complexa e demorada, desmentindo o seu fundamento), o legislador exige que a reconvenção seja conexa com a ação originária ou com o fundamento da defesa (art. 343). Esse é o seu pressuposto processual específico. A conexão que autoriza a reconvenção, contudo, não é apenas aquela mencionada pelo legislador no art. 55. É claro que, havendo conexão pela identidade de causa de pedir ou de pedido, cabe reconvenção, mas é certo que basta uma ligaçãomais tênue entre as demandas para que seja possível a reconvenção. Como observa a doutrina, a reconvenção deve ser admitida sempre que a ponderação dos 'interesses em jogo' sugira essa solução: vale dizer, sempre que por intermédio da reconvenção possa se obter a diminuição de despesas processuais, a simplificação da atividade processual e o aproveitamento do mesmo material probatório para o julgamento de ambas as demandas". · Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery (Comentários..., p. 947) conceituam reconvenção como "um modo de exercício do direito de ação, sob a forma de contra-ataque do réu contra o autor, dentro de processo já iniciado, ensejando processamento simultâneo com a ação principal (simultaneus processus), a fim de que o juiz resolva as duas lides na mesma sentença (embora não haja correspondente ao CPC/1973 318, deduz-se que ainda seja assim em função do fato de a reconvenção não mais tramitar em autos próprios, bem como em função do CPC 55 § 1.º)". Sobre sua natureza jurídica, asseveram ser a reconvenção a ação do réu contra o autor, "sendo uma das modalidades de resposta do réu". Asseveram também que, na hipótese de existência de reconvenção, o "processo é caracterizado pelo conjunto formado entre a ação principal e a ação reconvencional, em cumulação objetiva de ações". · Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello (Primeiros..., p. 601), afirmam que "o § 2.º do art. 343 praticamente reproduz a regra do art. 317 do CPC/1973, da autonomia da reconvenção em relação à ação principal. A desistência ou extinção da ação principal, portanto, não afetam a reconvenção, da mesma forma que a desistência ou extinção desta não afetam a marcha da demanda originária. Observe-se que o mesmo ocorrerá na hipótese do julgamento antecipado da reconvenção, que não impedirá o prosseguimento normal da ação principal e vice-versa, o julgamento antecipado do mérito da ação principal não afetará o curso da ação reconvencional. Não é por outra razão, que o legislador do CPC/2015 não repetiu a regra do art. 318 do CPC/1973, de que ação e reconvenção devem ser julgadas na mesma sentença. O art. 356 do CPC/2015 dispõe expressamente sobre a possibilidade do julgamento antecipado parcial do mérito". Enunciados do FPPC N.º 45. (Art. 343, CPC/2015) Para que se considere proposta a reconvenção, não há necessidade de uso desse nomen iuris, ou dedução de um capítulo próprio. Contudo, o réu deve manifestar inequivocamente o pedido de tutela jurisdicional qualitativa ou quantitativamente maior que a simples improcedência da demanda inicial. N.º 46. (Art. 343, § 3.º, CPC/2015) A reconvenção pode veicular pedido de declaração de usucapião, ampliando subjetivamente o processo, desde que se observem os arts. 259, I, e 328, § 1.º, II. Ampliação do Enunciado 237 da Súmula do STF. N.º 154. (Art. 354, parágrafo único; art. 1.015, XIII, CPC/2015) É cabível agravo de instrumento contra ato decisório que indefere parcialmente a petição inicial ou a reconvenção. N.º 239. (Art. 85, caput; art. 334; art. 335, CPC/2015) Fica superado o Enunciado 472 da Súmula do STF ("A condenação do autor em honorários de advogado, com fundamento no art. 64 do Código de Processo Civil, depende de reconvenção"), pela extinção da nomeação à autoria. Bibliografia Fundamental Arruda Alvim, Manual de direito processual civil, 16. ed., São Paulo, Ed. RT, 2013; Humberto Theodoro Júnior, Curso de direito processual civil, 56. ed., Rio de Janeiro, Forense, 2015, vol. 1; José Carlos Barbosa Moreira, O novo processo civil brasileiro, 29. ed., Rio de Janeiro, Forense, 2012; Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero, Novo curso de processo civil, v. 2, São Paulo, Ed. RT, 201; Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery, Comentários ao código de processo civil, São Paulo, Ed, RT, 2015; Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello, Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo, São Paulo, Ed. RT, 2015. Complementar Aderbal Torres de Amorim, Reconvenção, cumulação de ações e ação rescisória, RBDP 40/21, RT 581/268; _____, Reconvenção e ação consignatória, RT 565/259; _____, Reconvenção e prejudicial de inconstitucionalidade, Ajuris 28/90 e RBDP 44/13; _____, Reconvenção e revelia, Ajuris 25/200 e RF 284/63; Alcides de Mendonça Lima, Reconvenção: prazo para a Fazenda Pública, RBDP 28/203 e RePro 9/265; Alexandre Freitas Câmara, Lições de direito processual civil, 16. ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007, vol. 1; Arruda Alvim, Tratado de direito processual civil, 2. ed., São Paulo, Ed. RT, 1996, vol. 2; Carlos Coqueijo Costa, Reconvenção, RBDP 2/35; Celso Araújo Guimarães, Considerações sobre a reconvenção no novo CPC, RAMPR 3/122; Cleucio Santos Nunes, Antecipação dos efeitos da tutela da reconvenção, RDDP 15/9; Clito Fornaciari Junior, Da reconvenção no direito processual civil brasileiro, 2. ed., São Paulo, Saraiva, 1983; Daniel Amorim Assumpção Neves, Condições da ação na reconvenção, RDDP 46/9; _____, Contra-ataque do réu: indevida confusão entre as diferentes espécies (reconvenção, pedido contraposto e ação dúplice), RDDP 9/24; Diogo Mendonça Cruvinel, Reconvenção à reconvenção, Consulex 236/64; Eduardo Arruda Alvim, Curso de direito processual civil, São Paulo, Ed. RT, 1999, vol. 1; Elísio de Assis Costa, Ação quanti minoris: caso de não cabimento. Aplicação do art. 1.136 do CC. Preferência da ação ex empto. Cabimento de reconvenção: CPC, art. 315, RePro 109/273; Francisco C. Pontes de Miranda, Comentários ao Código de Processo Civil, 3. ed., Rio de Janeiro, Forense, 1996, t. IV; Fredie Didier Jr., Curso de direito processual civil: teoria geral do processo e processo do conhecimento, 7. ed., Salvador, JusPodivm, 2007, vol. 1; Gisele Santos Fernandes Góes, Direito processual civil: processo de conhecimento, São Paulo, Ed. RT, 2006; J. J. Calmon de Passos, Comentários ao Código de Processo Civil,8. ed., Rio de Janeiro, Forense, 1997,vol. 3; Joel Dias Figueira Júnior, Comentários ao Código de Processo Civil, 2. ed., São Paulo, Ed. RT, 2007, vol. 4, t. II; José Alexandre Manzano Oliani, Breves considerações sobre a admissibilidade de reconvenção à reconvenção no direito processual civil brasileiro, RePro 167/52; José Carlos Barbosa Moreira, A conexão de causas como pressuposto da reconvenção, São Paulo, Saraiva, 1979; José Ernani de Carvalho Pacheco, Reconvenção, Curitiba, Juruá, 1983; José Rogério Cruz e Tucci, Da reconvenção: perfil histórico- dogmático, São Paulo, Saraiva, 1984; Junior Alexandre Moreira Pinto, Reconvenção: o estudo de sua admissibilidade, RDDP 17/25; Lúcia Machado Monteiro, Reconvenção, RPGESP 13-15/197; Luiz Antonio da Costa Carvalho, Da reconvenção no processo brasileiro, Rio de Janeiro, Mattos, 1936; ______, Reconvenção, Doutrinas Essenciais de Processo Civil, vol. 7, p. 1.023, out. 2011; Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart, Processo de conhecimento, 6. ed., São Paulo, Ed. RT, 2007, vol. 2; Luiz Paulo da Silva Araújo Filho, A intimação do reconvindo na pessoa do seu procurador e o defensor público, RBDP 57/99 e RePro 49/15; Luiz Rodrigues Wambier, Contestação - Reconvenção - Ação declaratória de reconhecimento de meação, RePro 72/205; Marcelo Abelha Rodrigues, Elementos de direito processual civil, 2. ed., São Paulo, Ed. RT, 2003, vol. 2; Marcelo Pacheco Machado, Demanda, Reconvenção E Defesa, RePro 236/71, out. 2014; Moacyr Amaral Santos, Primeiras linhas de direito processual civil, 25. ed., atual. Aricê Moacyr Amaral Santos, São Paulo, Saraiva, 2007, vol. 1; Norberto Carride Júnior, Reconvenção - Oferecimento sem contestação - Admissibilidade, RePro 22/226; Norberto Trevisan Bueno, Reconvenção, © desta edição [2016] Curitiba, Juruá,1980; Rita Gianesini, Alguns aspectos da reconvenção, RePro 7-8/79; Sérgio Carlos Covello, A reconvenção em ação de despejo, RT 631/268; Sérgio Seiji Shimura, Princípio da demanda e o poder geral de cautela, medida cautelar concedida de ofício somente nos casos expressamente autorizados por lei, descabe reconvenção no processo cautelar, Justitia 150/35. FOOTNOTES 1 Ver Eduardo Talamini, "Direitos individuais homogêneos e seu substrato coletivo: ação coletiva e os mecanismos previstos no Código de Processo Civil de 2015". In: Revista de Processo, v. 241, 2015, n. 9. 2 Eduardo Talamini, Coisa julgada e sua revisão, São Paulo, RT, 2005, n. 2.5.7.
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