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Capítulo 10. REVELIA

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2017 - 07 - 18 
Curso Avançado de Processo Civil - Volume 2 - Edição 2016
SEGUNDA PARTE - PROCEDIMENTO COMUM DO PROCESSO DE CONHECIMENTO:
FASE POSTULATÓRIA
CAPÍTULO 10. REVELIA
Capítulo 10. REVELIA
Sumário: 10.1 Conceito: 10.1.1 Revelia em sentido estrito; 10.1.2 Revelia imprópria
(aplicação do regime jurídico da revelia) - 10.2 Efeitos da revelia: 10.2.1 Presunção de
veracidade dos fatos narrados na inicial; 10.2.2 Julgamento antecipado do mérito; 10.2.3
Desnecessidade de intimações do revel; 10.2.4 Inocorrência de questão prejudicial apta a
fazer coisa julgada - 10.3 Efeitos nos casos de equiparação à revelia - 10.4 Inocorrência do
efeito principal da revelia: 10.4.1 Contestação por litisconsorte passivo (art. 345, I); 10.4.2
Ação sobre direitos indisponíveis (art. 345, II); 10.4.3 Ausência de instrumento substancial
(art. 345, III); 10.4.4 Fatos incompatíveis com os elementos dos autos ou improváveis ou
inverossímeis (art. 345, IV); 10.4.5 Réu preso e citação ficta (curador especial); 10.4.6
Substituição do assistido pelo assistente; 10.4.7 Decorrências - 10.5 Comparecimento
posterior do revel.
10.1. Conceito
10.1.1. Revelia em sentido estrito
A defesa não é um dever do réu. É um direito, constitucionalmente assegurado (art. 5.º,
LV, da CF/1988). Mas é também um ônus (v. vol. 1, n. 2.3.1 e 2.3.2), no sentido de que, não
cumprido, pode produzir consequências processuais negativas para quem o tenha
descumprido. A defesa é o comportamento que se espera tenha o réu, ante a ação que lhe
foi proposta em juízo pelo autor. Mas pode ocorrer de o réu permanecer absolutamente
inerte ou defender-se intempestivamente.
Revelia, em sentido estrito, é a situação em que se coloca o réu que, uma vez citado,
não contesta. Pouco importa que ele tenha formulado a reconvenção. Será revel se não
praticar o ato processual consistente em contestar, com todos os seus requisitos, ou seja,
tempestivamente e por advogado regularmente habilitado.
Assim, ocorrerá revelia se o réu, devidamente citado: a) não contesta; b) contesta, mas
intempestivamente; c) contesta no prazo, mas não se faz representar por advogado
regularmente inscrito no órgão de classe (e não corrige esse defeito quando intimado a
tanto), hipótese em que o ato é nulo (art. 4.º da Lei 8.906/1994).
A revelia (propriamente dita) pressupõe citação válida. Se nula ou inexistente a citação,
o vício alcança todos os atos processuais subsequentes, e, por isso, não se falará em
revelia. Se o réu comparece ao processo e alega a nulidade de sua citação, e se sua
alegação for acolhida, o prazo para contestar é contado desde a data do seu
comparecimento (art. 239, § 1.º, parte final, do CPC/2015). Se sua alegação for rejeitada, ele
será considerado revel (art. 239, § 2.º, I, do CPC/2015).
O tratamento dado à revelia não implica nenhuma afronta ao princípio do
contraditório, pois esse, no processo civil, em regra se satisfaz com a oportunidade de
exercício da defesa - para o que é fundamental uma citação válida. Desde que
regularmente citado, está garantido ao réu o direito de se defender, mas a sua ausência
não impede o prosseguimento do processo. Solução oposta - no sentido de não se permitir
que o processo fosse adiante quando o réu a ele não comparecesse - é que seria ofensiva à
garantia do acesso à justiça. De resto, e como se verá, mesmo com a revelia, o juiz fica
investido de poderes da cognição exauriente, permanecendo-lhe o dever de buscar a
solução mais correta para o caso.
10.1.2. Revelia imprópria (aplicação do regime jurídico da revelia)
Também se aplica o regime jurídico da revelia quando, verificada irregularidade da
representação, o réu não sanar o vício no prazo designado pelo juiz (art. 76, § 1.º, II, do
CPC/2015). Como destacado no vol. 1, n. 16.4, apenas a irregularidade da representação é
defeito cuja regularização é ônus do réu - de modo a se lhe aplicar o regime da revelia, se
ele não a promover. O suprimento de capacidade do réu incapaz não tem como ser
imposto, como ônus, ao próprio incapaz, pela óbvia razão de que, se ele é incapaz, não tem
como praticar atos processuais ou materiais de modo a suprir, ele mesmo, sua
incapacidade. Nesse caso, evidentemente, o ônus é do autor de identificar que é o
representante ou assistente do incapaz e pedir que a citação do incapaz se dê em seu
nome.
Ainda, no caso específico de morte do procurador do réu, esse será revel se não
constituir novo procurador no prazo de quinze dias (art. 313, § 3.º, do CPC/2015).
Nos Juizados Especiais Cíveis (Lei 9.099/1995, art. 20), há outra circunstância que
também produz revelia: a ausência injustificada do réu à audiência (ou, no caso de pessoa
jurídica ou de titular de firma individual, o não comparecimento do representante legal
ou de preposto credenciado com poderes para transigir - cf. art. 9.º, § 4.º, da Lei
9.099/1995).
Em todos esses casos, não há propriamente revelia, no sentido de não comparecimento
do réu para defender-se tempestivamente, mas apenas a aplicação das consequências
imputáveis à revelia - e ainda assim, de modo imperfeito (v. n. 10.3, adiante). Nesses casos,
o réu não é revel: ele é considerado como revel.
10.2. Efeitos da revelia
A revelia, em si mesma, não se confunde com os efeitos que ela normalmente é apta a
produzir. Esses se apresentam ora em maior, ora em menor extensão. Eis os mais
importantes:
10.2.1. Presunção de veracidade dos fatos narrados na inicial
Com a revelia, ocorre a presunção de veracidade dos fatos narrados na inicial, com a
consequente desnecessidade de prova sobre eles (art. 344 do CPC/2015). É o chamado
"efeito principal da revelia" - ainda que nem sempre ele incida, como se vê adiante. Não
havendo contestação, as alegações de fato formuladas pelo autor podem ser reputadas
verdadeiras, e por isso sobre elas não há necessidade de prova. Os fatos alegados pelo
autor tornam-se incontroversos, pela falta de contestação, e, nesse caso, tais fatos não
dependem de prova (art. 374, IV, do CPC/2015).
Isto não significa automática procedência do pedido, pois o efeito pode alcançar apenas
os fatos alegados na petição inicial, e não o direito que se postula. Pode ocorrer de, mesmo
reputando-se verdadeiros os fatos, deles não decorrer o direito contido no pedido, porque
a consequência jurídica pretendida pelo autor não emana dos fatos apresentados. Por isso,
nada obsta que, mesmo em caso de revelia e de ocorrência de seu principal efeito, o juiz
profira sentença de improcedência do pedido.
Além disso, o efeito da revelia, evidentemente, não alcança a matéria que o juiz deva
aferir de ofício a presença dos pressupostos de admissibilidade da tutela jurisdicional.
Assim, mesmo ante a revelia, compete ao juiz analisar a matéria que poderia ser deduzida
em preliminar de contestação, com exceção da convenção de arbitragem e da
incompetência relativa (art. 337, § 5.º, do CPC/2015), podendo extinguir o processo sem
julgamento do mérito, ainda que nada tenha sido alegado pelo réu, que não contestou.
10.2.2. Julgamento antecipado do mérito
O julgamento antecipado do mérito (art. 355, II) será uma decorrência da presunção de
veracidade dos fatos narrados na inicial: se não há necessidade de provar os fatos
alegados na petição inicial, dispensa-se a fase instrutória, e o juiz pode, desde logo,
proferir sentença. Quando não se produzir o efeito principal da revelia, não haverá
necessariamente julgamento antecipado. Sua ocorrência, então, dependerá de outros
fatores (v. n. 12.4.1, d).
10.2.3. Desnecessidade de intimações do revel
Se o réu fica revel e não constitui advogado nos autos, os prazos passarão a ter fluência
independentemente de intimação específica. Por exemplo, o prazo para recorrer começa a
fluir, para o revel, a partir da publicação da decisão no órgão oficial ("Diário de Justiça").
Mas esse efeito desaparece se o réu intervier posteriormente no processo, como
adiantese verá (n. 10.5). Essas regras estão previstas no art. 346.
10.2.4. Inocorrência de questão prejudicial apta a fazer coisa julgada
No sistema do CPC/2015, a resolução das questões prejudiciais, observadas
determinadas condições, faz coisa julgada (art. 503, § 1.º, do CPC/2015 - v. cap. 40, adiante).
Mas esse fenômeno não ocorre se tiver havido revelia (art. 503, § 1.º, II, do CPC/2015). Sem
a contestação, a rigor, a questão prejudicial nem sequer se forma. Afinal, "questão" é o
nome que se dá a um ponto relevante, afirmado por uma das partes e contestado pela
outra. A regra em pauta destina-se a afastar a formação da coisa julgada da questão
prejudicial nos casos em que não houve o efetivo contraditório.
10.3. Efeitos nos casos de equiparação à revelia
Como visto, a revelia (propriamente dita) decorre da falta de contestação tempestiva
pelo réu devidamente citado. Em outras situações de descumprimento de outros ônus
processuais, tem-se, a despeito de não haver propriamente revelia, a determinação de
aplicação do seu regime.
Mas, como muitas vezes o descumprimento do ônus ocorre depois do momento da
defesa - e essa já foi apresentada -, já não se poderá cogitar do efeito principal da revelia
(de presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor). Nesses casos, a aplicação do
regime da revelia acabará por implicar apenas a desnecessidade de intimação do "revel"
dos atos subsequentes do processo.
Assim, se o réu contestou e, posteriormente, deixou de cumprir a determinação do juiz
para regularizar sua representação, continua sendo necessária a prova dos fatos alegados
pelo autor, porque houve impugnação, ela ingressou no processo e não tem como ser
simplesmente ignorada (a não ser que o defeito na representação tenha se dado já na
prática desse próprio ato - hipótese em que ele será ineficaz, se não regularizada a
representação). Mas o réu não será mais intimado dos atos processuais subsequentes no
processo. Outro exemplo: se houver o falecimento do advogado do réu quando estava por
se iniciar a fase instrutória, o juiz suspenderá o processo (art. 313, I, do CPC/2015),
determinando que o réu constitua novo procurador no prazo de quinze dias. Findo o
prazo sem o cumprimento da determinação, o processo prosseguirá, inclusive com a
produção da prova eventualmente ainda não realizada, mas sem que para isso o réu seja
intimado, assim como desnecessária se torna a intimação da sentença (art. 313, § 3.º, do
CPC/2015).
10.4. Inocorrência do efeito principal da revelia
A ocorrência da revelia (não apresentação de contestação tempestiva) nem sempre
implica a produção de seu efeito principal (presunção de veracidade dos fatos narrados na
inicial). O art. 345 do CPC/2015 enumera hipóteses em que esse efeito não se produz - nas
quais, consequentemente, em princípio também não se terá o julgamento antecipado (ao
menos, não por força da revelia - v. n. 11.3.1 e 12.4.1, d). E há ainda outras, extraídas
sistematicamente de outras normas do Código.
10.4.1. Contestação por litisconsorte passivo (art. 345, I)
Quando vários forem os réus, a contestação de algum deles pode aproveitar aos
demais, no sentido de afastar o efeito do art. 344 do CPC/2015. Mas para isso, é
indispensável que os fundamentos das pretensões formuladas pelo autor contra o
litisconsorte revel e contra aquele que contestou sejam comuns. Assim, não serão
considerados verdadeiros os fatos alegados pelo autor em relação ao réu que não
contestou, se houver contestação desses mesmos fatos por qualquer outro litisconsorte
passivo. Afastado o efeito principal da revelia, a prova torna-se necessária, não podendo o
juiz julgar antecipadamente apenas em relação ao litisconsorte revel.
Todavia, pode ocorrer que o autor demande os réus, amparado em diferentes causas de
pedir fáticas (remotas) contra cada um deles. Nesse caso, a contestação apresentada por
um deles em nada auxiliará o outro, que não contestou, pois impugna fatos distintos
daqueles que o autor invocou contra o revel. Por exemplo, uma companhia promove
contra dois ex-diretores seus uma ação indenizatória, afirmando que cada um deles, por
ocasião de determinada operação societária, prevaleceu-se de informações sigilosas e teve
ganhos indevidos às custas da companhia. Na demanda, a companhia não lhes imputa
nenhuma atuação conjunta ou orquestrada. Pelo contrário, narra relativamente a cada
um deles, condutas próprias, independentes uma da outra. O litisconsórcio funda-se
apenas na afinidade de questões (art. 113, III, do CPC/2015).1 Nesse caso, se um dos réus
contesta e o outro, não, a defesa apresentada em nada aproveitará ao revel, sob o aspecto
fático, pois impugna fatos diversos daqueles que lhe foram imputados.
Além disso, às vezes, há apenas uma parcial coincidência de fundamentos fáticos
invocados pelo autor contra um e outro réu. Nesse caso, para saber se a defesa
apresentada por um deles irá aproveitar ao outro, que ficou revel, é preciso verificar se os
fatos impugnados na contestação estão entre aqueles que são comuns às duas causas de
pedir. Por exemplo, se, numa ação de reparação de danos por acidente de veículo,
intentada contra o condutor e o proprietário do veículo, apenas esse último contesta,
negando ser o proprietário (e daí buscando ser excluído da responsabilidade solidária),
essa contestação não tem o condão de afastar o efeito da revelia em relação ao réu que
não contestou, e serão reputados verdadeiros os fatos relativos ao acidente.
Em suma, se o fato alegado pelo autor diz respeito a todos os litisconsortes, a
contestação de um afasta o efeito da revelia em relação a esse fato. Mas, se o fato alegado
diz respeito apenas ao revel, a falta de contestação desse torna o fato incontroverso, a
despeito das contestações apresentadas pelos outros litisconsortes.
10.4.2. Ação sobre direitos indisponíveis (art. 345, II)
A indisponibilidade do (suposto) direito sobre o qual versa a lide também impede a
presunção de veracidade dos fatos narrados na inicial - assim como também inadmite a
confissão (art. 392) e afasta o ônus de impugnação específica (art. 341, I, do CPC/2015). A
esse respeito, veja-se especialmente o n. 14.2.3, adiante, onde se procura explicar a razão
de ser e os limites dessa exceção.
10.4.3. Ausência de instrumento substancial (art. 345, III)
Também não se produzirá o efeito principal da revelia se faltar instrumento
indispensável para a existência jurídica, eficácia ou validade do ato jurídico de direito
material em que se funda a ação.
Há atos jurídicos cujo instrumento escrito (normalmente público) é previsto pela lei
como sendo da essência do próprio ato (ex., a escritura pública para a aquisição de
imóvel). Tal instrumento mostra-se indispensável à propositura da ação, sendo obrigatória
sua juntada à petição inicial (art. 320 do CPC/2015). Faltando o instrumento indispensável,
não há jamais como se considerar o ato em questão como sendo existente, válido ou
eficaz. A revelia e qualquer presunção de veracidade que dela se extrairia tornam-se
irrelevantes em face disso. Sobre o tema, vejam-se os n. 13.8 e 14.2.4, adiante.
10.4.4. Fatos incompatíveis com os elementos dos autos ou improváveis ou
inverossímeis (art. 345, IV)
O inc. IV do art. 345 do CPC/2015 dispõe que não é dado ao juiz presumir como
verdadeiros os fatos narrados pelo autor quando estiverem em contradição com o que já
há nos autos, ou quando contrariarem fatos notórios, regras do bom senso, máximas da
experiência - enfim, fatos inverossímeis, insuscetíveis de credibilidade.
Na jurisprudência, encontram-se casos em que o próprio autor juntou com a petição
inicial prova documental que desacreditava totalmente a versão dos fatos que ele estava
narrando - de modo que, mesmo com a revelia, tal narrativa fática não pôde ser
presumida verdadeira.
Além disso, o juiz não presumirá como verdadeiros fatos impossíveis de terem ocorrido
ou mesmo fatos cujaprobabilidade de ocorrência é absolutamente mínima. Por outro
lado, isso não significa que, nesses casos, o juiz também vá, sempre e de plano, considerar
tais fatos como inexistentes, cerceando o direito probatório do autor. Na medida em que
haja pleito probatório fundamentado e consistente, deverá haver a produção de provas.
Aliás, mesmo no processo com revelia, o juiz tem o poder de produzir provas de ofício,
nos limites do razoável, isto é, sem que desrespeite a exigência de imparcialidade e a
consideração da proporcionalidade entre os custos e tempo que a produção da prova
exigirá e os resultados que em tese ela pode atingir (v. n. 13.4.3, adiante).
Além desses, previstos no art. 345 do CPC/2015, há outros casos em que não ocorre o
efeito principal da revelia, que são extraíveis de outras disposições do Código.
10.4.5. Réu preso e citação ficta (curador especial)
Se o réu preso ou o réu citado por edital ou com hora certa não contestou, o juiz
nomear-lhe-á curador especial (art. 72, II, do CPC/2015), e a esse terá o dever funcional de
formular contestação. Como, nesse caso, não é exigível a impugnação específica (art. 341,
parágrafo único, do CPC/2015), não será possível reputarem-se verdadeiros os fatos
alegados pelo autor, mesmo que não tenham sido expressamente impugnados.
10.4.6. Substituição do assistido pelo assistente
Caso o assistido seja revel, o parágrafo único do art. 121 do CPC/2015 prevê a
possibilidade de o assistente simples atuar como seu substituto processual. Nessa situação,
a contestação apresentada pelo assistente afasta os efeitos da revelia previstos nos arts.
344 e 346 do CPC/2015.
10.4.7. Decorrências
Disso decorre que, em todas essas hipóteses, afasta-se o efeito principal da revelia, não
estando o autor desobrigado de provar os fatos constitutivos de seu direito (art. 348).
Consequentemente, não ficará autorizado o julgamento antecipado da lide, pela tão só
ocorrência da revelia (eventualmente, ele ocorrerá por outro fundamento - v. n. 12.4.1, d,
adiante).
Permanecerá incidindo a consequência da não intimação do revel - pelo menos até que
ele tardiamente ingresse no processo.
10.5. Comparecimento posterior do revel
A falta de contestação não impede o réu de comparecer posteriormente ao processo,
por meio de advogado, e a partir de então acompanhá-lo - passando a ser intimado dos
subsequentes ao seu ingresso. Todavia, o réu receberá o processo no estado em que se
encontrar (art. 346, parágrafo único, do CPC/2015 - v. n. 10.2.3, acima).
Isso significa que se terá operado preclusão em relação aos atos processuais já
ocorridos antes do comparecimento, não se repetindo qualquer deles pelo fato de o revel
ter comparecido. Assim, se a fase instrutória já se encerrou, não haverá ensejo para a
participação do revel na prova, não podendo, sequer, produzir contraprova.
Poderá, todavia, o revel participar da fase probatória, caso não tenha sido concluída
quando de sua intervenção, inclusive produzindo contraprova aos fatos alegados pelo
autor (art. 349 do CPC/2015). Em princípio, afirma-se que não poderá provar suas
alegações, porque não as fez (não contestou), apenas tendo direito a redarguir as provas
do autor. Mas lembre-se que existem fatos que constituem fundamento de defesas
conhecíveis de ofício. Quanto a tais fatos, o revel pode produzir provas. Deverá ser
intimado para a audiência, podendo, por seu advogado, contraditar as testemunhas e
formular reperguntas.
Além disso, pode o revel alegar qualquer matéria processual ou de mérito que compita
ao juiz conhecer de ofício, porque para essas não ocorre preclusão. Pode alegar a matéria
que seria enquadrável em preliminar de contestação (art. 337 do CPC/2015), exceto a
convenção de arbitragem e a incompetência relativa (por exemplo, incompetência
absoluta, litispendência, coisa julgada, perempção, ausência de legitimidade ou interesse
processual etc.). Ademais, existem defesas de mérito que podem ser conhecidas de ofício -
e, portanto, podem ser alegadas a qualquer tempo pelo réu, inclusive o revel. São as
objeções materiais (ex.: o pagamento; nulidade absoluta do ato em que se funda a ação;
prescrição; decadência legal etc.). Sobre o tema, v. vol. 1, n. 12.5.4.
Poderá, evidentemente, recorrer. Aliás, o recurso não está vedado mesmo ao revel que
ainda não tenha anteriormente ingressado no processo, e o faça no próprio momento do
recurso. Apenas ocorre que, intervindo antes da sentença, ele deverá ser dela intimado
normalmente (na pessoa de seu advogado). Já essa intimação não será cabível se, até o
momento da sentença, ele ainda não houver comparecido - hipótese em que o prazo para
ele apelar correrá da publicação do ato no órgão oficial (art. 346, parte final, do CPC/2015).
Conceito
 Revelia em sentido estrito
 Revelia imprópria (aplicação do regime jurídico da revelia)
Efeitos
Presunção de veracidade dos fatos narrados na inicial
Julgamento antecipado do mérito
Desnecessidade de intimações do revel
Inocorrência de questão prejudicial apta a fazer coisa julgada
Efeitos nos casos de equiparação à revelia
Inocorrência do
efeito principal da
revelia
Contestação por litisconsorte passivo
Se a ação versar sobre direitos indisponíveis
Falta de instrumento indispensável
Fatos incompatíveis, improváveis ou inverossímeis
Réu preso e citação ficta (curador especial)
Substituição do assistido pelo assistente
Decorrências
Comparecimento
posterior do revel Recebe o processo no estado em que se encontra
Doutrina Complementar
·                Arruda Alvim (Manual..., 16. ed., p. 850) conceitua: "A revelia consiste na não
apresentação de contestação, por parte do réu, no prazo legal (desde que citado
regularmente). Assim, é considerado revel aquele que não apresentou contestação, ainda
que, eventualmente, tenha comparecido, através de advogado legalmente habilitado; o só
fato de existir nos autos procuração a advogado, outorgada pelo réu, não descaracteriza a
revelia. Por outro lado, se o réu comparece ao processo, no sistema do Código de Processo
Civil, sem se fazer acompanhar de advogado, da mesma forma é revel, pois, por si só, não
pode o réu contestar a ação por falta de capacidade postulatória, em regra. Da revelia
decorrem duas consequências fundamentais: a primeira consiste em que, contra o revel,
correrão os demais prazos, independentemente de intimação, a partir da publicação de
cada ato decisório, enquanto não tiver advogado nos autos (art. 322, caput, na redação da
Lei 11.280/2006) [art. 346, caput, do CPC/2015]. Existe, assim, simplificação na ulterior
comunicação processual, não havendo, por exemplo, necessidade de o revel ser intimado
para a audiência de instrução e julgamento, pois não é intimado de ato algum. Se, no
entanto, o revel, através de advogado, intervier no processo, passará a ser intimado dos
atos processuais a partir de então (cf. art. 322, caput e parágrafo único do CPC, na redação
da Lei 11.280/2006) [art. 346, caput e parágrafo único, CPC/15]".
·                  Humberto Theodoro Júnior (Curso..., 56. ed., vol. 1, p. 809; 810) assevera
ocorrer o fenômeno da revelia, também chamada contumácia, se o réu, desde que
regularmente citado, deixe de apresentar resposta à ação, em tempo hábil. Afirma ainda
Theodoro Júnior não ter o réu "o dever de contestar o pedido, mas tem o ônus de fazê-lo.
Se não responde ao autor, incorre em revelia, que cria para o demandado inerte um
particular estado processual, passando a ser tratado como um ausente do processo. Todos
os atos processuais, em consequência dessa atitude, passam a ser praticados sem
intimação ou ciência do réu, ou seja, o processo passa a correr à revelia do demandado,
numa verdadeira abolição do princípio do contraditório. O que, todavia, não configura
uma ofensa àquele princípio, visto que se deve à conduta do próprio réu o
estabelecimento da situação processual queinviabiliza as intimações na forma prevista
em lei. A dispensa de intimação, no entanto, só prevalece em relação ao demandado revel
que tenha advogado nos autos (NCPC, art. 346, caput). Assim, contra o revel correrão todos
os prazos a partir da data de publicação do ato decisório no órgão oficial, vale dizer,
independentemente de intimação específica do réu, inclusive os recursos. A lei não faz
qualquer distinção, de sorte que mesmo a sentença contra ele passará em julgado, sem
necessidade de intimação, bastando a sua comum publicação". Sobre os efeitos da revelia,
entende que, "diante da revelia, torna-se desnecessária, portanto, a prova dos fatos em
que se baseou o pedido de modo a permitir o julgamento antecipado da lide, dispensando-
se, desde logo, a audiência de instrução e julgamento (art. 335, II). Isto, porém, não quer
dizer que a revelia importe automático julgamento de procedência do pedido. Pode muito
bem estar a relação processual viciada por defeito que torne impraticável o julgamento de
mérito, e ao juiz compete conhecer de ofício as preliminares relativas aos pressupostos
processuais e condições da ação (art. 337, § 5.º). A revelia, por si, não tem força para sanar
tais vícios do processo. De mais a mais, embora aceitos como verídicos os fatos, a
consequência jurídica a extrair deles pode não ser a pretendida pelo autor. Nesse caso,
mesmo perante a revelia do réu, o pedido será julgado improcedente".
·          Maria Lúcia L. C. de Medeiros (A revelia sob o aspecto da instrumentalidade, p.
60-63) entende ser a revelia "uma situação de fato, jurídica, consistente na verificação
objetiva da falta de contestação. A revelia pressupõe que o réu tenha sido validamente
citado e que, mesmo citado de maneira válida, não tenha oferecido contestação na forma e
no prazo legal. O prazo, nas ações de conhecimento pelo rito comum ordinário (...) é de 15
dias, (...). Por força da regra do art. 36 do CPC [art. 103 do CPC/2015], a parte - seja autor ou
réu - deverá comparecer em juízo por meio de procurador regularmente habilitado. O
conteúdo da contestação é aquele elencado nos arts. 300 [art. 336, CPC/2015] e 301 do CPC
[art. 337 do CPC/2015], cabendo ao réu o ônus de impugnar especificamente os fatos
alegados pelo autor. A revelia é a não apresentação da contestação, dentro do prazo e
validamente por meio de advogado. Desse fato podem ou não decorrer as consequências
previstas na lei, dentre elas, a 'presunção' de veracidade dos fatos alegados pelo autor e a
não intimação do réu quanto aos atos do processo. A produção desses efeitos, no entanto,
não é inexorável...". A mesma autora, em outro espaço (Breves..., p. 936), afirma que: "A lei
não deixa dúvida de que a presunção, a que se refere o art. 344 do Novo CPC, é relativa e
diz respeito tão somente aos fatos, o que implica dizer que caberá ao juiz analisar
livremente os temas de direito, verificando se dos fatos narrados advêm as consequências
jurídicas apontadas pelo autor; se estão presentes as condições da ação e pressupostos
processuais; se há outras questões das quais deve conhecer de ofício, como a decadência;
qual a orientação jurisprudencial a respeito da matéria posta em juízo, em especial dos
tribunais superiores, averiguando se há súmula ou acórdãos proferidos com base na
técnica de julgamento dos recursos repetitivos etc. O Novo CPC encampou o que já à luz do
diploma atual, a doutrina e jurisprudência são uníssonos em afirmar, no sentido de que,
além de os efeitos da revelia não abrangerem as questões de direito (...), não conduzem à
automática procedência do pedido porque a presunção de veracidade dos fatos alegados
pelo autor é relativa, cabendo ao magistrado a análise conjunta das alegações e das provas
produzidas (...), reputando verdadeiros apenas os fatos que se revistam do requisito da
credibilidade (Arruda Alvim. Manual de Direito Processual Civil. 16. ed. São Paulo: Ed. RT,
2014. p. 857). Nesse sentido, merece aplauso o legislador que, no art. 345, IV, do Novo CPC,
de forma expressa, dispõe que a revelia não produz o efeito previsto no art. 344, se 'as
alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição
com prova constante dos autos'. Mantendo a mesma regra do CPC de 1973, constante do
seu art. 285, o Novo CPC dispõe, em seus arts. 248, § 3.º e 250, II, que da carta de citação e
do mandado devem constar o fim da citação, com todas as especificações constantes da
petição inicial, bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia. Para que
se opere a presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor, é indispensável que da
carta ou mandado de citação conste tal advertência (...)".
·                  Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery (Comentários..., p. 958, 959)
asseveram que revelia é a "ausência de contestação". Segundo afirmam, "Caracteriza-se
quando o réu: a) deixa transcorrer em branco o prazo para a contestação; b) contesta
intempestivamente; c) contesta formalmente mas não impugna os fatos narrados pelo
autor na petição inicial. A revelia pode ser total ou parcial, formal ou substancial. Há
revelia parcial quando o réu deixa de impugnar algum ou alguns dos fatos articulados
pelo autor na vestibular. Há revelia formal quando não há formalmente a peça de
contestação ou quando é apresentada intempestivamente. Há revelia substancial quando,
apesar de o réu ter apresentado a peça, não há conteúdo de contestação, como, por
exemplo, quando o réu contesta genericamente, infringindo o CPC 336 caput. (...)
Verificada a revelia, dela decorrem os seguintes efeitos: a) presunção de veracidade dos
fatos afirmados pelo autor na petição inicial; b) desnecessidade de o revel ser intimado
dos atos processuais subsequentes (CPC 346). (...) Contra o réu revel há a presunção de
veracidade dos fatos não contestados. Trata-se de presunção relativa. Os fatos atingidos
pelos efeitos da revelia não necessitam de prova (CPC 374 III). Mesmo não podendo o réu
fazer prova de fato sobre o qual pesa a presunção de veracidade, como esta é relativa, pelo
conjunto probatório pode resultar a comprovação da prova em contrário àquele fato,
derrubando a presunção que favorecia o autor". Sobre a não ocorrência dos efeitos da
revelia, comentam que, "nada obstante tenha havido revelia, isto é, ausência de
contestação, a norma enumera casos em que os efeitos da revelia não ocorrem. Como
nestes casos não há presunção de veracidade dos fatos não contestados, sobre eles há que
fazer prova, não incidindo o CPC 374 IV. (...) Caso um dos litisconsortes passivos conteste a
ação, não ocorrem os efeitos da revelia quanto ao outro litisconsorte, revel. Essa não
ocorrência, entretanto, depende de os interesses do contestante serem comuns aos do
revel. Caso os interesses dos litisconsortes passivos sejam opostos, há os efeitos da revelia,
não incidindo o CPC 345 I. (...) Mesmo que ocorra revelia (não contestação), se o direito
posto em causa for indisponível (e.g., anulação de casamento), não ocorrem os efeitos da
revelia. Neste caso, ainda que o réu não conteste, o autor tem de fazer a prova dos fatos
constitutivos de seu direito (CPC 373, I), vedado ao juiz julgar antecipadamente a lide (CPC
355 II). (...) Quanto a certos fatos, atos, e negócios jurídicos a respeito de cuja
demonstração o autor obriga-se a exibir prova legal (certidões do registro civil para o
estado da pessoa; registro para direitos reais; instrumento público quando este é forma
solene de certos atos) indispensável à propositura da ação (CPC 320), não ocorre a
presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor demonstráveis que seriam,
apenas por meio daquele documento faltante. Não se pode, por exemplo, ter como
verdadeiro o fato de que o autor, em ação reivindicatória, é proprietário de imóvel se
deixou de juntar escritura pública devidamente registrada, que é da substância do ato e
documento indispensável à propositura da ação.O fato, aliás, ensejava emenda da petição
inicial (CPC 320 e 321) e, caso não sanado o vício, indeferimento da inicial (CPC 330 VI)".
·                  Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo
Ferres da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello (Primeiros..., p. 606; 607)
sustentam que "Além da presunção de veracidade (efeito material), outro efeito que pode
decorrer da revelia é a não intimação do réu revel quanto aos atos do processo, quando
não tiver advogado constituído nos autos (efeito formal). Sabe-se que o revel pode
comparecer aos autos a qualquer momento, colhendo o processo no estado em que se
encontra. Poderá, por exemplo, apresentar petição em que alega decadência. Ou, quando
ainda não se tiver encerrado a fase de instrução, poderá intervir no processo e requerer a
produção de prova. Caso já tenha sido proferida a sentença, mas ainda esteja em curso o
prazo para interposição de recurso, o réu revel poderá apelar, impugnando os
fundamentos de direito apresentados pelo autor e adotados na sentença, demonstrando,
v.g., que a jurisprudência dos tribunais superiores fixou-se em sentido diferente. A partir
do momento em que o réu revel tiver advogado constituído nos autos, este deverá ser
intimado de todos os atos processuais. (...) No regime do CPC/1973, a jurisprudência tem
sido firme no sentido de que, se o réu não comparecer em juízo sequer para constituir
advogado, o processo seguirá sem sua intimação, correndo os prazos processuais a partir
da publicação da decisão, aí entendida como a entrega da decisão em cartório. O NCPC,
nesse ponto, inovou significativamente. De acordo com o art. 346, os prazos, para o réu
revel que não tenha advogado constituído nos autos, fluirão a partir da publicação da
decisão no órgão oficial, ainda que seja feita somente em nome do advogado do autor".
Bibliografia
Fundamental
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Complementar
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© desta edição [2016]
revelia - Ação rescisória, RePro 65/253; _____, Reflexões sobre a revelia: especialmente
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Pellegrini Grinover, Cândido R. Dinamarco e Kazuo Watanabe, coordenação de Carlos
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FOOTNOTES
1
Ver vol. 1, n. 18.4.2. Aliás, o exemplo lá apresentado também seria aqui aproveitável.

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