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Capítulo 24. APELAÇÃO

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2017 - 07 - 18 
Curso Avançado de Processo Civil - Volume 2 - Edição 2016
SEXTA PARTE - RECURSOS
CAPÍTULO 24. APELAÇÃO
Capítulo 24. APELAÇÃO
24.1. Noção
A apelação é o recurso em regra cabível em face das sentenças proferidas no processo
civil brasileiro. Representa a adoção, pelo nosso sistema, do princípio do duplo grau de
jurisdição.
Na tradição processual em que nos inserimos, que remonta ao direito romano, a
apelação foi o primeiro recurso que se concebeu - e por muito tempo o único. De início,
em Roma, o juiz (árbitro) era investido em sua função por uma designação das partes, que
o escolhiam. Com o fortalecimento do poder público, a função jurisdicional foi sendo
progressivamente posta sob o controle do imperador, que passou a designar os juízes que
julgariam as causas. Quando uma parte não estava satisfeita com o resultado, "apelava" ao
imperador. Afinal, o juiz atuava por delegação dele. A appellatio originalmente servia
apenas para impugnar o resultado final do processo - e especificamente quando se
pretendia sua reforma (revisão de seu conteúdo), e não sua invalidação (para o que se
usava um remédio civil de caráter não recursal, a restitutio in integrum). No direito
comum, o processo torna-se bem mais complexo, com sucessivas fases, resolvidas por
"sentenças interlocutórias". Contra cada uma delas, cabia uma appellatio. Posteriormente,
foram sendo concebidos diferentes recursos para essas diferentes situações. Mas a
apelação tradicionalmente manteve-se como o remédio recursal contra a sentença final
(evidentemente, tudo isso depende de uma definição do direito positivo, mas o legislador
tende a seguir essas tradições).
Até por isso, a apelação constitui o paradigma dos demais recursos ordinários (em
sentido amplo). Ou seja, seu regime jurídico, em linhas gerais, serve de padrão subsidiário
para as outras espécies de recursos de natureza ordinária. Por exemplo, as regras de
extensão de profundidade do efeito devolutivo veiculadas na parte do Código dedicada à
apelação, a rigor, constituem, com as devidas adaptações, as diretrizes também aplicáveis
ao agravo de instrumento, ao agravo interno, ao recurso ordinário (em sentido estrito)...
Tanto é assim que tais normas já foram estudadas no capítulo anterior, relativo à teoria
geral dos recursos.
24.2. Objeto: sentença e questões decididas por interlocutórias não agraváveis
O recurso de apelação é, em regra, interponível contra as sentenças proferidas em
processos de conhecimento, de execução ou de tutela de urgência. Para efeito de
interposição da apelação, não importa de que tipo de processo ou de procedimento se
trate. Cabe apelação de sentença proferida em qualquer tipo de procedimento, comum e
especial. É apelável sentença proferida tanto em jurisdição voluntária quanto contenciosa.
No processo "sincrético" adotado no ordenamento brasileiro, a apelação cabe contra
sentenças proferidas em qualquer de suas fases: na fase antecedente de tutela de
urgência, na fase de conhecimento ou na fase de cumprimento de sentença.
As hipóteses em que não cabe apelação contra sentença são absolutamente
excepcionais. Contra as sentenças proferidas em execuções fiscais e respectivos embargos
de valor inferior a cinquenta Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, em vez
de apelação, cabem embargos infringentes, recurso que é julgado pelo próprio órgão
prolator da decisão (art. 34 da Lei 6.830/1980 - v. vol. 3, cap. 27). Na produção antecipada
de provas, a sentença é irrecorrível, exceto quando indefere integralmente a antecipação
probatória (art. 382, § 4.º, do CPC/2015 - v. n. 19.2.10, acima). Casos como esses, reitere-se,
são de todo incomuns no ordenamento.
Mas, embora a apelação seja sempre interponível em face de uma sentença, ou melhor,
no momento em que há uma sentença, ela não se presta apenas a impugnar o conteúdo
decisório de sentenças. As decisões interlocutórias, em regra, não são recorríveis de modo
imediato e autônomo no curso do processo. Há um rol taxativo de interlocutórias desde
logo agraváveis (art. 1.015 do CPC/2015 - v. cap. 25). Em contrapartida, o art. 1.009, § 1.º, do
CPC/2015, prevê que também pode ser objeto da apelação a decisão interlocutória que não
se enquadre naquele rol. Assim, as questões resolvidas na fase de conhecimento por
decisão interlocutória não agravável não são imediatamente atingidas pela preclusão, pois
podem ser arguidas em preliminar de apelação interposta contra a sentença ou nas
contrarrazões.
E nesse segundo caso - em que, nas contrarrazões, o apelado suscita a questão -, a
impugnação da interlocutória não constituirá um recurso adesivo (de que se trata no cap.
31). Terá o valor de um recurso próprio e autônomo (pois, se não fosse assim, a parte final
do art. 1.009. § 1.º, do CPC/2015 seria desnecessária: bastaria a regra do art. 997, § 2.º, do
CPC/2015). Isso significa que o conhecimento dessa impugnação à interlocutória, pelo
tribunal, não ficará com sua sorte atrelada ao conhecimento da apelação do adversário,
como ficaria o recurso adesivo. Vale dizer, se a apelação for inadmitida ou se o recorrente
dela desistir, a impugnação à interlocutória contida nas contrarrazões não seguirá
necessariamente o mesmo destino que o recurso principal. Subsistindo o interesse de agir,
a impugnação recursal contida nas contrarrazões será apreciada pelo tribunal
independentemente do desfecho da apelação.
Além disso, é possível que a parte que foi integralmente vitoriosa na sentença
interponha uma apelação exclusivamente para impugnar uma questão antes decidida por
interlocutória não agravável, em relação à qual ela foi sucumbente e que não ficou
prejudicada pela sentença final. Haverá casos em que se configurará o interesse recursal
para isso. Pense-se no seguinte exemplo: o autor, em um dado momento do processo, foi
condenado por litigância de má-fé, em decisão interlocutória. Não há previsão de agravo
de instrumento para esse caso. Ao final, ele, autor, é integralmente vitorioso na sentença.
Não tem do que recorrer quanto a esse pronunciamento. Mas permanece aquela anterior
condenação por litigância de má-fé, imposta por decisão interlocutória. O autor pode nada
fazer, num primeiro momento, e depois, se o réu apelar, suscitar nas contrarrazões o
reexame da interlocutória que o responsabilizou processualmente. Mas, nesse caso, se o
réu não apelar, será impossível ao autor discutir recursalmente a condenação que sofreu.
Então, ele pode preferir desde logo apelar para o tão-só fim de rediscutir aquela decisão
interlocutória.
Por outro lado, se for decidida na sentença uma questão que, se fosse decidida por
interlocutória, ensejaria agravo, o recurso contra ela cabível será a própria apelação (art.
1.009, § 3.º, do CPC/2015). Por exemplo, se a exclusão de um litisconsorte se dá no curso do
processo, ela é agravável (art. 1.015, VII, do CPC/2015). Mas, se na sentença, o juiz exclui
um litisconsorte e também julga o mérito, caberá um único recurso contra esses dois
capítulos, apelação. Essa regra é ainda reiterada, relativamente à concessão, confirmação
ou revogação de tutela urgente, no art. 1.013, § 5.º, do CPC/2015.
24.3. Legitimidade e interesse recursal
Os parâmetros para a aferição da legitimidade e do interesse para apelar são aqueles já
expostos ao se tratar dos pressupostos de admissibilidade recursal, no capítulo anterior -
ao qual ora se remete (n. 23.5.2 e 23.5.3, acima).
24.4. Os vícios (erros) impugnáveis e o modo de corrigi-los
Na apelação, denunciam-se erros ou vícios de julgamento (ou juízo), também
conhecidos como errores in judicando, e erros ou vícios in procedendo, ou vícios de
procedimento.
Os erros de julgamento são aqueles ligados ao juízo de mérito, como, por exemplo, a
má valoração de determinada prova ou a interpretação ou aplicação incorretas de uma
norma jurídica relevante para o mérito. Os erroresinprocedendo dizem respeito ao
procedimento,como, por exemplo: julgar-se antecipadamente a lide quando ainda era
preciso produzir provas; proferir-se sentença sem fundamentação; desenvolver o processo
e sentenciar sem a citação de um litisconsorte necessário e unitário etc.
Havendo os dois vícios e pretendendo a parte impugná-los ambos, devem constar, em
primeiro lugar, da petição de recurso, os erroresinprocedendo e, em seguida, os
erroresinjudicando. Essa é uma recomendação de boa técnica: convém que as questões
processuais sejam apresentadas antes do que as substanciais. Mas o desrespeito a essa
recomendação não gera nenhuma nulidade nem obsta o conhecimento do recurso.
Normalmente, acolhida a arguição que se possa fazer na apelação a respeito dos erros
de juízo, gera-se a substituição da sentença por um acórdão (com conteúdo, eficácia e
autoridade equivalentes ao de uma sentença). Assim, se o juízo aquo valorou mal a prova,
o tribunal deve valorá-la corretamente e proferir acórdão, com novo julgamento, que
passe a fazer as vezes da sentença substituída. O mesmo se dá quando o tribunal constata
que o juízo a quo aplicou erroneamente o ordenamento ao resolver a lide: profere nova
decisão, no lugar da anterior. Há nesses exemplos, a reforma da sentença recorrida. Mas o
interessante é que, nesses casos, mesmo quando o tribunal conhece do recurso, mas lhe
nega provimento, o acórdão então proferido (de "confirmação" da sentença) também
substitui a sentença recorrida. Passa a valer em seu lugar. Aplica-se a todos esses casos a
já estudada regra do art. 1.008 do CPC/2015 (v. n. 23.8.1, e, acima).
Por outro lado, acolhida a arguição de errorinprocedendo, a sentença, em princípio, é
anulada pelo tribunal. Há a cassação da sentença. Isto, porém, não quer dizer que o
processo sempre retornará ao primeiro grau para julgamento do mérito. Em vários casos,
estando o processo em condições de imediato julgamento (i.e., se ele estiver "maduro"), o
mérito será decidido pelo próprio tribunal. As hipóteses em que isso é possível estão
previstas no art. 1.013, § 3.º, do CPC/2015, e são examinadas no n. 24.8.1, adiante.
No que tange à atividade do tribunal em face de defeitos que poderiam ensejar a
cassação da sentença, os §§ 1.º e 2.º do art. 938 do CPC/2015 preveem que, "constatada a
ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser conhecido de ofício, o relator
determinará a realização ou a renovação do ato processual, no próprio tribunal ou em
primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes". Uma vez cumprida essa diligência, "o
relator, sempre que possível, prosseguirá no julgamento do recurso". Isso significa que, em
certos casos, quando constatada a existência de uma nulidade que afetaria a validade da
sentença, o tribunal, em vez de cassá-la, determinará a correção do defeito e levará
adiante o julgamento da apelação. Isso deve ser feito sob o crivo do contraditório -
assegurando-se às partes a oportunidade de participação (art. 5.º, LV, da CF/1988; arts. 9.º e
10 do CPC/2015).
Evidentemente, tal regra não pode ser aplicada a todos os casos de nulidade. Por um
lado, e como demonstrado no vol. 1, n. 28.3, letra c, nem toda nulidade recai sobre ato que
possa ser objeto de repetição ou complemento. Ou seja, há casos em que a nulidade afeta
irremediavelmente o processo. Por outro lado, mesmo quando a repetição ou
complemento são possíveis, há situações em que a correção da nulidade implica
necessariamente a reiteração do procedimento de primeiro grau, não sendo possível a
pura e simples retomada do julgamento da apelação. Por exemplo, se é constatada a
nulidade da citação (que acarretou a "revelia" do réu), não basta repetir apenas esse ato
em primeiro grau. Uma vez comparecendo o réu, agora devidamente citado, todos os
demais atos em primeiro grau terão de ser repetidos (oportunidade de contestação,
instrução probatória, sentença etc.).
24.5. Interposição
O prazo para a interposição da apelação é de 15 dias (art. 1.003, § 5.º, do CPC/2015).
Quanto ao seu modo de cômputo, aplicam-se as regras gerais sobre prazo (v. vol. 1, cap.
30) e aquelas específicas dos prazos recursais (v., neste vol., n. 23.5.5).
É recurso de competência do tribunal, dito juízo adquem. Mas sua interposição faz-se
no juízo a quo, i.e., aquele que proferiu a sentença.
A rigor, há duas manifestações encartadas em uma mesma petição: uma dirigida ao
próprio órgão aquo, chamada de manifestação de interposição, em que a parte anuncia
que vai interpor o recurso; outra, dirigida ao tribunal, é constituída pelas razões recursais,
em que o recorrente expõe as razões por que a decisão deve ser alterada e formula o
pedido de reforma ou cassação da decisão, fixando os limites dentro dos quais pode
decidir o tribunal, julgando o recurso. No passado, essas duas manifestações ocorriam em
momentos distintos. Atualmente, ambas devem ser apresentadas em momento único, na
interposição do recurso, numa única peça.
O § 3.º do art. 1.003 prevê que a interposição do recurso ocorre mediante o protocolo
da petição em cartório ou conforme as normas de organização judiciária. Mas há também
a possibilidade de envio dos recursos por meio eletrônico, observados os requisitos
previstos na Lei 11.419/2006 (arts. 2.º e 10) e a regulamentação definida pelos Tribunais.
Ver vol. 1, n. 26.4.
24.6. Juízo de retratação
A possibilidade de retratação pelo juízo a quo, na apelação, está regulada nos arts. 331,
332, § 3.º e 485, § 7.º, do CPC/2015. Trata-se de hipóteses em que se permite ao juízo aquo
que, recebendo a apelação, volte atrás, alterando sua sentença. Nesse sentido, o juízo a quo
emite um juízo de mérito recursal (v. n. 23.4, acima).
Nos termos do art. 485, § 7.º, do CPC/2015, tendo sido proferida sentença terminativa
(i.e., sem resolução do mérito) e tendo havido apelação, o juiz pode voltar atrás. Tem, para
fazê-lo, o prazo de cinco dias. Na hipótese do art. 332, § 3.º, do CPC/2015, se liminarmente
houver julgamento de improcedência da demanda e a parte apelar, o juiz poderá retratar-
se também no prazo de cinco dias - hipótese em que determinará em seguida o normal
prosseguimento da ação. O mesmo se passa no caso do art. 331 do CPC/2015: interposta
apelação contra a sentença de indeferimento liminar da inicial, o juiz pode retratar-se em
cinco dias. Nessas três hipóteses, o prazo é impróprio, uma vez que seu descumprimento
não gera consequências processuais. Deve, portanto, entender-se que se trata de uma
recomendação para que o juiz o faça logo. Obviamente há um limite para a retratação: o
processo ainda deve estar com o juízo a quo. Não reformada a decisão, devem os autos ser
remetidos ao segundo grau para que seja julgada a apelação.
24.7. Conteúdo
A petição de apelação conterá os nomes e qualificação das partes. Mas essa é uma
exigência secundária. Como a apelação é interposta em um processo já em curso, em que
as partes já foram qualificadas, a incompletude ou ausência de qualificação não gera
defeito nenhum.
O importante é que as razões recursais veiculem a exposição do fato e do direito e os
fundamentos do pedido de reforma ou de decretação da nulidade. O recorrente precisa
ainda formular o pedido recursal, isso é, o pleito de reforma ou cassação da sentença
recorrida, de forma a delimitar o âmbito de devolutividade do recurso. É defeituosa a
apelação que apenas proteste, genericamente, pela reforma da sentença recorrida. É
preciso que se faça pedido de nova decisão ou de anulação da sentença, e que este pedido
seja compatível com os fundamentos trazidos nas razões de apelação. Qualquer
deficiência nesse ponto implicará a aplicação do art. 932, parágrafo único, do CPC/2015. A
absoluta falta de fundamentação ou de pedido, contudo, será incorrigível (v. n. 23.6,
acima).
Em regra, proíbe-se inovação no recurso de apelação. Ou seja, não pode o apelante
deduzir em seu recurso fatos que não foram discutidos em primeiro grau. As exceções
concernem aos fatosque ocorreram depois da decisão recorrida (art. 933, caput, do
CPC/2015) e àqueles que, embora já existissem ao tempo do processamento no juízo de
primeiro grau, não tenham sido objeto de alegação por motivo de força maior, devendo
essa ser comprovada pela parte (art. 1.014 do CPC/2015). Ressalva-se também a matéria de
ordem pública, cognoscível de ofício nos limites da extensão do efeito devolutivo (arts.
485, § 3.º, e 933, caput, do CPC/2015 - v. n. 23.8.1, acima).
24.8. Efeitos
A apelação, como todo recurso, tem efeito devolutivo e, em regra, tem também efeito
suspensivo.
24.8.1. Efeito devolutivo
Entre os principais efeitos da apelação está, em primeiro lugar, o de manter o processo
vivo, obstando o trânsito em julgado. A apelação, como todo recurso, tem efeito
devolutivo. Transfere-se ao órgão ad quem toda a matéria suscitada e discutida no
processo, mesmo que não tenha sido solucionada na decisão recorrida, e toda matéria não
suscitada, mas de ordem pública - desde que nos limites do(s) capítulo(s) impugnado(s).
A extensão e a profundidade do efeito devolutivo já foram examinadas no n. 23.8.1,
acima - ao qual se remete o leitor. Os exemplos lá apresentados, inclusive, concerniam a
casos de apelação. Para a compreensão do efeito devolutivo na apelação, é imprescindível
ler o lá exposto.
Neste ponto, cabe dedicar atenção a regras que transferem ao tribunal, por ocasião do
julgamento da apelação, poderes que, sob certo aspecto, vão além dos limites em que o
efeito devolutivo normalmente opera.
Se o juiz de primeiro grau extingue a fase cognitiva sem julgamento de mérito, por
reputar que falta um pressuposto de admissibilidade da tutela jurisdicional (pressuposto
processual ou condição da ação), e a parte apela desse comando decisório, o que se
transfere ao tribunal, pelos parâmetros gerais do efeito devolutivo, é o reexame desse
comando. Ou seja, caberia ao tribunal examinar se foi correta a extinção sem julgamento
de mérito. Pelos parâmetros gerais, uma vez constatado o erro do juízo a quo, o tribunal
cassaria a sentença terminativa e proferiria uma decisão reconhecendo a presença dos
pressupostos de admissibilidade da tutela jurisdicional - e o processo teria de retornar ao
primeiro grau de jurisdição para que fosse julgado o seu mérito. O tribunal, nesse caso -
sempre conforme os parâmetros tradicionais -, não poderia desde logo julgar o mérito por
quê: (i) não tinha havido recurso contra um capítulo decisório julgador do mérito, pela
óbvia razão de que tal capítulo simplesmente nem existia. Logo, o efeito devolutivo não
conferiria ao tribunal poder para julgamento do mérito; (ii) o julgamento do mérito pelo
tribunal implicaria supressão do duplo grau de jurisdição, pois o primeiro grau não teria
antes se pronunciado sobre o mérito.
Mas o § 3.º do art. 1.013 do CPC/2015, contém regra que amplia os poderes do tribunal
em casos como esse. Conforme tal dispositivo, o tribunal deve desde logo julgar o mérito,
se o processo estiver em condições de julgamento imediato - i.e.: (i) se não houver nenhum
fato controvertido ou se todas as provas necessárias já tiverem sido antes produzidas e (ii)
se o contraditório já estiver plenamente aperfeiçoado e desenvolvido. Então, o tribunal
assume competência não apenas para revisar o capítulo decisório impugnado, mas
também para emitir um capítulo decisório novo, até então jamais emitido no processo.
Suprime-se um grau de jurisdição: apenas o tribunal examina o mérito da causa.
Essa regra é constitucional. Como visto no capítulo anterior, a Constituição não exige o
duplo grau de jurisdição em todo e qualquer caso. Como aspecto do processo razoável,
exigido pela cláusula do devido processo legal, o duplo grau não é uma imposição
absoluta. Há situações em que o mais razoável é mesmo se adotar um modelo de grau
único. São casos em que o duplo grau seria algo excessivamente demorado ou ineficiente -
o que não seria compensado pelas vantagens que ele propicia (n. 23.2, acima).
Esse é exatamente o caso do art. 1.013, § 3.º, I, do CPC/2015. Se o tribunal já está
examinando a causa e o processo reúne todos os elementos instrutórios para a solução do
mérito, não é razoável remetê-lo novamente ao primeiro grau apenas para esse sentenciar
e, em seguida, havendo recurso, retornar de novo ao tribunal. É preferível que o tribunal
desde logo já resolva o mérito - até porque, se o processo voltasse para o juízo a quo, fosse
sentenciando e houvesse nova apelação, seria o próprio tribunal que teria, mesmo, a
última palavra quanto ao mérito.
Além da hipótese exposta no exemplo, que está prevista no inc. I do § 3.º do art. 1.013
do CPC/2015, o Código contempla ainda outros dois casos de supressão do duplo grau por
ocasião do julgamento da apelação.
O art. 1.013, § 3.º, II e III, do CPC/2015, prevê que o tribunal também deverá desde logo
julgar o mérito se constatar que a sentença proferida em primeiro grau foi infra (citra) ou
extra petita (n. 5.9, acima), e o processo já estiver suficientemente instruído e com o
contraditório plenamente desenvolvido. Nesse caso, se a sentença for infra petita (i.e., não
julgou todo o objeto do processo), basta ao tribunal pronunciar-se sobre aquela porção do
mérito que não foi julgada em primeiro grau. Sendo a sentença extra petita (i.e., deixou de
julgar o objeto do processo para julgar algo diverso, que não havia sido pedido ou não
estava abrangido pela causa de pedir), o tribunal cassará o julgamento que exorbitou do
objeto do processo e julgará o seu objeto antes não julgado.
Ademais, o tribunal também estará autorizado a julgar desde logo o mérito quando
decretar a nulidade da sentença por falta de fundamentação, e o processo estiver em
condições de julgamento imediato, nos termos acima indicados (art. 1.013, § 3.º, IV, do
CPC/2015). Diferentemente das hipóteses anteriores, essa é muito mais discutível e
merecedora de alguma censura. Como nos demais casos, não há propriamente problema
no que tange à supressão do duplo grau, considerada em si mesmo. Todavia, ao autorizar
que o tribunal, embora reconhecendo que a sentença é nula por falta de fundamentação,
vá adiante e simplesmente reexamine o julgamento de mérito feito em primeiro grau (em
termos práticos, isso é o que se terá), a lei está tornando a falta de fundamentação um
vício irrelevante. O Código foi meticuloso ao estabelecer os parâmetros que se devem
observar para que uma sentença seja minimamente fundamentada (art. 489, §§ 1.º e 2.º,
do CPC/2015). Mas, ao mesmo tempo, torna esse defeito desimportante. A "mensagem" que
a lei passa para o julgador de primeiro grau é a seguinte: você não precisa se preocupar
em fundamentar a sentença porque, mesmo que não a fundamente e o tribunal a repute
por isso nula, ainda assim o tribunal reexaminará a solução de mérito por você dada à
causa, mantendo-a ou adotando outra, e providenciando a motivação que você não
providenciou. Em suma, a lei faz aquilo que, segundo a perspicaz observação de um
jurista da common law, nenhuma lei jamais pode fazer: dá com uma mão e tira com a
outra. Portanto, caberá ser encontrada solução interpretativa que impeça a ocorrência
desse resultado "autoanulante" da lei; esse "boicote a si mesmo" do ordenamento.
Sem prejuízo de outros parâmetros ou limites que futuramente se identifiquem, pode-
se já destacar uma imposição expressa no ordenamento, atinente à qualidade do
contraditório. O tribunal apenas pode avançar para o novo julgamento de mérito, nesse
caso do inc. IV do art. 1.013, § 3.º, do CPC/2015, na medida em que: (1.º) no procedimento
recursal, tiver havido verdadeira oportunidade de debate sobre o mérito. Essa condição
estará cumprida quando, desde logo, a apelação, em vez de apenas apontar a nulidade da
sentença, já tiver discutido efetivamente o mérito da causa, e esse também for enfrentado
nas contrarrazões, ou quando, embora isso não tenha acontecido, o próprio tribunalder
tal oportunidade às partes, cumprindo o dever de diálogo (art. 10 do CPC/2015); (2.º) o
tribunal submeta ao contraditório, com as partes, toda e qualquer questão de ordem
pública, requalificação jurídica dos fatos, consideração de incidência de outras normas
jurídicas não consideradas pelas partes e que serão relevantes para o novo julgamento do
mérito (art. 10 do CPC/2015). Dir-se-á que esse dever de debate com as partes sempre se
põe - o que é verdade. Mas, na hipótese em exame, ele torna-se mais intenso, pois uma
sentença fundamentada em primeiro grau teria servido para qualificar, enriquecer, o
contraditório. Diante de argumentos bem postos em primeiro grau, pouco importa se
certos ou errados, seriam maiores as probabilidades de as partes responderem também
com bons argumentos. A falta de fundamentação da sentença "puxa para baixo" o nível de
qualidade do contraditório no processo. Cabe ao tribunal, se vai aplicar o art. 1.013, § 3.º,
IV, do CPC/2015, elevá-lo.
Em todos esses casos, como a atuação do tribunal não se atém aos limites tradicionais
do efeito devolutivo, há a possibilidade de um resultado na apelação em certa medida
"pior" para o recorrente do que o que se tinha na sentença apelada. Por exemplo, o autor
apela da sentença que extinguiu a fase cognitiva sem julgar o mérito de sua pretensão. O
tribunal dá provimento à apelação, reconhecendo que cabe a resolução do mérito, e desde
logo o decide, julgando improcedente o pedido do autor. Antes, com a sentença, ele tinha
apenas uma decisão negativa de resolução do mérito, que em princípio ainda lhe
permitiria repropor a demanda. Agora, ele terá uma decisão de improcedência revestida
de coisa julgada material... O que se pode dizer - para se tentar salvar o discurso da
proibição da reformatio in pejus - é que o resultado do julgamento da apelação, em si,
concerne apenas àquele primeiro capítulo decisório do tribunal, pelo qual ele reconheceu
o cabimento do julgamento do mérito. O julgamento do mérito em si mesmo não deriva de
um pedido recursal. Tal competência advém, como efeito anexo, da própria lei. Seja como
for, o que se tem ao final, em casos como no do exemplo dado, é algo pior para o apelante
do que ele tinha antes.
Mas, como se disse acima, apenas "sob certo aspecto" os poderes atribuídos ao tribunal
na apelação exorbitam os parâmetros gerais do efeito devolutivo. Ao menos em certo
sentido, a extensão do efeito devolutivo continua tendo de ser observada. Imagine-se que
o autor havia formulado três pedidos em cumulação simples. A sentença negou a
resolução do mérito dos três pedidos. O autor apela apenas relativamente a um dos três
pedidos (i.e., apenas em relação ao capítulo decisório atinente a um deles), se o tribunal,
dando provimento à apelação, reputar que é o caso de aplicar o art. 1.013, § 3.º, I, do
CPC/2015, e julgar o mérito, poderá fazê-lo apenas em relação àquele pedido que foi objeto
da apelação.
A regra do art. 1.013, § 3.º, do CPC/2015, também é aplicável ao recurso ordinário e ao
agravo de instrumento que tenha por objeto decisão negativa de resolução de parte do
mérito ou decisão parcial de mérito.
O Código de Processo Civil também dispensa o retorno do processo ao juízo de primeiro
grau nos casos em que houver a reforma de sentença que reconheça a decadência ou a
prescrição, admitindo que o tribunal (quando possível) prossiga no julgamento do mérito
para examinar as demais questões (art. 1.013, § 4.º, do CPC/2015). Como nos casos
anteriores, a possibilidade de avanço no julgamento do mérito dependerá de a causa já
estar suficientemente instruída e o contraditório aperfeiçoado. Mas, diferentemente das
hipóteses anteriores, nesse caso não há nenhuma exceção à alteração dos parâmetros do
efeito devolutivo da apelação. A prescrição e a decadência já integram o mérito da causa.
A sentença que resolve a lide reconhecendo haver prescrição ou decadência, já é uma
sentença de mérito (art. 487, II, do CPC/2015). Logo, nesse caso, o pedido recursal já se
volta contra capítulo decisório do mérito da causa - e a competência para o reexame do
mérito está transferida, mesmo pelos normais limites do efeito devolutivo da apelação, ao
tribunal. O que ocorre, em muitos casos, é que, além de incidir em um erro de julgamento,
ao afirmar a ocorrência de uma decadência ou prescrição inocorrente, o juízo a quo, por
via reflexa, incide também em um erro de procedimento, precisamente por haver julgado
diretamente o mérito: ele deixa de produzir provas que eram necessárias. Nesses casos,
será razoável cassar a sentença e determinar o retorno do processo para o primeiro grau,
para a instrução probatória e o proferimento de nova sentença.
24.8.2. Efeito suspensivo ope legis, em regra
Em regra, a apelação tem efeito suspensivo ex lege. Isso significa que, sendo a apelação
interposta, prolonga-se no tempo a situação de ineficácia em que já se encontrava a
sentença desde sua prolação. Assim, na verdade, nada se suspende propriamente, porque
a sentença sujeita à apelação com efeito suspensivo já não produz efeitos quando é
produzida: sendo interposta a apelação, essa ineficácia se estenderá até o julgamento da
apelação. Vê-se, pois, que, na verdade, a situação suspensiva (i.e., a não produção de
efeitos) não nasce da interposição da apelação, mas da simples previsão legal de que a
sentença submete-se ao recurso com efeito suspensivo automático. Sob esse aspecto,
nesses casos, a sentença nasce com uma condição suspensiva de sua eficácia: só produzirá
efeitos depois de decorrido o prazo sem a interposição recursal ou, se interposto o recurso,
depois do seu julgamento.
A apelação só não obstará a que a decisão impugnada produza efeitos desde logo, se
houver previsão legal expressa de que, naquele caso, a apelação é desprovida de efeito
suspensivo.
O § 1.º art. 1.012 do CPC/2015, prevê que a apelação não terá efeito suspensivo ope legis
quando voltar-se contra sentença que: (I) homologar divisão ou demarcação de terras; (II)
condenar a pagar alimentos; (III) extinguir sem resolução do mérito ou julgar
improcedentes os embargos do executado; (IV) julgar procedente o pedido de instituição
de arbitragem; (V) confirmar, conceder ou revogar tutela provisória; (VI) decretar a
interdição. Além disso, outras disposições legais também preveem hipóteses em que a
apelação não tem efeito suspensivo (ex.: sentença concessiva do mandado de segurança,
art. 14, § 3.º, da Lei 12.016/2009; sentença de procedência da ação de despejo, art. 63 da Lei
8.245/1991; sentença concessiva do habeas data, art. 15, parágrafo único, da Lei 9.507/1997
etc.).
Nesses casos, a decisão impugnada já pode ser executada, tão logo publicada, apesar da
pendência do recurso, sendo, porém, esta execução provisória, pois deve ser revertida se
sobrevier decisão do tribunal, dando provimento à apelação para cassar ou reformar a
sentença (art. 1.012, § 2.º, do CPC/2015).
Apesar da ausência de efeito suspensivo ope legis em hipóteses como as acima
mencionadas, o Código não exclui a possibilidade de concessão desse efeito pelo órgão
jurisdicional, a pedido do apelante e conforme as circunstâncias do caso concreto. Entre a
interposição da apelação e sua distribuição no tribunal, cabe ao apelante formular petição
nesse sentido ao tribunal, que designará um relator para apreciar esse pleito - e se tornará
prevento para a apelação que logo depois lá chegará (como prevento se tornará o órgão ao
qual ele, relator, está vinculado). Haverá casos em que já existirá um relator prevento, por
força de outros recursos no mesmo processo ou em ações conexas - hipótese em que a ele
caberá o exame de tal pedido. Se a apelação já estiver no tribunal, pedir-se-á o efeito
suspensivo diretamente ao relator dela. Para a obtenção do efeito suspensivo, o apelante
terá de demonstrar a fortíssima probabilidade de provimento do recurso (tutela da
evidência) ou a relevância (plausibilidade)de sua fundamentação (fumus boni juris)
somada ao periculum in mora, i.e., o risco de dano grave ou de difícil reparação (tutela de
urgência). É o que prevê o art. 1.012, § 4.º, do CPC/2015.
24.9. Processamento em primeiro grau
Conforme o art. 1.010, § 1.º, do CPC/2015, interposta a apelação, deverá o juiz mandar
dar vista à parte contrária (apelado) para responder no prazo de quinze dias. Se o apelado
interpuser recurso adesivo ou se impugnar em suas contrarrazões decisão interlocutória
não agravável proferida no juízo a quo, será o apelante intimado para contrarrazoar no
prazo de quinze dias. Depois de oportunizado esse contraditório, os autos são remetidos
ao tribunal independentemente de juízo de admissibilidade.
Essa orientação constitui importante inovação trazida pelo CPC/2015. Na vigência do
CPC/1973, o juízo de admissibilidade era realizado preliminarmente pelo juiz de primeiro
grau. Se se decidisse pelo não recebimento da apelação, esse juízo prévio de
admissibilidade era revisto pelo tribunal competente, em agravo de instrumento.
Agora, o juízo de admissibilidade do recurso de apelação passa a ser realizado
unicamente pelo juízo ad quem.
Com a exclusão do juízo de admissibilidade no órgão prolator da decisão recorrida, a
reclamação constitucional se tornou o meio de impugnação adequado contra decisão que
obsta a subida do recurso. Tal ato passou a ser reputado como usurpação de competência
do tribunal superior competente para julgá-lo. A confirmação é dada pelos enunciados 208
a 210 do FPPC, relativos ao recurso ordinário.
24.10. Processamento em segundo grau
No tribunal onde será processada e julgada, a apelação será registrada (art. 929 do
CPC/2015) e distribuída (art. 930 do CPC/2015), designando-se relator, revisor e terceiro
juiz (juiz vogal).
O art. 932, III a V, do CPC/2015, permite que o relator decida monocraticamente o
recurso para: (i) deixar de conhecê-lo quando inadmissível, prejudicado ou quando o
recorrente não impugnar especificamente os fundamentos da decisão recorrida (inc. III);
(ii) negar-lhe provimento quando contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do
Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal (inc. IV, a), a acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em recursos repetitivos
(inc. IV, b) ou a entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas
ou de assunção de competência (inc. IV, c); ou (iii) dar-lhe provimento quando a decisão
recorrida for contrária às hipóteses acima mencionadas (inc. V). Sobre o tema, ver o n.
23.7, acima.
Caso não se tenha caracterizado nenhuma das situações que admitem decisão
monocrática, o relator elaborará seu voto e remeterá o recurso para julgamento pelo
órgão colegiado, definido pelo regimento interno do tribunal.
A sessão de julgamento será designada pelo presidente do órgão colegiado (art. 934 do
CPC/2015). No julgamento, tem precedência a matéria relativa à admissibilidade do
recurso, arguida em preliminar (art. 938 do CPC/2015). As questões preliminares ou
prejudiciais que tenham sido objeto de interlocutórias também impugnadas na apelação
ou em suas contrarrazões também precederão ao exame da impugnação contra o
julgamento de mérito contida na apelação (aplicação analógica dos arts. 938 e 946 do
CPC/2015). Sendo positivo o juízo de admissibilidade recursal, passará o tribunal ao exame
do mérito do recurso, ocasião em que todos os juízes deverão proferir seus votos (art. 939
do CPC/2015).
Envolvendo a causa relevante questão de direito, com grande repercussão social, mas
sem repetição em múltiplos processos, pode instaurar-se incidente de assunção de
competência, mecanismo de uniformização de jurisprudência, adiante examinado (cap.
35).
Na sessão de julgamento, após a leitura do relatório pelo relator, é permitida a
sustentação oral das razões de recurso, tanto pelo advogado do recorrente quanto pelo
advogado do recorrido e pelo Ministério Público (quando atuar como fiscal da lei), nessa
ordem, por quinze minutos cada (art. 937 do CPC/2015). Apresentando requerimento até o
dia que antecede a sessão de julgamento, o advogado que tiver domicílio profissional em
outra cidade poderá realizar a sustentação oral por meio de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real (art. 937, § 4.º, do
CPC/2015).
Em seguida, devem ser colhidos os votos dos julgadores, a começar pelo do relator. A
deliberação será tomada pelo voto de três julgadores, incluído o relator (art. 941, § 2.º, do
CPC/2015).
Se algum deles reputar que ainda não está em condições de votar, pode pedir vista do
processo, ou seja, suspender o julgamento e levar os autos consigo para poder estudar
melhor o caso. Porém, o Código estabelece parâmetros rigorosos para a vista do processo
pelo julgador, a fim de que tal providência não gere demora excessiva no julgamento do
recurso. O julgador que obtiver vista do processo tem o dever de devolvê-lo em dez dias,
ao término do qual o recurso é reincluído em pauta para que o julgamento prossiga na
primeira sessão seguinte à devolução (art. 940, caput, do CPC/2015). Se o julgador não
pedir prorrogação do prazo de vista (pelo prazo máximo de dez dias) nem devolver
tempestivamente os autos, o presidente do órgão julgador os requisitará, e o julgamento
será retomado na sessão ordinária subsequente, com publicação de pauta. Nesse caso, se o
magistrado que pediu vista não estiver preparado para votar, o substituto será convocado
para participar do julgamento em seu lugar, na forma do regimento interno (art. 940, § 2.º,
do CPC/2015).
Depois de terem sido tomados os votos dos membros da câmara, o presidente
anunciará publicamente o resultado do julgamento, determinando ao relator que se
incumba da redação do acórdão. Enquanto não for proclamado o resultado pelo
presidente, o voto poderá ser alterado, desde que não tenha sido proferido por julgador já
nesse momento afastado ou substituído (art. 942, § 2.º, do CPC/2015).
Se o relator tiver sido vencido no julgamento, o presidente designará outro juiz para a
redação do acórdão, que, a teor do que determina o art. 941, caput, do CPC/2015, deverá
ser o primeiro a proferir voto vencedor. O voto vencido deverá ser declarado,
considerando-se este parte integrante do acórdão, inclusive para fins de
prequestionamento (art. 941, § 3.º, do CPC/2015).
O art. 942, caput, do CPC/2015, prevê que: "Quando o resultado da apelação for não
unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de
outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento
interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado
inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas
razões perante os novos julgadores". Isso significa que, se o resultado da apelação estiver
sendo de dois votos em um sentido e um voto em outro, deverão ser chamados outros dois
julgadores para participar do julgamento - número esse que seria em tese suficiente para
inverter o resultado até então atingido. Nesse caso, as novas sustentações seguirão as
mesmas regras já acima referidas. O § 1.º prevê que, se for possível agregar ao quórum de
julgamento outros dois julgadores na própria sessão, isso será feito. Poder-se-ia supor que,
nessa hipótese, não caberiam novas sustentações. Mas nada garante que esses novos
julgadores tenham efetivamente acompanhado as sustentações antes feitas. Então, em
princípio, mesmo nesse caso, deve-se garantir a possibilidade de serem realizadas novas
sustentações.
Princípio do duplo grau de jurisdição
 
Objeto - Sentença
Arts. 203, § 1.º + 1.009
do CPC/2015
Qualquer tipo de
processo
Sincrético
Execução
Qualquer tipo de
procedimento
Comum
Especial
Jurisdição voluntária/contenciosa
Decisão
interlocutórianão
agravável
 Preliminar de apelação
  Contrarrazões (natureza
recursal)
Legitimidade
Sucumbente (parte vencida)
Terceiro prejudicado
Ministério Público
como parte; ou
como fiscal da lei
O que se denuncia
(sentença de mérito)
Erros de juízo - in judicando ou vícios de julgamento
(substitui-se a sentença)
Erros de procedimento - in procedendo ou vícios de
procedimento
(anula-se a sentença; volta-se ao 1.º grau)
Julgamento do mérito pelo tribunal, sem retorno do processo ao juízo de primeiro grau - Art.
1.013, §§ 3.º e 4.º, do CPC/2015
Interposição
· Prazo - 15 dias
· Dirigida ao órgão prolator
· Petição escrita: duas
manifestações
de interposição
+
razões
Juízo de retratação · Art. 331, caput, art. 332, § 3.º, e art. 485, § 7.º, do CPC/2015
Conteúdo
· Qualificação das partes - Art. 1.010, I, do CPC/2015
· Exposição de fato e de direito - Art. 1.010, II, do CPC/2015
· Razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade - Art.
1.010, III, do CPC/2015
· Pedido de nova decisão - Art. 1.010, IV, do CPC/2015
Efeitos
Obstar o trânsito em julgado - Art. 502 do CPC/2015
Suspensivo ope legis - Art. 1.012; exceções - § 1.º
Devolutivo - Art. 1.013 do CPC/2015
Procedimento
1.º grau
Pagamento do preparo - Art. 1.007 do CPC/2015
Vistas ao apelado - Art. 1.010, § 1.º, do CPC/2015
Apresentação das contrarrazões
Vistas ao apelante - Art. 1.009, §§ 1.º e 2.º, e art. 1.010, § 2.º, do
CPC/2015
Remessa ao tribunal, independentemente de juízo de
admissibilidade - Art. 1.010, § 3.º, do CPC/2015
Processamento
2.º grau
Registro e distribuição - Arts. 929 e 930 do CPC/2015
Juízo de adminissibilidade
Relator
Decisão monocrática - Art. 1.011, I,
c/c art. 932, III a V, do CPC/2015
Elaboração de voto e julgamento
colegiado - Art. 1.011, II, do CPC/2015
Sessão de julgamento - Marcada pelo Presidente da Câmara - Art.
934 do CPC/2015
Admissibilidade + mérito - Arts. 938 e 939 do CPC/2015
Sustentação oral - Arts. 936, I e 937 do CPC/2015
Publicação do julgamento pelo Presidente da Câmara - Art. 941 do
CPC/2015
Redação do acórdão - Art. 941 do CPC/2015
Não unanimidade - Técnica de julgamento do art. 942 do CPC/2015
Doutrina Complementar
·          Alexandre Flexa, Daniel Macedo e Fabrício Bastos (Novo..., p. 666) argumentam
que "como consequência da supressão do juízo de admissibilidade da apelação do
primeiro grau de jurisdição, a súmula impeditiva de recursos (art. 518, § 1.º, do CPC/1973)
não mais subsiste, passando a análise para o Tribunal. No CPC/2015, o óbice ao
processamento de recursos contrários à jurisprudência de tribunais superiores está
consagrado entre os poderes do relator, consoante o art. 932, IV, a, cuja redação foi
aprimorada na comparação com o art. 557, § 1.º-A, do CPC revogado. Neste sentido, a
apelação contrária à súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de
Justiça ou do próprio Tribunal, passa a fazer parte, no plano legislativo, do mérito do
recurso de apelação, o que levará ao seu improvimento, caso constatada a dissonância
com a jurisprudência dominante sumulada".
·          Alexandre Freitas Câmara (Comentários..., p. 1.486). O autor afirma que "no caso
de a impugnação à interlocutória se dar em sede de contrarrazões, o capítulo deste ato
destinado a atacar a decisão interlocutória terá natureza recursal, a ele se aplicando todas
as normas incidentes sobre os recursos (por exemplo, a que versa sobre a possibilidade de
desistência do recurso, que se 'extrai' do art. 998 [do CPC/2015]). Esta impugnação, ato de
natureza recursal, terá de ser fundamentada, sob pena de não conhecimento. Vários
exemplos poderiam ser aqui figurados. Pense-se na decisão que indefere requerimento de
redistribuição do ônus da prova, ou na decisão que indefere a produção de prova
testemunhal. Nesses casos, incabível o agravo de instrumento, o interessado em impugnar
o pronunciamento interlocutório terá o ônus de, na apelação que eventualmente
interponha, ou nas contrarrazões à apelação por outrem interposta, impugnar de forma
específica aquela decisão, sob pena de não poder ela ser objeto de reapreciação pela
instância superior".
·                  Humberto Theodoro Júnior (Curso..., 55. ed., vol. 1, p. 643) conceitua apelação
como "o recurso que se interpõe das sentenças dos juízes de primeiro grau de jurisdição
para levar a causa ao reexame dos tribunais de segundo grau, visando a obter uma
reforma total ou parcial da decisão impugnada, ou mesmo sua invalidação". Quanto aos
efeitos desse recurso, Theodoro Júnior afirma: "A apelação tem duplo efeito: o devolutivo e
o suspensivo". Quanto ao primeiro, esse autor entende que a apelação visa "obter um novo
pronunciamento sobre a causa, com reforma total ou parcial da sentença do juiz de
primeiro grau. As questões de fato e de direito tratadas no processo, sejam de natureza
substancial ou processual, voltam a ser conhecidas e examinadas pelo tribunal. A
apelação, no entanto, pode ser parcial ou total, conforme a impugnação atinja toda a
sentença ou apenas parte dela".
·                  José Carlos Barbosa Moreira (Onovoprocesso..., 29. ed., p. 131) entende ser a
apelação "o recurso cabível contra a sentença (art. 513 [art. 1.009 do CPC/2015]), isto é,
contra o ato pelo qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento de primeiro grau,
resolvendo ou não o mérito (art. 162, § 1.º [art. 203, § 1.º, do CPC/2015], combinado com os
arts. 267 e 269 [arts. 485 e 487 do CPC/2015]), ou à execução (art. 795 [art. 925 do
CPC/2015]). (...) Tampouco se distingue, a este respeito, entre processos principais e
acessórios, ou entre os procedimentos ditos de jurisdição contenciosa e os habitualmente
chamados de jurisdição voluntária (...). Nada importa o valor da causa. (...) As razões de
apelação ('fundamentos de fato e de direito'), que podem constar da própria petição ou ser
oferecidas em peça anexa, compreendem, como é intuitivo, a indicação dos errores in
procedendo, ou in iudicando, ou de ambas as espécies, que ao ver do apelante viciam a
sentença, e a exposição dos motivos por que assim se hão de considerar. Se o apelante
suscita, em sendo possível (art. 517 [art. 1.014 do CPC/2015]), novas questões de fato, cabe-
lhe demonstrar que a decisão apelada se revela injusta à luz dos elementos agora trazidos
aos autos, conquanto pudesse estar em harmonia com o material que o juiz a quo
apreciou. Fora desse caso particular, admite-se que esteja satisfeito o requisito da
fundamentação se o apelante se reporta, sem reproduzi-los por extenso, aos argumentos
utilizados em ato postulatório do procedimento de primeiro grau". Quanto aos efeitos
desse tipo de recurso, Barbosa Moreira afirma o seguinte: "A interposição da apelação
(desde que admissível) obsta naturalmente ao trânsito em julgado da sentença
impugnada. Ademais, produz, em regra, o efeito suspensivo, com ressalva das hipóteses
excepcionais previstas em termos expressos no próprio Código de Processo Civil ou em lei
extravagante. (...) O efeito devolutivo da apelação abrange, quanto à extensão, a 'matéria
impugnada': tantum devolutum quantum appellatum".
·                  Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero(Novo
Código..., p. 944) afirmam que "nos casos de extinção do processo sem resolução de mérito
(arts. 485 e 1.013, § 3.º, do CPC/2015) e nos casos em que a sentença não resolveu o mérito
da causa em toda a sua extensão (como ocorre, por exemplo, quando há o acolhimento de
alegação de prescrição ou decadência, (...) o tribunal, conhecendo da apelação, poderá
julgar desde logo o mérito, se a causa estiver em condições de imediato julgamento. A
aplicação do art. 1.013, § 3.º, do CPC/2015, independe de requerimento da parte (STJ, 1.ª T.,
REsp 819.165/ES, rel. Min. Luiz Fux, j. 19.06.2007, DJ 09.08.2007, p. 320). O art. 1.013, § 3.º,
doCPC/2015, autoriza que o tribunal julgue desde logo a causa - ainda que a partir de
matéria não apreciada em primeiro grau - desde que as partes não tenham nada mais a
alegar ou provar. Vale dizer: as causas que admitem a aplicação do art. 1.013, § 3.º,
CPC/2015, são as causas maduras: os seus incisos são apenas exemplos. Causa madura é
aquela cujo processo já se encontra com todas as alegações necessárias feitas e todas as
provas admissíveis colhidas. Assim, o que realmente interessa para aplicação do art. 1.013,
§ 3.º, CPC/2015, é que a causa comporte imediato julgamento pelo tribunal - por já se
encontrar devidamente instruída. Estando madura a causa - observada a necessidade de
um processo justo no seu amadurecimento (art. 5.º, LIV, CF/1988) - nada obsta que o
tribunal, conhecendo da apelação, avance sobre questões não versadas na sentença para
resolvê-la no mérito".
·                  Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery (Comentários..., p. 2056)
ponderam que "não existe mais competência diferida do juízo de origem para proferir
juízo de admissibilidade do recurso de apelação. Referida competência era diferida
porque a competência definitiva sobre admissibilidade de apelação sempre foi do tribunal
ad quem. No sistema do Código, em razão da ênfase dada à tramitação rápida do processo,
o recurso de apelação tem seus requisitos de admissibilidade verificados apenas no
Tribunal - e é importante notar que a apreciação dos requisitos de admissibilidade de um
recurso está centrado, de modo geral, na pessoa do relator (v. art. 932, III, do CPC/2015).
Isto faz com que se elimine a necessidade de um recurso específico para decisão do juiz de
primeira instância contra a inadmissão da apelação, sendo a questão solucionada
diretamente no próprio Tribunal, por meio de decisão monocrática do relator (art. 932 do
CPC/2015), impugnável por agravo interno (art. 1.021 do CPC/2015)".
·          Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da
Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello (Primeiros..., p. 1440), explicam que "este
dispositivo [§ 3.º do art. 1.009 do CPC/2015] significa que caberá apelação da sentença,
mesmo quando nesta houver um capítulo com decisão impugnável pela via do agravo de
instrumento. Isto significa, por exemplo, que se o juiz tiver concedido ou cassado tutela
provisória na própria sentença, desta caberá apelação, que abrangerá, também, o capítulo
de que consta esta decisão. A dúvida sobre se devem ser utilizados os dois recursos, ou um
só, pode existir à luz do CPC em vigor [1973] e o NCPC a resolve com clareza".
Enunciados do FPPC
N. 7. (Art. 85, § 18; art. 1.013, § 3.º, III, CPC/2015) O pedido, quando omitido em decisão
judicial transitada em julgado, pode ser objeto de ação autônoma.
N. 8. (Art. 85, § 18; art. 1.013, § 3.º, III, CPC/2015) Fica superado o enunciado 453 da
súmula do STJ após a entrada em vigor do CPC ("Os honorários sucumbenciais, quando
omitidos em decisão transitada em julgado, não podem ser cobrados em execução ou em
ação própria").
N. 19. (Art. 190, CPC/2015) São admissíveis os seguintes negócios processuais, dentre
outros: pacto de impenhorabilidade, acordo de ampliação de prazos das partes de
qualquer natureza, acordo de rateio de despesas processuais, dispensa consensual de
assistente técnico, acordo para retirar o efeito suspensivo de recurso, acordo para não
promover execução provisória; pacto de mediação ou conciliação extrajudicial prévia
obrigatória, inclusive com a correlata previsão de exclusão da audiência de conciliação ou
de mediação prevista no art. 334; pacto de exclusão contratual da audiência de conciliação
ou de mediação prevista no art. 334; pacto de disponibilização prévia de documentação
(pacto de disclosure), inclusive com estipulação de sanção negocial, sem prejuízo de
medidas coercitivas, mandamentais, sub-rogatórias ou indutivas; previsão de meios
alternativos de comunicação das partes entre si; acordo de produção antecipada de prova;
a escolha consensual de depositário-administrador no caso do art. 866; convenção que
permita a presença da parte contrária no decorrer da colheita de depoimento pessoal.
N. 82. (Art. 932, parágrafo único; art. 938, § 1.º, CPC/2015) É dever do relator, e não
faculdade, conceder o prazo ao recorrente para sanar o vício ou complementar a
documentação exigível, antes de inadmitir qualquer recurso, inclusive os excepcionais.
N. 84. (Art. 935, CPC/2015) A ausência de publicação da pauta gera nulidade do acórdão
que decidiu o recurso, ainda que não haja previsão de sustentação oral, ressalvada,
apenas, a hipótese da primeira parte do § 1.º do art. 1.024, na qual a publicação da pauta é
dispensável.
N. 96. (Art. 1.003, § 4.º, CPC/2015) Fica superado o enunciado 216 da súmula do STJ após
a entrada em vigor do CPC ("A tempestividade de recurso interposto no Superior Tribunal
de Justiça é aferida pelo registro no protocolo da Secretaria e não pela data da entrega na
agência do correio").
N. 97. (Art. 1.007, § 4.º, CPC/2015) É de cinco dias o prazo para efetuar o preparo.
N. 99. (Art. 1.010, § 3.º, CPC/2015) O órgão a quo não fará juízo de admissibilidade da
apelação.
N. 102. (Art. 1.013, § 1.º; art. 326, CPC/2015) O pedido subsidiário (art. 326) não
apreciado pelo juiz - que acolheu o pedido principal - é devolvido ao tribunal com a
apelação interposta pelo réu.
N. 159. (Art. 485, § 7.º, CPC/2015) No processo do trabalho, o juiz pode retratar-se no
prazo de cinco dias, após a interposição do recurso contra sentença que extingue o
processo sem resolução do mérito.
N. 198. (Art. 935, CPC/2015) Identificada a ausência ou a irregularidade de publicação
da pauta, antes de encerrado o julgamento, incumbe ao órgão julgador determinar sua
correção, procedendo a nova publicação.
N. 207. (Art. 988, I; art. 1.010, § 3.º; art. 1.027, II, b, CPC/2015) Cabe reclamação, por
usurpação da competência do tribunal de justiça ou tribunal regional federal, contra a
decisão de juiz de 1.º grau que inadmitir recurso de apelação.
N. 217. (Art. 1.012, § 1.º, V; art. 311, CPC/2015) A apelação contra o capítulo da sentença
que concede, confirma ou revoga a tutela provisória da evidência ou de urgência não terá
efeito suspensivo automático.
N. 243. (Art. 85, § 11, CPC/2015) No caso de provimento do recurso de apelação, o
tribunal redistribuirá os honorários fixados em primeiro grau e arbitrará os honorários de
sucumbência recursal.
N. 291. (Art. 321, CPC/2015) Aplicam-se ao procedimento do mandado de segurança os
arts. 331 e parágrafos e 332, § 3.º do CPC.
N. 293. (Art. 331; art. 332, § 3.º; art. 1.010, § 3.º, CPC/2015) Se considerar intempestiva a
apelação contra sentença que indefere a petição inicial ou julga liminarmente
improcedente o pedido, não pode o juízo a quo retratar-se.
N. 332. (Art. 15; art. 938, § 1.º, CPC/2015) Considera-se vício sanável, tipificado no art.
938, § 1.º, a apresentação da procuração e da guia de custas ou depósito recursal em cópia,
cumprindo ao relator assinalar prazo para a parte renovar o ato processual com a juntada
dos originais.
N. 333. (Art. 15; art. 938, § 1.º, CPC/2015) Em se tratando de guia de custas e depósito
recursal inseridos no sistema eletrônico, estando o arquivo corrompido, impedido de ser
executado ou de ser lido, deverá o relator assegurar a possibilidade de sanar o vício, nos
termos do art. 938, § 1.º.
N. 353. (Art. 15; art. 1.007, § 7.º, CPC/2015) No processo do trabalho, o equívoco no
preenchimento da guia de custas ou de depósito recursal não implicará a aplicação da
pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento,
intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de cinco dias.
N. 354. (Art. 1.009, § 1.º; art. 1.046, CPC/2015) O art. 1.009, § 1.º, não se aplica às
decisões publicadas em cartório ou disponibilizadas nos autos eletrônicos antes da
entrada emvigor do CPC.
N. 355. (Art. 1.009, § 1.º; art. 1.046, CPC/2015) Se, no mesmo processo, houver questões
resolvidas na fase de conhecimento em relação às quais foi interposto agravo retido na
vigência do CPC/1973, e questões resolvidas na fase de conhecimento em relação às quais
não se operou a preclusão por força do art. 1.009, § 1.º, do CPC, aplicar-se-á ao recurso de
apelação o art. 523, § 1.º, do CPC/1973 em relação àquelas, e o art. 1.009, § 1.º, do CPC em
relação a essas.
N. 356. (Art. 1.010, § 3.º; Art. 1.046, CPC/2015) Aplica-se a regra do art. 1.010, § 3.º, às
apelações pendentes de admissibilidade ao tempo da entrada em vigor do CPC, de modo
que o exame da admissibilidade destes recursos competirá ao Tribunal de 2.º grau.
N. 508. (Art. 332, § 3.º, CPC/2015; Lei 9.099/1995; Lei 10.259/2001; Lei 12.153/2009)
Interposto recurso inominado contra sentença que julga liminarmente improcedente o
pedido, o juiz pode retratar-se em cinco dias.
N. 520. (Art. 485, § 7.º, CPC/2015; Lei 9.099/1995; Lei 12.153/2009) Interposto recurso
inominado contra sentença sem resolução de mérito, o juiz pode se retratar em cinco dias.
N. 551. (Art. 932, parágrafo único; art. 6.º; art. 10; art. 1.003, § 6.º, CPC/2015) Cabe ao
relator, antes de não conhecer do recurso por intempestividade, conceder o prazo de cinco
dias úteis para que o recorrente prove qualquer causa de prorrogação, suspensão ou
interrupção do prazo recursal a justificar a tempestividade do recurso.
N. 559. (Art. 995; art. 1.009, §1º; art. 1.012, CPC/2015) O efeito suspensivo ope legis do
recurso de apelação não obsta a eficácia das decisões interlocutórias nele impugnadas.
Bibliografia
Fundamental
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é inédito. O que mudou. O que foi suprimido, Salvador: JusPodivm, 2015; Antonio do Passo
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Forense, 2015; Humberto Theodoro Júnior, Cursodedireitoprocessualcivil, 47. ed., Rio de
Janeiro: Forense, 2007, vol. 1; José Carlos Barbosa Moreira, Onovoprocessocivilbrasileiro,
25. ed., Rio de Janeiro: Forense, 2007; Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e
Daniel Mitidiero, Novo código de processo civil comentado, São Paulo: Ed. RT, 2015; Nelson
Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery, Comentários ao código de processo civil, São Paulo:
Ed. RT, 2015; Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres
da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello, Primeiros comentários ao novo código
de processo civil: artigo por artigo, São Paulo: Ed. RT, 2015.
Complementar
Ada Pellegrini Grinover, Julgamento extrapetita. Extensão do efeito devolutivo da
apelação e proibição da reformatioinpejus. Profundidade da devolução: vinculação à
causapetendi. Da renovação da ação cautelar, perante o fumusboniiuris superveniente,
Oprocessoemevolução, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995; Alcides de Mendonça
Lima, Efeito da apelação na jurisdição voluntária, Ajuris 29/178; Alcides Munhoz da
Cunha, Sentenças interlocutórias desafiando apelação, RePro 185/211; Alexandre de
Freitas Câmara, Lições de direito processual civil, 14. ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007,
vol. 2; Alfredo de Araújo Lopes da Costa, Manualelementardedireitoprocessualcivil, 3. ed.,
atual. Sálvio de Figueiredo Teixeira, Rio de Janeiro: Forense, 1982; Amir José Finocchiaro
Sarti, As omissões da sentença e o efeito devolutivo da apelação,
Aspectospolêmicoseatuaisdosrecursos, São Paulo: Ed. RT, 2000; Antônio Carlos de Araújo
Cintra, Apontamentos sobre os fatos da causa e a apelação, Meios de impugnação ao
julgado civil: estudos em homenagem a José Carlos Barbosa Moreira, Rio de Janeiro:
Forense, 2007; Antonio Carlos Marcato, A sentença dos embargos ao mandado monitório e
o efeito suspensivo da apelação, Aspectospolêmicoseatuaisdosrecursos, São Paulo: Ed. RT,
2000; Antonio Cezar Lima da Fonseca, Breves anotações sobre a nova lei recursal: Lei
11.276/2006, RePro 137/139; Antonio Janyr Dall'agnol Jr., Admissão do recurso de apelação
e súmulas (exegese do art. 518, § 1.º, do CPC), RA 85/181; Araken de Assis, Manual dos
recursos, São Paulo: Ed. RT, 2007; Artur Orlando de Albuquerque da Costa Lins, A extensão
do efeito devolutivo da apelação e o art. 515, § 3.º, do Código de Processo Civil, Dialética,
25/15; Átila de Andrade Pádua, Réquiem para a recorribilidade, RePro 238/127; Caetano
Lagrasta Neto, Anotações sobre as mais recentes alterações no Código de Processo Civil, RT
801/44; Cândido Rangel Dinamarco, Areformadareforma, São Paulo: Malheiros, 2002; _____,
AreformadoCódigodeProcessoCivil, 4. ed., São Paulo: Malheiros, 1998; _____, Honorários de
advogado em apelação, RT 612/7; Claudio Cintra Zarif, Dos efeitos da apelação nas
sentenças que julgam ações conexas, Aspectos polêmicos e atuais dos recursos cíveis de
acordo com a Lei 10.352/2001, São Paulo: Ed. RT, 2002, vol. 5; Claudio Manoel Alves, A
apelação adesiva, RCDUFU 13/65; Clayton Maranhão e Rogério Rudiniki Neto,
Fundamentos e perfis do efeito devolutivo do recurso de apelação, RePro 239/151; Daniel
Roberto Hertzel, Perspectivas do direito processual civil brasileiro, RDDP 42/20; Denis
Donoso, Súmula impeditiva de recursos, constitucionalidade, juízo de adminissibilidade
recursal, cabimento, recorribilidade e outras questões polêmicas sobre o novo art. 518, §
1.º do CPC, RDDP 47/32; Eduardo Cambi, Efeito devolutivo da apelação e duplo grau de
jurisdição, GenesisProc 22/672; _____, Mudando os rumos da apelação: comentários sobre a
inclusão pela Lei 10.352/2001, do inciso III do art. 515 do CPC, Aspectos polêmicos e atuais
dos recursos e de outras formas de impugnação às decisões judiciais, São Paulo: Ed. RT,
2002, vol. 6; Eduardo de Albuquerque Parente, A súmula impeditiva dos recursos e o
sistema de precedentes, Reflexões sobre a Reforma do Código de Processo Civil - Estudos em
homenagem a Ada Pellegrini Grinover, Cândido R. Dinamarco e Kazuo Watanabe, Coord.
Carlos Alberto Carmona, São Paulo: Atlas, 2007; Elísio de Assis Costa, Ação quantiminoris:
caso de não cabimento. Aplicação do art. 1.136 do CC. Preferência da ação exempto.
Cabimento de reconvenção: CPC, art. 315, RePro 109/273; Ellen Gracie Northfleet,
Suspensão de sentença e de liminar, RePro 97/183; Ernane Fidélis dos Santos,
Novosperfisdoprocessocivilbrasileiro, Belo Horizonte: Del Rey, 1996; Fabiano Carvalho,
Julgamento unipessoal do mérito da causa por meio da apelação: interpretação dos arts.
557 e 515, § 3.º, ambos do CPC, RePro 144/113; Fátima Cristina Lopes, O art. 515, § 3.º, do
CPC e o duplo grau de jurisdição, RePro 170/161; Fernando César Zeni, Deferimento do
pedido de tutela antecipatória na sentença. Novas considerações,
Aspectospolêmicoseatuaisdosrecursoscíveisedeoutrasformasdeimpugnaçãoàsdecisõesjudiciais,
São Paulo: Ed. RT, 2001; Fernando Marques de Campos e Gledson Marques de Campos, O
novo art. 518 do CPC e a polêmica em torno da súmula impeditiva de recursos - Lei 11.276,
RDDP 49/45; Flávio Cheim Jorge, Apelaçãocível, 2. ed., São Paulo: Ed. RT, 2002; Francisco C.
Pontes de Miranda, ComentáriosaoCódigodeProcessoCivil, 3. ed., Rio de Janeiro: Forense,
1999, t. VII; Frederico Augusto Leopoldino Koehler, Breve análise sobre alguns aspectos
polêmicos da sentença liminar de improcedência (art. 285-A do CPC), RDDP 41/70; Fredie
Didier Jr. e Leonardo Carneiro da Cunha, Curso de direito processual civil: meios de
impugnação às decisões judiciais e processo nos tribunais, 4. ed., Salvador: JusPodivm,
impugnação às decisões judiciais e processo nos tribunais, 4. ed., Salvador: JusPodivm,
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na pendência de apelação da sentença de improcedência de embargos do devedor, RePro
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proferida e os limites da apelação interposta contra ela, RDDP 46/46; Gleydson Kleber
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Aspectospolêmicoseatuaisdosrecursos, São Paulo: Ed. RT, 2000; _____, Correção de nulidade
processual e produção de prova em sede de apelação, RePro 145/173; _____, Efeito
devolutivo do recurso de apelação em face do novo inciso III do art. 515 do CPC, Aspectos
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Rejeição dos embargos do devedor. Relevância do recurso de apelação. Perigo de dano de
difícil reparação. Atribuição de efeito suspensivo ao recurso, GenesisProc 10/795; _____,
Inovações da Lei 10.352, de 26.12.2001, em matéria de recursos cíveis e duplo grau de
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instrumento, CJ 14/62; J. J. Calmon de Passos, InovaçõesnoCódigodeProcessoCivil, Rio de
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mérito, apesar de o primeiro grau não o ter feito, RePro 77/273; _____,
Aspectospolêmicosepráticosdareformaprocessualcivil (comentários e quadros dos novos
dispositivos com resumo das principais questões, artigo por artigo), Rio de Janeiro:
Forense, 2002.
© desta edição [2016]
Forense, 2002.

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