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2017 - 07 - 18 Curso Avançado de Processo Civil - Volume 2 - Edição 2016 SEXTA PARTE - RECURSOS CAPÍTULO 25. AGRAVO DE INSTRUMENTO Capítulo 25. AGRAVO DE INSTRUMENTO 25.1. Noções gerais - Cabimento O agravo de instrumento é o recurso cabível, em primeiro grau de jurisdição, contra específicas decisões interlocutórias previstas em lei. Como visto, decisão interlocutória é todo pronunciamento com conteúdo decisório proferido no curso do procedimento, que não encerra a fase cognitiva nem o processo de execução. É um conceito atingido por exclusão: se o pronunciamento decisório encerra a fase cognitiva ou a execução, tem-se sentença; se não encerra a fase cognitiva nem a execução, mas não tem conteúdo decisório, é despacho de mero expediente. Todo o resto é decisão interlocutória (v. vol. 1, n. 26.8). Mas não é toda decisão interlocutória que pode ser objeto de agravo de instrumento. O CPC/2015 alterou a diretriz antes estabelecida, de recorribilidade ampla e imediata das interlocutórias na fase de conhecimento. Em princípio, se a parte pretende impugnar uma decisão interlocutória nessa fase, deverá aguardar a prolação da sentença, para então formular sua insurgência. Nesse sentido, em regra, as decisões interlocutórias são irrecorríveis de modo autônomo e imediato. O art. 1.015 do CPC/2015 veicula um elenco de decisões interlocutórias que comportam agravo de instrumento. As hipóteses de cabimento são taxativas, embora não estejam todas elas contidas nesse dispositivo. O inc. XIII do art. 1.015 remete ainda a "outros casos expressamente referidos em lei". As principais hipóteses de cabimento são as seguintes: a) decisões sobre tutela provisória (art. 1.015, I). A disposição refere-se a todas as modalidades de tutela de evidência e de urgência. Entre as de urgência, aplica-se às cautelares e às antecipatórias; às antecedentes e às incidentais (v. cap. 42, adiante). Aplica- se igualmente às previsões de tutela provisória contidas em incidentes ou procedimentos especiais, disciplinados no Código ou fora dele - e ainda que não recebam essa expressa denominação. Importa é a natureza da providência sobre a qual a decisão se refere. Tratando-se de decisão interlocutória a respeito de providência revestida das características da tutela provisória, ela é agravável. E o recurso é igualmente cabível contra a decisão que defere e a que indefere a tutela provisória. O motivo pela qual tais decisões são agraváveis é evidente: de nada adiantaria só no final da fase cognitiva, depois de já proferida a sentença, vir se decidir que, muito antes, uma medida urgente ou fundada na evidência deveria ou não deveria ter sido dada (p. ex.: não faria sentido, apenas no julgamento da apelação, o tribunal dizer: "há três anos, o autor deveria ter recebido uma tutela antecipada que lhe assegurasse um tratamento médico que poderia ter-lhe salvo a vida"...). É inerente à tutela provisória a necessidade de uma definição imediata do seu cabimento; b) decisões sobre o mérito do processo (arts. 1.015, II, 354, parágrafo único, e 356, § 5.º). Como visto (n. 12.5), admitem-se decisões interlocutórias de mérito (art. 354, parágrafo único, no que concerne aos casos dos arts. 487, II e III, e 356). Nesses casos, até para se permitir o trânsito em julgado autônomo dessa decisão (art. 356, § 3.º), e assim se conferir efetiva utilidade à resolução parcial do mérito, não se poderia atrelar a sua recorribilidade ao recurso contra a decisão final. Mas o agravo cabe não apenas quando a interlocutória de mérito, desde logo, resolve uma parte do objeto do processo. Há casos em que a decisão versa sobre o mérito, mas se limita a descartar a ocorrência de um fato impeditivo ou extintivo do direito do autor, sem ainda definir nenhuma parcela da lide. É o que acontece, por exemplo, quando no saneamento do processo o juiz rejeita a ocorrência de prescrição ou decadência e determina a produção de provas. O agravo, em todos os casos em que seu objeto é uma decisão sobre o mérito, reveste-se de peculiaridades. Como ele impugna uma decisão cujo conteúdo corresponde àquele que tipicamente se tem nas sentenças de mérito, ele "herda" algumas das características da apelação (p. ex., se a decisão não for unânime, é aplicável a técnica de extensão do julgamento prevista no art. 942; cabe sustentação oral na sessão de seu julgamento etc.); c) decisão de rejeição da alegação de existência de convenção de arbitragem. Reconhecendo a crescente importância que a arbitragem assume no sistema de resolução de conflitos, o Código prevê que a decisão que nega a existência, validade ou eficácia de uma convenção arbitral e leva adiante o processo judiciário é imediatamente recorrível. Seria um despropósito o processo judicial persistir por vários meses ou mesmo anos, para só depois o tribunal vir a reconhecer que a atuação judiciária é incabível e que a causa tem de ser remetida à solução arbitral. Note-se que a decisão que acolhe a arguição de convenção arbitral é também prontamente recorrível: como ela extingue a fase cognitiva do processo, é sentença, apelável; d) decisão do incidente de desconsideração da personalidade jurídica (art. 1.015, IV). Tal modalidade de intervenção provocada de terceiro foi estudada no vol. 1 (n. 19.8). A rigor, essa seria uma previsão desnecessária, em face daquela outra prevista no inc. IX do art. 1.015, que prevê o cabimento de agravo em qualquer hipótese de admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros. É disso que se trata, afinal, a decisão do incidente de desconsideração. Mas há uma razão que talvez explique a preocupação do legislador em destacar essa hipótese. Durante o incidente, o sujeito trazido para o processo tem o direito de participar ativamente. Mas, uma vez deferido o pedido de desconsideração, ele se torna transparente dentro da relação processual. Não tem uma posição própria. Ele passa a ser tratado como que se fosse a própria parte originária. O seu patrimônio será considerado como uma extensão do patrimônio da parte (a sociedade em relação ao sócio; o sócio em relação à sociedade). Então, subsequentemente, nem lhe será dada a oportunidade de participar ativamente do processo (v. vol. 1, n. 19.8.4). Afinal, está se considerando que ele outra coisa não é que uma extensão da parte originária - cabendo a essa desempenhar as posições jurídicas inerentes à relação processual. Isso é bem diferente do que se passa com o denunciado e o chamado ao processo, por exemplo, que ocupam, no processo, inclusive depois de deferida sua intervenção, a condição de sujeitos investidos de toda a gama de direitos processuais (tornam-se partes, inclusive). Já o destaque para o cabimento do agravo contra a decisão que indefere a desconsideração, que também já estaria abrangido pela regra do art. 1.015, IX, considera a circunstância de que a indevida postergação de uma desconsideração que é devida tende a gerar graves danos para a parte prejudicada pelo uso abusivo ou fraudulento do instituto da pessoa jurídica; e) rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação (art. 1.015, V). Nesse caso, a recorribilidade imediata não é simétrica. Apenas a parte que teve a gratuidade de justiça indeferida ou revogada é que pode recorrer. Não cabe agravo contra a decisão de deferimento ou de manutenção da gratuidade. Toma-se em conta a relevância da garantia constitucional da assistência jurídica integral (CF/1988, art. 5.º, LXXIV - vol. 1, n. 3.15); f) decisão no incidente de exibição ou posse de documento ou coisa (art. 1.015, VI). Quando o pedido de exibição é formulado contra um terceiro, há verdadeira ação incidental, de modo que a hipótese já estaria enquadrada naquela mais ampla do inc. II do art. 1.015 (interlocutória sobre o mérito de uma ação - v. n. 19.3.12). Já quando o incidente envolve as próprias partes originárias do processo, a recorribilidade extrai-se unicamente da disposiçãoora comentada. Mesmo entre as partes, reputou-se que não seria razoável postergar para o final do processo a definição da utilização de um documento, indeferida em um primeiro momento, ou a determinação, sob as penas da lei, de exibição de um documento eventualmente inexistente ou a respeito do qual se deveria guardar sigilo. Não deixa de ser, de qualquer modo, uma escolha do legislador, pois outras hipóteses similares, relativas a outros meios de prova, não foram contempladas com tal recorribilidade; g) decisão de exclusão de litisconsorte (art. 1.015, VII). Ao se excluir um litisconsorte do processo, nega-se a resolução do mérito (art. 485, VI) relativamente à pretensão externada por ele ou contra ele. A hipótese constitui um caso especial de negativa parcial de resolução do mérito, já agravável por força do art. 354, parágrafo único (v. adiante). É mais um caso, portanto, de reiteração didática de recorribilidade; h) rejeição do pedido de limitação de litisconsórcio (art. 1.015, VIII). Justifica-se o cabimento do agravo nessa hipótese - não extraível de nenhuma outra regra geral - porque não se justificaria apenas muito tempo depois, já na apelação, reconhecer-se que não deveria ter havido um litisconsórcio com a amplitude que se teve no caso, por ser prejudicial ao exercício da defesa. Eis mais uma questão que demanda resolução imediata, sob pena de inocuidade do que se decidisse apenas depois ou de nulidade de todo o processo, por cerceamento de defesa; i) admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros (art. 1.015, IX). A inclusão do terceiro no processo em curso ou a negativa de seu ingresso são também questões que necessitam de pronta definição. O tardio reconhecimento de que alguém, que participou do processo, dele não deveria participar gera graves prejuízos a esse sujeito e ao próprio andamento do processo como um todo. Do mesmo modo, a constatação apenas posterior à sentença de que um terceiro, que não participou do processo, deveria ter dele participado ou seria inócua ou geraria a repetição de todo o processo, com a participação desse terceiro (em regra, não haverá como ele ingressar apenas na fase recursal, assumindo o processo no estado em que se encontre). Excetua-se da autorização contida nessa norma a decisão que defere ou indefere a intervenção de amicus curiae. Embora se tenha na hipótese uma intervenção de terceiro, pela sistemática adotada pelo Código, o art. 138, caput, exclui expressamente o recurso nessa hipótese; j) concessão, modificação ou revogação de efeito suspensivo em embargos de execução (art. 1.015, X). Como se verá oportunamente, a atribuição pelo juiz de efeito suspensivo aos embargos, uma vez constatado o perigo de danos graves e a plausibilidade dos fundamentos da medida, é uma modalidade de tutela provisória urgente. Assim, a disposição é didática, de mera explicitação. O caso já se enquadraria no art. 1.015, I, aplicando-se-lhe as razões apresentadas para aquela hipótese; k) redistribuição do ônus da prova (art. 1.015, XI). Eis outra matéria que depende de rápida definição. Se apenas muito depois, na apelação, a questão pudesse ser revista, de duas uma: ou a parte sucumbente na questão seria surpreendida e gravemente prejudicada por uma redistribuição feita retroativamente, ou haveria a necessidade de repetição de todo o processo, desde o início da instrução probatória (v. n. 13.4.8.6); l) decisões interlocutórias proferidas nas fases de liquidação e de cumprimento de sentença e no processo de execução (art. 1.015, parágrafo único). No procedimento executivo, desenvolva-se ele no processo de execução ou na fase de cumprimento de sentença, não há a perspectiva de uma sentença final apelável. No processo de conhecimento, a tutela jurisdicional é prestada prioritariamente pela sentença, que, em circunstâncias normais, deve definir quem tem razão. Logo, normalmente há a perspectiva de a parte total ou parcialmente derrotada apelar dessa sentença. Já na execução, a tutela jurisdicional é prestada por atos materiais, de satisfação prática do direito do exequente. A sentença final, quando há (pois não é incomum o processo ficar indefinidamente suspenso, pela falta de patrimônio penhorável - art. 921, III e §§ 2.º e 3.º), é meramente processual. Presta-se a declarar o fim da atividade executiva. Por isso, é muito incomum que alguma das partes tenha específico interesse jurídico para dela apelar. Então, subordinar o reexame das questões interlocutórias ao momento da apelação, nesse caso, seria despropositado. Some-se a isso o fato de que muitas vezes a decisão interlocutória, na execução, tem a aptidão de gerar prejuízos graves e de difícil reparação, seja para o credor, seja para o devedor. Tudo isso justifica o cabimento generalizado de agravo de instrumento contra as interlocutórias no processo executivo e no cumprimento de sentença. Mas essa ordem de argumentos não explica por que as interlocutórias na fase de liquidação também merecem ser todas imediatamente recorríveis. Afinal, a fase liquidatória constitui atividade cognitiva, tendente a uma decisão final de mérito. Seria razoável aplicar-lhe os mesmos parâmetros de recorribilidade das interlocutórias adotados na fase de conhecimento. Nem se diga que a diferença está no fato de que a decisão final de mérito na liquidação é veiculada ela mesma em decisão interlocutória, de modo que não existiria uma apelação na qual poderiam ser reexaminadas as anteriores interlocutórias. Diante disso, bastaria uma regra especial, determinando que as interlocutórias proferidas no curso da fase liquidatória deveriam ser suscitadas como preliminares do julgamento do agravo cabível contra a decisão final de liquidação. Ou seja, esse agravo cumpriria o papel que cumpre a apelação na fase cognitiva. Mas não foi esse o regime adotado. Então, todas as interlocutórias na fase de liquidação (e podem ser muitas) são recorríveis; m) no processo de inventário (art. 1.015, parágrafo único, parte final). As razões que justificam a recorribilidade ampla das interlocutórias no inventário são análogas às que se põem para a execução. Muitas vezes, as questões de nuclear relevância para os interessados são decididas antes, no curso do processo. A sentença final, frequentemente, apenas retrata um conjunto de deliberações já antes tomadas; n) outras situações expressamente previstas em lei (art. 1.015, XIII). Exemplos: a decisão do juízo de primeiro grau que resolve requerimento de prosseguimento de processo sobrestado, em que a parte procura demonstrar que o objeto nele tratado distingue-se da questão de direito que será submetida a julgamento pelo regime dos recursos repetitivos (art. 1.037, § 13, I); a decisão que nega parcialmente a possibilidade de resolução do mérito da causa (art. 354, parágrafo único; no que tange aos casos do art. 485) etc. Portanto, existem inúmeras questões resolvidas na fase cognitiva, mediante interlocutória, que não comportam agravo de instrumento (pois não estão elencadas no rol do art. 1.015, nem há qualquer outra previsão legal expressa). Tais situações não são acobertadas pela preclusão, podendo ser suscitadas em preliminar de apelação ou nas contrarrazões (art. 1.009, § 1.º). Veja-se o cap. 24, acima. Inclusive, há inúmeras hipóteses de interlocutórias que foram submetidas à regra geral da irrecorribilidade imediata, mas relativamente às quais se punham razões análogas às que justificaram o cabimento do agravo nos casos do art. 1.015 e de outras regras esparsas. Ou seja, são situações para as quais também teria sido plenamente justificável - e conveniente - o cabimento do agravo (ex.: decisão que nega eficácia a um negócio jurídico processual; decisão que rejeita ou acolhe arguição de incompetência absoluta ou relativa; decisão que defere provas...). Na doutrina, já houve quem defendesse a aplicação extensiva das regras do art. 1.015 a esses casos. Mas não parece ser essa a soluçãoadequada. Por mais criticável que sejam algumas das hipóteses "esquecidas" pelo legislador, não é dado ao intérprete flexibilizar um critério de cabimento que se pretendeu verdadeiramente restritivo. Havendo situação geradora do risco de graves danos derivada de decisão interlocutória para a qual a lei não preveja o cabimento do agravo de instrumento, poderá a parte ajuizar mandado de segurança. Ainda que esses casos sejam absolutamente excepcionais, o emprego do mandado de segurança nada de tem de "anômalo". Não tem como ser negado, dada a natureza constitucional dessa garantia. A simples consideração da norma constitucional consagradora do mandado de segurança já daria respaldo para essa conclusão (art. 5.º, LXIX, da CF/1988). Mas não bastasse isso, a regulamentação infraconstitucional dessa garantia (que jamais poderia reduzi-la), confirma tal orientação. Nos termos do art. 5.º, II, da Lei 12.016/2009, apenas não cabe o mandado de segurança contra ato judicial quando esse for passível de recurso dotado de efeito suspensivo. Nessa hipótese, o emprego do recurso é algo mais simples e eficaz - e implica a falta de interesse processual para o mandado de segurança. Nos casos em exame, a interlocutória é irrecorrível. Nem cabe dizer que ela é "recorrível", mas de modo postergado. Quando se fala em "irrecorribilidade" ou "recorribilidade" de uma decisão interlocutória, tem-se em vista a (im)possibilidade de recurso imediato (esse é o sentido do clássico "princípio da irrecorribilidade das interlocutórias", extraído do "princípio da oralidade" em sua plenitude). Poder "recorrer" de uma decisão dali a alguns meses ou anos, por óbvio, não é a mesma coisa que poder recorrer imediatamente dela. E pior, não permitirá obter-se a pronta suspensão dos efeitos dessa decisão. Em suma, não fica afastado, por falta de interesse processual, o mandado de segurança. Note-se que a definição da questão ora discutida também é fundamental por outro ângulo. As interlocutórias passíveis de agravo de instrumento deverão ser impugnadas por essa via - sob pena, em princípio, de preclusão da questão. Se a parte, em um caso em que caberia o agravo de instrumento, deixar de interpô-lo, não poderá depois discutir a questão por ocasião da apelação. Então, também por isso, cabe adotar-se a compreensão restritiva do elenco de hipóteses de interlocutórias que comportam agravo de instrumento. O discurso da ampliação de tal elenco, se adotado, tende a no futuro gerar armadilhas. Os jurisdicionados, com frequência, ouviriam do tribunal: "A parte deveria ter agravado dessa decisão interlocutória. Tal decisão não está explicitada no elenco legal de hipóteses agraváveis, mas seria dali extraível, por interpretação 'ampliativa' ou 'analogia'. Então, está preclusa a discussão dessa questão"... Não é essa a solução mais segura e razoável. 25.2. Prazo e modo de interposição Nos casos em que for cabível, o agravo de instrumento poderá ser interposto pela parte sucumbente em quinze dias (art. 1.003, § 5.º), em petição dirigida diretamente ao tribunal competente (juízo ad quem), contendo os nomes das partes, a exposição do fato e do direito, as razões do pedido de reforma ou invalidação da decisão e o próprio pedido, bem como nome e endereço completo dos advogados constantes do processo (art. 1.016). Tradicionalmente, a peculiaridade do recurso em exame - que se presta inclusive a lhe dar o nome - reside na necessidade de formação de um "instrumento", i.e., autos próprios com cópias dos principais atos havidos no órgão a quo, a fim de permitir ao tribunal a compreensão do processo e da questão discutida no recurso. Essa característica já não se apresenta nos processos que seguem a forma eletrônica, como se vê abaixo. De todo modo, quando os autos são físicos, a petição deverá ser instruída, obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade, bem como das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado (art. 1.017, I). Diante da inexistência, nos autos de origem, de qualquer dos ora documentos referidos, deve ser juntada declaração feita pelo próprio advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal (art. 1.017, II). Facultativamente, o agravante poderá instruir o instrumento com outras peças que entender úteis (art. 1.017, III). Ainda, deve acompanhar a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de remessa e retorno, quando devidos (art. 1.017, § 1.º). O agravo pode ser interposto por protocolo no tribunal, na própria comarca, seção ou subseção judiciárias, ou postagem no correio sob registro com aviso de recebimento, ou mediante transmissão de dados tipo fac-símile ou por outra forma prevista em lei (por exemplo, por meio eletrônico, observados os requisitos previstos na Lei 11.419/2006 e a regulamentação definida pelos Tribunais - arts. 2.º e 10). Sendo o recurso interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, deve o agravante realizar o protocolo da petição original no prazo de cinco dias (art. 2.º da Lei 9.800/1999), cabendo-lhe, nessa oportunidade, juntar as peças obrigatórias e facultativas acima mencionadas. Se forem eletrônicos os autos, fica o agravante dispensado do recolhimento do porte de remessa e de retorno (art. 1.007, § 3.º). Nessa hipótese, dispensa-se também a juntada dos documentos obrigatórios, cumprindo ao agravante juntar aqueles que reputar úteis para a melhor elucidação da questão submetida ao tribunal (art. 1.017, § 5.º). A dispensa de juntada tem clara razão de ser: o tribunal tem imediato acesso eletrônico à integra dos autos em primeiro grau, não sendo necessária a sua repetição no instrumento do agravo. 25.3. Providências em primeiro grau de jurisdição 25.3.1. Juntada de cópia do agravo pelo recorrente Nos casos em que não forem eletrônicos os autos, a parte recorrente tem o prazo de três dias para juntar, no juízo aquo, cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de interposição e a lista dos documentos juntados (art. 1.018, § 2.º). Se o agravante não promover tempestivamente tal juntada, o agravo pode ter seu conhecimento negado. Mas, para que essa consequência ocorra, é imprescindível que o agravado argua e demonstre tal defeito (art. 1.018, § 3.º). Então, a comunicação em primeiro grau, nos casos em que os autos são físicos, tem marcante natureza de ônus perfeito: seu descumprimento, uma vez apontado pelo adversário, gera direta consequência processual negativa. Nas demais hipóteses, em que os autos são eletrônicos, tal determinação assume a natureza de um ônus muito mais tênue (imperfeito), destina-se a provocar a retratação pelo juiz, de que se trata a seguir. 25.3.2. Juízo de retratação O agravo de instrumento comporta juízo de retratação. Vale dizer: uma vez cientificado da existência do recurso, o juízo a quo tem o poder de rever sua decisão anterior. Tal possibilidade, tradicionalmente vinculada ao recurso de agravo, não é regulada em termos claros no novo CPC. Ela é extraída da disposição que prevê que, tendo havido retratação, o agravo anteriormente interposto deve ser tido por prejudicado (art. 1.018, § 1.º, do CPC/2015). Na redação original do CPC/73 havia mecanismo denominado "aproveitamento do agravo" (ou "do instrumento"), pelo qual, diante da retratação, o até então agravado, em vez de interpor outro recurso, utilizava-se do instrumento já formado pelo agravado e ali pedia que a decisão de retratação fosse revista pelo tribunal. Essa possibilidade foi de há muito suprimida do ordenamento, ainda na vigência do Código anterior. Assim, se a parte prejudicada pela retratação pretender impugnar a nova decisão, deverá interpor outro recurso, se e quando cabível. Nem sempre caberá novo agravo.Há hipóteses em que a previsão de agravo é simétrica (ex.: art. 1.015, I, II, IV, VI, IX, X e XI), de modo que, sendo a decisão invertida, a outra parte poderá (e, sob pena de preclusão, terá o ônus de) prontamente recorrer. Mas há situações, como já notado, em que a admissibilidade do agravo é assimétrica (ex.: art. 1.015, V, VII e VIII). Nesses casos, o antes agravado não terá como interpor outro agravo. Apenas poderá rediscutir depois a questão, como preliminar de apelação (art. 1.009, § 1.º). Na vigência do CPC/73, havia autores que criticavam, com razão, o fato de que a lei dispunha minuciosamente a respeito de como se dava o contraditório para que o juiz pudesse retratar-se, no regime do agravo retido (modalidade recursal suprimida no CPC/2015), não tendo feito o mesmo no que dizia respeito ao agravo de instrumento. Na sistemática atual, aplica-se a regra geral do art. 10 do CPC/2015, que prevê que não pode o juiz decidir, em qualquer grau de jurisdição, sem antes dar às partes oportunidade de se manifestar, mesmo quando se tratar de matéria cognoscível de ofício. Mas o contraditório estará também satisfeito na medida em que se apresentem em primeiro grau (ou a elas o juízo a quo tenha acesso eletronicamente no tribunal) as contrarrazões ao agravo. 25.4. Procedimento em segundo grau de jurisdição Recebido o recurso pelo relator, esse pode decidi-lo monocraticamente para: - negar-lhe seguimento quando manifestamente inadmissível, prejudicado ou quando o recorrente não impugnar especificamente os fundamentos da decisão recorrida (art. 1.019, caput c/c o art. 932, III). Mas, em respeito aos princípios da primazia do mérito e da cooperação, o art. 932, parágrafo único (reafirmado no art. 1.017, § 3.º), determina que o relator, antes de tomar tal decisão, sempre que possível conceda ao agravante o prazo de cinco dias para que providencie o saneamento do vício ou complemente a documentação exigível (v. também n. 23.6, acima); - negar-lhe provimento quando a pretensão recursal contrariar súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal, ou acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em recursos repetitivos ou entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência (art. 1.019, caput c/c art. 932, IV). Qualquer dessas duas decisões é recorrível por agravo interno (art. 1.021 - v. cap. 26). Não ocorrendo nenhuma dessas hipóteses, o relator pode, se houver requerimento da parte e se estiverem preenchidos os demais pressupostos, atribuir efeito suspensivo ao agravo (v. n. 25.5, abaixo). Deve em seguida intimar o agravado, dando-lhe oportunidade de, no prazo de quinze dias, responder ao recurso interposto. Essa intimação, dirigida ao advogado do agravado, será feita pelo órgão da imprensa oficial ou pelo correio. Se o agravado não tiver advogado constituído nos autos, deverá ser pessoalmente intimado (art. 1.019, II). As contrarrazões do agravado (acompanhadas dos documentos que ele julgue relevantes), a exemplo da petição de agravo, poderão ser diretamente protocoladas no tribunal, ou na própria comarca, seção ou subseção judiciárias, ou postadas no correio, sob registro, com aviso de recebimento, ou enviadas mediante transmissão de dados tipo fac-símile ou outra forma prevista em lei (art. 1.019, II, c/c o art. 1.017, § 2.º). Tal como se dá com o próprio agravo, é admissível o protocolo eletrônico das contrarrazões. Sendo caso de intervenção do Ministério Público, o relator deve determinar sua intimação, preferencialmente por meio eletrônico, para que se manifeste no prazo de quinze dias (art. 1.019, III). Ouvido o agravado, o relator pode monocraticamente dar provimento ao recurso quando a pretensão recursal estiver em plena conformidade com qualquer daqueles precedentes acima citados, que também poderiam ensejar o desprovimento monocrático do recurso (art. 932, V). Também essa decisão será passível de agravo interno (art. 1.021 - v. cap. 26, adiante). Não ocorrendo nenhuma das hipóteses de julgamento monocrático, o relator deve solicitar dia para julgamento pelo órgão colegiado em prazo de até um mês da intimação (art. 1.020). Na sessão de julgamento, tratando-se de agravo interposto contra decisões que versem sobre tutela provisória, é permitida a sustentação oral das razões de recurso, tanto pelo advogado do agravante quanto pelo advogado do agravado (art. 937, VIII). Ainda que sem igual previsão expressa, se o agravo versa sobre o mérito da causa, também se justifica a possibilidade de sustentação oral pelas partes. Nesse caso, no que tange a conteúdo e efeitos, a disputa recursal identifica-se com a havida na apelação, que comporta, em regra, sustentação oral. Quando houver reforma da decisão agravada em julgamento não unânime em agravo contra interlocutória que verse sobre o mérito da causa, incide a regra do art. 942, aplicando-se a técnica recursal em que se busca, com a participação de outros julgadores, possibilitar a prevalência do voto vencido (v. cap. 23, acima). 25.5. Efeito suspensivo e ativo Em regra, o agravo é um recurso que não tem automático efeito suspensivo, ou seja, normalmente a decisão impugnada, apesar da interposição do recurso, continua a produzir seus efeitos (art. 995, caput). Todavia, o relator pode conceder-lhe o efeito suspensivo, desde que o agravante o pleiteie e demonstre convincentemente a grande plausibilidade dos fundamentos recursais (fumusboniiuris) e o risco de danos graves irreparáveis ou de difícil reparação, se a decisão não for suspensa (art. 995, parágrafo único). O inc. I do art. 1.019 do CPC/2015 reproduz a regra que havia sido inserida no Código anterior para acolher expressamente entendimento antes pacificado na jurisprudência e na doutrina. Essa disposição autoriza o relator do agravo não apenas a suspender o ato recorrido, como também a conceder liminarmente uma providência negada em primeiro grau ("efeito ativo").1 Ou seja, o relator do agravo, ao recebê-lo, tem o poder de lhe atribuir o efeito suspensivo (propriamente dito) ou de adiantar os efeitos do acolhimento da pretensão recursal (efeito ativo ou tutela antecipada recursal). Tome-se como exemplo a decisão de primeiro grau que nega tutela provisória requerida em ação promovida por uma associação civil a fim de compelir que um município faça obras urgentes que evitem a ruína de um prédio de grande valor histórico que está sob sua responsabilidade. Se o prédio desabar em razão da não realização das obras, antes de o tribunal julgar o agravo, de praticamente nada adiantará posterior decisão do tribunal afirmando que a decisão estava errada e os reparos precisam ser feitos urgentemente. Para evitar que isso ocorra, o relator, a requerimento da parte, e diante da verificação dos requisitos para a medida urgente, deve conceder o efeito ativo, i.e., desde logo determinar a providência urgente denegada em primeiro grau. A decisão do relator que defere ou indefere pedido de efeito suspensivo ou ativo é recorrível mediante agravo interno (art. 1.021 - v. cap. 26, adiante). Cabimento Decisões interlocutórias elencadas no taxativo rol do art. 1.015 Outras situações expressamente previstas em lei Prazo e modo de interposição 15 dias Petição de agravo Requisitos Dirigida ao juízo ad quem Porte de remessa e retorno Dispensa no processo eletrônico Formação do instrumento Documentos obrigatórios Documentos facultativos Dispensa no processo eletrônico Interposição Protocolo no tribunal, na própria comarca, seção ou subseção judiciárias Postagem no correio sob registro com aviso de recebimento Transmissão de dados tipo fac- símile Outra forma prevista em lei (v.g.,meio eletrônico - Lei 11.419/2006) Providências em primeiro grau de jurisdição Juntada de cópia do agravo pelo recorrente Juízo de retratação Procedimento em segundo graude jurisdição Decisão monocrática Negar seguimento ao agravo (art. 932, III) Negar provimento ao agravo (art. 932, IV) Intimação do agravado Provimento monocrático após a intimação do agravado - hipóteses do art. 932, V Sessão de julgamento Sustentação oral - art. 937, VIII Reforma em julgamento não unânime - art. 942 Efeito suspensivo e ativo Plausibilidade dos fundamentos recursais Risco de danos graves irreparáveis ou de difícil reparação Tutela antecipada recursal Doutrina Complementar · Alexandre Freitas Câmara (O Novo Processo..., p. 525) pontua: "sendo o juízo de retratação de interesse do recorrente, é de se considerar que o juízo de primeiro grau só poderá exercê-lo mediante provocação. Significa dizer, em outras palavras, que se não for efetivada a comunicação a que se refere o art. 1.018, não poderá o juízo de primeiro grau retratar-se. Não sendo eletrônicos os autos, a comunicação a que se refere este artigo deixa de ser mera faculdade, destinada a provocar o exercício do juízo de retratação, e se transforma em um ônus. É o que se conclui pela leitura dos §§ 2.º e 3.º do art. 1.018. Neste caso, incumbirá ao agravante tomar a providência que se refere o caput do artigo no prazo de três dias a contar da interposição do recurso. É que assim se viabiliza o exercício, pelo agravado, do direito de defesa (que não teria qualquer prejuízo no caso de autos eletrônicos, já que nessa hipótese todas as peças estariam disponíveis para o agravado), facilitando-se seu acesso à petição de interposição e aos demais dados necessários para a elaboração de suas contrarrazões. Isto nada mais é do que uma manifestação do princípio da cooperação (art. 6.º), exigência de um processo comparticipativo como deve ser o processo do Estado Democrático de Direito. Assim, caso o agravante não se desincumba deste ônus, poderá o agravado alegar tal fato como preliminar em suas contrarrazões e, comprovando que realmente o agravante não cumpriu adequadamente a providência referida neste artigo, o tribunal não conhecerá do agravo de instrumento". Ainda, na opinião desse autor: "Trata-se de vício formal do agravo de instrumento, portanto, que tem como consequência sua inadmissão. É, porém, vício que não pode ser reconhecido de ofício, já que o § 3.º exige sua arguição pelo agravado, além de arguir e provar que a providência não foi tomada pelo agravante, demonstrar que disso resultou algum prejuízo para sua defesa. É que a falta de apresentação da comunicação de interposição do agravo de instrumento a que se refere o art. 1.018, nos casos de processos que tramitam em autos não eletrônicos, tem - como visto - dupla função: abrir caminho para o exercício, pelo órgão a quo, do juízo de retratação e, além disso, viabilizar o exercício, pelo agravado, do seu direito de defesa. Ora, parece óbvio que o não cumprimento do disposto no art. 1.018 não traz, por tornar inviável a reconsideração da decisão, prejuízo para quem quer que seja, salvo para o próprio agravante. Não faria sentido, então, deixar-se de conhecer do recurso simplesmente por não ter o agravante provocado um juízo de retratação que só a ele próprio beneficiaria". · José Carlos Barbosa Moreira (O Novo Processo..., 29. ed., p. 145) observa que "o agravo tem efeito devolutivo restrito à questão decidida pelo pronunciamento contra o qual se recorreu; nada mais compete ao tribunal apreciar, em conhecendo do recurso. Sublinhe-se que a interposição do agravo não obsta em caso algum a que o órgão a quo reconsidere a decisão, no todo ou em parte, naturalmente enquanto não julgado o recurso". · Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero(Novo Código..., p. 945) ensinam que, "no Código Buzaid, o agravo era gênero no qual ingressavam duas espécies: o agravo retido e o agravo de instrumento. Toda e qualquer decisão interlocutória era passível de agravo suscetível de interposição imediata por alguma dessas duas formas. O novo Código alterou esses dois dados ligados à conformação do agravo: o agravo retido desaparece do sistema (as questões resolvidas por decisões interlocutórias não suscetíveis de agravo de instrumento só poderão ser atacadas nas razões de apelação, art. 1.009, § 1.º, CPC) e o agravo de instrumento passa a ter cabimento apenas contra as decisões interlocutórias expressamente arroladas pelo legislador (art. 1.015, CPC). Com a postergação da impugnação das questões decididas no curso do processo para as razões de apelação ou para as suas contrarrazões e com a previsão de rol taxativo das hipóteses de cabimento do agravo de instrumento, o legislador procurou a um só tempo prestigiar a estruturação do procedimento comum a partir da oralidade (que exige, na maior medida possível, irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias), preservar os poderes de condução do processo do juiz de primeiro grau e simplificar o desenvolvimento do procedimento comum". Sobre o rol taxativo, asseveram que "o fato de o legislador construir um rol taxativo não elimina a necessidade de interpretação para sua compreensão: em outras palavras, a taxatividade não elimina a equivocidade dos dispositivos e a necessidade de se adscrever sentido aos textos mediante interpretação. O legislador refere que cabe agravo de instrumento, por exemplo, contra as decisões interlocutórias que versarem sobre 'tutelas provisórias' (art. 1.015, I, CPC). Isso obviamente quer dizer que tanto o deferimento como o indeferimento de tutela sumária desafia agravo de instrumento. Mas não só: também a decisão que posterga a análise do pedido de antecipação da tutela fundada na urgência para depois da contestação versa sobre 'tutela provisória', porque aí há no mínimo um juízo negativo a respeito da urgência na obtenção do provimento". · Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery (Comentários..., p. 2.095) sustentam que "o atual CPC prevê uma oportunidade ao agravante que porventura deixe de juntar uma ou mais peças obrigatórias, intimando-o para que providencie a juntada das peças faltantes em cinco dias. Sem dúvida, trata-se de atenção ao princípio constitucional de acesso amplo à justiça, evitando que determinada questão seja levada ao órgão superior por um problema de pequena monta que não passou por crivo demasiadamente inflexível. Se, mesmo assim, ainda faltarem peças, então o agravo não poderá ser conhecido. Na hipótese de não se poder extrair perfeita compreensão do caso concreto, pela falha na documentação constante do instrumento, o tribunal deverá decidir em desfavor do agravante. Evidentemente, a regra é de que as peças obrigatórias devem ser juntadas com a petição e as razões (minuta) do recurso, ou seja, no momento da interposição do recurso, inclusive se a interposição ocorrer por meio de fax ou da internet. Logo, não se pode transformar a faculdade conferida pela lei em regra que permita o abuso. A ideia é privilegiar o agravante que deixou de juntar uma ou no máximo duas peças obrigatórias. Abrir precedente elástico prejudica o intuito do Código". · Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello (Primeiros..., p. 1.463) observam que "o relator poderá, se tiver sido requerido pela parte, conferir efeito suspensivo ao agravo - suspendendo a eficácia da decisão concessiva de alguma providência, de que se tenha recorrido - ou antecipar a tutela recursal - se a decisão recorrida tiver negado a providência requerida. Ao juiz deve ser comunicada a decisão do relator. Anote-se, aqui, que se está diante de um tipo de efeito suspensivo diferente do que ocorre na apelação. Neste caso, a decisão já estará produzindo efeitos, que serão suspensos por decisão do relator: deixarão de ocorrer. No caso da apelação, o simples fato de a sentença estar sujeita a recurso com efeitosuspensivo ex lege, faz com que ela nasça ineficaz. O agravado será intimado, na forma da lei, inclusive pessoalmente (se ainda não tiver advogado constituído nos autos) e terá 15 (quinze) dias para contrarrazoar o recurso, juntando a documentação necessária. O Ministério Público será intimado, se se tratar de hipótese em que deva intervir ou em que já estiver no processo, atuando como fiscal da lei". Enunciados do FPPC N. 29.(Arts. 298 e 1.015, I, do CPC/2015) A decisão que condicionar a apreciação da tutela provisória incidental ao recolhimento de custas ou a outra exigência não prevista em lei equivale a negá-la, sendo impugnável por agravo de instrumento. N. 82.(Arts. 932, parágrafo único, e 938, § 1.º, do CPC/2015) É dever do relator, e não faculdade, conceder o prazo ao recorrente para sanar o vício ou complementar a documentação exigível, antes de inadmitir qualquer recurso, inclusive os excepcionais. N. 97. (Art. 1.007, § 4.º, CPC/2015) É de cinco dias o prazo para efetuar o preparo. N. 103. (Arts. 1.015, II, 203, § 2.º, 354, parágrafo único, 356, § 5.º, CPC/2015) A decisão parcial proferida no curso do processo com fundamento no art. 487, I, sujeita-se a recurso de agravo de instrumento. N. 142. (Arts. 298 e 1.021, CPC/2015) Da decisão monocrática do relator que concede ou nega o efeito suspensivo ao agravo de instrumento ou que concede, nega, modifica ou revoga, no todo ou em parte, a tutela jurisdicional nos casos de competência originária ou recursal, cabe o recurso de agravo interno nos termos do art. 1.021 do CPC. N. 154. (Arts. 354, parágrafo único, e 1.015, XIII, CPC/2015) É cabível agravo de instrumento contra ato decisório que indefere parcialmente a petição inicial ou a reconvenção. N. 177. (Arts. 550, § 5.º, e 1.015, II, CPC/15) A decisão interlocutória que julga procedente o pedido para condenar o réu a prestar contas, por ser de mérito, é recorrível por agravo de instrumento. N. 351. (Arts. 1.009, § 1.º, e 1.015, CPC/2015) O regime da recorribilidade das interlocutórias do CPC aplica-se ao procedimento do mandado de segurança. N. 435. (Arts. 485, VII, e 1.015, III, CPC/2015) Cabe agravo de instrumento contra a decisão do juiz que, diante do reconhecimento de competência pelo juízo arbitral, se recusar a extinguir o processo judicial sem resolução de mérito. N. 557. (Arts. 982, I, e 1.037, § 13, I, CPC/2015) O agravo de instrumento previsto no art. 1.037, § 13, I, também é cabível contra a decisão prevista no art. 982, inc. I. N. 560. (Art. 1.015, I, CPC/2015; arts. 22-24 da Lei Maria da Penha) As decisões de que tratam os arts. 22, 23 e 24 da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), quando enquadradas nas hipóteses do inciso I, do art. 1.015, podem desafiar agravo de instrumento. 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