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Capítulo 33. HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA E DA CONCESSÃO DO EXEQUATUR À CARTA ROGATÓRIA 1

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2017 - 07 - 18 
Curso Avançado de Processo Civil - Volume 2 - Edição 2016
SÉTIMA PARTE - OUTROS PROCESSOS E INCIDENTES NOS TRIBUNAIS
CAPÍTULO 33. HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA E DA CONCESSÃO DO
EXEQUATUR À CARTA ROGATÓRIA
Capítulo 33. HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA E
DA CONCESSÃO DO EXEQUATUR À CARTA ROGATÓRIA 1
33.1. Noções gerais
Cada Estado, como detentor de soberania, precisa reconhecer a soberania de outros
Estados para conseguir coexistir na ordem internacional. Assim, a soberania de cada
Estado encontra um limite na dos demais. Por consequência, a jurisdição de um Estado,
como expressão do poder da soberania decorrente, também encontra natural barreira nas
jurisdições de outros Estados.
Há países que não reconhecem a decisão estrangeira. É o caso da Dinamarca, da
Holanda, da Noruega e da Suécia, por exemplo. Outros admitem a decisão estrangeira
meramente como prova a ser apresentada em ação promovida perante a autoridade
judiciária daquele país - ressalvadas previsões diversas em tratados de que participem (
v.g., Estados Unidos e Reino Unido). Na França, a decisão estrangeira, após a revisão dos
requisitos formais e do mérito, é substituída por outra proferida pela autoridade judiciária
local. Já na Bélgica, o mérito da decisão estrangeira também é reexaminado, porém, não
ocorre a substituição.
No Brasil, adotou-se a sistemática da delibação, eleito pelo direito italiano como
mecanismo de recepção das decisões estrangeiras. Além dos aspectos formais, a
autoridade judiciária brasileira analisa se a decisão não ofende a soberania nacional, a
dignidade da pessoa humana e a ordem pública (art. 216-F do RISTJ). No sistema
brasileiro, a homologação prescinde da reciprocidade (art. 26, § 2.º, do CPC/2015).
Na redação original do art. 102, I, h, da CF/1988, era do Supremo Tribunal Federal a
competência para homologação das sentenças estrangeiras. Em 2004, sobreveio a Emenda
Constitucional 45, que alterou a disposição para transferir a competência do Supremo
Tribunal Federal para o Superior Tribunal de Justiça.
Como regra geral, a homologação de decisão estrangeira é requerida por ação de
homologação de decisão estrangeira, ressalvadas as disposições em sentido contrário
previstas em tratado (art. 960, caput, CPC).
Há quem entenda que o CPC/2015, ao dar ao capítulo o título de "homologação de
decisão estrangeira", adota posição de vanguarda em relação à lei anterior, cujo capítulo
correspondente denominava-se "homologação de sentença estrangeira". Para esses
autores, o novo sistema seria mais abrangente, prevendo que também as decisões
interlocutórias passariam pelo processo de homologação.
Porém, o título do capítulo foi alterado apenas para harmonizar-se com a terminologia
empregada nos artigos nele contidos, que utilizam genericamente "decisões estrangeiras".
Faz todo sentido, já que nem toda decisão caracterizada como sentença em nosso
ordenamento o será nos Estados estrangeiros. A expressão genérica "decisão estrangeira",
portanto, parece verdadeiramente mais apropriada. Mas, substancialmente, nesse aspecto,
nada mudou. As decisões estrangeiras, que na legislação brasileira possuem natureza de
sentença, passam a produzir efeitos no país após a respectiva homologação pelo Superior
Tribunal de Justiça. Já as decisões que não se caracterizam aqui como sentença, produzem
efeitos após a concessão de exequatur à carta rogatória. 2
Aliás, pouco importa se a decisão estrangeira é formalmente judicial no país onde foi
proferida. Se pelos parâmetros do ordenamento brasileiro ela tem natureza jurisdicional,
a decisão é passível de homologação. É o caso, por exemplo, das decisões proferidas pelo
Contencioso Administrativo Europeu. Também a sentença arbitral é passível de
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
33.2. Natureza jurídica
Trata-se a homologação de decisão estrangeira de ação autônoma de jurisdição
contenciosa, pois o Superior Tribunal de Justiça, ao realizar o juízo de delibação, não
exerce mera atividade de administração dos interesses dos envolvidos.
Se for julgado procedente o pedido de homologação, estaremos diante de decisão
constitutiva, porque se modifica um estado jurídico, atribuindo-se eficácia de
pronunciamento judicial, no território brasileiro, a um ato que não o tinha (v. n. 21.10.1).
Já se o pedido de homologação for improcedente, será declaratória negativa a natureza
da decisão do tribunal superior.
33.3. Requisitos
Ao realizar o juízo de delibação, não cabe ao Superior Tribunal de Justiça averiguar "a
justiça da decisão". Incumbe-lhe apenas verificar se estão preenchidos os requisitos
essenciais exigidos no ordenamento jurídico brasileiro. O art. 963 exige o cumprimento
dos seguintes requisitos - igualmente impostos para a concessão do exequatur à carta
rogatória: a) que a decisão tenha sido proferida por autoridade competente; b) que o réu
tenha sido regularmente citado; c) que a decisão seja eficaz no país de onde emanou; d)
que não haja ofensa à coisa julgada brasileira; e) que a decisão esteja acompanhada de
tradução oficial, salvo se houver dispensa prevista em tratado; f) que não contenha
manifesta ofensa à ordem pública.
Ao averiguar o cumprimento do primeiro requisito, qual seja, decisão proferida por
"autoridade competente", não cabe ao Superior Tribunal de Justiça analisar regras de
competência absoluta ou relativa presentes no ordenamento do Estado estrangeiro, mas,
sim, se a decisão foi prolatada por autoridade revestida de poderes para proferir decisão
equiparável àquela a que a ordem jurídica brasileira atribui natureza jurisdicional e se se
trata de hipótese em que o Brasil reconhece a possibilidade de que o caso seja decidido por
autoridade competente estrangeira: ou seja, que não se esteja diante de hipótese de
jurisdição exclusiva brasileira (v. adiante).
O contraditório está inserido no contexto de acesso à justiça, igualdade e ampla defesa
(art. 5.º, LV, da CF/1988; arts. 7.º, parte final, 9.º e 10 do CPC/2015). Uma das vertentes desse
princípio, que se tutela no art. 963, II, do CPC/2015 é aquela que garante ao réu a
possibilidade de saber da existência de pedido judicialmente formulado contra si.
Assim, deve o Superior Tribunal de Justiça verificar se o réu foi regularmente citado
para responder à ação. Se for positiva a resposta a essa pergunta, ainda que tenha sido o
réu revel, passa-se à próxima etapa do juízo de delibação, que é a de verificar se a decisão
estrangeira tem aptidão para desde logo produzir efeitos no país em que foi proferida.
Considerando que há causas que se submetem à jurisdição brasileira em caráter
concorrente e que não há litispendência internacional (v. vol. 1, n. 4.6.4.2), é possível que a
decisão que se pretende homologar verse sobre questão já resolvida no Brasil, em caráter
definitivo. Portanto, ao realizar o juízo de delibação, deve o Superior Tribunal de Justiça
averiguar se a matéria de que trata a decisão estrangeira já não foi apreciada pela
autoridade judiciária brasileira e se já se produziu a coisa julgada. Por outro lado, como já
se afirmou (vol. 1, n. 4.6.4.4), a pendência de ação perante a jurisdição brasileira entre as
mesmas partes e com o mesmo objeto não obsta a homologação dessa sentença
estrangeira (art. 24, parágrafo único, do CPC/2015).
Outra exigência que se faz para que a decisão estrangeira produza efeitos no país
consiste em estar ela acompanhada de tradução oficial. Tal regra não se aplica quando
houver tratado em vigor no Brasil que dispense essa exigência.
O inc. VI art. 963 do CPC/2015 estabelece que não serão homologadas decisões
estrangeiras que contenham manifesta ofensa à ordem pública. A lei não esclarece o que,
de fato, caracteriza essa ofensa. Trata-se de conceito abstrato. De modo geral, a doutrina
tem propendido pela conclusão de que violam a ordem pública os atos que ofendem
normas e princípios basilares do ordenamentojurídico do Estado em que se pretende
fazer valer a decisão estrangeira. Esse requisito merece interpretação restritiva - e assim o
Superior Tribunal de Justiça o tem aplicado, sob pena de servir de pretexto para a
indiscriminada intromissão sobre o mérito da sentença estrangeira - o que o sistema
jurídico brasileiro claramente descartou.
Diz o § 1.º do art. 961 do CPC/2015 que "é passível de homologação a decisão judicial
definitiva". Em relação a esse dispositivo não há consenso na doutrina. Há quem relacione
"decisão judicial definitiva" com o exame de mérito, afirmando que a intenção do
legislador foi vedar a homologação de decisões meramente processuais (terminativas).
Mas, a nosso ver, o escopo da norma foi restringir a homologação a decisões em que já
houve o trânsito em julgado.
O art. 964 do CPC/2015 impõe mais um óbice a que as decisões estrangeiras produzam
efeitos no país. Não se reconhece, no Brasil, decisões proferidas por juiz estrangeiro acerca
das matérias nas quais o Poder Judiciário brasileiro é o único habilitado para conhecer e
julgar. São as causas explicitadas no art. 23 do CPC/2015, segundo o qual será
"competente" o juiz brasileiro (isto é, estará habilitado ao exercício da jurisdição), com
exclusão de qualquer outro, para: (i) julgar ações que digam respeito a imóveis situados no
território brasileiro; (ii) proceder à confirmação de testamento particular (em matéria de
sucessão hereditária) e ao inventário e partilha de bens que estejam localizados no Brasil,
mesmo que o falecido seja estrangeiro ou tenha domicílio fora do território nacional; e (iii)
proceder à partilha de bens situados no Brasil, em divórcio, separação judicial ou
dissolução de união estável, mesmo que o titular seja estrangeiro ou tenha domicílio fora
do território nacional (v. vol. 1, n. 4.6.4.1).
33.4. Legislação aplicável
Nos processos de homologação de decisão estrangeira e de concessão de exequatur à
carta rogatória, devem ser observadas as disposições previstas na Constituição, em
tratados em vigor no Brasil, no Código de Processo Civil, além, é claro, do Regimento
Interno do Superior Tribunal de Justiça.
Após a edição da EC/1945, que transferiu ao Superior Tribunal de Justiça a competência
para homologação das sentenças estrangeiras, o procedimento foi inicialmente
regulamentado pela Res. 09/2005. Mais recentemente, o STJ editou a ER de 18/2014, que
revoga a resolução e traz novos dispositivos que regulamentam o procedimento tanto da
homologação de sentença estrangeira, quanto da concessão de exequatur à carta rogatória.
Nesse âmbito, os tratados e convenções internacionais são de grande importância
(como o já mencionado Protocolo de Las Leñas e o a Convenção de Nova York, a seguir
referida).
Em relação à homologação de decisão arbitral estrangeira, serão observadas as
disposições em tratado e em lei (arts. 34 a 40 da Lei 9.307/1996), aplicando-se apenas de
forma subsidiária o Código (art. 960 § 3.º). O Brasil é signatário da Convenção de Nova
York sobre homologação de sentenças arbitrais estrangeiras. É esse o principal parâmetro
normativo para a homologação de pronunciamentos de tal natureza.
33.5. Eficácia nacional
Sendo procedente o pedido de homologação, a decisão estrangeira produzirá efeitos no
território nacional como se decisão proferida pela autoridade judiciária brasileira fosse
sendo executável segundo as regras de cumprimento de sentença previstas no art. 513 e
ss. do CPC/2015. A impugnação ao cumprimento de sentença eventualmente contra ela
proposta haverá de cingir-se às hipóteses do art. 525 do CPC/2015.
33.6. Procedimento
O processo de homologação de decisão estrangeira inicia-se a requerimento da parte,
mediante petição dirigida ao Presidente do Superior Tribunal de Justiça. A petição deverá
ser instruída com a decisão acompanhada da tradução oficial, exceto se houver dispensa
prevista em tratado. Ausente algum requisito ou apresentando a petição defeitos ou
irregularidades que dificultem a apreciação do mérito, o Presidente intimará o requerente
para sanar o defeito no prazo que designar. Da não sanação do defeito decorrerá o
arquivamento do processo (art. 216-E do RISTJ).
A parte interessada é citada para contestar o pedido no prazo de quinze dias, de modo
que a contestação somente poderá versar sobre a inteligência da decisão estrangeira e o
cumprimento dos requisitos exigidos para a homologação (v. n. 33.3, acima), pois é vedada
a discussão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pelas partes ou a sua
revisão pelo órgão jurisdicional brasileiro. Admite-se a apresentação de réplica do
requerente no prazo de cinco dias, concedendo-se à parte que contestou a oportunidade
de sobre a réplica se manifestar, também no prazo de cinco dias (art. 216-J do RISTJ).
Também na hipótese de concessão de exequatur à carta rogatória, oportuniza-se o
contraditório à parte requerida, concedendo-se a ela o prazo de quinze dias para
impugnar o pedido. Assim como ocorre na homologação de decisão estrangeira, não se
trata aqui de amplo contraditório. O requerido somente poderá se manifestar sobre a
autenticidade dos documentos, a inteligência da decisão e a observância dos requisitos
que devem ser preenchidos (v. n. 33.3, acima).
Na condição de fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público terá vista dos autos pelo
prazo de dez dias. Essa regra se aplica tanto ao processo de homologação de decisão
estrangeira, quanto à concessão do exequatur à carta rogatória.
Em não havendo impugnação nem da parte, nem do Ministério Público, caberá ao
Presidente do Superior Tribunal de Justiça a homologação de decisões estrangeiras ou a
concessão do exequatur à carta rogatória. Caso contrário, i.e., diante da irresignação da
parte ou manifestando-se o Ministério Público contrariamente à homologação ou à
concessão do exequatur, os autos do processo são distribuídos para julgamento pela Corte
Especial, cabendo ao relator os demais atos relativos ao andamento e à instrução do
processo (arts. 216-K e 216-T do RISTJ).
O parágrafo único do art. 216-K do RISTJ permite que o relator decida
monocraticamente o pedido quando sobre o tema já houver jurisprudência consolidada
da Corte Especial. As decisões singulares do relator (ou do Presidente do Superior Tribunal
de Justiça) são recorríveis por agravo interno, no prazo de quinze dias (art. 1.003, § 5.º, do
CPC/2015; art. 216-M e art. 216-U, do RISTJ).
Admite-se que a decisão estrangeira seja parcialmente homologada (art. 961, § 2.º, do
CPC/2015). Pode ocorrer, por exemplo, que a decisão, numa parte (i.e., em relação a um de
seus capítulos), cumpra todos os requisitos exigidos para a homologação, mas noutra
parte, esbarre em alguma exigência. Outra hipótese é a da parte que postula a
homologação apenas do capítulo da decisão estrangeira que lhe interessa executar no
Brasil.
33.7. Execução fiscal
A decisão estrangeira que tenha por objeto a execução fiscal somente poderá ser
homologada se houver previsão em tratado em vigor no Brasil ou promessa de
reciprocidade apresentada à autoridade brasileira.
33.8. Sentença estrangeira de divórcio
A sentença estrangeira de divórcio consensual, por tratar-se de matéria concernente ao
estado da pessoa, prescinde de homologação do Superior Tribunal de Justiça para
produzir efeitos no território nacional.
Todavia, se a questão for suscitada em processo em trâmite no país, o juiz competente
procederá ao juízo de delibação, em caráter principal ou incidental, conforme o caso.
33.9. Medidas de urgência
No processo de homologação de decisão estrangeira, é permitido à autoridade
judiciária brasileira deferir pedidos de urgência e realizar atos de execução provisória
(art. 961, § 3.º, do CPC/2015). Muito embora a lei não estenda explicitamente essa regra ao
exequatur, é evidente que se deve conceber essa possibilidade para afastar riscos e
assegurar o resultado útil da eventualconcessão do exequatur. Pense-se, por exemplo, na
hipótese de realização de perícia em determinado bem móvel que esteja sujeito à
deterioração.
Tratando-se de medida de urgência concedida em decisão interlocutória estrangeira, a
execução ocorre por meio de carta rogatória (art. 962, § 1.º, do CPC/2015). Nesse caso, não
cabe à autoridade judiciária avaliar se há ou não concreta urgência na concessão da
medida (o que incumbe exclusivamente à autoridade estrangeira). Limitar-se-á a verificar
o preenchimento dos requisitos exigidos para a concessão do exequatur.
Se a medida de urgência for concedida no bojo do processo cuja sentença independe de
homologação, dispensa-se a concessão do exequatur pelo Superior Tribunal de Justiça,
cabendo ao juiz competente para executá-la verificar a validade da decisão (art. 962, § 4.º,
do CPC/2015).
33.10. Cumprimento
Após a homologação ou concessão de exequatur à carta rogatória, conforme o caso, dá-
se início à fase de cumprimento da decisão estrangeira.
A Constituição atribuiu à Justiça Federal a competência para executar a decisão
estrangeira (art. 109, X). A parte dirigirá o pedido de execução ao juízo federal
competente, instruindo-o com cópia autenticada da decisão homologatória ou do
exequatur. O caput do art. 965 do CPC/2015 expressamente determina que deverão ser
observadas as regras de cumprimento de decisão nacional, que são aquelas previstas no
art. 513 e ss. do CPC/2015 (v. vol. 3, Terceira Parte).
Noções gerais
Homologação de decisão estrangeira - natureza de sentença
Concessão de exequatur à carta rogatória - demais decisões (exceção)
Natureza
Jurídica
Ação autônoma de jurisdição contenciosa
Decisão constitutiva - procedência
Decisão declaratória negativa - improcedência
Requisitos
Autoridade competente
Citação regular
Eficácia
Não haja ofensa à coisa julgada brasileira
Tradução oficial
Não contenha manifesta ofensa à soberania nacional, à dignidade da
pessoa humana e à ordem pública
Não seja causa de "competência exclusiva" da autoridade judiciária
brasileira
Legislação aplicável
Eficácia
nacional Decisão proferida pela autoridade judiciária brasileira
Procedimento
Requerimento
Defesa
Manifestação do Ministério Público
Julgamento pelo Presidente do STJ ou pela Corte Especial
Julgamento monocrático
Homologação parcial
Execução fiscal Tratado ou promessa de reciprocidade
Sentença estrangeira de
divórcio Desnecessidade de homologação
Medidas de
urgência
Tutela de urgência nos processos de homologação e na concessão do
exequatur
Medida concedida em decisão interlocutória estrangeira
Sentença que dispensa a homologação
Cumprimento
Juízo Federal competente - art. 109, X, da CF/1988
Procedimento - art. 513 e ss. do CPC/2015
Doutrina Complementar
·                  Alexandre Freitas Câmara ( O Novo Processo ..., p. 460) elucida que: "No
processo de homologação de sentença estrangeira não se reexamina o conteúdo da
decisão homologada. Tem-se, aí, o que se costuma chamar de juízo de delibação, isto é, um
exame limitado à verificação da presença de certos requisitos formais, essenciais para que
se homologue a sentença oriunda de órgão jurisdicional estrangeiro (ou de órgão
administrativo que pratique ato que o Brasil teria natureza jurisdicional). O mesmo
sistema, da delibação, se aplica também ao processo de concessão de exequatur às cartas
rogatórias (havendo, inclusive, previsão expressa quanto ao ponto no que concerne às
rogatórias para viabilizar o cumprimento, no Brasil, de decisão estrangeira concessiva de
medida jurisdicional de urgência: art. 962, § 3.º, do CPC/2015)".
·                        Carlos Alberto Carmona ( Breves..., p. 2138) assevera que: "O NCPC não se
preocupou em fazer qualquer menção expressa acerca da possibilidade de homologar-se
sentença arbitral perante o STJ. Não há dúvida quanto à inclusão desta espécie de
provimento estrangeiro no rol daqueles passíveis de homologação, de modo que - por
força dos arts. 18 da Lei de Arbitragem, art. 475-N, IV, do CPC e 515, VII, do CPC/2015 - há
perfeita equiparação entre sentença judicial e sentença arbitral, pouco importando se a
decisão arbitral precise ser homologada no país de origem para produzir, ali, efeitos de
sentença. (...) o legislador nacional equiparou a sentença arbitral estrangeira a uma
sentença judicial estrangeira, de modo que aos olhos do STJ o provimento arbitral não
depende de homologação da justiça local para que possa produzir efeitos de sentença no
Brasil, ainda que a lex fori exija tal providência (para efeitos internos, no país de origem)".
· Humberto Theodoro Jr. ( Curso..., 47. ed., vol. 2, p. 830) afirma que: "O processo de
homologação de sentença estrangeira é de natureza jurisdicional. Não é meramente
gracioso ou de jurisdição voluntária. Confere a um julgado estrangeiro força e eficácia à
sentença estrangeira e a parte contrária que pode negá-la, revelando, assim, a 'lide' ou o
'conflito de interesse por pretensão resistida'. (...) Há sempre decisão de mérito, portanto,
quando o Superior Tribunal de Justiça examina os requisitos legais da homologação para
acolher, ou não, a pretensão de atribuir eficácia em nosso país à sentença estrangeira.
Quanto à decisão que acolhe o pedido homologatório, entende a doutrina dominante que
se trata de sentença constitutiva, pois não só reconhece a validade do julgado como lhe
acrescenta um quid novis, uma eficácia diferente da original e que consiste em produzir
efeitos além dos limites territoriais da jurisdição do prolator. E declaratória negativa a
decisão que nega a homologação. Em ambos os casos, haverá o efeito da coisa julgada.
Homologada a sentença estrangeira, não será lícito às partes discutir novamente a lide em
processo promovido perante a Justiça nacional. Também, se já houver decisão brasileira
transitada em julgado sobre a mesma controvérsia, não será viável a pretensão de
homologar decisão estrangeira sobre a questão. Mas a decisão que simplesmente nega a
homologação não impede que a Justiça nacional venha a examinar a lide em processo
originário, porque, in casu, o que transitou em julgado 'foi apenas a declaração da
inexistência da pretensão a homologar, e não a declaração da existência ou inexistência do
direito postulado no processo alienígena, estranho ao objeto do juízo de delibação".
· Marcela Melo Perez ( Comentários ao Novo Código..., p. 1.391) no mesmo sentido, e
descrevendo o que dispõe o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, afirma
que: "Define-se o processo de homologação como sendo revestido de caráter constitutivo,
instaurador de uma contenciosidade limitada, no qual será verificado, para efeito do juízo
de delibação, o preenchimento dos requisitos enumerados pelo ordenamento jurídico
nacional para que a decisão estrangeira possa produzir seus efeitos no Brasil. Destaque-se
que o art. 36 deste CPC/2015 reconhece expressamente que o procedimento da carta
rogatória perante o STJ é, igualmente, de jurisdição contenciosa. O § 2.º do art. 960 prevê
que a homologação observará os dispositivos pertinentes dos tratados em vigor e do
Regimento Interno do STJ. No tocante à regulamentação deste Tribunal Superior sobre o
assunto, veja que esta estava contida na Resolução STJ 09/2005. No entanto, este normativo
foi revogado pela emenda regimental 18, de 17.12.2014, a qual acresceu dispositivos ao
Regimento Interno do STJ (arts. 216-A até 216-X), com objetivo de disciplinar a
homologação de decisão estrangeira e a concessão de exequatur à carta rogatória,
merecendo, por isso, observância, no que não contrariar o Código. De acordo com os arts.
216-A e 216-O do Regimento Interno do STJ, compete ao presidente do Tribunal a
homologação de decisão estrangeira e concessão de exequatur à carta rogatória, sendo
que, havendo contestação à homologação de decisão estrangeira, a ação será distribuídapara julgamento pela Corte Especial, e, em havendo impugnação à concessão de exequatur
à carta rogatória de ato decisório, o processo poderá, por determinação do presidente, ser
distribuído para julgamento pela Corte Especial (arts. 216-K e 216-T, Regimento Interno
STJ)".
· Maristela Basso ( Curso..., p. 320) a respeito do controle da ordem pública no juízo de
delibação, expõe que "cabe aos juízes e tribunais e, por força dos princípios da autonomia
e soberania da autoridade judiciária, a eles incumbe decidir o que é contrário ou não à
ordem pública. Isto é, decidir: (i) se o direito estrangeiro indicado pela norma de direito
internacional privado brasileira é ou não admissível no Brasil; (ii) se o ato realizado no
exterior, a declaração de vontade ou o contrato firmado no exterior pode ou não ter
eficácia no Brasil; (iii) se a sentença estrangeira pode ou não ser executada no Brasil.(...) A
expressão ordem pública é utilizada para caracterizar as normas imperativas do
ordenamento jurídico do Estado no qual se pretende ou se deva aplicar o direito
estrangeiro indicado pela norma de direito internacional privado e que tenham como
resultado impedir tal aplicação). Essa é a essência do conceito normativo de ordem
pública, cuja variação se encontra tanto nas concepções doutrinárias, como na
experiência jurisprudencial. Trata-se de um conjunto de regras e princípios de caráter
imperativo do ordenamento jurídico de determinado Estado que tem como fundamento a
proteção de estruturas constitucionais e das relações privadas, cujos efeitos vinculantes
devem ser observados pelo juiz nacional no momento de aplicação ou denegação da
aplicação do direito estrangeiro e não podem ser afastados pelas partes, no exercício da
autonomia de vontade. A ordem pública, portanto, é 'própria de cada foro, de cada sistema
jurídico', alterando-se conforme a evolução dos fenômenos sociais e adaptando-se às
circunstâncias e exigências de cada época".
· Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres Da
Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres De Mello ( Primeiros..., p. 1356), em comentário
ao art. 960, CPC/2015, sustentam que: "Este dispositivo faz uma ressalva relevante, que não
existe no CPC/1973 (o correlato art. 483): todas as sentenças estrangeiras, para que possam
produzir efeitos no Brasil - dentre eles, a exequibilidade - precisam ser homologadas, salvo
se em tratado, de que o Brasil for parte, houver disposição em sentido contrário. Decisões
interlocutórias proferidas no exterior - e aqui o legislador terá certamente pensado nas
liminares - não precisam ser homologadas e serão executadas por meio de carta rogatória
(§ 1.º). Cabe aqui, todavia, a indagação sobre se as interlocutórias ditas de mérito ficariam,
também, fora do âmbito da exigência da homologação. As interlocutórias de mérito, de
acordo com a terminologia empregada pelo NCPC, são, por exemplo, decisões que, quando
há mais de um pedido, resolvem um deles, em relação ao qual não houve resistência do
réu. Ainda, a decisão da primeira fase da ação de exigir contas ou a decisão que põe fim à
liquidação de sentença. Sempre nos pareceu que estas decisões deveriam ser chamadas de
sentenças, embora fossem agraváveis, mas o NCPC optou por adotar outros critérios (...).
No entanto, parece que, na linguagem internacional, as decisões equivalentes a essas
decisões, se proferidas no exterior, deveriam, sim, ser homologadas antes de produzir
efeitos no Brasil. Todavia, a regra no sentido de que só haverá possibilidade de
homologação depois de o processo, que corre no exterior, ter terminado por inteiro, parece
ser a mais segura".
Enunciados do FPPC
N.º 85.( Arts. 960 a 965, CPC/2015) Deve prevalecer a regra de direito mais favorável na
homologação de sentença arbitral estrangeira em razão do princípio da máxima eficácia.
(art. 7.º da Convenção de Nova York - Dec. 4.311/2002).
N.º 86. ( Art. 964; art. 960, § 3.º, CPC/2015) Na aplicação do art. 964 considerar-se-á o
disposto no § 3.º do art. 960.
N.º 440. ( Art. 516, III; art. 515, IX, CPC/2015) O art. 516, III e o seu parágrafo único
aplicam-se à execução de decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do
exequatur à carta rogatória.
N.º 553. ( Art. 961, § 1.º, CPC/2015; art. 23 da Lei 9.307/1996) A sentença arbitral parcial
estrangeira submete-se ao regime de homologação.
Bibliografia
Fundamental
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Complementar
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© desta edição [2016]
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FOOTNOTES
1
Sobre as regras gerais de cooperação internacional, ver vol.1, n. 7.1, deste Curso.
2
Exemplo expressivo de exceção a essa regra é o Protocolo de Las Leñas, promulgado no Brasil
pelo Dec. 6.891/2009, de que são signatários os Estados Partes do Mercosul, a República da Bolívia
e a República do Chile, e que encampa a possibilidade de reconhecimento e execução de
sentenças estrangeiras por via de cartas rogatórias.

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