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Direito Penal Especial - Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública (Resumo de Rogério Sanches)

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Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
Título VIII – Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública
Capítulo I – Dos Crimes de Perigo Comum
1. Incêndio
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade �sica ou o patrimônio de 
outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
1.1 Considerações Iniciais
• Necessidade de preservar a sociedade civil do perigo de fogo
→ Não importa para a consumação do crime se há ou não dano posterior
• A pena não admite suspensão condicional do processo nem transação penal
→ Exceto se for crime culposo, caso em que ambas são admi*das
→ Se incidir a majorante da 2ª parte do art. 258, em nenhum caso se admite
1.2. Sujeitos do Crime
• Crime comum, qualquer pessoa pode pra*car
• O sujeito passivo é o Estado, a cole*vidade, e também os eventualmente a*ngidos
1.3. Conduta
• Voluntária comunicação de fogo a alguma coisa com a consciência do perigo que isso causa
ou provocação de tal perigo de maneira imprevista, culposamente
• Crime de perigo comum, dirigido contra coisas ou pessoas indeterminadas
• Pode ser pra*cado por ação ou omissão
→ Omissão: Causa o incêndio por acidente e deixa de evitar sua propagação, podendo-o
fazer, ou quando o agente *nha o dever legal de evitá-la
• Difere do crime no art. 16, parágrafo único, inciso III, da Lei nº 10.826/03
→ Possuir, deter, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário sem autorização
→ Esse é um delito de perigo abstrato
→ Não exige efe*vo risco à vida, integridade �sica ou patrimônio
1.4. Voluntariedade
• Não se exige finalidade especial do agente
• Dolo genérico: Vontade de causar incêndio e consciência de que ele acarreta perigo comum
• Concurso formal de crimes:
→ Se o agente visa atentar contra a segurança do Estado (Art. 20, Lei 7.170/83)
→ O propósito do incêndio é danificar coisa alheia, o fogo se alastra e cria perigo comum
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
1.5. Consumação e Tenta'va
• Consuma-se no momento em que o fogo se propala gerando efe*vo perigo comum:
→ Capacidade de subsistência e expansão
→ Dificuldade de extermínio
• Admite-se a tenta*va, pacífico
1.6. Majorantes de pena e formas culposa e majorada pelo resultado
1.6.1. Majorantes de pena
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:
I - se o crime é come*do com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou 
alheio;
II - se o incêndio é:
a) em casa habitada ou des*nada a habitação;
b) em edi�cio público ou des*nado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte cole*vo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combusEvel ou inflamável;
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
• § 1º traz as várias causas de aumento de pena
→ Casos de ganância do agente e de dificuldade de debelação, o que leva a maior perigo
→ Inciso I: Vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio
 - Vantagem como consequência do incêndio
 - Vantagem como preço do crime 
→ Inciso II: Incêndio pra*cado em lugares que favorecem à causação de crime comum
 - Casa habitada ou des*nada a habitação, desde que o agente saiba disso
 - Edi�cio público ou des*nado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura,
que não precisa estar aberto no momento do incêndio
 - Embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte cole*vo, não importando se
é público ou privado ou sequer se estava transportando pessoas no momento do crime
 - Estação ferroviária ou aeródromo, não majora em estação ferroviária ou porto
 - Estaleiro, fábrica ou oficina, dispensando a presença de pessoas no local
 - Depósito de explosivo, combusEvel ou inflamável, por sua maior periculosidade
 - Poço petrolífero ou galeria de mineração, pois pode tomar proporções catastróficas
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
 - Lavoura, pastagem, mata ou floresta
Obs:
No caso de incêndio em mata ou floresta, pode aplicar-se o disposto na Lei 9.506/98,
ar*go 41, se do fato não decorrer perigo comum. Havendo perigo comum, aplica-se a pena mais
grave, que é a do ar*go 250, forma majorada. Em incêndio em lavoura ou pastagem aplica-se
sempre o CP, pois a lei acima não trata dessa conduta.
1.6.2. Forma culposa
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
• Só se aplica essa pena se o incêndio é provocado culposamente e o agente não pode evitar
que ele acarrete perigo comum
→ Se puder e não evitar, responde na forma comissiva por omissão
1.6.3. Forma majorada pelo resultado
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena
priva*va de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso
de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte,
aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço. 
• Primeira parte: Incêndio doloso que leva à lesão corporal grave ou morte
→ Crime preterdoloso: O incêndio foi desejado, o resultado morte ou lesão corporal não
→ Imprevisibilidade da ocorrência de resultado grave
• Segunda parte: Incêndio culposo que leva à lesão corporal ou morte
→ Tanto o incêndio quanto a ví*ma são culposos
→ Havendo morte, aplica-se a pena do homicídio culposo (detenção de 1 a 3 anos) + 1/3
1.7. Ação Penal
• Pública Incondicionada
1.8. Princípio da Especialidade
• O Código Penal Militar pune o incêndio causado em lugar sujeito à administração militar
• A Lei de Segurança Nacional julga quem incendeia por inconformismo polí*co ou para
obtenção de fundos des*nados à manutenção de organizações polí*cas clandes*nas
• A Lei 9.605/98 pune a conduta de provocar incêndio em mata ou floresta
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
2. Explosão
Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade �sica ou o patrimônio de outrem, mediante
explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos
análogos:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
2.1. Considerações Iniciais
• A incolumidade pública é colocada em risco diante do uso de substâncias que podem
provocar danos às pessoas e à propriedade
• A pena não permite nem a transação penal nem a suspensão condicional do processo
→ Exceto no § 1º, sem majorante, em que se admite a suspensão
→ Exceto na modalidade culposa em que não há resultado morte
 - Sem lesão grave ou morte: Ambos são permi*dos
 - Uso de dinamite ou análogo + lesão grave: Permite-se a suspensão
 - Não usa dinamite ou análogo + lesão grave: Ambos são permi*dos
2.2. Sujeitos do Crime
• Crime comum: Qualquer pessoa pode pra*car o delito 
• O sujeito passivo é o Estado e pessoas eventualmente a*ngidas
2.3. Conduta
• É irrelevante o modo pelo qual se produz a explosão
• Existem 3 formas de pra*car o crime:
→ O agente provoca diretamente a explosão
→ O agente arremessa o engenho explosivo
→ O sujeito coloca (põe, prepara, arruma) o explosivo em determinado local
• A efe*va explosão é dispensável, basta que ocorra perigo concreto
→ No caso do arremesso, este deve acarretar situação de perigo próximo e imediato
• Difere do crime no art. 16, parágrafo único, inciso III, da Lei nº 10.826/03
→ Possuir, deter, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário sem autorização
→ Esse é um delito de perigo abstrato
→ Não exige efe*vo risco à vida, integridade �sica ou patrimônio
2.4. Voluntariedade
• Dolo, vontade consciente de pra*car uma das condutas previstas
• Não se exige finalidade especial do agente
→ Havendo fim específico, a doutrina diverge sobre se haverá ou não concurso formal
Resumo de Rogério Sanches – JuliaPrado Dantas
2.5. Consumação e Tenta'va
• O crime se consuma quando a ação criminosa causa perigo à cole*vidade 
• A tenta*va é admissível
2.6. Majorantes de Pena e Formas Privilegiada e Culposa
2.6.1. Forma privilegiada
§ 1º - Se a substância u*lizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
• Redução da pena se a substância u*lizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos
→ Necessidade de análise pericial
2.6.2. Majorantes de pena
§ 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1º, I,
do ar*go anterior, ou é visada ou a*ngida qualquer das coisas enumeradas no nº II do mesmo
parágrafo. 
• Majorada a pena se ocorrer qualquer das hipóteses do ar*go 250, §1º, Incisos I e II
→ Inciso I: Vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio
 - Vantagem como consequência do incêndio
 - Vantagem como preço do crime 
→ Inciso II: Incêndio pra*cado em lugares que favorecem à causação de crime comum
 - Casa habitada ou des*nada a habitação, desde que o agente saiba disso
 - Edi�cio público ou des*nado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura,
que não precisa estar aberto no momento do incêndio
 - Embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte cole*vo, não importando se
é público ou privado ou sequer se estava transportando pessoas no momento do crime
 - Estação ferroviária ou aeródromo, não majora em estação ferroviária ou porto
 - Estaleiro, fábrica ou oficina, dispensando a presença de pessoas no local
 - Depósito de explosivo, combusEvel ou inflamável, por sua maior periculosidade
 - Poço petrolífero ou galeria de mineração, pois pode tomar proporções catastróficas
 - Lavoura, pastagem, mata ou floresta
2.6.3. Forma culposa
§ 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos análogos, a pena é
de detenção, de seis meses a dois anos; nos demais casos, é de detenção, de três meses a um
ano. 
• Diminuição da pena se pra*cado o crime na forma culposa
• Observar comentários no item 2.1.
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
2.7. Ação Penal
• Pública Incondicionada
2.8. Princípio da Especialidade
• O Código Penal Militar pune a explosão causada em lugar sujeito à administração militar
• A Lei de Segurança Nacional julga quem provoca explosão por inconformismo polí*co ou
para obtenção de fundos des*nados à manutenção de organizações polí*cas clandes*nas
• A Lei 9.605/98 pune a conduta de pescar mediante a u*lização de explosivos ou
substâncias que, em contato com a água, produzam efeitos semelhantes
3. Uso de Gás Tóxico ou Asfixiante
Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade �sica ou o patrimônio de outrem, usando de gás 
tóxico ou asfixiante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
3.1. Considerações Iniciais
• A tutela penal recai sobre a incolumidade pública
• A pena do caput permite a suspensão condicional do processo
→ Exceto se ocorrer a primeira parte do ar*go 258
• Se o crime for culposo admite-se a transação penal e a suspensão condicional do processo
→ Exceto se incidir a segunda parte do ar*go 258
3.2. Sujeitos do Crime
• Crime comum: Qualquer pessoa pode pra*car esse delito
• O sujeito passivo é a cole*vidade e aqueles que sofrem risco advindo do gás
3.3. Conduta
• O gás não precisa ser morEfero, basta que tenha a capacidade de expor a perigo a vida ou
saúde, que vai além de mero incômodo
→ Não se caracteriza o delito se a substância é de baixa toxicidade
Uso de gás lacrimogêneo pela polícia
Ele é permi*do quando seu uso é legí*mo e realizado pelo agente de segurança no estrito
cumprimento do dever legal. Sendo necessário, no entanto, que os agentes públicos se atentem
para eventuais excessos, pelos quais podem ser responsabilizados dolosa ou culposamente
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
3.4. Voluntariedade
• Dolo, vontade consciente de usar gás tóxico ou asfixiante com a ciência do perigo comum
• Não se exige finalidade especial do agente
→ Se há o intuito de matar, há divergência quanto ao concurso formal de crimes
3.5. Consumação e tenta'va
• O crime se consuma com a causação do perigo comum
• A tenta*va é admissível
3.6. Majorantes de pena e forma culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
• Não existe forma majorada do delito de uso de gás tóxico ou asfixiante
• Aplicam-se os comentários do ar*go 258, segunda parte
3.7. Ação Penal
• Será Pública Incondicionada
3.8. Princípio da Especialidade
• O Código Penal Militar pune o uso de gás tóxico ou asfixiante em lugar sujeito à
administração militar
• A Lei 11.254/05 julga o uso de armas químicas no Brasil
• A Lei de Contravenções Penais (Decreto-lei nº 3.688/41) pune a conduta de provocar
emissão de fumaça, odor ou gás que possa ofender ou molestar alguém
4. Fabrico, Fornecimento, Aquisição, Posse ou Transporte de Explosivos ou Gás
Tóxico, ou Asfixiante
Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade,
substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material des*nado à sua fabricação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
4.1. Considerações Iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• Esse disposi*vo foi parcialmente revogado pelo art.16, parágrafo único, da Lei 10.823/2003
→ Fala de “possuir, de*ver, fabricar ou empregar”
→ Abarca as condutas de “fornecer”, “transportar” e “adquirir” do ar*go 253
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
→ As condutas do ar*go 253 são punidas quando não há correspondente na lei especial
• A pena permite a transação penal e a suspensão condicional do processo
→ Exceto se presente a primeira parte do ar*go 258, só sendo permi*da a suspensão
4.2. Sujeitos do Crime
• Crime comum: Qualquer pessoa pode pra*cá-lo
• O sujeito passivo será a cole*vidade
4.3. Conduta
• Em caso de substância ou engenho explosivo, não mais se aplica esse ar*go
→ Exceto quanto ao material des*nado à sua fabricação
• Incriminação de atos preparatórios ao crime de uso de gás tóxico e asfixiante
• A conduta deve ocorrer sem licença da autoridade
4.4. Voluntariedade
• Dolo, vontade consciente de pra*car a ação
• Não se exige finalidade especial do agente
4.5. Consumação e Tenta'va
• Se consuma no momento em que o agente realizar quaisquer das condutas do caput
→ Crime de perigo abstrato
• A tenta*va me parece impossível (Fragoso), pois são atos preparatórios
→ Mirabete crê que pode haver o conatus na hipótese de aquisição irregular da substância
4.6. Majorantes de Pena
• Observar ar*go 258, primeira parte
• Não há modalidade culposa
4.7. Ação penal
• É pública incondicionada
5. Inundação
Art. 254 - Causar inundação, expondo a perigo a vida, a integridade �sica ou o patrimônio de
outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa, no caso de dolo, ou detenção, de seis meses a dois
anos, no caso de culpa.
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
5.1. Considerações Iniciais
• Tutela a incolumidade pública
• A pena não permite nem a transação penal nem a suspensão condicional do processo
→ Exceto na modalidade culposa, onde ambos são permi*dos desde que não incida o art.
258
5.2. Sujeitos do Crime
• Crime comum: Qualquer pessoa pode pra*car o crime
• O sujeito passivo é tanto a cole*vidade quanto os eventuais a*ngidos
5.3. Conduta
• É necessário que o extravasamento de água tenha como causar efe*vo perigo 
→ Deve ser comprovado esse risco
5.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial do agente
5.5. Consumação e Tenta'va
• Consuma-se quando a cole*vidade é exposta a efe*vo perigo pela inundação causada• É possível a tenta*va
5.6. Majorantes de pena e forma culposa
• Pena de 6 meses a 2 anos se a inundação for causada por imprudência, negligência ou
imperícia
• Primeira parte: Inundação dolosa que leva à lesão corporal grave ou morte
→ Crime preterdoloso: O incêndio foi desejado, o resultado morte ou lesão corporal não
→ Imprevisibilidade da ocorrência de resultado grave
• Segunda parte: Inundação culposa que leva à lesão corporal ou morte
→ Tanto o incêndio quanto a ví*ma são culposos
→ Havendo morte, aplica-se a pena do homicídio culposo (detenção de 1 a 3 anos) + 1/3
5.7. Ação Penal
• Será pública incondicionada
5.8. Princípio da especialidade
• O Código Penal Militar pune a conduta de causar inundação em lugar sujeito à
administração militar
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
6. Perigo de Inundação
Art. 255 - Remover, destruir ou inu*lizar, em prédio próprio ou alheio, expondo a perigo a vida, a
integridade �sica ou o patrimônio de outrem, obstáculo natural ou obra des*nada a impedir
inundação:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
6.1. Considerações Iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública em razão do perigo, e não da inundação efe*va
• É possível somente a suspensão condicional do processo, não incidindo o art. 258
6.2. Sujeitos do Crime
• Crime comum: Qualquer pessoa pode pra*car o crime, mesmo o proprietário do prédio
• O sujeito passivo é a cole*vidade e também aqueles que forem ameaçados
6.3. Conduta
• Não há punição para quem coloca obstáculo capaz de causar inundação
→ Pode incidir, então, o ar*go 132, CP
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não cons*tui crime mais grave.
• O perigo de inundação deve ser concreto
→ Possibilidade de ocorrência + Ocorrência ameaça a incolumidade pública
6.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não é necessária a finalidade especial do agente
6.5. Consumação e Tenta'va
• A consumação ocorre com a instalação do perigo comum
• Há controvérsia acerca da possibilidade de tenta*va
→ Nucci: Não seria possível, pois este crime é ato preparatório do crime de inundação 
→ Greco: É possível pois o agente não quer a inundação, quer o perigo, então pode tentar
causar o perigo mas ser impedido (ver o *po)
6.6. Majorantes de pena
• Supostamente, aplicam-se as majorantes do ar*go 258
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
• No entanto, parece impossível o aumento por lesão corporal ou morte, pois elas não são
consequências dos atos descritos no *po, mas sim da inundação (art. 254)
• Só haveria majorante no caso de concurso com a inundação culposa
6.7. Ação Penal
• Será pública incondicionada
6.8. Princípio da especialidade
• O Código Penal Militar pune as condutas do caput realizadas em lugar sujeito à
administração militar
7. Desabamento
Art. 256 - Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade �sica
ou o patrimônio de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
7.1. Considerações Iniciais
• Tutela a incolumidade pública
• Admite-se a suspensão condicional do processo no caso da pena do caput
→ Exceto se incidir a majorante do art. 258, primeira parte
• Se o crime for culposa, permite-se a transação penal e a suspensão condicional do processo
→ Mesmo se ocorrer lesão grave, mas não se ocorrer morte
7.2. Sujeitos do crime
• Crime comum: Qualquer pessoa pode pra*cá-lo
• O sujeito passivo é a cole*vidade e também o indivíduo lesado pela conduta
7.3. Conduta
• A simples queda de materiais isolados não basta para configurar o delito
• O crime pode ser pra*cado por omissão se o agente tem o dever jurídico de agir ou se é
possível para ele agir, e ele não evita o resultado
• Deve ser constatada a ocorrência de perigo concreto para a incolumidade pública
7.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial do agente
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
7.5. Consumação e Tenta'va
• A consumação ocorre com o desabamento ou desmoronamento que cause perigo comum
• A tenta*va é perfeitamente possível
7.6. Majorantes de pena e forma culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano.
• No parágrafo único há a forma culposa: imprudência, negligência ou imperícia
• Aplica-se integralmente o disposto no art. 258, CP
7.7. Ação Penal
• É pública incondicionada
7.8. Princípio da especialidade
• O Código Penal Militar pune o ato de causar desmoronamento ou desabamento em lugar
sujeito à administração militar
8. Subtração, ocultação ou inu'lização de material de salvamento
Art. 257 - Subtrair, ocultar ou inu*lizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio, ou outro
desastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio des*nado a serviço de combate ao
perigo, de socorro ou salvamento; ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
8.1. Considerações Iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• Não se aplica nem a transação penal nem a suspensão condicional do processo
8.2. Sujeitos do crime
• Crime comum: Qualquer pessoa pode pra*cá-lo, até o proprietário do material
• O sujeito passivo é a cole*vidade
8.3. Conduta
• É pressuposto para a ocorrência do delito que esteja ocorrendo algum desastre
→ Ex.: Incêndio, inundação, naufrágio
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
8.4. Voluntariedade
• É a vontade de pra*car uma das condutas descritas no *po
• Não se exige finalidade especial do agente
8.5. Consumação e Tenta'va
• Ocorre no momento em que o agente pra*ca qualquer das condutas
→ Não precisa comprovar perigo concreto, pois é crime de perigo abstrato
• A tenta*va é admissível
8.6. Majorantes de pena
• Aplica-se somente o disposto na primeira parte do ar*go 258
8.7. Ação Penal
• Será pública incondicionada
8.8. Princípio da especialidade
• O Código Penal Militar pune o ato de subtração, ocultação ou inu*lização de material de
socorro pra*cado na forma do art. 9º
9. Formas Qualificadas de Crime de Perigo Comum
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena
priva*va de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso
de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte,
aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço. 
9.1. Considerações gerais
• A primeira parte majora a pena se do crime doloso resulta lesão corporal grave ou morte
→ Preterdolo
• A segunda parte aumenta a pena se há os mesmos resultados mas para crime culposo
• Não há concurso de crimes se na mesma conduta de crime de perigo comum ocorre a lesão
corporal ou morte de mais de uma pessoa
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
10. Difusão de Doença ou Praga
Art. 259 - Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de
u*lidade econômica:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Modalidade culposa
Parágrafo único - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a seis meses, ou multa.
10.1. Considerações gerais
• A tutela penal recai sobre a incolumidade pública
• Esse disposi*vo foi revogado tacitamente pela Lei 9.605/98, que é mais abrangente
→ Outros meios para a prá*ca do crime
→ Prevê a possibilidade de danos a bens jurídicos não considerados no CP
Capítulo II
Dos Crimes Contra a Segurança dos Meios de Comunicação e Transporte
e Outros Serviços Públicos
1. Perigo de Desastre Ferroviário
Art. 260 - Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro:
I - destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante
ou de tração, obra-de-arteou instalação;
II - colocando obstáculo na linha;
III - transmi*ndo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo ou
embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia;
IV - pra*cando outro ato de que possa resultar desastre:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
1.1 Considerações Iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• Não se aplica a transação penal ou a suspensão condicional do processo
→ Exceto se a conduta for culposa e não incidir majorante, caso em que ambas se aplicam
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
1.2. Sujeitos do crime
• Crime comum: Qualquer pessoa pode pra*cá-lo, mesmo funcionários da ferroviária
• O sujeito passivo é a cole*vidade e eventuais lesados
1.3. Conduta
• Estrada de ferro = Qualquer via de comunicação em que circulem veículos de tração
mecânica
• São 4 as formas de impedir (obstruir) ou perturbar (atrapalhar) serviço de estrada de ferro,
incluindo forma genérica
• Devem ser comprovado o perigo de desastre
• Pode ocorrer tanto por ação quanto por omissão
→ Ex.: Funcionário que deixa de operar a chave de desvio
• É dispensável que o veículo esteja em movimento ou com passageiros
1.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial do agente
Obs.:
O “surf ferroviário” não tem sido considerado como *pificado nesse *po penal pela
jurisprudência, pois lhe falta a vontade livre e consciente de criar situação concreta de perigo de
desastre ferroviário.
1.5. Consumação e Tenta'va
• O crime se consuma no momento em que é instalado o perigo de desastre ferroviário
• A tenta*va é possível na forma comissiva
1.6. Qualificadora, Majorantes de pena e forma culposa
1.6.1. Qualificadora
§ 1º - Se do fato resulta desastre:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos e multa.
• Preterdolo: Conduta pra*cada dolosamente com resultado culposo de desastre ferroviário
• É impossível haver a tenta*va aqui
→ O resultado tem que ser culposo
→ A conduta inicial já é o crime em estudo
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
1.6.2. Forma culposa
§ 2º - No caso de culpa, ocorrendo desastre:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
§ 3º - Para os efeitos deste ar*go, entende-se por estrada de ferro qualquer via de comunicação
em que circulem veículos de tração mecânica, em trilhos ou por meio de cabo aéreo.
• O agente age com negligência, imprudência ou imperícia
• Só é possível quando o desastre é causado por terceiro e o agente, com culpa, não o evita
1.6.3. Majorantes de pena
• Aplica-se o ar*go 258
1.7. Ação Penal
• Será pública incondicionada
1.8. Princípio da especialidade
• O Código Penal Militar pune o perigo de desastre ferroviário e o efe*vo desastre pra*cado
em local sob administração ou requisição militar
• A Lei de Segurança Nacional pune a conduta de pra*car sabotagem contra meios e vias de
transporte
2. Atentado contra a segurança de transporte marí'mo, fluvial ou aéreo
Art. 261 - Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou pra*car qualquer ato
tendente a impedir ou dificultar navegação marí*ma, fluvial ou aérea:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
2.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• Não se admite nem a transação penal nem a suspensão condicional do processo
→ Exceto se a conduta for culposa sem majorantes, onde ambas se aplicam
→ Exceto se a conduta for culposa com lesão grave, só cabendo a suspensão
2.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o delito, inclusive o proprietário do veículo
• O sujeito passivo é a cole*vidade e eventuais lesados
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
2.3. Conduta
• Existem duas formas de pra*car a conduta
→ Exposição de embarcação ou aeronave a perigo
→ Prá*ca de ato tendente a impedir ou dificultar navegações marí*mas, fluviais, aéreas
• Deve ser aeronave ou embarcação des*nada a transporte cole*vo
• Difere da contravenção penal de abuso na prá*ca de aviação
→ Na contravenção o piloto tem conhecimento técnico, o que diminui o perigo a pessoas
indeterminadas, sendo pois um risco controlado
Art. 35. Entregar-se na prá*ca da aviação, a acrobacias ou a vôos baixos, fora da zona em que a lei
o permite, ou fazer descer a aeronave fora dos lugares des*nados a esse fim:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco
contos de réis.
2.4. Voluntariedade
• Não se exige finalidade especial por parte do agente
• Se a intenção é matar alguém, o agente respondera pelos dois crimes em concurso formal
2.5. Consumação e Tenta'va
• Consuma-se o crime no momento em que se verifica a criação de perigo
• A tenta*va é admissível
2.6. Qualificadora, Majorantes de pena e forma culposa
§ 1º - Se do fato resulta naufrágio, submersão ou encalhe de embarcação ou a queda ou
destruição de aeronave:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Prá*ca do crime com o fim de lucro
§ 2º - Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente pra*ca o crime com intuito de obter
vantagem econômica, para si ou para outrem.
Modalidade culposa
§ 3º - No caso de culpa, se ocorre o sinistro:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
• Preterdolo: Dolo nas condutas do caput e culpa no resultado de dano
• A vantagem econômica visada pelo agente enseja a aplicação da pena de multa
→ Mesmo se for em favor de terceiro
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
2.7. Ação penal
• A ação penal será pública incondicionada
2.8. Princípio da especialidade
• O Código Penal Militar pune as condutas realizadas em local sujeito à administração militar
contra aeronave ou navio sob guarda, proteção ou requisição militar
• A Lei de Segurança Nacional pune quem se apodera de aeronave, embarcação ou veículo
de transporte cole*vo com emprego de violência ou grave ameaça à tripulação ou
passageiros
• A Lei 11.343/06 pune aquele que conduz embarcação ou aeronave após o consumo de
drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem
3. Atentado contra a segurança de outro meio de transporte
Art. 262 - Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o
funcionamento:
Pena - detenção, de um a dois anos.
3.1. Considerações iniciais
• São os meios de transporte como o rodoviário e o lacustre, com pena minorada
• Tutela-se ainda a incolumidade pública
• Permite-se a transação penal e a suspensão condicional do processo
→ São afastados em caso de desastre, *pificado no S 1º e de crime doloso com majorante
3.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o crime, inclusive o proprietário (crime comum)
• O sujeito passivo é a cole*vidade e eventuais lesados
3.3. Conduta
• Excluem-se os meios de transporte já tratados anteriormente
• O veículo deve estar efe*vamente servindo ao público
• Crime de perigo concreto, exige-se a efe*va comprovação de risco
3.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial por parte do agente
→ Se o fim era matar alguém, responde em concurso formal pelos dois crimes
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
3.5. Consumação e tenta'va
• A consumação se dá no momento em que se verifica o perigo concreto
• É possível a tenta*va
3.6. Qualificadora, majorantes de pena e forma culposa
§ 1º - Se do fato resulta desastre, a pena é de reclusão, de dois a cinco anos.
§ 2º - No caso de culpa, se ocorre desastre:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
• O crime é qualificado se da conduta pra*cada resulta desastre
• A forma culposa e as majorantes ocorrem conforme os crimes anteriores
3.7. Ação Penal
• Será pública incondicionada
3.8. Princípio da especialidade
• A Lei de Segurança Nacional pune quem pra*ca sabotagem contrameios e vias de
transporte, estaleiros, portos e aeroportos
• O Código Penal Militar pune o atentado contra viatura ou outro meio de transporte militar,
ou sob guarda, proteção ou requisição militar
4. Forma qualificada
Art. 263 - Se de qualquer dos crimes previstos nos arts. 260 a 262, no caso de desastre ou sinistro,
resulta lesão corporal ou morte, aplica-se o disposto no art. 258.
4.1. Considerações gerais
• Aplica-se o ar*go 258
• A primeira parte majora a pena se do crime doloso resulta lesão corporal grave ou morte
→ Preterdolo
• A segunda parte aumenta a pena se há os mesmos resultados mas para crime culposo
• Não há concurso de crimes se na mesma conduta de crime de perigo comum ocorre a lesão
corporal ou morte de mais de uma pessoa
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
5. Arremesso de Projé'l
Art. 264 - Arremessar projé*l contra veículo, em movimento, des*nado ao transporte público por
terra, por água ou pelo ar:
Pena - detenção, de um a seis meses.
5.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• É possível a transação penal e a suspensão condicional do processo
→ Exceto se ocorrer a morte, quando ambos os bene�cios são afastados
5.2. Sujeitos do crime
• Crime comum
• O sujeito passivo é a cole*vidade e também eventuais lesados pela conduta
5.3. Conduta
• O transporte público pode ser tanto de pessoas quanto de coisas
→ Para Bitencourt, se for arremessado contra veículo par*cular não há crime
→ Para Mirabete, tanto faz se é público ou privado, desde que des*nado ao transporte de
número indeterminado de pessoas
• O veículo deve estar em movimento
• O projé*l não pode ser proveniente de arma de fogo, pois seria outro o crime
5.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige a presença do elemento subje*vo especial do injusto
5.5. Consumação e tenta'va
• Consuma-se o crime no momento em que o projé*l é lançado, mesmo se não a*ngir o
veículo
• Há divergências quanto à possibilidade de tenta*va
→ Para Fragoso, o crime é unissubsistente
→ Para Mirabete, há a tenta*va quando se inicia o arremesso mas o resultado perigo não
ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
5.6. Qualificadoras
Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois
anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço. 
• Preterdolo: Dolo na conduta e culpa no resultado
• Se o agente age com dolo também quanto ao resultado, responde por ambos os crimes em
concurso
5.7. Ação penal
• A ação penal será pública incondicionada
5.8. Princípio da especialidade
• O Código Penal Militar pune o arremesso de projé*l realizado contra veículo militar
6. Atentado Contra a Segurança de Serviço de U'lidade Pública
Art. 265 - Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor,
ou qualquer outro de u*lidade pública:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
6.1. Considerações Iniciais
• Tutela sobre a incolumidade pública
• É permi*da a suspensão condicional do processo
→ Exceto se incidir a causa de aumento de pena do parágrafo único
6.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o delito em estudo
• O sujeito passivo é o Estado
6.3. Conduta
• O serviço de u*lidade pública é diferente do serviço público em geral
→ É de u*lidade pública quando a lei diz ou quando é expressivo de encargo
• Não tem relevância o meio u*lizado pelo agente
→ Basta que possa causar risco à segurança ou ao funcionamento dos serviços públicos
Obs.: 
O movimento de greve não configura este crime, de acordo com a jurisprudência, pois
não costuma haver criação de perigo à cole*vidade
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
6.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige o elemento subje*vo especial do agente
6.5. Consumação e Tenta'va
• Consuma-se o crime com o atentado contra o serviço de u*lidade pública
→ O perigo é presumido, não precisa de comprovação do concreto perigo
→ A tenta*va é perfeitamente possível
6.6. Majorante de pena
Parágrafo único - Aumentar-se-á a pena de 1/3 (um terço) até a metade, se o dano ocorrer em
virtude de subtração de material essencial ao funcionamento dos serviços.
• Maior gravidade da conduta por causa da subtração do material
6.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
6.8. Princípio da especialidade
• A Lei de Segurança Nacional
• O Código Penal Militar
• A Lei 6.453/77 pune quem impedir ou dificultar o funcionamento de instalação nuclear ou
transporte de material nuclear
7. Interrupção ou Perturbação de Serviço Telegráfico, Telefônico, Informá'co,
Telemá'co ou de Informação de U'lidade Pública
Art. 266 - Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou 
dificultar-lhe o restabelecimento:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
§ 1º Incorre na mesma pena quem interrompe serviço telemá*co ou de informação de u*lidade 
pública, ou impede ou dificulta-lhe o restabelecimento. 
7.1. Considerações Iniciais
• Tutela a incolumidade pública
→ Nem sempre causando perigo, mas sempre atenta contra o interesse cole*vo
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
• Permite a suspensão condicional do processo
→ Exceto quando incidente a majorante do S 2º
7.2. Sujeitos do crime
• Crime comum, inclusive o executor do serviço pode pra*cá-lo
• O sujeito passivo é a cole*vidade
7.3. Conduta
• Transmissão de mensagens a distância por meio de sons ou sinais
• Somente os serviços elencados no caput, sem possibilidade de interpretação extensiva
• Pode ocorrer de diversas formas:
→ Atentando-se contra as instalações, aparelhos ou funcionários
7.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial do agente
7.5. Consumação e Tenta'va
• É uma infração de perigo abstrato, não sendo necessário comprovar o perigo
• Consuma-se com a prá*ca de alguns atos previstos no *po
→ Deve ser dirigido a a*ngir número indeterminado de pessoas
• A tenta*va é perfeitamente possível
7.6. Majorante de pena
§ 2º Aplicam-se as penas em dobro se o crime é come*do por ocasião de calamidade pública.
• A pena é duplicada se o crime for pra*cado por ocasião de calamidade pública
7.7. Ação Penal
• É pública incondicionada
7.8. Princípio da especialidade
• A Lei de Segurança Nacional
• O Código Penal Militar
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
Capítulo III
Dos Crimes Contra a Saúde Pública
1. Introdução
• A maior parte desses crimes são crimes de perigo
→ Normalmente não há lesão substancial
• Subdividem-se em crime de perigo concreto e crime de perigo abstrato
→ Concreto: É necessário comprovar o risco de lesão
→ Abstrato: O risco é presumido por lei
 - Alguns dizem que não existe perigo presumido, mas o STF, em recente julgado, admi*u
a sua criação como meio eficiente de o Estado proteger certos interesses
2. Epidemia
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:
Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
2.1. Considerações Iniciais
• Não é permi*da a transação penal nem a suspensão condicional do processo
→ Exceto na modalidade culposa, onde ambos são possíveis se não houver morte
2.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*cá-lo (crime comum)
• O sujeito passivo é a cole*vidade, mas também todos que foram a*ngidos 
2.3. Conduta
• Epidemia = Surto de uma doença transitória que ataca simultaneamente número
indeterminado de indivíduos em certa localidade
• O crime não exige meio específico para ser pra*cado, podendo se realizar até por omissão
• Somente a propagação de doença humana é que configura o crime
2.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial por parte do agente
2.5. Consumaçãoe tenta'va
• Somente se consuma com a ocorrência de epidemia
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
• A tenta*va é admissível
→ Ex.: O agente emprega os meios mas as autoridades agem antes que se espalhe
2.6. Majorante de pena e forma culposa
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a
quatro anos.
2.6.1. Majorante de pena
• Basta a ocorrência de uma morte para que a pena seja majorada
• A epidemia com resultado morte é crime hediondo segundo a lei 8.072/90
2.6.2. Forma culposa
• A provocação culposa é aquela acompanhada de negligência, imprudência ou imperícia
2.7. Ação Penal
• Será pública incondicionada
2.8. Princípio da especialidade
• O Código Penal Militar
3. Infração de Medida Sanitária Preven'va
Art. 268 - Infringir determinação do poder público, des*nada a impedir introdução ou propagação
de doença contagiosa:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.
3.1. Considerações Iniciais
• Protege-se a incolumidade pública
• É permi*da a transação penal e a suspensão condicional do processo
→ Exceto no caso do parágrafo único com resultado morte, onde nenhum é possível
3.2. Sujeitos do crime
• Crime comum
• O sujeito passivo é a cole*vidade e também os eventuais lesados
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
3.3. Conduta
• Pode ocorrer tanto de maneira comissiva quanto omissiva
• Não é a violação de qualquer disposi*vo que caracteriza o crime
→ Somente a de disposi*vo voltado ao impedimento de introdução ou propagação de
doença contagiosa (norma penal em branco)
Obs.:
O abate irregular de gado e a reu*lização de agulhas hipodérmicas em hospital
configuram esse crime segundo a jurisprudência.
3.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial do agente
Obs.:
A carne ob*da através do abate clandes*no des*nado ao consumo par*cular não
configura o crime por ausência de dolo, já que não há perigo à saúde pública.
3.5. Consumação e Tenta'va
• Consuma-se no momento em que é violada a determinação, é crime de perigo abstrato
• Admite-se a tenta*va
3.6. Majorantes de pena
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou
exerce a profissão de médico, farmacêu*co, den*sta ou enfermeiro.
• Jus*fica-se a punição mais severa por causa de qualidade das pessoas que a pra*cam
→ Deveriam zelar pela saúde pública
3.7. Ação Penal
• Será pública incondicionada
4. Omissão de No'ficação de Doença
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja no*ficação é
compulsória:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
4.1. Considerações iniciais
• Gera dano à incolumidade pública pois não evita sua propagação a outras pessoas
• É possível a transação penal e a suspensão condicional do processo
→ Se presente a majorante do art. 285, somente se aplica a suspensão
4.2. Sujeitos do crime
• Crime próprio, só pode ser pra*cado por médico, admi*ndo-se a par*cipação de terceiros
• O sujeito passivo é a cole*vidade
4.3. Conduta
• A conduta é omissiva
• É norma penal em branco, pois é necessário definir quais doenças são de no*ficação
compulsória
→ Ex.: Cólera, rubéola
→ Também devem no*ficar doenças profissionais e as produzidas por condições especiais
de trabalho, mesmo se houver apenas a suspeita de doença
• Basta que o médico tenha conhecimento da doença, não precisa de contato com o doente
4.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial do agente
4.5. Consumação e tenta'va
• Consuma-se quando o médico, ciente da doença, deixa de denunciá-la à autoridade
sanitária
• A tenta*va é inadmissível pois este é um crime omissivo puro
4.6. Majorantes de pena
• Aplicam-se as majorantes previstas no ar*go 258
4.7. Ação Penal
• Será pública incondicionada
4.8. Princípio da especialidade
• O código penal militar pune a omissão de no*ficação de doença pelo médico militar
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
5. Envenenamento de Água Potável ou de Substância AlimenEcia ou Medicinal
Art. 270 - Envenenar água potável, de uso comum ou par*cular, ou substância alimenEcia ou
medicinal des*nada a consumo:
Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
5.1. Considerações iniciais
• É tutelada a incolumidade pública
• Possível incompa*bilidade com o ar*go 54 da lei 9.605/98 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em
danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significa*va
da flora:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
→ Seria incompaEvel no que tange ao envenenamento de água potável
 - É uma poluição 
 - Se aplicaria a lei 9.605/98
→ Não é incompaEvel pois poluição e envenenamento são de diferente gravidade
 - A potencialidade lesiva do envenenamento é muito maior
 - Não faz sen*do equiparar ambas as condutas
• Não são possíveis a transação penal nem a suspensão condicional do processo
→ Exceto na modalidade culposa, que permite ambos se não houver morte
 - Se houver lesão grave somente se aplica a suspensão condicional do processo
5.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o crime, inclusive o dono da substância alimenEcia ou
medicinal desde que esta se des*ne ao consumo de outras pessoas
• O sujeito passivo é a cole*vidade e os eventuais a*ngidos
5.3. Conduta
• Veneno = Substância que por reação química é capaz de intoxicar o organismo humano,
destruindo ou desequilibrando suas funções vitais
• Pode ser pra*cado por ação ou omissão 
• Objetos materiais: Água potável, Substância alimenEcia, Substância medicinal
• A substância envenenada deve estar acessível a um número indeterminado de pessoas
5.4. Voluntariedade
• É o dolo
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
• Não se exige finalidade especial do agente
→ Se na intenção de matar alguém o objeto está disponível ao uso comum, o agente
responde pelo homicídio tentado ou consumado e pelo crime em estudo
5.5. Consumação e tenta'va
• Consuma-se no momento em que se verifica o envenenamento do objeto, perigo abstrato
• A tenta*va é admissível
5.6. Majorantes de pena e formas culposa e equiparada
5.6.1. Forma equiparada
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, para o fim de ser
distribuída, a água ou a substância envenenada.
• Não é a pessoa que envenenou, mas a responsável pela distribuição ou entrega
• “Ter em depósito” é crime permanente
5.6.2. Forma culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
• O agente permite que a substância seja envenenada por imprudência, negligência ou
imperícia
5.6.3. Majorantes de pena
• Aplica-se o disposto no ar*go 258 
→ Se ocorrer a morte, não é homicídio doloso qualificado, não há o ânimo de matar
5.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
6. Corrupção ou Poluição de Água Potável
Art. 271 - Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou par*cular, tornando-a imprópria
para consumo ou nociva à saúde:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
6.1. Considerações gerais
• Tutela-se a incolumidade pública
• O STJ defende que este crime foi absorvido pelo ar*go 54 da Lei 9.605/98
→ Posterior, específico e mais brando
7. Falsificação, Corrupção, Adulteração ou Alteração de Substância ou Produtos
AlimenEcios
Art. 272 - Corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimenEciodes*nado a
consumo, tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutri*vo:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
7.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública 
• Não se admite a transação penal nem a suspensão condicional do processo
→ Exceto na modalidade culposa sem majorantes, onde ambas são permi*das
7.2. Sujeitos do crime
• Crime comum
→ Não precisa ser o fabricante ou comerciante
• O sujeito passivo é a cole*vidade e eventuais lesados
7.3. Conduta
• Pune tanto quem torna o produto nocivo à saúde quanto quem diminui seu valor nutri*vo
→ Para Delmanto, isso é desproporcional pois são condutas de gravidades diversas
• Pode ocorrer de forma omissiva
→ O agente não toma o cuidado necessário para evitar a contaminação 
• É imprescindível que a nocividade tenha a capacidade de causar efe*vo dano ao organismo
de quem a ingerir e que esteja des*nada ao consumo de pessoas indeterminadas
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
7.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial por parte do agente
7.5. Consumação e tenta'va
• A consumação ocorre com a prá*ca de uma das condutas nucleares Epicas
→ Não é necessário analisar se houve efe*vo dano à saúde, basta a possibilidade
• A tenta*va é possível
• Ter em depósito a substância des*nada à falsificação é punido conforme art. 277
→ Não é mero ato preparatório
7.6. Majorantes de pena e formas equiparada e culposa
7.6.1. Forma equiparada
§ 1º-A - Incorre nas penas deste ar*go quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em
depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a substância
alimenEcia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado.
§ 1º - Está sujeito às mesmas penas quem pra*ca as ações previstas neste ar*go em relação a
bebidas, com ou sem teor alcoólico.
• O sujeito a*vo é pessoa diversa do falsificador
→ A coisa já está falsificada, adulterada ou corrompida
• Não precisa haver dano efe*vo, consuma-se com a prá*ca de qualquer dos núcleos
• A tenta*va é possível, mas de di�cil configuração
→ Na modalidade de importar a tenta*va fica mais clara
7.6.2. Forma culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa
• A falsificação e a fabricação não são abarcados pois incompaEveis com a culpa
7.6.3. Majorantes da pena
• Aplica-se o ar*go 258, integralmente
7.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
8. Falsificação, Corrupção, Adulteração ou Alteração de Produto Des'nado a Fins
Terapêu'cos ou Medicinais
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto des*nado a fins terapêu*cos ou
medicinais:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa.
8.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• É um crime hediondo, exceto em sua modalidade culposa
• Não admite a transação penal nem a suspensão condicional do processo
→ Exceto na conduta culposa sem majorante, onde é possível a suspensão
8.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o crime, não precisa ser o fabricante
• O sujeito passivo é a cole*vidade e os eventuais lesados
8.3. Conduta
• Pra*ca o crime quem, fundamentalmente, modifica o produto que fabrica, empregando
substância inadequada ou mesmo inócua, ou apenas lhe reduzindo o valor terapêu*co
• No S 1º há uma equiparação que é bastante cri*cada na doutrina
→ Para Monteiro, a modificação de produtos cosmé*cos não é tão grave
→ Para Nucci, os produtos equiparados também podem causar dano à cole*vidade
→ “Solução”: Se *ver fim terapêu*co ou medicinal, aplica-se este ar*go.
8.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial por parte do agente
8.5. Consumação e tenta'va
• Consuma-se com a prá*ca de qualquer das ações Epicas, não precisa de disposição a
consumo, crime de perigo abstrato
• A tenta*va é possível
• Ter em depósito substância des*nada a essa falsificação é punido pelo ar*go 277
8.6. Majorantes de pena e forma equiparada e culposa
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
8.6.1. Forma equiparada
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para
vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido,
adulterado ou alterado.
§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este ar*go os medicamentos, as matérias-
primas, os insumos farmacêu*cos, os cosmé*cos, os saneantes e os de uso em diagnós*co.
• O sujeito a*vo é pessoa diversa do falsificador
→ Deve haver finalidade de des*nação a venda
• “Exposição à venda” e “Depósito” são crimes permanentes
• A tenta*va é de di�cil configuração, mas possível
→ Simples no caso de importação 
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste ar*go quem pra*ca as ações previstas no § 1º em relação a
produtos em qualquer das seguintes condições:
I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente;
II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior;
III - sem as caracterís*cas de iden*dade e qualidade admi*das para a sua comercialização;
IV - com redução de seu valor terapêu*co ou de sua a*vidade;(
V - de procedência ignorada;
VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente.
• Produto que não foi registrado no órgão sanitário
→ Norma penal em branco: Que produtos precisam de registro?
• Sua composição é diversa da que consta no registro do órgão sanitário 
• Produto originário do comércio clandes*no
8.6.2. Forma culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa
• Há divergência quanto ao crime “falsificar”
→ Poderia ser pra*cado mediante imprudência, negligência ou imperícia?
8.6.3. Majorantes de pena
• Aplica-se o ar*go 258
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
8.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
9. Emprego de Processo Proibido ou de Substância Não Permi'da
Art. 274 - Empregar, no fabrico de produto des*nado a consumo, reves*mento, gaseificação
ar*ficial, matéria corante, substância aromá*ca, an*-sép*ca, conservadora ou qualquer outra
não expressamente permi*da pela legislação sanitária:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa
9.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública no que diz respeito à saúde cole*va
• Admite-se apenas a suspensão condicional do processo, não incidindo a majorante
9.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o crime, mas é mais comum o fabricante ou o comerciante
• O sujeito passivo é a cole*vidade e eventuais lesados
9.3. Conduta
• É necessária a permissão expressa da legislação sanitária, não só “não vedar”
• É lei penal em branco, devendo ser complementada por legislação sanitária
• A simples manutenção em depósito não é crime, mas ato preparatório
Obs.:
Se o crime é de expor à venda ou vender mercadoria ou produto alimenEcio cujo fabrico
haja desatendido a determinações oficiais quanto ao peso e composição, o crime será contra a
economia popular.
9.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade específica
9.5. Consumação e Tenta'va
• A consumação ocorre no momento em que o agente emprega a substância
• A tenta*va é possível
→ Ex.: Colocação da substância no maquinário e é impedido de empregá-la
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
9.6. Majorantes de pena
• Aplica-se o ar*go 258
9.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
10. Invólucro ou Recipiente com Falsa Indicação
Art. 275 - Inculcar, em invólucro ou recipiente de produtos alimenEcios, terapêu*cos ou
medicinais, a existência de substância que não se encontra em seu conteúdo ou que nele existe
emquan*dade menor que a mencionada:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa
10.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• Admite apenas a suspensão condicional do processo, não incidindo majorante
10.2. Sujeitos do crime
• Crime comum, mais comum por aquele que comercializa e/ou fabrica o produto
• O sujeito passivo é a cole*vidade
10.3. Conduta
• Pune-se quem realiza a conduta do caput 
• O objeto material são somente o invólucro e o recipiente
→ Não se inclui bole*ns, catálogos, folhetos, propaganda, etc
 - Nesse caso pode ser fraude no comércio – art 175
10.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial por parte do agente
10.5. Consumação e tenta'va
• Consuma-se com a falsa indicação, não necessitando estar à disposição do consumidor
→ Há jurisprudência exigindo a comprovação da nocividade do produto
• A tenta*va é possível
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
10.6. Majorantes de pena
• Aplica-se o ar*go 258
10.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
11. Produto ou Substância nas Condições dos Dois Ar'gos Anteriores
Art. 276 - Vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar a
consumo produto nas condições dos arts. 274 e 275.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa
11.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• Permite apenas a suspensão condicional do processo, não incidindo majorante
11.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o delito
• O sujeito passivo é a cole*vidade
11.3. Conduta
• Basta um ato para que seja configurado o delito
→ Reiteração é dispensada 
• Não é punível se o agente realizou as condutas previstas nos ar*gos 274 ou 275
11.4. Voluntariedade
• É o dolo
• A finalidade especial do agente só exigida na modalidade “ter em depósito”
→ O produto deve ser des*nado à venda
11.5. Consumação e tenta'va
• A consumação ocorre no momento da prá*ca de uma das condutas nucleares
• Expor à venda e Ter em depósito são crimes permanentes
• A tenta*va é possível, mas de di�cil ocorrência
11.6. Majorantes de pena
• Aplica-se o ar*go 258 em sua integridade
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
11.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
12. Substância Des'nada à Falsificação
Art. 277 - Vender, expor à venda, ter em depósito ou ceder substância des*nada à falsificação de
produtos alimenEcios, terapêu*cos ou medicinais:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
12.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• Admite apenas a suspensão condicional do processo, não incidindo majorante
12.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o crime
• O sujeito passivo será a cole*vidade
12.3. Conduta
• Somente se pune a conduta em relação a substâncias
→ Exclui-se maquinários e outros aparatos
→ Basta que naquele contexto ela sirva para a falsificação 
Obs.: 
É vedada a manutenção em depósito de sulfito de sódio, conservante usado na
falsificação ou adulteração de carne para mascarar estado de putrefação já iniciado.
• Falsificar abarcaria outras condutas como corrupção, adulteração e alteração?
→ Mirabete prega interpretação restri*va
→ Sanches admite essa possibilidade
12.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Alguns entendem que é necessária a finalidade especial do agente
→ A substância deve se des*nar à falsificação
12.5. Consumação e tenta'va
• O delito se consuma com a prá*ca de uma das condutas Epicas
→ Não é necessária a ocorrência de dano, mas precisa de perícia
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
• A tenta*va é possível mas de di�cil configuração 
12.6. Majorantes de pena
• Aplica-se o ar*go 258
12.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
13. Outras Substâncias Nocivas à Saúde Pública
Art. 278 - Fabricar, vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma,
entregar a consumo coisa ou substância nociva à saúde, ainda que não des*nada à alimentação
ou a fim medicinal:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
 
13.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública no que concerne à saúde cole*va
• Admite-se a suspensão condicional do processo, não incidindo majorante
→ Exceto na forma culposa sem resultado morte, onde ambas são permi*das
13.2. Sujeitos do crime
• Crime comum
• O sujeito passivo é a cole*vidade
13.3. Conduta
• São objetos lesivos à saúde humana, mesmo sem fim alimenEcio ou medicinal
→ Ex.: Perfume, cosmé*cos, canetas
→ Os fins alimenEcios e medicinais estão tutelados em outros ar*gos
• Substância nociva difere da imprópria para consumo
→ Nociva = Prejudicial, causa dano à saúde de quem a consome
 - A nocividade é inerente à coisa ou à substância, não decorre do uso indevido
→ Imprópria = Inadequada
• A substância deve se des*nar ao consumo de número indeterminado de pessoas
13.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial do agente
→ Exceto na manutenção em depósito, onde o fim deve ser o de vender o objeto
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
13.5. Consumação e tenta'va
• Consuma-se com a prá*ca de qualquer das condutas, independe da ocorrência de dano
• A tenta*va é possível, mas de di�cil configuração
13.6. Majorantes de pena e forma culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
• O agente não sabe da nocividade da coisa ou substância por não se atentar às cautelas
devidas
• Aplica-se o ar*go 258
13.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
13.8. Princípio da especialidade
• O Estatuto da Criança e do Adolescente pune quem vender, fornecer, ministrar ou entregar
a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes podem causar
dependência �sica ou psíquica, ainda que por u*lização indevida
14. Substância Avariada
Art. 279 - Vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar
a consumo substância alimenEcia ou medicinal avariada:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, de um a dez contos de réis.
• Ar*go revogado pela Lei 8.137/90
15. Medicamento em Desacordo com Receita Médica
Art. 280 - Fornecer substância medicinal em desacordo com receita médica:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa.
15.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• Admite a suspensão condicional do processo, não incidindo majorante
→ Exceto na forma culposa, que admite a ambos desde que não acabe em resultado morte
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
15.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o delito, não apenas o farmacêu*co
• O sujeito passivo é a cole*vidade e, também, quem adquirir ou consumir o remédio
15.3. Conduta
• O fornecimento pode ser gratuito
• Somente a receita médica vincula o fornecedor do medicamento, não a receita de qualquer
profissional vinculado ao tratamento de pessoas
→ A receita de den*sta não vincula o fornecedor
Obs.:
Há divergência sobre se o fornecimento de substância medicinal de melhor qualidade que
a receitada configura o crime. Para Bento de Faria, configura, pois o *po penal visa proibir a
subs*tuição arbitrária da substância, a medicação deve ser receitada por quem tem a formação
técnica requerida pela lei e conhece o doente e suas par*cularidades. Para Sanches, não se
configura o crime, pois se a qualidade é superior (sem gerar risco) não há ofensa à saúde pública,
que é o bem jurídico tutelado pelo *po. Ainda nesta linha, não comete o crime o farmacêu*co que
subs*tui o medicamento receitado por substância idên*ca vendida como genérica.
• Se o farmacêu*co observar que o médico prescreveu dose excessiva do medicamento:
→ Remédio urgente: Pode corrigir a receitae entregar ao paciente a dose adequada
 - Estado de necessidade
→ Circunstância corriqueira: Contatar o médico para que este corrija a receita
• Se o médico receita o medicamento mas este é manipulado pelo farmacêu*co somente o
exame pericial pode determinar se houve ou não a prá*ca do crime 
15.4. Voluntariedade
• Há de exis*r vontade consciente de fornecer medicamento em desacordo com a receita
• Não é necessário finalidade especial do agente
15.5. Consumação e tenta'va
• Consuma-se com a entrega do medicamento, mesmo se este não for u*lizado
• A tenta*va é possível
15.6. Majorantes e forma culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
• Entrega o medicamento errado por negligência, imprudência ou imperícia
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
• Aplica-se o ar*go 258
15.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
16. Comércio Clandes'no ou Facilitação do Uso de Entorpecentes
Art. 281. Importar ou exportar, vender ou expor à venda, fornecer, ainda que a Etulo gratuito,
transportar, trazer consigo, ter em depósito, guardar, ministrar ou, de qualquer maneira, entregar
a consumo substância entorpecente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:
Pena: reclusão, de um a cinco anos, e multa
• Ar*go revogado pela lei 6.368/76 (an*ga Lei de Drogas)
• Hoje este assunto é tratado na Lei 11.343/2006
17. Exercício Ilegal da Medicina, Arte Dentária ou Farmacêu'ca
Art. 282 - Exercer, ainda que a Etulo gratuito, a profissão de médico, den*sta ou farmacêu*co,
sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - Se o crime é pra*cado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
17.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a incolumidade pública
• Admite-se a transação penal e a suspensão condicional do processo
→ Exceto se incidente a majorante, o que afasta a transação penal
17.2. Sujeitos do crime
• Crime comum na primeira parte do delito: “exercício sem autorização legal”
• Crime próprio na segunda parte do *po: “excedendo-lhe os limites da autorização legal”
→ Somente o médico, o den*sta ou o farmacêu*co
• O sujeito passivo será a cole*vidade e, secundariamente, a pessoa atendida pelo agente
17.3. Conduta
• O cidadão tem que adquirir o direito de exercer a profissão 
→ É necessária a proteção da cole*vidade
• Duas situações de configuração do crime:
→ O agente não possui diploma oficial e se entrega ao exercício destas profissões
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
→ O agente tem habilitação legal mas a extrapola para exercer outras a*vidades
relacionadas à profissão
 - Ex.: O clínico que faz cirurgias plás*cas, parteira que faz tratamento ginecológico
Obs.: 
Se o médico, den*sta ou farmacêu*co, estando registrado na Repar*ção Sanitária de seu
Estado, se muda para outro, sem novo registro do diploma, embora tenha o do Departamento
Nacional de Saúde Pública, configura-se o crime? Já se entendeu que sim, mas recentemente
nossos Tribunais vem decidindo que este ilícito é meramente administra*vo, e não penal, pois o
bem jurídico tutelado (a saúde pública) não está em risco.
• É crime habitual (exercer) em ambas as modalidades, exigindo reiteração de atos
→ Pode ser dispensada se, por exemplo, o agente é preso logo após a primeira consulta
• Se o profissional con*nua a exercer a profissão após ser suspenso por decisão judicial ele
responde pelo delito do ar*go 359 e, segundo Sanches, do ar*go 205
Art. 359 - Exercer função, a*vidade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado
por decisão judicial:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Art. 205 - Exercer a*vidade, de que está impedido por decisão administra*va:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Obs.: 
Para muitos doutrinadores, o crime deixa de exis*r em casos de urgência ou por ocasião
de calamidade pública, comportando-se o agente em estado de necessidade, especialmente em
locais onde não há profissionais e a comunicação com lugares de maiores recursos é di�cil. No
entanto, na jurisprudência essa questão não é pacífica, havendo incompa*bilidade entre o estado
de necessidade e a habitualidade exigida pelo *po penal.
17.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial do agente
→ Se *nha a intenção de lucrar, aplica-se a pena de multa (parágrafo único)
17.5. Consumação e tenta'va
• Consuma-se com a prá*ca reiterada de atos inerentes à profissão sem que haja autorização
legal ou mediante excesso
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
→ Não são relevantes os efeitos desses atos, para a consumação
• Não é necessária a obtenção de lucro para a consumação
• A tenta*va é inadmissível, pois se trata de crime habitual
→ Existem autores que acreditam na possibilidade da tenta*va se tudo estava pronto e o
agente é surpreendido antes de iniciar a a*vidade
17.6. Majorantes de pena
• Aplica-se o ar*go 258
17.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
18. Charlatanismo
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
18.1. Considerações iniciais
• Protege-se a incolumidade pública e a boa-fé 
• É possível a transação penal e a suspensão condicional do processo, mesmo com majorante
18.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o delito, inclusive o médico
• O sujeito passivo é a cole*vidade e os eventuais lesados pela conduta
18.3. Conduta
• Os pontos fundamentais do ilícito são o segredo e a infalibilidade
• O anúncio pode ser feito pelos mais diversos meios
• O charlatanismo e o estelionato:
→ Há jurisprudência determinando a absorção do charlatanismo pelo estelionato
→ Para parcela da doutrina haveria concurso formal de delitos
 - Protegem-se bens jurídicos diversos
18.4. Voluntariedade
• É o dolo
• O sujeito deve estar agindo de má-fé, sabendo que o meio divulgado é ineficaz
• Não se exige finalidade especial por parte do agente
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
18.5. Consumação e tenta'va
• O crime se consuma com o ato de inculcar ou anunciar, mesmo se ninguém for ludibriado
→ Não se exige a habitualidade
• A tenta*va é admissível
18.6. Majorantes de pena
• Aplica-se a primeira parte do ar*go 258
→ Não há modalidade culposa
18.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
19. Curandeirismo
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnós*cos:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - Se o crime é pra*cado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à
multa.
19.1. Considerações iniciais
• Tutela-se a saúde cole*va
• O curandeiro é o ignorante, sem conhecimentos médicos, que se afirma como curador 
• Admite-se a transação penal e a suspensão condicional do processo
→ Exceto se incidir a majorante, caso em que somente se aplica a suspensão
19.2. Sujeitos do crime
• Qualquer pessoa pode pra*car o delito, mesmo o médico
• O sujeito passivo é a cole*vidade e os eventuais lesados
19.3. Conduta
• Há 3 formas de exercer o crime:
→ I: Normalmente é substância que não existe na relação de medicamentos oficiais
→ II: Atos religiosos não são crime exceto se buscam tratar molés*as, diagnos*car, etc
 - Ex.: Não é crime benzer, exorcizar, passes espíritas, etc
Resumo de Rogério Sanches – Julia Prado Dantas
→ III: Função preven*va do médico
• Pode este crime ocorrer em concurso formal com outros crimes
→ Ex.: Estupro e estelionato (discute-se se este não absorveria o curandeirismo)
19.4. Voluntariedade
• É o dolo
• Não se exige finalidade especial doagente
→ A finalidade de lucro meramente aumenta a pena
19.5. Consumação e tenta'va
• A habitualidade é necessária
• Não se condiciona a consumação à ocorrência de dano
• A tenta*va é impossível pois é crime habitual
→ Existe doutrina no sen*do de que é possível
19.6. Majorantes de pena
• Aplica-se a primeira parte do ar*go 258
→ Não há modalidade culposa
19.7. Ação penal
• Será pública incondicionada
20. Forma qualificada
Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste Capítulo, salvo quanto ao
definido no art. 267. 
20.1. Considerações gerais
• Aplicam-se aos crimes neste capítulo a majorante do ar*go 258
→ Exceto no caso do ar*go 267, que tem aumento próprio 
• A primeira parte se trata de crime preterdoloso
→ Resultado culposo de lesão corporal grave ou morte
• Na segunda parte há culpa no antecedente e no consequente
→ Crime culposo e resultado culposo de lesão corporal grave ou morte

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