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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social 5º/6º semestre 2017.2
dalva santana chaves costA
 ELIZABETE DOS SANTOS CARDOSO
kALLIANE MONIA LIMA SILVA MARTINS
PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA EVANGELISTA
SANDRA MARIA RIBEIRO DA COSTA
valquíria fernandes flores teixeira
ESTUDO DE CASO:
POLÍTICA DE PROTEÇÃO À PESSOA IDOSA
GUANAMBI
2017/2
dalva santana chaves costA
ELIZABETE DOS SANTOS CARDOSO
kALLIANE MONIA LIMA SILVA MARTINS
PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA EVANGELISTA
SANDRA MARIA RIBEIRO DA COSTA
valquíria fernandes flores teixeira
	
ESTUDO DE CASO:
POLÍTICA DE PROTEÇÃO À PESSOA IDOSA
Relatório apresentado em requisito a Produção Textual em grupo relativa ao 5º/6º semestre. Produção para as Disciplinas de:
Estágio em Serviço Social II
Nelma dos Santos Assunção Galli
 Serviço Social na Área de Saúde, Previdência Social e Assistência Social
Maria Lucimar Pereira
 Serviço Social e Processos de Trabalho
Amanda Boza Gonçalves Carvalho
Direito e Legislação
Vanessa Vilela Berbel
 GUANAMBI
 2017
Sumário
Introdução___________________________________________________ 4
Desenvolvimento______________________________________________ 5
Conclusão ___________________________________________________16
Referências__________________________________________________17 
Introdução
O referido trabalho tem como objetivo relatar de forma sucinta e clara sobre um estudo de caso com subsídios baseados em referências e documentos devidamente referenciados sobre uma senhora idosa deficiente com 75 anos de idade, beneficiária do BPC – Benefício de Prestação Continuada, faz tratamentos quimioterápicos, reside com um filho dependente químico, que não tem condição de cuidá – la, os outros filhos residem em outro Estado, ela se encontra em situação de vulnerabilidade social(questões de higiene, alimentação, moradia e cuidados básicos) dessa forma a mesma será encaminhada para os órgãos competentes que serão descritos abaixo.
A Estratégia Saúde da Família, e os Agentes Comunitários de Saúde, como caminhos possíveis no processo da reorganização da atenção básica em saúde, sendo assim elege como ponto central o estabelecimento de vínculos e a criação de laços de compromisso e de corresponsabilidade entre os profissionais de saúde e a população. Nessa perspectiva faz com que a família passe a ser o objeto recíproco de atenção, entendida a partir do ambiente onde vive. 
O CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, é a política social responsável no atendimento e no resgate das famílias, que estão com os direitos violados, e em situação de vulnerabilidade social, órgão o qual a Srª Lúcia foi encaminhada pela equipe da ESF, pois na unidade não disponibiliza de um assistente social, assim a partir do CREAS todas as outras demandas correspondentes à família da Srª Lúcia como as questões relacionadas ao Benefício de Prestação Continuada, verba alimentar, rompimento de vínculo familiar, foram atendidas através do profissional responsável da unidade – assistente social, com competência do mesmo fazer as devidas orientações, atendimentos e devidos encaminhamentos de acordo às suas atribuições previsto no Código de Ética Profissional.
Concluindo sobre as dificuldades da profissão perante uma sociedade capitalista e os desafios do Poder Público para executar as políticas públicas que estão sendo ameaças pela nova ordem governamental. 
Desenvolvimento 
Ao observar o dilema que compromete a sociedade brasileira, um deles para o Serviço Social é o aumento de pessoas com mais de 75 anos de idade, onde se constitui como um indicador de fragilidade social, pois quando se alcança essa faixa etária geralmente há consequências da perda do cônjuge e de amigos e também o estreitamento dos relacionamentos sociais, portanto nesse período da vida, em que a rede é um alicerce sendo decisivo e um fator determinante para a sobrevivência.
É possível notar como um desses indicadores o caso da Srª Lúcia que condiz com essa triste realidade brasileira, sabendo que a Srª Lúcia uma idosa que mora apenas com um filho o qual é dependente químico e os outros filhos em outro Estado, os quais romperam os vínculos pelo motivo do irmão ser um dependente químico, e a ACS (agente comunitário de saúde), se responsabilizava pelo recebimento do seu benefício, o mesmo era o BPC – Benefício de Prestação Continuada, pela sua deficiência, e pagava todas as contas e comprava aquilo que seria necessário, à dona Lúcia até o momento em que gerou conflito com o filho dependente. Segundo pesquisas esse fenômeno atinge principalmente o sexo feminino, justificando que, a mulher vive mais do que o homem, por isso são vários os motivos que geram essa fragilidade, além da idade, sexo, estado civil, ainda se associa a diminuição de renda, aumentando assim as despesas, principalmente com a saúde, pois a idade leva a ter uma patologia degenerativa e até muitas vezes incapacitante, sendo de fundamental importância do papel da Estratégia Saúde da Família, pois geralmente é o acesso mais fácil e próximo do usuário, assim como aconteceu com o caso da Srª Lúcia, onde o tudo se iniciou através do trabalho desenvolvido na Estratégia Saúde da Família, que procurou o Centro de Referência para especializado de Assistência Social – CREAS, para que fizesse o acompanhamento da Srª Lúcia, idosa que faz tratamentos com quimioterapias e estava sendo vítima de maus tratos, para isso é necessário compreender a política e o funcionamento de cada órgão e a importância do trabalho em conjunto.
 A Estratégia Saúde da Família (ESF) é composta por equipe multiprofissional que possui, no mínimo, médico especialista em saúde da família, ou médico de família e
comunidade, enfermeiro, técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS). Pode-se acrescentar a esta composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal (ou equipe de Saúde Bucal-eSB): cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família.
Podemos observar algumas das atribuições dos profissionais das equipes de Saúde da Família, de saúde bucal e de Agentes Comunitários de Saúde estão previstas na Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011.
I.Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades;
III. Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, e quando necessário no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros); 
V. Garantir da atenção a saúde buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde;
VI. Participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das necessidades de saúde, procedendo a primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, se responsabilizando pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo(BRASIL).
 A importância do trabalho da Estratégia Saúde da Família vinculada a esse público, além de ser prioritário, para auxilia–los nos cuidados básicos da saúde e da prevenção de acidentes e doenças.
Assim como foi descrito, na ESF não tem atendimento de um assistente social e como o caso da Srª Lúcia foi questão de maus tratos e um filho dependente químico, incluindo outros agravantes houve então a necessidade de uma intervenção de outroórgão, como foi o caso que os profissionais encaminhou para o 
CREAS, portanto compreende aqui entender o que é, e a política de funcionamento, é integrante do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, que se constitui dentro de uma lei maior que é a LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993, onde o Art 1º define “ A assistência social, direito do cidadão 
e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas”( BRASIL), assim o CREAS foi incluído através da Lei nº 12.435 de 2011,numa unidade pública estatal de média complexidade responsável por ofertar orientação e dar apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados. Por isso, envolve um conjunto de profissionais, composto por assistente social, psicólogo, advogado, coordenador, profissionais de níveis superior ou médio (para abordagens dos usuários), auxiliar administrativo, a quantidade vai depender do porte de cada município, portanto os processos de trabalho oferecem apoio e acompanhamento especializado. O principal objetivo é o resgate das famílias, e dos direitos violados, potencializando sua capacidade de proteção aos seus membros  fortalecendo a autoestima dos indivíduos usuários, e seus familiares, para que haja o encorajamento, e reinserção dos mesmos na sociedade. 
No CREAS pode ser atendida toda a população, como por exemplo, aqueles que tenham sofrido violação de direitos (crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual, violência física, psicológica ou negligência) crianças e adolescentes em situação de mendicância ou que estejam sob “medida de proteção” ou “medida pertinente aos pais ou responsáveis”, tanto adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, sendo Prestação de serviço a Comunidade - PSC ou Liberdade Assistida – LA, assim também oferece Proteção e Atendimento Especializado a Família e Indivíduos (PAEFI), sendo que esse serviço de orientação é o recomendado no caso de dona Lúcia pois o PAEFI é um serviço que acompanha as famílias que possuem um ou mais indivíduos em situação de vulnerabilidade, ameaça ou violação de direitos, a equipe do CREAS acompanha as famílias, auxiliando no rompimento do ciclo de violação dos direitos em seu meio interno, buscando prevenir reincidências, fortalecendo seu papel de proteção e restabelecendo o empoderamento dos mesmos.
No Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, são realizadas as intervenções pela a equipe, respeitando as diferenças, crenças e realidade de cada indivíduo. Segue abaixo as principais ações do CREAS: 
Acolhida a escuta qualificada individual, voltada para a identificação de
necessidades de indivíduos e famílias;
Produção de materiais educativos com suporte aos serviços;
Realização de cursos de capacitação para equipes multiprofissionais;
Realização de visitas domiciliares;
Atendimento sóciofamiliar;
Atendimento Psicossocial individual e em grupos de usuários e suas famílias, inclusive com orientação jurídico-social em casos de ameaça ou violação de direitos individuais e coletivos;
Monitoramento da presença do trabalho infantil e das diversas formas de negligência, abuso e exploração, mediante abordagem de agentes institucionais em vias públicas e locais identificados pela existência de
situações de risco (BRASIL)
Ao analisar a história da Srª Lúcia, nota-se que a equipe da Estratégia Saúde da Família tomou as medidas cabíveis ao procurar o CREAS, pois além da violação de direitos, e os problemas familiares, a Srª Lúcia ainda enfrenta outros problemas, ela é beneficiária do BPC – Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social, recebe o mesmo por ser deficiente, mas para compreender o motivo de Srª Lúcia receber o benefício é necessário entender a política desse benefício.
 	O BPC (Beneficio de Prestação Continuada), pago pelo Governo Federal, cuja operacionalização do reconhecimento do direito é do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e assegurado por lei, que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às condições mínimas de uma vida digna. É um benefício da Política de Assistência Social, individual, não vitalício e in- transferível, que garante a transferência mensal de 1 (um) salário mínimo ao idoso, com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental que comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção e nem tê-la provida por sua família. o Beneficio Assistencial ao Idoso ou ao Portador de Deficiência, é também conhecido como Amparo Assistencial, O benefício poderá ser prestado inclusive aos brasileiros naturalizados, desde que residam no Brasil e atendam aos critérios estabelecidos na legislação. , previsto no art. 203 da Constituição Federal de 1988, integrante da Política de Assistência Social, regulamentado pela Lei Orgânica da 
Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993) e pelo Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007.
 	O cidadão pode procurar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo da sua residência para esclarecer dúvidas sobre os critérios do benefício e sobre sua renda familiar, além de receber orientação sobre o preenchimento dos formulários necessários. Para requerer o BPC, o idoso ou a pessoa com deficiência deve agendar o atendimento na Agência da Previdência Social, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mais próxima de sua residência, preencher o formulário de solicitação, o requerente deverá ser atendido nas agências do INSS, apresentar um documento de identificação com foto e o número do CPF, além da documentação dos componentes do seu grupo de família, comprovar ter renda familiar per capita inferior a ¼ de salário mínimo e, caso seja pessoa idosa, comprovar sua idade, caso seja deficiente, comprovar a existência de impedimentos de longo prazo (de natureza física, mental, intelectual ou sensorial e que produzam efeitos por ao menos dois anos) e limitações no desempenho de atividades e restrições na participação social. A comprovação se dará por meio de avaliação médica e social realizada pelos profissionais do INSS.
O BPC integra a Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e para acessá-lo não é necessário ter contribuído com a Previdência Social. O BPC não pode ser acumulado com outro benefício no âmbito da Seguridade Social (como, por exemplo, o seguro desemprego, a aposentadoria e a pensão) ou de outro regime, exceto com benefícios da assistência médica,pensões especiais de natureza indenizatória e a remuneração advinda de contrato de aprendizagem. 
Todo e qualquer cidadão que esteja em condições de acolhimento em instituições de longa permanência (hospital, abrigo ou algo similar) tem o direito de receber o benefício, salvo o beneficiário detido, devidamente comprovado, não fará jus ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social-BPC/LOAS, uma vez que a sua manutenção está sendo provida pelo Estado. O benefício assistencial é intransferível e, portanto não gera pensão aos dependentes, além de não receber o abono anual (13º salário) e não estar sujeito a descontos de qualquer natureza. 
A Constituição refere-se que o inciso 1º  o beneficiário que não realizar a inscrição ou a atualização no CadÚnico, no prazo estabelecido em convocação a ser realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, terá o seu beneficio suspenso.
Como relatado acima a Srª Lúcia enfrenta outros dilemas e deles se refere sobre a dificuldade de não ter uma pessoa da família que se disponibiliza para sacar o dinheiro e por esse motivo quem o faz é a Agente Comunitária de Saúde, pagando todas as contas e fazendo as despesas da casa, mas por desacordo com o filhoque reside coma mãe a ACS, comparece a unidade do CREAS e justifica porque não mais ficará em posse do cartão da Srª Lúcia.
Essa idosa encontra em situação de vulnerabilidade, desprovida de todos os cuidados básicos (higiene, alimentação, tratamento médico), houve o corte de energia e água, o filho que reside com a Srª Lúcia nega o endereço dos irmãos alegando que os mesmos nunca cuidaram da mesma, e ela não tem outros familiares vivos. Ao analisar a situação da Srª Lúcia qual o papel do assistente social perante o caso? 
É possível notar que os idosos são potenciais consumidores de Serviços de Saúde e de Assistência. Sendo que esse grupo apresenta uma grande carga de doenças crônicas e incapacitantes, quando comparado a outros grupos etários, resultando assim numa demanda crescente por serviços sociais e de saúde.
Com a perspectiva de ampliar o conceito de “envelhecimento saudável”, a Organização Mundial da Saúde propõe “Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde” (2005), ressaltando que o governo, as organizações internacionais e a sociedade civil devam implementar políticas e programas que melhorem a saúde, a participação e a segurança da pessoa idosa. Considerando o cidadão idoso não mais como passivo, mas como agente das ações a eles direcionadas, numa abordagem baseada em direitos, que valorize os aspectos da vida em comunidade, identificando o potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida (BRASIL,2006).
 
Para que tudo isso ocorra de acordo as normas do Estatuto do Idoso é necessário que por meio de equipes multiprofissionais, que por sua vez necessitam de treinamentos e capacitações, atuem como equipe de apoio e desenvolvimento 
em prol desse público que vem crescendo de forma rápida, e o que acerca em torno dessa nova estrutura a respeito dos direitos dos idosos reflete na mudança demográfica que vem ocorrendo no Brasil, que, por sua vez, impulsiona o Estado a repensar em suas ações não apenas na área de saúde para essa nova realidade, mas também para área social, sendo que aproximadamente 21 milhões da população brasileira, o que equivale a 11% da população, são pessoas idosas e que a maioria deles sobrem violação de direitos e estão em situação vulnerabilidade. 
 Sabe-se que este estado de dependência entende – se como um dos fatores de risco de maneira significativa, sendo assim não basta apenas o trabalho desenvolvido nas ESFs, e na área social, mas é de fundamental importância a participação da família, onde a mesma é a primeira fonte de cuidado, notando assim que isso não acontece na família da Srª Lúcia.
E a situação que a Srª Lúcia se encontra é de necessário a ajuda dos filhos mesmo que morem em outro Estado, perante a Lei ela está resguardada e tem o direito de ser cuidada por eles, principalmente o que se refere a alimentação, salvo apenas se for comprovado que os mesmos não tem condições de se manterem. 
O Estatuto do Idoso foi criado pela necessidade de ampliar os direitos dos cidadãos acima de 60 anos, visto que a política nacional do idoso já não abarcava direitos que garantissem a esses idosos uma melhor qualidade de vida. Entre vários aspectos propostos no Estatuto do Idoso encontra-se um que é de fundamental importância para garantia de sua dignidade, a saber: o direito alimentar. 
“Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”.
       
Portanto, na situação problema proposta, a legislação brasileira garante a Sra. Lúcia o direito à prestação de verba alimentar. Todavia, tendo em vista o 
quadro no qual se encontra essa senhora e sua visível vulnerabilidade, outro caminho não resta, senão ser acudida pelos órgãos de proteção social como o CREAS (Centro de Referência de Assistência Social) na figura do (a) assistente social.
Restará ao assistente social no papel de representante do órgão social o dever de garantir à Sra. Lúcia o direito que lhe é devido e isso não quer dizer que o primeiro passo seja a impetração de ação judicial junto a Defensoria Pública, posto que, caberá ao assistente social a realização de pesquisa de caso onde será possível identificar os parentes existentes no grupo familiar bem como a situação econômica/social que se encontra cada um. Todavia, não podemos perder de vista um detalhe importante deliberado pelo artigo 12 do presente Estatuto que estabeleceu uma obrigação solidária entre todos os sujeitos com obrigação de alimentar, ou seja: filhos, netos etc. Podem configurar como sujeitos passivos de uma ação de alimento, podendo o idoso decidi por quem ele quer que preste a referida obrigação
Após concluído tal levantamento o(a) assistente social poderá propor extrajudicialmente acordo amigável para que cada filho maior e capaz (como especificado na situação problema) possa dentro de suas possibilidades propor como, quando e de quanto será a prestação da verba alimentar e caso isso não seja feito a mãe fará a indicação.
Concluído essa fase e o acordo seja suficiente para garantir as atividades vitais da senhora Lúcia, restará agora apenas o acompanhamento quanto a execução do noticiado acordo, não permitindo atrasos ou esquecimentos quanto as questões acordadas.
 Caso não seja possível concretizar esse acordo pelas vias amigáveis, restará apenas o devido processo legal. Assim, a assessoria jurídica do CREAS juntamente com o (a) assistente social devidamente legitimado (a) ingressará ação junto a Defensoria Pública em favor da senhora Lúcia de modo a obrigar aos filhos maiores e capazes, à luz do que determina a legislação aplicável à prestação da verba alimentar.
 
 Contudo fique comprovado judicialmente que nenhum dos seus filhos possui condições econômicas de prover esse sustento, o Juiz determinará que o poder público provenha no âmbito da assistência social a devida prestação de verba 
alimentar. Art. 14 “Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento no âmbito da assistência social” (BRASIL). 
 Finalmente não resta dúvida que o dever de assistir o idoso é responsabilidade de todos, primeiramente claro, espera-se que ao passar por momentos de maior vulnerabilidade nossos idosos busquem e encontrem o auxílio daqueles que estão mais próximos, a família. 
 Diante de toda a problemática que o assistente social enfrenta no cotidiano pode citar como um estudo de caso para melhor conhecimento do trabalho desenvolvido por esse profissional o caso da Sra. Lúcia é um exemplo, onde envolve várias situações que serão necessárias diversas tomadas de decisões.
Dessa maneira, é necessário que a intervenção do assistente social esteja pautada na reflexão sobre a realidade, bem como a mesma é concreta e complexa.
 Assim quando o profissional atua na prestação de serviços sociais, estando vinculado às diversas políticas sociais, o assistente social agrega na esfera das atividades que estão interligadas, não apenas à produção material, porém participa de atividades que se encontram entrelaçadas na esfera da regulação das relações sociais, contribuindo para a criação de condições necessárias ao processo de reprodução social, desempenhando ações que sofrem efeitos sobre nas condições de vida do indivíduo.
Portanto para analisar a complexidade da profissão é de suma importância compreender às dimensões que compõem o exercício profissional para assimilar como será a atuação em relação ao caso da Sra. Lúcia: a dimensão teórico-metodológica (uma dimensão que permite a análise do real e a investigação de novas demandas), a dimensão ético-política (avalia as prioridades, as alternativas cabíveis para a realização da ação, bem como idealizar a ação em função dos valores efinalidades e avaliar as consequências da ação), e a técnico-operativa (ao 
ser considerada dentro de uma perspectiva crítica, não pode ser reduzida apenas à questão dos instrumentos e técnicas, uma vez que o profissional ao anexá-la, dentre outros aspectos, mobiliza as demais dimensões). Assim, quando pensa na dimensão técnico-operativa, não podemos concebê-la desconectada das demais dimensões.
Dentre os instrumentais técnico – operativos vários poderão der utilizados no caso da Sra. Lúcia, veremos alguns deles: Acolhimento (é um processo de intervenção profissional que incorpora as relações humanas, envolvendo uma escuta social qualificada, com a identificação da situação problema, não apenas individual, mas coletiva); Ficha de Produção Diária (onde o assistente social anota as demandas diárias, é uma folha específica com data da ocorrência para controle do profissional); Observação ( segundo Souza, a observação, “consiste na ação de perceber, tomar conhecimento de um fato, ou conhecimento que ajude a explicar a compreensão da realidade objeto do trabalho e, encontrar os caminhos necessários aos objetivos a serem alcançados. É um processo mental, e ao mesmo tempo técnico”. SOUZA, 2000);Visita domiciliar (é uma prática profissional, investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais profissionais, junto aos indivíduos ou em família); Fichas de Cadastro ( ela serve como uma forma de agrupamento de dados e informações sobre o usuário); Entrevista (utilizado para levantar dados, possibilitando o reconhecimento de uma realidade social); Relatórios (é um documento de registros de informações, pesquisas e investigações, os relatórios ele serve também como um subsídio par a tomadas de decisões); Reunião (é um dos instrumentos mais utilizados pelos assistentes sociais, pois é o momento em que as informações e os dados coletados precisam ser socializados entre as pessoas envolvidas); Relatório Social ( ele pode ser interno ou externo, é o relato dos dados coletados, através das intervenções realizadas e das informações adquiridas, durante a execução de determinada atividade. Encaminhamentos (é uma forma de atender as necessidades dos usuários, com oferta dos serviços vigentes, podendo assim ser encaminhado para outro profissional ou setor onde será atendida a necessidade correspondente). Acompanhamento Social (é um procedimento técnico e de caráter contínuo e por tempo determinado); Parecer Social (é a avaliação teórica e técnica realizada pelo 
assistente social, através dos dados coletados); Portanto cabe ao assistente as suas atribuições diante dos instrumentais técnico – operativos acima citados os quais poderão ser utilizados no caso da Srª Lúcia, assim baseado no projeto ético político, que expressa o compromisso da categoria com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, visando elaborar, executar, participar e avaliar os planos, com a perspectiva e o fortalecimento da gestão democrática e participativa, viabilizando e potencializando propostas em favor dos usuários na garantia dos direitos sociais.
Dessa forma todos os direitos sociais da Srª Lúcia é assegurado por lei, não apenas dela, mas é resguardado a todo cidadão que dela necessitar.
3.Conclusão 
No que diz respeito à política de educação no país, frente à reforma do Estado, num país que predomina grandes diversidades, e uma política governamental ineficiente e corrupta, onde direitos conseguidos por árduas lutas podem ser extintos a qualquer momento, é complicado opinar sobre direitos.
Mas é necessário agir com cautela e persistir diante da problemática em busca de soluções para a garantia de direitos assegurados na Constituição Federal, o Serviço Social brasileiro, cresceu de forma significativa nas últimas décadas, não só através da ampliação da sua concepção de fiscalização, que se expressa através da Política Nacional de Fiscalização, mas também através dos instrumentos normativos no sentido de dar apoio às suas ações e expressar os princípios e valores adotados pela categoria, assim sendo é justificável a luta em prol da profissão.
Pois casos como a da Srª Lúcia se encontra diariamente e são através das políticas públicas que são solucionadas, nesse contexto, mostra - se imprescindível a imposição ao poder público, diante dos obstáculos de ordem econômica e política, ressaltando a importância da sistematização dos direitos sociais, a fim de dar subsídios à discussão acerca de sua efetiva proteção e realização.
Os direitos sociais estão relacionados à igualdade, que garantem aos indivíduos condições necessárias para a sua sobrevivência digna, baseando em objetivos essenciais para o exercício da cidadania.
Portanto, diante disso, é possível afirmar que a principal tarefa do Estado Democrático de Direito é a preservação da dignidade humana e de garantir o exercício pleno da cidadania, motivo pelo qual atribuir essa efetividade dos direitos sociais se revela como um dos maiores desafios do Poder Público.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.528 de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html . Acesso em 16 de out de 2017 às 9h35min.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portal do Departamento da Atenção Básica. Disponível em: dab.saude.gov.br/portaldab/smp_como_funciona.php?conteudo=esf Acesso em 15 de out de 2017, às 10h46min.
PRUSSAK, Jucinéia. Jusbrasil .Benefício Assistencial ao idoso e a pessoa com deficiência. Disponível em: ttps://jucineiaprussak.jusbrasil.com.br/noticias/472707100/beneficio-assistencial-ao-idoso-e-a-pessoa-com-deficiencia-bpc.Acesso em 16 de out de 2017 às 18h50min
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6214.htm . Acesso em 19 de out de 2017, às 16h35min.
 	
ALMEIDA, Kamilla Karinne de Oliveira. I Congresso Internacional de Política Social e Serviço Social: desafios contemporâneos, a dimensão técnico-operativa no serviço social e o instrumental técnico-operativo desta profissão: pontos para reflexão. Disponível em: http://www.uel.br/pos/mestradoservicosocial/congresso/anais/Trabalhos/eixo4/oral/2_a_dimensao_tecnico....pdf . Acesso em 20 de out de 2017 às 16h30min.
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