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Aula 17 Intertextualidade Paráfrase

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Aula 17
Português p/ ENEM 2016
Professores: Equipe Rafaela Freitas, Rafaela Freitas
Português p/ ENEM 2016 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 17 
 
 
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AULA 17 
INTERTEXTUALIDADE. PARÁFRASE 
A 
- Olá! 
Como vão? Espero que tão animados quanto eu. 
Vamos falar hoje sobre um assunto muito interessante e importante para 
a prova: intertextualidade. 
- Nunca ouvi falar disso, professora! 
- Calma, ela é uma velha conhecida de vocês, só que a maioria não se dá 
conta do significado desse palavrão rsrsrs! Vocês vão ver... 
 
SUMÁRIO 
INTERTEXTUALIDADE............................................................................02 
TIPOS..................................................................................................04 
CLASSIFICAÇÃO....................................................................................05 
QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................14 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA....................................47 
GABARITO............................................................................................75 
O MEU ATÉ BREVE.................................................................................75 
 
 
 
 
³Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. 
Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.´ 
Paulo Freire 
 
 
 
Português p/ ENEM 2016 
Teoria e Questões Comentadas 
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São vários os conceitos que encontramos para essa palavra em uma 
busca simples nos diversos dicionários online que temos à disposição na tela 
de um computador. Dentre eles, podemos citar os dois mais conhecidos: 
 
Michaelis: 
³� Superposição de um texto literário em relação a um ou mais textos 
anteriores. 
 2 Processo de produção de um texto literário que parte de vários outros 
H�FRP�HOHV�VH�LPEULFD�´ 
 
Aurélio: 
³��Qualidade do que é intertextual. 
 2 5HODomR�HQWUH�GRLV�RX�PDLV�WH[WRV�´ 
 
No fim das contas, Intertextualidade é o nome que se dá à relação que 
fazemos quando, em um texto, citamos outro texto, que não é 
necessariamente do mesmo gênero. Trata-se da conversa de um texto com um 
ou mais de um texto, que podem ser verbais, não-verbais ou mistos. 
 
 
 - Como assim ³conversa´, professora? 
 - Bem, não podemos inserir um texto em outro sem que entre 
eles haja uma relação. Concordam? Essa relação é a conversa 
entre eles. Veja no exemplo: 
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Vida de passarinho ± L&PM Editores ± 2005 5ª Edição 
 
Um bom exemplo também é essa citação das definições dos dicionários 
que foi feita logo acima, isso é intertextualidade. 
 
O fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento de 
mundo", que deve ser comum ao produtor e ao receptor dos textos. Só é 
capaz de reconhecer esse fenômeno o leitor que já entrou em contato com 
diversos textos-fonte ao longo da vida. 
 
 
Texto-fonte é aquele texto cujas ideias ou informações são 
obtidas. 
 
Na verdade, em diferentes graus, todo texto é um intertexto, pois, quando 
escrevemos, estabelecemos um diálogo ± inconscientemente ou não - com 
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tudo o que já foi lido ao longo de nossa vida. Assim, cada texto retoma textos 
anteriores, reafirmando uns e contestando outros. 
 
Acontece intertextualidade quando há uma referência explícita ou implícita 
de um texto em outro. 
 
Tipos de intertextualidade 
 
x Intertextualidade explícita: é sempre intencional e as fontes nas 
quais foi baseado o texto são bem claras. 
 
Exemplos: 
Poema de sete faces 
 
Quando nasci, um anjo torto 
desses que vivem na sombra 
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. 
 
 Carlos Drummond de Andrade (fragmento) 
 
 
Até o fim 
 
Quando nasci veio um anjo safado 
O chato do querubim 
E decretou que eu estava predestinado 
A ser errado assim 
 
 Chico Buarque de Holanda (fragmento) 
 
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x Intertextualidade implícita: não são fornecidos para nós, leitores, 
elementos que possam ser imediatamente relacionados com algum 
outro tipo de texto-fonte, por isso ela demanda de nós um pouco 
mais de atenção e análise. 
 
Exemplo: 
Ai meu Deus que saudade da Amélia 
Aquilo sim que era mulher 
Às vezes passava fome ao meu lado 
E achava bonito não ter o que comer 
E quando me via contrariado dizia 
Meu filho o que se há de fazer 
Amélia não tinha a menor vaidade 
Amélia que era a mulher de verdade 
 
 0~VLFD�³Ai que saudade da Amélia´� 
 de Ataulfo Alves e Mário Lago (fragmento) 
 
E eis que de repente ela resolve então mudar 
Vira a mesa 
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Assume o jogo 
Faz questão de se cuidar 
Nem serva nem objeto 
Já não quer ser o outro 
Hoje ela é o também 
 
 0~VLFD�³Desconstruindo Amélia´�GH�3LWW\��IUDJPHQWR� 
 
 
Intertextualidade classificação 
 
x Epígrafe: SDODYUD�GH�RULJHP�JUHJD�TXH�VLJQLILFD�³HVFUHYHU�DFLPD�GH´��e�o 
título, a frase ou o fragmento de texto que serve de tema para o assunto 
ou resume o sentido ou demonstra a motivação de uma obra. Vem 
colocada no início do texto. Essa modalidade de intertextualidade é 
utilizada quando um escritor recorre a uma passagem de uma obra vista 
anteriormente para dar início ao seu próprio enredo. 
 
Alguns exemplos comuns de epígrafes são citações bíblicas, de provérbios e 
pensamentos. 
 
Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se 
educam entre si, mediatizados pelo mundo. 
3DXOR�)UHLUH��³Pedagogia do Oprimido´ 
 
x Pastiche: artístico ou literário, é a imitação de um estilo ou gênero que, 
normalmente, não apresenta um teor crítico ou satírico. É uma palavra 
GH� RULJHP� ODWLQD�� TXH� VLJQLILFD� ³IHLWR� GH� PDVVD� RX� Dmálgama de 
HOHPHQWRV� FRPSRVWRV´� Trata-se de uma técnica que mescla estilos, 
produzindo um texto novo, oriundo de vários outros, como uma colcha 
de retalhos. 
 
Exemplos: 
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Um clássico é a oração do Bebum: 
 
 
 
 
Percebam aqui a ideia de colcha de retalhos 
 
x Citação: palavra de origem latina que significa convocar. Método em que 
se utiliza as próprias palavras de um texto-fonte e o trecho é marcado 
por aspas ou itálico (caso não, pode ser considerado plágio).Português p/ ENEM 2016 
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Plagiar: copiar ou assinar obra com partes ou na 
íntegra produzida por outra pessoa como se fosse 
nosso. 
 
9 Citação direta: é a transcrição literal de um outro texto no nosso 
texto. 
 
Exemplo: 
 
 
9 Citação indireta: é a abordagem, com nossas próprias palavras, de 
uma ideia de outro autor. 
 
Exemplo: 
De acordo com Dale Carnegie (2007) o único meio existente na terra para 
influenciar uma pessoa é falar sobre o que ela quer e mostrar-lhe como 
realizar esse objetivo. 
 
x Alusão: também chamada de referência, uma vez que faz referência a 
um texto-fonte. 
 
Exemplos: 
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A grante arte é como labor de joalheiro. Ou bem de estatuário: 
tudo quanto é belo, tudo quanto é vário, canta no martelo. Manuel Bandeira 
 
 
Talvez haja outras interpretações para a alusão feita nessa imagem, mas 
percebam que a cinza do cigarro faz referência a uma pessoa, que tanto 
pode estar doente ou morrendo quanto pode estar sofrendo aprisionada 
pelo vício e estende a mão em busca de ajuda. 
 
x Hipertexto: é uma forma de escrita e leitura não linear, em que se tem 
blocos de informação ligados a palavras, partes de um texto ou a 
imagens, por exemplo. Para entendermos melhor, tenhamos em mente 
que o hipertexto é semelhante à forma como o nosso cérebro processa o 
conhecimento. Nesse processo de entendimento, o cérebro humano faz 
relações, acessando informações diversas, construindo ligações entre 
fatos, imagens, sons, enfim, produz uma teia de conhecimentos. 
 
Exemplos de hipertexto são os hiperlinks, que, a partir de uma palavra 
destacada em um texto na internet, abre-se outra janela trazendo 
informações ligadas às da primeira janela, construindo uma rede de 
informações interativa e não linear, como podemos ver no exemplo: 
 
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x Tradução: também é uma forma de intertextualidade. Trata-se da 
produção de um texto em outra língua, exprimindo o texto-fonte, língua 
traduzida, com a maior exatidão possível na língua destino. 
 
Exemplos: 
A Intertextualidade é também comum em charges e tiras. (português) 
¾ Intertextuality is also very common in cartoons and strips. (inglês) 
¾ Intertextualität ist auch sehr häufig in Karikaturen und Streifen. 
(alemão) 
¾ Intertextualité est également très fréquent dans les dessins animés et 
bandes. (francês) 
¾ Intertextualidad es también muy común en los dibujos animados y 
tiras. (espanhol) 
 
 
x Paródia: é uma palavra de origem grega, que significa um canto 
(poesia) semelhante a outro. É uma imitação de outra obra, mas feita de 
maneira muitas vezes irônica e debochada, com humor e crítica. 
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Exemplos: 
 
Texto-fonte 
Meus oito anos 
 
Oh! que saudades que tenho 
Da aurora da minha vida, 
Da minha infância querida 
Que os anos não trazem mais! 
Que amor, que sonhos, que flores, 
Naquelas tardes fagueiras 
À sombra das bananeiras, 
Debaixo dos laranjais! 
[...] 
 Casimiro de Abreu 
 
Paródia 
Meus oito anos 
 
Oh que saudades que eu tenho 
Da aurora de minha vida 
Das horas 
De minha infância 
Que os anos não trazem mais 
Naquele quintal de terra! 
Da rua de Santo Antônio 
Debaixo da bananeira 
Sem nenhum laranjais 
[...] 
 Oswald de Andrade 
 
Texto-fonte 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
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Não gorjeiam como lá. 
 *RQoDOYHV�'LDV��³&DQomR�GR�H[tOLR´ 
Paródia 
Minha terra tem palmares 
onde gorjeia o mar 
os passarinhos daqui 
não cantam como os de lá. 
 2VZDOG�GH�$QGUDGH��³&DQWR�GH�UHJUHVVR�j�SiWULD´ 
 
 
1 2 
 
 
 
 
 
 
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3 
 
1- Mona Lisa, Leonardo da Vinci. Óleo sobre tela, 1503. 
2 - Mona Lisa, de Marcel Duchamp, 1919. 
3 ± Mona Lisa, não identificado, um pouco mais atual. rsrsrs 
 
x Paráfrase: aqui ocorre a mudança das palavras do texto-fonte, mas a 
sua ideia original é mantida. É o mesmo que dizer com outras palavras o 
que consta no texto-fonte. 
 
Exemplos: Texto-fonte Paráfrase 
 
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Obs.: A intertextualidade não foi muito cobrada nas últimas 
provas do Enem, mas é importante que a conheçamos e a 
seus tipos e classificações, pois isso nos ajudará e muito na 
redação e na interpretação textual. Por conta disso, a maioria das questões 
que temos nessa apostila será de outros vestibulares. Isso é também 
importante e necessário para treinarmos e evitarmos surpresas. 
 
 
Primeiro surgiu o homem nu de cabeça baixa. Deus veio num raio. Então 
apareceram os bichos que comiam os homens. E se fez o fogo, as especiarias, 
a roupa, a espada e o dever. Em seguida se criou a filosofia, que explicava 
como não fazer o que não devia ser feito. Então surgiram os números racionais 
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e a História, organizando os eventos sem sentido. A fome desde sempre, das 
coisas e das pessoas. Foram inventados o calmante e o estimulante. E alguém 
apagou a luz. E cada um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas 
que alcança. 
BONASSI, F. 15 cenas do descobrimento de Brasis. In: 
MORICONI, I. (Org.). O cem melhores contos do seculo. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2001. 
Questão 01 - Enem 2015 
A narrativa enxuta e dinâmica de Fernando Bonassi configura um painel 
evolutivo da história da humanidade. Nele, a projeção do olhar contemporâneo 
manifesta uma percepção que 
A) recorre à tradição bíblica como fonte de inspiração para a humanidade. 
B) desconstrói o discurso da filosofia a fim de questionar o conceito de 
dever. 
C) resgata a metodologia da historia para denunciar as atitudes irracionais. 
D) transita entre o humor e a ironia para celebrar o caos da vida cotidiana. 
E) satiriza a matemática e a medicina para desmistificar o saber científico. 
 
Comentário: 
Na crônica de Fernando Bonassi há uma intertextualidadeimplícita. Ele 
recorre à narrativa bíblica sobre a criação para gerar humor e ironizar a vida 
cotidiana. 
Gabarito: D 
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Máscara senufo, Mati. Madeira e fibra vegetal. 
Acervo do MAE/USP. 
 
Questão 02 - Enem 2015 
As formas plásticas nas produções africanas conduziram artistas 
modernos do início do século XX, como Pablo Picasso, a algumas proposições 
artísticas denominadas vanguardas. A máscara remete à 
A) preservação da proporção. 
B) idealização do movimento. 
C) estruturação assimétrica. 
D) sintetização das formas. 
E) valorização estética. 
Comentário: 
A máscara é um exemplo de pastiche. Nela é retomada a síntese e a 
expressividade de formas da arte tribal africana. 
Gabarito: D 
ENEM 
Aquarela 
O corpo no cavalete 
é um pássaro que agoniza 
exausto do próprio grito. 
As vísceras vasculhadas 
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principiam a contagem regressiva. 
No assoalho o sangue 
se decompõe em matizes 
que a brisa beija e balança: 
ǎ�YHUGH�± de nossas matas 
ǎ�DPDUHOR�± de nosso ouro 
ǎ�D]XO�± de nosso céu 
ǎ�EUDQFR�R�QHJUR�R�QHJUR 
CACASO. In: HOLLANDA. H. B (Org.). 
26 poetas hoje. Rio do Janeiro: Aeroplano, 2007. 
 
Questão 03 - Enem 2015 
Situado na vigência do Regime Militar que governou o Brasil, na década 
de 1970, o poema de Cacaso edifica uma forma de resistência e protesto a 
esse período, metaforizando 
A) as artes plásticas, deturpadas pela repressão e censura. 
B) a natureza brasileira, agonizante como um pássaro enjaulado. 
C) o nacionalismo romântico, silenciado pela perplexidade com a Ditadura. 
D) o emblema nacional, transfigurado pelas marcas do medo e da violência. 
E) as riquezas da terra, espoliadas durante o aparelhamento do poder 
armado 
Comentário: 
Há uma metáfora da bandeira vista como um pássaro que agoniza. 
Nesse poema, podemos verificar a intertextualidade com o poema de Castro 
$OYHV� ³1DYLR� 1HJUHLUR´� HP� TXH� RV� YHUVRV� ³$XULYHUGH� SHQGmR� GH� PLQKD�
terra/Que a brisa do Brasil beija e balançD´� WDPEpP� UHPHWHP� D� atrozes 
injustiças e à violência que foram praticadas no período de escravidão no 
Brasil. 
Gabarito: D 
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IOTTI 
 
 
Jornal Zero Hora, 2 mar. 2006. 
 
Questão 04 ± Enem 2014 
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os 
traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata 
os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade 
da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a 
figura do carro, elemento introduzido por Iotti no intertexto. Além dessa figura, 
a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de 
Picasso e a charge, ao explorar 
A) uma referência ao coQWH[WR�� ³WUkQVLWR� QR� IHULDGmR´�� esclarecendo-se o 
referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso. 
B) uma referência ao tempo presente, com o emprego GD�IRUPD�YHUEDO�³p´��
evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor 
espanhol quanto pelo chargista brasileiro. 
C) XP� WHUPR� SHMRUDWLYR�� ³WUkQVLWR´�� UHIRUoDQGo-se a imagem negativa de 
mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge. 
D) uma referência temSRUDO�� ³VHPSUH´�� UHIHULQGR-se à permanência de 
tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge. 
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E) XPD� H[SUHVVmR� SROLVVrPLFD�� ³TXDGUR� GUDPiWLFR´�� remetendo-se tanto à 
obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro. 
Comentário: 
$� H[SUHVVmR� ³TXDGUR� GUDPiWLFR´� WHP� PDLV� GH� XP� VHQWLGR�� (OD� WDQWR� VH�
refere ao massacre de Guernica quanto aos congestionamentos de trânsito, 
que são muito recorrentes. 
Gabarito: E 
 
 
TEXTO I 
Ditado popular é uma frase sentenciosa, concisa, de verdade 
comprovada, baseada na secular experiência do povo, exposta de forma 
poética, contendo uma norma de conduta ou qualquer outro ensinamento. 
WEITZEL, A. H. Folclore literário e linguístico. 
Juiz de Fora: Esdeva, 1984 (fragmento). 
 
TEXTO II 
Rindo brincalhona, dando-lhe tapinhas nas costas, prima Constança disse 
isto, dorme no assunto, ouça o travesseiro, não tem melhor conselheiro. 
Enquanto prima Biela dormia no assunto, toda a casa se alvoroçava. [Prima 
Constança] ia rezar, pedir a Deus para iluminar prima Biela. Mas ia também 
tomar suas providências. Casamento e mortalha, no céu se talha. Deus 
escreve direito por linhas tortas. O que for soará. Dizia os ditados todos, 
procurando interpretar os desígnios de Deus, transformar os seus desejos nos 
desígnios de Deus. Se achava um instrumento de Deus. 
DOURADO, A. Uma vida em segredo. 
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990 (fragmento). 
 
Questão 05 - Enem 2014 
Português p/ ENEM 2016 
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O uso que prima Constança faz dos ditados populares, no Texto II, 
constitui uma maneira de utilizar o tipo de saber definido no Texto I, porque 
A) cita-os pela força do hábito. 
B) aceita-os como verdade absoluta. 
C) aciona-os para justificar suas ações. 
D) toma-os para solucionar um problema. 
E) considera-os como uma orientação divina. 
Comentário: 
A intertextualidade acontece na citação de provérbios populares que 
permeia todo o texto. Há uma relação entre os dois textos, na medida em que 
um esclarece o outro a partir da definição, no texto 1, de ditado popular. A 
personagem aceita esses ditados como verdade absoluta, como consta na 
alternativa B. 
Gabarito: B 
 
A relação entre textos sempre existiu como retomada de um texto mais 
novo de outro que o antecede, contudo o termo intertextualidade foi usado 
pela primeira vez por Julia Kristeva, que, baseando-se nos estudos de Bakhtin 
VREUH�R�GLVFXUVR��FRQFOXLX��³WRGR�WH[WR�VH�FRQVWUyL�FRPR�PRVDLFR�GH�FLWDo}HV��
WRGR�WH[WR�p�DEVRUomR�H�WUDQVIRUPDomR�GH�XP�RXWUR�WH[WR´� 
(Fonte: KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectviva, 1974. P.72) 
Sobre intertextualidade, analise os textos 1 e 2. 
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Renato Russo, Monte Castelo 
 
 
 
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 Camões 
Questão 06 - Upe ssa 2016 
Assinale a alternativa CORRETA 
A) Em Monte Castelo, Renato Russo dialoga com dois textos distintos: o 
poema de Camões Amor é fogo que ardesem se ver; e a Bíblia, no 
Capítulo 13 da 2ª Carta de Paulo aos Coríntios, quando fala do Amor 
como um bem supremo, além de o título aludir a uma batalha da 
Segunda Guerra Mundial, da qual participaram soldados brasileiros. 
B) Partindo do contexto de intertextualidade, expresso por Julia Kristeva, 
pode-se afirmar que Renato Russo não devia ter lançado mão de partes 
da Bíblia Sagrada para montar a letra de uma música profana. 
C) O diálogo entre textos conduz indiscutivelmente ao plágio; dessa 
maneira, como paródia de três diferentes textos, realizada por Renato 
Russo, não o isenta da responsabilidade de ter usado indevidamente a 
produção de autores que o antecederam. 
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D) Monte Castelo não foi uma montagem de dois textos, pois não houve 
intencionalidade do poeta em realizar tal façanha. A semelhança entre os 
textos é mera coincidência. 
E) O trabalho artístico do compositor brasileiro não pode ser considerado 
arte, porque não apresenta originalidade e ineditismo; trata-se de uma 
mera paráfrase de textos anteriores a ele. Inadmissível de acordo com 
as concepções dos dois autores: Bakhtin e Kristeva. 
Comentário: 
A alternativa correta é a letra A. 
Nas demais alternativas, temos: 
B ± errada ± não há restrições para o diálogo entre os textos. 
C ± errada ± não há plágio porque se trata de uma obra formada por 
absorções e transformações dos textos originais. 
D ± errada ± não há coincidência. A paráfrase foi intencional. 
E ± errada - conforme o enunciado que introduz os textos, Bakhtin e 
Kristeva fizeram considerações sobre a transformação feita em textos 
anteriores. Essa transformação é considerada um novo texto, portanto, outra 
obra. 
Gabarito: A 
 
O texto é um excerto de Baú de Ossos (volume 1), do médico e escritor 
mineiro Pedro Nava. Inclui-se essa obra no gênero memorialístico, que é 
predominantemente narrativo. Nesse gênero, são contados episódios verídicos 
ou baseados em fatos reais, que ficaram na memória do autor. Isso o distingue 
da biografia, que se propõe contar a história de uma pessoa específica. 
 
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Questão 07 - UECE ± 2016 
Pelo menos em cinco passagens do texto, o narrador emprega o recurso 
da intertextualidade. Como se sabe, esse recurso ocorre quando um texto 
remete a outro texto que faz parte da memória social de uma coletividade. 
Pode-se dizer que acontece um verdadeiro diálogo entre textos. Vamos 
ater-nos a três ocorrências das cinco ou seis encontradas no texto: 
I. ³$�OkPSDGD��HQRUPH��HVIUHJDGD��QmR�IH]�DSDUHFHU�QHQKXP�JrQLR´��UHI��� 
II. ³5DVNyOQLNRY�� 2� PDLV� HVWUDQKR� p� TXH� KRXYH� FULPH�� H� QmR� FDVWLJR´�
(ref.11) 
III. ³(X� ILTXHL� SRU� FRQWD� GDV� )~ULDV� GH� XP� UHPRUVR�� TXH� PH� SHUVHJXLX�
WRGD�D�LQIkQFLD��YHLR�FRPLJR�>���@´��UHI���� 
Assinale V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o que se diz sobre os 
três casos de intertextualidade transcritos: 
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( ) Na ocorrência I, o narrador intertextualiza com um dos contos que 
FRPS}HP�D�FROHWkQHD�³$V�PLO�H�XPD�QRLWHV´��QR�FDVR��D�KLVWyULD�GH�$ODGLP�H�D�
lâmpada maravilhosa. Ao intertextualizar com esse conto, de certa forma 
desautoriza-o: com ele, a magia da lâmpada não se revelou. O fracasso com a 
lâmpada enfatiza o estado de espírito negativo do narrador. 
( ) Na ocorrência II, há alusão ao romance Crime e Castigo, do escritor russo 
Fiódor Dostoiévisk. Essa obra narra a história de um estudante pobre, 
Raskólnikov, que mata uma velha usurária que vive dos juros do dinheiro que 
empresta. Raskólnikov é consumido pelo remorso e entrega-se à polícia. Ao 
dialogar com a obra de Dostoiévisk, o narrador põe-se no lugar de 
Raskólnikov. Percebe-se uma dose de fina ironia justificável no contexto. 
( ) Não se podem apontar diferenças entre os crimes do narrador e o do 
estudante russo. 
( ) Há, no terceiro caso de intertextualidade, um diálogo com o discurso 
mítico. As Fúrias, entidades da mitologia grega, eram encarregadas de 
atormentar os criminosos. Ao considerar-se sob a tutela das Fúrias, o narrador 
expressa o tormento em que estava mergulhado por causa dos furtos. 
Está correta, de cima para baixo, a sequência seguinte: 
A) V, F, F, V 
B) F, F, V, F 
C) F, V, F, V 
D) V, V, F, V 
Comentário: 
Analisando as afirmativas: 
I ± verdadeira - O narrador faz referência ao conto da lâmpada de Aladim. 
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II ± verdadeira ± há uma comparação entre o narrador e o personagem 
russo no que diz respeito ao crime e à culpa. 
III ± Falsa ± a gravidade de um homicídio e de alguns pequenos furtos é 
bem distinta. 
IV ± verdadeira ± a ideia do remorso que atormentava o narrador tem 
relação com a função das Fúrias segundo a mitologia. 
Gabarito: D 
 
Questão 08 - Pucrs - 2016 
Para responder à questão, considere as expressões empregadas no texto 
de Nicolelis e preencha os parênteses com V (verdadeiro) e F (falso). 
( ) Há marcas de posicionamento crítico do autor, como se comprova pelo 
HPSUHJR�GH�³e�XPD�SHQD´��UHIHUrQFLD���� 
( �� $V� SDODYUDV� ³1DGD´� �UHIHUrQFLD� ���� ³VHP´� �UHIHUrQFLD� ��� H� ³1mR´�
(referência 4) revelam a depreciação do autor a um ponto de vista contrário ao 
seu. 
�� � � ��$� H[SUHVVmR� ³PDWRX�D� FREUD´� �UHIHUrQFLD���� p�XWLOL]DGD�SHOR� DXWRU� SDUD�
fazer alusão às críticas enfrentadas por Santos Dumont na sociedade francesa. 
�������$�H[SUHVVmR�³MHLWLQKR�EUDVLOHLUR´��UHIHUrQFLD����VXJHUH�TXH�6DQWRV�'XPRQW�
abusou da improvisação brasileira para conseguir sucesso. 
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������(QWUH�³DXGiFLD´��UHIHUrQFLD�����H�³FRUDJHP´��UHIHUrQFLD�����Ki�XPD�UHODomR�
de implicação. 
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
A) V ± V ± F ± F ± V 
B) V ± F ± V ± V ± V 
C) V ± F ± F ± V ± F 
D) F ± V ± V ± F ± V 
E) F ± F ± V ± V ± F 
Comentário: 
I ± verdadeira ± além dessa, há outras marcas que evidenciam o 
posicionamento do autor no texWR�� WDLV� FRPR�� ³PDLRU� H� PDLV� FRQVDJUDGR�
FLHQWLVWD�EUDVLOHLUR�GH�WRGRV�RV�WHPSRV´�H�³RXVRX�YRDU�FRPR�RV�SiVVDURV�H�
WHYH�R�GHVSODQWH�GH�UHDOL]DU�VHX�VRQKR�DRV�ROKRV�GH�WRGR�PXQGR�´ 
II - verdadeira ± essas expressões demonstram que o autor é contra os 
atos dos irmãos Wright. 
III ± falso ± ³PDWRX�D�FREUD´�p�XPD�H[SUHVVmR�XVDGD�QD�OLQJXDJHP�SRSXODU��
que indica que Santos Dumont resolveu seu desafio, o de voar. 
IV ± falso ± não houve improviso, o sucesso de Santos Dumont é 
proveniente de seu trabalho científico. 
V ± verdadeira ± há uma inter-relação entre essas palavras, pois, a partir 
da sua combinação, o feito do cientista pode ser visto pelo povo de Paris. 
Gabarito: A 
 
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Questão 09 - Upe ssa ± 2016 
Com respeito aos recursos empregados para obter certos efeitos de 
sentido no texto, analise as proposições a seguir. 
I. Para ressaltar aspectos negativos do filme, o autor, por vezes, lança 
mão de conceitos reconhecidamente desprestigiados por um certo tipo 
GH�S~EOLFR��FRPR�HP��³2�ILOHWH�GH�DXWRDMXGD�FRQWLGR�QD�IUDVH�p uma 
SUHPRQLomR������´ (1º parágrafo) 
II. Além de tratar de outro texto (o filme), numa relação eminentemente 
intertextual, o autor utiliza outros tipos de relação textual, como a 
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alusão a livros e a citação de expressões populares reformuladas, 
FRPR�HP�³FRQYHUVD�SDUD�URE{�GRUPLU´�H�³�DOJXP�ILOPH��WHU�IXWXUR´���ž�
parágrafo), com as quais obtém efeitos, respectivamente, de humor e 
de ironia. 
III. A seleção dos adjetivos busca destacar aspectos positivos dos 
substantivos que tais adjetivos acompanham e, consequentemente, 
UHVVDOWDU� DV� TXDOLGDGHV� GR� ILOPH� DPHULFDQR�� FRPR� HP�� ³GRORURVR�
DQWLFOtPD[´��³YHUV}HV�PRGHUQRVDV´�H�³YLDV�PLVWHULRVDV´� 
IV. Para fazer-se compreender, o autor conta com o conhecimento prévio 
e a produção de inferências por parte do leitor, por exemplo, ao 
XWLOL]DU� D� H[SUHVVmR� ³RV� FDEHORV� JULVDOKRV� GH� *HRUJH� &ORRQH\´� ��ž 
parágrafo) 
Estão CORRETAS: 
A) I, II e IV, apenas. 
B) I, III e IV, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) II, III e IV, apenas. 
E) I, II, III e IV. 
Comentário: 
I ± correta ± ³DXWRDMXGD´� p� XP� JrQHUR� GH� REUDV� TXH têm função de 
aprimorar o ser humano, ajudando a superar seus problemas. Esse tipo de 
literatura é depreciada por determinados grupos de pessoas. 
II ± correta ± ocorre intertextualidade. 
III ± errada ± os adjetivos destacados têm teor pejorativo. 
IV ± correta 
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Gabarito: A 
 
 
Questão 10 - Ueg 2015 
+i� HQWUH� R� HQXQFLDGR� ³QmR� DWDFDU� p� R� PHOKRU� DWDTXH´� H� R� GLWDGR�
IXWHEROtVWLFR�³D�PHOKRU�GHIHVD�p�R�DWDTXH´�XPD�UHODomR�GHQRPLQDGD�GH� 
A) intertextualidade 
B) contextualidade 
C) prolixidade 
D) informatividade 
Comentário: 
Ocorre claramente uma intertextualidade por tratar-se da paródia de um 
conhecido ditado ligado ao futebol, que é associado à violência e à barbárie 
acontecidas nas recentes manifestações de rua. 
Gabarito: A 
 
 
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Questão 11 - Upe 2015 
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A intertextualidade e a interdiscursividade estão presentes em literários ou 
não literários. Pode-se dizer que tanto a intertextualidade quanto a 
interdiscursividade são elementos que, se bem utilizados, tendem ao 
enriquecimento do discurso e ou do gênero textual. Nesse sentido, 
considerando o que se afirma, assinale a alternativa CORRETA. 
A) A intertextualidade é um recurso encontrado em textos não literários. É 
comum, em requerimentos e registros civis, o uso de discurso 
intertextual, visto que, dessa maneira, os gêneros textuais em destaque 
ficam sobremaneira legitimados e passam a ocupar espaço de maior 
relevância no trato social. 
B) No filme Narradores de Javé (Brasil/França, 2003), o protagonista (vivido 
pelo ator José Dumont) comumente utiliza recursos intertextuais em 
suas falas. Isso porque a narrativa do filme é uma adaptação bem feita 
para o cinema de uma grande obra literária homônima, conhecida pelo 
uso da intertextualidade. 
C) Nos dois textos Retratos do artista quando coisa e Proibida pra mim, há 
intertextualidade. Uma leitura mais acurada poderá dizer que os versos 
³(X� SHQVR´� H� ³(X� YRX� ID]HU� GH� WXGR� R� TXH� SXGHU´� WrP� VLPLOLWXGHV�
explícitas e traduzem as mesmas intenções. 
D) A intertextualidade, quanto bem empregada em um texto literário, tende 
a torná-lo mais rico e mais fluido, possibilitando melhoria no processo de 
leitura. Esse recurso também pode ser usado em outras linguagens 
artísticas como o cinema. 
E) A intertextualidade e figuração da linguagem são recursos linguísticos 
bastante utilizados em textos científicos. Tais textos se caracterizam pelo 
aprofundamento das temáticas neles exploradas e pela capacidade que 
possuem de apresentar argumentos coerentes e consistentes. 
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Comentário: 
Em requerimentos, registros civis e em textos científicos usa-se 
linguagem referencial e recursos interdiscursivos não têm relação com 
legitimidade ou profundidade de conteúdo, portanto A e E estão incorretas. 
No filme sinalizado e no livro de mesmo nome (que devem ter sido 
indicados no edital do vestibular em questão), a intertextualidade se faz a 
partir de referências a provérbios, a fragmentos da história do Brasil entre 
outros e não a partir da fala do protagonista, como é afirmado em B. Os 
versos sinalizados em C não se interligam, uma vez que o primeiro sugere, 
no contexto, a criatividade e o segundo, a necessidade de satisfazer um 
desejo. A resposta para essa questão, portanto, é a letra D. 
Gabarito: D 
 
 
Questão 12 ± Upe 2014 
Fundamentando-se na tirinha, assinale a alternativa CORRETA. 
A) A intertextualidade é um recurso utilizado nos textos de ficção de modo 
muito sazonal, logo, o que se percebe na tirinha em análise é algo 
extraordinário. 
B) Do primeiro ao quarto quadrinho, o leitor identifica que as personagens 
estão fazendo referência a outro texto de natureza ficcional. 
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C) $�H[SUHVVmR�³5HLV�0DJRV´� utilizada pelas personagens a tirinha, remete 
o leitor a um episódio retratado pelas narrativas bíblicas. 
D) Há, no último quadrinho, remate interdiscursivo que traduz para o leitor 
a finalidade inventiva de Mafalda e Manolito, duas personagens 
argentinas. 
E) A H[SUHVVmR�³5HLV�0DJRV´��FLWDGD�SRU�0DIDOGD�H�UHIXWDGD�FRP�LQWHQVLGDGH�
por Manolito, remete o leitor a reflexões exclusivamente textuais. 
Comentário: 
A alternativa correta é a letra C, já que em A, há erro porque a 
intertextualidade é muito comum nos textos literários. Na letra B, podemos 
perceber que a sequência de quadrinhos nos leva a entender que a fala das 
personagens faz referência a uma narrativa bíblica. Em D, no último 
quadrinho, vemos a partir da fala de Manolito, além da sua inocência, a sua 
visão materialista. A alternativa E remete o leitor a reflexões textuais e 
também a manifestações culturais cristãs. 
Gabarito: C 
 
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Questão 13 - Uerj 2014 
Não era um pássaro nem um avião. (ref.4) 
A primeira frase do texto remete às perguntas feitas por personagens que 
observavam intrigados o voo do Super-homem em suas muitas histórias: É 
um pássaro? É um avião? Não! É o Super-homem! 
Essa primeira frase configura um recurso da linguagem conhecido como: 
A) ironia 
B) designação 
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C) verossimilhança 
D) intertextualidade 
Comentário: 
 Trata-se da intertextualidade, em que temos um diálogo entre os textos. 
Gabarito: D 
Os textos 1 (manchete de capa da revista Época de 26/08/2013), 2 
(manchete de capa da revista Veja de 28/08/2013) e 3 serão analisados em 
conjunto, na perspectiva da polifonia, do dialogismo e da intertextualidade, 
isto é, das relações mantidas entre eles. 
 
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Questão 14 - Uece (2014) 
Reflita sobre as seguintes afirmações acerca do texto 2. 
I. Na manchete de Veja, a intertextualidaGH� FRP� R� GLWR� SRSXODU� ³&DLU�
das nuvenV´�HVWi�PDLV�H[SOtFLWD�GR�TXH�QD�PDQFKHWH�GH�Época. 
II. A manchete de Veja apresenta mais recursos gráficos e linguísticos do 
que a de Época. 
É correto afirmar que 
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A) I é falsa e II é verdadeira. 
B) I é verdadeira e II é falsa. 
C) ambas são falsas. 
D) ambas são verdadeiras. 
Comentário: 
I ± verdadeira - Na manchete da revista Veja, há o provérbio de maneira 
explícita, diferente do que ocorre na revista Época, em que tal situação é 
sugerida. 
II ± falsa ± Na revista Época há mais recursos gráficos que na Veja. 
Gabarito: B 
 
Questão 15 - Uece (2014) 
Assinale a afirmação que expressa uma ideia INCORRETA sobre os textos 1, 
2 e 3. 
A) 2�GLWR�SRSXODU�³&DLU�GDV�QXYHQV´�p�IRQWH�GRV�WH[WRV���H��� 
B) Os textos 1, 2 e 3 dialogam entre si. 
C) Nos textos 1 e 2, ouve-se a voz do texto 3, do mesmo modo que, no 
texto 3, ouvem-se as vozes dos textos 1 e 2. 
D) +i��HQWUH�RV� WH[WRV���H����H�D�H[SUHVVmR�SRSXODU� ³&DLU�GDV�QXYHQV´�QR�
texto 3, um plágio. 
Comentário: 
 A única afirmativa que está incorreta é a da letra D, pois vimos que 
plágio ocorre quando alguém se apropria de determinado conteúdo de um 
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texto de outro alguém como se fosse seu. Percebe-se que não há plágio 
entre os fragmentos apresentados, mesmo porque o texto 3 é um verbete 
GH� GLFLRQiULR� TXH� HVWi� GHYLGDPHQWH� LGHQWLILFDGR� H� D� H[SUHVVmR� ³&DLU� GDs 
QXYHQV´�p�SRSXODU��VHQGR�DVVLP�SRGH�VHU�DSURSULDGD�SRU�WRGRV�� 
Gabarito: D 
 
 
Operários, 1933, óleo sobre tela, 150x205 cm, (P122), Acervo Artístico-Cultural dos Palácios 
do Governo do Estado de São Paulo 
 
 
Questão 16 ± Enem 2003 
Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade 
peculiar, são iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés 
das indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos 
colados, um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se prolongar 
infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. 
(Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.) 
 
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O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se 
encontra nos versos transcritos em: 
A) ³3HQVHP�QDV�PHQLQDV��&HJas inexatas/ Pensem nas mulheres/ Rotas 
DOWHUDGDV�´��9LQtFLXV�GH�0RUDHV� 
B) ³6RPRV�PXLWRV�VHYHULQRV��LJXDLV�HP�WXGR�H�QD�VLQD���D�GH�DEUDQGDU�HVWDV�
pedras/ suando-VH�PXLWR�HP�FLPD�´��-RmR�&DEUDO�GH�0HOR�1HWR� 
C) ³2�IXQFLRQiULR�S~EOLFR�QmR�FDEH�QR�SRHPD��FRP�VHX�salário de fome/ sua 
YLGD�IHFKDGD�HP�DUTXLYRV�´��)HUUHLUD�*XOODU� 
D) ³1mR�VRX�QDGD���1XQFD�VHUHL�QDGD���1mR�SRVVR�TXHUHU�VHU�QDGD��¬�SDUWH�
LVVR��WHQKR�HP�PLP�WRGRV�RV�VRQKRV�GR�PXQGR�´��)HUQDQGR�3HVVRD� 
E) ³2V�LQRFHQWHV�GR�/HEORQ��1mR�YLUDP�R�QDYLR�HQWUDU������� Os inocentes, 
definitivamente inocentes/ tudo ignoravam,/ mas a areia é quente, e há 
XP�yOHR�VXDYH�TXH�HOHV�SDVVDP�SHODV�FRVWDV��H�DTXHFHP�´��&DUORV�
Drummond de Andrade) 
 
Comentário: 
Podemos observar no quadro a ideia de que a diversidade de cada um é 
desconsiderada pelo conceito de igualdade de condição de trabalho e, 
consequentemente, desconsiderada na vida. Há intertextualidade com o 
quadro nos versos de João Cabral de Melo Neto, alternativa B, vemos aí 
também a dissolução da individualidade dos nordestinos devido ao trabalho. 
Essa é, portanto, a resposta para essa questão. 
Gabarito: B 
 
Texto 1 
No meio do caminho 
No meio do caminho tinha 
uma pedra 
Tinha uma pedra no meio 
do caminho 
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Tinha uma pedra 
No meio do caminho tinha 
uma pedra 
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. (fragmento). 
 
Texto 2 
 
 
Questão 17 - Enem 2009 (cancelado) 
A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois 
textos revela que 
A) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado 
por histórias em quadrinho. 
B) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o 
tornam uma réplica do texto 1. 
C) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os 
como pertencentes ao mesmo gênero. 
D) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, 
foram elaborados com finalidades distintas. 
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E) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem 
classificá-los como pertencentes ao mesmo gênero. 
Comentário: 
Ocorre intertextualidade na tira do Garfield quando ele retoma um 
poema de Drummond. A finalidade do texto 1 é fazer uma reflexão 
filosófica, já o texto 2 tem o objetivo de provocar humor. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
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Questão 18 ± Enem 2009 (cancelado) 
Os textos 1 e 2, escritos em contextos históricos e culturais diversos, 
enfocam o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. 
Analisando-os, conclui-se que 
A) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamentedo país em que 
nasceu, é o tom de que se revestem os dois textos. 
B) a exaltação da natureza é a principal característica do texto 2, que 
valoriza a paisagem tropical realçada no texto 1. 
C) o texto 2 aborda o tema da nação, como o texto 1, mas sem perder a 
visão crítica da realidade brasileira. 
D) o texto 1, em oposição ao texto 2, revela distanciamento geográfico do 
poeta em relação à pátria. 
E) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira. 
Comentário: 
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O texto 1 mostra um enaltecimento do Brasil, já no texto 2 vemos elogios 
ao país, mas também vemos críticas. Nos versos ³0LQKD terra tem 
palmares/Onde gorjeia o PDU´� por exemplo, podemos observar que o autor 
cita um dos quilombos para onde fugiam escravos ³3DOPDUHV´. O autor do 
texto 2 também versa sobre o progresso da cidade de São Paulo, ou seja, 
baseado no texto de Gonçalves Dias, que versa somente sobre as maravilhas 
do Brasil, Oswald de Andrade compõe seu poema, que também fala das 
maravilhas do Brasil, mas sem perder de vista a realidade, representada pelo 
regime de escravidão e pelo progresso. 
Gabarito: C 
Questão 19 - TJ/SC ± 2015 ± Assistente Social ± FGV 
 Observe a charge 1 abaixo, publicada por ocasião dos atos terroristas em 
Paris, em janeiro de 2015; a afirmativa INADEQUADA sobre a imagem é: 
 
 
A) há uma referência clara aos ataques terroristas ocorridos nos Estados 
Unidos há algum tempo; 
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B) as imagens dos lápis indicam metonimicamente a profissão de algumas 
das vítimas; 
C) a presença do avião indica a rapidez da comunicação com apoio da 
tecnologia nos dias de hoje; 
D) a imagem mostra um ataque a valores culturais, aqui representados pela 
arte do desenho; 
E) a imagem representa uma situação temporal anterior aos atentados e às 
mortes. 
 
Comentário: a imagem do avião faz clara referência aos ataques 
terroristas ocorridos nos Estados Unidos, anos atrás. Os lápis indicam a parte 
que faz referência ao ataque cultural e à profissão de algumas das vítimas 
(jornalistas) do atentado em Paris, em Janeiro de 2015. 
Observe que a alternativa C nega o que está sendo falado nas outras, o 
avião não representa a rapidez da comunicação, mas sim faz referência ao 
terrorismo que já não é novidade. 
GABARITO: C 
 
Questão 20 - TJ/SC ± 2015 ± Assistente Social ± FGV 
Observe, agora, a charge 2 a seguir; comparando-se essa imagem com a 
da charge 1, a afirmativa adequada é: 
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A) a bala à esquerda tem por alvo a Torre Eifell; 
B) a imagem da Torre Eifell transfere a França para os Estados Unidos; 
C) os lápis aqui representam as indústrias modernas; 
D) a Torre Eifell situa os atentados na cidade de Paris; 
E) as folhas de papel no meio da fumaça mostram a relatividade da arte. 
 
Comentário: 
Observe a relação de intertextualidade desta questão com a anterior: o 
tema é o mesmo. Agora perceba que, nas duas charges, os lápis posicionados 
um ao lado do outro, sendo um menor um pouco que o outro, há referência às 
torres gêmeas que foram alvo de atentados nos Estados Unidos. Há também 
referência ao atentado que aconteceu em Paris ao jornal satírico Charlie 
Hebdo, em janeiro de 2015. Na ocasião, 12 pessoas morreram, sendo 10 
jornalistas, o que justifica, na charge, os lápis e as folhas de papel sendo 
queimadas em meio à fumaça. 
Vamos analisar cada alternativa, marcando os erros em vermelho, para 
encontrarmos a correta: 
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(A) a bala à esquerda tem por alvo a Torre Eifell; 
ERRADA. A bala simboliza o atentado ao prédio do jornal. A Torre Eifell é o 
maior símbolo da França, onde os ataques aconteceram. 
(B) a imagem da Torre Eifell transfere a França para os Estados Unidos; 
ERRADA. A imagem da torre apenas situa o ocorrido na França. 
(C) os lápis aqui representam as indústrias modernas; 
ERRADA. Os lápis representam a profissão da maioria das pessoas que 
morreram no ataque: jornalistas. 
(D) a Torre Eifell situa os atentados na cidade de Paris; 
CORRETA. Perfeita! Exatamente o que eu já comentei nas outras 
alternativas. 
(E) as folhas de papel no meio da fumaça mostram a relatividade da arte. 
ERRADA. As folhas de papel representam, assim como os lápis, a profissão 
da maioria dos mortos. 
GABARITO: D 
 
 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
 
Primeiro surgiu o homem nu de cabeça baixa. Deus veio num raio. Então 
apareceram os bichos que comiam os homens. E se fez o fogo, as especiarias, 
a roupa, a espada e o dever. Em seguida se criou a filosofia, que explicava 
como não fazer o que não devia ser feito. Então surgiram os números racionais 
e a História, organizando os eventos sem sentido. A fome desde sempre, das 
coisas e das pessoas. Foram inventados o calmante e o estimulante. E alguém 
apagou a luz. E cada um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas 
que alcança. 
BONASSI, F. 15 cenas do descobrimento de Brasis. In: 
MORICONI, I. (Org.). O cem melhores contos do seculo. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2001. 
Questão 01 - Enem 2015 
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A narrativa enxuta e dinâmica de Fernando Bonassi configura um painel 
evolutivo da história da humanidade. Nele, a projeção do olhar contemporâneo 
manifesta uma percepção que 
A) recorre à tradição bíblica como fonte de inspiração para a humanidade. 
B) desconstrói o discurso da filosofia a fim de questionar o conceito de 
dever. 
C) resgata a metodologia da historia para denunciar as atitudes irracionais. 
D) transita entre o humor e a ironia para celebrar o caos da vida cotidiana. 
E) satiriza a matemática e a medicina para desmistificar o saber científico. 
 
 
Máscara senufo, Mati. Madeira e fibra vegetal. 
Acervo do MAE/USP. 
 
Questão 02 - Enem 2015 
As formas plásticas nas produções africanas conduziram artistas 
modernos do início do século XX, como Pablo Picasso, a algumas proposições 
artísticas denominadas vanguardas. A máscara remete à 
A) preservação da proporção. 
B) idealização do movimento. 
C) estruturação assimétrica. 
D) sintetização das formas. 
E) valorização estética. 
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ENEM 
Aquarela 
O corpo no cavalete 
é um pássaro que agoniza 
exausto do próprio grito. 
As vísceras vasculhadas 
principiam a contagem regressiva. 
No assoalho o sangue 
se decompõe em matizes 
que a brisa beija e balança: 
ǎ�YHUGH�± de nossas matas 
ǎ�DPDUHOR�± de nosso ouro 
ǎ�D]XO�± de nosso céu 
ǎ�EUDQFR�R�QHJUR�R�QHJURCACASO. In: HOLLANDA. H. B (Org.). 
26 poetas hoje. Rio do Janeiro: Aeroplano, 2007. 
 
Questão 03 - Enem 2015 
Situado na vigência do Regime Militar que governou o Brasil, na década 
de 1970, o poema de Cacaso edifica uma forma de resistência e protesto a 
esse período, metaforizando 
A) as artes plásticas, deturpadas pela repressão e censura. 
B) a natureza brasileira, agonizante como um pássaro enjaulado. 
C) o nacionalismo romântico, silenciado pela perplexidade com a Ditadura. 
D) o emblema nacional, transfigurado pelas marcas do medo e da violência. 
E) as riquezas da terra, espoliadas durante o aparelhamento do poder 
armado 
 
 
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IOTTI 
 
 
Jornal Zero Hora, 2 mar. 2006. 
 
Questão 04 ± Enem 2014 
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os 
traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata 
os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade 
da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a 
figura do carro, elemento introduzido por Iotti no intertexto. Além dessa figura, 
a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de 
Picasso e a charge, ao explorar 
A) uma referência ao coQWH[WR�� ³WUkQVLWR� QR� IHULDGmR´�� esclarecendo-se o 
referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso. 
B) uma referência ao tempo presente, com o emprego GD�IRUPD�YHUEDO�³p´��
evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor 
espanhol quanto pelo chargista brasileiro. 
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C) XP� WHUPR� SHMRUDWLYR�� ³WUkQVLWR´�� UHIRUoDQGo-se a imagem negativa de 
mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge. 
D) uma referência temSRUDO�� ³VHPSUH´�� UHIHULQGR-se à permanência de 
tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge. 
E) XPD� H[SUHVVmR� SROLVVrPLFD�� ³TXDGUR� GUDPiWLFR´�� remetendo-se tanto à 
obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro. 
 
 
TEXTO I 
Ditado popular é uma frase sentenciosa, concisa, de verdade 
comprovada, baseada na secular experiência do povo, exposta de forma 
poética, contendo uma norma de conduta ou qualquer outro ensinamento. 
WEITZEL, A. H. Folclore literário e linguístico. 
Juiz de Fora: Esdeva, 1984 (fragmento). 
 
TEXTO II 
Rindo brincalhona, dando-lhe tapinhas nas costas, prima Constança disse 
isto, dorme no assunto, ouça o travesseiro, não tem melhor conselheiro. 
Enquanto prima Biela dormia no assunto, toda a casa se alvoroçava. [Prima 
Constança] ia rezar, pedir a Deus para iluminar prima Biela. Mas ia também 
tomar suas providências. Casamento e mortalha, no céu se talha. Deus 
escreve direito por linhas tortas. O que for soará. Dizia os ditados todos, 
procurando interpretar os desígnios de Deus, transformar os seus desejos nos 
desígnios de Deus. Se achava um instrumento de Deus. 
DOURADO, A. Uma vida em segredo. 
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990 (fragmento). 
 
Questão 05 - Enem 2014 
O uso que prima Constança faz dos ditados populares, no Texto II, 
constitui uma maneira de utilizar o tipo de saber definido no Texto I, porque 
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A) cita-os pela força do hábito. 
B) aceita-os como verdade absoluta. 
C) aciona-os para justificar suas ações. 
D) toma-os para solucionar um problema. 
E) considera-os como uma orientação divina. 
 
A relação entre textos sempre existiu como retomada de um texto mais 
novo de outro que o antecede, contudo o termo intertextualidade foi usado 
pela primeira vez por Julia Kristeva, que, baseando-se nos estudos de Bakhtin 
VREUH�R�GLVFXUVR��FRQFOXLX��³WRGR�WH[WR�VH�FRQVWUyL�FRPR�PRVDLFR�GH�FLWDo}HV��
todo texto é absorção e transformação de um outrR�WH[WR´� 
(Fonte: KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectviva, 1974. P.72) 
Sobre intertextualidade, analise os textos 1 e 2. 
 
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Renato Russo, Monte Castelo 
 
 
 
 
 Camões 
Questão 06 - Upe ssa 2016 
Assinale a alternativa CORRETA 
A) Em Monte Castelo, Renato Russo dialoga com dois textos distintos: o 
poema de Camões Amor é fogo que arde sem se ver; e a Bíblia, no 
Capítulo 13 da 2ª Carta de Paulo aos Coríntios, quando fala do Amor 
como um bem supremo, além de o título aludir a uma batalha da 
Segunda Guerra Mundial, da qual participaram soldados brasileiros. 
B) Partindo do contexto de intertextualidade, expresso por Julia Kristeva, 
pode-se afirmar que Renato Russo não devia ter lançado mão de partes 
da Bíblia Sagrada para montar a letra de uma música profana. 
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C) O diálogo entre textos conduz indiscutivelmente ao plágio; dessa 
maneira, como paródia de três diferentes textos, realizada por Renato 
Russo, não o isenta da responsabilidade de ter usado indevidamente a 
produção de autores que o antecederam. 
D) Monte Castelo não foi uma montagem de dois textos, pois não houve 
intencionalidade do poeta em realizar tal façanha. A semelhança entre os 
textos é mera coincidência. 
E) O trabalho artístico do compositor brasileiro não pode ser considerado 
arte, porque não apresenta originalidade e ineditismo; trata-se de uma 
mera paráfrase de textos anteriores a ele. Inadmissível de acordo com 
as concepções dos dois autores: Bakhtin e Kristeva. 
 
O texto é um excerto de Baú de Ossos (volume 1), do médico e escritor 
mineiro Pedro Nava. Inclui-se essa obra no gênero memorialístico, que é 
predominantemente narrativo. Nesse gênero, são contados episódios verídicos 
ou baseados em fatos reais, que ficaram na memória do autor. Isso o distingue 
da biografia, que se propõe contar a história de uma pessoa específica. 
 
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Questão 07 - UECE ± 2016 
Pelo menos em cinco passagens do texto, o narrador emprega o recurso 
da intertextualidade. Como se sabe, esse recurso ocorre quando um texto 
remete a outro texto que faz parte da memória social de uma coletividade. 
Pode-se dizer que acontece um verdadeiro diálogo entre textos. Vamos 
ater-nos a três ocorrências das cinco ou seis encontradas no texto: 
IV. ³$� OkPSDGD�� HQRUPH�� HVIUHJDGD�� QmR� IH]� DSDUHFHU� QHQKXP� JrQLR´�
(ref.9) 
V. ³5DVNyOQLNRY�� 2� PDLV� HVWUDQKR� p� TXH� KRXYH� FULPH�� H� QmR� FDVWLJR´�
(ref.11) 
VI. ³(X� ILTXHL� SRU� FRQWD� GDV� )~ULDV� GH� XP� UHPRUVR�� TXH� PH� SHUVHJXLX�
WRGD�D�LQIkQFLD��YHLR�FRPLJR�>���@´��UHI���� 
Assinale V ou F, conformeseja verdadeiro ou falso o que se diz sobre os 
três casos de intertextualidade transcritos: 
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( ) Na ocorrência I, o narrador intertextualiza com um dos contos que 
FRPS}HP�D�FROHWkQHD�³$V�PLO�H�XPD�QRLWHV´��QR�FDVR��D�KLVWyULD�GH�$ODGLP�H�D�
lâmpada maravilhosa. Ao intertextualizar com esse conto, de certa forma 
desautoriza-o: com ele, a magia da lâmpada não se revelou. O fracasso com a 
lâmpada enfatiza o estado de espírito negativo do narrador. 
( ) Na ocorrência II, há alusão ao romance Crime e Castigo, do escritor russo 
Fiódor Dostoiévisk. Essa obra narra a história de um estudante pobre, 
Raskólnikov, que mata uma velha usurária que vive dos juros do dinheiro que 
empresta. Raskólnikov é consumido pelo remorso e entrega-se à polícia. Ao 
dialogar com a obra de Dostoiévisk, o narrador põe-se no lugar de 
Raskólnikov. Percebe-se uma dose de fina ironia justificável no contexto. 
( ) Não se podem apontar diferenças entre os crimes do narrador e o do 
estudante russo. 
( ) Há, no terceiro caso de intertextualidade, um diálogo com o discurso 
mítico. As Fúrias, entidades da mitologia grega, eram encarregadas de 
atormentar os criminosos. Ao considerar-se sob a tutela das Fúrias, o narrador 
expressa o tormento em que estava mergulhado por causa dos furtos. 
Está correta, de cima para baixo, a sequência seguinte: 
A) V, F, F, V 
B) F, F, V, F 
C) F, V, F, V 
D) V, V, F, V 
 
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Questão 08 - Pucrs - 2016 
Para responder à questão, considere as expressões empregadas no texto 
de Nicolelis e preencha os parênteses com V (verdadeiro) e F (falso). 
( ) Há marcas de posicionamento crítico do autor, como se comprova pelo 
HPSUHJR�GH�³e�XPD�SHQD´��UHIHUrQFLD���� 
�� � � �� $V� SDODYUDV� ³1DGD´� �UHIHUrQFLD� ���� ³VHP´� �UHIHUrQFLD� ��� H� ³1mR´�
(referência 4) revelam a depreciação do autor a um ponto de vista contrário ao 
seu. 
( ) $�H[SUHVVmR� ³PDWRX�D� FREUD´� �UHIHUrQFLD���� p�XWLOL]DGD�SHOR� DXWRU� SDUD�
fazer alusão às críticas enfrentadas por Santos Dumont na sociedade francesa. 
�������$�H[SUHVVmR�³MHLWLQKR�EUDVLOHLUR´��UHIHUrQFLD����VXJHUH�TXH�6DQWRV�'XPRQW�
abusou da improvisação brasileira para conseguir sucesso. 
������(QWUH�³DXGiFLD´��UHIHUrQFLD�����H�³FRUDJHP´��UHIHUrQFLD�����Ki�XPD�UHODomR�
de implicação. 
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
A) V ± V ± F ± F ± V 
B) V ± F ± V ± V ± V 
C) V ± F ± F ± V ± F 
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D) F ± V ± V ± F ± V 
E) F ± F ± V ± V ± F 
 
 
 
Questão 09 - Upe ssa ± 2016 
Com respeito aos recursos empregados para obter certos efeitos de 
sentido no texto, analise as proposições a seguir. 
VI. Para ressaltar aspectos negativos do filme, o autor, por vezes, lança 
mão de conceitos reconhecidamente desprestigiados por um certo tipo 
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GH�S~EOLFR��FRPR�HP��³2�ILOHWH�GH�DXWRDMXGD�FRQWLGR�QD�IUDVH�p�XPD�
SUHPRQLomR������´ (1º parágrafo) 
VII. Além de tratar de outro texto (o filme), numa relação 
eminentemente intertextual, o autor utiliza outros tipos de relação 
textual, como a alusão a livros e a citação de expressões populares 
UHIRUPXODGDV��FRPR�HP�³FRQYHUVD�SDUD�URE{�GRUPLU´�H�³�DOJXP�ILOPH��
WHU� IXWXUR´� ��ž� SDUiJUDfo), com as quais obtém efeitos, 
respectivamente, de humor e de ironia. 
VIII. A seleção dos adjetivos busca destacar aspectos positivos dos 
substantivos que tais adjetivos acompanham e, consequentemente, 
UHVVDOWDU� DV� TXDOLGDGHV� GR� ILOPH� DPHULFDQR�� FRPR� HP�� ³GRORURVR�
DQWLFOtPD[´��³YHUV}HV�PRGHUQRVDV´�H�³YLDV�PLVWHULRVDV´� 
IX. Para fazer-se compreender, o autor conta com o conhecimento prévio 
e a produção de inferências por parte do leitor, por exemplo, ao 
XWLOL]DU� D� H[SUHVVmR� ³RV� FDEHORV� JULVDOKRV� GH� *HRUJH� &ORRQH\´� ��ž 
parágrafo) 
Estão CORRETAS: 
A) I, II e IV, apenas. 
B) I, III e IV, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) II, III e IV, apenas. 
E) I, II, III e IV. 
 
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Questão 10 - Ueg 2015 
+i� HQWUH� R� HQXQFLDGR� ³QmR� DWDFDU� p� R� PHOKRU� DWDTXH´� H� R� GLWDGR�
IXWHEROtVWLFR�³D�PHOKRU�GHIHVD�p�R�DWDTXH´�XPD�UHODomR�GHQRPLQDGD�GH� 
A) intertextualidade 
B) contextualidade 
C) prolixidade 
D) informatividade 
 
 
 
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Questão 11 - Upe 2015 
A intertextualidade e a interdiscursividade estão presentes em literários ou 
não literários. Pode-se dizer que tanto a intertextualidade quanto a 
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interdiscursividade são elementos que, se bem utilizados, tendem ao 
enriquecimento do discurso e ou do gênero textual. Nesse sentido, 
considerando o que se afirma, assinale a alternativa CORRETA. 
A) A intertextualidade é um recurso encontrado em textos não literários. É 
comum, em requerimentos e registros civis, o uso de discurso 
intertextual, visto que, dessa maneira, os gêneros textuais em destaque 
ficam sobremaneira legitimados e passam a ocupar espaço de maior 
relevância no trato social. 
B) No filme Narradores de Javé (Brasil/França, 2003), o protagonista (vivido 
pelo ator José Dumont) comumente utiliza recursos intertextuais em 
suas falas. Isso porque a narrativa do filme é uma adaptação bem feita 
para o cinema de uma grande obra literária homônima, conhecida pelo 
uso da intertextualidade. 
C) Nos dois textos Retratos do artista quando coisa e Proibida pra mim, há 
intertextualidade. Uma leitura mais acurada poderá dizer que os versos 
³(X� SHQVR´� H� ³(X� YRX� ID]HU� GH� WXGR� R� TXH� SXGHU´� WrP� VLPLOLWXGHV�
explícitas e traduzem as mesmas intenções. 
D) A intertextualidade, quanto bem empregada em um texto literário, tende 
a torná-lo mais rico e mais fluido, possibilitando melhoria no processo de 
leitura. Esse recurso também pode ser usado em outras linguagens 
artísticas como o cinema. 
E) A intertextualidade e figuração da linguagem são recursos linguísticos 
bastante utilizados em textos científicos. Tais textos se caracterizam pelo 
aprofundamento das temáticas neles exploradas e pela capacidade que 
possuem de apresentar argumentos coerentes e consistentes. 
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Fundamentando-se na tirinha, assinale a alternativa CORRETA. 
A) A intertextualidade é um recurso utilizado nos textos de ficção de modo 
muito sazonal, logo, o que se percebe na tirinha em análise é algo 
extraordinário. 
B) Do primeiro ao quarto quadrinho, o leitor identifica que as personagens 
estão fazendo referência a outro texto de natureza ficcional. 
C) $�H[SUHVVmR�³5HLV�0DJRV´��XWLOL]DGD�SHODV�SHUVRQDJHQV�D�WLULQKD��UHPHWH�
o leitor a um episódio retratado pelas narrativas bíblicas. 
D) Há, no último quadrinho, remate interdiscursivo que traduz para o leitor 
a finalidade inventiva de Mafalda e Manolito, duas personagens 
argentinas. 
E) $�H[SUHVVmR�³5HLV�0DJRV´��FLWDGD�SRU�0DIDOGD�H�UHIXWDGD�FRP�LQWHQVLGDGH�
por Manolito, remete o leitor a reflexões exclusivamente textuais. 
 
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Questão 13 - Uerj 2014 
Não era um pássaro nem um avião. (ref.4) 
A primeira frase do texto remete às perguntas feitas por personagens que 
observavam intrigados o voo do Super-homem em suas muitas histórias: É 
um pássaro? É um avião? Não! É o Super-homem! 
Essa primeira frase configura um recurso da linguagem conhecido como: 
A) ironia 
B) designação 
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C) verossimilhança 
D) intertextualidade 
 
Os textos 1 (manchete de capa da revista Época de 26/08/2013), 2 
(manchete de capa da revista Veja de 28/08/2013) e 3 serão analisados em 
conjunto, na perspectiva da polifonia, do dialogismo e da intertextualidade, 
isto é, das relações mantidas entre eles. 
 
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Questão 14 - Uece (2014) 
Reflita sobre as seguintes afirmações acerca do texto 2. 
III. Na manchete de Veja, a intertextualidade com o dito popXODU�³&DLU�
GDV�QXYHQV´�HVWi�PDLV�H[SOtFLWD�GR�TXH�QD�PDQFKHWH�GH�Época. 
IV. A manchete de Veja apresenta mais recursos gráficos e linguísticos do 
que a de Época. 
É correto afirmar que 
A) I é falsa e II é verdadeira. 
B) I é verdadeira e II é falsa. 
C) ambas são falsas. 
D) ambas são verdadeiras. 
 
Questão 15 - Uece (2014) 
Assinale a afirmação que expressa uma ideia INCORRETA sobre os textos 1, 
2 e 3. 
A) 2�GLWR�SRSXODU�³&DLU�GDV�QXYHQV´�p�IRQWH�GRV�WH[WRV���H��� 
B) Os textos 1, 2 e 3 dialogam entre si. 
C) Nos textos 1 e 2, ouve-se a voz do texto 3, do mesmo modo que, no 
texto 3, ouvem-se as vozes dos textos 1 e 2. 
D) +i��HQWUH�RV�WH[WRV���H����H�D�H[SUHVVmR�SRSXODU�³&DLU�GDV�QXYHQV´�QR�
texto 3, um plágio. 
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Operários, 1933, óleo sobre tela, 150x205 cm, (P122), Acervo Artístico-Cultural dos Palácios 
do Governo do Estado de São Paulo 
 
 
Questão 16 ± Enem 2003 
Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade 
peculiar, são iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés 
das indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos 
colados, um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se prolongar 
infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. 
(Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.) 
 
O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se 
encontra nos versos transcritos em: 
A) ³3HQVHP�QDV�PHQLQDV��&HJDV�LQH[DWDV��3HQVHP�QDV�PXOKHUHV��5RWDV�
DOWHUDGDV�´��9LQtFLXV�GH�0RUDHV� 
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B) ³6RPRV�PXLWRV�VHYHULQRV��LJXDLV�HP�WXGR�H�QD�VLQD���D�GH�DEUDQGDU�HVWDV�
pedras/ suando-sH�PXLWR�HP�FLPD�´��-RmR�&DEUDO�GH�0HOR�1HWR� 
C) ³2�IXQFLRQiULR�S~EOLFR�QmR�FDEH�QR�SRHPD��FRP�VHX�VDOiULR�GH�IRPH��VXD�
YLGD�IHFKDGD�HP�DUTXLYRV�´��)HUUHLUD�*XOODU� 
D) ³1mR�VRX�QDGD���1XQFD�VHUHL�QDGD���1mR�SRVVR�TXHUHU�VHU�QDGD��¬�SDUWH�
isso, tenho em mim todos RV�VRQKRV�GR�PXQGR�´��)HUQDQGR�3HVVRD� 
E) ³2V�LQRFHQWHV�GR�/HEORQ��1mR�YLUDP�R�QDYLR�HQWUDU��������2V�LQRFHQWHV��
definitivamente inocentes/ tudo ignoravam,/ mas a areia é quente, e há 
XP�yOHR�VXDYH�TXH�HOHV�SDVVDP�SHODV�FRVWDV��H�DTXHFHP�´��&DUORV�
Drummond de Andrade) 
 
 
Texto 1 
No meio do caminho 
No meio do caminho tinha 
uma pedra 
Tinha uma pedra no meio 
do caminho 
Tinha uma pedra 
No meio do caminho tinha 
uma pedra 
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. (fragmento). 
 
Texto 2 
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Questão 17 - Enem 2009 (cancelado) 
A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois 
textos revela que 
A) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser 
vulgarizado por histórias em quadrinho. 
B) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas 
o tornam uma réplica do texto 1. 
C) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-
os como pertencentes ao mesmo gênero. 
D) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da 
intertextualidade, foram elaborados com finalidades distintas. 
E) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem 
classificá-los como pertencentes ao mesmo gênero. 
 
 
 
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Questão 18 ± Enem 2009 (cancelado) 
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Os textos 1 e 2, escritos em contextos históricos e culturais diversos, 
enfocam o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. 
Analisando-os, conclui-se que 
A) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em 
que nasceu, é o tom de que se revestem os dois textos. 
B) a exaltação da natureza é a principal característica do texto 2, que 
valoriza a paisagem tropical realçada no texto 1. 
C) o texto 2 aborda o tema da nação, como o texto 1, mas sem perder a 
visão crítica da realidade brasileira. 
D) o texto 1, em oposição ao texto 2, revela distanciamento geográfico 
do poeta em relação à pátria. 
E) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira. 
Questão 19 - TJ/SC ± 2015 ± Assistente Social ± FGV 
 Observe a charge 1 abaixo,

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