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Guia Educacional Darwin

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Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo �
Material Educativo do Professor
�
É interessante contemplar uma encosta confusamente entrelaçada, revestida por 
diversas plantas de diversos tipos, com pássaros cantando nos arbustos, com vários 
insetos voando, e com minhocas rastejando na terra úmida, e pensar que essas formas 
elaboradamente construídas... foram todas produzidas por leis agindo à nossa 
volta...
 
Há uma grandeza nessa visão da vida, com seus diversos poderes, havendo sido 
originalmente insuflados em algumas poucas formas ou em uma só; e que, enquanto 
este planeta esteve revolucionando de acordo com a fixa lei da gravidade, a partir de 
um início tão simples, infinitas formas, as mais belas e mais maravilhosas, evoluíram 
e continuam evoluindo.1 
DARWIN, Charles 
Apresentação
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo �
Material Educativo do Professor
Sumário
A graça de um conto,
para levar a sério uma teoria 
Darwin
Descubra o Homem e a Teoria revolucionária que mudou o mundo
Uma exposição para mergulhar no pensamento criador de Darwin 
Na expedição à exposição
uma atitude investigativa de espírito viajante
Mapas moventes para o pensar científico
Que idéias contaminaram
os alunos-viajantes nesta expedição?
Convites para novas expedições
Sugestões de leitura
Créditos
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26
28
30
�
 s primeiros vertebrados, que no Carbonífero deixaram a vida aquática pela vida terrestre, derivavam 
dos peixes ósseos pulmonados, cujas nadadeiras podiam ser roladas sob o corpo e usadas como patas sobre a 
terra.
Agora já estava claro que os tempos aquáticos haviam terminado, recordou o velho Qfwfq, e aqueles que se 
decidiam a dar o grande passo eram sempre em número maior, não havendo família que não tivesse algum 
dos seus entes queridos lá no seco; todos contavam coisas extraordinárias sobre o que se podia fazer em terra 
firme, e chamavam os parentes. Então, os peixes jovens, já não era mais possível segurá-los; agitavam as 
nadadeiras nas margens lodosas para ver se funcionavam como patas, como haviam conseguido fazer os mais 
dotados. Mas precisamente naqueles tempos se acentuavam as diferenças entre nós: existia a família que 
vivia em terra havia várias gerações e cujos jovens ostentavam maneiras que já não eram de anfíbios mas 
quase de répteis; e existiam aqueles que ainda insistiam em bancar o peixe e assim se tornavam ainda mais 
peixes do que quando se usava ser peixe.
Nossa família, devo dizer, a começar pelos avós, esperneava pela praia au grand complet, como se não 
tivéssemos jamais conhecido outra vocação. Não fosse por obstinação de nosso tio-avô N’ba N’ga, os contatos 
com o mundo aquático havia muito já se tinham perdido. (...) Vai daí que esse tio-avô morava em certas 
águas baixas e lodosas, entre raízes de protoconíferas, naquele braço de lagoa onde haviam nascido todos os 
nossos ancestrais. (...)
Visitávamos o tio uma vez por ano, a família toda junta. Era igualmente uma oportunidade pra nos 
reunirmos, espalhados como estávamos pelo continente, e trocar nossas novidades e insetos comestíveis, e 
discutir velhos assuntos de interesse que permaneciam em suspenso. (...)
Tentativas de levá-lo para a terra conosco já havíamos feito várias e continuávamos a fazer; também, 
a esse respeito, jamais se haviam serenado as rivalidades entre os vários ramos da família, porquanto 
quem conseguisse levar o tio para casa iria se encontrar numa posição, digamos, proeminente em relação à 
parentada toda. Mas era uma rivalidade inútil, porque o tio nem sonhava abandonar a lagoa. (...)
As terras emersas, segundo o tio, eram um fenômeno limitado: iriam desaparecer assim como vieram à tona, 
ou, de qualquer forma, ficariam sujeitas a mutações contínuas: vulcões, glaciações, terremotos, enrugamentos 
do terreno, mutações de clima e de vegetação. E nossa vida nesse meio devia enfrentar transformações 
contínuas, mediante as quais populações inteiras iriam desaparecer, e só haveria de sobreviver quem estivesse 
disposto a modificar de tal forma a base de sua existência, que as razões anteriormente possíveis de tornar a 
vida bela de viver seriam completamente transtornadas e esquecidas. (...)
Continuei meu caminho, em meio às transformações do mundo, eu próprio me transformando. Vez por 
outra, entre as variadas formas dos seres vivos, encontrava um que era “mais alguém” do que eu: um que 
prenunciava o futuro, o ornitorrinco que amamentava o filhote saído do ovo, a girafa esgalgada em meio à 
vegetação ainda baixa; ou outro que testemunhava um passado sem retorno, um dinossauro sobrevivente 
depois de haver começado o Cenozóico, ou então – crocodilo – um passado que havia encontrado um modo de 
conservar-se imóvel pelos séculos. (...)
O Tio Aquático2 , Italo Calvino
O
A graça de um conto, para levar a sério uma teoria
A graça de um conto,
para levar a sério uma teoria 
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo �
Material Educativo do Professor
Lê-se de um fôlego e com um sorriso permanente nos lábios, este e os outros contos que compõem a obra 
As Cosmicômicas, de Italo Calvino. Partindo de uma epígrafe de natureza científica sobre a origem e a 
evolução do universo, Calvino mescla ciência e invencionice criando deliciosas histórias cheias de humor que 
ocorrem de forma rápida, narrando milhões e milhões de anos de transformação como se tivessem passado 
poucos minutos.
De certo modo, em O Tio Aquático, Calvino nos oferece uma síntese alegórica da evolução das espécies. 
Mas teria o escritor intenção de que suas histórias estejam fundamentadas no discurso científico? 
Calvino é um escritor que vê o exercício de sua literatura como desafio à invenção. Em sua obra As Cosmicômicas, 
a ciência e a ficção se encontram para, aí, descobrirem-se menos diferentes do que se imaginavam, menos 
diferentes porque ambas – ciência e arte – imaginam, e a imaginação, como diz Bronowski, é sempre um 
processo experimental, quer façamos as experiências com conceitos lógicos quer com a matéria fantasiosa 
da arte .3
A leitura dos contos de Calvino, tal qual uma viagem, nos move por mundos imaginários de divertidas 
histórias que juntam o tempo evolutivo ao tempo da história. De um modo muito particular, os contos de 
Calvino combinando arte e ciência, abrem frestas na nossa imaginação, provocando uma experiência singular 
em cada leitor. 
Mas não é só isso. O deleite da leitura também nos nutre criativamente ao excitar nossa imaginação, abrindo 
possibilidades para olharmos com outros olhos os enunciados científicos.
 Podemos dizer que, assim como os contos de Calvino, a exposição Darwin – Descubra o homem e a teoria 
revolucionária que mudou o mundo convoca a nossa imaginação com sua linguagem cenográfica que recria 
a atmosfera oitocentista em que Darwin viveu e incubou sua teoria da evolução. 
Imersos na ambiência da exposição, tal qual uma viagem que se dá andando, vamos nos nutrindo criativamente 
ao olhar desde esqueletos e fósseis até objetos biográficos e cadernos de anotações de Darwin que colocam em 
evidência a sua trajetória de naturalista.
A exposição, assim, abre possibilidades para fazer pensar, trazer descobertas, perguntas e questões para olhar 
com outros olhos para o pensamento científico de Darwin e a explosão de conhecimentos científicos gerados 
a partir de sua teoria da evolução pela seleção natural.
Na intenção de que a intensidade da visita à exposição não venha esmorecer, o Programa de Ação Educativa 
oferece um conjunto de materiais-propositores: aos estudantes, o Jogo de Aprendiz da Evolução e o Catálogo 
do Aprendiz de Ciência; aos professores, este material educativo - Mapas moventes para o pensar científico 
– como convite à reinvenção das linhas conceituais percorridas na exposição,como modos de continuação da 
viagem em sala de aula.
Que o desfrute da exposição e dos materiais-propositores escritos a partir dela, venham a ser provocativos do 
estudo da biologia contemporânea na escola, desabrochando aquele estado de encantamento diante do mundo 
que podemos aprender e apreender em Darwin como desejo de investigação científica. 
Em sua viagem no Beagle, diante da floresta tropical, Darwin nos revela esse modo de encantamento em uma 
de suas descrições:
Que sejamos então contaminados pela poética científica de Darwin!
O fascínio experimentado nesses momentos desnorteia a mente, - se o olhar 
tenta seguir o vôo de uma vistosa borboleta, ele é interrompido por alguma 
árvore ou fruta estranha; e ao olhar um inseto, ele é deixado de lado para 
que uma maior atenção seja dada à estranha flor sobre a qual ele rasteja... 
A mente é um caos de encanto. 
�
Uma exposição para mergulhar
 no pensamento criador de Darwin 
introdução 
Os espaços antes liso e livre do MASP – Museu de Arte de São Paulo4 , preenchem-se com mais de 400 
artefatos, espécimes e documentos, filmes e animais vivos, para propiciar ao espectador uma aproximação 
com a trajetória de Darwin e suas idéias que desembocaram na teoria da evolução, oferecendo, ao mesmo 
tempo, uma percepção de quão humana pode ser a atividade científica. 
Durante o percurso da exposição, o que o olhar poderá registrar sobre o que Darwin fez e por que ele ainda 
é tão importante. 
Para visualização do conteúdo expositivo, apresentamos aqui uma sinopse dos textos-painéis5 presentes na 
exposição.
Muito mais contente em casa com seus cadernos de anotações 
e o seu microscópio, ele evitava o olhar do público. 
A controvérsia afetava a sua saúde. Esse brilhante observador 
da Natureza manteve a sua mais original e revolucionária 
idéia oculta durante décadas. Entretanto, hoje, dois séculos depois de seu nascimento, o nome de Charles 
Darwin é conhecido por quase todo o mundo. O que Darwin fez e por que ele ainda é tão importante? 
Observando minuciosamente a Natureza em todas as suas formas – desde preguiças fósseis até Mimus 
polyglottos (tipo de pássaro que imita sons com perfeição), desde prímulas até crianças – Darwin percebeu 
que todos nós somos aparentados. Ele concluiu que todo ser vivo compartilha de uma ancestralidade comum 
e que a grande diversidade da vida na Terra resulta de processos atuantes durante milhões de anos e ainda 
hoje ativos. A explicação de Darwin para esta grande diversificação da vida através do tempo – a teoria da 
evolução pela seleção natural – transformou a nossa compreensão 
do mundo vivo, assim como as idéias de Galileu, Newton e Einstein 
revolucionaram o nosso entendimento do universo físico. 
A teoria da evolução pela seleção natural de Darwin fundamenta 
toda a Biologia contemporânea. Ela nos permite decifrar os nossos 
genes e combater vírus, assim como entender o registro fóssil da 
Terra e a sua rica biodiversidade. Simples e às vezes controversa, mal 
interpretada e mal empregada para metas sociais, a teoria permanece 
incontestavelmente o conceito central da Biologia. Revolucionário 
relutante, Charles Darwin alterou profundamente a nossa visão do 
mundo natural e o lugar que nele ocupamos. 
Uma exposição para mergulhar no pensamento criador de Darwin
Animais vivos na exposição: Iguana
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo �
Material Educativo do Professor
o mundo anteS
de darwin 
Antes do nascimento de Darwin, a maioria das pessoas na 
Inglaterra aceitava certas idéias a respeito do mundo natural 
da maneira que eram apresentadas. As espécies não eram 
ligadas a uma única “árvore genealógica”. 
Elas eram desconectadas, não-aparentadas e imutáveis desde o momento de sua criação. E pensava-se que 
sendo a própria Terra tão jovem – talvez cerca de 6.000 anos – o tempo não seria suficiente para que uma 
espécie mudasse. De qualquer forma, as pessoas não faziam parte do mundo natural; elas estavam acima e 
fora dele.
Essas atitudes refletiam uma estável e imutável visão geral do mundo. Havia uma ordem natural das 
coisas. A maioria dos ingleses vivia em comunidades rurais e não se afastava muito de onde havia nascido. 
Suas vidas eram bem semelhantes às de seus pais. Logo a Revolução Industrial e as reformas democráticas 
refariam a sociedade – mas antes de Darwin, ainda era possível considerar o mundo como atemporal, eterno 
e imutável. 
�
Jovem darwin 
Ovos de pássaros e conchas marinhas, besouros e moedas, 
mariposas e minerais – quando criança, Charles Darwin 
colecionava isso e mais. Nascido em 1809 em uma família 
abastada na Inglaterra rural, ele passava horas observando 
pássaros e lendo, deitado embaixo da mesa da sala de jantar. 
Entretanto, era um aluno indiferente e a escola o aborrecia. Ficava desesperado com o Latim e com a 
memorização de versos que, como ele dizia, “eram esquecidos 48 horas depois”. Mas ele nunca se cansava de 
estudar os detalhes do mundo natural. 
A Família Wedgwood 
A mãe de Charles Darwin, Susannah, era filha de Josiah Wedgwood, fundador da mundialmente famosa 
cerâmica Wedgwood da Inglaterra. Admirada até hoje, a cerâmica Wedgwood era uma das maravilhas 
técnicas dos anos de 1700 e a fábrica de Wedgwood era um exemplo de vanguarda da Revolução Industrial 
que começava a surgir na Inglaterra. A moderna fábrica de Wedgwood, Etruria, incluía residências para seus 
trabalhadores, uma igreja e uma escola, onde os pais de Charles estudaram quando crianças. 
Os pais de Darwin representavam a união de duas famílias proeminentes e ricas: os Darwin e os Wedgwood. 
Apesar de não serem aristocratas, as duas famílias integravam a classe emergente de empresários progressistas 
e voltados para a tecnologia. As famílias eram ligadas por laços de amizade, negócios e múltiplos casamentos: 
o pai de Charles, sua irmã e, eventualmente, o próprio Charles - todos se casaram dentro da família 
Wedgwood. 
A Família Darwin 
O avô paterno de Darwin, Erasmus Darwin, tornou o nome 
Darwin famoso bem antes de Charles nascer. 
Erasmus era versado em vários campos distintos. Uma das 
maiores autoridades médicas da Inglaterra, ele foi solicitado para 
ser o médico pessoal do Rei George III. Era um prolífico inventor 
cujas realizações incluíam um moinho de vento horizontal para 
fornecer energia à fabrica Wedgwood. Também era um poeta 
popular e um filósofo natural cujas idéias inspiraram Mary 
Shelley em seu romance Frankenstein.
As opiniões radicais de Erasmus incluíam a oposição à escravidão, 
o apoio à educação das mulheres, a simpatia pelas Revoluções 
Francesa e Americana e uma teoria de evolução que precedeu a 
de Charles Darwin em várias décadas. 
O filho de Erasmus, Robert – o pai de Charles – também era médico. Mas, diferente de seu famoso pai, 
Robert era modesto e respeitável, e Charles cresceu em um lar digno e honrado. 
Uma exposição para mergulhar no pensamento criador de Darwin
Darwin e sua irmã
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo �
Material Educativo do Professor
“Caçada, Cães e Capturar Ratos” 
A mãe de Charles estava freqüentemente doente quando ele era pequeno e veio a falecer quando ele tinha 
oito anos. No ano seguinte ele foi enviado para um internato perto de sua casa, em Shrewsbury. Odiava o 
aborrecido currículo da escola, que se baseava na memorização do Grego e do Latim. “Nada poderia ser pior 
para o desenvolvimento de minha mente do que a escola do Dr. Butler”, veio a declarar Darwin. 
Impaciente com a falta de progresso de Charles, seu pai o tirou da escola e o enviou para a Universidade de 
Edimburgo, na Escócia, para estudar medicina, como o seu pai e avô antes dele. Quando Charles não demonstrou 
qualquer interesse em se tornar médico, Robert explodiu. “Você não se interessa por nada, a não ser caçada, cães 
e capturarratos; você será uma desgraça para si mesmo e para toda a sua família”. Em seguida, Charles foi 
enviado por seu pai para a Universidade de Cambridge a fim de se preparar para uma carreira na igreja. Charles 
não fez nenhuma objeção. Uma paróquia tranqüila seria o lugar adequado para perseguir o seu interesse em 
história natural. 
Juventude
Em sua adolescência, Darwin era um entusiasta de Química, Biologia, Botânica e Geologia. No entanto, ele 
obedientemente se dedicou às carreiras que seu pai havia selecionado para ele: médico e depois pastor. Mas, 
quando estava estudando na Universidade de Cambridge, Darwin foi escolhido por um círculo de acadêmicos 
de elite que reconheceu o seu potencial. Finalmente, o seu talento em história natural desabrochou. 
Apesar de aborrecido, às vezes, com a educação formal, o jovem Charles Darwin dedicava uma enorme energia à 
sua fascinação pelo mundo natural. Quando garoto, cansado de Grego e do Latim, ele fez algumas experiências 
de química1 em um laboratório caseiro com o seu irmão Erasmus. Na Universidade de Edimburgo, em vez de 
estudar medicina, ele escreveu seus primeiros trabalhos científicos. E na Universidade de Cambridge, onde 
havia sido mandado para se tornar pastor, ele ficou tão devotado à botânica que fez o único curso três vezes. 
Entretanto, um passatempo científico destacou-se dos outros: colecionar besouros. Darwin entrou numa 
acalorada competição com outro estudante de Cambridge, Charles “Beetles” (Besouro) Babington, para 
saber quem conseguiria primeiro uma nova espécie. E quando não estava coletando besouros, ele escrevia 
cartas entusiastas para o seu primo William Darwin Fox, confessando: “É absurdo o quanto eu estou ficando 
interessado nessa ciência”. 
Jovem Naturalista
Na Universidade de Cambridge, o interesse de Darwin por história natural tornou-se muito mais do que um 
passatempo. Um círculo de professores ilustres serviu de mentor e de modelo para Darwin. Ele tornou-se 
o particular protegido do Reverendo J. S. Henslow, botânico brilhante e carismático. Darwin denominou o 
seu encontro com Henslow de acontecimento “que mais influenciou a minha carreira do que qualquer outra 
pessoa”. 
Incentivado por Henslow, Darwin desenvolveu um “grande entusiasmo em proporcionar até a mais humilde 
contribuição à nobre estrutura da ciência natural”. Para ajudá-lo em Geologia, Henslow apresentou Darwin a 
Adam Sedgwick, um dos mais importantes geólogos da Inglaterra. O Reverendo Sedgwick levou Darwin em 
uma reveladora expedição geológica pelo País de Gales, a respeito da qual Darwin disse: “Essa viagem foi para 
mim de uso decisivo no ensino de como determinar a geologia de um país” – uma habilidade que Darwin viria 
a precisar mais cedo do que imaginava. 
�0
o Beagle 
Uma Viagem ao Redor do Mundo
Em 1831, Charles Darwin recebia um convite surpreendente: 
juntar-se à tripulação do HMS Beagle na função de naturalista em uma viagem ao redor do mundo. Durante 
a maior parte dos cinco anos seguintes, o Beagle investigou a costa da América do Sul, dando liberdade a 
Darwin para explorar o continente e as ilhas, inclusive as Galápagos. Ele encheu dúzias de cadernos de 
anotações com cuidadosas observações geológicas, bem como de 
animais e plantas, e coletou milhares de espécimes que encaixotava 
e enviava para casa para uma análise mais minuciosa. Mais tarde, 
Darwin declarou que a viagem no Beagle havia sido para ele “o 
acontecimento mais importante de minha vida”, dizendo também 
que ela “determinou toda a minha carreira”. 
Ao iniciar a viagem, Darwin tinha 22 anos, um jovem recém-formado 
ainda planejando uma carreira eclesiástica. Quando voltou para casa, 
já era um naturalista estabelecido, bem conhecido em Londres pelas 
impressionantes coleções que havia enviado durante a sua viagem. 
Ele também se transformara de um observador promissor em um 
teórico meticuloso. A viagem no Beagle iria lhe proporcionar toda 
uma vida de experiências sobre as quais ponderaria – e as sementes 
de uma teoria à qual se dedicaria pelo resto de sua vida. 
Uma Viagem de Cinco Anos
O capitão e a tripulação do HMS Beagle planejaram inicialmente 
uma viagem de dois anos ao redor do mundo. Entretanto, a 
viagem levou quase cinco anos, de dezembro de 1831 a outubro de 
1836. O principal propósito da viagem, patrocinada pelo governo 
britânico, era pesquisar o litoral e mapear os portos da América 
do Sul, a fim de atualizar os velhos mapas e proteger os interesses 
ingleses nas Américas. 
Entretanto, além da missão oficial do navio, a intenção era que 
Darwin realizasse observações científicas. Assim, enquanto o 
navio sistematicamente media as profundidades do oceano, 
Darwin ficava em terra para explorar e coletar espécimes. De fato, Darwin passou dois terços de seu tempo 
em terra firme, principalmente em áreas selvagens do Brasil, Argentina, Chile e em áreas remotas como as 
Ilhas Galápagos. De qualquer maneira, o trabalho de Darwin teve grande êxito. Ele levou de volta mais de 
1.500 espécies diferentes, centenas das quais eram totalmente desconhecidas na Europa. 
Uma exposição para mergulhar no pensamento criador de Darwin
Miniatura do HMS Beagle
Atobás de patas azuis
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
londreS 
A Idéia Toma Forma
Meses depois de deixar o convés do Beagle, Darwin estabeleceu-se 
em Londres, o coração da Inglaterra. Ansioso agora para se juntar aos “verdadeiros naturalistas”, Darwin 
mergulhou no trabalho de redigir a sua pesquisa, realizada durante a viagem no Beagle. Enquanto isso, uma 
grande idéia estava tomando forma em sua mente. Será que suas reflexões iniciais a bordo do navio estavam 
certas? Era possível que novas espécies pudessem surgir de velhas espécies? E se fosse possível, como isso 
poderia ter acontecido? 
Em Londres, o trabalho de Darwin foi intenso e calorosamente criativo. Ali, ele se tornaria reconhecido em 
ciência. Ali, ele se casaria e teria as suas duas primeiras crianças. E ali, ele iniciaria uma outra viagem – essa, 
dentro de sua mente. 
Foi em Londres que Darwin juntou brilhantemente as peças de sua teoria da evolução por seleção natural. 
E então, cinco anos depois, abandonou a cidade para se estabelecer em sua preferida zona campestre inglesa 
– mantendo sempre o seu pensamento revolucionário para si mesmo. 
“Uma Esposa, Esse Espécime Por Demais Interessante” 
Depois de aproximadamente um ano em Londres e com 29 anos de idade, Darwin 
começou a pensar seriamente sobre casamento. Mas como muitos cientistas ambiciosos, 
ele estava preso entre a determinação de ser alguém na sua profissão e o desejo de 
ter uma família. Será que o fato de formar uma família implicaria abandonar a sua 
carreira científica? Um homem metódico, Darwin fez uma lista dos prós e dos contras 
do casamento – e, finalmente, a mulher que ele chamou de “uma boa esposa no sofá”6 
levou a melhor. Ele logo propôs casamento àquela que conhecera desde a infância, a 
sua prima Emma Wedgwood. As duas partes – e as duas famílias – concordaram que 
formariam o casal perfeito. 
A previsão tornou-se realidade. Vínculos de real afeto uniram Emma e Charles por 
toda a vida e formaram uma família calorosa, vigorosa e amorosa. Mas durante os 
primeiros anos surgiram dois problemas preocupantes. O ceticismo crescente de 
Darwin quanto à religião causou uma grande dor a Emma e, por sua vez, causou ao 
marido uma profunda tristeza. E Darwin passou a sofrer de ataques cada vez mais 
sérios e misteriosos de uma doença que o perseguira em toda a sua vida de trabalho. 
Emma Darwin
��
down houSe 
A Obra de Uma Vida 
Em 1842, Charles Darwin e sua família fugiram de Londres em 
busca de paz e de silêncio. Eles os encontraram em um pequeno 
vilarejo a 25 quilômetros da cidade e durante os 40 anos seguintes, 
essa casa – chamada“Down House” – foi para Darwin o seu retiro, posto de pesquisa e o centro de sua vasta rede científica. 
Trabalhando em seu estúdio, estufa e jardim, e correspondendo-se com cientistas do mundo inteiro, pacientemente, 
Darwin completou o quebra-cabeça da evolução pela seleção natural.
Mas por quase duas décadas Darwin manteve este segredo para si mesmo. Foi uma carta enviada do Arquipélago Malaio 
– uma carta descrevendo a versão de uma outra pessoa sobre a seleção natural – que o forçou a publicar seus achados. 
Fechando-se em seu estúdio e trabalhando fervorosamente, Darwin finalmente produziu A Origem das Espécies. Esse 
livro – assim como o volume A Origem do Homem e a Seleção Sexual (“Descent of Man”) – incitaria uma revolução. 
Mas também tornaria Darwin o cientista mais reverenciado e controvertido de sua época. 
Escritório de Darwin
No estúdio confortável e desordenado – parte biblioteca e parte laboratório 
– Charles Darwin passou a maior parte de seus dias na Down House. 
Acordando cedo e trabalhando durante várias horas de manhã e à tarde, 
Darwin produziu um enorme volume de trabalho, inclusive um dos mais 
influentes livros científicos de todos os tempos: A Origem das Espécies por 
Meio da Seleção Natural. 
O estúdio reflete o caráter do homem, despretensioso e intensamente focado. 
Tudo aqui estava colocado para o conforto e a eficiência. Darwin escrevia 
sobre um quadro, coberto com um pano, e colocado sobre os braços de sua 
cadeira estofada, surrada, mas confortável. Rodas haviam sido colocadas 
nos pés para que Darwin pudesse ter tudo ao alcance da mão sem precisar 
levantar. Perseguido por uma série de doenças durante grande parte de sua 
vida, Darwin sentia frio; muitas vezes, ele colocava um xale sobre os ombros, até mesmo em épocas de calor. Sua cadela, 
Polly – imortalizada por uma referência no livro “Expression of the Emotions” (Expressão das Emoções) – ficava deitada 
em sua caminha perto da lareira enquanto ele trabalhava. 
Uma exposição para mergulhar no pensamento criador de Darwin
Materiais utilizados por Darwin 
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
Origem das Espécies
Uma vez estabelecido na “Down House”, Darwin escreveu uma versão mais 
completa de sua teoria da evolução pela seleção natural. Entretanto, ele não a 
publicou – por quê?
Há muitas razões para isso. A teoria de Darwin ainda não estava completa; ele 
queria pensar mais, juntar mais evidência. Outros escritores, com outros esquemas evolutivos, estavam sendo ridicularizados 
e Darwin estava determinado a evitar isso. A sua própria falta de saúde e a tragédia familiar interferiam no seu trabalho. 
Imaginar a reação do público e da igreja estabelecida enchiam-no de apreensão.
Entretanto, gradualmente, por aproximadamente uma década, Darwin começou a confiar o seu segredo a alguns amigos 
íntimos. Era “como confessar um assassinato”, ele escreveu. Mas uma confissão em particular era uma coisa, enquanto 
divulgá-la ao mundo era bem diferente. Darwin tinha a intenção de trabalhar em seu próprio ritmo, até que sua teoria fosse 
sólida o suficiente para satisfazer o crítico mais severo – ele próprio. 
A carta entregue na Down House em junho de 1858 foi tão chocante quanto um raio. Enviada pelo jovem naturalista Alfred 
Russel Wallace, ela descrevia uma teoria da evolução pela seleção natural assustadoramente parecida com a do próprio 
Darwin. Wallace até citava a passagem de Malthus que Darwin havia citado em seu caderno de anotações quase vinte anos 
antes. Darwin estava desconcertado: depois de tantos anos de trabalho e preocupação, uma outra pessoa conseguiria levar o 
crédito. Ele odiava ser precedido por alguém – e ele se odiava por importar-se. 
Mas os amigos de Darwin, o botânico Joseph Hooker e o geólogo Charles Lyell, entraram em ação. Eles sabiam que Darwin 
havia escrito um ensaio contendo essas idéias quase 15 anos antes, por conseguinte, era claro que ele havia sido o primeiro 
a desenvolver a teoria. Agindo rapidamente, Hooker e Lyell conseguiram um acordo: Wallace e Darwin apresentariam 
documentos sobre a teoria à Sociedade Lineana em Londres. Wallace estava satisfeito e Darwin, finalmente, decidiu publicar 
a sua teoria sem mais demora. Em pouco mais de um ano, ele publicaria o seu maior livro, “On the Origin of Species by 
Means of Natural Selection” (“A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural”).
A Origem das Espécies causou sensação não somente na Inglaterra, mas no mundo todo. Os políticos faziam discursos, os 
pastores pregavam sermões, os poetas escreviam poesias. Todos tinham uma opinião. O livro esgotou-se no primeiro dia que 
apareceu nas livrarias. A maior biblioteca circulante do país fez da Origem uma seleção; os viajantes liam o livro no trem. O 
editor de Darwin apressou-se em imprimir outras 3.000 cópias.
A reação científica era igualmente intensa. Alguns dos mentores de Darwin ficaram chocados ou desdenhosos: o astrônomo 
John Herschel denominou a seleção natural de “lei da desordem”. Mas muitos jovens a louvaram – o biólogo T. H. Huxley 
anunciou que “estava pronto para ir à fogueira” em defesa de Darwin. Cansado pelo esforço de escrever o livro e sua 
preocupação quanto às reações, Darwin deixou que outras pessoas se encarregassem da defesa pública de sua teoria. Huxley, 
particularmente, se deliciou com essa disputa. E num espaço de tempo impressionantemente curto, a tempestade amansou 
– pelo menos para os cientistas. Evolução pela seleção natural tornara-se parte de sua linguagem e integral para o trabalho 
científico. 
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Há um século e meio, Charles Darwin ofereceu ao mundo uma única e simples explicação científica para a diversidade da 
vida na Terra: evolução pela seleção natural. A partir de então, inúmeros cientistas – seja combatendo vírus, decodificando o 
DNA, ou analisando o registro fóssil – descobriram que o trabalho de Darwin é fundamental para o seu próprio trabalho.
Cientistas dos dias de hoje agora podem responder questões sobre o mundo natural de maneiras que Darwin nunca pôde. 
Novas ferramentas e tecnologias, como análises de DNA, podem revelar relações não esperadas entre grupos aparentemente 
distintos. Métodos acurados de datação de fósseis mostram que a evolução ocorre em taxas variáveis e que nem sempre é 
gradual. Estudos sofisticados de populações selvagens fornecem percepções de como novas espécies são formadas. Darwin 
ficaria maravilhado em ver como o nosso novo conhecimento ajudou a avançar a sua teoria.
Como Funciona a Seleção Natural?
A seleção natural é um mecanismo por meio do qual as populações se adaptam e evoluem. Essencialmente, trata-se de um 
simples enunciado a respeito de taxas de reprodução e de mortalidade: aqueles organismos individuais que estão melhor 
adequados a um ambiente sobrevivem e se reproduzem com maior sucesso, produzindo descendentes igualmente bem 
adaptados. Depois de muitos ciclos reprodutivos, os mais adaptados passam a predominar. A Natureza encarregou-se de 
filtrar os indivíduos menos favorecidos e a população evoluiu. 
V.H.S.T.A. 
A seleção natural é um mecanismo que provoca, ao longo do tempo, mudanças em populações de seres vivos. Esse 
mecanismo pode ser decomposto em cinco passos básicos, aqui abreviados como V.H.S.T.A. - Variação, Herança, Seleção, 
Tempo e Adaptação. 
Variação e Herança
Membros de qualquer espécie raramente são exatamente iguais, seja interna ou externamente. Os organismos podem 
variar em tamanho, coloração, habilidade de combater doenças e em muitas outras características. Freqüentemente, essa 
variação é o resultado de mutações aleatórias ou “erros de cópia” que ocorrem quando as células se dividem à medida que 
novos organismos se desenvolvem. 
Ao se reproduzirem, os organismos transmitem o próprio DNA – o conjunto de instruções codificadas em células vivas 
para a criação de corpos– para sua prole. E como muitas características são codificadas no DNA, muitas vezes a prole herda 
as variações de seus pais. Por exemplo, pessoas altas tendem a ter filhos altos. 
Seleção: Sobrevivência e Reprodução
Ambientes não podem suportar populações ilimitadas. Como os recursos são limitados, nascem mais organismos do que 
pode sobreviver: alguns indivíduos terão maior sucesso em encontrar alimento, acasalar ou evitar predadores, e terão uma 
condição melhor de sobreviverem, reproduzirem e transmitirem seu DNA. Pequenas variações podem influenciar se o 
indivíduo poderá ou não sobreviver e se reproduzir. Por exemplo, diferenças na coloração ajudam alguns indivíduos a 
se camuflarem melhor de predadores. Olhos mais aguçados e garras ajudam uma águia a capturar o seu jantar. E uma 
coloração mais brilhante melhora as condições de um pavão na atração de uma fêmea para acasalar. 
a evolução 
noS diaS de hoJe 
Uma exposição para mergulhar no pensamento criador de Darwin
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
Tempo e Adaptação
De geração em geração, características vantajosas ajudam alguns indivíduos a sobreviver e a se reproduzir. E essas 
características são passadas adiante para um número cada vez maior de descendentes. Depois de apenas algumas ou milhares 
de gerações, dependendo das circunstâncias, essas características tornam-se comuns na população. O resultado é uma 
população melhor adequada – melhor adaptada – a algum aspecto do ambiente do que anteriormente. Pernas antes usadas 
para andar são modificadas para serem usadas como asas ou nadadeiras. Escamas usadas para proteção mudam de cor para 
servirem de camuflagem. 
Como Sabemos que os Seres Vivos São Aparentados?
Um impressionante número de evidências demonstra que todas as espécies são relacionadas – ou seja, todas descendem de 
um ancestral comum. Há cento e cinqüenta anos, Darwin percebeu a evidência desse parentesco em notáveis semelhanças 
anatômicas entre diversas espécies, tanto vivas quanto extintas. Hoje verificamos que a maioria dessas semelhanças – tanto 
na estrutura física quanto no desenvolvimento embrionário – são expressões de DNA compartilhado: o resultado de uma 
ancestralidade comum. 
Mãos ou Asas, Nadadeiras ou Patas?
Seres humanos, baleias, morcegos, águias, lagartos, sapos e chimpanzés 
são tipos de animais muito diferentes, que usam seus membros anteriores 
de maneiras muito diferentes. Mas embaixo da pele, os ossos dos membros 
anteriores desses animais são surpreendentemente semelhantes. Essas 
semelhanças de estrutura, chamadas homologias, são o resultado da 
descendência de um ancestral comum. 
Em espécies relacionadas, os mesmos aspectos anatômicos evoluíram em 
formas distintas ao serem usados em diferentes ambientes ou para funções 
diferentes. Os membros anteriores dos chimpanzés são adaptados para subir 
em árvores; os das baleias, para sustentar nadadeiras que lhes permitem 
locomover-se na água, e aqueles dos morcegos, para sustentar membranas de asas que lhes permitem voar. Mas as 
semelhanças subjacentes desses ossos homólogos revelam que todos esses animais compartilham um ancestral comum: um 
animal de quatro patas – um tetrapode – que viveu há 365 milhões de anos. 
Árvore da Vida
A árvore da vida, também chamada de árvore filogenética, é uma ferramenta gráfica que os biólogos usam para retratar 
as relações evolutivas entre plantas, animais e todas as outras formas de vida. A árvore revela histórias evolutivas: cada 
“encruzilhada do caminho”, ou ponto de ramificação, indica um ancestral comum que se desdobra em dois descendentes. 
E quanto menos pontos de ramificação existirem entre quaisquer duas espécies, mais proximamente elas são relacionadas 
– uma característica de grande valor preditivo. De fato, um botânico que descobre uma útil propriedade farmacológica 
numa espécie de planta pode pesquisar espécies “irmãs” por propriedades semelhantes.
A partir de Darwin, os cientistas concentraram-se em características anatômicas compartilhadas para determinar relações 
evolutivas. Mais recentemente, eles aprenderam que a história da evolução também está registrada no DNA, o conjunto de 
instruções para forjar corpos, codificado em todas as células vivas. Quando plantas e animais se reproduzem, eles transmitem 
cópias de seus DNA para a sua prole. Mas, com o tempo, o DNA de uma espécie muda, geralmente em função de erros de 
cópia conhecidos como mutações. Os cientistas podem comparar o DNA para ajudá-los a determinar as relações evolutivas: 
de maneira geral, quanto maior for a diferença no DNA de duas espécies, tanto mais tempo deve ter decorrido desde que os 
dois grupos eram um só, já que divergiram de um ancestral comum. 
Réplica de uma nadadeira de baleia 
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Um Mesmo Início
Quando adultos, porcos, galinhas e peixes paulistinhas são animais bem diferentes. Mas, surpreendentemente, os três são 
muito semelhantes em seus estágios iniciais de desenvolvimento, e galinhas e porcos ainda mantêm muitas semelhanças até 
quase nascerem. Como Darwin verificou, essas semelhanças de desenvolvimento indicam uma ancestralidade comum, com 
animais mais intimamente relacionados seguindo caminhos de desenvolvimento bem semelhantes. Hoje podemos entender, 
melhor do que Darwin, as razões dessas semelhanças iniciais. 
Os animais, inclusive os humanos, compartilham de muitos genes quase idênticos – o “plano” para a construção do corpo. 
Animais diferentes desenvolvem-se ao longo de caminhos semelhantes porque todos herdaram os mesmos genes para 
construir membros ou olhos, ou cabeças. De fato, trocar o gene que ativa o desenvolvimento do olho de um organismo 
com o gene correspondente de outro organismo tem pouco efeito – trata-se do mesmo gene. As diferenças surgem entre 
várias espécies devido a mudanças no momento e no lugar em que esses genes tornam-se ativos durante o desenvolvimento. 
Derradeiramente, essas variações de tempo definem a diferença entre peixes, galinhas, porcos – e nós. 
Quanto Tempo Leva Uma Evolução?
A evolução não tem um único cronograma. Às vezes, novas espécies ou variedades surgem em questão de anos ou até 
mesmo dias. Outras vezes, espécies se mantêm estáveis durante longos períodos, apresentando pouca ou nenhuma mudança 
evolutiva. Entretanto, as características dos organismos que se reproduzem em poucas horas, como as bactérias, podem 
potencialmente evoluir muito mais depressa do que em organismos cujas gerações são medidas em meses ou anos, como os 
cavalos. 
E Quanto a Nós?
Os seres humanos evoluíram exatamente como todas as outras espécies. Nós, 
humanos modernos, somos os únicos descendentes remanescentes de uma 
antiga e variada família de primatas chamada hominídeos. Todos os outros 
hominídeos estão atualmente extintos. Fósseis e DNA continuam a revelar os 
detalhes de nossa complexa história evolutiva que se reporta a milhões de anos 
atrás e revela que seres humanos e outros primatas existentes compartilham de 
um ancestral comum. 
Como todos os outros seres vivos, os seres humanos evoluíram, um processo bem 
documentado no registro fóssil. Em lugares diferentes, em épocas diferentes, 
grupos de hominídeos antigos adaptaram-se aos seus ambientes e muitos se 
tornaram espécies distintas – inclusive algumas viveram simultaneamente. A 
maioria dessas espécies extinguiu-se. Mas uma – os seres humanos atuais, o 
Homo sapiens – derradeiramente sobreviveu e prosperou. 
Os fósseis contam apenas uma parte da história. Estudos recentes do DNA – a informação codificada em células vivas – 
revelaram novos detalhes de nossa história evolutiva. Comparações de DNA, por exemplo, indicam que os chimpanzés 
são os parentes existentes mais próximos dos seres humanos. De fato, os dois grupos divergiram de um mesmo ancestral 
apenas cinco a sete milhões de anos atrás. Da mesma forma, análises deDNA humano sugerem que todos os seres humanos 
modernos são descendentes de pessoas que viveram na África entre 100.000 e 150.000 anos atrás. Estudos adicionais 
prometem revelar até mais detalhes de nossa rica história.
Uma exposição para mergulhar no pensamento criador de Darwin
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
infinitaS formaS
As orquídeas que enchem esta sala, membros de uma grande e antiga 
família, encantaram Darwin em sua idade mais avançada e ainda 
nos intrigam, mais de um século depois. Com mais de 20.000 espécies 
atualmente na natureza, cada uma surpreendentemente adaptada ao seu habitat e ao seu polinizador, em forma, tamanho 
cor ou fragrância, as orquídeas personificam a riqueza da vida. E é essa riqueza que a obra de Darwin nos permite 
compreender. 
Dois séculos depois do nascimento de Darwin, suas idéias continuam 
frescas e cheias de vida. Em sua juventude, ele ousou perguntar como 
o mundo natural chegara ao estágio em que estava. Como podemos 
explicar a fantástica diversidade da vida ao nosso redor? E a sua resposta 
– por meio da evolução pela seleção natural – somente aumentou o 
seu sentido de deslumbramento. Ele disse: “Há uma grandeza nessa 
visão da vida”, uma vida na qual “infinitas formas, as mais belas e mais 
maravilhosas, evoluíram e continuam evoluindo”. 
Uma variedade de orquídeas completa a exposição
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Quando em visita a uma exposição, na geografia dos passos, 
ao olhar cada objeto mostrado, nossa curiosidade se inquieta, 
como pergunta que move o desejo de conhecer.
Podemos dizer que a experiência vivida numa exposição tem 
um potencial educativo, sobretudo porque forma em cada 
visitante novas percepções, novos modos para olhar e pensar o 
mundo. 
Certamente, como professores, quando programamos uma 
visita de nossos alunos a uma exposição que escolhemos, nossa 
intenção é abrir vias de acesso para algum assunto que será 
trabalhado em sala de aula antes e após o contato com a exposição. 
Qual seria o objetivo de visitar a exposição Darwin? O que os alunos já sabem sobre a exposição?
Ao contrário de dar uma aula sobre quem foi Darwin ou informar os alunos sobre o que eles vão ver na 
exposição, oferecendo dados em discurso pronto e acabado, é mais interessante envolvê-los numa atitude 
investigativa que seja provocativa, para despertar o interesse por meio da “pedagogia da pergunta”, como 
diria Paulo Freire. Vejamos:
O que os alunos imaginam que fazia um naturalista que viveu no século 19? Quais seriam os instrumentos 
usados nessa época nas pesquisas científicas da natureza? 
Se naquela época não existia computador e máquina fotográfica, como os naturalistas registravam os 
dados coletados? 
Os alunos já ouviram falar das Ilhas Galápagos? O que podem descobrir sobre elas em relação às pesquisas 
de Darwin?
A “Origem das Espécies” é o famoso tratado de Darwin. O que esse título sugere aos alunos?
Essas perguntas podem instigar uma pesquisa em livros ou a busca na Internet, movendo os alunos à 
investigação e a criação de um mural que começa antes da visita e vai sendo feito após a visita.
Outra possibilidade é na composição desse mural ter matérias que divulgaram a exposição na mídia. 
Na leitura das matérias, o que chama a atenção dos alunos? Quais questões eles querem fazer na 
exposição?
Com esse modo de preparação da visita, cada aluno vai à exposição com a percepção mais aguçada e com 
interesse para interrogar e dialogar com o educador-mediador durante a visita. 
Ao mesmo tempo, o professor pode perceber os indícios de interesse e os pontos de referência que os alunos 
têm sobre o assunto e as possíveis conexões que podem ser feitas entre a visita à exposição e sua intenção 
pedagógica.
E, se a exposição nutre criativamente as idéias e faz pensar, quais desdobramentos podem acontecer na sala 
de aula? Como provocação para o seu pensar, apresentamos algumas “linhas de rumo” que traçam possíveis 
Mapas moventes para o pensar científico. 
Na expedição à exposição uma atitude 
investigativa de espírito viajante
Na expedição à exposição uma atitude investigativa de espírito viajante
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
A proposta aqui é como um rascunho, um esboço de linhas de rumo com focos potenciais que, como 
desdobramentos da exposição em sala de aula, abrem possibilidades para impulsionar o desenvolvimento 
de projetos tendo como investigação o pensamento científico e a teoria da evolução das espécies por seleção 
natural. 
As sugestões aqui colocadas são como uma nutrição para a invenção de outros aspectos, ampliados por sua 
escuta e observação sensível dos alunos, parceiros nesta viagem pela experiência científica. 
Serpentes sem membros locomotores
Foco: Teoria de Lamarck e Darwin 
Jean-Baptiste Lamarck tinha 65 anos quando Charles Darwin 
nasceu, em 1809. Lamarck refutava as idéias criacionistas e fixistas 
da época, afirmando que todas as espécies, inclusive o homem, 
descendiam de espécies diferentes, preexistentes. Ele acreditava 
que características adquiridas pelo uso ou desuso de órgãos seriam 
transmitidas aos descendentes, produzindo mudanças ao longo do 
tempo. Por exemplo, de acordo com o lamarckismo, as serpentes 
não possuem membros locomotores, pois a adaptação de seus 
ancestrais a um modo de vida rastejante trouxe como conseqüência 
o pouco uso das pernas. Estas foram se atrofiando devido ao pouco 
uso (lei do uso e do desuso) e, depois, os descendentes herdaram 
pernas cada vez mais atrofiadas (lei da transmissão de caracteres 
adquiridos). Ao longo de gerações ocorreu o desaparecimento completo das pernas nas serpentes. 
O grande mérito de Lamarck foi ter desenvolvido uma teoria evolucionista para explicar o surgimento de novas 
espécies a partir das já existentes. Em 1861, o próprio Darwin escreveu sobre Lamarck: “Esse tão justamente 
celebrado naturalista foi o primeiro a prestar o eminente serviço de chamar atenção sobre a possibilidade de 
todas as mudanças do mundo orgânico, e mesmo do inorgânico, serem resultado de leis naturais, e não de 
interferências milagrosas”.
O darwinismo, como ficou conhecida a teoria evolucionista de Charles Darwin, explica a evolução biológica 
a partir de fenômenos e processos que podem ser observados cotidianamente. A teoria se apóia em algumas 
idéias básicas. A cada geração morre um grande número de indivíduos que não deixam descendentes. Os 
indivíduos que se reproduzem a cada geração são, em sua maioria, aqueles que estão mais adaptados às 
condições ambientais (seleção natural ou sobrevivência dos mais aptos). Esses indivíduos que sobrevivem e se 
reproduzem tendem a transmitir aos descendentes as características relacionadas a essa adaptação. Ao longo 
de gerações, a seleção natural favorece a permanência e o aprimoramento das características relacionadas à 
adaptação. 
Darwin, observando padrões da natureza, supôs que os fatores alimento e espaço controlariam o tamanho das 
populações, sobrevivendo apenas os mais aptos, num processo de seleção natural.
Lamarck baseou sua teoria na idéia de que caracteres adquiridos ao longo da vida de um ser poderiam ser 
transmitidos a seus descendentes. De acordo com os conhecimentos científicos atuais, essa idéia é verdadeira ou 
falsa? Qual foi a contribuição de Lamarck para as idéias que Darwin desenvolveu em seu trabalho científico?
mapaS moventeS para 
o penSar científico
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O que de fato difere Darwin de Lamarck?
Foco: a visão da diversidade em Darwin
Uma das peças da exposição é o livro de notas B, aberto na página onde, no 
topo, Darwin escreveu: 
I think (Eu penso) 
e depois desenhou uma árvore, a árvore genealógica da vida7. 
Mostrando aos alunos a árvore genealógica da vida, qual a leitura que eles 
fazemdesse pensamento visual de Darwin para representar a descendência 
evolutiva? 
Esse desenho, com as mais antigas formas na base e seus descendentes 
ramificando-se irregularmente ao longo do tronco, revela que Darwin 
entendia que todas as plantas e animais eram aparentados. 
O antigo grupo fundamental – marcado “1” no desenho – está na base. Os 
ramos representam grupos de descendentes aparentados. A grande lacuna 
entre o ramo A e o ramo D assinala um parentesco distante. Darwin escreve 
em páginas mais adiante: “Por exemplo, haveria uma grande lacuna entre aves 
e mamíferos”. Os ramos sem letras, como aqueles acima de A e à esquerda e à 
direita do tronco principal, são os extintos. 
A partir do momento que Darwin começou a pensar seriamente sobre 
evolução, ele entendeu suas idéias centrais com surpreendente rapidez. Levou apenas cerca de um mês entre 
o início de seu caderno de anotações exclusivo sobre transmutação, por volta de julho de 1837, e o esboço do 
seu inconfundível rascunho de uma árvore genealógica. 
Darwin confiava em seus cadernos de anotações. Ele colocava neles idéias particulares, perguntas e fragmentos 
de diálogos relacionados com o seu pensamento sobre “transmutação” – o que hoje chamamos de “evolução”. 
Os cadernos revelam uma grande mente formando uma grande idéia: plantas e animais não são fixos e 
imutáveis. Ao contrário, todas as espécies são relacionadas por uma ancestralidade comum e mudam com o 
tempo. 
Para Lamarck, imerso no mundo da Grande Corrente dos Seres, a complexidade dos seres vivos se organizaria 
em uma longa série linear, progressiva, do mais simples ao mais complexo (o ser humano). Para Darwin, com 
sua visão divergente (daí a analogia com a árvore), isso não fazia qualquer sentido. Para ele não existia uma 
espécie mais evoluída que a outra atual. Todas as espécies atuais seriam as mais evoluídas de suas linhagens, 
compartilhando o mesmo horizonte temporal. 
Mapas moventes para o pensar científico
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
O que essas imagens sugerem sobre a linhagem 
evolutiva do ser humano? 
Foco: cultura visual
Os alunos conhecem essas imagens? Para eles, como essas imagens mostram a 
evolução humana? Qual a diferença entre a imagem da esquerda e da direita?
Essas imagens fazem parte da nossa cultura visual e são amplamente divulgadas 
nos veículos de comunicação de massa, sejam revistas, jornais ou propagandas. 
Como textos visuais, apresentam a imagem de “Scala Naturae” que enfatiza uma idéia de evolução humana 
pela classificação em ordem crescente de complexidade, de seres “inferiores” a “superiores”.
Essa maneira de apresentar a evolução dos seres humanos contém implicitamente a idéia de progresso e 
aperfeiçoamento; ou seja, para nós, humanos, existe uma certa escala natural (Scala Naturae) na qual o ser 
humano ocupa o topo da evolução acima de todos os outros seres viventes.
A observação dessas imagens em comparação com a árvore genealógica da vida desenhada por Darwin 
(imagem no item anterior) e sua teoria da evolução por seleção natural oferece a possibilidade de desenvolver 
um debate cercando questões como:
Por que a imagem de Scala Naturae não apresenta conceitualmente o pensamento de Darwin sobre a evolução 
humana?
De acordo com a teoria evolutiva de Darwin, a evolução ocorre pelo processo de seleção natural. Por que o 
conceito de evolução não significa a mesma coisa que progresso?
Considerando a teoria darwinista da evolução, por que é errado dizer que os seres humanos são descendentes 
dos macacos?
Do ponto de vista biológico, o que é adaptação?
Foco: seleção natural - adaptação
Ao andarmos pela cidade, nos deparamos com um grande número de pombas vivendo em ninhos nas 
marquises de edifícios, com garças às margens de rios poluídos e com abelhas em colméias em armazéns no 
cais do porto. Como esses seres conseguem permanecer vivos longe da natureza e da sua cadeia alimentar? Se 
esses seres conseguem adaptar-se, por que há outros que não o fazem? 
Quais descobertas Darwin faz por meio de suas observações que o levam a desenvolver o conceito de adaptação 
do ponto de vista biológico? 
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Com qual parente você se parece?
Foco: seleção natural – hereditariedade
Em suas pesquisas, Darwin compreendeu uma poderosa 
verdade: que a semelhança física pode ser uma pista para a 
descendência comum. Combine um dia para que seus alunos 
apresentem algumas evidências de semelhança física buscando 
fotos de seus parentes. O que eles descobrem? 
Com as evidências encontradas, pode ser formatado um 
pequeno jornal para ser distribuído entre os familiares e outros 
colegas da escola, divulgando o que sabem sobre o conceito de 
hereditariedade.
Existem documentos visuais? 
Foco: os artistas-viajantes e as expedições
Entre os livros que fizeram parte da Biblioteca do HSM Beagle, a Narrativa Pessoal do naturalista alemão 
Alexander Von Humbold (1769-1859) ampliou a percepção de 
Darwin sobre as expedições científicas. Em todas elas, em todos os 
tempos e lugares, uma equipe interdisciplinar era composta para 
aproveitar toda a potencialidade de cada viagem. 
Conrad Martens (1801-1878) foi um desses artistas viajantes que 
conviveu com Darwin no Beagle. Johan Moritz Rugendas (1802-
1858) participou como desenhista na expedição científica de 1821 
do Barão Langsdorf e continuou trabalhando depois no Brasil. 
São conhecidas as suas litografias publicadas em 1835 sob o título 
Viagem Pitoresca ao Brasil, com texto em francês e alemão. Thomas 
Ender (1793 - 1875) integrou a missão austríaca que veio ao Brasil 
acompanhando a princesa real e futura imperatriz Leopoldina. 
Emeric Essex Vidal (1791-1861), entrou como voluntário num 
navio britânico trabalhando como desenhista e aquarelista. 
Pode-se destacar, entre outros, Maria Graham (1785-1842) depois também conhecida como Maria Callcott. 
Ela viu morrer seu marido capitão no Chile e lá ficou, registrando também os terremotos que presenciou. 
Esteve no Brasil como preceptora da princesa Maria da Glória, filha de D. Pedro I, além de amiga do soberano 
e da imperatriz Leopoldina. Em 1835, já na Inglaterra, participou de um grande debate na Sociedade de 
Geologia, contando com o apoio de Charles Darwin. 
Podemos considerar esses desenhos, aquarelas e pinturas como documentos visuais? Ainda hoje, mesmo com 
o advento da tecnologia, há também artistas que registram a história presente? Ou há artistas que criam 
imagens para dar suporte à ciência?
Mapas moventes para o pensar científico
Charles Darwin (esq.) e seu pai Robert (dir.)
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
Como os cientistas usam a teoria da seleção natural para 
projetarem antibióticos e vacinas?
Foco: a biologia moderna
A decodificação do DNA, a luta contra os vírus, a análise de fósseis 
que continuam a ser encontrados inquietam muitos cientistas 
contemporâneos. Todos os anos os cientistas estudam os vírus da 
gripe do mundo todo para poder prever de que maneira eles podem 
evoluir. Vacinas são projetadas para ajudar o sistema imunológico 
do corpo a se defender das variedades mais perigosas, mas apenas 
podem combater algumas variedades de gripe, outras sobrevivem, 
se reproduzem e evoluem. 
Por que a teoria da seleção natural de Darwin fundamenta estes 
cientistas contemporâneos? O que os alunos poderiam pesquisar 
sobre as vacinas e a criação de anti corpos?
Observação, coleta, registro e análise. O que podemos 
aprender com esses procedimentos?
Foco: o pensamento científico
Na Universidade de Cambridge, Darwin convive com o Reverendo J. S. Henslow, célebre por suas palestras 
sobre botânica e saídas de campo. O fato de acompanhá-lo constantemente fez com que Darwin se tornasse 
conhecido como “o homem que caminha comHenslow”. Foi ele que lhe apresentou o geólogo Adam Sedwick, 
com quem viajou em sua primeira expedição pelo país de Gales. Com ele faz uma 
descoberta: “Eu nunca tinha chegado a perceber profundamente... o fato de que a 
ciência consiste em agrupar fatos a partir dos quais são extraídas leis em geral ou 
conclusões”. 
O olhar atento para evidências, fatos, pequenos detalhes que Darwin já anunciava 
em sua infância com os besouros, entre outras coletas, o ajudou durante toda a 
sua vida. Assim como o gosto por caminhar, fizesse sol ou chuva, em Sandwalk, 
uma alameda dentro de sua propriedade, Down House. Quantas idéias nasceram 
naqueles passeios? Quantas novas observações? Teria a imaginação nutrido as idéias 
de Darwin?
Diz Bronovsky: “imaginação significa simplesmente o hábito humano de construir 
imagens no espírito. E a capacidade de elaboração dessas imagens pessoais é o passo 
gigantesco na evolução do homem e no crescimento de cada criança”.8
O que podemos aprender desses procedimentos de Darwin? O que poderia 
caracterizar um pensamento científico? Como a imaginação está presente no artista 
e no cientista?
Microscópio de Darwin
Vírus da gripe
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O que o conto “Tio Aquático” pode instigar os alunos a 
investigar sobre o tempo evolutivo?
Foco: a arte e a ciência
Que efeito a leitura do conto “Tio Aquático”, de Italo Calvino, que abre este material educativo, pode provocar 
nos alunos? Que relações eles estabelecem entre a epígrafe de natureza científica e a narrativa do conto? O 
conto estimula os alunos a fazer perguntas sobre o tempo evolutivo de que ponto de vista?
Uma Feira de Ciências pode vir a ser uma Exposição de 
Ciências? 
Foco: Feira de Ciências 
Quando Sir William Henry Flower, curador de zoologia do Museu Britânico, descreveu o planejamento de 
um novo museu em 1898, as prioridades já estavam estabelecidas:
Na exposição Darwin, também o paleontólogo do Museu de História Natural de Nova York, Niles Eldredge, 
realizou uma curadoria ao selecionar os objetos, artefatos e o modo de exibição no espaço expositivo para 
mostrar a trajetória e as idéias do naturalista inglês.
Ousando transformar a tradicional Feira de Ciências em uma exposição científica, qual seria o assunto do 
discurso expositivo? Como seria a curadoria? Qual espaço da escola acolheria a exposição? Como os objetos 
seriam expostos? Haveria etiquetas com legenda para os objetos? Textos de parede com pequenas explicações? 
Qual seria o título da exposição? 
Mapas moventes para o pensar científico
Primeiro é preciso ter um curador. Ele deve examinar cuidadosamente o objetivo do museu, a 
classe e a capacidade das pessoas para quem a instrução está sendo criado, e o espaço disponível 
para conseguir esse objetivo. Dividirá, então, o assunto a ser ilustrado em grupos, e levará em 
conta suas proporções relativas, e de acordo com elas planejará o espaço. Grandes etiquetas 
serão preparadas para os principais temas, como os capítulos de um livro, e etiquetas menores 
para as subdivisões. Certas proposições a serem ilustradas, tanto em estrutura, classificação, 
distribuição geográfica, posição geológica e hábitos como em evolução dos assuntos tratados, 
serão apresentadas em linguagem clara e concisa. Por último virão os espécimes ilustrativos, 
cada um ocupando o lugar para o qual foi preparado.9 
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
A teoria dos memes de Richard Dawkins diz que as informações culturais reproduzem-se como uma 
infecção, isto é, por contágio. As idéias sobrevivem ao encontrarem adaptações com outras idéias, o que 
garantirá sua permanência e futura chance de infectar outros, de se propagar. 
Pensando sobre a viagem-expedição-experiência da exposição Darwin para os alunos e entre os múltiplos 
caminhos possíveis gerados por linha de rumo que provocaram o desdobramento da visita em projetos na 
sala de aula, quais informações ficaram? Quais informações não ficaram? Quais idéias da teoria da evolução 
por seleção natural contaminaram os alunos?
Tal qual fazem os cientistas quando divulgam suas pesquisas e descobertas, a finalização do projeto pode 
acontecer com a produção de textos escritos pelos alunos, conjugando o trânsito entre registros individuais, 
em pequenos grupos ou coletivos. Escolher um momento para a apresentação desses textos possibilita uma 
nova análise do que foi investigado, revelando indícios do que os alunos percebem que conheceram.
Você, por sua vez, poderá perceber quais novas informações permanecem nos alunos e se formaram como 
pensamentos sobre a teoria da evolução por seleção natural. 
Do mesmo modo, é momento de você também se olhar nesta experiência de expedição científica gerada 
a partir da exposição Darwin, interrogando-se como educador. Quais novas idéias me contagiaram? 
Quais idéias precisam ser passadas adiante para se continuar estimulando mais aprendizes de evolução? 
Como instigar os alunos a refletir e compreender as idéias evolucionistas da biologia contemporânea?
 
Exemplos de memes são melodias, idéias, “slogans”, modas de vestuário, 
maneiras de fazer potes ou de contruir arcos. Tal como os genes se propagam 
no pool genético, saltando de corpo para corpo através dos espermatozóides 
ou dos óvulos, também os memes se propagam a si mesmos no pool memético, 
saltando de cérebro para cérebro através de um processo que, num sentido 
lato, pode ser chamado de imitação. (...). Se a idéia pegar, pode-se dizer 
que ela se propaga a si própria, espalhando-se de cérebro a cérebro. 
Richard Dawkins 
Que idéiaS contaminaram 
oS alunoS neSta expedição?
��
Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo
Av. Nazaré, 481, Ipiranga, SP/SP
Fone: (11) 6165 8100 – Fax: (11) 6165 8115 
www.usp.br/mz/
Museu de Geociências/Usp
Rua do Lago, 562 - 1º andar, Cidade Universitária, São Paulo/SP
Fone: (11) 3091 3952 – Fax: (11) 3091 4670
www2.igc.usp.br/museu/
Museu Geológico “Valdemar Lefèvre”
Parque Fernando Costa – Água Branca
Av. Francisco Matarazzo, 455 – Prédio 42 – SP/SP
Fone: (11) 3673-6797 e (11) 3872-6358
http://www.mugeo.sp.gov.br/
Estação Ciência
Universidade de São Paulo
Rua Guaicurus, 1394 – Lapa – SP/SP
Fone: (11) 3673 7022 – Fax: 3673 2798
www.eciencia.usp.br/
Instituto Butantan 
Av. Vital Brasil, 1500 - Butantã –SP/SP
Fone: (11) 3726-7222 ramal 2206
www.butantan.gov.br/
cidade de São paulo
Convites para novas expedições
Museu de História Natural de Taubaté
Rua Juvenal Dias de Carvalho, 111, Jardim do Sol, Taubaté/SP 
Fone: (12) 3631-2928 – (12) 232-7008
www.museuhistorianatural.com/
 
Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria
Praça Pedro de Toledo, s/nº, Centro, Araraquara/SP
(16) 3332-4887
interior do eStado de São paulo
Convites para novas expedições
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
Instituo Pau-Brasil
Casa da Ecologia
Av. Benedito Manoel dos Santos, 369
Jardim Fazenda Rincão (Cond. Arujá 5), Arujá, SP
Fone: (11) 4655 2731 – (11) 4652 5262
www.institutopaubrasil.org.br/
Museu de Paleontologia de Monte Alto
Praça do Centenário – Centro das Artes – Monte Alto/SP
Fone: (16) 342 1123 – ramal 25
http://acd.ufrj.br/geologia/sbp/mt-alto.htm
Museu de Paleontologia e Estratigrafia
“Prof. Sr. Paulo Milton Barbosa Landim”
Rua 10, 2527 – Bairro Santana – Rio Claro/SP
www.rc.unesp.br/igce/aplicada/museuapresentacao.html
Museu de Paleontologia de Marília
Av. Sampaio Vidal, 245 
Anexo à Biblioteca Municipal – Marília/SP
Fone: (14) 3432-2006
www.dinossaurosemmarilia.fundanet.br/index.htm
Museu de Ciências da Natureza - Jobas
Largo Marques de Monte Alegre s/nº
Valongo Centro – Santos/SP
Rua Embaixador Pedro de Toledo, s/nº
(Ex-Pier do Carecas) Praia do Gonzaguinha
São Vicente/SP
www.museujobas.hpg.ig.com.br/Centro de História Natural de Campinas - CHINAC
Rua Carolina Florense, 1674 – Campinas/SP
Fone: (19) 3242-8531.
Coleção de Fósseis, Minerais e Rochas
UNESP / S.J.R. Preto
Rua Cristóvão Colombo, 2265 
São José do Rio Preto, SP
��
BIZZO, Nélio. Do telhado das Américas à teroia da evolução. São Paulo: Odysseus Ed., 2002.
BURKHARDT, Frederick (ed.). As cartas de Charles Darwin: uma seleta, 1825-1859. São Paulo: Ed. Unesp, 
2000.
DAWKINS, Richard. O Gene Egoísta. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 2001. 
DESMOND, Adrian e MOORE, James. Darwin: a vida de um evolucionista atormentado. São Paulo: 
Geração Editorial, 2000.
KEYNES, Richard. Darwin a bordo do Beagle. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2004.
MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa e GUERRA, M.Teresina Telles. A língua do mundo: poetizar, 
fruir e conhecer arte. São Paulo, FTD, 1998.
MEYER, Diogo e EL-HANI, Charbel Niño. Evolução: o sentido da biologia. São Paulo: Ed. Unesp, 2005.
STEFOFF, Rebecca. Charles Darwin, a revolução da revolução. São Paulo: Cia das Letras, 2007.
TORT, Patrick. Darwin e a ciência da evolução. São Paulo: Objetiva, 2004. 
Os sites abaixo foram acessados em 03 maio 2007.
DARWIN BRASIL. 
Web site interativo. <http://darwinbrasil.uol.com.br/darwin/index.htm>.
DARWIN, CHARLES.
 <http://www.aboutdarwin.com/index.html.>.
FUNDAÇÃO CHARLES DARWIN. 
<http://www.darwinfoundation.org>.
MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DE NOVA YORK.
<http://www.amnh.org/home/>.
O BRASIL NO SÉCULO DE DARWIN. MASP. 
<http://masp.uol.com.br/exposicoes/2007/brasil-darwin/>.
OS PINTORES VIAJANTES.
 <http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/46PintorV.htm.>.
SugeStõeS de leitura
Seleção de SiteS
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Descubra o homem e a teoria
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Material Educativo do Professor
[1] DARWIN, Charles. A Origem das Espécies. Texto-Parede. Exposição Darwin. Masp - Museu de Arte de 
São Paulo, 03 de maio a 15 de julho, 2007. 
[2] CALVINO, Ítalo. O Tio Aquático. In.: As cosmicômicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 71-83. 
Publicado pela primeira vez em 1965. 
[3] BRONOWSKI, Jacob. Arte e Conhecimento: ver, imaginar, criar. São Paulo: Martins Fontes, 1983, p.35. 
Bronowski (1908-1974) foi matemático, poeta, filósofo, cientista, autor de teatro e professor. 
[4] MASP - Museu de Arte de São Paulo. Cartão-postal da cidade de São Paulo, o MASP é um museu 
consagrado internacionalmente pelo seu acervo com mais de cinco mil obras: pinturas, esculturas, gravuras, 
fotos, roupas, tapeçarias, peças arqueológicas, cerâmicas e até uma série de objetos kitsch. Na Avenida 
Paulista, sua arquitetura revolucionária o torna um dos prédios modernos mais celebrados do país. O museu 
flutua sobre colunas, com um vão livre de 70 metros de extensão e 8 metros de altura, para preservar a vista 
que alcança o Viaduto do Chá antes da construção de edifícios. Masp é o museu paulista fundado em 1946, 
ainda na Avenida 7 de Abril, no centro da cidade de São Paulo, pelo amor à arte de três protagonistas: Assis 
Chateaubriand, Pietro Maria Bardi e Lina Bo Bardi. 
[5] Os textos/painéis foram criados para a exposição pelo Museu de História Natural de Nova York, e 
percorrerá os continentes celebrando o bicentenário de nascimento de Darwin em 2009. 
[6] Na época, a expressão ”boa de sofá”, era usada como elogio para a qualidade de boa anfitriã. 
[7] Darwin inspirou-se na árvore genealógica, usada para mapear os integrantes de uma família, para 
descrever também relações de parentesco entre espécies. O termo científico atual é árvore filogenética.
[8] BRONOWSKI, Jacob. Arte e Conhecimento: ver, imaginar, criar. São Paulo: Martins Fontes, 1983, p. 24. 
[9] HENRY FLOWER, Sir William, Essays on Museums and Other Subjects Connected with Natural 
History . In.: BLOM, Philipp. Ter e Manter: uma história íntima de colecionadores e coleções, Rio de 
Janeiro: Record, 2003, p. 145. 
[10] DAWKINS, Richard. O Gene Egoísta. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 2001, p. 211 e 214. Veja também a 
edição:Lisboa/Portugal: Editora Gradiva, 1989, p. 300. 
Notas
�0
Créditos
Presidente 
Ben Sangari
Secretário
John George de Carle Gottheiner
Diretora Executiva
Ana Rosa Abreu 
Coordenadora Geral
Bianca Penna Moreira Rinzler
Coordenadora de Projetos
Juliana Estefano
Contato de Comunicação
Johanna Toniatti
Assessora Executiva
Leslie Arias 
Supervisão Geral
Instituto Sangari
Bianca Penna Moreira Rinzler
Curador Responsável
American Museum of Natural History
Niles Eldredge
Curador no Brasil
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Teixeira Coelho
Coordenadores de Projeto
Juliana Estefano e Robson Outeiro
Concepção e criação do textual do material educativo
Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Revisão
Mariana Reis
Consultoria Técnica
Cristiano Moreira
Maria Isabel Landim
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento - Sangari Brasil
Conteúdo do material educativo
Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Revisão
Mariana Reis
Consultoria Técnica
Cristiano Moreira
Maria Isabel Landim
Equipe Sangari Brasil
Projeto Gráfico
Tissa Kimoto
Programa de Ação Educativa
Coordenação
Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque
Assistente de Coordenação 
Ludmilla Picosque e Thabata Neder
Supervisão de Educadores
Larissa Gleboca e Valéria Peixoto de Alencar
Educadores
Alexandre Cardoso de Oliveira
Allan C. Pscheidt
Anselmo Nogueira
Bruna Cersózimo Arenque
Caroline Campos de Oliveira
Cintia Sayuri Futino 
Cleber Pereira Calçå
Cristiane Aparecida Lopes Nunes
Daniel Rezende Fuser 
Dayana Dias Barbosa
Denise Guaglioni Barboza
Douglas Henrique Silva Ciniro
Eliza Sevghenian
Fábio Bertassi
Fernanda Alves de Amorim
Fernanda Silva Lacerda Pinto 
Grazielle Giacomo 
Guilherme Garcia 
João Roberto Pineda Fava
José Henrique Bennedetti Piccoli Ferreira
Juliana Agostini Roque
Juliana Moraes Sinohara Souza
Laura Silveira Drummond Moreira
Leonardo José Cappucci 
Letícia Manolio de Paula Martins
Luciana Saraiva Filippos
Marco Antonio Correa Varella
Mari Ionashiro
Mariana Centini 
Marta Lisli Ribeiro de Morais Giannichi
Mauro Keresztes Bigatto
Pablo Miranda 
Pedro Abib Cristales
Rafael Casati
Renata Pereira de Felipe
Sabrina Popp Marin
Suzana Matsuoka
Talita Carbonese 
Talita Cássia Glingani Sebrian 
Thatiane Traete Sabundjian
Valdenir de Andrade 
Viviane Neri de Souza Reis
Encontro com Educadores
Docente
Alberto Barbosa de Carvalho
Imagens
Museu de História Natural de Nova York
Casa 14
Créditos
Descubra o homem e a teoria
revolucionária que mudou o mundo ��
Material Educativo do Professor
Créditos
��
Realização:
Apoio Educacional:
Da informação ao conhecimento
Apoio
Ministério
da Educação

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