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O INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NO NOVO CPC

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O INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NO NOVO CPC (art. 133/137):
O primeiro ponto a ser abordado, necessariamente, é sobre a natureza do instituto. Não há dúvida que se trata de uma sanção; assim, não poderá ser aplicada sem o devido contraditório.
Além disso, é importante ressaltar que o NCPC não tratou dos casos/hipóteses de desconsideração da personalidade jurídica. Caberá ao direito material regular e trazer tais hipóteses. Mas, apesar disso, trouxe expressamente a desconsideração INVERSA, que é aquela quando se vão buscar os bens no patrimônio da pessoa jurídica e não no patrimônio do sócio. Em outras palavras, ocorre quando o indivíduo constitui uma pessoa jurídica para colocar os bens nela. Ou seja, a pessoa jurídica foi constituída para guardar o patrimônio do sócio. Muito comum nos casos das empresas patrimoniais e nas causas de família.
O NCPC colocou a desconsideração da personalidade jurídica no capítulo das Intervenções de Terceiros, que se diga, na modalidade provocada, até porque um terceiro irá fazer parte do processo cujo patrimônio se busca alcançar. 
Ressalta-se que os Juizados especiais não admitem intervenção de terceiro. Apesar disso, o NCPC previu expressamente nas disposições finais o cabimento do instituto nos referidos Juizados. Assim, cabe desconsideração da personalidade jurídica também nos juizados.
É cabível tanto no processo de conhecimento quanto no processo executivo, permitido, inclusive, em estágio recursal, mas o juízo não pode desconsiderar EX OFFICIO, ou seja, dependerá sempre de requerimento da parte ou do MP. Ressalta-se que a natureza desse requerimento é de DEMANDA, assim, terá que ter causa de pedir e pedido, ou seja, o requerimento terá que ser fundamentado, cuja decisão será de mérito, apta, portanto, a coisa julgada.
Por fim, além do incidente de desconsideração da personalidade jurídica, há também a possibilidade da desconsideração ser INICIAL, ou seja, quando tal pedido já ocorrer na petição inicial. Neste caso, logicamente, não se tratará de intervenção de terceiro, até porque o processo já nascerá contra aquelas pessoas.

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