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COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERADOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - FACULDADE DE DIREITO 
DEPARTAMENTO DE DIREITO PÚBLICO 
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II – NOITE 
PROFA.: RAQUEL COELHO DE FREITAS | ESTAG. DE DOCÊNCIA: MARWIL PRACIANO 
MONITORES: LUÍS TEÓFILO E PATRICIA LEAL 
 
NOTA DE AULA - 10 
 
 
COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERATIVOS. 
MÓDULO III – DISTRITO FEDERAL. MÓDULO IV – MUNICÍPIOS. 
 
1. COMPETÊNCIAS DO DISTRITO FEDERAL. 2. 
COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS. 3. 
COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS. 
1. COMPETÊNCIAS DO DISTRITO FEDERAL 
Por ter natureza híbrida, o DF acumula as competências destinadas aos Estados e 
Municípios (art. 32, § 1º, CF – Ao Distrito Federal são atribuídas as competências 
legislativas reservadas aos Estados e Municípios). 
 
Atribuem ao DF as competências legislativas reservadas aos Municípios e Estados, 
exceto a competência para organização de sua Justiça, do MP e da Defensoria 
Pública, que são conferidos à União (CF, art. 22, XVII). 
 
Compete, pois, à Câmara Legislativa do DF: 
 
- Editar sua própria lei orgânica (CF, art. 32, caput); 
 
- Desempenhar a atividade legislativa que a União lhe delegar (art. 22, 
parágrafo único); 
 
- Exercer a competência residual conferida aos Estados (art. 25, § 1º, CF); 
 
- Exercitar as competências concorrente e suplementar do Estados-membros. 
(CF, art. 24); 
 
- Exercer as competências enumerada e suplementar dos Municípios (CF, art. 
30, I a IX). 
 
Além das competências do DF arroladas nos arts. 23 (material comum); 24 
(legislativa concorrente); 22, parágrafo único (legislativa delegada) e 24, § 2º 
(legislativa suplementar), todos da CF/88, há outras. 
 
>Competência legislativa expressa: a elaboração da Lei Orgânica pela qual se 
regerá o DF: 
 
 
 
 
 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, 
votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da 
Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta 
Constituição. 
 
 2 
- O ente federativo híbrido distrito federal: 
 
 
 
 
 
>Decorrência: 
 
- Competência residual no art. 25, § 1º, que, da mesma forma que se aplica aos 
Estados-membros, se aplica ao DF (reserva-se, portanto, ao DF as competências 
que não lhe são vedadas pela CF/1988); 
 
- Competência de interesse local no art. 30, I, competência reservada aos 
Municípios; 
 
- Enfim, além de uma competência tributária expressa presente no art. 155 da 
CF/1988, temos uma típica competência de interesse local, que surge da 
combinação do art. 30, I (que nós já vimos, no estudo de Competências dos 
Municípios) com o art. 32, § 1º. 
 
 
2. COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS 
 
>Competência material comum (art. 23, CF/88); 
 
>Competências legislativas sobre interesse local (art. 30, I, CF/88): “legislar 
sobre assuntos de interesse local”; 
 
>Competência legislativa suplementar (art. 30, II, CF/88), sendo complementar 
ou supletiva: “suplementar a legislação federal e a estadual no que couber”; 
 
> Competências materiais privativas dos municípios (art. 30, III, IV, V, VIII; 144, 
§8º e 182, CF/88): 
 
-“art. 30, III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como 
aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar 
balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, 
observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime 
de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de 
transporte coletivo, que tem caráter essencial; VIII - promover, no que couber, 
adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do 
parcelamento e da ocupação do solo urbano;” 
 
 
 
 
 
 
 
§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos 
Estados e Municípios. 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é 
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus 
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
 3 
> Competência legislativa expressa para auto-organização: 
 
 
 
 
 
 
- Outras considerações sobre competência municipal: 
 
 
 
 
 
>O “interesse local” referido no art. 30, I, CF/88 se trata do interesse 
predominante para atender às peculiaridades e necessidades da localidade; 
 
>O “no que couber” do art. 30, II, CF/88 insere, de fato, o Município dentro de sua 
circunscrição de autonomia, ou seja, dentro da esfera na qual predominar o 
interesse local. 
 
- Competência suplementar do município: Podem os municípios suprir as 
lacunas da legislação federal e estadual, regulamentando as respectivas matérias 
para ajustar a sua execução as peculiaridades locais. Entretanto, no uso dessa 
competência suplementar, não poderão contraditar a legislação federal e 
estadual existente, tampouco extrapolar a sua competência para disciplinar, 
apenas, assuntos de interesse local. 
 
>O município possui a competência suplementar complementar. 
 
>Quanto à competência suplementar supletiva, há divergência doutrinária. 
 
- Competência para a elaboração do plano diretor, senão vejamos: 
 
 
 
 
 
 
 
3. COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS 
 
Visando facilitar os estudos e revisar as diversas espécies de Competências 
Constitucionais estudadas, dispõe-se a seguir uma tabela que leva em conta alguns 
aspectos importantes quanto à repartição constitucional de competências: 
incidência do Princípio da Predominância do Interesse, dispositivos 
constitucionais respectivos, modelos, tipos e espécies de competências e entes 
federados competentes em cada caso. 
 
 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício 
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a 
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do 
respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, 
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno 
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. 
§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais 
de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de 
expansão urbana. 
 
 
 4 
Inclua-se a informação de que as competências ditas remanescentes ou residuais 
dos Estados-membros, ou seja, aquelas não enumeradas no texto constitucional, 
são todas aquelas competências que sobrarem a tais entes, excluindo-se matérias 
próprias e exclusivas a outros entes, como as dos arts. 21 (competências materiais 
exclusivas da União) e 30 (competências materiais e legislativas exclusivas dos 
Municípios) da CF/88, além, é claro, daquelas comuns, cumulativas ou paralelas a 
todos os entes sem nenhuma hierarquia (art. 23 da CF/88). 
Faz-se a ressalva de que tal tabela não é exaustiva e não ignora a existência de 
competências decorrentes ou implícitas constitucionalmente e deixa de tratar das 
competências tributárias por entender tal assunto mais pertinente a ser abordado 
no programa de outras disciplinas: 
 
 
 
 
 
 
ESTE MATERIAL ESTÁ DISPONÍVEL NA VERSÃO ON-LINE, 
MAS NÃO SUBSTITUI A LEITURA BIBLIOGRÁFICA (BÁSICA E COMPLEMENTAR) 
DA DISCIPLINA “DIREITO CONSTITUCIONAL II”.

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