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Tecnologia da Informação e Comunicação em Educação Unid I

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Tecnologia da Informação e 
Comunicação em Educação
U412. 61
 
 
Autor: Prof. William Antonio Zacariotto
Colaboradores: Prof. Nonato de Assis Miranda
Profa. Silmara Maria Machado
Prof. Fábio Vieira do Amaral
Tecnologia da Informação e 
Comunicação em Educação
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Z13t Zacariotto, William Antonio
Tecnologia da informação e comunicação em educação / Willian 
Antonio Zacariotto; Joaquim Ribeiro. – São Paulo, 2012.
176 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-047/12, ISSN 1517-9230.
1. Tecnologia da informação. 2. Comunicação em educação. 
3. Pedagogia I. Título
CDU 37:65.011.56
Professor conteudista: William Antonio Zacariotto
William Antonio Zacariotto é mestre em educação de nível superior (Puc-Campinas, 2004), especialista em análise de sistemas 
pela FECAP, em Matemática pela Faculdade Hermínio Ometto, em qualidade de educação básica e formação em tutoria virtual pela 
OEA – Organização dos Estados Americanos; graduado em administração de empresas pelas Faculdades Associadas de Educação 
(1991). Atualmente é coordenador e professor adjunto mestre do curso de Administração de Empresas do Instituto de Ensino 
Superior de Itapira. Tem experiência na área de administração desde 1983, e foi gerente de informática na Prefeitura Municipal de 
Mogi Guaçu, de 1991 a 2008. Criador do Projeto Amigos do Trânsito, Linuxday. Escritor do livro Internet: Meu primeiro emprego 
(2008), palestrante em educação, administração e tecnologias.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Alessandro de Paula e Silva
 Amanda Casale
Sumário
Tecnologia da Informação e Comunicação 
em Educação
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 INTRODUÇÃO AO USO DA TECNOLOGIA NAS ESCOLAS ...................................................................11
1.1 A sociedade da tecnologia ................................................................................................................ 12
1.2 O que é tecnologia? ............................................................................................................................. 13
1.3 O profissional da educação e a tecnologia no Brasil ............................................................. 14
1.4 Os professores e a tecnologia .......................................................................................................... 15
1.5 Educação tradicional e educação com tecnologia ................................................................. 16
1.6 Um pouco da história da tecnologia brasileira ........................................................................ 19
2 OS PILARES NECESSÁRIOS PARA O USO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL ............................. 21
2.1 As mudanças necessárias para utilização da tecnologia no ensino ................................ 22
2.2 A estrutura física das escolas .......................................................................................................... 25
2.3 A participação da administração escolar no contexto tecnológico ................................ 27
2.4 A participação dos educadores ....................................................................................................... 28
3 METODOLOGIAS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO .......................................................................... 30
3.1 As escolas e os recursos tecnológicos .......................................................................................... 32
3.2 A televisão e os vídeos ....................................................................................................................... 32
3.2.1 Os microcomputadores e os laboratórios de informática ...................................................... 36
4 COMO UTILIZAR A TECNOLOGIA NA SALA DE AULA ......................................................................... 37
4.1 Abordagens pedagógicas na tecnologia ..................................................................................... 37
4.2 Tipos de aprendizagem ...................................................................................................................... 40
4.2.1 Softwares ................................................................................................................................................... 43
4.2.2 Atividades utilizando o editor de texto simples ......................................................................... 44
4.2.3 Atividades com o editor de textos utilizando tabelas e desenhos ..................................... 45
4.2.4 Atividades com o editor de textos utilizando imagens e textos ......................................... 46
Unidade II
5 SISTEMA OPERACIONAL ............................................................................................................................... 66
5.1 Sistemas operacionais Microsoft ................................................................................................... 67
5.1.1 Windows 7 ................................................................................................................................................. 67
5.1.2 Windows 2008 ......................................................................................................................................... 69
5.2 Linux e suas versões ............................................................................................................................ 70
5.3 Mac OS da Apple ...................................................................................................................................71
6 O USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO ...................................................................................................... 72
6.1 Domínio na rede mundial de computadores ............................................................................ 74
6.2 Os navegadores da internet ............................................................................................................. 76
6.3 Como funciona cada navegador .................................................................................................... 77
6.3.1 Como baixar os navegadores ............................................................................................................. 77
6.3.2 Firefox ..........................................................................................................................................................77
6.3.3 Internet Explorer ..................................................................................................................................... 78
6.3.4 Opera ............................................................................................................................................................ 79
Unidade III
7 GOOGLE: UM MUNDO DE OPORTUNIDADES ....................................................................................... 83
7.1 O Google como ferramenta de apoio .......................................................................................... 83
7.1.1 Pesquisa de páginas ............................................................................................................................... 84
7.1.2 Pesquisa simples textual ...................................................................................................................... 84
7.1.3 Copiando o conteúdo do site ............................................................................................................ 88
7.1.4 Pesquisa de imagens .............................................................................................................................. 89
7.1.5 Como salvar imagens da internet .................................................................................................... 92
7.2 Wikipédia (Biblioteca virtual) .......................................................................................................... 93
7.3 Criando um e-mail para comunicação ........................................................................................ 95
7.3.1 Criando um e-mail no Gmail ............................................................................................................. 96
7.3.2 Enviando e-mails .................................................................................................................................... 98
7.3.3 Visualizando e-mails enviados .......................................................................................................... 99
7.3.4 Gerenciando contatos .........................................................................................................................100
7.4 Google Agenda ....................................................................................................................................101
7.4.1 Montando uma agenda pessoal .....................................................................................................103
7.4.2 Modificando as cores da agenda ....................................................................................................104
7.4.3 Inserindo eventos na agenda ...........................................................................................................104
7.4.4 Formas de visualizar a agenda ........................................................................................................106
7.4.5 Visualização por dia .............................................................................................................................107
7.4.6 Visualização por semana ...................................................................................................................107
7.4.7 Visualização por mês ...........................................................................................................................107
7.4.8 Visualização por 4 dias .......................................................................................................................108
7.4.9 Visualização por compromissos ......................................................................................................108
7.4.10 Pesquisando eventos .........................................................................................................................108
7.4.11 Imprimir a agenda ..............................................................................................................................109
8 O PACOTE MICROSOFT OFFICE .................................................................................................................109
8.1 O pacote Office 2007 ........................................................................................................................109
8.2 Microsoft Word 2007 – Básico...................................................................................................... 110
8.2.1 Iniciando o Microsoft Word 2007 ...................................................................................................111
8.3 Microsoft Excel 2007 – Básico ......................................................................................................127
8.3.1 Iniciando o Microsoft Excel 2007 .................................................................................................. 128
8.4 Microsoft PowerPoint 2007 – Básico .........................................................................................151
8.4.1 Iniciando o PowerPoint 2007 ...........................................................................................................151
7
APRESENTAÇÃO
Caro aluno
Tenho me dedicado à tecnologia há, aproximadamente, trinta anos e por meio de diversas pesquisas 
pude observar que ela é uma ferramenta poderosa de comunicação e construção de conhecimentos 
entre professores e alunos. Logo na primeira página da apostila, em minha apresentação, você saberá 
como me localizar, e deve perguntar: será que o professor é louco? Disponibilizar seus e-mails, MSN e 
outros? Estamos no mundo da tecnologia, não há mais do que se esconder, basta uma simples procura e 
certamente me achará, para que complicar? Espero ser seu parceiro neste novo caminho de colocar um 
pouco da tecnologia educacional nas escolas. Juntos podemos mobilizar diversas ações para melhoria 
do processo educacional.
Este material didático foi organizado em duas unidades: a primeira, inserindo o contexto da tecnologia 
no ambiente pedagógico; a segunda, mais técnica, com indicações de como utilizar a tecnologia como 
ferramenta de trabalho diário, comunicando-se, gerando novos materiais didáticos ou até mesmo 
analisando o perfil de uma escola.
Outro destaque a ser ressaltado é que muitas das citações indicadas neste material devem ser 
adequadas à faixa etária das crianças; portanto, é necessário avaliar o recurso que está trabalhando e a 
faixa etária adequada.
Cerca de 70 milhões de pessoas se dedicam ao ensino no mundo, e seis em cada 10 pessoas vivem 
em países em vias de desenvolvimento, segundo Marles (2004). A falta do desenvolvimento traz consigo 
a deterioração da qualidade do profissional e a perda de prestígio dos professores, embasados na 
falta de programas de qualificação e titulações adequadas. Paralelamente, frente à importância e à 
necessidade de incluir os avanços tecnológicos nos processos de formação, emergem do continente 
americano problemas críticos nas instituições de ensino, que são afetados pelas diferenças econômicas 
e sociais, diante da aquisição, compra, adequação, compreensão, transformação e uso pedagógico das 
tecnologias.
No Brasil, a prática pedagógica proposta para este novo século está incluindo os recursos tecnológicos e 
mobiliários para que atendam às exigências da modernidade. Um bom exemplo é o programa Banda Larga nas 
Escolas, do governo federal, que está fornecendo internet a 91,6% das escolas públicas urbanas do Brasil.
A modernidade é necessária, pois a tecnologia é parte integrante da vida das crianças que hoje 
estão na escola; elas nasceram em um mundo tecnológico, convivendo com cartões que substituem o 
dinheiro, TV com controle remoto, telefone celular com jogos, microcomputadores e a internet. Algumas 
delas sabem utilizar melhor o computador e o aparelho celular que seus próprios pais.
A facilidade com que os alunos interagem com a tecnologia tem incentivadoos professores a utilizar 
o computador como ferramenta de apoio pedagógico. Nessa linha, a disciplina Tecnologia da Informação 
e Comunicação em Educação tem como objetivo alertar sobre a capacidade de articular o ensino e a 
pesquisa de conhecimento na pratica pedagógica.
8
Espero que possa, por meio dessas unidades, agregar conhecimento e facilitar o processo de inserção 
da tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico ao professor e suas escolas.
A tecnologia pode ser uma ferramenta maravilhosa de incentivo aos alunos 
no ensino aprendizagem e na construção do aprendizado, permitindo uma 
maior interação entre professores, alunos e a comunidade escolar desde que 
usada corretamente (William Zacariotto).
O objetivo desta apostila é fornecer aos alunos o material de apoio para o acompanhamento da 
disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação em Educação.
Com este mundo globalizado e com a facilidade de acesso à informação, grande parcela dos 
municípios e estados que gerenciam a educação já contam com laboratórios de informática, salas de 
tecnologia e até mesmo distribuição de laptops aos alunos.
Deve-se ressaltar a necessidade do envolvimento tecnológico na vida dos alunos, que é ponto 
fundamental nos dias de hoje. O viver está baseado na tecnologia, seja na televisão, nos videogames, 
nos computadores, nos bancos e até mesmos nos meios de transporte.
A facilidade de acesso à tecnologia não pode ser considerada como ferramenta pronta ou 
uma solução final, como simplesmente passar na lousa a matéria, exibir um conjunto de slides, 
utilizar um livro didático, assistir a um filme, ler uma revista ou até mesmo um jogo. Ela tem 
como base ser o mecanismo de interação entre professor e aluno, facilitando a colaboração, a 
comunicação e a execução de inúmeras tarefas que possam atingir o objetivo desejado, que é 
ensinar e aprender.
Esta disciplina caracteriza-se por ser bastante prática e envolvente e tem como foco auxiliar o 
professor no processo de utilização da tecnologia como ferramenta pedagógica em sala de aula.
O uso do computador na educação tem como papel ultrapassar as 
fronteiras do educar convencional, dando oportunidade às escolas 
de renovar a forma de se trabalhar os conteúdos programáticos. A 
informática na educação possibilita ao educando a construção do 
seu conhecimento, transformando a sala de aula num espaço real de 
interação, de troca de resultados, e adaptando os dados à realidade do 
educando (VALENTE, 1993).
INTRODUÇÃO
A tecnologia está sendo utilizada para renovação do conhecimento, tanto para professores quanto 
para alunos. Os recursos tecnológicos são inúmeros, entre eles apresentamos a escola frente a esses 
recursos, a televisão, o vídeo, os microcomputadores e sua disposição na escola e nos laboratórios. Neste 
livro-texto, abordamos como a tecnologia pode ser usada para renovar o conhecimento, as escolas e os 
recursos tecnológicos (informática, televisão, vídeo e os laboratórios de informática).
9
Na unidade I, apresentaremos a você uma breve introdução sobre o uso das tecnologias nas escolas, 
as mudanças necessárias para o uso da tecnologia em sala de aula, as metodologias de informática na 
educação e como utilizar a tecnologia na sala de aula como ferramenta de apoio pedagógico.
Na unidade II, abordaremos conceitos um pouco mais técnicos, às vezes, de maior dificuldade de 
compreensão. Serão mostrados os recursos necessários para que um professor possa utilizar o computador 
como uma ferramenta de planejamento, de pesquisa e também de administração. Trabalharemos em 
um conceito misto de necessidades administrativas e ferramentas educacionais a fim de trazer para 
você uma realidade no seu convívio educacional. Serão trabalhados, ainda, os sistemas operacionais 
que permitem o funcionamento do computador, propostas para utilizar a internet na educação, as 
ferramentas do Google como apoio às escolas e aos professores, o aplicativo de editor de textos Word, 
a planilha eletrônica Excel e o software de apresentação PowerPoint.
Na unidade III, propomos utilizar o Google como ferramenta de pesquisa, fonte de imagens e busca 
de informações. Também trabalharemos com o Wikipédia, uma biblioteca virtual, e o Google Agenda, 
que pode ser muito útil para você se organizar ou para criar agendas de equipamentos para a escola. 
Para o bom funcionamento da agenda, implementamos o e-mail gratuito Gmail, da própria Google, que 
permite enviar e receber mensagens e ainda receber os avisos de sua própria agenda diariamente.
Esperamos que este livro-texto ajude-o a perceber que é papel do professor decidir quando e como 
deverá utilizar a tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico. Cabe a ele decidir se é ou não 
necessário o emprego do recurso, a escolha dos programas e potencializar quais são as dificuldades dos 
alunos. Vale lembrar que, para isso, é preciso estar capacitado para identificar esses fatores.
Bom estudo!
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1 INTRODUÇÃO AO USO DA TECNOLOGIA NAS ESCOLAS
Que fique claro que não quero dizer que o uso de tecnologias mais avançadas 
melhore o conteúdo de um texto.
 Carlos Drummond de Andrade
Neste capítulo, vamos tratar sobre a força que a tecnologia tem exercido em nossas vidas. 
Indiretamente, ela tem chegado e se integrado em nosso dia a dia, e nem percebemos que isso 
está acontecendo. Como na charge abaixo, nos tornamos tão dependentes dela que, às vezes, 
não conseguimos nem mesmo realizar tarefas rotineiras, como armazenar ou anotar um simples 
telefone em um papel.
Isso é automático, e já deve ter ocorrido com você, não é mesmo? Faça o teste: você sabe de cor 
todos os telefones que estão na sua agenda? Certamente não, um bom exemplo disso é que, quando 
preciso falar com minha sogra, que coisa, nunca me lembro do número do telefone dela; mas basta 
localizar o nome no celular e pronto, estarei falando com ela!
O mundo é da 
tecnologia... 
Celulares, e-mail, 
cartão eletrônico, 
carros... Tudo é 
tecnológico...
É verdade... 
então anota aí 
meu número e 
meu e-mail!
Xiii! 
Acabou a 
bateria!
Figura 1 – Tecnologia é do mundo
Na verdade, isso ocorre naturalmente com você, e também com os alunos, que tem mais facilidade 
no uso desses recursos. Assim, nasce naturalmente que a tecnologia já está presente na vida dos alunos, 
facilitando o ensino e o aprendizado com a utilização dos seus recursos.
Também estaremos apresentando um percurso histórico da tecnologia no Brasil, seu envolvimento 
com a educação e os principais marcos relatados ao longo do envolvimento.
O Dicionário Houaiss (2001) explica o que é a tecnologia:
Unidade I
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Tecnologia: teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, 
métodos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade 
humana. A origem da palavra tecnologia, na sua etimologia, está na palavra grega 
tekhnología, que significa: “tratado ou dissertação sobre uma arte, exposição das 
regras de uma arte”, pois é formada a partir do radical grego tekhno, que vem 
de tékhné, que significa: “arte, artesania, indústria, ciência”, e do radical grego 
– logía, que vem de logos, que significa: “linguagem, proposição”.
 Lembrete
A Tecnologia
O papel do professor diante da tecnologia é estar devidamente capacitado e 
promover o uso da ferramenta como apoio pedagógico; dessa forma, uma série 
de fatores pode contribuir para seu uso e a melhoria da educação no País.
1.1 A sociedade da tecnologia
A sociedade se inova a cada dia, desde as formasde organizar-se, de produzir bens, de comercializá-los, 
de se divertir, de ensinar e de aprender.
Desde a década de 1990, com a utilização em grande escala dos microcomputadores, passamos 
por uma verdadeira revolução tecnológica. Os desafios impostos pela rápida evolução dessas novas 
tecnologias e sua inserção em todos os ramos da atividade humana somam-se às contradições sociais.
Muitas escolas acreditam que modernização é simplesmente adotar equipamentos de informática, 
programas e professores para ministrar cursos de treinamento de uso de ferramentas aos seus alunos, 
esquecendo o lado pedagógico. É preciso entender que a nova prática pedagógica deve preparar as 
pessoas para aprender a usar a tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico e não material final.
Você já deve ter escutado que a sociedade está se construindo através da tecnologia. Perguntamos: será?
Sabe-se que, historicamente, a tecnologia esteve presente na mídia em geral, passando por fotos, 
telégrafos, telegrafia sem fio, telefones, telecomunicações, gravação de sons, filmes, rádio, televisão, até 
os microcomputadores e softwares.
Não podemos nos esquecer também dos monitores de TV, das videoconferências, dos vídeos 
interativos, dos treinamentos por meio de softwares e da distância, que, com softwares específicos, 
tentava auxiliar e criar métodos de ensino via internet ou teleconferência.
Outra coisa interessante foram as unidades de armazenamento, antes os discos, CDs e DVDs, e hoje 
estão migrando para os pen drivers. A resposta é: realmente a tecnologia tem-nos influenciado.
E o que a tecnologia tem a ver com o conceito pedagógico? As formas de se comunicar 
estão mudando, e com elas as de ensinar, pois os recursos são melhores, assim o aspecto 
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tecnológico tem-nos auxiliado a adotar novas formas de ensinar mais práticas e mais próximas 
da sociedade.
Por isso, a grande maioria das ações dos governos é direcionada à utilização de tecnologias como 
fonte de apoio ao ensino-aprendizagem e como foco de inclusão digital, daí vem a necessidade de 
envolver-se neste mundo novo.
1.2 O que é tecnologia?
Como citamos anteriormente, a tecnologia está presente em nosso dia a dia, em tudo que fazemos, 
seja para se comunicar, alimentar, locomover, comprar e outras atividades rotineiras. Você consegue 
identificá-la com maior facilidade nos computadores, nos equipamentos eletrônicos e de comunicação, 
que têm invadido nossos lares e tomado parte de nossa vida.
O termo “tecnologia” refere-se a tudo que se inventou, tanto artefatos como métodos e técnicas, 
para estender a capacidade física, sensorial, motora ou mental do homem, facilitando e simplificando o 
seu trabalho, enriquecendo suas relações interpessoais, ou simplesmente lhe dando prazer.
Definindo tecnologia, sentimos a necessidade de entender o significado de “arte”: habilidade ou 
disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, 
controlada e racional, ou definida como “conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível 
a obtenção de finalidades práticas ou a produção de objetos; técnica”.
As técnicas são formas, jeitos ou habilidades especiais em lidar com cada tipo de tecnologia, que 
encontramos ao executar nossas atividades cotidianas, lidando com vários equipamentos, produtos e 
serviços originados da tecnologia.
Algumas dessas técnicas são simples e de fácil aprendizado, transmitidas de geração para geração, e 
se incorporam aos costumes e hábitos sociais de um determinado grupo de pessoas.
Dessa linha, refletimos, a tecnologia está presente em nossas vidas, qual é o papel da mesma em 
nível educacional? O computador pode ser a ferramenta que substitua o professor? Veja a charge abaixo 
e reflita sobre a dificuldade do aluno.
Figura 2 – Tecnologia – lição de casa
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A tecnologia educacional é um pouco diferente da tecnologia, pois ela pode ou não ser utilizada, fica 
a cargo dos professores e da coordenação pedagógica essa decisão. Diferente da sociedade, que tem de 
se adequar às novas formas de viver, ela simplesmente colabora e permite novos caminhos e soluções 
para sanar as deficiências de ensino.
A tecnologia não irá, em nenhum momento, substituir a figura do professor, como na charge, o aluno 
pode ser o melhor em nível tecnológico, mas não condiz com seu português, seu inglês ou suas formas 
de calcular. Em nível educacional, a tecnologia são ferramentas, programas e técnicas que permitem que 
o aluno reflita e aprenda o que está sendo ensinado.
1.3 O profissional da educação e a tecnologia no Brasil
O governo federal instalou até 2010 cerca de 6,6 mil telecentros em 5,4 mil cidades brasileiras, 
atingindo 98% dos municípios brasileiros, e em 2011 estará capacitando todos os monitores e professores 
por meio de parceria entre o Ministério das Comunicações e da Educação. A previsão do governo federal 
é que, até 2014, seja implantada uma rede com 100 mil telecentros. Esses telecentros serão compostos 
por dez computadores, um servidor central, central de monitoramento com câmera de vídeo, impressora 
a laser, projetor multimídia e todo mobiliário (cadeiras e mesas).
Com a ampliação do volume de serviços, da velocidade e da necessidade de se chegar à frente, os 
recursos tecnológicos têm invadido nossas vidas em todos os ambientes. Governos e municípios estão 
dando os primeiros passos informatizando as escolas, promovendo a primeira necessidade básica para se 
trabalhar na educação, que são os conhecimentos mínimos necessários para a operação de micros.
Certamente a tecnologia invadirá todas as secretarias das escolas, tornando-se um pré-requisito 
para contratações de futuros profissionais para a área.
No contexto pedagógico, ela vem se fundamentando através da inserção dos laboratórios, os quais 
vêm sendo adquiridos em longa escala, inicialmente promovendo as preocupações das adequações 
necessárias para o seu uso. Primeiro, eles são adquiridos, instalados, inaugurados e depois se analisa 
como deverão ser utilizados, é o que vemos na grande maioria das escolas, que possuem laboratórios 
maravilhosos, com recursos de mídia infinitos. Mas, infelizmente, não são utilizados porque são proibidos, 
ou falta profissional capacitado para trabalhar.
Ao se pensar no laboratório, primeiro devemos levar em conta o professor, o profissional que deve 
estar capacitado para utilizá-lo como recurso de apoio pedagógico.
Não podemos esquecer dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, que são as referências para a 
educação infantil, ensinos fundamental e médio do país. O objetivo é propiciar subsídios para elaboração 
do currículo, tendo em vista os projetos pedagógicos que tenham relação com os locais de convivência 
dos alunos e da escola.
Em 2008, cerca de 38,7% das crianças entre 4 e 6 anos que eram portadoras de deficiência não 
frequentavam a escola, aponta o IBGE. Nessa visão, o Ministério da Educação tem colocado ações 
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do Programa de Educação Inclusiva para estados e municípios brasileiros, incluindo essas crianças na 
escola.
As ações de tecnologia disponibilizam sistemas de ensino, equipamentos mobiliários e material 
pedagógico para implantação de sala de recursos para dar apoio à prática pedagógica. Em paralelo, 
trabalha-se a formação contínua de professores em deficiência mental, auditiva, visual, superdotação,altas habilidades e outras.
1.4 Os professores e a tecnologia
Recentemente foi divulgado que cerca de 1,7 milhão de jovens brasileiros entre 15 e 17 anos está 
fora da sala de aula, devido à falta de estímulo para o estudo. A evasão está direcionada ainda à falta de 
estímulos na visão dos alunos, que consideram as aulas monótonas e cansativas.
A tecnologia pode servir de apoio ao professor com as mídias, som, imagem, filmes, pesquisas, 
promovendo a criatividade e o estímulo aos alunos.
Diante do avanço tecnológico, o professor não poderá ser apenas um técnico, mas um profissional 
que desenvolve, implementa inovações, participando ativamente e criticamente do processo, 
transformando-se em um agente dinâmico cultural, social e curricular que possa tomar decisões 
educativas e elaborar projetos com os colegas controlado pelo coletivo.
Fazer parte da “sociedade moderna” implica lançar-se à razão instrumental e tecnológica, que 
valoriza, antes de mais nada, apenas a razão como elemento explicador e transformador do mundo. 
Se escolhermos apenas a razão, podemos cometer um grave erro, pois na maioria das vezes pensamos 
em um único e exclusivo movimento de transmissão, que termina quando a coisa que se transmite é 
recebida. Ensinar vai além disso, é necessário um processo permanente de atualização e continuidade, 
o qual vai além do transmitir.
Ao ensinar, o professor proporciona aos alunos a mediação, o encontro com a realidade, e articula 
novos saberes, transmitindo e ensinando simultaneamente a cada nova aula.
A arte de ensinar é complexa, mas pode se transformar em oportunidade para ampliar o conhecimento 
de estudantes e educadores. Os alunos podem ser mais ou menos ativos durante o processo de 
aprendizagem; alguns se interessam mais, outros ficam quietos e não participam da proposta. Daí 
a necessidade de uma boa proposta construída pedagogicamente que desperte oportunidades e 
possibilidades de união de trabalho coletivo. Os dois devem desempenhar papéis de protagonistas dos 
próprios processos de aprendizagem.
Uma das formas de colaboração para ampliar o conhecimento poderia vir da realização de processos 
de aprendizagem com tecnologia, gerando uma melhoria nas condições de acesso à informação, 
minimizando as restrições de tempo e de espaço e permitindo agilizar a comunicação entre professores, 
alunos e instituições.
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A teoria e a prática de ensino apareceriam como elementos fundamentais para o trabalho do 
docente, devendo ser entendidas como prática de contribuição ao desenvolvimento do trabalho 
no ensino. Paralelamente, há muito se fala em desenvolver nos alunos a habilidade de “aprender a 
aprender”, e que não se trata de um novo meio de ensinar, mas de propor que alunos e professores 
passem a ter produção própria, desenvolvendo a criatividade e a inovação.
O “aprender a aprender” fundamenta-se na busca da autonomia de professores e alunos 
impulsionados pelo ato de refletir e criticar as suas próprias experiências e delas extrair 
conhecimentos. Nesse processo, o professor não existe para explicar a matéria, e sim para mostrar 
quais são os caminhos e como dominar os temas propostos; mas para que isso ocorra o aluno deve 
passar a ver o professor como um pesquisador, um motivador, o qual se tornaria um parceiro na 
construção dos conhecimentos, acabando com o ponto de terminalidade na escola.
Devido à velocidade de renovação do saber e do fazer, baseados em tecnologia, a maior parte dos 
conhecimentos adquiridos por uma pessoa no início de sua formação profissional será obsoleta ao 
iniciar a carreira. A nova sociedade baseada na informação insere na educação o desafio de formar 
continuamente indivíduos capazes de interagir com as tecnologias e apropriar-se delas.
Transformar a formação inicial em formação ao longo da vida seria o único caminho para alcançar 
ou manter-se em condições de competitividade em nível individual ou nacional, numa economia 
globalizada altamente tecnológica; assim, o ensino a distância é o parceiro ideal para desenvolver essa 
tarefa.
1.5 Educação tradicional e educação com tecnologia
A tecnologia poderia auxiliar na melhoria da transmissão de informações, permitindo ao aluno 
a interação, o desenvolvimento de atividades, a criação e o acompanhamento, diferente do ritmo 
monótono e repetitivo das salas de aulas dos professores tradicionalistas.
Ao definir tradicionalista, deve-se ater à situação de uma classe de professores que seguem os 
padrões em sala de aula que se identificam com ritmos monótonos e repetitivos, associados ao perfil 
dos alunos que permanecem apenas acompanhando, ouvindo, copiando e não interagindo com as 
solicitações do professor.
Um estudo desenvolvido em uma escola superior do estado de São Paulo analisou a diferença entre 
a sala de aula tradicional e aquela com tecnologia, em especial quanto ao uso da internet, visando 
descrever quais foram as mudanças que ocorreram nas formas de aulas, antes e após a utilização dos 
recursos tecnológicos aplicados na escola.
O estudo concluiu, em um quadro comparativo, a situação do ensino tradicional e com o uso das 
novas tecnologias:
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Quadro 1 – As mudanças da tecnologia na educação tradicional
Na educação tradicional Com a nova tecnologia
O professor Um especialista Um facilitador
O aluno Um receptor passivo Um colaborador ativo
A ênfase educacional Memorização de fatos Pensamento crítico
O método de ensino Repetição Interação
O acesso ao conhecimento Limitado ao conteúdo Sem limites
Fonte: o Autor.
O quadro demonstra as mudanças ocorridas quando deixamos de utilizar o ensino do modo tradicional 
e passamos ao ensino com tecnologia. Porém, deve-se levar em consideração que tais mudanças não 
ocorrem imediatamente, sendo necessários inúmeros fatores para utilizar corretamente a tecnologia 
como ferramenta de apoio pedagógico.
Para que ocorram essas mudanças, deveria ser levado em consideração o que realmente a escola 
pretende com a utilização desses recursos, definindo-se qual é o percurso didático a ser implementado 
e a metodologia a ser adotada.
Não há como falar de professores facilitadores quando os mesmos não detêm o domínio da 
ferramenta que irão aplicar aos seus alunos; para tanto, eles precisam estar devidamente capacitados e 
dotados de domínio sobre o recurso.
A essas mudanças adicionam-se outros elementos: o contexto da estrutura física, da facilitação e 
colaboração do acesso aos laboratórios pela direção e coordenação e de um projeto de utilização de 
informática coerente, que trataremos adiante.
Mesmo após essas mudanças, a possibilidade e a facilidade de estabelecer relações em questão 
de segundos por intermédio das redes eletrônicas gera riscos de massificação e de homogeneidade, 
abrigando “equívocos culturais”. Nesse sentido, cabe observar que algumas empresas de cunho tecnológico 
fornecem programas ditos de “formações virtuais” que, ao serem aplicados nos microcomputadores, 
sem qualquer acompanhamento pelos professores, visam à redução de custos, à certificação desleal e 
ao lucro, transmitindo unicamente as informações sem preocupação com o conhecimento.
Vale ressaltar que é necessário criar possibilidades para que o aluno encaminhe sua própria produção, 
construção e desenvolvimento. A esses atos, aplica-se constantemente a vivência das salas de aula, 
através do professor e do aluno, numa situação de abertura às curiosidades, às perguntas e às inibições, 
construindo o conhecimento.
Mas, para desenvolver a construção de conhecimentos, Moran (2000) adverte que precisamosnos 
envolver nos processos de aprendizagem, que podem estar em cada coisa que fazemos, cada pessoa, 
ou ideia que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experimentamos, lemos, compartilhamos e sonhamos. 
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Para tanto, é necessário colaborar para que professores e alunos, nas escolas e organizações, transformem 
suas vidas em processos permanentes de aprendizagem.
Deve-se levar em conta que apenas deter a tecnologia não é suficiente para garantir a 
aquisição de conhecimentos. Não basta ter um laboratório de informática, datashow, softwares 
ou internet de alta velocidade, é necessário construir esse conhecimento. Essa construção 
necessita do envolvimento dos professores, que analisam como utilizar a tecnologia no projeto 
pedagógico, determinando quais serão as ferramentas e como utilizá-las em conjunto com seus 
alunos.
A construção de conhecimentos pode ser obtida por situações já vivenciadas, por diversas experiências, 
pela simples leitura, pela escrita, por pesquisas individuais ou coletivas, não importa; o importante é 
utilizar o recurso da melhor forma que facilite a comunicação entre professor e aluno na construção 
dos conhecimentos.
Os recursos tecnológicos constituem um meio importante para a obtenção de informações, sendo 
estas entendidas como matéria-prima para a elaboração do conhecimento.
Piaget já afirmava que todo conhecimento é uma construção, uma interação, que apresenta um 
aspecto de elaboração do novo. Não existe conhecimento resultante do simples registro de observações 
e informações, ou seja, não basta visualizar, é necessário construir, pensar e desenvolver conceitos 
permanentemente. O conhecimento procede de ações que se generalizam por aplicação a novos objetos, 
gerando um esquema, uma espécie de conceito prático.
Além disso, há uma percepção clara das diferenças e das especificidades dos saberes e das práticas; 
não no sentido de afastá-los uns dos outros ou de isolá-los, e sim de realizar um trabalho coletivo e 
interdisciplinar que vai além de juntar simplesmente as matérias. Falar em um corpo docente, como um 
coletivo organizado, atuante, buscando um ensino de boa qualidade, sinônimo de atuação competente 
dos docentes.
 Observação 
Principais mudanças no ensino com tecnologia
Utilizar a tecnologia na educação, unir professor e alunos, facilitando 
e colaborando na construção coletiva do pensamento crítico, interagindo 
sem limites e aprendendo coletivamente.
Há muito se fala das dificuldades socioeconômicas, conhecidas principalmente pela crise que 
abrange o mundo globalizado neste momento, que vão desde os significados da vida humana, das 
relações entre as pessoas, instituições, até as comunidades. Se efetivamente se vive e vivemos em uma 
crise, é necessário lembrar que devemos considerar que a ideia de crise aponta para duas perspectivas: 
a de perigo e a de oportunidade. Nesse sentido, não podemos esperar os acontecimentos para buscar o 
novo.
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As novas tecnologias podem enriquecer a mediação pedagógica e gerar oportunidades para a 
mudança do paradigma educacional relacionado à aprendizagem. Mas é preciso lembrar que somente 
informações acabam envelhecendo facilmente e que todo o conhecimento é provisório, pois, em se 
tratando de educação, nada é permanente ou totalmente acabado. Não há como ignorar a tecnologia, 
seu papel na sociedade ou o que se passa no mundo.
Descrição de tecnologia:
• As ferramentas e as máquinas que ajudam a resolver problemas;
• As técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e processos 
usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução dos 
mesmos;
• Um método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia 
de manufatura, a tecnologia de infraestrutura ou a tecnologia espacial);
• A aplicação de recursos para a resolução de problemas;
• O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de 
conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada 
cultura;
• Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento 
de como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso 
conhecimento do que pode ser produzido) (WIKIPÉDIA, 2011).
1.6 Um pouco da história da tecnologia brasileira
A entrada da informática na educação, no Brasil, está ligada diretamente ao ingresso dos 
microcomputadores, que ocorreu nos últimos trinta anos, principalmente no campo da microeletrônica, 
acarretando inúmeras transformações. Essas transformações ocorreram em vários setores econômicos, 
como indústrias, bancos e telecomunicações, que passaram a ter como base de seu desenvolvimento a 
informática.
Os avanços tecnológicos educacionais começaram na década de 1970, com a caracterização de 
dois pontos de vista: um restrito e outro amplo. O restrito estava limitado ao ensino dirigido apenas à 
utilização dos recursos dos microcomputadores no aspecto físico, ou seja, dominar os equipamentos; já 
o amplo se enquadrava em uma linha diferente, baseada no desenvolvimento e na administração dos 
elementos sistêmicos, ou seja, na educação concebida como o sistema ou a totalidade de subsistemas 
inter-relacionados, em que o papel da tecnologia é apenas colaborar, fornecendo ferramentas para o 
auxílio do desenvolvimento de atividades na educação.
A seguir, seguem os principais investimentos em educação com tecnologia no país:
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• 1981 – Política de Informática Educativa (PEI), do governo federal, das secretarias estaduais 
e municipais de educação e das universidades, a fim de inserir o computador no processo 
ensino-aprendizagem.
• 1982 – Centro de Informática Educativa do MEC – CENIFOR, subordinado à Fundação Centro 
Brasileiro de TV Educativa, seu papel era assegurar a pesquisa, o desenvolvimento, a aplicação e 
a generalização do uso da informática no processo de ensino-aprendizagem em todos os níveis e 
modalidades.
• 1983 – Comissão Especial de Informática na Educação (CE/IE), que elaborou e aprovou o projeto 
Educom – Educação com computadores, ficando a cargo da FUNTEVÊ, apoiado financeiramente 
pela Secretaria Especial de Informática (Seinf-MEC), pelo CNPq e pela Financiadora de Estudos e 
Projetos (Finep).
• 1985 – I Plano Setorial: Educação e Informática, prevendo ações nos segmentos de ensino e 
pesquisa relacionadas ao uso e aplicação da informática na educação.
• 1986 – Comitê Assessor de Informática na Educação de Primeiro e Segundo Graus – CAIE/SEPS, 
aprovou-se o programa de ação imediata em informática na educação.
• 1988 – Realizou-se o III Concurso Nacional de Software Educacional Brasileiro, e a Organização 
dos Estados Americanos (OEA) convidou o MEC-Brasil para avaliar o programa de informática 
aplicada à educação básica do México. O resultado foi um projeto multinacional de cooperação 
técnica e financeira integrado por sete países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, 
República Dominicana e Venezuela), com o objetivo de utilizar as redes telemáticas para a 
formação de professores, investigadores, administradores escolares e membros da comunidade, 
para auxiliar a implantação da informática na educação e a promoção de mudanças na escola 
pública.
• 1989 – Jornada de Trabalho Latino-Americano de Informática na Educação e Reunião 
Técnica de Coordenação de Projetos em Informática na Educação; a Unicamp avançou 
implantando o II Curso de Especialização em Informática na Educação – Projeto Formar 
II. Outro fatorimportante foi que o Conselho Nacional de Informática e Automação 
(CONIN) alterou a redação do II Plano Nacional de Informática e Automação, introduzindo 
ações de informática na educação, implantando núcleos de informática em educação nas 
instituições de ensino superior, secretarias de educação e escolas técnicas, no sentido 
de criar ambientes informatizados para atendimento à clientela de primeiro, segundo e 
terceiro graus, educação especial e ensino técnico, para o desenvolvimento de pesquisa e 
formação de recursos humanos; instituiu-se o Proninfe (Programa Nacional de Informática 
na Educação).
• 1991 – Aprovado o 1º Plano de Ação Integrada (Planinfe), para desenvolver nos anos de 1991 a 
1993 um plano de ação integrada com objetivos, metas e atividades para o setor da informática 
educativa; criou-se o Comitê Assessor de Informática Educativa.
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• 1996 – Foi criada a Secretaria de Educação a Distância – SEED, e também foi apresentado o 
documento básico “Programa Informática na Educação”, tendo como função básica promover o 
uso da informática como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público médio.
• 2000 – Projeto Rede Telemática para Formação de Educadores a Distância. O projeto formava 
professores, administradores, pesquisadores e membros das comunidades escolares em informática 
na educação, analisando, estudando e programando as mudanças pedagógicas e de gestão da escola, 
integrando a comunidade e a escola, envolvendo e formando continuamente os seus integrantes.
• 2010 – O governo federal instalou 6,6 mil telecentros em 5,4 mil cidades brasileiras. Os telecentros 
são dotados de dez computadores, servidor central, central de monitoramento, impressora, 
mobiliário e conexão internet. Parcialmente, o Estado de São Paulo promoveu a inclusão digital 
implementando 519 postos do Acessa São Paulo, atendendo a 464 municípios paulistas. Também 
foi criado o programa Acessa Escola em 3.752 escolas da rede pública estadual. Esse programa tem 
um diferencial ao utilizar estagiários, cerca de 13.086, que são os responsáveis pelo atendimento 
aos alunos nas salas de informática, que ficam abertas o dia todo.
Atualmente, o MEC tem procurado, através de seus projetos, fundamentar nas escolas 
um enorme potencial didático-pedagógico, ampliando oportunidades onde os recursos são 
escassos, familiarizando o cidadão com a tecnologia que está em seu cotidiano, dando respostas 
flexíveis e personalizadas para pessoas que exigem diversidade maior de tipos de educação 
(ZACARIOTTO, 2009).
Outro fator é a criação de espaços educacionais que promovam a formação e o conhecimento em 
informática educativa, motivando os profissionais e alunos para aprender continuamente, em qualquer 
estágio de suas vidas (MEC, 2004).
 Saiba mais
Dica de filme que pode propiciar uma inter-relação com os conteúdos 
da unidade:
TV Escola – a tecnologia a serviço da educação. Disponível em: <http://
penta3.ufrgs.br/PEAD/Semana14/videos/tecnologia/index2.html>.
2 OS PILARES NECESSÁRIOS PARA O USO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Fazer da escola não apenas o lugar da qualificação, do treinamento, mas 
o lugar da formação. Creio que isto significa fazer a escola retornar a seu 
futuro.
Neidson Rodrigues
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No capítulo anterior, abordamos o que é a tecnologia e como os professores estão sendo 
influenciados a utilizá-la na sala de aula. Agora, temos como objetivo identificar e potencializar quais 
são os pontos-chaves para o sucesso com o uso da tecnologia educacional.
Utilizar a tecnologia em sala de aula não é tão simples assim, temos uma série de fatores que acabam 
promovendo sucesso ou fracasso na utilização do recurso. Como já abordamos anteriormente, não basta 
colocar uma televisão, um vídeo ou um computador para que a tecnologia seja empregada, é necessária 
a participação de todos, desenvolvendo um projeto de apoio pedagógico que utilize os recursos como 
uma ferramenta de apoio, e não uma solução pronta.
2.1 As mudanças necessárias para utilização da tecnologia no ensino
A tecnologia educacional é apenas uma ferramenta, como caderno e lápis; 
se não houver um professor para ensinar a escrever, ninguém aprende e o 
caderno se perde no tempo (William Zacariotto).
A tecnologia sempre afetou o homem, desde as primeiras ferramentas, por vezes consideradas a 
extensão do corpo, passando pela máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, até chegar ao 
microcomputador, que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais.
Diante desse fator, grande parcela da sociedade confunde a evolução social do homem com as 
tecnologias desenvolvidas e empregadas em cada época. Historicamente, passamos pelos avanços 
tecnológicos fundamentados na Idade da Pedra, do Ferro, do Ouro e do tratamento da informação, 
gerando avanços científicos e ampliando o conhecimento sobre esses recursos cada vez mais 
sofisticados. Paralelamente, ao assumir o uso de tecnologias nas escolas, precisamos requerer que estas 
estejam preparadas para realizar investimentos em equipamentos, qualificação pessoal e, sobretudo, na 
viabilização das condições de acesso e de uso dessas máquinas.
Não podemos afirmar que a revolução da informática se trata de uma novidade, aliás basta olhar 
para seus filhos ou para os alunos, para eles a tecnologia é natural. O que não podemos é ignorar sua 
existência.
A escola, face à revolução tecnológica, sofre as mesmas influências que qualquer outra organização, 
ou seja, não há como ignorar ou deixar de aproveitar os benefícios tecnológicos proporcionados. Mas 
é necessário tomar cuidado, pois a escola não deve agir como as empresas, que procuram sucesso em 
pequeno prazo. Com a tecnologia educacional, o sucesso pode vir de duas ou três intervenções realizadas 
com alunos. O foco é identificar a dificuldade de ensino e buscar formas de melhoria do aprendizado.
São vastos os recursos tecnológicos oferecidos no mercado atualmente, desde equipamentos 
audiovisuais, microcomputadores, programas de computador, lousas eletrônicas, até equipamentos de 
robótica e outros simuladores.
Em uma de minhas pesquisas, contatei escolas ditas totalmente informatizadas, em que os alunos 
enviavam semanalmente aos professores os exercícios extraclasse via e-mail. Numa dessas ações, 
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o computador da escola foi contaminado com um vírus, e todos os trabalhos perdidos, criando um 
problema maior ainda. Cobrou o aluno ou não?
Figura 3 – Vírus de computador
A charge acima ilustra bem o caso citado, diante da tecnologia podem surgir imprevistos, por isso é 
necessário estar organizado e planejado.
]
Caminhando pela rua, recebi um panfleto que continha a propaganda de uma escola particular. 
Observei que havia um destaque central, no qual estava escrito “Escola totalmente informatizada”. 
Pergunto a você, o que é uma escola totalmente informatizada? Há diversas formas de analisar se uma 
escola é ou não informatizada.
Uma escola que possui um controle de notas e pagamentos informatizado, biblioteca toda catalogada 
em um micro, site disponibilizando notas dos alunos etc. é informatizada. Portanto, uma escola 
informatizada nem sempre utiliza os recursos tecnológicos como ferramenta de apoio pedagógico, o 
conceito administrativo não pode ser levado em conta.
No anseio de destacar-se das demais, algumas escolas acabam adquirindo esses equipamentos para 
seus laboratóriosde informática sem mesmo verificar se há profissionais capacitados para operá-los, 
meios de mantê-los, ou se atendem ao planejamento escolar. Em alguns casos, escolas investem nos 
recursos e os deixam guardados por medo de danificá-los.
Também há escolas que adquirem os equipamentos e somente os professores da área de tecnologia 
podem utilizá-los. Alguns diretores costumam trancar esses laboratórios, e os equipamentos acabam se 
tornando obsoletos, pois a evolução é rápida.
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Uma escola não pode ser chamada de informatizada pelo simples conteúdo dos equipamentos, 
pelo boletim eletrônico, ou por dispor de laboratórios maravilhosos, deve-se levar em conta como está 
planejada sua utilização.
É preciso enfatizar que o essencial não é a tecnologia, mas pode-se contar com um novo estilo de 
suporte, que auxilie ambas as partes (aluno e Professor).
A construção coletiva dos conhecimentos não é uma tarefa fácil, principalmente no que diz 
respeito ao confronto das expectativas dos sujeitos envolvidos. Trata-se de dificuldades que precisam 
de condições especiais para serem superadas. O exercício de confrontar as expectativas de cada um dos 
organizadores do projeto coletivo da escola implica tornar público o desejo de um princípio, de uma 
convicção, exigindo um desprendimento com relação ao próprio desejo, desenvolvendo a ideia de que 
algo que era de uma pessoa agora é também de muitos e poderá ser transformado.
A internet, por exemplo, pode ser uma ferramenta de integração para a multidisciplinaridade, pois permite 
compartilhar projetos de diversas matérias. As pesquisas podem ser múltiplas e ainda servir como facilitadoras 
no ato de compartilhar conhecimentos produzidos pela própria escola, disponibilizando os trabalhos dos alunos 
em blogs, sites e ferramentas de redes sociais. Também é uma ferramenta importante para agendamento e 
gerenciamento da comunicação entre direção, coordenação pedagógica e professores.
Ao disponibilizar os trabalhos escolares, projetos e ações da escola na internet, ela abre as portas à 
comunidade, demonstrando o quanto são criativos os projetos, permitindo que toda a sociedade passe a 
conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos alunos e professores. Nessa construção, pode-se gerar novos 
parceiros que venham da comunidade privada ou de órgãos governamentais.
Não estamos falando em dispor fotos de alunos, nem rede social de cada um, mas dos seus trabalhos 
e atividades por eles criados.
A articulação entre as escolas e outras instituições (como bibliotecas, museus, arquivos etc.) poderia 
ser realizada através do uso das telecomunicações e da informática, proporcionando contatos entre 
pessoas, grupos e associações regionais, por serem espaços de intervenção, realização de atividades 
integradas e coletivas.
Não há como deixar de lado o uso da tecnologia, ela nos envolve e sempre se adaptará para atender 
às nossas necessidades. O importante, ao utilizá-la, é saber que se trata de um instrumento de apoio 
pedagógico, tal como um livro ou um jogo. Apenas um instrumento a ser desenvolvido, inacabado, 
pronto para ser integrado, o qual proporcione frutos para ambos os lados.
Em 2009, foi realizado um estudo com escolas do interior paulista dotadas de laboratórios de 
informática; nele os professores responderam aos questionários sobre como eram utilizados os 
laboratórios e quais eram os seus objetivos.
No estudo em questão, pôde-se observar que os professores tinham uma apostila chamada Tecnologia, 
monitor nos laboratórios e que sempre, quando chegavam, os laboratórios já estavam prontos para uso.
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A grande maioria dos professores respondeu que os alunos eram levados aos laboratórios para seguir o material 
da apostila, onde eram executados os jogos dispostos nos micros e que estes eram repetitivos e monótonos.
Pôde-se perceber, pelas respostas dos professores, a grande insatisfação quanto à forma de trabalho, 
principalmente que as apostilas não abordavam o que era trabalhado em sala de aula. É importante que 
o trabalho desenvolvido com o recurso tecnológico seja o mesmo que se trabalha em sala de aula, tenha 
a construção e permita a interação do mundo real com o da informática.
Ao procurar identificar as necessidades para a utilização da tecnologia como ferramenta pedagógica nas 
escolas, criamos quatro pilares que são primordiais para o uso da tecnologia na escola. São eles: a estrutura 
física, a participação da administração escolar, a participação dos professores e o contexto pedagógico.
Educação com tecnologia
Contexto 
pedagógico
ProfessorEstrutura física Administração e 
coordenação
Figura 4 – Os pilares da tecnologia educacional
Os pilares da tecnologia não são leis, não são obrigatórios, e sim pontos importantes, norteadores 
para uma boa aplicação da ferramenta como apoio pedagógico.
Também se sabe que grande parcela são resultados pessoais, de um diretor, de um colaborador, de um 
coordenador pedagógico ou de um professor, que se aventura a utilizá-lo e percebe que a ferramenta 
pode auxiliá-lo na elaboração de uma boa aula.
 Lembrete
Os pilares são fundamentais
Os quatro pilares da tecnologia são Estrutura física, Participação 
da administração e Coordenação pedagógica, o Professor e o 
Contexto pedagógico. O funcionamento coletivo deles pode melhorar 
significativamente o uso da tecnologia nas escolas.
2.2 A estrutura física das escolas
O primeiro ponto a ser levantado é: será que as escolas estão preparadas fisicamente para receber a 
tecnologia? Diante de um mercado complicado e de inúmeras ocorrências de furto e roubo, as escolas 
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têm se fechado, e o acesso aos laboratórios acaba sendo dificultado. Em um dos meus estudos, pude 
constatar essa dificuldade, eram 20 minutos para abrir a sala e ligar os computadores. Grande parte da 
aula era perdida, alguns alunos até brincavam: “Professor, estamos fazendo um curso intensivo de abrir 
e fechar laboratórios”.
A reorganização física dos prédios das escolas deveria ser tratada como ponto importante para que 
se inicie o envolvimento tecnológico, pois sem a infraestrutura física aparentemente encontraríamos 
dificuldade no acesso a esses recursos. Na maioria dos projetos de implementação da tecnologia, são 
criados laboratórios de informática, rede de acesso aos dados e acesso à rede de pesquisas (internet).
É necessária atenção quanto às estruturas físicas das escolas, à facilidade de acesso aos laboratórios, 
a torná-los mais acessíveis e organizados, à criação de salas de aula mais funcionais, e até mesmo à 
disponibilização de conexões a redes locais em cada sala, ou em diversos pontos da escola, permitindo 
assim que professores e alunos desenvolvam pesquisas em diversos pontos da escola, utilizando os 
micros disponíveis ou seus próprios notebooks.
Paralelamente, caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis e integradas; 
para isso, seria necessário ter estruturas mais enxutas, trabalhando mais sinergicamente, concentrando 
maior participação dos professores, alunos, pais e comunidades, gerenciando atividades e proporcionando 
os rumos de cada instituição escolar, com a finalidade de obter uma maior integração, um acesso 
facilitado e garantia da qualidade da educação.
A melhoria do espaço físico das escolas poderia ser facilitada se fossem bem planejadas. Escolas 
eficazes não são necessariamente grandes, mas sim aquelas que utilizam de formacriativa seu espaço, 
transformando-o em um ambiente especial para a leitura, para as representações, ou até mesmo para o 
convívio da comunidade.
Grande parte dessas melhorias do espaço físico já ocorreu em escolas onde houve a participação 
da comunidade. Mas não basta às escolas simplesmente ter microcomputadores e programas para uso 
em atividades de ensino, é preciso também que esses microcomputadores estejam interligados e em 
condições de acessar a internet e todos os demais sistemas e serviços disponíveis nas redes, multiplicando 
assim as possibilidades educativas. É necessário adequar a tecnologia ao alcance das expectativas de seu 
uso: telecomunicações, por exemplo, facilitam a coleta de dados e o acesso às informações da escola; o 
audiovisual favorece a apresentação explicativa e ilustrativa do real; e a informática pode colaborar para 
classificação, seleção e simulação de situações.
Ao adequar o uso das tecnologias, segue uma sugestão iniciando um trabalho coletivo: alunos, 
professores, especialistas, diretores e comunidades de pais, juntos, em um processo de construção, criem 
uma equipe própria na escola, a qual, ao analisar a base tecnológica disponível (equipamentos e mídias), 
tome as decisões quanto à escolha de ser ou não conveniente o uso de informática aplicada à educação, 
e ainda sugira possíveis adequações no projeto pedagógico, contando com o apoio de universidades 
ou de especialistas externos para assessoramento e suporte técnico voltado à tecnologia. Em conjunto, 
poderiam também analisar os problemas relativos às cargas horárias, hoje constituídas de “aulas” de 50 
ou 100 minutos, e aqueles ocasionados por turmas grandes de alunos. Notadamente nessas condições, o 
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uso do microcomputador e da internet no curto tempo da “aula” e para um número excessivo de alunos 
é totalmente inviável.
Cada instituição de ensino deveria orientar, no seu próprio projeto pedagógico, a relevância a 
ser dada quanto ao uso da tecnologia aplicada na educação, envolvendo professores, coordenadores 
pedagógicos e diretores, os quais, através de reuniões permanentes, provocassem atualizações nesses 
projetos, buscando acompanhar e melhorar todas as dificuldades encontradas no processo.
O projeto pedagógico aparentemente é o modo de ser e de fazer da escola. O clima escolar positivo 
na escola como um todo envolveria alunos, professores, direção e equipe técnico-pedagógica, e estes, 
orientados para a superação dos desafios, certamente desenvolveriam comportamentos importantíssimos 
aos alunos.
A existência ou não de locais de concentração e de circulação de alunos e professores, as cores das 
paredes, a distribuição dos ambientes dentro do espaço escolar projetam-se diretamente na produção 
e no estímulo dos que ali convivem. Esses fatores refletem-se na disposição para trabalhar e estudar e 
na própria qualidade do ensino e podem vir a definir a ação pedagógica. O ambiente pode influenciar 
no processo de aprendizagem do aluno, e as instalações condicionariam a integração da comunidade 
acadêmica com sua produção e pesquisa. O conjunto escola, alunos e comunidade é a aura da escola.
Uma das soluções viáveis é a utilização de monitores, contratados, terceirizados, colaboradores que 
venham de projetos sociais ou até mesmo os próprios alunos. Estes terão a função de abrir e fechar 
as salas, ligar e desligar os equipamentos, checar os defeitos e comunicar a necessidade de reparos à 
administração. Assim, o professor não perderá tempo com ações rotineiras e diárias.
2.3 A participação da administração escolar no contexto tecnológico
Os principais problemas encontrados nas escolas quanto à utilização das tecnologias são falta de 
acesso, apoio técnico inadequado, tempo insuficiente para aprendizagem e planejamento. O envolvimento 
da direção e da coordenação nos cursos de capacitação auxiliam na disseminação da ideia de utilização 
da tecnologia como ferramenta de apoio no ensino-aprendizagem. Além de frequentarem os cursos de 
capacitação em informática na educação, é de vital importância que os professores estejam dispostos 
a colaborar nos aspectos de diminuição dos problemas de acesso à tecnologia, providenciando apoio 
técnico necessário, mostrando interesse pelo assunto e pelos projetos que venham a surgir com o uso 
da informática, e finalmente proporcionando tempo de aprendizagem aos professores.
As mudanças na educação dependem também de termos administrativos, esperando que os dirigentes 
da instituição entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo educacional, dando 
apoio aos professores, equilibrando o gerenciamento empresarial, tecnológico e humano, e finalmente 
contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação na escola.
Possivelmente com essas mudanças, diretores e coordenadores passariam a procurar formas de 
tornar viável o acesso frequente e personalizado de professores e alunos às novas tecnologias, sendo 
imprescindível que haja laboratórios bem equipados; salas conectadas à internet e adequadas para 
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pesquisa; que seja facilitado a aquisição de microcomputadores por meio de financiamentos públicos, 
privados, com juros baixos e com o apoio de organizações não governamentais.
 Observação 
Papel do diretor
É papel do diretor auxiliar no ingresso da tecnologia tanto na parte 
administrativa como na inserção pedagógica. Com seu apoio, as coisas se 
tornam mais fáceis. 
2.4 A participação dos educadores
O novo educador é um profissional em constante mudança, passando a ser o intermediário entre o 
conhecimento acumulado, o interesse e a necessidade do aluno. Nessa perspectiva, Phillipe Perrenoud, 
sociólogo suíço e referência essencial aos educadores, devido às ideias pioneiras sobre a profissionalização 
de professores, acredita ser necessário que o uso da tecnologia seja uma competência do professor, 
de modo que ele atinja uma atitude desafiadora e assuma uma postura de aprendiz ativo, crítico e 
criativo.
A escola não pode ignorar as novas tecnologias de informação e da comunicação que afetam o 
mundo, pois estas transformam as maneiras de comunicar, de trabalhar, de decidir e de pensar. Para 
ele, o professor necessita utilizar os aplicativos para explorar todas as potencialidades didáticas dos 
programas de computador em relação aos objetivos do ensino, adicionando-se as formas de comunicação 
a distância por meio da telemática e as ferramentas multimídia no ensino.
Os avanços das ciências e das tecnologias fazem com que a educação assuma um caráter de recomeço 
da renovação sempre, pois possui papel de transformar criticamente a realidade por meio da construção 
e disseminação do conhecimento. A colocação do microcomputador na sala de aula não garante um 
ensino inovador crítico e transformador: a sociedade do conhecimento exige dos professores e dos 
alunos autonomia e produção própria, baseada na modernidade, analisando a proposição metodológica 
do “aprender a ensinar”.
O desafio de “aprender a ensinar” é acoplado à habilidade ou ao atributo indispensável ao professor 
que, aqui, muito mais do que um portador de conhecimento, deverá ter um papel de gerenciador da 
circulação e da construção desse conhecimento, assim como o de um orientador da aprendizagem.
Para um professor não é possível separar as dimensões pessoais e profissionais; e essas dimensões são 
a forma pela qual cada um vive a profissão de professor, tão ou mais importante do que as técnicas que 
aplicam ou os conhecimentos que transmitem; os professores constroem sua identidade por referênciaaos saberes (práticos e teóricos), mas também por um conjunto de valores.
A tecnologia pode auxiliar, mas para que seu uso seja efetivo é necessário que os professores estejam 
preparados ou capacitados. Atualmente o educador cria, organiza e promove o ambiente tecnológico 
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através de atividades que facilitam o processo de ensino-aprendizagem, fornecendo recursos para que o 
aluno desenvolva ao máximo o processo de aprender. Há professores que resistem ao trabalho realizado 
no laboratório de informática, não querem se envolver, e, mesmo quando aceitam o trabalho, acreditam 
que este é independente das atividades curriculares, delimitam o uso como reforço, enquanto outros 
procuram os laboratórios para realizar um trabalho integrado, inserindo-se em projetos, de modo que a 
sua função passa de apenas “lecionar a incentivar os demais professores”.
Outro ponto a ser incluído nesta reflexão diz respeito à formação do professor. Simplesmente ter 
um curso superior na área de educação e participar das matérias de informática na faculdade, quando 
estas existem no currículo, não garante em nenhum momento que esses professores estão prontos para 
realizar as tarefas de ensino de informática na educação. Daí a necessidade de um processo permanente 
de capacitação, monitoramento e estruturas de apoio docente, em que possam ser desenvolvidas as 
dimensões técnico-didáticas (campo científico específico), pedagógicas (campo das teorias e práticas 
educacionais) e tecnológicas (campo das novas tecnologias).
Ao professor cabe o papel de facilitar, supervisionar, ser consultor do aluno no processo de 
resolver o seu problema, e não somente transmitir informação ao aluno; o professor deverá se 
concentrar em propiciar ao aluno a chance de construir o próprio conhecimento, convertendo a 
enorme quantidade de informação adquirida em conhecimento aplicável na resolução de problemas 
de seu interesse. Ao trabalhar nessa construção de conhecimentos, é necessário conhecer o aluno, 
incentivando a reflexão e a crítica e permitindo que ele passe a identificar os próprios problemas 
em sua formação.
A questão da qualificação e da carreira docente sempre precisou ser repensada e tratada com base 
em uma perspectiva mais aberta, flexível. São necessários docentes qualificados, recursos tecnológicos, 
clima intelectual sério e responsável, caracterizando o cotidiano do trabalho acadêmico. É fundamental 
a valorização da atuação desse professor, ou seja, é preciso que os governos e os sistemas de ensino 
invistam tanto na sua formação continuada (incluindo a sua capacitação) quanto na promoção de 
condições adequadas de trabalho. José Manuel Moran, um dos maiores especialistas no uso da internet 
em sala de aula, discorre em seus livros que esse investimento transforma o professor no gerenciador 
do processo de aprendizagem, coordenando todo o andamento no ritmo adequado, sendo o gestor das 
diferenças e das convergências do contexto de sua prática.
O professor precisa ter consciência de que sua ação profissional competente não será substituída 
pelas máquinas, mas ampliada no seu campo de atuação para além da sala de aula. Nessa perspectiva, ele 
passa a ser um incansável pesquisador, um profissional que se constrói a cada dia, que aceita os desafios 
e a imprevisibilidade da época para se aprimorar cada vez mais, gerando melhorias de desempenho 
tanto para si próprio quanto para os alunos.
Ao buscar a ampliação nos campos de atuação, as tecnologias apontam para a busca do trabalho 
coletivo, passando da sala de aula e caminhando para a escola como um todo, tomando cuidado de 
desenvolver atividades que estejam definidas no projeto pedagógico, evitando fugir do estudo proposto 
em questão. Se olharmos para o ambiente da internet, poderíamos perder facilmente o contato com o 
objetivo do estudo, devido à grande diversidade proposta.
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Ao professor cabe assumir o papel de mediador e promotor desse novo processo de aprendizagem, 
procurando criar ambientes interdisciplinares, propondo desafios e explorações que possam conduzir a 
descobertas, utilizando dessa forma os recursos do microcomputador no sentido de articular informações 
com conhecimentos adquiridos para a construção de novos conhecimentos, ou seja, professores e alunos 
tornam-se aprendizes e mestres de sua própria educação, participantes de um processo que envolve os 
aspectos social, afetivo e cognitivo.
Além disso, não é possível pensar na prática docente sem pensar na pessoa do professor e em sua 
formação, que não se dá apenas durante os cursos de formação, mas em todo o caminho profissional, 
dentro e fora da sala de aula. A diferença didática não está no uso ou não uso das novas tecnologias, 
mas na compreensão das suas possibilidades, sabendo efetuar escolhas conscientes sobre as formas 
mais adequadas ao ensino, optando ou não pelo uso da tecnologia.
 Observação 
Capacitação dos professores
O professor do futuro deve estar preparado para o uso das tecnologias 
em sala de aula como ferramenta de apoio pedagógico e, para isso, deve 
estar devidamente capacitado. O Governo Federal, Estados e Municípios 
têm criado programas para capacitação, aproveite essa oportunidade. 
3 METODOLOGIAS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
Tão importante quanto o que se ensina e se aprende é como se ensina e 
como se aprende (César Coll).
Neste capítulo, temos como objetivo identificar e potencializar quais são os pontos-chaves para se 
ter sucesso com o uso da tecnologia educacional.
Estudamos, no capítulo anterior, as necessidades para o uso da tecnologia nas escolas, percebemos 
que sua inserção não é tão fácil quanto parece e precisa do envolvimento e da participação de todos. 
Nesse caminho, buscamos mostrar como podemos utilizar os recursos na escola. Iniciando com a televisão 
e os vídeos, os laboratórios de informática e até mesmo os locais de convivência da escola. Algumas 
de minhas sugestões nem sempre são bem-vistas pelas direções, pois mesmo com o barateamento da 
tecnologia necessitam de investimento.
Daí, perguntamos, mas e esse investimento, de onde virá? Para ser sincero, não sei, mas uma boa 
sugestão seria aproveitar micros antigos, buscar parceiros, doações de pessoas físicas ou empresas, ou 
até mesmo fazer rifas, o que importa é a ação, que certamente parceiros virão.
A charge abaixo demonstra a realidade de uma pesquisa em diversas classes. Os recursos tecnológicos 
estão presentes no cotidiano das pessoas e podem ser ferramentas brilhantes de apoio pedagógico, 
incentivando a participação dos alunos.
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Figura 5 – Como manter a atenção na sala de aula
Devido à velocidade de renovação do saber e do fazer, baseados em tecnologia, a maior 
parte dos conhecimentos adquiridos por uma pessoa no início de sua formação profissional será 
obsoleta ao iniciar a carreira. A nova sociedade, baseada na informação, insere na educação 
o desafio de formar continuamente indivíduos capazes de interagir com as tecnologias e de 
apropriar-se delas.
Nessa linha, a tecnologia pode promover a formação contínua dos professores, é um dever 
da sociedade e do Estado, tanto para atender às necessidades do sistema econômico quanto 
para oferecer ao indivíduo oportunidades de desenvolver suas competências como trabalhador 
e cidadão, capaz de viver na sociedade. Sendo assim, transformar a formação inicial em 
formação ao longo da vida seria

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