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Colecção ENB CA DE RN OS SENSIBILIZAÇÃO 1 Caderno de Combate a Incêndios com Extintores A N T Ó N I O M A T O S G U E R R A S I N T R A 2 0 0 7 ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS 2.ª edição, revista e actualizada Ficha Técnica Título Caderno de Combate a Incêndios com Extintores Colecção Cadernos de Sensibilização (n.º 1) Edição Escola Nacional de Bombeiros Quinta do Anjinho – Ranholas 2710 - 460 Sintra Telef.: 219 239 040 • Fax: 219 106 250 E.mail: edicao@enb.pt Texto António Matos Guerra Comissão de Revisão Técnica e Pedagógica Carlos Ferreira de Castro, J. Barreira Abrantes, Luís Abreu, Sónia Rufino Fotografia Rogério Oliveira, Victor Hugo Ilustrações Osvaldo Medina, Ricardo Blanco, Victor Hugo Grafismo e fotomontagens Victor Hugo Fernandes Impressão Gráfica Europam, Lda. ISBN: 972-8792-21-2 Depósito Legal nº 232240/05 1.ª edição: Agosto de 2005 2.ª edição: Março de 2007 Tiragem: 3 000 exemplares Preço de capa: i 2,00 Sumário 1. Introdução ................................................................................. 5 2. Classificação .............................................................................. 5 3. Características e funcionamento dos extintores ....................... 8 4. Escolha do agente extintor ....................................................... 13 5. Distribuição dos extintores ....................................................... 15 6. Inspecção, manutenção e recarga dos extintores ..................... 18 7. Actuação com extintores ........................................................... 20 Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 4 Com bate a Incêndios com Extintores 5 1 ■ Introdução ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Um extintor é um aparelho que contém um agente extintor que pode ser projectado e dirigido sobre um incêndio pela acção de uma pressão interna. Esta pressão pode ser fornecida por uma compressão prévia permanente ou pela libertação de um gás auxiliar. É utilizado como meio de primeira intervenção no combate a um incêndio acabado de despontar. A utilização de um extintor pode ser feita por qualquer pessoa logo que detecte um incêndio. Na realidade, a rapidez de actuação é primordial, na medida em que o extintor só é eficaz no início de um incêndio. Com efeito, a quantidade do agente extintor, assim como o tempo de utilização, são limitados. No entanto, o êxito da utilização do extintor depende dos seguintes factores: • Estar bem localizado, visível e em boas condições de funcionamento; • Conter o agente extintor adequado para combater o incêndio desencadeado; • Ser utilizado na fase inicial do combate ao incêndio; • Conhecimento prévio pelo utilizador do seu modo de funcionamento e utilização. 2 ■ Classificação ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Os extintores de incêndio podem classificar-se tomando em consideração os diversos critérios a seguir mencionados: • Mobilidade do extintor; • Agente extintor; • Modo de funcionamento; • Eficácia de extinção. Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 6 2■1■ Mobilidade do extintor Quanto à sua mobilidade (fig. 1), os extintores classificam-se em: • Portáteis; • Móveis (também designados por transportáveis). Por sua vez, os extintores portáteis podem ser: • Manuais; • Dorsais. Designa-se por extintor manual o que, pronto a funcionar, tem um peso inferior ou igual a 20 kg. Diz-se que o extintor é dorsal quando pronto a funcionar, tem um peso inferior ou igual a 30 kg e está equipado com precintas que permitem o seu transporte às costas. Os extintores móveis estão dotados, para o seu deslocamento, de apoios com rodas e, consoante a sua dimensão, são manobrados manualmente ou rebocados por veículos. As capacidades mais usuais dos extintores manobrados manualmente variam entre 20 kg e 100 kg. Os extintores rebocáveis, são equipamentos de médio e grande porte. Para serem deslocados, necessitam ser atrelados a um veículo que os reboca. Fig. 1 Classificação dos extintores quanto à sua mobilidade. Com bate a Incêndios com Extintores 7 2■2■ Agente extintor Um extintor pode designar-se pelo agente extintor que contém. Actualmente, existem: • Extintores de água; • Extintores de espuma; • Extintores de pó químico; • Extintores de dióxido de carbono (CO 2 ). 2■3■ Modo de funcionamento De acordo com este critério, os extintores podem ser classificados de: • Pressão permanente; • Pressão não permanente (operado por cartucho). 2■4■ Eficácia de extinção Atendendo à eficácia de extinção, os extintores, classificam-se segundo o fogo-tipo que são capazes de extinguir. Para se determinar a eficácia de extinção são efectuados, em áreas adequadas para o efeito, ensaios de fogos de dimensões controladas que obedecem aos parâmetros das normas. A classificação do fogo-tipo é representada no rótulo por uma letra, que indica a classe de fogo para o qual o extintor demonstrou capacidade efectiva e por um número (somente para as classes A e B), que representa a dimensão do fogo-tipo que o extintor satisfaz. Os extintores classificados para uso em fogos das classes C ou D não necessitam de ter um número precedendo a letra de classificação. Os rótulos, sobre a forma de decalcomania ou impressão serigráfica, com inscrições em língua portuguesa, colocados numa posição tal que possam ser lidos e que permitam reconhecer e utilizar um extintor, devem conter, em cinco áreas diferenciadas, as indicações, destacadas na figura 2. Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o � 3 ■ Características e funcionamento dos extintores De acordo com os critérios anteriormente focados, descrevem-se a seguir, as características e funcionamento dos diversos tipos de extintores. 3■1■ Extintores de pressão permanente Nos extintores de pressão permanente (fig. 3) o agente extintor e o gás propulsor estão misturados no recipiente. Desta forma, a pressão está permanentemente estabelecida no interior por um gás, geralmente o azoto (N 2 ). O agente extintor ocupa uma grande parte do volume interno do recipiente, ficando o restante volume, designado por câmara de expansão, reservado para o gás propulsor, que se encontra a uma pressão entre os 12 e 14 kg/cm2. Nestes extintores existe um manómetro que permite verificar se a pressão interna está dentro dos valores estipulados para o funcionamento eficaz do extintor. Fig. 2 Exemplo de um rótulo. Com bate a Incêndios com Extintores � Quando se retira a cavilha de segurança e se abre a válvula do extintor, o agente extintor é expelido, pela acção da pressão exercida pelo gás propulsor, para o exterior através do tubo sifão e mangueira com bico difusor colocado na extremidade desta. Para interromper, temporária ou definitivamente, a descarga do agente extintor, basta fechar a válvula de comando. Um caso particular é o do extintor de CO 2 (fig. 4) que é, também, um extintor de pressão permanente. Devido às suas propriedades físicas de elevada tensão de vapor (50 a 60 kg/cm2), o CO 2 encontra-se nos estados líquido e gasoso, ocupando o volume interior do recipiente. Este extintor, que não tem manómetro possuí um tubo sifão e uma válvula de controlo de descarga com um difusor acoplado ou, no caso dos extintores de maior capacidade, uma mangueira com difusor ligado à válvula. O difusor permite dirigir o agente extintor para as chamas, com eficácia e segurança. Para se interromper, temporária ou definitivamente, a descarga do agente extintor também basta fechar a válvula de comando dedescarga. Fig. 3 Extintor de pressão permanente. A – De água; B – De pó químico. A B Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 10 3■2■ Extintores de pressão não permanente Nos extintores de pressão não permanente, isto é, de colocação em pressão no momento da utilização (fig. 5), o agente extintor ocupa uma parte do volume interno do recipiente. Fig. 4 Extintor de CO2. Fig. 5 Extintores de pressão não permanente. A – Com garrafa interior; B – Com garrafa exterior. A B Com bate a Incêndios com Extintores 11 O gás propulsor, normalmente CO 2 , encontra-se numa garrafa (cartucho) colocada no interior ou no exterior do recipiente. Quando se coloca o extintor em funcionamento, o gás propulsor, expande-se no interior do recipiente através do tubo de descarga, indo ocupar o volume da câmara de expansão, misturando-se, assim, com o agente extintor. Pela acção da pressão exercida pelo gás, o agente extintor é projectado e dirigido para o fogo através de uma mangueira ligada à parte superior ou inferior do recipiente, sendo a descarga controlada por uma pistola difusora, colocada na extremidade da mangueira. Os extintores portáteis em que a garrafa se encontra no exterior do extintor estão a ser cada vez menos utilizados. Os extintores móveis (transportáveis) (fig. 6) podem ser, quanto ao modo de funcionamento, de pressão permanente ou de pressão não permanente. Neste último caso, o gás propulsor encontra-se normalmente numa garrafa exterior. Fig. 6 Extintor manobrado manualmente. Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 12 Os extintores rebocáveis (fig. 7) são de pressão não permanente. As garrafas do gás propulsor, normalmente azoto (N 2 ), encontram-se montadas no exterior do extintor. Devido às suas características, devem ter-se em atenção as instruções fornecidas pelos fabricantes sobre a forma de colocação em funcionamento destes extintores. Fig. 7 Extintor rebocável. Com bate a Incêndios com Extintores 13 4 ■ Escolha do agente extintor ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Os agentes extintores mais usados são: • Água; • Espuma; • Pó químico; • Dióxido de carbono (CO 2 ). Assim, passa a designar-se o extintor de acordo com o agente extintor nele contido. 4■1■ Extintores de água Os extintores mais comuns à base de água são constituídos por recipientes contendo, os mais usuais, seis ou nove litros. Quanto à pressurização, podem ser de pressão permanente ou não permanente. Estes extintores têm a característica de poder projectar a água em jacto ou pulverizada. A descarga deve fazer-se através de um filtro colocado no tubo sifão, de forma a reter corpos estranhos que possam existir misturados com o agente extintor. 4■2■ Extintores de espuma física O extintor de espuma física é aquele que projecta espuma, isto é, uma mistura espumosa à base de água. A espuma física obtém-se pela mistura de três elementos: água, líquido espumífero e ar. A água e o espumífero estão contidos no recipiente, podendo o espumífero estar dentro de uma embalagem de plástico, que se rompe Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 14 no momento da pressurização, ou ser adicionado à água no momento do carregamento do extintor. O ar mistura-se com a água e espumífero durante a actuação do extintor, através dos orifícios da agulheta, pelo efeito de Venturi. Os extintores de espuma física podem ser do tipo de pressão permanente ou de pressão não permanente. 4■3■ Extintores de pó químico O extintor de pó químico, como o próprio nome indica, contém, como agente extintor, pó químico seco: ABC, BC ou D. Estes extintores podem ser de pressão permanente ou de pressão não permanente. 4■4■ Extintores de dióxido de carbono (CO2) Conhecido como «extintor de CO 2 », contém dióxido de carbono armazenado sob pressão. O dióxido de carbono encontra-se no recipiente à temperatura ambiente e a uma pressão de cerca de 60 bar. Ao utilizar-se o extintor é normal formar-se uma «camada de gelo» no difusor do extintor. O CO 2 ao vaporizar-se, sob a forma de «neve carbónica», atinge tempera- turas que podem chegar a 78˚C negativos, o que implica muitos cuidados no manuseamento deste extintor, sobretudo quando utilizado na presença de outras pessoas. A projecção do CO 2 obtém-se pela pressão permanente criada no interior do recipiente, provocada pela tensão de vapor contido no próprio agente extintor. Resume-se no Quadro I a escolha do extintor, de acordo com o agente extintor, segundo as classes de fogos. Com bate a Incêndios com Extintores 15 QUADRO I ESCOLhA DO AGENTE ExTINTOR 5 ■ Distribuição dos extintores ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ 5■1■ Princípios a respeitar na implantação dos extintores Conhecidos os agentes extintores mais eficazes no combate a cada classe de fogo, indicam-se os princípios que devem ser respeitados para uma eficaz cobertura dos locais a proteger: • A selecção e o dimensionamento dos extintores, quanto ao seu número, eficácia e localização para uma dada situação, devem ser determinados segundo a natureza dos possíveis incêndios e conhecimento antecipado do tipo de construção, número de ocupantes, risco a proteger, condições de ambiente e temperatura; • As construções deverão ser protegidas por extintores aprovados para o combate a fogos da classe A. A protecção dos riscos de ocupação, deverá ser efectuada por extintores homologados para o combate a fogos das classes A, B, C ou D, de acordo com o maior risco que a ocupação apresente; • As construções com um tipo de ocupação que apresente riscos de fogos das classes B e/ou C, deverão ter, além de extintores para o combate a fogos da classe A, extintores para fogos das classes B e/ou C. A B C D CLASSES DE FOGOS Pulverizada Não Não Não Sim Muito bom Não Sim Muito bom Sim Bom Não Sim Muito bom Sim Muito bom Sim Bom Não Não Sim Bom Sim Bom Não Sim Bom Sim Muito bom Não Não Sim Muito bom Sim Aceitável Não Não Sim Bom Não Não Não Jacto ABC BC D Água Espuma CO2 Pó químico AGENTES EXTINTORES Fonte: NP 1800 – (1981) – Segurança contra incêndios. Agentes extintores. Selecção segundo as classes de fogos. Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 16 5■2■ Implantação dos extintores Quanto à implantação deve atender-se ao seguinte: • Os extintores têm de estar colocados permanentemente nos locais previamente escolhidos e em condições de operacionalidade. Alguma legislação publicada sobre segurança contra riscos de incêndio, refere que os extintores portáteis devem ficar colocados de modo que o seu manípulo fique a cerca de 1,20 m do pavimento. A sua colocação deve ser feita em suportes de parede ou montados em pequenos receptáculos, de modo a que o topo do extintor não fique a altura superior a 1,50 m acima do solo, a menos que sejam transportáveis (fig. 8). • É importante que os extintores estejam localizados nas áreas de trabalho, ao longo dos percursos normais, em locais visíveis, acessíveis e não obstruídos. A distância a percorrer de qualquer ponto susceptível de ocupação até ao extintor deve ser a determinada na legislação contra riscos de incêndio publicada, isto é, 15 m para os extintores de pó e 15 m para os de CO 2 (fig. 9). É de salientar que a Norma Portuguesa NP 3064, alínea 6, estabelece que a distância máxima a percorrer é de 25 m para os extintores de pó químico e de 9 ou 15 m para os de CO 2 de acordo com o tipo de risco e eficácia de extinção dos extintores; Fig. � Altura de colocação dos extintores. A – Correcto; B –Incorrecto. A B Com bate a Incêndios com Extintores 17 • Em grandes compartimentos ou em certos locais quando a obstrução visual não possa ser evitada, devem existir meios suplementares (sinais) que indiquem a sua localização (fig. 10). Fig. � Localização dos extintores de acordo com a legislação. Fig. 10 Alguns modelos de sinais. Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 1� 6 ■ Inspecção, manutenção e recarga dos extintores É da maior importância que os extintores se encontrem em perfeitas condições de operacionalidade quando da sua utilização. Para isso, será necessário observar as regras estabelecidas na NP 4413 no que se refere a inspecção, manutenção e recarga. É de notar que o proprietário, inquilino ou a entidade exploradora de um local onde existam extintores instalados é o responsável pela sua inspecção, manutenção e recarga. Indicam-se de seguida algumas das regras mais importantes. 6■1■ Inspecção A inspecção é feita normalmente por pessoal designado pelo proprietário, inquilino ou entidade exploradora e consiste na verificação rápida de que o extintor está pronto a actuar no local próprio, devidamente carregado, que não foi violado e que não existem avarias ou alterações físicas visíveis que impeçam a sua operação. Os extintores devem ser inspeccionados com a frequência que as circuns- tâncias imponham, devendo contudo sê-lo, pelo menos, trimestralmente. Ao inspeccionar um extintor, o pessoal designado deve verificar se: • O extintor está no local adequado; • O extintor não tem o acesso obstruído, está visível e sinalizado; • As instruções de manuseamento, em língua portuguesa de acordo com a NP EN 3-7, estão legíveis e não apresentam danos; • O peso ou pressão, consoante os casos, estão correctos; • O estado externo do corpo do extintor bem como da válvula, da mangueira e da agulheta é o adequado; • O selo não está violado. Com bate a Incêndios com Extintores 1� Quando uma inspecção revelar que houve violação e que o extintor está danificado, com fugas, com carga superior ou inferior à normal ou que apresenta indícios visíveis de corrosão ou outros danos, deve ser submetido a medidas de manutenção adequadas. Deve existir um registo permanentemente actualizado que contenha as datas das inspecções, a identificação de quem as fez e todas as indicações das medidas correctivas necessárias. 6■2■ Manutenção A manutenção deve ser efectuada por empresa com o serviço de manutenção certificado para realizar os trabalhos que se indicam na NP 4413. Quando retirados do seu local para manutenção ou recarga, os extintores devem ser substituídos por outros, de reserva, do mesmo tipo e com a mesma eficácia. Os procedimentos de manutenção devem ser realizados nos prazos que se indicam no Quadro II. QUADRO II PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO Fonte: Adaptado da NP 4413 – (2006) – Segurança contra incêndios. Manutenção de extintores. TIPO DE EXTINTOR MANUTENÇÃO Água, à base de água e espuma VIDA ÚTIL DO EXTINTOR MANUTENÇÃO ADICIONAL OU REVISÃO NA EMPRESA E RECARGA SE FOR NECESSÁRIA Aos 5, aos 10 e aos 15 anos1 ano 20 anos Pó Aos 5, aos 10 e aos 15 anos1 ano 20 anos CO2 Todos os 10 anos1 ano 30 anos Nota 1. A manutenção deve ser efectuada em intervalos de 12 meses. é admissível uma tolerância de quatro semanas, antes ou depois deste intervalo. Nota 2. A substituição das peças não respeita estes intervalos, sendo substituídas sempre que necessário. Nota 3. Caso o tempo de vida útil do agente extintor tenha sido excedido, ou o seu estado assim o aconselhe. Nota 4. Em nenhum caso, a vida útil de um extintor pode exceder os 20 anos, excepto os extintores de CO2 e cartuchos de gás propulsor que devem ser submetidos até três provas hidráulicas mas não excedendo os 30 anos. (1) (2) (3) ENSAIO DE PRESSÃO — — 10 anos (4) Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 20 6■3■ Recarga De igual modo como para a manutenção, a recarga dos extintores deve ser feita por empresa com serviço de manutenção certificado. Deverão ser usados na recarga agentes extintores, gases propulsores e componentes similares aos que são utilizados na origem pelo fabricante. Os extintores em que se tenha procedido ao seu recarregamento devem ser marcados na respectiva etiqueta com a data dessa recarga. A T E N Ç Ã O • Inspecção é uma operação rápida, efectuada por pessoas não especializadas, pela qual se verifica se um extintor está em condições de operacionalidade. • Manutenção é uma operação detalhada, efectuada por empresa de manutenção certificada que, por vezes, desencadeia uma recarga, reparação ou substituição. • Recarga é uma operação efectuada por empresa de manutenção certificada, que substitui ou reabastece o agente extintor e gás propulsor. 7 ■ Actuação com extintores ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Como já foi referido, a utilização de um extintor pode ser feita por qualquer pessoa que detecte um incêndio no seu início. Para isso, é necessário conhecer previamente o modo de funcionamento e utilização deste equipamento. Considera-se que o conhecimento de algumas regras básicas sobre a utilização dos extintores são importantes para a segurança das pessoas e êxito na extinção do incêndio. Com bate a Incêndios com Extintores 21 Nestas condições, é indispensável tomar em consideração as seguintes regras a observar pelos operadores: • Conhecer a localização, tipo e modo de utilização dos extintores distribuídos pelas instalações; • Ao detectar um foco de incêndio, alertar meios suplementares de socorro (segurança, bombeiros, etc.); • Actuar rapidamente, utilizando o extintor adequado à classe de fogo. Sempre que possível, e sobretudo em interiores, fazer-se acompanhar por outras pessoas; o operador deverá lembrar-se que poderá actuar em ambientes envoltos em fumo onde a desorientação e perda de consciência são fáceis; • Tentar extinguir o incêndio de acordo com os procedimentos indicados a seguir. A T E N Ç Ã O • Aproximação às chamas tem que ser progressiva. • Avançar tendo a certeza que o incêndio não envolverá o operador pelas costas. • Não permanecer muito tempo exposto ao fumo e gases libertados. 7■1■ Activação do extintor No acto de utilização de um extintor o primeiro passo será a activação deste, isto é, colocá-lo em condições de funcionamento. Para tal, o operador deve: • Retirar a cavilha de segurança (fig. 11): no caso dos extintores de pressão permanente ficam prontos a funcionar a partir daquele momento; Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 22 • Caso seja um extintor de pressão não permanente, pressurizá-lo percutindo o disco da garrafa interior que contém o gás propulsor (fig. 12) ou rodando o volante da válvula da garrafa exterior (fig. 13); Fig. 11 Retirar a cavilha de segurança. Fig. 12 Percutir o disco. Fig. 13 Rodar o volante da válvula. Com bate a Incêndios com Extintores 23 • Premir o manípulo existente na válvula do extintor (fig. 14) quando o comando está instalado na referida válvula ou; • Premir o manípulo de comando existente na pistola difusora (fig. 15); Fig. 14 Premir o manípulo. Fig. 15 Premir o manípulo da pistola difusora. Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 24 7■2■ Modo de actuar Ao actuar com um extintor, o operador deve ter em consideração que: • Um incêndio ao ar livre deve ser sempre combatido a favor do vento de modo a que o agente extintor seja dirigido no sentido para onde as chamas e fumo estão a ser projectados. Desta forma, evitará queimaduras, a inalação de gases e fumo e o desvio do agente extintor (fig. 16); • Se,por qualquer motivo, combater o incêndio contra o sentido em que o vento sopra ou em locais interiores, deve proteger-se com equipamento adequado (fig. 17); Fig. 16 Combater o incêndio a favor do vento. Fig. 17 Utilizar equipamento de protecção adequado. Com bate a Incêndios com Extintores 25 • Antes de avançar para o incêndio, deve efectuar um disparo curto do agente extintor para comprovar que o extintor se encontra em condições de operacionalidade; • Avançar até se aproximar do incêndio (três a cinco metros consoante o tipo e capacidade do extintor) e dirigir o jacto do agente extintor para o incêndio, avançando à medida que este vai perdendo alcance ou o incêndio se for extinguindo (fig. 18); • Se o extintor for de CO 2 , deve aproximar-se o mais perto possível do incêndio. Pela sua natureza o CO 2 tem pouco alcance e é facilmente desviado pelo vento e correntes de convecção (fig. 19); Fig. 1� Aproximação ao incêndio. Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 26 • Começar a extinção do incêndio pelo ponto mais próximo de si, projectando o jacto do agente extintor de forma a efectuar um corte junto à base das chamas (fig. 20); Fig. 1� Aproximação ao incêndio com um extintor com pouco alcance. Fig. 20 Projectando o agente extintor para a base das chamas. Com bate a Incêndios com Extintores 27 • Movimentar o jacto na horizontal, fazendo movimentos laterais (varri- mento) de forma a abranger toda a superfície ou volume da chama (fig. 21); • Em incêndios de combustíveis líquidos contidos em recipientes, não incidir o jacto na vertical do fogo pois existe o perigo de se espalhar o combustível para fora do recipiente (fig. 22); Fig. 21 Movimentos laterais (varrimento). Fig. 22 Manobra errada – jacto a incidir na vertical do incêndio. Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 2� • Ao utilizar extintores de espuma, deve fazer-se incidir o jacto do agente extintor para a parede interior do recipiente, de forma a que esta se espalhe uniformemente pela superfície do líquido em combustão (fig. 23); • Se o extintor for de água pulverizada, esta deve ser projectada por cima do incêndio em movimentos circulares (fig. 24); Fig. 23 Espuma projectada para a parede do recipiente. Fig. 24 Projecção de água pulverizada. Com bate a Incêndios com Extintores 2� • Se o incêndio se desenvolver na vertical (caso de líquidos combustíveis em derrame de cima para baixo, cortinados etc.) deve ser combatido iniciando-se na parte inferior, progredindo seguidamente de baixo para cima (fig. 25 e 26); Fig. 25 Líquido a cair por gravidade. Fig. 26 Incêndio a desenvolver-se na vertical. Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 30 • Ao combater um incêndio em gases inflamáveis em saída livre, o agente extintor deve ser dirigido junto à saída, lateralmente num ângulo de 45˚ a 90˚ (fig. 27). Fig. 27 Combate a um incêndio de gases inflamáveis. Com bate a Incêndios com Extintores 31 Anotações Ca de rn os d e Se ns ib ili za çã o 32 Anotações
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