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OVINOCAPRINOCULTURA DE LEITE Roberta de Lima Valença Doutoranda Prof. Dr. Américo Garcia da Silva Sobrinho Orientador Produção de leite por espécie (ano de 2013) Espécie Toneladas % Bovina 635.575.895 82,69 Bubalina 102.041.460 13,28 Caprina 17.957.372 2,34 Ovina 10.137.749 1,32 Camelídeos 2.928.188 0,38 Total 768.640.664 100 FAOSTAT, 2016 Produção de leite ovino no mundo FAOSTAT, 2016 Produção de leite ovino no mundo FAOSTAT, 2016 Produção de leite ovino no mundo FAOSTAT, 2016 Produção de leite Ovino PROPORÇÃO DE PRODUÇÃO POR CONTINENTE PRINCIPAIS PRODUTORES MUNDIAIS FAOSTAT, 2016 Produção de leite Caprino no mundo FAOSTAT, 2016 Produção de leite caprino no mundo FAOSTAT, 2016 Produção de leite caprino no mundo FAOSTAT, 2016 Produção de leite caprino no Brasil FAOSTAT, 2016 Produção de leite Caprino PRINCIPAIS PRODUTORES MUNDIAIS 10,66 T 4,19 T 2,53T 592,5T 0,05T PROPORÇÃO DE PRODUÇÃO POR CONTINENTE FAOSTAT, 2016 Awassi: Israel Churra: Espanha Comisana: Itália Sarda: Itália Manchega: Espanha East Friesian: Alemanha e Holanda Chios: Turquia Assaf: Israel Lacaune : França Bergamácia: Itália Santa Inês: Brasil ? Saanen: Suíça Alpina: Suíça Alpina Britânica: Grã Bretanha Alpina Americana: EUA e Canadá Toggemburg : Suíça Anglo Nubiana: Sudão x Inglaterra Murciana: Espanha Azul: África Repartida: Brasil Moxotó: Brasil Canindé : Brasil Gurguéia : Brasil Marota : Brasil Raça Azul Fazenda Carnaúba, Taperoá - PB Créditos : Roberta Valença Raça Moxotó Fazenda Carnaúba, Taperoá - PB Créditos : Roberta Valença Animais sendo recolhidos da Caatinga ao final da tarde Fazenda Carnaúba, Taperoá - PB Créditos : Roberta Valença Registros genealógicos de caprinos das raças leiteiras exóticas emitidos no Brasil pela ABCC, em número de animais por período de 2001 a 2010. Síndrome artrite-encefalite caprina (CAE) • Doença multissistêmica crônica • Vírus pertencente à família lentivirinae • Queda na produção leiteira • Diminuição do desempenho reprodutivo • Altas taxas de descarte na propriedade • Infecção indiferente à idade ou raça FORMAS DE TRANSMISSÃO • Secreções • Mãe para filho (fase intra-uterina) • Durante o parto • Ingestão do colostro de uma mãe soropositiva • Há relatos de transmissão pelo contato com instrumentos de manejo e ordenha contaminados CAE Artrite Leucoencefalomielite Pneumonia intersticial Mastite • A maioria dos animais infectados permanecem assintomáticos • Quatro síndromes clínicas estão associadas à esta doença: Síndrome artrite-encefalite caprina (CAE) • Principal manifestação clínica é a poliartrite crônica Forma clínica nervosa (tetraparesia) Forma clínica articular (artrite da articulação do carpo) Sinais Clínicos - CAE • Cabritos(as) não conseguem andar • Podem apresentar corrimento nasal (quando apresenta pneumonia) • Permanecem conscientes e respondem a estímulos normalmente • A cabeça pode ficar pendente • De 1 a 6 meses de idade, os sinais nervosos (neurológicos) são mais frequentes • Dificuldade em ficar em pé • Incoordenação motora (atinge inicialmente as patas dianteiras e depois as traseiras) • Animais permanecem deitados Sinais Clínicos – CAE em adultos • Principal sinal clínico é o engrossamento das juntas (artrite) • Principalmente dos membros (patas) anteriores e pode ser de um ou dos dois lados • Pode ocorrer de forma rápida ou lenta • As articulações do carpo e coxofemorais são as primeiras a apresentar aumento de volume • Todas as articulações podem ser acometidas CAE • O diagnóstico é feito através dos sintomas e provas sorológicas, Elisa e PCR. • No estágio inicial recomenda-se o teste de imunodifusão em ágar gel (AGID) • Não há alteração no hemograma e nos testes bioquímicos do soro sanguíneo, • Não há tratamento específico e os sintomas dos animais acometidos tendem a se agravar com o decorrer do tempo • O descarte é recomendado visto que o animal é uma fonte de infecção PROFILAXIA • Separados da mãe logo ao nascimento para evitar a ingestão do colostro e lambedura • Separar dos animais mais velhos e receber colostro à temperatura de 57ºC durante uma hora (a esta temperatura o vírus é inativado e as imunoglobulinas permanecem íntegras) • Isolar os cabritos • Utilizar colostro e leite de vaca até a desmama • Exame semestral de todo o rebanho • Em reprodutores, fazer exame semiológico durante os primeiros 60 dias de permanência na nova propriedade • Desinfecção nos equipamentos (utilizar compostos fenólicos ou de amônio quartenário) SISTEMAS DE PRODUÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 Parto Mês de Lactação Ordenha durante toda lactação Só amamentação Amamentação seguida por um mês de ordenha Desmame com um mês e ordenha Ordenha parcial a partir de um mês após o parto Ordenha parcial nos dois primeiros meses e ordenha total ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO LEITEIRA • Pesos do cordeiro antes e depois de mamar • Utilização de hormônios hipofisários • Ordenha(s) durante o período de lactação • Curva de crescimento do cordeiro em que: PCL= produção de leite com o cordeiro PCN = peso do cordeiro ao nascer PCD= peso do cordeiro ao desmame 4,0 = quantidade média de litros de leite para produzir 1 kg de cordeiro PRODUÇÃO DE LEITE COM O CORDEIRO PLC = (PCN – PCD) 4,0 (HARESING,1989) TIPOS DE DESALEITAMENTO • BRUSCO • PARCIAL • PRECOCE • Separado bruscamente da mãe ao atingir 10kg de peso corporal ou 4 semanas de idade • Necessidade de adaptação prévia ao alimento concentrado • Creep feeding DESALEITAMENTO BRUSCO • Separado da mãe por 12 horas ao dia até atingir 10kg de peso corporal • Separado da mãe no fim da tarde e só devolvido na manhã seguinte após a ordenha • Inicio aos 15 dias de nascido DESALEITAMENTO PARCIAL DESALEITAMENTO PRECOCE • Separado da mãe as 48 horas de nascido • Alimentação artificial com leite bovino ou sucedâneo • Utilizado em explorações leiteiras intensivas • Máximo de 10 a 12 cordeiros por brete ALEITAMENTO ARTIFICIAL • Utilização de leite de vaca integral • Maior volume de ingestão deste leite pelo cordeiro • Ganho de peso menor comparado a utilização de leite de ovelha • Agregar ao leite de vaca amido de milho ou caseína ALEITAMENTO ARTIFICIAL Período em dias Leite (Litros) Manhã (Litros) Tarde (Litros) Total (Dias) Total (Litros) 3º ao 34º 1,5 0,750 0,750 32 48 35º ao 40º 1,5 0,500 1,000 6 9 41º ao 44º 1,5 - 1,500 4 6 45 ao 49º 0,75 - 0,750 5 3,75 47 66,75 COLOSTRO ARTIFICIAL • 2 L de leite • 5 ovos • 3 colheres de sopa de mel • 3 colheres de sopa de farinha láctea. • 3 colheres de sopa de Calcigenol Como preparar: • Bater no liquidificador • Envasar e congelar em porções de 150 mL VAZ (2007) Ganho de peso diário e idade ao abate de cordeiros em quatro tratamentos VILLAS BÔASet al. (2003) Médias seguidas de letras minúsculas diferentes nas linhas diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05), quanto à idade à desmama Ganho de peso diário dos cabritos (g) em função da duração do aleitamento e do sexo 56 70 84 Desaleitamento (Dias) Adaptado de RAMOS et al. (2004) Médias seguidas por diferente letra minúscula na mesma linha e diferente letra maiúscula na coluna, diferem (P<0,05) pelo teste de Duncan. M Peso corporal e ganho de peso diário de cabritos da raça Saanen aleitados com leite de vaca e leite de cabra Adaptado de PROCÓPIO et al. (2004) Comparação de valores médios (em%) dos componentes básicos do leite Composição Ovelha Vaca Cabra Búfala Água 81,5 87,5 87,5 82 Gordura 8,5 3,5 4,2 8 Lactose 4,5 4,7 4,3 5,2 Caseína 5,5 4,3 4 4,8 Extrato Seco 17 - 20 12,5-13 12-13 17-19 Corrêa et al. (2014) IMAGEM ULTRASSÔNICA DO ÚBERE DE OVELHA EM LACTAÇÃO NUDDA et al. (2000) Área cisterna da glândula 19 cm2 Posicionamento das probes durante a obtenção das imagens de ultra- son do úbere (A) e teto (B) de vacas Termografia Infravermelha obtidas por câmera termográfica Flir Úbere de cabra em lactação Úbere de cabra fora do período de lactação VALENÇA et al. (2014) PRODUÇÃO DE LEITE DE OVELHAS Adaptado de GONZALEZ E VIZCAYA (1993) Raça País Litros de leite/lactação Lactação (dias) Produção de leite (kg/dia) Milchschaf Alemanha 550 250 2,2 Awassi Israel 425 240 1,8 Lacaune França 200 180 1,1 Sarda Itália 185 205 0,9 Manchega Espanha 135 150 0,9 ÍDICES ZOOTÉCNICOS DE REFERÊNCIA (CICLO PRODUTIVO ANUAL) Índice Meta Fertilidade 95% Prolificidade 1,7 Intervalo de partos 12 meses Produção de leite por lactação 12 vezes o peso corporal médio do rebanho Duração da lactação 10 meses Período seco 1,5 a 2 meses Persistência de lactação 90% Adaptado de RIBEIRO et al. (1997) CONDIÇÃO CORPORAL X PRODUÇÃO Etapa da Produção Condição Corporal Antes da estação de monta 3-3,5 Gestação 3-3,5 Parição 3,5 Lactação 2,5 – 3,5 Desmame 2 – 2,5 (Flushing) Adaptado de SILVA SOBRINHO et al. (1996) Sistemas de ordenhas mecanizadas QUEIJOS Produção de queijo Ovino no mundo Produção de queijo Ovino no mundo Produção de queijo Caprino no mundo Produção de queijo Caprino no mundo QUEIJOS FEITOS COM LEITE DE OVELHA 63 Roquefort Kosher US$ 128.60/Kg Roquefort US$ 68.93/Kg QUEIJO ROQUEFORT QUEIJO TIPO ROQUEFORT ELABORADO NO LABORATÓRIO DE PRODUÇÃO OVINA FCAV, Unesp US$ 38.58/Kg US$ 25.72/Kg US$ 29.26/Kg US$ 62.65/Kg Wensleydale US$ 61.25/Kg Ricotta - US$ 16.20/Kg Pecorino Romano US$ 29.32/Kg Pecorino Toscano US$ 30.24/Kg QUEIJOS FEITOS COM LEITE DE CABRA Azul do bosque (único queijo azul artesanal de leite de cabra do Brasil, licenciado pelo SISP Cacauzinho e Rolinho Cendré Pirâmide do Bosque Joanópolis - SP Queijos e outros derivados feitos com leite de ovelha e cabra no Brasil, podem custar três a quatro vezes mais que um queijo ou outro produto elaborado com leite de vaca Sendo os produtos originados do leito ovino ainda mais escassos no mercado nacional, representando um nicho de mercado promissor e altamente lucrativo
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