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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 7 – 23/10/14
Anticoagulantes
HEPARINA NÃO FRACIONADA (HNF)
São extraídos de suínos, apesar da heparina ser produzida por mastócitos.
HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR
Aumenta a afinidade da ATIII pelo fator Xa.
Superioridade sobre a HNF: meia vida 2 a 4 X maior; maior absorção por via S.C. Relação dose-efeito previsível, menos hemorragias, menos trombocitopenia, não há necessidade de monitoramento laboratorial. 
As heparinas são utilizadas quando o animal corre risco de trombose. 
Antídoto: protamina. A heparina tem mais afinidade pela protamina do que pela ATIII.
ANTAGONISTAS DA VITAMINA K
Cumarínicos, são anticoagulantes orais. A heparina é só injetável. Geralmente a heparina é para situações que não iremos usar cronicamente, enquanto os cumarínicos são mais usados em animais que tomam cronicamente.
Inibem a regeneração da vitamina K1. Não pode usar em animais prenhes pois atravessam a barreira placentária. 
Toxicidade: sangramento visível (pele e mucosas), sangramento oculto, hemorragias viscerais. 
Se o animal for fazer uma cirurgia e estiver usando heparina ou antagonistas da vitamina K, o uso deve ser suspendido. 
INTOXICAÇÃO POR RODENTICIDA
Há muita intoxicação por rodenticida principalmente em cães. Em gatos não é muito frequente por seu olfato mais aguçado. Rodenticida = veneno para rato são cumarínicos mais potentes, não são usados na clínica.
A vitamina K participa da formação de pró-trombina (fator II). nessa síntese, a vitamina K se oxida, vira vitamina KO. A vitamina K oxidada é inativa. Uma enzima do organismo denominada epóxido redutase consegue reduzir essa vitamina oxidada (KO) para vitamina K novamente. A pró-trombina fica armazenada no fígado. O rodenticida inibe a enzima epóxido redutase, o cumarínico tem afinidade por essa enzima (ligação irreversível). A concentração de vitamina KO aumenta, e de vitamina K diminui. Aos poucos vai parando a fabricação de fator II, pois as vitaminas KO não estão voltando para a forma reduzida, ativa. Os estoques de pró-trombina vão sendo usados aos poucos. 
Usualmente o proprietário não vai relacionar o veneno de rato com o sangramento do cão, pois a hemorragia inicia tardiamente, quando acaba a pró-trombina, 2-3 dias após a ingestão. A hemorragia vai agravando, chegando a um ponto de o animal sangrar pelos poros. O antídoto é a vitamina K1, tem que ser K1, não pode ser K3. Tem que monitorar o tempo de protrombina, avaliando por quanto tempo temos que usar a vitamina k. 
INIBIDORES DIRETOS DA TROMBINA
Pode inibir tanto a trombina livre circulante ou a trombina já ligada ao trombo. 
Vantagens sobre a heparina: não se ligam às proteínas plasmáticas; não dependem de ATIII para fazer efeito; pode ser usado em clearance de creatinina baixo (insuficiência renal); efeito rápido; não gera anticorpos contra as plaquetas. 
Tem como desvantagem o fato de não possuir antídoto. 
Antianêmicos
Causas de anemia: perda de sangue, hemólise (como no caso de doenças hemolíticas ou picada de algumas cobras), alteração da medula óssea (pode ser por alguma droga), deficiência de eritropoetina (insuficiência renal), deficiência de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico (comum falta de ácido fólico com o uso de sulfas). Inflamação aguda ou crônica
ANTIANÊMICOS INDICADOS NA INSUFICIÊNCIA RENAL
Eritropoetina: regula a síntese de hemácias. 
Nandrolona ou oximetolona: hormônio andrógeno sintético, funciona como anabolizante. Estimula a hematopoiese. 
Toxicidade dos anabolizantes: hepatotóxico e hipertensor. No macho pode produzir hipertrofia prostática (durante o uso) e hipotrofia prostática pós-uso. Nas fêmeas há virilização. Associado a glicocorticóide e mineralocorticóides pode causar edema. Aumenta o efeito anticoagulante dos cumarínicos. Diminui a concentração de glicose no sangue. 
Contraindicações: câncer de mama com metástase óssea, disfunção hepatica grave, câncer de próstata, gestação. 
......................................................................................................
Continuação da parte de vasodilatadores (aula 5)
HIDRALAZINA
Aumenta a concentração de PGI2 (vasodilatadora, enquanto Ta2 é vasoconstritor), é fabricada pelo endotélio. Aumento da complacência aórtica. Atua apenas em arteríolas. Maior ação nas arteríolas renais, coronárias, cerebrais e mesentéricas. 
Indicações: em casos de regurgitação mitral grave (parte do sangue volta para o átrio na sístole). Regurgitação aórtica grave. Defeito significativo do septo ventricular. Hipertensão sistêmica. 
Efeitos adversos: sobre fenômeno de primeira passagem. Hipotensão na primeira dose. Vômito, anorexia e diarreia. Taquicardia reflexa (se a pressão cai, dá taquicardia). Se houver taquicardia reflexa e não resolver sozinho, associar com bloqueador alfa1. 
Interações: aumenta a excreção de digoxina (digitálico), melhora a distribuição da furosemida no néfron (diurético). 
NITRATOS
Ativam o GMPc, que induz óxido nítrico sintetase, que faz a síntese de NO. O NO é um potente vasodilatador sintetizado pelo endotélio. Via oral ou transdérmica (adesivos de nitroglicerina, geralmente se prega na barriga). 
Na via intravenosa, causa dilatação venosa e arteriolar. Se for oral, associar com hidralazina, pois se der só nitrato passa um tempo vai perder efeito. Os dois juntos impedem o desenvolvimento de tolerância. A biodisponibilidade pela via oral é de 10% por conta do fenômeno de primeira passagem. Os adesivos (transdérmicos) são mais eficientes.
Drogas: nitroglicerina, isossorbato e nitroprussiato de sódio. 
Nitroglicerina
Tratamento emergencial do edema pulmonar. Tem os discos adesivos e o ungüento a 2%.
Efeitos colaterais: eritema e cefaleia, risco de hipotensão. 
Isossorbida
Insuficiência cardíaca grave refratária; pode ser usada por via oral em cães.
Nitroprussiato de sódio
Só é usado em hospitais. Ele é sensível à luminosidade. O frasco é envolvido em papel preto, todo envolvido. Qualquer luz que incidir vai deteriorar a droga. Precisa ser usado com um aparelho, onde você determina quantas gotas por minuto, só tem como usar se tiver esse aparelho, pois não pode incidir luz alguma. A via é exclusivamente venosa (uso de curto prazo). Emergência cardíaca grave ou fulminante em cães. 
É uma droga extremamente perigosa, só deve ser usada em casos extremos. Não causa tolerância pois não mexe em receptor, forma NO por via diferente. Pode associar com dopamina. Meia-vida de poucos minutos.
Deteriorado pela luz: redução do íon férrico para íon ferroso. 
Ele é metabolizado primeiro em cianeto e este é transformado em tiocianato. A dose tem que ser calculada em cima do metabolismo, pois cianeto é tóxico, há formação de metaglobulinas que não carreiam O2. 
Antídotos: hidroxicobalamina, tiossulfato e ou nitrato. 
Hidroxicobalamina transforma cianeto em cianocobalamina (vitamina B12).
Tiossulfato transforma cianeto em tiocianato.
O nitrato desfaz a metahemoglobina.
Ventilar com oxigênio a 100%. 
Antiarrítmicos
São drogas usadas para combater a arritmia cardíaca. Algumas arritmias atriais não precisa fazer nada, são simples. Há arritmias ventriculares que são potencialmente fatais. Arritmia emergencial só com desfibrilador. 
São divididos em classes, há 4:
Classe I ou bloqueadores de canais de sódio: vão atuar na despolarização cardíaca. São denominados estabilizadores de membrana = impede a despolarização de membrana. Eu vou interferir na arritmia fazendo que menos canais de sódio se abram, não vou bloquear todos senão o animal morre. Essas drogas bloqueiam os canais rápidos de sódio, reduzindo a velocidade de ascensão da fase 0, sendo que a condução pelo miocárdio desacelera. São mais usadas na taquiarritmia ventricular. 
Há três subgrupos, de acordo com o efeito na repolarização. 
IA (um A): prolongam a repolarização. Exemplos: procainamida, quinidina, disopiramida e tocainida.
IB: aceleram a repolarização. Podem prolongar período refratário no tecido lesado, assim as células não respondema estímulos anormais. Exemplos: lidocaína (I.V) e seus derivados, fenitoína. A lidocaína como anestésico local impede a abertura dos canais de sódio, aqui nesse caso não funciona como anestésico. Se durante a anestesia local, acidentalmente pegar uma veia e injetar, vai causar arritmias em animal normal. 
IC: tem pouco efeito sobre o potencial de ação. Ele não atua na repolarização. Exemplos: propafenona e flecainida. 
Classe II: bloqueadores beta-adrenérgicos, propranolol e esmolol. Previne a entrada de cálcio nas células miocárdicas. Quando se usa um agonista de receptor beta1, há aumento da força e freqüência cardíaca, pois o agonista ativa AMPc, que fosforila a PKa, que abre canais de cálcio, que atuam no retículo sarcoplasmático fazendo com que saia mais cálcio. Quando uso um bloqueador, a cascata não ocorre, diminuindo a quantidade de cálcio dentro do coração. Há redução na velocidade de condução, prolonga período refratário, diminui automaticidade (capacidade do coração de bater sozinho sem inervação). 
São inotrópicos negativos: diminuem a força de contração. Reduzem o consumo de O2 pelo miocárdio; indispensável no pós-infarto (para evitar as arritmias). 
Classe III: são bloqueadores de canais de potássio. Vão interferir na repolarização cardíaca. Exemplos: amiodarona, bretílio, sotalol (é um beta bloqueador, mas tem ação maior sobre os canais de potássio) e dofetilida.
Prolongam a repolarização e não alteram a fase de despolarização. Reduz automaticidade cardíaca, prolongam os potenciais de ação, aumentam o período refratário, aumentam o limiar de fibrilação. 
Em um paciente com insuficiência cardíaca e arrítmico, não posso dar beta bloqueador, mas posso dar outros anti-arritmicos que não irão mexer no inotropismo, o coração vai contrair com a mesma força.
Classe IV: bloqueadores dos canais de cálcio. Exemplos: verapamil (maior afinidade pelos canais de cálcio do coração) e diltiazem (atua tanto nos canais do coração quanto do vaso). A sístole ocorre na fase 2. 
Os canais de cálcio despolarizam o nó SA, iniciam a excitação-contração.
Efeitos das drogas: reduzem a freqüência cardíaca e causam vasodilatação discreta. Reduzem velocidade de ascensão; aumenta o tempo de condução sinoatrial; reduzem a taxa de despolarização; são inotrópicos negativos.
Efeitos colaterais da classe I: têm baixo índice terapêutico: não é uma droga segura. Podem ser arritmogênicos (IA e IC). São inotrópicos negativos. A lidocaína em dose alta pode causar nistagmo, convulsão, etc. 
(não precisa saber efeito colateral de cada droga). 
Ver efeitos colaterais de cada classe. 
Bradiarritmias
São causadas por aumento do tônus vagal. Tônus vagal é aumentado por: anestesia, lesões do SNC, função sinusal carotídea anormal, doenças respiratórias. Drogas anticolinérgicas são usadas, pois o nervo vago é colinérgico, libera Ach que no coração atua em receptores muscarínicos tipo I. Atropina é utilizada.

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