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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 10 – 12/11/14
Fluidoterapia
A maioria dos desequilíbrios vêm associados: hidroeletrolíticos, podendo vir associados com uma terceira situação, que é a acidose. Alcalose é muito raro, a não ser por intoxicação com ureia. Vamos preocupar mais com pH ácido. 
Filhotes têm mais água. De quando nascemos até quando estamos perto de morrer, há uma perda de água. Há uma desidratação crônica. 85% do peso corporal de um filhote é água. À medida que ele vai ficando adulto, vai desidratando. 
Machos têm mais músculo que fêmeas, isso por causa de hormônio do macho. Testosterona aumenta massa muscular. Estrógeno é hormônio que aumenta gordura. Músculo precisa de mais água que a gordura. 
Obesos e idosos: têm menos água, geralmente 50% do peso corporal. 
Há dois compartimentos importantes. LIC e LEC: líquido intracelular e liquido extracelular. A LEC tem três espaços: intersticial (70%), plasmática (25%) e transcelular (5%) = líquido sinovial, humor aquoso. A água contida no sistema digestório de grandes ruminantes pode corresponder de 10 a 15% do seu peso. 
Adultos têm mais água dentro das células. Lactentes têm mais água fora das células do que dentro, por isso filhotes correm maiores riscos de desidratação. 
O filhote recém-nascido renova 50% da água do corpo. Nós adultos perdemos em torno de 1/8 da água corporal por dia. se perde água pela pele, pulmão, rins, fezes e leite. A obtenção de água é exógena (de fora do corpo) e endógena (água que o nosso organismo produz). 
A água não está sozinha, está cheia de eletrólitos. Íons mais importantes da fluidoterapia: sódio, cloro, potássio, cálcio e bicarbonato. Em ruminantes, posso acrescentar o magnésio como íon importante. O potássio é o íon que mais prevalece dentro das células. 
O que mantém o potássio dentro da célula? Gradiente elétrico e transportador enzimático. A bomba sódio e potássio joga sódio pra fora e potássio para dentro. Toda vez que a glicose é colocada dentro da célula para ser armazenada como glicogênio (pela insulina), esse glicogênio precisa de potássio para ficar estável dentro da célula. Toda vez que o organismo armazena glicogênio dentro da célula, potássio foi junto. Se por outro lado eu estou em jejum, preciso usar glicogênio. Glucagon e adrenalina fazem quebra do glicogênio, adrenalina faz a gente tremer quando estamos com fome. O potássio sai junto com a glicose (provinda do metabolismo do glicogênio). 
Metabolismo protéico também interfere na concentração de potássio sanguíneo. Toda vez que há síntese de proteína, aminoácido entra para sintetizar proteína, e arrasta potássio (anabolismo). No caso contrário, de catabolismo, quebra de proteínas em aminoácidos, vai sair potássio. 
A quantidade de potássio na célula não vai causar alterações. O problema é o potássio sanguíneo, se houver um desequilíbrio, vai levar a problemas. Pode ter variação no potássio intracelular, sem nenhum sinal clínico. O problema é sua variação no sangue, que vai levar ao aparecimento de sinais clínicos.
No caso de acidose: tenho excesso de hidrogênio dentro da célula. Se começa a acumular positivo dentro da célula, tenho que jogar pra fora positivo. Vai ser descartado potássio. Sua concentração sanguínea vai subir. Se houver um quadro de alcalose, o potássio sai do sangue e entra na célula. 
O sódio é o íon positivo mais importante fora da célula. O metabolismo protéico interfere na sua concentração. No anabolismo, há arraste de sódio para dentro da célula. O potássio geralmente entra 0,3 mEq/L, no metabolismo protéico ou no metabolismo de carboidrato. No caso do sódio, há entrada de 20 mEq/L. Isso é importante em cães grandes, principalmente para exposição, dá anabolizantes para o animal. isso desequilibra as concentrações de sódio e potássio. 
Há dois ânions importantes: cloreto e bicarbonato. O cloreto está junto com o sódio. Em segundo lugar acompanha o potássio, mas prefere o sódio. A relação entre cloreto e bicarbonato, é inversa. Todos os dois são mais concentrados extracelulares. Se um sobe, o rim tem que jogar o outro fora. Se há excesso de cloreto no sangue, o rim vai jogar bicarbonato fora, e vice-versa. Eles são antagônicos, pois são negativos todos os dois, se subir ou baixar os dois ao mesmo tempo, vai dar problema. A proporção entre ácido carbônico e bicarbonato é de 20:1. O pH sanguíneo é levemente alcalino, de 7,4. 20 de bicarbonato para 1 de ácido carbônico. 
A osmolalidade plasmática é normal se tiver entre 270 a 300 mOs/L de água. As substancias osmóticas importantes são: glicose, ureia e sódio. Uremia, excesso de ureia no sangue: quando há insuficiência renal crônica. O paciente geralmente tem osmolalidade alta. O paciente diabético, desidrata com facilidade por conta disso, a glicose subiu. Na tentativa de jogar fora glicose, ele joga fora glicose. Joga fora muita água. 
Desequilíbrio hidroeletrolítico: ou a parte hídrica, ou a parte eletrolítica, ou os dois juntos estão alterados. 
Pode haver desidratação ou hiper-hidratação, que praticamente só acontece quando há insufiencia renal. Nosso rim não permite que fiquemos hiper-hidratado (um rim saudável). O mais comum é a desidratação. 
DESIDRATAÇÃO
(áudio)
Classificação quanto à intensidade: desidratação leve, perda de até 6% do peso corporal. Como eu vou saber se o animal perdeu até 6%? Eu vou observar que o animal com desidratação leve não tem sinal clínico que indique. Eu sei que ele está desidratado, mas ele não tem sinal clínico de desidratação. Então o animal não perdeu mais de 6%. 
Desidratação média: perde entre 6 e 8%. Um dos testes clínicos que eu posso fazer é puxar a pele. Se ela voltar lentamente, o animal está entre 6 e 8% de desidratação. 
Grave: perda acima de 8%, a pele não volta sozinha. 
Choque: dependendo da velocidade com que se perde a água, a perda de 12% já entra em choque. Se a perda for lenta, pode perder até 15% para entrar em choque. O tratamento do choque circulatório é totalmente diferente do que vamos falar de fluidoterapia. 
Se eu falo que um animal está com desidratação hipertônica = o sangue do animal está mais concentrado que o normal. concentração de sódio maior que 150 mEq/L = hipertônica, entre 140 e 150 isotônica, menor que 140 hipotônica. Se o animal estiver perdendo água e sódio proporcionais, ele está com menos água, mas a relação água-sódio está normal. Isso é uma desidratação isotônica, a tonicidade do sangue não alterou. Se o animal perde mais água que sódio, a relação fica hipertônica. Se perde mais sódio que água = hipotônica. 
Em humanos, há mais sódio no sangue que no suor. Equinos têm suor hipertônico comparado ao humano. Eles têm o suor mais concentrado em sódio que o sangue. Cães que desidratam por calor, vão perder só água. Equinos perdem água e sódio. Tenho que usar líquidos diferentes para hidratá-los. 
O eqüino correu muito. Às vezes se dá soro glicosado para o animal. O cavalo tinha que ter tomado água com sódio. Se usar o soro errado, posso matar o animal. 
Tenho um cão senil diabético. Sua glicose está 300. Meu animal está com desidratação hipertônica por excesso de soluto. Agora se ele estiver nessa proporção, porque ele está há uma semana com vômito e diarreia, essa desidratação é por dessecação celular. Animais diabéticos têm poliúria, na tentativa de jogar glicose fora. A poliúria seria fisiológica, é uma forma do organismo de abaixar a glicemia. 
Desidratação hipotônica: pode ser isovolêmica, hipovolêmica, hipervolêmica (hiperhidratação). Isovolêmica: não perdeu água, perdeu soluto, perdeu muito sódio. Em algumas doenças renais, o animal perde a capacidade de reabsorver sódio. Seria casos na deficiência de aldosterona. 
Hipotônica hipovolêmica: está perdendo mais água que sódio. Também em algumas doenças renais. 
Hipervolêmica: não é desidratação, é hiper-hidratação. A volemia está alta, estou com excesso de água em relação ao sódio. Meu rim está com uma doença que ele não consegue jogar água fora. Geralmente presente na insuficiênciarenal aguda (como em casos de animal picado por cobra, imuno-complexo se deposita em arteríola renal aferente). 
Temos que saber se o animal está com desidratação hipotônica ou se ele está hiper-hidratado. A relação sódio água está 110 mEqNa+/L. Podem ter duas coisas erradas: falta de sódio ou excesso de água. 
Se o problema for hiper-hidratação, o animal vai ter edema. Dilução do sódio: edema pulmonar. No caso de perda real de sódio, mucosas normais ou secas, hipotensão, taquicardia, volume circulatório normal ou baixo, hematócrito alto (VG), jugulares colabadas. Diluição do sódio: edema cerebral, mucosas úmidas, hipertensão, bradicardia, sobrecarga circulatória, hematócrito baixo, pulso jugular positivo (geralmente demonstra hipervolemia ou insuficiência cardíaca). 
FLUIDOTERAPIA
Mesmo que o animal não tenha perdido eletrólitos, não posso injetar líquido puro, que seria água destilada. Para repor os líquidos corporais, preciso de soluto e solvente. A fluidoterapia serve para ter um vaso canulado, como no caso de cirurgias. A fluidoterapia serve para diluir medicamentos irritantes. O grande uso da fluido é para hidratar animais desidratados.
Há líquido de manutenção: eu não vou mexer na composição do sangue, eu vou simplesmente mantê-la. Esse líquido que usamos em centro cirúrgico é de manutenção. Vou repor as perdas diárias. Nós mamíferos perdemos mais ou menos de 40 a 60 mEq/l de cloreto e sódio e 10-40 mEq/L de potássio. 
Líquido de reposição: usado para repor ou manter a volemia em paciente com função renal normal. Aqui é para repor as perdas não fisiológicas. 
O único líquido pronto que tem potássio é o ringer. O líquido de manutenção e de reposição são denominados cristalóides.
Colóides
Água mais uma molécula coloidal, não é a molécula em forma de cristal. Podem ser naturais: proteínas plasmáticas oriundas de animais, principalmente albumina. Sintéticos: moléculas grandes manipuladas, dissolvidas em salina normal ou glicose. Colóides são usados quase que exclusivamente no choque circulatório.

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