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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 2 – 30-09
Avaliações: 11/11 ; 19/01 ; 10/02
As bases estratégicas da nutrição animal
Há uma adaptação da boca/bico do animal ao tipo de alimento que ele ingere. Nós temos um território que produz o que é básico para alimentação de animais: milho e farelo de soja. Farelo de soja = fonte protéica. Milho = fonte energética. Nossa produção de animais é muito grande, principalmente na região central do país. Do custo de produzir um quilo de carne, de 65-70% desse custo é gasto com ração. O custo da mão de obra geralmente não chega a 12%, é um custo relativamente baixo. A vacinação, não chega a 5%. Reduzir mão de obra, ou reduzir a utilização de vacinas, tem impacto pequeno no custo. 
O calor atrapalha na qualidade do ovo. É colocado na ração da galinha bicarbonato de sódio, como forma de substituir o sal de cozinha, a fonte de sódio. Quando está calor, a galinha respira mais rapidamente (hiperventilação), eliminando mais CO2, diminuindo a quantidade de CO2 para a produção de bicarbonato. 
O leite nos oferece nutrientes como gordura, lipídeos, cálcio. Quanto ao carboidrato, que é lactose, nós adultos não conseguimos digerir, pois não temos mais lactase. Algumas pessoas têm intolerância á lactose, pois criam anticorpos contra a lactose que é reconhecida como antígeno. 
Para suínos, geralmente há 4 rações iniciais, com níveis decrescentes de lactose, para adaptação dos leitões. A porca só entra no cio após haver o desmame. Em média se desmama um leitão entre 18 e 21 dias. a porca poderia amamentar até 60 dias, mas isso não é vantajoso. 
Nós temos uma digestibilidade muito alta. Os alimentos são tão industrializados, que já vêm praticamente digeridos. No caso do arroz integral, ele é amarelo por causa de fibra. Quando é industrializado, ele fica branco, sobra só amido. 
A base da ração é energia. Tirando os ruminantes, os monogástricos comem para satisfazer sua exigência energética (com exceção de nós). Na natureza, não se vê animais com grande reserva de gordura, ele como para satisfazer sua exigência energética. Eu preciso conhecer o TGI do animal para o qual eu quero formular a alimentação. Uma galinha poedeira, no pico de postura, ela precisa de 300kcal de energia por dia, para se manter e produzir ovos. 
A ração é formulada na forma de pelet, duro, para que por ação mecânica, faz o papel de limpeza higiênica da boca. 
Eu começo a fazer a ração pelas exigências energéticas. Depois, eu vou embutir as outras exigências. Tem que ter toda a exigência de aminoácidos embutida nessa ração. 
Em ruminantes, as coisas funcionam diferentemente. Se faz um substrato para as bactérias do rúmen. A grande concentração de proteínas vem das bactérias. Essas bactérias entram como células dentro do intestino delgado, e vão ser digeridas. Eu alimento a flora bacteriana. Se eu alimentar um ruminante só com ração, vou produzir uma flora bacteriana proteolítica e amilolítica, isso não me interessa, é interessante ter uma flora celulolítica. 
Ainda tenho que fazer suplementação com minerais e vitaminas. Ainda vem os aditivos. Uma ração de cão tem vários aditivos, que colorem a ração, vão dar sabor à ração (muito mais odor do que gosto). Tem que ter cuidado com a ração do cão aberta por muito tempo, para que não perda o aroma, sendo que o cão não se sente estimulado a comê-la. 
Para suínos, precisa-se adicionar lisina. Toda vez que a ração é feita com milho e farelo de soja, eu não consigo atender a exigência do animal de lisina. Poderia atender se aumentasse a concentração de farelo de soja, mas estouraria todas as outras exigências. É mais vantajoso incluir a lisina sintética. Para aves, tem que adicionar metionina sintética. Para o suíno, a lisina é o primeiro aminoácido limitante, assim como a metionina é para as aves. 
Antibióticos são usados na ração. As aves são criadas extremamente juntas. Esses antibióticos são usados para limpar o TGI. Probióticos = bactérias desejadas para o TGI. A gema tem capacidade de nutrir o pintinho por mais ou menos 48h. A gema é rica em gordura, que é fonte de energia. No processo de digestão da gordura, há produção de água metabólica. A metabolização da gordura é o composto que mais nos rende água metabólica. Até o 19º dia, a gema está extra-animal, está fora do animal. A gema só é usada após o animal nascer. As vezes se coloca leite para os pintinhos, para dar substrato para os lactobacilos. É interessante tomarmos probióticos (yakut) todos os dias. As bactérias dentro do intestino, por competição, ocupam os sítios de ocupação de bactérias indesejáveis, como E. colli e salmonella. 
Coccidicidas: são usadas muito nas rações de suínos e aves. Eimerias usam a parede do intestino para se multiplicarem. Isso interfere com a capacidade de absorção do intestino. Existem Eimerias que causam diarreias sanguinolentas. Esses coccidicidas controlam as Eimerias. No caso da ave, não se pode usar coccidicida em uma galinha adulta, pois interfere na produção de ovos. Para essas aves, geralmente se usa vacinação. 
Exoenzimas: algumas enzimas são utilizadas. Se a ração custa 70% da produção, o ideal seria o animal comer e não defecar nada. O endosperma do milho, tem amido. Glucanos e xilanos = carboidratos de 5 carbonos. Não há enzimas para digerir esses carboidratos. Como quero tirar o máximo proveito da ração, coloca-se exoenzimas, que são colocadas na ração, aumentando o valor energético da ração. Se usa bastante em aves e suínos. Essas exoenzimas funcionam também para fatores anti-nutricionais. Todo o fósforo dos vegetais (milho, soja, amendoim, todos têm fósforo), está em uma forma de armazenagem = fitato; o animal não vai digerir esse fósforo. Um dos maiores contaminantes do solo são as granjas de suínos e aves, principalmente de suínos, pois no caso das aves tem a cama. Nitrogênio e fósforo é um problema, pois polui muito, está presente nas fezes. Foi desenvolvida uma exoenzima = fitase, que consegue degradar o fósforo. 
Ao desnaturar uma proteína (fervura do leite), aminoácidos ficam indisponíveis não pela destruição da proteína, e sim porque a desnaturação favorece a ligação da proteína como outras moléculas como ferro, formando quelatos, que não são degradados. Existem quelatos que são biodisponíveis, outros não.

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