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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 3 – 06/10/14
Quando vou formular uma ração, um dos principais é a energia. Em monogástricos: eles comem para satisfazer sua exigência energética. Vou sempre formular uma ração em cima da energia. Junto com isso tem a parte de minerais, de proteínas, gordura e fibra. A fibra é sempre importante. A energia vem dos carboidratos, dos lípides e das proteínas. Todo aminoácido que como em excesso, a maioria deles é glicogênica. O excedente de aminoácido é transformado em açúcar, em fonte de energia. Mas é uma energia cara. Não me interessa trabalhar com uma proteína muito alta. É cara para meu bolso e cara para o animal. eu tenho que entender o tipo de animal que estou alimentando. Se estou alimentando um cão ou um gato, o carboidrato tem que ser o mais pronto para digestão, pois eles não digerem fibra. Se eu pegar uma arroz integral, eu vou comprometer a digestibilidade desse animal. No caso de suínos de reprodução, é desejável aumentar o teor de fibra da dieta. As porcas gestantes (quase 4 meses de gestação), elas tem o comportamento de ficar deitadas o tempo todo. Uma dieta com baixa fibra estimula pouco a movimentação intestinal. O alimento ao chegar ao intestino grosso, como o animal não levanta, não vai defecar, esse bolo fecal vai ficar cada vez mais seco, tendo ainda mais dificuldade para evacuar. Muitas vezes ela faz muita força = prolapso retal, eu perco o animal para reprodução. Na fêmea suína, quero uma ração com mais fibra. Vou colocar carboidratos que tenham amido, mas tenha também fibra.
Rações de frango, suínos, cão, tem um teor de energia muito alto. Eu não consigo atingir esse nível de energia se eu quero fazer uma ração. O farelo de soja é fonte protéica, mas ele não é só protéico, ele tem alguns carboidratos, amido principalmente. Em termos de energia, o farelo de milho tem 3360 kcal/kg (em energia metabolizável). Já o farelo de soja, tem 2350 kcal/kg. Se eu for fazer uma ração, 65% de farelo de milho (2184 kcal/kg) e 30% de farelo de soja (705 kcal/kg), vou ter uma ração com 2889 kcal/kg. Do lado da proteína, o milho tem 8% de proteína bruta, enquanto o farelo de soja tem 13,8%. Vou ter 19% de proteína bruta. Se eu for alimentar um suíno com essa ração. Ele tem que comer 6500 kcalEM/dia (quilo calorias de energia metabolizável por dia). Isso no caso de um animal na fase de engorda. Em cada mil gramas dessa ração, tem 2889 kcal. Faço uma regra de três, meu animal vai ter que comer 2250g de ração por dia, ou 2,25 kg. Suponhamos que meu suíno não consegue comer mais que 2kg de ração. Se ele só pode comer 2kg de ração. Não posso fazer uma ração com 2889kcal, vou ter que fazer uma ração que tenha 3250kcal/kg de ração. Tenho que usar um elemento mais energético. Vou ter que usar gordura. O óleo de soja que comemos, tem 8800 kcalEM/kg. Eu faço rações mais energéticas para o animal comer menos ração, ou comer ração dentro da capacidade do TGI dele. Cada espécie animal tem uma capacidade X de ingestão de alimentos por dia. Essa capacidade está relacionada com o diâmetro do tubo GI e a velocidade de transito = o animal comeu e defecou um certo tempo depois. 
Tomar líquido com alimento, dizem que não pode, mas podemos sim. Precisamos disso para facilitar o trânsito do alimento. Equinos, ao comerem alimento muito seco, salivam até 50 litros por dia. Nossa saliva não é suficiente para a digestão. 
Sempre que aumenta teor de fibra, diminui a energia. Se o tubo gástrico fica vazio, dá a sensação de fome. Eu comendo fibra, dou a sensação de satisfação, com um baixo valor energético. Contudo, todas as vezes que dou fibra, aumento a velocidade de passagem = maior volume de fezes, pois digeriu menos, a fibra atrai água, saem em maior volume. 
Proteína bruta hoje, com exceção dos ruminantes, pouco me interessa. O que eu preciso organicamente são aminoácidos. eu tenho que me preocupar com a qualidade da proteína. Para ruminantes, coloca-se ureia. Com a ureia, chego a uma ração de 26% de proteína. Uma ração de ruminantes, com ureia, eu encontro 24% de proteína, mas na verdade é um nitrogênio que não é protéico. O que me interessa em monogástricos são os aminoácidos. Se eu quero uma ração barata, coloco farinha de sangue, podendo chegar até a 90% de proteína. Contudo, é uma proteína de baixa diversidade de aminoácidos. Contudo, é uma proteína que é pasteurizada, ao autoclavar a farinha, acabo fundindo aminoácidos em um quelato que não tem mais importância nutricional. Em poligástricos, a flora bacteriana que é a fonte protéica. O ruminante é um bacteriófago. Nas dietas de monogástricos, me interessam aminoácidos essenciais. 
Vou encontrar fósforo, cloro, potássio, selênio, são minerais presentes na ração. O cálcio vem do calcário, que é uma rocha. Algumas rações usam farinha de conchas, que é uma fonte de cálcio. O fosfato bicálcico é usado como fonte de fósforo. Fósforo total não me interessa, me interessa o fósforo biodisponível. Na rocha o fósforo se liga a outros minerais que o tornam indisponíveis. 
Estão faltando as vitaminas. Elas são aditivadas na ração. 
Cobalto é um mineral, não é necessário sua adição na ração de suínos. Já na ração de ruminantes é necessário. O cobalto é substrato para as bactérias do rúmen produzirem vitamina B12. É um premix = pré-mistura de pequenas quantidades. No monogástrico tem que ter vitamina B12. No ruminante, não preciso colocar vitamina B12, basta colocar o cobalto na ração ou no sal. A vitamina B12 é uma metalovitamina. Coelhos tem um intestino muito semelhante ao cavalo. Durante a noite o coelho come fezes cecais. No cecum é onde estão as bactérias, que vão fermentar as fibras. Na ração dos coelhos geralmente tem cobalto. Se eu encontrar um cavalo comendo fezes = falta de vitamina B12. 
Selênio: a quantidade de selênio tem uma exigência muito baixa (2mg/kg de selênio na ração). Contudo, se eu não colocar na ração da ave, vai ter diátese exsudativa, pois o selênio faz parte de uma enzima que é antioxidante (glutationa peroxidase), havendo problema de oxidação, os capilares são oxidados, há extravasamento de sangue abaixo da pele. A ave fica roxa, pois derramou sangue no subcutâneo por deficiência de selênio. Seria 2g de selênio em uma tonelada. Como misturar isso tudo, para ficar homogêneo? Usam-se premix, que dão volume, podendo tornar isso homogêneo. 
São adicionados alguns antibióticos também, mas há protocolos internacionais, esses antibióticos não são usados em humanos. 
O Brasil é o 2º maior exportador de aves do mundo. Só existe frango industrial branco. O canhão da pena (onde a pena se prende) branco sai mais facilmente, e mesmo que fica não dá um aspecto ruim à carcaça. Nas linhas puras, há o grupo A e B, que é chamada linha macho. Há machos e fêmeas nessa linha macho. Essas fêmeas têm uma genética que eu quero que apareça nos machos: ossatura resistente, mais produção de carne, menos produção de gordura. Os grupos C e D é linha fêmea. Há machos que ao cruzar com a fêmea vai dar características que eu quero: produção de ovo, tamanho de ovo. Das linhas puras, vou produzir as avós. Essa linha pura ou as avós são importadas da Europa ou EUA geralmente. As avós vêem linha macho (macho e fêmea) e linha fêmea (macho e fêmea), que cruzadas me dá as matrizes, que cruzadas me dá um híbrido, que é o somatório da linha macho com a linha fêmea. Esse híbrido é o frango de corte. A nutrição desses animais é diferente (ao nível de linhas puras, avós, matrizes e frango de corte). 
O galo fica junto com as galinhas (matrizes). A cabeça do macho é maior, o comedouro das fêmeas tem uma gradinha, o galo não consegue colocar a cabeça para comer. O comedor do galo é alto, a galinha não alcança. Os níveis nutricionais são bem diferentes. Um casal de matrizes, durante o período comercial, chegam a produzir 180 ovos, que chocados, geram mais ou menos 140 pintinhos de corte. 
Até 8-10 dias, os pintinhos têm dificuldade de manter a homeotermia, tenho que colocar em galpões fechados. A ração para o pintinhoé colocada no chão também, pois ele só sabe comer no chão. Vai colocando a comida em comedouros também, para eles irem aprendendo. Tem que ter o bebedouro do lado do comedouro, pois a ave bebe 2-3 vezes a quantidade que come. Geralmente se regula o comedouro pela altura do peito da ave. O bebedouro geralmente é regulado de forma que a ave tem que esticar o pescoço para beber. 
Para cada idade do frango de corte, eu tenho uma ração diferente. Galinha poedeira é diferente. Comer ovo de galinha caipira é um risco grande. 1cm² da casca tem em média 100 poros. O ovo respira. O ovo é um útero, as trocas gasosas têm que acontecer. O ovo de galinha pra consumo humano, tem que ser de galinha criada em gaiola. Não pode ser ovo que a galinha botou no ninho, pois a temperatura interna da ave é em torno de 41 graus. Quando ela bota o ovo, ele está a essa temperatura. Ele vai esfriar, vai chegar pelo menos à temperatura ambiente. Na hora que ele esfria, a casca não muda, pois é mineral, mas o conteúdo interno encolhe. Aquela câmara dentro do ovo, não existe quando a galinha bota. Aquela câmara é formada por pressão negativa, puxa a câmara. Quando o pintinho vai nascer, ele projeta o bico na câmara. O pintinho nasce com um dente pequeno, que se solta quando ele quebra a casca. Na hora que o ovo esfria, ele puxa de fora pra dentro a sujeira de microorganismos. As galinhas de granja, há coleta de ovos 8 vezes por dia. Geralmente as galinhas botam antes do meio dia. Essa coleta é feita várias vezes para o ovo não esfriar no ninho. O ovo caipira é amarelo pois a galinha pasta, come capim, o capim fornece xantofila, que dá a cor amarelada ao ovo, às canelas e ao bico dessas aves caipiras. Atualmente, em granjas, se dá algumas substancias na ração para o ovo ficar amarelo (natuovos). Usa-se carotenóides.
Um casal de linha pura, chega a produzir 180 milhões de ovos. 
Na quaresma a galinha caipira não bota ovo. O dia é mais curto. A galinha precisa de 15h de luz para ter estímulo hipofisário, que estimula a secreção hormonal. Geralmente se dá 16h de luz para a galinha. De janeiro a junho a luz natural diminui, dou mais luz artificial. De junho a dezembro, a luz natural aumenta, diminuo a luz artificial. 
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O Brasil é o terceiro país que mais produz suínos. Comemos pouca carne de porco, só 13kg/ano. Já europeus, chegam a comer 60kg/ano (cada pessoa). Uma porca industrial produz 22 leitões por ano em média. A porca caipira, produz 5,4 leitões por ano, muitos leitões são mortos pela mãe que deita em cima da prole. 
Há as granjas núcleo (avós). Granjas multiplicadoras, que são divididas em dois tipos de produção; UPL: unidade produtora de leitão. Tem outra forma, que tem maternidade, creche, terminação e frigorífico.

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