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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 6 – 14/10/14
Boca: apreensão, seleção, mastigação, salivação e deglutição. A boca exerce um papel importante na digestão. O cavalo tem capacidade de selecionar o alimento enquanto está pastando, graças aos lábios muito móveis. Nos bovinos, os lábios são extremamente importantes no processo de ingestão de água. Uma vaca de leite chega a ingerir 70-80l de água por dia. 
Nos suínos, os dentes molares são bem desenvolvidos. Eles têm a característica de mastigação. É preciso que os componentes da ração sejam bem finos, para que facilite o processo mastigatório deles. Contudo, não posso fazer o milho muito fino, pois é um grande risco para provocar úlcera gástrica. Usamos um DGM = diâmetro geométrico médio, de 650-700 micrometros (micras?). 
O cão tem uma dentição com caninos bem desenvolvidos para rasgar o alimento. Quando dou uma ração seca para o cão, ele vai mastigar. A ração é peletizada, bem dura, firme. Isso é importante, pois desenvolve musculatura (masseter) além de funcionar como uma escova, para retirar os tártaros dos dentes. Colocar algo para amolecer a ração não é interessante. Os gatos são da mesma forma. 
Os equinos têm capacidade de flexibilidade dos lábios e mandíbula. Os incisivos bem desenvolvidos servem para cortar o alimento. Eles são extremamente seletivos, ao contrário dos bovinos. 
No caso das aves, quanto mais fina é a ração mais difícil é a apreensão. Às vezes se usa óleo para agregar as partículas e tornar a apreensão mais fácil. Quanto mais grosseira é a ração, mais tempo ela fica na moela, mais HCl é secretado pelo ventrículo. O ceco da ave é “duplo”. Há uma carga bacteriana bem desenvolvida. As fezes cecais têm consistência e cheiro completamente diferente das fezes normais. Geralmente de 1 a 2 vezes ao dia, defecam fezes cecais. Para pessoas leigas, às vezes pode achar que é diarreia, pois são fezes pastosas e mal cheirosas. Esse ceco tem movimentos peristálticos diferente do restante do intestino. Há descargas periódicas quando o cecum está cheio. 
Coelhos mastigam bastante o alimento. 
Cada TGI tem uma dinâmica para poder preparar o alimento para a digestão. Peixes carnívoros têm uma forma de dentição bem diferente. Um jacaré, que não mastiga, engole e o alimento é digerido no estômago. 
A boca tem outros acessórios, como língua e glândulas salivares. Há glândulas salivares que produzem saliva aquosa, e aquelas que produzem saliva pastosa. As aves, têm saliva pastosa, faz o alimento fluir mais facilmente pelo esôfago. Em contrapartida, no caso de um eqüino, bovino, a quantidade de saliva aquosa que produzem é muito grande, precisam dessa saliva para ajudar no processo de digestão. Um eqüino, chega a salivar 50l por dia, essa salivação vai depender do alimento que ele está ingerindo. No caso de feno, o animal vai salivar uma média de 4l de saliva para um kg de feno ingerido. 
Funções da saliva: facilita a mastigação. Funciona como solvente. Contribui na digestão dos carboidratos, embora o tempo de permanência do alimento na boca é muito curto, não dá para a amilase ter uma ação muito significativa. Lubrifica os alimentos e os tecidos bucais. Atua como tampão. Limpeza da cavidade bucal. Inibe o crescimento de microorganismo. Bactericida. Defesa imunológica. 
O ruminante tem um período de ruminação de em média 8h/dia. No rúmen, há uma grande produção de gases metano e CO2. O ruminante tem um mecanismo silencioso de eructar. A saliva ainda tem outra função: antiespumante, contribui para diminuir a produção de espuma dentro do processo fermentativo. Se essa produção de espuma estiver aumentada, causa timpanismo. 
80% da casca do ovo é feita durante a noite. Uma casca leva em média 20h para ser construída. O ovo por inteiro demora cerca de 24h para ser produzido. A casca começa com uma membrana, essa membrana começa a ser calcificada. Um ovo, em média, tem 100 poros por cm². A galinha necessita de 4-4,5g de cálcio para fabricar cada casca. As aves têm um osso medular. Por volta de 12-15 semanas de idade, a ave começa a desenvolver nos ossos longos esse osso medular, que funciona como depósito de cálcio. Na medida que a noite não há uma absorção de cálcio, a galinha tira cálcio do osso. No período da manhã, quando começa a ingerir, ela devolve o cálcio para o osso. O animal pode ter uma deficiência de cálcio. Fatiga de gaiola: algumas aves morrem na gaiola, na necropsia não é identificado nenhum problema. Se pego a tíbia e faço análise de minerais, vou ver que a ave está com uma baixa taxa de minerais. A medida que há uma perda de animais, o animal tem dificuldade de ficar em pé, não alimenta = inanição, morte. Geralmente é oferecido o calcário em forma de pedrisco. Muitas vezes a fonte de fósforo que eu uso na ração de aves e suínos, é a farinha de carne e ossos. O que menos me interessa na farinha de carne e ossos são proteínas. O que mais me interessa é o fósforo. Contudo, esse osso, tem que estar finamente moído. A galinha não tem dente, e o suíno não consegue triturá-lo. Esse osso, se não moído, vai ficar retido na moela, não tendo tanto valor nutricional. Tenho que saber qual a concentração mineral da farinha. Não quero uma farinha com mais de 38% de proteína. Essa farinha tem que ter uma textura muito fina, tem que ser bem moída. No caso de galinhas jovens, se faltar fósforo, vai faltar cálcio também, pois há um equilíbrio entre esses dois minerais. Em animais jovens, causa osteomalácia. Em adultos, osteoporose. É importante fazer a granulometria da farinha. 
Os fragmentos ósseos têm uma cor arroxeada (dentro da moela), devido ao sulfato de cobre, que é adicionado na ração. Para ver se é fragmento ósseo, colocar no clorofórmio, retira o cobre e deixa o osso branco.
No estomago, há a região esofágica (aglandular), cárdica (glandular), fúndica (produção de suco gástrico), pilórica (produção de muco). 
Nos bovinos, há as diferentes câmaras. O retículo é o mais cranial, a mucosa é semelhante a uma colméia. O rúmen é o maior compartimento, é cheio de vilosidades, não secreta enzimas, tem como papel armazenar, embeber, misturar e fracionar as partículas ingeridas. É uma área de grande absorção de ácidos graxos voláteis. No rúmen há uma concentração muito grande de água, essa água não pode passar para o intestino delgado. O omaso é folhoso, e tem grande capacidade de absorção de água. O abomaso funciona como estomago químico, aqui é feito a secreção do suco gástrico. o pH do abomaso é em torno de 2-3. O pH do rúmen é entre 5,5 e 7, com uma temperatura entre 39-40 graus. A água oferecida para o ruminante é sempre em tanques abertos e com insolação. A água deve ser de preferência morna, à temperatura do ambiente. Uma água gelada vai baixar a temperatura do rúmen. No monogástrico, eu faço o contrário. Eu preciso da água para roubar calor. Eu uso a água como controle de temperatura. No bovino eu uso a água para manter a temperatura rumenal, garantindo o processo de fermentação. O ruminante tem que comer continuamente, pois no processo de fermentação há produção de substancias tóxicas, que têm que sair. 
O suco biliar no intestino delgado vai contribuir para a digestão das gorduras. A digestão da gordura em um indivíduo saudável é a mais fácil de todas. O processo de digestão dos alimentos produz calor. A feijoada é rica em proteínas = do feijão, das carnes. Digerir proteína é dificultoso. Não é por causa da gordura que a feijoada é “pesada”. O processo de digestão tanto do churrasco quanto da feijoada gera muito calor. Mas no caso do churrasco, geralmente tomamos algo gelado junto. Essa bebida rouba calor, não causando tanto mal estar quanto no caso de comer uma feijoada. A gordura é a que mais dá energia, que mais produz calor, mas é a de mais fácil digestibilidade. Para saber se um individuo tem problemas hepáticos, geralmente se mede a gordura nas fezes, pois em um individuo saudável, dificilmente há liberação de gordura nas fezes. O suco biliar faz com que haja distensão da gordura em micelas, facilitandoa ação da lípase. Calor de digestão do alimento = incremento de calor. Se for usar o cavalo para tração, ou algo do tipo, não dar uma ração com muita proteína, dar uma ração mais gordurosa, mais energética e menos protéica, de forma que eu não saturo em termos de calor o animal. 
O eqüino tem, proporcionalmente, o menor estômago entre os animais. O cavalo é um animal que tem que comer pouco e frequente, assim como nós. Cólicas em equinos, geralmente ocorrem pois eu não segui essa dinâmica. O eqüino não tem vesícula biliar, a medida que eu dou alimento é que a bile é produzida e lançada no duodeno. A fibra vai passar direto pelo intestino delgado e vai no ceco, fazer fermentação bacteriana. Na nutrição do eqüino tenho que pensar em duas coisas: é um animal que não pode comer só fibra, ele não tem hidrólise enzimática no intestino delgado sobre a fibra. (as bactérias quebram a fibra, que é composta por glicose, em ácidos graxos voláteis: acético, propiônico e butírico; isso não é hidrólise). 
Amilase salivar: presente na saliva. Amilase pancreática: pâncreas. Maltase, isomaltase, sacarase, oligoglucosidase e lactase: intestino delgado. Eu não preciso esperar que uma ave tenha lactase, pois ela não é um mamífero. Glucanos e xilanos, têm 5 carbonos e não 6. Glucanos e xilanos são exemplos de fibra solúveis, presentes em iogurtes. Eles absorvem água e carregam gordura para fora do organismo. Alguns emagrecedores usam essas substâncias para jogar gordura para fora do organismo.
As proteínas estão ligadas por ligações peptídicas. Com ação enzimática, haverá liberação de aminoácidos, que vão ser absorvidos pela parede intestinal. A pepsina, no estomago, quebra a proteína bruta de forma aleatória, indiscriminada. O tripsinogênio produzido pelo pâncreas, se ativa em tripsina, age sobre a proteína bruta em lugares pontuais. Quimotripsina, produzida pelo pâncreas e ativada pela tripsina. Elastase, carboxipeptidase A e B também são produzidas pelo pâncreas. Aminopeptidases, dipeptidases, nucleases e nucleotidases são produzidas pela parede do intestino delgado. Esses aminoácidos vão sendo absorvidos ao longo do tubo, a maior absorção se dá no jejuno. No duodeno, há a maior atividade enzimática. A maior absorção se dá em duodeno e jejuno. Intestino grosso vai ocorrer absorção de água e ácidos graxos voláteis.

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