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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 21 – 27/01/15
Proteínas presentes no leite de diferentes espécies são diferentes. As proteínas são termolábeis. Uma proteína frente ao calor vai desnaturar. As ligações peptídicas são quebradas, o aminoácido acaba se fundindo a minerais, a outros compostos como o açúcar. Doce de leite = aminoácidos se ligam ao açúcar, formar quelatos que eu não aproveito. O processo térmico é um processo anti-proteína, perco em qualidade. Se eu pego a proteína total da soja integral, ela é 100% biodisponível. A biodisponibilidade de aminoácidos de uma carne crua é 100%, não quer dizer que a digestibilidade vai ser 100%, quer dizer que 100% dos aminoácidos estão ali disponíveis. 
A soja grão tem alguns fatores antinutricionais, como um inibidor da tripsina. Vai ter o bloqueio da cadeia enzimática, não vai ter digestão de proteínas. Eu não posso pegar soja integral, ou feijão cru, e colocar na dieta do animal, pois vou ter problemas na digestibilidade da proteína. O fator anti-tripsina é uma enzima, que vai ser desnaturada pelo calor no processamento da soja. Esse fator desnatura com mais facilidade do que as outras proteínas. A soja vai ser tostada, agora vou ter 83% de biodisponibilidade de proteína. Nesse processo de tostagem eu perdi 17% de proteína. O processo que o alimento sofre interfere na biodisponibilidade e consequentemente na digestibilidade. 
Os aminoácidos são destinados à síntese proteica e manutenção do organismo. Na energia temos manutenção, crescimento, trabalho e produção. Aqui para as proteínas temos a mesma coisa. Síntese: crescimento, produção. Manutenção: na energia a manutenção é manter todos os sistemas funcionando. Tudo isso gasta energia. Aqui na proteína, manutenção = hormônios, enzimas, renovação dos tecidos. O animal vai absorver aminoácidos em concentrações diferentes. Há ainda uma parcela de aa não utilizada, esses aa vão ser transformados em fonte de energia. Três destinos dos aa: síntese, manutenção e energia. 
Falamos sobre incremento calórico. O composto orgânico que tem maior incremento calórico é proteína. Não é rentável dar excesso de proteína, pois proteína é o mais caro. Para o animal, o excesso de proteína também não é favorável. Depois de absorvida, não vai sair na urina, nem nas fezes. vai ser transformada em fonte de energia. Excedeu, vai pra gordura. Não excedeu, transformar isso em energia é caro, há o incremento calórico, o animal já está no calor e ainda come alimento proteico. Não é interessante nem pra quem produz, nem para o animal, proteínas em excesso. Isso difere para as diferentes espécies. Para os carnívoros, a principal fonte de energia é proteína. 
A proteína que atingiu intestino grosso virou substrato para bactérias, não vai ser mais absorvida. Como nos monogástricos a fermentação é pós-estômago, as bactérias vão embora, não vou aproveitá-las. Nos poligástricos essas bactérias são utilizadas como fonte de aminoácidos. 
Farinha de pena é rica em aminoácidos sulfurados: metionina e cistina. Fazem ponte de enxofre na proteína. Quanto mais pontes de enxofre, mais fechada, mais densa é essa proteína. Isso faz com que a digestibilidade seja pior. 
Foram feitos trabalhos para determinar a digestibilidade de cada aminoácido dentro de cada alimento, tendo por finalidade fazer uma alimentação proteica de máximo aproveitamento. Tenho que fazer a nutrição proteica em cima dos aa digestíveis. 
Farinha de carne e ossos: tem gordura (fonte de energia), tem proteína (essa proteína não é tão digestível pois a farinha é autoclavada). 
Eu tenho que satisfazer a exigência do meu animal. Surgiu uma ideia de que deve ter um padrão ideal de aa para cada função. Se tenho aa para síntese proteica do leite, e a proteína do leite não é na sequencia de aminoácidos igual ao leite de outro animal, para aquele animal que está produzindo leite, eu tenho um padrão ideal de aa. Se eu não der esse padrão ideal, ou ele vai produzir menos leite ou não vai sintetizar leite. Quando estou fazendo a engorda de um animal, não tenho reprodução nem lactação, tenho deposição de proteína. A produção de carne deve ter uma exigência ideal de aa para depositar carne. Síntese proteica para deposição de massa é diferente da síntese proteica para manutenção. 
Em pesquisas, viu-se que tanto em um leitão quanto em um cachaço, a sequencia de proteína de um mesmo músculo é igual. Essa sequencia vai variar de espécie para espécie. Após isso, se fez o sequenciamento dos aminoácidos de animais de várias espécies, assim eu tenho os aminoácidos ideais.

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