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CONSTITUCIONAL 1

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DIREITO CONSTITUCIONAL I – PROF. GABRIEL MARQUES|
FACULDADE BAIANA DE DIREITO – ANNA BEATRIZ OLIVEIRA
CONSTITUCIONALISMO 
VISÃO INICIAL: “Limitação do poder do Estado + Garantia de Direitos fundamentais “
- Processo histórico onde as constituições são o produto do constitucionalismo
 4/7/1776 (independência) + 1787 (1ª e única constituição)
- Final do século XVIII: EUA e França
 1789 (Revolução francesa)
*EUA: os EUA dessa época estavam recém independentes, ainda possuía as 13 colônias. Não buscou inspiração em nenhum outro pais para começar a sua organização com Estado independente. Eles tiveram 2 experiencias política principais: a) Confederação e b) Federação
a) Confederação (ARTIGOS DA CONFEDERAÇÃO - 1781): 
- Estados soberanos baseados em tratados que davam a eles o DIREITO DE SECESSÃO OU RETIRADA: o Estado pode abandonar o tratado, através da denúncia desse tratado grande liberdade facilidade para entrar e sair podendo trazer a instabilidadePara uma estabilidade maior
 
b) Federação (Constituição – 1787) (Do latim “Foedus” = Pacto)
- Estado soberano (EUA), juntamente com Estado autônomos (entes desses Estado soberano) que se baseavam em uma Constituição (7 artigos e 10 emendas – “Bill of Rights” ou Declaração de Direitos = liberdade de expressão...) que trazia a indissolubilidade do vínculo federativo (não há direito de secessão – no Brasil funciona da mesma maneira e aos que incitarem um movimento separatista será considerado crime e caso algum Estado declare independência, é permitido a intervenção federal.) 
*FRANÇA: (1789 – Rev. Francesa) surgiu o absolutismo – Luís XIV “Estado sou eu! ” – Surgiu pela necessidade da centralização do poder e essa centralização veio bem representado pelo voto por Estado: 1º Clero, 2º Nobreza e 3º Povo + Burguesia. Nessa época também surgiu a DECLARAÇÃO DE DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO – Art 1º: os homens são livres e iguais em direito [...] + Art 15º: a sociedade que não existir garantida de direitos e separação de poderes, não terá constituição.
Ex: 1789 – conjuração baiana (salvador)
Panfleto em uma Igreja – “Animai-vos[...]” – ideia de igualdade, fraternidade e liberdade.
CONSTITUIÇÕES DO BRASIL
- 1824/1891/1934/1937/1946/1967 – 1969/1988
1824 (durou 65 anos)
- Histórico: 7/9/1822 (Proclamação da Independência) + 2/7/1823 (Consolidação da Independência) + 1808 (Chegada da Família Real)
- Inspiração: França
- Monarquia + Estado Unitário (poder emana de um único polo)
 Províncias (José Bonifácio) 
- Religião oficial (católica)
- Tetra partição (Legislativo, executivo, judiciário e moderador) 4 poderes 
 Benjamim Constant
 Legislativo: Controle de Constitucionalidade 
1891 (Ruy Barbosa)
- Histórico: 15/11/1889 (Proclamação da República) 
 Questão militar, religiosa (crises) + pensamento iluministas
- Inspiração: EUA (1776 1787)
- República:
	MONARQUIA X REPÚBLICA
	Hereditário X Eletividade 
	Vitalício X Temporariedade
	Irresponsab. X Responsabilidade
- Estado Federal (autonomias!) Estado Unidos do Brasil 
- Estado Laico (Liberdade)
- 3 Poderes (Legislativo, executivo, judiciário)
 Montesquieu - Livro: “Espirito da leis”
 Judiciário: Controle (difuso*) de Constitucionalidade
*Qualquer juiz pode declarar a lei inconstitucional sobre caso concreto – os efeitos são “INTER PARTES”: os efeitos são para as partes do processo
Obs: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto: Primeiros presidentes militares do Brasil
1934
- Política do café com leite
- Revolução de 30 (Getúlio Vargas)
- “Revolução” (as mudanças trazidas por São Paulo não trouxeram grandes mudanças) constitucionalista de 32 – revolta de São Paulo quanto a situação de São Paulo dentro da política do café com leite e a entrada de Vargas principal desejo era uma nova constituição, que iria se a de 1934 
- Constitucionalismo social
 Preocupação com a intervenção do Estado interferindo na vida social garantindo os direitos. 
- Inspirada na Constituição de 1917 (México) e 1919 (Weimar – Alemanha)
1937 (1939 – 1945 2ª guerra)
- Europa – fascismo + nazismo (Itália e Alemanha)
- Plano “Cohen” – forjado por Vargas para que ele ganhasse mais poder e cria-se uma NOVA CONSTITUIÇÃO
- Constituição autoritária, fascista (“polaca”) ESTADO NOVO
- Executivo Direitos Fundamentais 
- Brasil cede território aos EUA para montarem bases que chegassem a África e em troca recebe apoio financeiro para construção da Companhia Siderúrgica Nacional e cria tropas para enviar a Europa (Pracinhas) 
1946 
- Abandona 37 – não veem mais sentido ter uma Constituição fascista pós-guerra
- Tenta retomar com a Constituição de 1934 
- Equilíbrio dos poderes
- 1946 – 1964 (18 anos de estabilidade democrática)
 Mudança da capital para Brasília (1960)
 Poderes funcionando
 Eleições ocorrendo regularmente
- 1964 militares, classe média e Igreja começam a afirmar que o Brasil estava pendendo a um pensamento comunista e isso desagradava
 João Goulart e a Reforma agrária | Ida a China
 Golpe militar em 64!
1967 + EC 1/69
- Cenário marcado pela Guerra Fria, uma tensão que opunha dois blocos: Capitalista norte-americano e Socialista soviético. 
- Dois traços marcantes: redução de direitos fundamentais e redução do poder judiciário 
- Censura como controle das ideologias em curso no Brasil (em músicas, livros, poesias) e pratica sistemática de tortura e mortes de vários opositores do regime militar
- Grande processo de fortalecimento do poder executivo – isso é muito visualizado em poderes autoritários como um todo
- Parcial momento de crescimento econômico, só que concentrado - “milagre econômico”.
- Atos institucionais – na pratica ele tem uma aplicação mais intensa que as próprias constituições -, exemplo: AI-5 (13/12/1968 – Presidente Costa e Silva), tinha traços profundamente autoritários como uma grande liberdade para que houvesse a cassação de direitos políticos e os atos praticados com base no AI-5 não eram questionáveis perante o Poder Judiciário.
- Eleições indiretas, até a Diretas Já ou a Emenda Dante de Oliveira, mas o projeto foi rejeitado. Mas já era sentido a necessidade de uma redemocratização. 
- Meados dos anos 80, em especial 85, tentar diminuir as repressões, uma nova constituição e enfim é convocada uma *assembleia nacional constituinte (ANC – um dos instrumentos mais recomendados para a criação de uma constituição democrática) que se cria a constituição de 88. 
*formada por deputados e senadores e esses parlamentares vão escolher qual será o perfil, o formato e as regras dessa nova constituição. 
1988 – ATUAL 
- Tem mais direitos fundamentais, a tal ponto que ela é chamada de Constituição Cidadã graças a Ulisses Guimarães (um dos parlamentares mais envolvidos nesse papel de construção da CF/88) – Do artigo 5º (78 incisos e 4 parágrafos) ao 17º são só de Direitos e Garantias Fundamentais.
- Estrutura marcada por 3 partes principais: 
1º: Preâmbulo – inaugura o texto constitucional e lembra o prefacio de um livro | parte de introdução ao texto constitucional, uma espécie de contextualização do processo de criação | “Nós, os representantes do povo brasileiro, reunidos em assembleia nacional constituinte – essa assembleia exerce um poder chamado de PCO – Poder Constituinte Originário e essa primeira frase se liga ao paragrafo único do art. 1º: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” | “promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃODA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” – essa promulgação sobre a proteção de Deus está relacionada o caso do Preâmbulo e o preâmbulo como um todo não tem força normativa, está muito mais situado no campo da política do que do direito. 
2º: Parte permanente (ou dogmática) ou corpo permanente – tem força normativa e é a parte mais importante | divide o conteúdo constitucional em títulos (9 títulos na parte permanente): título 1 – dos princípios fundamentais (artigo 1º ao 4º) e o título 2 – dos direitos e garantias fundamentais (artigo 5º ao 17º)
3º: Parte transitória (ADCT – Atos das disposições constitucionais transitórias) – tem força normativa | divide o conteúdo constitucional em títulos e o 10º título é a ADCT | a ideia é que essa parte transitória vamos tentar harmonizar a mudança de regime constitucional, uma transição de regimes constitucionais, uma transição mais tranquila entre o que havia antes e o que passa a existir | As regras do ADCT são regras temporárias, foram pensadas para morrer | Ex1: consulta popular sobre forma e regime de Governo (Art 2º - “No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País”) – uma regra que já cumpriu seus efeitos, uma regra mais histórica.               
Ex2: Fernando de Noronha era um território federa, vinculada à União, mas deixou de ser um território federal e passou a ser um distrito vinculado ao Estado de Pernambuco (Art. 15. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha, sendo sua área reincorporada ao Estado de Pernambuco.)
Ex3: Defensoria Pública: a união entendia que existiam poucos defensores públicos, então ela deu um prazo para que aumentam o número de defensores públicos - Art. 98. O número de defensores públicos na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda pelo serviço da Defensoria Pública e à respectiva população.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
§ 1º No prazo de 8 (oito) anos, a União, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais, observado o disposto no caput deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
§ 2º Durante o decurso do prazo previsto no § 1º deste artigo, a lotação dos defensores públicos ocorrerá, prioritariamente, atendendo as regiões com maiores índices de exclusão social e adensamento populacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
TIPOS DE CONSTITUCIONALISMO:
ANTIGO: antes do século XVIII com tentativas embrionárias de limitação do poder e a crença em uma norma mais importante.
“POLITEIA”, “CONSTITUTIO”: seriam “constituições” (vários povos no passado achavam que existia uma lei maior, lei mais importante esses eram os nomes dados);
HEBREUS: foram os precursores e criaram a “lei do senhor”, que seria a lei maior;
MAGNA CARTA(1215): rei João sem Terra contra o Barões feudais que conseguiram que o rei assinasse a magna carta que era um documento que limitava o poder do rei. Seria a primeira declaração de direitos. Ex: CLÁUSULA 39 – “LAW OF THE LAND” (as acusações e processos teriam de respeitar o direito de terras – devido processo legal);
LEI DE “HABEAS CORPUS” = “QUE TENHAS O TEU CORPO” (ACT – 1679): é um remédio jurídico ou constitucional, um instrumento que garante a liberdade de locomoção, é uma ação gratuita (não pagamos taxas processuais ao poder judiciário). Qualquer pessoa pode impetrar um “habeas corpus”. Dispensa formalidades;
REVOLUÇÃO GLORIOSA - 1689 (“BILL OF RIGHTS” – DECLARAÇÃO DOS DIREITOS): ascensão do Parlamento (mais importante órgão) que vai ser o fiscal das arbitrariedades dos reis.
*OBSERVAÇÃO: Todas surgiram na Inglaterra
MODERNO: AULAS ANTERIORES (SÉC XVIII – EUA E FRANÇA)
LIBERAL: 
AUSÊNCIA DO ESTADO: o indivíduo quer construir uma zona na qual o Estado não interfira
SOCIAL:
PRESENÇA DO ESTADO: o indivíduo quer um Estado mais interventor, porque o Estado o protege.
*EX1: OBAMACARE – PROGRAMA DE SAUDE PUBLICA QUE INICIOU NO MANDATO DE OBAMA QUE OBRIGARIA OS AMERICANOS A FAZER UM PLANO DE SAÚDE PUBLICA E FOI INSPIRADO NO SUS BRASILEIRO, MAS DONALD TRUMP QUER ACBAR COMESSA IDEIA POIS ACREDITA QUE O ESADO NÃO DEVE INTERVIR DESSA MANEIRAS
**EX2: UBER – LEGALIZAÇÃO NO BRASIL
***EX3: BRASIL – CONSTITUIÇÃO DE 1934 (MAIS SOCIAL): INSPIRADO NA REPUBLICA DE WEIMAR DE 1919 E A CONSTITUIÇÃO DO MEXICO DE 1917 
NEOCONSTITUCIONALISMO
 - Luís Roberto Barroso (1º texto obrigatório da prova – ler antes da aula e trazer para a aula)
MARCOS DESSES CONSTITUCIONALISMO
HISTÓRICO:
MUNDO: 
- Começa no final da segunda guerra mundial (1945) – cenário de destruição física, moral, falta de crença e tragédia – surge a ONU (Organização das Nações Unidas – a ONU sucede a fracassada liga das nações)
- 1948 a ONU cria a Declaração Universal de Direito Humanos (DUDH), que foi muito inspirada na revolução francesa e que diz que todo e qualquer ser humano merece ser respeitado.
- Principio da dignidade da pessoa humana – é um valor moral e espiritual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do Estado Democrático de direito. Art. 1º do CF/88 – direito à honra, à vida, à liberdade, à saúde, à moradia)
- TCF (Alemanha) 
BRASIL
- O cenário favorável no Brasil para falar dos princípios do mundo só ocorre a Constituição de 1988 – Constituição Cidadã - (Art 1º, inciso 3 – encontramos a dignidade da pessoa humana)
- Uma valorização do poder judiciário, em especial o STF, faz um papel que faz lembrar um Tribunal constitucional. STF como o guardião da constituição.
TEÓRICO
- Muito preocupado com o conteúdo desse novo direito constitucional:
1) Enaltece o tempo inteiro a dignidade da pessoa humana (“Fundamentação sobre a metafisica do costume” – Kant vai separar as pessoas e as coisas, podemos explicar cada uma dessas categorias baseadas nos imperativos: coisas explicadas pelos imperativos hipotéticos e as pessoas pelos imperativos categóricos – o ser humano não pode ser usado como fim para algo
2) grande valorização do poder judiciário (Tribunal Constitucional - criado por Hans Kelsen na Áustria em 1920 - voltado para a interpretação da Constituição com instrumentos de controle de constitucionalidade CONCENTRADO, mas só existe a proliferação desse Tribunal no Pós 45 que surge na Alemanha o TCF e vira referência até hoje) com a crença de ele iria ser garantidor nos Direitos Fundamentais 
3) Força normativa [significa que tem força impositiva, cogente, obrigatória] dos princípios, em especial dos princípios constitucionais (que é diferente de regras)
BR(CF/88)
EX1: REGRA CONSTITUCIONAL DA IDADE MINIMA – 35 ANOS – PARA SER SENADOR
EX2. PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DA PROTEÇÃO DA PRIVACIDADE x LIBERDADE DE EXPRESSÃO/PROFISSÃO
 
FILOSÓFICO: pós-positivismo (reaproximação entre o direito e a moral)
	JUSNATURALISMO
	POSITIVISMO
	Direitos naturais 
 Nível acima das leis escritas
Leis escritas 
	Leis escritas (Direito válido)
 Nível acima dos Direitos Naturais
Direitos naturais
- Certeza + segurança (normatividade) do positivismo e a justiça + conteúdo do jusnaturalismo
EX: DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (ART 1º, INCISO 3) – ele junta a moral com a positivação da lei
DIREITO CONSTITUCIONAL
- José Afonso da Silva –
Direito constitucional como um “ (1)ramo do direito público ou o direito público fundamental que (2)expõe, interpreta e sistematiza os (3)princípio e norma fundamentais do Estado”
RAMO DO DIREITO PÚBLICODireito privado – princípio da autonomia da vontade (temos liberdade para fazer qualquer coisa, desde que não entremos em descordo com a lei maio). 
Direito público – princípio da legalidade (o Estado só pode fazer aquilo que a lei disser)
{
EXPOR, INTERPRETAR E SISTEMATIZAR
- Direito Constitucional como disciplina que expõe, interpreta e sistematiza a ConstituiçãoPRINCIPIOS E NORMAS FUNDAMENTAIS DO ESTADO
- O que há de mais importante deve estar na Constituição
3 ESPÉCIES DE DIREITO CONSTITUCIONAL (BISCRAETI DI RUFFIA)Geral – assuntos comuns a qualquer direito constitucional do mundo todo (assuntos essenciais). 
EX1: Poder constituinte – criação de uma Constituição
EX2: Interpretação constitucional
EX3: Controle de constitucionalidade 
Positivo (Particular) – olhar voltado para uma realidade constitucional especifica.
EX1: Na faculdade analisamos a Constituição Brasileira
Comparado – analise conjunta de mais de uma realidade constitucional. 
EX1: Pena de morte – Brasil (só em casos de guerra declarada entre Estados Soberanos – código de processo penal militar) X EUA (vai de Estado para Estado)
EX2: consumo de entorpecentes – Brasil X Uruguai (política mais liberal)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
CLASSIFICAÇÃO:
- CF rígida ou semirrígida, escrita, formal, dogmática, analítica 
Processo de Mudança
	SUPERRÍGIDA
	RÍGIDA 
	O traço da constituição que podem classifica-la como superrigida são as CLAUSULAS PETREA (UMA PARTE DA CONSTITUIÇÃO QUE É TÃO IMPORANTE QUE NEM UMA EC PODE ALTERAR – ART 60, § 4º ) – por conta dessa clausula alguns autores consideram a CF/88 como superrigida. 
	Não significa imutabilidade | quando o processo de mudança da constituição for mais solene ou mais dificultoso que o processo de mudança de outras leis | É O MAIS USUAL COMO A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA |Esse processo de mudança envolvem a aprovação de Emendas Constitucionais e é necessário 3/5 dos votos da Câmara (308 VOTOS) e do Senado (49 VOTOS) e ainda ter dois turnos em cada casa – Art. 60, § 2º | Para a aprovação das outras leis – Leis Ordinárias – é necessária a aprovação de uma *maioria (o primeiro numero inteiro acima da metade) simples ou relativa (primeiro numero inteiro acima da quantidade de presentes) 
*Existe a maioria absoluta – primeiro número inteiro acima da metade dos membros e ela jamais vai variar. 
	FLEXIVEL
	SEMIRRIGIDA 
	Hoje em dia não se utiliza mais – a Itália do SEC XIX, o Estatuto Albertino | a mudança da constituição não terá nenhum processo rebuscado e será igual ao processo de mudança de outras leis 
	 Hoje em dia não é mais utilizada | uma constituição que é em parte rígida e em parte flexível (CF Brasileira de 1824 – só ser constitucional o que tivesse relação com os poderes políticos e os direitos individuais) 
 
Forma:
	WRITTEN (ESCRITAS)
	NO WRITTEN (NÃO ESCRITAS)
	É uma Constituição sistematizada, organizada em um documento único, formal e dogmático | CF de 88 | 
	 Assistemática (diversas fontes da matéria constitucional), pluralidade de assuntos ou pluralidade de fontes (princípios, leis, decisões judiciais, declarações de direito), material, histórico | INGLATERRA, ISRAEL- existe um debate em Israel sobre a mudança para uma constituição escrita – e NOVA ZELÂNDIA |
Extensão:
	ANALÍTICAS 
	SINTÉTICAS
	CF DE 88 - Assembleia Constituinte de 87-88, quando mais detalhada a Constituição mais seguros nos sentimos por termos uma grande desconfiança no legislador + PROTEÇÃO | altamente detalhada, minuciosa, se aprofunda em vários assuntos constitucionais – X títulos, +300 artigos com subdivisões | Ex. a CF fala do Colégio PEDRO II que é considerada uma norma “APENAS” formalmente constitucional – é algo que não deveria estar presente na CF 
*Cada vez mais o Brasil está trazendo para o sistema de CIVIL LAW (a fonte do direito mais importante é a lei) o Sistema de COMMOM LAW. Alguns já afirmam que o Brasil adota um sistema hibrido – Ex: Efeito vinculante, Novo Código de Processo Civil, 
	Breve, comenta apenas linhas gerais | CF dos EUA – 1787 – 7 artigos + 10 emendas, mas nos EUA existe um grande poder que se dá a Jurisprudência (COMMON LAW) da Suprema Corte | Sistema de precedentes: baseia em uma expressão em latim: o princípio do “stare pecisiess et non quieta movere ”, que significa a força vinculante dos precedentes. É um sistema ancorado em decisões judiciais, ajudam a construir o próprio significado do direito e esse precedente pode se manter ou ser superado. Ex: a CF americana não diz quem a protege, mas uma decisão judicial de 1803 trouxe um entendimento de cabe ao Poder Judiciário a Proteção da Constituição (caso Marbury x Madison – 1803) e que chamado de um modelos DIFUSO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE (para você dizer que a lei é inconstitucional você invoca esse precedente de Marbury X Madison + situação de superação de precedente: Teoria dos separados mais iguais, ou seja, eles achavam que negros e brancos não deveriam frequentar o mesmo lugar e o caso Brown de 1954 acabou com essa teoria. 
Origem:
	OUTORGADA
	 PROMULGADA OU DEMOCRÁTICA
	A origem da Constituição é da vontade unilateral, muito comum perceber uma ditadura, autocracia, regimes de força. Fruto de uma imposição. Ex.: CF de 1824 (Dom Pedro), Plano Cohem (Estado novo de Vargas) na CF de 1937 ou Polaca, CF de 1967/69 da Ditadura.
Origem do poder – ou PCO (Poder Constituinte Originário): esse é o poder encarregado de criar uma nova Constituição. Nas Constituições outorgadas esse PCO’s não tem legitimidade. + Poder Constituinte derivado: esse é o poder que vai mudar e atualizar essa Constituição.
	Promulgação é uma das etapas do processo de criação de uma lei. “Democracia é o governo do Povo, pelo povo e para o povo” – Lincohn. Baseada na participação popular, em algum grau, – através da representação* - no processo de criação Constitucional. Ex: CF de 1891 (1º CF republicana), CF de 1934, CF de 1946 (pós-guerra), CF de 1988 (atual).
 
Origem do poder – ou PCO (Poder Constituinte Originário): esse é o poder encarregado de criar uma nova Constituição. Nas Constituições promulgadas esse PCO’s tem legitimidade + Poder Constituinte derivado: esse é o poder que vai mudar e atualizar essa Constituição. 
*Representação: participação mais indireta do povo – escolhe alguém para representar e participativa: participação mais direta do povo - você vai direto falar - O BRASIL TEM UM MISTO DAS DUAS.
EFICÁCIA E APLICABILIDADE
INTRODUÇÃO – PLANOS NORMATIVOS: 
- Comparação entre os eventos da vida e o significado deles para o campo jurídico.
- Natureza jurídica, tem a intenção ou finalidade dupla: 
(1tentar entender como funciona algum evento da vida no direito, ou seja, qual é o comportamento, encaixe, explicação de algum acontecimento da vida no direito, ou em algum ordenamento jurídico, pois após esse encaixe eu irei saber qual regime jurídico aplicar. 
1º exemplo: celular – o professor entrega o aparelho telefônico a aluna podendo trazer algumas interpretações: Celebrando um contrato de doação + como um empréstimo no qual ela utiliza e o devolve depois + pedido para que ela guarde o celular, onde ela não usa e o devolve + compra e venda + pode ser uma extorsão. Em resumo, na vida identificamos apenas como uma entrega de um bem, mas juridicamente tem-se essas diversas interpretações – um ato da vida pode ter várias interpretações jurídicas 
2º exemplo: relações afetivas – existem graus de relações afetivas (ficar ficando, namoro, união estável, casamento). Juridicamente falando isso vai sendo encaixado em institutos: união estável, casamento. Hoje em dia existem contratos de namoro, para deixar claro que não se configura como uma união estável. 
TIPOS DE PLANOS NORMATIVOS BÁSICOS PARA O DIREITO:{
- Agente 
-Vontade (Ex.: Procuração – instrumento de mandato que autoriza alguém a praticar um ato por outra pessoa - s/ assinatura esse ato não existe juridicamente porque isso indica que não houve manifestação de vontade)
- Forma 
-Objeto
EXISTÊNICA
 Presença de alguns elementos
{
- Agente CAPAZ (Ex: 17 anos – não pode abrir uma CC sem ser dependente de alguém por ser relativamente incapaz, menores de 18 anos só poder abrir uma CP)
-Vontade LIVRE + CONSCIENTE (Ex: contrato assinadosobre coação – obrigado a assinar um contrato sobre coação)
- Forma PREVISTA EM LEI (Ex: compra de um apartamento de 1-2milhões, a venda é efetuada, mas apenas é entregue o contrato. Assim o comprador ainda não é o proprietário pois o ordenamento exige a escritura das propriedades imóveis)
-Objeto LÍCITO, POSSÍVEL, DETERMINÁVEL (Ex. venda de terrenos na LUA – CASO REAL)
VALIDADE
Presença regular de alguns elementos de acordo o seu ordenamento jurídico 
{
- JURÍDICA: EFEITO NO CAMPO NORMATIVO
- SOCIAL (OU EFETIVIDADE): EFEITO NO CAMPO DA REALIDADE
 * EXISTEM NORMAS QUE TEM APENAS UMA OU OUTRA. MAS EXISTEM NORMAS QUE CONTEMPLAM AS DUAS: LEI DO VOTO OBRIGATÓRIO, CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDO NAS LOJAS, PROCESSO PARA SE TORNAR MINISTRO. 
EFICÁCIA
Produção de Efeitos
EFICÁCIA JURÍDICA
- José Afonso da Silva – Livro: “Aplicabilidade das normas constitucionais”, no qual cria uma classificação jurídica para as normas constitucionais – 1967
- José Afonso antes de escrever essa obra foi até os EUA e a Itália para saber o que as doutrinas mais profundas sobre o tema falavam sobre a eficácia jurídica. Nesses países eram consideradas que haviam normas EXECUTÁVEIS (QUE TENHAM UMA EXECUÇÃO AUTOMATICA) E NÃO EXECUTAVEIS (NÃO TENHAM UMA EXECUÇÃO AUTOMÁTICA). 
- José Afonso discorda pois acredita que essa classificação desprestigia a constituição e afirma:
“ Todas as normas constitucionais possuem eficácia jurídica. ”
- Todas as normas pelo simples fato de estar na Constituição já traz consigo a eficácia jurídica. Ele traz 2 tipos de eficácia: (1) revogadora e (2) condicionante
(1) Revogadora ou de revogação – surge uma nova norma que toma espaço da que existia antes, ou seja, ela foi revogada (substituída - LINDB). 
Ex1: (Art. 87º) idade mínima para ser ministro do poder executivo é 21, para a alteração dessa idade para 35, seria necessária uma nova norma constitucional para revogar essa.
(2) Condicionante – qualquer norma condicional, condiciona as inferiores, ou seja, princípio da supremacia da CF, ou seja, a normatividade condicional ela influencia a normatividade inferior à própria CF. Se uma lei contraria a CF, essa lei é declarada inconstitucional. 
- Existem diferentes graus de eficácia jurídica:
	EFICÁCIA
	APLICABILIDADE
	EXEMPLOS
	Plena (patamar ideal) – a Constituição traz um conteúdo que não precisa de outra lei para ser efetivado. 
	Direta / Imediata / Integral
	Art 2º: “são poderes da união, independentes e harmônicos entre so Legislativo, o Executivo e o Judiciário” - Tripartição de poderes de Monstequieu
	Contida (patamar intermediário) *Contível ou Restringível 
	Direta / Imediata / Possivelmente não integral (possibilidade de sofrer restrição)
	Art 5º, Inciso XIII: liberdade profissional – “é livre a escolha de qualquer oficio, trabalho ou profissão, atendidas pelas qualificações que a lei estabelecer. 
	Limitado (categoria mais perigosa – precisa de uma lei para que haja a sua TOTAL aplicabilidade)
**PRÓXIMA PÁGINA
	Indireta – Lei (total aplicabilidade) / Mediata / Reduzida
	Art 37º, Inciso VII: “direito de greve será exercido nos limites e termos de uma lei especifica” - Funcionários públicos não tem uma lei que regularize a greve 
Art 153º, Inciso VII: impostos sobre grandes fortunas, mas não existe a lei complementar 
**Síndrome de inefetividade das normas constitucionais: 
Pressupostos: 
- Normas de eficácia limitada onde existe uma promessa constitucional de criação de lei que depende do legislador. É muito comum que, no Brasil, não se crie as leis prometidas pelas normas constitucionais de eficácia limitada, já que se espera que o legislador crie as leis complementares para regulamentar as leis já existentes. Nos casos em que a lei não é criada, é considerada a inércia do legislador ou mora (atraso) congressual. 
CF/88, foram criados mecanismos para combater a inercia das criações das leis para as normas de eficácia limitada: O BRASIL UTILIZA OS DOIS
ADIO – Ação direta de inconstitucionalidade por omissão {
MI – Mandado de injunção
QUADRO COMPARATIVO
	
	Tipo de controle
	Competência (poder para julgar)
	Legitimidade ativa (quem pode ingressar com essas ações)
	Efeitos
	Exemplos
	ADIO (Art. 103, §2º)
	Concentrado: feito basicamente por órgãos de cúpula e foi criado por Hans Kelsen (1920) na Aústria
	No Brasil, o STF (competência originaria – o processo começa e termina no STF)
	Só pode entra com ADIO quem estiver no art. 103º - presidentes da república, governadores de estados... (ADI genérica, ADI por omissão, ADC e ADPF)
	“Erga Omnes” – efeitos mais amplos.
STF julga uma ADIO e eles terão eficácia alcançada para todos
	*ADIO nº 31 – do IGF (Imposto sobre grandes fortunas - foi um caso)
	MI (Art. 5º, inciso LXXI (= 71)
	Difuso: qualquer órgão poder judiciário (juiz ou tribunal) pode exercer esse controle e foi inaugurado baseado em um caso Marbury X Madison (1803 – EUA) - No Brasil, a criação do MI foi por um lado constitucional. 
	No Brasil, os tribunais (regra), como: STF, STJ, TJ. 
	Qualquer pessoa física ou jurídica tem legitimidade ativa para a propositura dessa ação. 
	“Inter partes” – efeitos mais particulares (regras). Gabriel entou com um mandado e o tribunal julga a MI e ela terá eficácia entre os particulares (no caso Gabriel). Mas você pode utilizar essa MI como um precedente. 
	MI’s 670, 708 e 712
Mandato
Escolho alguém para exercer uma atividade por mim
Mandado
Ordem judicial 
CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO
SOCIOLÓGICA – Autor: Ferdinand Lassale
- Seculo XIX, antiga Prussia.
- Para ele a constituição é a soma dos fatores reais de poder de uma sociedade- Forças econômicas 
- Forças militares
- Forças religiosas 
 (...)
- A preocupação dele é que os textos escritos podem não ter correspondência com os fatores reais de poder, e quando isso acontecer, o texto escrito será uma mera folha de papel e prevalecerá os fatores reais.
- Konrad Hessie vai descordar depois de Lassale
- CF/88 – Art. 192, §3 (revogado pela EC 40/03 – Esse parágrafo dizia que existiria uma taxa de juros máxima - Mas o empresariado fez muita pressão para que esse disposto só fosse sancionando com a condicional de uma lei. Essa lei nunca foi criada e em 2003 foi revogado.
POLÍTICA ou DECISIONISTA – Carl Schmitt
- Anos 1930 - Alemanha
- A constituição para ele era o que representava a decisão política fundamental. Ele diz que a melhor autoridade para ter a última palavra sobre a interpretação constitucional é o Chefe de Estado, que seria o guardião da Constituição. 
DECISÃO POLITICA FUNDAMENTAL
MERAS LEIS CONSTITUCIONAIS
- Nessa época, na Alemanha, começa a surgir o nazismo, e essa ideia de Carl fundamenta a política nazifascista. Carl se torna o primeiro jurista Nazista.
- CF/88 – Categorias de normas constitucionais: Materialmente constitucionais, formalmente constitucionais e apenas formalmente constitucionais. 
Materialmente constitucional: cujo conteúdo faz com que ela deva estar na constituição | IDEAL; 
Formalmente constitucional: está na constituição;
Apenas formalmente constitucional: está na constituição, mas lá não deveria estar. Ex: Colégio Dom Pedro I
“JURÍDICA” (NORMATIVISTA) – Hans Kelsen
- Constituição seria o “ápice de uma ordem escalonada normativa na qual cada nível representa fundamento de validade do nível anterior”
- Ele escolhe o campo normativista porque foi um dos principais positivistas. 
- “Teoria Pura do Direito – 1934” | Ele se baseia na normatividade pois quer trazer o direito como uma ciencia, e para ser ciencia ela tem que ter um objeto de estudo e esse objeto é a norma.
- Fora da piramide normativa existe a NHF – norma hipotetica fundamental – e ela é uma ficção juridica que se encontra em nosso raciocinio e ela é fundamental pois ela que faz a gente respeitar a constituição.
- Haveriam dois sentidos para o que Kelsen quis explicar o que representa a Constituição:Lógico – Juridico : a preocupação é volta para a NHF, a fundamentação pela qual respeitamos a constituição. 
Juridico – Positivo : privilegiamos a posição da Constituição em uma ordem juridica. 
- Para Kelsen, quem interpreta a Constituição é o tribunal constitcuaional
DIRIGENTE – Gomes Canotilho
- “Constituição dirigente e vinculação do legislador” – 1982
- Constituição com o carater tranformardo da realidade – a um dirigismo constitucional, uma Constituição que conduz a sociedade a um estadoo melhor. 
CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE
CONSTITUIÇÃO BALANÇO - só retrata o que fala a própria realidade
- O caminho para executar esse contitucionalismo, são as normas programaticas: uma especie de norma de eficácia limitada, transmitindo um objetivo para o futuro (uma meta a ser alcançada). Esse constitucionalismo chega no Brasil, representados bem pelo Art 3º da CF/88 que fala sobre os objtivos fundamentais da República Federatiava do Brasil
 Art. 3º: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
 I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
  III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
 IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
- Depois de algum tempo, Canotilho começou a fazer uma especie de autocrítica da sua teoria: ele começa a enxergar um potencial melnor nas Constituições para alcançar todas essas transfromações, mas ele não abandona a sua contituição. Apena não tem mais a força que tinha nos Anos 80
SIMBÓLICA – Marcelo Neves
- Autor brasileiro, professor de direito da UNB.
- Se inspira em Luhmann – teoria do sistemas e resposta contra fática das expectativas sociais
- Baseia seu pensamento na teoria da linguagem: a linguagem constitucional muitas vezes é utilizado como instrumentos de neutralização da expectativa social (a novidade que é trazida para a Constituição, atendem a um interesse politico muito reprovavel, ou seja, algum direito novo surge não para ser alncançada na ealida, mas sim para dar uma resposta a sociedade) - legislação álibi: o álibi é uma justificativa que isenta você de responsalibilidade e essa legislação seria apenas um álibi (“cala a boa para a sociedade”). 
Ele não defende isso, ele está apenas denunciando!
Ex: Art 6º (Alimentação) – antes a alimentação não era direito fundamental, hoje em dia já é, Mas para Marcelo, isso nem sempre seria garantido, então teria sido uma legislação simbolica. Porque não é apenas colocar na Constituição.
ONTOLÓGICA – Karl Loewenstein
- A ideia no campo da filosofia é a preocupação com a essência, e quando pensamos em um estudo ontologico da Constituição é porque o autor dessa Constituição é muito preocupado com a essencia do texto constitucional frente a realidade – há uma grande comparação entre o que diz o texto constitucional e a realidade. É olhar as Constituições e ver o comportamento dela perante a realidade “Vamos examinar a Constituição e atingir a dinâmica do processo político”. 
- Karl escreve seu livro na década de 70: “Teoria da Constituição”. Ele cria um separação didatica e separa a Constituição em 3 categorias:
Normativas: melhor Constituição |total adequação entre o texto constitucional e a realidade | Ex: Constituição americana (1787) | “A roupa que veste a sociedade”
Nominais: parcial adequação entre o texto constitucional e a própria realidade | Ex: Constituição Brasileira (1988) – a organização estatal é respeitada, mas a parte dos direitos e garanias fundamentais é desrepeitado | “A roupa que já não veste tão bem a sociedade”
Semânticas: pior Constituição | total inadequação do texto constitucional e a realidade - verdadeiro disfarces para quem defende o poder em uma certa sociedade, muito associada ao autoritarismo, ditadura |”A roupa que não veste a sociedade” | Ex: CF/67-69 (AI’s) + CF/37
CULTURAL – Meirelles Teixeira
- Meirelles Teixeira, com essa concepção, tenta integrar aspectos de varias outras concepções. O problema é que não sabemos ate que ponto falar em concepção cultural, significa falar em uma certa obviedade, pois o proprio direito é chamado de um obejto cultural (retrato das nossas escolhas, um retrato da nossa sociedade). Então qual o sentido de falarmos de uma concepção culural se o próprio direito é cultural.
PODER CONSTITUINTE
- A ideia básica por traz dessa expressão é a ideia de criação de uma Constituição. 
- Vamos ter uma visão clássica e uma visão contemporânea desse assunto:
Clássica: Sieyés, autor francês | Escreve um panfleto chamado “O que é o terceiro Estado”, no momento próximo a revolução francesa (1789). Quando falamos de 3º estado, lembramos que a França dessa época era dividida em Estados (voto por Estados) e o 3º Estado era composta pelo povo e pela burguesia, mesmo por ser o maior Estado, ele tinha direito a, apenas, um voto. Então Sieyés vem dizer de um grande desequilíbrio entre a grande maioria da sociedade francesa e a sua representação política, e segundo ele “o terceiro Estado é tudo, mas tem sido nada e pretende ser alguma coisa”. Então, ele vai trazer um caminho para resolver isso: trazer ao terceiro Estado um novo status e sempre que a França for criar uma nova Constituição, haverá um Poder Constituinte que está por trás da criação da nova Constituição e esse poder vai ser diferente dos poderes constituídos (os poderes do dia a dia) e como há milhões de pessoas que integram a sociedade francesa, a gente pode falar que no processo de criação, esse Poder Constituinte tem que representar a nação francesa e para que ele possa representar, a nação francesa escolhe esses representantes (representantes extraordinários). Em vez de falarmos em Estados, vamos falar em uma nação francesa.
Contemporânea: a gente separa o chamado PCO (Poder Constituinte Originário) e PCD (Poder Constituinte Derivado) que vai ser subdividido em duas categorias: PCDR (Poder Constituinte Derivado Reformador) e PCDD (Poder Constituinte Derivado Decorrente). 
Poder Constituinte ORIGINÁRIO – cria a Constituição 
- Alguns podem chamar apenas de Poder Constituinte ou Potência Criadora. É o poder responsável por criar a Constituição (nesse momento aparece a ideia clássica). O resultado desse poder está numa posição hierarquicamente privilegiada perante o PCD.
1.1. Limites: 
ILIMITADO - já que ele cria uma nova ordem constitucional, então ela teria o poder de fazer tudo novo e tudo que quisesse. Ou podem dizer também que é um poder de fato, ou seja, nós temos um fato que é a criação da Constituição e depois viria a ordem jurídica.
Obs.: com o passar dos anos, alguns autores começaram a perceber que essa era uma frase perigosa. Vamos imaginar que em 2050 seja necessária uma nova CF brasileira, e que nessa CF fosse problematizada as seguintes questões, pelo PCO ser ilimitado: pena de morte agora em 10 casos, apenas será possível a união afetiva heterossexual, aja um surto de conservadorismo e retorne a ideia do homem como cabeça do casal. Os três exemplos trazem uma ideia de retrocesso, então a doutrina trouxe a ideia de que mesmo sendo PCO, ele teria algumas limitações: princípio da proibição do retrocesso social (muito invocado quando falamos da reforma trabalhista) e tratados e convenções de direitos humanos 
1.2. Características: (Parte de Fernanda Braga)
- Inicial: Significa dizer que ele inaugura uma nova ordem jurídica. Essa nova norma jurídica vira um novo parâmetro de validade. Há dois caminhos possíveis quando comparamos uma lei antiga com a chegada de uma nova constituição: ou ela é incompatível com a CF (não recepção; revogação) ou ela é compatível com a CF (recepção).
Ex não recepção: Lei de imprensa da época da ditadura militar.
Ex recepção: Código Penal de 40.
- Ilimitado, Autônomo e Incondicionado: Significa dizer que ele é criado sem restrições
- Permanente: Significa dizer que ele fica latente após a criaçãoda nova constituição, ou seja, ele nunca deixa de existir. Fica apenas aguardando o momento de criação de uma outra constituição.
 1.3. Titularidade e Exercício: (Parte Fernanda Braga)
- No Brasil, podemos dizer que o titular é o povo brasileiro (preâmbulo e art. 1º, § único da CF).
- ANC (Assembleia Nacional Constituinte): É um meio democrático. Escolhemos nossos representantes, eles vão compor uma assembleia e criar uma nova CF. O que se recomenda é que a assembleia se dissolva no final. Porém, no caso do Brasil, não foi assim, entregamos poder constituinte à uma assembleia que já existia, criaram a CF e depois eles continuaram.
- Outorga Constitucional: É um meio criticado, por ser uma criação de uma constituição através de uma imposição, ou seja, de forma autoritária. 
Resumo: Titular: povo | Exercício: ANC e Outorga
Poder Constituinte DERIVADO - atua na ordem constitucional já criada 
- Alguns podem chamar de Poder Constituído ou Competência Reformadora. Ele vai atuar em uma ordem constitucional já criada, ele pressupõe a manifestação do primeiro. Ou seja, primeiro temos o originário que vai criar um Constituição, o derivado constituído pelo originário para atuar nessa ordem constitucional já consagrada. 
Características:
- Secundário: Não inaugura uma nova ordem jurídica.
- Limitado, Heterônomo e Condicionado: Possui restrições pelo poder originário. 
- Eventual: Se manifesta apenas nos momentos que for necessário.
PCD REFORMADOR – modifica a Constituição 
- Atua diante de uma ordem constitucional já criada, e ele vai ser o que modifica a CF. Ele pode fazer isso de dois jeitos: emendas constitucionais ou por revisão constitucional. 
Emendas Constitucionais: em tese, a emenda vai fazer uma mudança pontual na Constituição, ou seja, uma modificação mais simples (colocar um novo artigo, retirar um artigo, alterar uma palavra, um novo parágrafo...). Atualmente o Poder Reformador é executado apenas pelas EC.
- 3/5, 2 turnos, 2 câmaras. Mudanças pontuais, específicas (art. 60, § 2º). 97 EC’s. 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Revisão Constitucional: a ideia é de uma mudança geral na Constituição. E a nossa Constituição foi programada para acontecer dentro de 5 anos desde a sua criação. Na prática, a revisão constitucional brasileira (1993) não trouxe muitas mudanças e foi frustrante, pois ela criou as chamadas ECR (Emendas Constitucionais de Revisão). As revisões constitucionais não podem mudar as cláusulas pétreas. ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
Limites:
Expressos ou Explícitos:
Temporais: Existe um intervalo temporal dentro do qual não se pode alterar a constituição. Existiu na primeira constituição brasileira (1824), que determinou o limite temporal de 4 anos. Muitos vão dizer que esse limite seria uma forma de manter uma maior estabilidade constitucional em determinado país. Porém, não existe em nossa atual constituição (1988) esse limite. 
Obs: Alguns autores apresentam um outro conceito: dizem que o limite expresso temporal, na realidade, é qualquer referência temporal na constituição (como prever os 5 anos para nossa revisão constitucional, por exemplo).
Circunstancias: Algumas situações no Brasil trazem uma instabilidade institucional, em que não há uma total racionalidade para a tomada de decisões. A constituição prevê 3 situações em que não podem haver mudanças constitucionais:
1. IF (Intervenção Federal): A União retira, temporariamente, a autonomia política do distrito federal ou de um estado (arts. 34 a 36).
2. ED (Estado de Defesa) e ES (Estado de Sítio): Regimes de legalidade extraordinária, pois há a possibilidade de restringir direitos fundamentais em nome da preservação do próprio Estado. Em ambos os casos, quem atua é a Presidência da República seguido pelo Congresso Nacional, porém o ES só pode ser decretado com uma prévia solicitação da Presidência ao Congresso Nacional (arts. 136 a 141).
Formais: Nossa preocupação aqui é com o processo legislativo, ou seja, as etapas necessárias para a criação de uma emenda constitucional (para que uma PEC se transforme numa EC). Existem 3 etapas que explicam o processo legislativo no Brasil:
1. Etapa de iniciativa: Nos deparamos com a apresentação de uma proposta de emenda constitucional. Há a preocupação de quem pode apresentar uma PEC (apenas os que estão no art. 60, I, II, III da CF).
2. Etapa constitutiva: É uma fase de deliberação/discussão, em que os parlamentares vão analisar se a PEC deve ser aprovada ou não (art. 60, § 2º).
3. Etapa complementar: É a fase de divulgação da nova EC (art. 60, § 3º). 
Materiais (cláusulas pétreas): são limites de conteúdo, e as cláusulas pétreas são voltadas para a proteção de alguns conteúdos constitucionais (alguns conteúdos não podem ser abolidos do texto Constitucional). Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado; (forma federativa – diferente de um Estado Unitário – com a autonomia dos entes federativos | a gente pode alterar a federação, ter um desenho federativo diferenciado, por exemplo: a criação de um novo Estado é permitido, como foi feito a proposta do Pará da sua redução e a criação do Estado de Tapajós, mas que para ser feito precisa de uma consulta popular)
II - o voto direto – sem intermediários - , secreto – sem influência de terceiros e preservação da liberdade - , universal e periódico; - com a junção de todos esses traços, alguns autores dizem que a Republica é uma clausula pétrea implícita. 
III - a separação dos Poderes; - Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário | Existe o caso do CNJ, que na verdade faz parte do Judiciário e não quebra a ideia da Separação de Poderes e o/a Presidente do STF é a mesma do CNJ, atualmente é Carmem Lúcia- 
IV - os direitos e garantias individuais. – existe uma relação de gênero e espécie entre os direitos e garantias fundamentais (gênero) e dentro desses direitos fundamentais existem as espécies: dir. individuais, dir. coletivo, dir. sociais, dir. nacionais, dir. políticos | Uma minoria de autores comenta que apenas os direito individuais seriam clausula pétrea pois veem de forma literal o que a CF diz. Já uma maioria doutrinaria, embora a CF só tenha citado os individuais, todos os direitos fundamentais estariam envolvidos, trazendo dois argumentos: histórico (a história brasileira é tão preocupada com os direitos fundamentais, não valeria a pena proteger apenas a espécie e não o gênero) e DPH (Dignidade da Pessoa Humana)
*Ulisses e as sereias: as sereias sempre foram muito ligadas a sedução. Ulisses passaria por um local onde teriam muitas sereias e ele foi avisado disso. Para não ser seduzido e morto, ele combina uma estratégia com a tripulação para ele poder ouvir o canto da sereia e não ser morto: ele é preso ao mastro com os ouvidos destampados e os tripulantes com cera de abelha nos ouvidos. 
Implícitos:
- Quem cria, constrói esses limites é a doutrina e por serem implícitos a Constituição não os tem citados. Na doutrina, vai prevalecer a visão que consegue ser mais completa - é a visão do professor baiano Nelson Sampaio que escreveu o livro: “O poder da reforma constitucional” (1954)
(Normas relativas) Titularidade do poder originário: o povo é o titular do PCO, que é representado pelos representantes. Falar de titularidade é dizer quem legitima o poder de fazer uma nova Constituição. 
(Normas relativas) Titularidade do poder derivado: reside no povo, embora os nossosrepresentantes que façam essa reforma. Dentro do poder derivado, existe o reformador e o decorrente, e esse poder reformador não pode alterar o titular desse poder originário e derivado (“Você não pode dispor daquilo que não lhe pertence – Nelson Sampaio”), pois é um poder que não pertence ao legislador. 
(Normas relativas) Processo de Mudança: Art. 60º, nossos representantes não poderiam alterar o artigo 60, pois ele foi criado pelo originário, a não ser o único caso de tornar esse processo mais complicado. 
Ex: atualmente para a mudança da emenda é necessário 3/5 de cada Casa e em dois turnos | Na hipótese de uma mudança, você poderia alterar de 3/5 para 2/3, já que essa nova exigência traz a necessidade de uma aprovação maior das Casas. 
(Normas relativas) Direitos e Garantias Fundamentais: Art. 60, §4, inciso IV - mesmo no inciso sendo verificada apenas a garantia dos direitos e garantias individuais, a doutrina considera com a proteção dos direitos e garantias fundamentais. E isso é valido, porque só poderíamos mudar para abranger o leque de garantias. 
PCD DECORRENTE – preocupações com as Constituições Estatais
- Atua diante de uma ordem constitucional já criada. Muito preocupado com as autonomias do Estado, então ele vai dizer que os Estado têm a autonomia para criar e mudar suas próprias Constituições Estaduais. 
- A assembleia legislativa é composta pelos deputados estaduais. E cada assembleia legislativa possui seu poder constituinte (art. 11 do ADCT + art. 25 da CF). Como a assembleia legislativa que cria a constituição estadual, se houver alguma necessidade, ela que irá realizar mudanças nessa constituição.
Ex: Na Bahia, temos um feriado que está presente apenas na Constituição da Bahia, por ser algo que interesse mais a Bahia, que é o feriado da Consolidação da Independência Brasileira (2/7/1823)Art. 6º - O Estado divide-se em Municípios, unidades politico-administrativas autônomas, e, para fins administrativos, mediante lei complementar, em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
§ 3º - O Dois de Julho, data magna da Bahia e da consolidação da Independência do Brasil, é feriado em todo o território do Estado. 
[...]
Art. 289 - Sempre que for veiculada publicidade estadual com mais de duas pessoas, será assegurada a inclusão de uma da raça negra.
Limites:
Princípios “Sensíveis”: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.                             (Incluída pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.                          (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
- Professor alagoano Pontes de Miranda
- Processo de intervenção federal ou ADI Interventiva ou Representação Representativa: Art. 34, VII *C/C Art. 36, III | Apenas o Procurado Geral da República pode ajuizar esse processo no Supremo Tribunal Federal. E ele vai ter que examinar se houve ou não a violação do Art. 34, VII. O STF pode concordar (julgou o processo procedente e terá que falar com a Presidência da República para que ela decrete a IF) ou não (julgou o processo improcedente e vai arquivar aquele processo) com o processo.
*C/C = combinado com
Ex: de 1988 até agora ainda não foi julgado uma ADI Interventiva como procedente, o caso mais famoso de tentativa de IF foi o IF 114. 
Princípios da simetria: Art. 25º | Como referência central o modelo federal, as eles adaptarão o modelo a cada peculiaridade de cada Estado.  Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
- Duas providencias básicas: Estados utilizam a inspiração do modelo federal + Estado precisam adaptar o modelo federal aos seus Estados. 
Ex1: CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito feita pelo Legislativo – e tem a finalidade de investigar algum fato de interesse publico. Art 58, §3º. Podemos abrir uma CPI Estadual, a gente utiliza todo o funcionamento Federal, mas com as adaptações. 
Ex2: MP – Medida Provisória – ato normativo criado pela Presidência da República cria uma MP se aconteceu algo de urgência e relevância, mas precisa da confirmação do Congresso. No campo estadual, o Governador cria essa MP e ela tem de ser confirmada pela Assembleia Legislativa (Art 62º)
MUDANDO O QUE DEVERIA SER MUDADO = “MUTATIS MUTANDIS”
PODER CONSTITUINTE DIFUSO - Preocupação em democratizar o exercício do Poder Constituinte
3.1. DIMENSÕES/ASSOCIAÇÕES DO PCDifuso:
Pluralizar o debate constitucional, ouvir mais a sociedade e fazer ela mais presente nesse debate do processo de criação Constitucional:CONTROLDE DE
CONSTITUCIONALIDADE
DIFUSO
PODER 
CONSTITUCIONAL DIFUSO
Ferramentas para esse PCDifuso:
“Amicus Curiae” = AMIGO DA CORTE: esse amigo da corte seria, de acordo com a lei que regula esse assunto, um órgão ou entidade da nossa sociedade. Esse órgão vai se dirigir a um relator (responsável por dar o primeiro voto no processo) de um processo no STF, nesse contato ele pede para que sejam habilitados na função de amigos da corte. Quando o amigo da corte participa desse processo, ele pode opinar nesse julgamento do STF. O amigo da corte pode fazer a sustentação oral – 15 minutos para convencer o Supremo através de argumentos que ache interessante e juntar um parecer no processo – documento escrito que o órgão vai juntar no processo para defender a sua ideia. Não a limitação do tema, a única questão que o órgão esteja ligado ao tema e tenha um grau de representatividade. 
Ex: Cotas nos concursos públicos – 20% das vagas serão direcionadas para negros e pardos – e o órgão que visa sobre os concursos públicos acha interessante e pedi para participar do julgamento na condição de amigos da corte. 
Audiências públicas: processo para ouvir a sociedade, mas o STF está interessado em ouvir especialistas que tenham experiencia e autoridade da matéria (pesquisadores, cientistas). 
Ex1: Casos que chegaram ao STF e que ele precisou de especialistas para decidir, pois são temas que o STF ainda não alcança: problema do Amianto Crilotila, problemas relacionados a embriões. 
Ex2: Em junho houve uma audiência pública sobre o bloqueio do WhatsApp. 
Ocorrência das mutações constitucionais, é um procedimento em que acontece uma alteração de sentido, sem que haja uma alteração constitucional. 
Ex: Inviolabilidade de domicilio – Art. 5º, inciso XIArt. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;                   (Vide Lei nº 13.105, de 2015)             (Vigência) – a palavra casa, além de proteger a casa, apartamento, casebre, trailer, ela também vai se referir a proteção do local de trabalho. 
PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL
	PC Originário
	PC Supranacional
	(visão tradicional)
	(acima do que é nacional, ingressamos em uma lógicainternacional)
	(1)Estado – Maquiavel 
	(1)Estados (Integração) – Art. 4º da Constituição existem 10 Princípios da Integração Internacional
	(2)Soberania – Bodin: Absoluto e Perpétuo 
	(2)Soberania de um Estado A e do Estado B, mas existiria acima das Constituições estatais existiria um novo nível com outras obrigações que os próprios Estados se comprometem. EX: Tratados
	(3)Paz de Vestfália (1648) - estabeleceu os princípios que caracterizam o Estado moderno, destacando-se a soberania, a igualdade jurídica entre os Estados, a territorialidade e a não intervenção.
	(3)Final da 2ª Guerra e Criação da ONU
LEGISLAÇÃO ANTERIOR E NOVA CONSTITUIÇÃO
	LEI ANTERIOR
	NOVA CONSTITUIÇÃO
	Código Penal, 1940
	Lei Antiga pode ser compatível (recepcionada) com a nova CF ou ser incompatível (não recepção)
*REPRESTINAÇÃO (LINDB): retorno pela perda, ou seja, retorno da vigência de uma lei revogada, por conta da perda da vigência de uma lei revogadora
*DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO: O Brasil tenha um novo regime Constitucional 2050, a gente pegaria uma regra de 1988 e agora existiria nessa nova constituição como uma lei.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
- HERMENÉUTICA, INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DO DIREITO
- Hermenéutica – “teoria cientifica da arte de interpretar” de Carlos Maximiliano - retrata um conjunto de conhecimentos voltados para um objeto, que tem como objeto a interpretação. 
- Interpretação - “atividade para a busca do sentido e o alcance de dispositivos” de Carlos Maximiliano 
TEXTO E NORMA
- TEXTOS É O MATERIAL QUE INTERPRETAMOS E A NORMA É O RESULTADO DESSA INTERPRETAÇÃO
- EX: Art. 121: o texto é: Matar alguém e a Norma é Não é permitido matar alguém 
- Norma: regra ou princípio
	- Celso Antônio Bandeira de Melo, na construção dele, o princípio é mais importante que a regra – “Princípio é o mandamento nuclear de um sistema” – ideia da importância 
	- Robert Alexy, escreveu o livro “Teoria dos direitos fundamentais” – traz uma diferença de um critério estrutural entre regra e principio 
	
	DEVERES 
	APLICAÇÃO
	CONFLITOS
	REGRA
	Deveres definitivos, aplicados em uma lógica “all or nothing” (tudo ou nada, ou seja, ou aplica totalmente uma regra ou não aplica – Ronald Dworkin) – Ex: Idade mínima para alguém ser Ministro da República é 21 + Ex2: Para alguém ser Ministro do Supremo tem que ser um brasileiro nato
	Subsunção - aproximação entre os fatos e as regras, uma dimensão de validez. Ex: nota mínima para aprovação na faculdade 6. 
	R1 X R2
(1)Antinomias: critérios cronológicos (a regra mais nova é aplicada pois está mais de acordo com a realidade), hierárquicos (a de hierarquia maior é aplicada) e especificidade (regra geral e regra especial, aplica-se a especial porque ela é mais voltada para aquele caso)
(2)Regras de Exceção: em alguns casos a regra pode servir de exceção para outra e ela convivem harmoniosamente 
Ex: R1 é proibido sair da sala antes de tocar o sinal e R2 é permitido sair da sala para ir ao banheiro
	PRINCÍPIO 
	Conteúdo “Prima Facie” (=primeira face), ou seja, aplicação do princípio na maior medida – Ex: Proteção à privacidade e liberdade profissional (Caso Cicarelli e Carolina Dieckman) + Ex2: Animais X Religião
	Ponderação (peso) – examinar vários princípios colidentes para ver qual tem o peso maior 
	P1 X P2
Ponderação ou Sopesamento do princípio: análise de qual princípio tem um peso maior. Ex: um sujeito, todos os dias, às 6h da manhã um sujeito utiliza um megafone pela vizinhança pregando a sua crença e a juíza 
- Aplicação – LINDB (Lei de Introdução as normas sobre o direito brasileiro).
- Aplicação é a concretização da interpretação, e a aplicação do direito conta com a influência da LINDB:
LINDB
Art. 4o  Quando a lei for omissa – retrato do civil law, mas cada vez mais o Brasil está partindo para o Commom Law, ou seja, da jurisprudência - , o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia – raciocínio por semelhança, ou seja, o juiz usa uma solução que já existe e aplica a sua essência em uma solução não regrada - , os costumes – prática reiterada + convicção de obrigatoriedade - e os princípios gerais de direito – máximas que o povo cria e leva para o ordenamento jurídico -. 
- 
- Esse artigo 4º é voltado para fontes do direito. O juiz não tem que aplicar na sequência dita na lei. 
LINDB
Art. 5o  Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum
Ex: Tamires é juíza, chega um caso na mão dela, o qual uma pessoa diz que não aguenta mais ser seguido por uma stalker (um ex relacionamento dele e ela insatisfeita começou a seguir ele, tirava foto da casa dele...) e um dia a ex namorada o ameaçou e ele entro na justiça pedindo as medidas protetivas da lei maria da penha. E nesse caso, que é real, se aplica a lei pois os fins sociais dela são, majoritariamente, a proteção da mulher, mas também pode ser aplicada na proteção de outro ser humano em situação protegida pela lei maria da penha. 
Métodos clássicos de interpretação:
- 1840 – Livro: “Sistema do Direito Romano atual” – Savigny – ele criou métodos para a interpretação do direito privado, mas que são utilizados no Direito Constitucional 
Gramatical (literal ou filológico): qualquer interpretação se inicia pelo significado das palavras
Ex1: Presidente indica alguém para o STF, que tem que ter mais de 35 anos e menos de 65 anos e brasileiro nato, ter um notável saber jurídico e ter a reputação ilibada 
Ex2: Direitos fundamentais não são cláusulas pétreas implícitas, pois ele vai dizer que as cláusulas pétreas são os direitos individuais. 
Histórico: vamos ter que olhar a origem dessa norma – os documentos, as atas, as discussões -. 
Ex: Art 60º, §4º - os métodos históricos deixariam a gente justificar a clausula pétrea protetiva também dos direitos fundamentais. 
Sistemático ou lógico-sistemático: traduz uma preocupação com o conjunto. O Legislador vai interpretar aquela norma, dentro de um conjunto de normas que ele faz parte. 
Ex: Art 60º, §4º, IV + Art. 6º, Art. 1º e III
Ex2: Quantidade mínimo para a criação de um novo Estado tem de ter a aprovação de no mínimo 8 deputados federais, mas isso vai aumentando proporcionalmente, e existe um teto de, no máximo, 70. – Art. 45º
Teológico: é voltado para a finalidade da lei em si, quem aplica a legislação quer saber qual foi a finalidade da lei. 
Peculiaridades Constitucionais:
- Seria necessária uma hermenêutica constitucional por 3 motivos:
Pela posição de supremacia da Constituição que não se compara a norma civil, a norma penal. – Ex: Pirâmide Kelsiana. 
A norma constitucional tem uma linguagem diferente de outras normas, pois a forma que ela e escrita é uma linhagem mais aberta, genérica. 
Caráter político mais acentuado. 
Princípios de interpretação constitucional:
- Canotilho (Portugal) e Konrad Hesse (Alemanha) que foi orientador de Canotilho.
Supremacia da Constituição:
- Valioso para a interpretação constitucional e para o controle de constitucionalidade.
- A constituição ocupa um papel diferenciado na ordem jurídica, pois ela está em um patamar hierarquicamente privilegiadoArt. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
Todos os poderes têm o dever de zelar pela Constituição, é uma forma de autoproteção, mas o judiciário tem um papel maior pois é ele que dá a última voz. e isso se realiza quando existe o controle difuso ou concentrado de constitucionalidade. 
Presunção de Constitucionalidade:
- Valioso para a interpretação constitucional e para o controle de constitucionalidade. 
- Presunção de que existe uma harmonia entre a lei e a Constituição. Se partimos dessa presunção, é porque imaginamos que a inconstitucionalidade é uma exceção e não uma regra. É uma presunção que existe, mas pode ser derrubada – é uma presunção relativa ou “iuris tantum”.– Ex: em alguns Estados brasileiros foram criadas leis municipais obrigando as pessoas a rezarem o pai nosso antes de iniciarem as atividades escolares | O prefeito de Guanambi entregou a chave da cidade a Deus. 
Interpretação conforme a Constituição:
- Valioso para a interpretação constitucional e para o controle de constitucionalidade. 
- Texto difere da norma! - Ex: Texto diz que a idade mínima para ser presidente é de 35 anos – este exemplo não entra na interpretação conforme. Pode acontecer de uma lei trazer vários significados – Leis(Texto) no Código Penal existem dois casos para o aborto: o estupro e em caso de perigo para a mãe, mas o STF reconheceu que o feto anencefálico também é uma modalidade válida para aborto, não está no código penal, mas foi uma decisão via interpretação. 
- Norma é o resultado da interpretação do texto. 
Unidade da Constituição:
- Tentativas de evitar contradições no texto constitucional, uma harmonização do texto constitucional. 
Ex: Art. 45 x Art. 14 x Art. 5º
Máxima Efetividade: deve ser estriada a maior eficácia possível na interpretação das normas constitucionais. 
Efeito integrador: tem muito a ver com a lógica da unidade da Constituição. Na pratica, o efeito integrador traz a mesma lógica de harmonização. 
Força normativa da Constituição: Hesse escreve um livro sobre isso: “Força normativa da Constituição” e ele vem criticar Lassale, que na verdade teríamos que ter não só a normatividade, mas também a “vontade de Constituição” (na pratica seria um desejo real de concretização constitucional)
Concordância prática: a bens e direitos em conflito e como há vários bens e direitos em conflito, deve haver uma relação de harmonização entre bens e direitos em conflitos e um recurso de proporcionalidade. 
Métodos de interpretação da Constituição:
Hermenêutico – concretizadora: 
- Gadamer teria sido um dos principais precursores: Existem duas contribuições principais:
O sujeito que interpreta a Constituição, ele leva para essa interpretação a sua pré-compreensão, que é retrato da bagagem que alguém traz consigo para a interpretação dessa Constituição. Isso mostra que cada pessoa que interpreta, tem o seu próprio impacto e bagagem no processo de interpretação. 
Círculo hermenêutico: quando alguém interpreta há uma interação sujeito X objeto – o sujeito interpreta o objeto, o objeto repercuti no sujeito e isso se torna um ciclo. 
Tópico - Problemático: 
- Aristoteles já falava sobre isso, mas o autor que torna esse método mais conhecido foi Viehweg. Ele se baseia na influencia aristotélica e ele se preocupa, se baseia muito com o problema a resolver. Quando falamos desses métodos, significa que vamos usar uma análise de todas as ferramentas (CF, leis, valores, decisões judiciais, moral, justiça...) capazes para resolver esse problema e pensar qual será a melhor. Na pratica não se usa aquela lógica kelsiana piramidal, ir de degrau a degrau. 
Normativo - estruturante:
- Vinculado ao autor alemão Müller, que traz a ideia de um método que quer mostrar que existem mais fatores, elementos envolvidos com o método da interpretação fora o texto. Na pratica é como se a gente se percebe que o que interpretamos é apenas a ponta do iceberg. 
Programa normativo: o que a gente lê, o que a gente examina. 
Âmbito Normativo: o conjunto de fatores que envolve o programa, que situa o programa. 
Cientifico - espiritual: 
- Smend propõe a integração dos textos que se interpreta aos valores – políticos, sociais e ideológicos - de uma sociedade.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
INTRODUÇÃO E PRESSUPOSTOS:
- Dizer que algo é inconstitucional é dizer que algo tem incompatibilidade normativa face a CF. A inconstitucionalidade traduz um juízo relacional, pois traduz uma relação de incompatibilidade normativa (Miranda). 
- Rigidez Constitucional: “Da rigidez decorre a supremacia constitucional” – uma CF rígida é quando o processo de mudança da Constituição é mais trabalhoso que o da mudança de outras leis - e isso é dito porque, normalmente, se valoriza/respeita algo que é mais rígido de ser alterado. Existem ressalvas quanto a essa frase, pois existem países onde a CF não rígida e existe supremacia constitucional (Ex: Inglaterra)
- Guardião da Constituição: para Kelsen, o guardião da Constitucional seria um Tribunal Constitucional – o primeiro foi do Aústria em 1920, mas o mais famoso é Tribunal Constitucional da Alemanha, o STF no Brasil se inspira no kelseniano, mas não é igual. Já para Schmitt, o guardião deveria ser o Chefe de Estado. 
MODELOS DE CONTROLE
DIFUSO:
EUA – 1803, caso Marbury X Madison – a CF de 1787 dos EUA não fala sobre quem deve guardar a CF, mas alguns anos depois esse caso evidencia uma discussão que trouxe uma decisão do juiz Marshall que dizia que cabe ao juízes e tribunais fazer o controle de constitucionalidade. O tema do caso era a nomeação de um cargo para Juiz de Paz - o presidente no antigo mandato nomeou alguns juízes de paz que conseguiram empossar o cargo antes desse presidente sair, só que logo depois um outro presidente entrou no governo e deu ao seu Secretário de Estado Madison a função de não empossar os juízes que tinham sido nomeados até o momento da sua chegada. Um desses juízes foi Marbury, que entrou com um processo contra Madison. Existia uma lei infraconstitucional, chamada de Ato Judiciário, que dizia que era competência da Suprema Corte julgar esse tipo de processo, mas isso não estava na Constituição, então a Suprema Corte não tinha competência. Por isso, Marshall, o juiz do caso, decidiu que essa lei seria contrária à constituição, por conta da supremacia constitucional, e que a Suprema Corte não poderia decidir esse processo, visto que a constituição não concedeu essa competência à Suprema Corte.
O controle difuso de constitucionalidade está relacionado ao conceito de algo disperso, espalhado. Ele pode ser feito por qualquer tribunal ou qualquer juiz, porém os efeitos dessa decisão, em regra, alcançam e valem as partes do processo (inter partes).
Ex: Em um caso polêmico, a Lei Maria da Penha foi considerada inconstitucional por um juiz, porém os efeitos dessa decisão foram válidos apenas para o caso concreto que ele estava julgando.
CONCENTRADO: Aústria 
- Kelsen não concordava com o modelo de controle de constitucionalidade difuso americano, ele achava estranho essa disseminação excessiva de poder. Por isso, criou o modelo de controle concentrado, em 1920, no qual poucas autoridades possuem esse poder e há um processo específico que deve ser seguido para tal ação.
- Não é qualquer pessoa que deflagra esse controle, são só algumas autoridades específicas. Essas autoridades vão manejar ações apenas para realizar esse controle concentrado, que serão julgadas por um órgão que possui a tarefa específica de julgar esses tipos de ações, também conhecido como Tribunal Constitucional.
- Essa solução de Kelsen não faz tanto sucesso de imediato, porém vai ganhar notoriedade após a 2ª Guerra Mundial.
PREVENTIVO: França
- Na França, a figura do juiz era muito relacionada à manutenção de privilégios, por isso havia uma grande desconfiança judicial. Então, os franceses, em 1958, pensaram em fazer um controle preventivo para atingir os projetos de lei antes que se tornassem, de fato, leis.
- Quando alguém propõe um projeto, ele é examinado antes para ver se é ou não constitucional. Cria-se, então, um órgão mais político que jurídico que seria o Conselho Constitucional, que tem a atribuição de examinar quando alguém achar que há uma inconstitucionalidade no projeto de lei, para evitar que surja uma lei inconstitucional.
- Mais recentemente, a França criou uma ferramenta chamada QPC (Questão Prioritária de Constitucionalidade), a qual faz um controle repressivo, que vai analisar algumas leis que podem achar que são inconstitucionais. Ou seja, a tradição francesa é uma tradição mais preventiva de controle de constitucionalidade, mas também possui ferramentas de controle repressivo. 
	3. Controle Brasileiro (Parte FernandaBraga):
No Brasil, temos dois tipos de controle de constitucionalidade: o preventivo e o repressivo. O controle preventivo vai sempre alcançar projetos de lei, expectativas legislativas que ainda não viraram leis; e o controle repressivo vai atingir leis e atos normativos, em geral.
Esses dois tipos de controle de constitucionalidade brasileiro podem ser encontrados nos âmbitos legislativo, executivo e judiciário.
Controle Preventivo:
O controle preventivo legislativo envolve a Câmara Nacional, ou seja, o Senado e a Câmara de Deputados. Existe, aqui, a figura da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), sendo uma na Câmara e outra no Senado, que vai realizar esse controle preventivo de constitucionalidade, analisando os projetos de lei e emitindo pareceres acerca da constitucionalidade desses projetos.
Se esse controle legislativo falho, teremos o controle preventivo executivo. Quando esse projeto de lei é aprovado, o presidente da república tem duas opções: ou ele concorda (sanção) ou ele discorda (veto). Existem, no Brasil, dois tipos de veto: o veto jurídico (por razão de inconstitucionalidade) e o veto político (por contrariedade ao interesse público). Fica a critério do presidente fundamentar do jeito que ele achar melhor e, como o presidente pode não ter uma formação jurídica, ele conta com sua assessoria para auxiliá-lo a preparar sua fundamentação do veto. Porém, a palavra final da permanência ou não do veto pertence ao Congresso Nacional.
O usual no Brasil é que, na esfera preventiva, o judiciário não se envolva tanto, ou seja, o controle preventivo judiciário é bastante excepcional. O argumento utilizado para que o judiciário não tenha um espaço maior no controle preventivo é o próprio princípio de separação de poderes. Ele só vai acontecer em um único caso: quando houver ofensa ao devido processo legal parlamentar, que é quando o próprio processo de criação da lei está violando à constituição. Dessa forma, é entregue ao parlamentar (deputado federal ou senador) a possibilidade de provocar o Supremo sobre essa violação, isso ocorre por meio do mandado de segurança. O Supremo entende que apenas o parlamentar possui o direito líquido e certo para impetração do mandado de segurança.
Controle Repressivo:
Também existem nos âmbitos legislativo e executivo, porém o judiciário é mais utilizado e, por isso, será o mais explorado aqui.
Difuso X Concentrado: Quando falamos numa comparação entre controle difuso e concentrado, nos referimos a quem tem competência para realizar algum dos controles. Quando falamos em difuso, estamos nos referindo à situação em que qualquer tribunal ou juiz possui a competência de fazer controle difuso. Quando falamos em concentrado, estamos nos referindo à situação em que órgãos de cúpula (STF, quando se trata da Constituição Federal; e cada TJ, quando se trata da Constituição Estadual) fazem controle concentrado.
Concreto X Abstrato: Sempre que pensamos em controle difuso, há casos concretos que envolvem esse controle. Tem que haver um processo que envolva partes para que possa ocorrer esse controle difuso, por isso, os efeitos vão alcançar as partes desse processo (efeitos inter partes). No controle concentrado, é o contrário: esse controle não necessita de casos concretos. O controle concentrado analisa a lei em tese, sem a análise de um caso concreto, por isso, os efeitos vão alcançar a todos (efeitos erga omnes).
Incidental X Principal: O controle difuso lida com questões prejudiciais, ou seja, a inconstitucionalidade é uma questão prejudicial. Quando dizemos que algo é uma questão prejudicial, estamos dizemos que é um antecedente lógico para a solução da questão principal. Ou seja, é um problema que precisa ser resolvido para que se tenha uma solução de um problema principal. O controle concentrado lida com questões principais, ou seja, a inconstitucionalidade é uma questão principal. Aqui, queremos saber se uma lei x é constitucional para todos ou não. 
	Controle Difuso
	Controle Concentrado
	Concreto
	Abstrato
	Incidental
	Principal
Controle Difuso: 
- Para que um juiz ou um tribunal decidirem que uma lei é inconstitucional, é necessário fundamentação. Como o juiz é um órgão monocrático, ele precisa apenas de sua assinatura para que a decisão tenha validade. Como o tribunal é um órgão colegiado, o art. 97 da Constituição Federal determina que é necessária a aprovação da maioria absoluta dos membros do pleno (todos os desembargadores) ou do respectivo órgão especial onde houver (segundo o art. 93, XI da Constituição Federal, alguns tribunais têm a possibilidade de criar um órgão especial, que funciona como um micro plenário, com o objetivo de dinamizar o próprio pleno) para que a decisão tenha validade.
Já que qualquer juiz ou tribunal pode fazer controle difuso, é óbvio que o Supremo também pode fazer, contando com o quórum de maioria absoluta. Como o STF possui 11 ministros, necessita-se de, no mínimo, 6 votos para alguma lei seja considerada inconstitucional (visto que temos a presunção de que as leis são constitucionais, o quórum é para ver se é inconstitucional, se a lei é uma exceção à regra). Os efeitos dessa decisão também serão para as partes (“inter partes”), porém o STF tem a obrigação de mandar sua decisão para o Senado Federal (como determina o art. 52, X da CF). Ao mandar para o Senado, ele tem a possibilidade de ampliar os efeitos dessa decisão (“erga omnes”). Essa decisão do Senado de ampliar os efeitos não é de caráter obrigatório, o Senado só o faz se quiser.
Alguns autores, incluindo o ministro Gilmar Mendes, defendem que, na verdade, deveríamos fazer uma releitura desse art. 52, X da CF, visto que o Supremo é o maior tribunal do Brasil. Eles sugerem que o papel do Senado seja apenas um divulgador de uma decisão do Supremo que já teria eficácia geral (erga omnes). Ou seja, segundo essa tese, todas as decisões do STF provindas de um controle difuso de inconstitucionalidade já teriam uma eficácia geral, então todas suas decisões valeriam para todos, e não apenas para as partes. Essa tese não foi aceita pelo Supremo, mas é bastante tratada nos manuais.
Controle Concentrado:
Aqui, temos determinadas ações que são julgadas pelo Supremo: a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), sendo elas genérica, interventiva e por omissão, ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade), e ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental).
O art. 103 da Constituição Federal determina quem são os legitimados ativos (quem tem o direito de propor a ação) da ADI Genérica, ADI por Omissão, ADC e ADPF. Já na figura da ADI Interventiva, apenas o Procurador Geral da República possui legitimidade ativa para propositura dessa ação. 
Porém, como o rol de legitimados ativos é extenso, o Supremo criou o critério da pertinência temática (fruto da jurisprudência do STF) para a propositura da ADI Genérica (e vem utilizando para as outras ações que utilizam esse mesmo rol), ou seja, o Supremo definiu que alguns legitimados têm que mostrar uma harmonia entre seu perfil enquanto legitimados e o objeto da ação. 
Obs: Quem são os legitimados que precisam mostrar essa pertinência temática? Governadores de estado ou do DF, Mesa de Assembleia Legislativa do estado ou Mesa de Câmara Legislativa do DF, confederações sindicais, e entidades de classe de âmbito nacional. 
Obs: Todos os outros não precisam determinar pertinência temática, que são chamados de legitimados universais.
*ADI – ação direta de inconstitucionalidade
*ADC – ação declaratória de constitucionalidade
*ADPF – arguição de descumprimento de preceito fundamental 
ADI GENÉRICA:
Quem pode propor – quem é legitimado ativo: Art. 103
- O STF criou uma restrição jurisprudencial (que vai ser utilizada par as outros tipos de controle que usarem o Art. 103) – pertinência temática, alguns legitimados devem mostrar uma harmonia entre o seu perfil e o objeto da ação proposta, precisa provar pertinência temática (legitimados especiais): Governadores de Estado e do Distrito Federal,

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