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www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 1 Facebook: www.facebook.com/prof.roberionunes Instagram: @prof.roberionunes Quadro-síntese (Prof. Geisa de Assis Rodrigues) Quadro-síntese (Prof. Geisa de Assis Rodrigues) Quadro-síntese (Prof. Geisa de Assis Rodrigues). Jurisprudência repartição de competências STF: “1. A tipificação do crime de responsabilidade é da competência legislativa privativa da União. Prece- dente: ADI n. 2220, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Plenário, Dje de 7.12.2011. (…)” (STF, AI 515894 AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, j. em 28/08/2012); Jurisprudência repartição de competências STF: “(...) Constituição do Estado de Rondônia - Outorga de prerrogativas de caráter processual penal ao Governador do Estado - Imunidade à prisão cautelar e a qualquer processo penal por delitos estranhos a função governamental - inadmissibilidade - Ofensa ao princípio republicano - Usurpação de competên- cia legislativa da União - Prerrogativas inerentes ao presidente da República enquanto chefe de Estado (CF/88, art. 86, par. 3. e 4.) (...)” (STF, ADI 1023, 19/10/1995); Jurisprudência repartição de competências STF: “A proibição de contratação com o Município dos parentes, afins ou consanguíneos, do prefeito, do vice-prefeito, dos vereadores e dos ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança, bem como dos servidores e empregados públicos muni- cipais, até seis meses após o fim do exercício das respectivas funções, é norma que evidentemente homenageia os princípios da impessoalidade e da moralidade Jurisprudência repartição de competências STF: administrativa, prevenindo eventuais lesões ao inte- resse público e ao patrimônio do Município, sem restringir a competição entre os licitantes. Inexistên- cia de ofensa ao princípio da legalidade ou de inva- são da competência da União para legislar sobre normas gerais de licitação. (...)” (STF, RE 423560, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, j. em 29/05/2012); Jurisprudência repartição de competências STF: “(...) Artigo 1º, caput e § 1º, da Lei nº 5.934, de 29 de março de 2011, do Estado do Rio de Janeiro, o qual dispõe sobre a possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais ofertados pelas ope- radoras de telefonia, determinando a transferência dos minutos não utilizados no mês de sua aquisi- ção, enquanto não forem utilizados, para os meses subsequentes. Competência privativa da União para legislar sobre telecomunicações. Violação do art. 22, IV, da Constituição Federal. Precedentes. (...)”. (STF, ADI 4649 MC, Rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, j. em 28/09/2011); Jurisprudência repartição de competências STF: “(...) 2. Lei estadual n. 13.921/2007, de Santa Cata- rina. 3. Serviço público de telecomunicações. 4. Telefonias fixa e móvel. 5. Vedação da cobrança de tarifa de assinatura básica. 6. Penalidades. 7. Inva- são da competência legislativa da União. Violação dos artigos 21, XI, 22, IV, e 175, parágrafo único, da Constituição Federal. Precedentes. 8. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.” (STF, ADI 3847, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, j. em 01/09/2011); Jurisprudência repartição de competências STF: www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 2 “Ação Direta de Inconstitucionalidade. Lei Acreana n. 1.618/2004. Regras que proíbem o corte residen- cial do fornecimento de água e energia elétrica pe- las concessionárias por falta de pagamento. Com- petência da União para legislar sobre serviço de energia elétrica. Competência do Município para legislar sobre serviço de fornecimento de água. Afronta aos arts. 22, inc. XII, alínea b, 30, inc. I e V e 175 da Constituição da República. Ação julgada procedente.” (ADI 3661, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, j. em 17/03/2011); Jurisprudência repartição de competências STF: “A Lei estadual 4.049/2002, ao prever a gratuidade de todos os estacionamentos situados no Estado do Rio de Janeiro aos portadores de deficiência e aos maiores de sessenta e cinco anos, proprietários de automóveis, violou o art. 22, I, da Constituição Fe- deral. Verifica-se, no caso, a inconstitucionalidade formal da mencionada lei, pois a competência para legislar sobre direito civil é privativa da União. Pre- cedentes.” (STF, AI 742679 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, j. em 27/09/2011); Jurisprudência repartição de competências STF: “O Município de São Paulo, ao editar as Leis l0.927/91 e 11.362/93, que instituíram a obrigatorie- dade, no âmbito daquele Município, de cobertura de seguro contra furto e roubo de automóveis, para as empresas que operam área ou local destinados a estacionamentos, com número de vagas superior a cinqüenta veículos, ou que deles disponham, inva- diu a competência para legislar sobre seguros, que é privativa da União, como dispõe o art. 22, VII, da Constituição Federal.” (STF, RE 313060, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, j. em 29/11/2005). Jurisprudência repartição de competências Há violação da competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte, consoante dis- posto no art. 22, XI, da CF, no seguintes casos: Lei estadual que dispõe sobre o cancelamento de multas de trânsito (STF, ADI 2137, Rel. Min. Dias Toffoli, 11/04/2013); Lei estadual que dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança nas vias urbanas (STF, ADI 2960, Rel. Min. Dias Toffoli, 11/04/2013); Jurisprudência repartição de competências Há violação da competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte, consoante dis- posto no art. 22, XI, da CF, no seguintes casos: Lei estadual que dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas de transporte coletivo de passageiros que operam no estado instalarem cinto de segurança nos veículos (STF, ADI 874, Rel. Min. Gilmar Men- des, 03/02/2011); Jurisprudência repartição de competências Há violação da competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte, consoante dis- posto no art. 22, XI, da CF, no seguintes casos: Lei estadual que dispõe sobre penalidade a quem dirigir veículo automotor em estado de flagrante embriaguez (STF, ADI 3269, Rel. Min. Cezar Pelu- so, 01/08/2011); Jurisprudência repartição de competências. Há violação da competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte, consoante dis- posto no art. 22, XI, da CF, no seguintes casos: Lei estadual que dispõe sobre licenciamento de motocicletas para transporte de passageiros (“moto- táxi”) (STF, ADI 3136, Rel. Min. Ricardo Lewan- dowski, 01/08/2006). Jurisprudência repartição de competências Instituições bancárias: A definição do horário de funcionamento (atividade- fim) é da competência legislativa da União: “Recurso Extraordinário. Horário de funcionamento bancário: matéria que, por sua abrangência, trans- cende ao peculiar interesse do Município. Compe- tência exclusiva da União para legislar sobre o as- sunto. Precedentes do STF. RE conhecido e provi- do.” (RE 118363, Rel. Min. Celio Borja, Segunda Turma, j. em 26/06/1990) Jurisprudência repartição de competências Instituições bancárias: A definição do horário de funcionamento (atividade- fim) é da competência legislativa da União: Súmula 19 do STJ: “A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da união”. Jurisprudência repartição de competências Instituições bancárias: É inconstitucional a lei estadual que imponha às agências bancárias o uso de equipamento que, ainda quando indicado pelo Banco Central, ateste a autenticidadedas cédulas de dinheiro nas transa- ções bancárias. Ofensa aos arts. 21, VIII, e 192, da CF. (STF, ADI 3515, Pleno, 01/08/2011). Jurisprudência repartição de competências Instituições bancárias: A Corte Especial do STJ entende que o funciona- mento interno das agências bancárias e, por conse- guinte, as atividades-meio dessas instituições são questões de interesse local, cuja competência legis- lativa é do Município (STJ, RESP 1347921, 07/03/2013) www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 3 Jurisprudência repartição de competências Instituições bancárias: O Município pode legislar apenas sobre temas de interesse local, inclusive relativos à proteção do consumidor e à relação de consumo, como por exemplo: Instalação de sanitários (STF, RE 266536 AgR, 17/04/2012) e equipamentos de segurança (STF AI 574296 AgR, 2ª Turma, 23/05/2006). Tempo máximo de espera (STF AI 495187 AgR, 1ª Turma, 30/08/2011). Jurisprudência repartição de competências Tendo em vista a competência concorrente da uni- ão, estados-membros e o DF para legislar sobre direito econômico - art. 24, I, da CF/88, são consti- tucionais leis estaduais que garantem meia entrada para: doadores regulares de sangue no acesso a locais públicos de cultura esporte e lazer (STF, ADI 3512, 15/02/2006); e estudantes regularmente matriculados em estabele- cimentos de ensino no ingresso em casas de diver- são, esporte, cultura e lazer (STF, ADI 1950, 03/11/2005). Jurisprudência repartição de competências Considerando a competência do Município para legislar sobre assunto de interesse local, especial- mente transporte coletivo (art. 30, I e V, da CF/88) é inconstitucional norma da constituição estadual que garantia meia passagem para estudantes nos trans- portes coletivos municipais. A Constituição do Esta- do só pode assegurar a meia passagem nos trans- portes coletivos intermunicipais, de competência estadual (STF, ADI 845, 22/11/2007). Jurisprudência repartição de competências É inconstitucional norma do Estado ou do Distrito Federal que disponha sobre proibição de revista íntima em empregados de estabelecimentos de estabelecimentos industriais, comerciais e de servi- ços com sede ou filiais no Estado ou no DF. Matéria concernente a relações de trabalho. Usurpação de competência privativa da União. Ofensa aos arts. 21, XXIV, e 22, I, da CF. (STF, ADI 2947, 05/05/2010). Jurisprudência intervenção STF: “(...) Enquanto medida extrema e excepcional, ten- dente a repor estado de coisas desestruturado por atos atentatórios à ordem definida por princípios constitucionais de extrema relevância, não se decre- ta intervenção federal quando tal ordem já tenha sido restabelecida por providências eficazes das autoridades competentes.” (IF 5179, Rel. Min. Cezar Peluso, Pleno, j. em 30/06/2010). Jurisprudência intervenção STF: “AGRAVO REGIMENTAL EM INTERVENÇÃO FE- DERAL. PRECATÓRIO. DESCUMPRIMENTO IN- VOLUNTÁRIO. 1. Descumprimento voluntário e intencional de decisão transitada em julgado. Pres- suposto indispensável ao acolhimento do pedido de intervenção federal. 2. Precatório. Não-pagamento do título judicial em virtude da insuficiência de re- cursos financeiros para fazer frente às obrigações Jurisprudência intervenção STF: pecuniárias e à satisfação do crédito contra a Fa- zenda Pública no prazo previsto no § 1º do artigo 100 da Constituição da República. Exaustão finan- ceira. Fenômeno econômico/financeiro vinculado à baixa arrecadação tributária, que não legitima a medida drástica de subtrair temporariamente a au- tonomia estatal. Precedentes. (...).” (STF, IF 506 AgR, j. em 05/05/2004). Jurisprudência intervenção STF: “INTERVENÇÃO FEDERAL. Pagamento de preca- tório judicial. (...) Inadimplemento devido a insufici- ência transitória de recursos financeiros. Necessi- dade de manutenção de serviços públicos essenci- ais, garantidos por outras normas constitucionais. (...) Não se justifica decreto de intervenção federal por não pagamento de precatório judicial, quando o fato não se deva a omissão voluntária e intencional do ente federado, mas a insuficiência temporária de recursos financeiros. (STF, IF 4640 AgR, 29/03/2012) Jurisprudência intervenção STF: “(...) INTERVENÇÃO FEDERAL. (...) Estado sujeito a quadro de múltiplas obrigações de idêntica hierar- quia. Necessidade de garantir eficácia a outras normas constitucionais, como, por exemplo, a conti- nuidade de prestação de serviços públicos. 5. A intervenção, como medida extrema, deve atender à máxima da proporcionalidade. 6. Adoção da cha- mada relação de precedência condicionada entre princípios constitucionais concorrentes. 7. Pedido de intervenção indeferido. (IF 164, 13/12/2003) Jurisprudência intervenção STF: “LEGITIMIDADE PARA A CAUSA. (...) Intervenção federal. (...) Desobediência à ordem judicial de Tri- bunal de Justiça do Estado. Pedido formulado dire- tamente ao STF, pela parte interessada na causa. Ilegitimidade ativa reconhecida. Legitimação do presidente do tribunal local. (...) Somente na hipóte- se de descumprimento de decisão emanada do www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 4 próprio STF, a parte interessada em pedido de in- tervenção federal poderá deduzi-lo diretamente perante esta Corte.” (IF 4677 AgR, 29/03/2012) Jurisprudência intervenção STF: “(...) REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA – CARÁ- TER POLÍTICO – ADMINISTRATIVO – NÃO CABI- MENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO – VERBETE Nº 637 DA SÚMULA DO SUPREMO. Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de interven- ção estadual em Município. (...)” (AI 598988 AgR, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, 1ª Turma, j. em 28/06/2011) Jurisprudência intervenção STF: “(...) 2. A decisão [do TJ estadual] que defere pedido de intervenção estadual em município constitui pro- cedimento político-administrativo. Precedentes. 3. Inviabilidade, no caso, do pedido de intervenção federal, ante a ausência de descumprimento de ordem de natureza jurisdicional. (...)” (IF 2045 AgR, 13/09/2006). Jurisprudência intervenção. STF: “I. - É inconstitucional a atribuição conferida, pela Constituição do Pará, art. 85, I, ao Tribunal de Con- tas dos Municípios, para requerer ao Governador do Estado a intervenção em Município. Caso em que o Tribunal de Contas age como auxiliar do Legislativo Municipal, a este cabendo formular a representação, se não rejeitar, por decisão de dois terços dos seus membros, o parecer prévio emitido pelo Tribunal (C.F., art. 31, § 2º). (ADI 2631, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, j. em 29/08/2002) 1) UFMT – Promotor de Justiça – MT/2014. Relativamente às matérias de competência legis- lativa privativa da União, expressas no art. 22 da Constituição Federal brasileira, assinale a afir- mativa correta. A) A União exercerá suas competências sem a pos- sibilidade de delegação B) A União poderá autorizar mediante lei comple- mentar que Estados Membros e Municípios legislem sobre matéria específica C) A União poderá autorizar mediante lei comple- mentar que os Estados Membros legislem sobre matéria específica. Art. 22, § único. D) A União poderá autorizar mediante lei ordinária que os Estados Membros legislem sobre matéria específica E) A União poderá autorizar mediante lei ordinária que os Estados Membros e Municípios legislem sobre matéria específica 2) MPE-MS – Promotor de Justiça – MS/2014 (Adaptada). Julgue a seguinte afirmação sobre Competên- cias: É competência material comum dos entes fede- rados a implantação de política educacionalvi- sando à segurança do trânsito. CORRETO – Art. 23, XII, da CF/88. 3) PUC-PR – Juiz – TJ/PR 2014 (adaptada) Sobre competência da União julgue as alternati- vas abaixo: I - Compete à União legislar privativamente so- bre previdência social INCORRETO – A competência para legislar sobre previdência social é concorrente entre a União, aos Estados e ao Distrito Federal (art. 24, XII, da CF/88). 3) PUC-PR – Juiz – TJ/PR 2014 (adaptada). Sobre competência da União julgue as alternati- vas abaixo: II - Em matéria de competência comum, inexis- tindo lei federal sobre normas gerais, os Esta- dos exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades INCORRETO – Em matéria de competência concor- rente, e não comum, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º, da CF/88). 4) FCC – Juiz – TJ/RR 2015. Na Constituição brasileira de 1988, competên- cias comuns e concorrentes: A) têm natureza material B) têm natureza legislativa C) excluem o Distrito Federal D) excluem os Municípios E) têm, respectivamente, natureza material e natu- reza legislativa. 5) MPE-MS – Promotor de Justiça – MS/2014 (Adaptada) Julgue as seguintes afirmações sobre Compe- tências. I - No âmbito da competência legislativa privati- va da União, o regime constitucional impossibili- ta de forma absoluta a delegação de competên- cias legislativas da União para os Estados INCORRETO – Há a possibilidade de delegação prevista no art. 22, parágrafo único, da CF/88. www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 5 5) MPE-MS – Promotor de Justiça – MS/2014 (Adaptada). Julgue as seguintes afirmações sobre Compe- tências. II - No âmbito da competência legislativa concor- rente, pese a literalidade do art. 24, § 2°, da Constituição Federal, a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados e do Dis- trito Federal. CORRETO – Art. 24, § 2º da CF/88. 6) FCC – Promotor de Justiça – PA/2014 (adap- tada) A intervenção federal, nos termos da Constitui- ção da República, I. é matéria incluída nas competências tanto do Conselho da República, quanto do Conselho de Defesa Nacional. CORRETO – A CF/88 prevê a manifestação do Conselho da República (art. 90, I) e do Conselho de Defesa Nacional (art. 91, § 1º, II) nos casos de in- tervenção federal. 6) FCC – Promotor de Justiça – PA/2014 (adap- tada) A intervenção federal, nos termos da Constitui- ção da República, II. será submetida à aprovação do Congresso Nacional, no prazo de vinte e quatro horas, quando decretada por ofensa a um dos princí- pios constitucionais sensíveis INCORRETO – Conforme o art. 36, § 3º, nos casos de violação do art. 34, VII (princípios constitucionais sensíveis) é dispensada a apreciação pelo Con- gresso Nacional, dependendo a intervenção de pro- vimento, pelo STF, de representação do PGR (art. 36, III). 6) FCC – Promotor de Justiça – PA/2014 (adap- tada). A intervenção federal, nos termos da Constitui- ção da República, III. enseja a convocação extraordinária do Con- gresso Nacional, pelo Presidente do Senado Federal, se decretada. CORRETO – Conforme o art. 36, § 2º, “Se não esti- ver funcionando o Congresso Nacional ou a Assem- bléia Legislativa, far-se-á convocação extraordiná- ria, no mesmo prazo de vinte e quatro horas”. 7) FCC – Promotor de Justiça – PE/2014 A decretação de intervenção federal dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da Repú- blica, na situação em que: a) o Estado criar, organizar ou suprimir Distritos, no âmbito de Municípios situados em seu terri- tório. CORRETO – Conforme o art. 36, III, da CF/88, o provimento, pelo STF, de representação interventiva ajuizada pelo PGR é necessária nos casos de viola- ção aos princípios constitucionais sensíveis do art. 34, VII, e de recusa à execução de lei federal. A assertiva trata da violação de um princípio constitu- cional sensível: a autonomia municipal (art. 34, VII, “c”). 7) FCC – Promotor de Justiça – PE/2014 A decretação de intervenção federal dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da Repú- blica, na situação em que b) houver necessidade de assegurar a execução de decisões da Justiça do Trabalho ou da Justi- ça Militar, descumpridas voluntária e intencio- nalmente por Estado-membro da federação INCORRETO – Conforme o art. 36, II, da CF/88, no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciá- ria a intervenção depende de requisição do STF, do STJ ou do TSE, não de representação do PGR. OBS: Cabe ao STF a requisição de intervenção para assegurar o cumprimento de decisões da Jus- tiça do Trabalho ou da Justiça Militar (STF, IF 230). 7) FCC – Promotor de Justiça – PE/2014 A decretação de intervenção federal dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da Repú- blica, na situação em que c) o Estado ou Município não houver aplicado, no mínimo, vinte e cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a prove- niente de transferências, na manutenção e de- senvolvimento do ensino INCORRETO – A intervenção em Município não é federal, e sim estadual (exceto município situado em território). 7) FCC – Promotor de Justiça – PE/2014 A decretação de intervenção federal dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da Repú- blica, na situação em que d) houver retenção, pelo Estado, de parte da parcela do Imposto sobre a Circulação de Mer- cadorias e Serviços (ICMS) pertencente aos Mu- nicípios INCORRETO – No caso do art. 34, V, “b” (“deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei”), a intervenção é feita de ofício, não por meio de representação interventiva do PGR no STF. www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 6 7) FCC – Promotor de Justiça – PE/2014. A decretação de intervenção federal dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da Repú- blica, na situação em que: e) o Estado, com vistas à reorganização de suas finanças, suspender o pagamento da dívida fun- dada por mais de dois anos consecutivos INCORRETO – No caso do art. 34, V, “a” (“suspen- der o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força mai- or”), a intervenção é feita de ofício, não por meio de representação interventiva do PGR no STF.
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