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MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS 
Direito Constitucional - Aula 03 
Robério Nunes 
1 
Terminologia. 
 
 Direitos humanos
Reconhecidos no plano internacional, em declara-
ções, tratados e convênios, dentre outros documen-
tos. Um dos nossos princípios nas relações interna-
cionais é a prevalência dos direitos humanos (art. 
 4°, II, CF/88).
 
 Direitos
 Fundamentais
Positivados no plano interno de cada Estado, espe-
cialmente no texto constitucional. No Brasil estão 
 positivados na CF/88, em especial no art. 5º.
 
Direitos Fundamentais. 
 
José Afonso da Silva utiliza a expressão direitos 
, e os define como: fundamentais do homem
“as prerrogativas e instituições que o direito positi-
vo concretiza em garantias de uma convivência 
digna, livre e igual de todas as pessoas ”.
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Principais documentos: 
 Magna Carta Libertatum (1215);
 b) Petition of Rights (1628);
 c) Habeas Corpus Amendment Act (1679);
 d) Corpo de Liberdades de Massachusetts (1641);
 e) Forma de Governo da Pensilvânia (1682);
 
Evolução Histórica 
Principais documentos: 
 f) Bill of Rights (1689);
g) Declaração de direitos do bom povo da Virgínia 
 (12/06/1776);
h) Declaração de Independência dos Estados Uni-
dos (04/07/1776); 
 
Evolução Histórica. 
Principais documentos: 
i) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 
 (Assembleia Constituinte Francesa, 26/08/1789);
 j) Carta das Nações Unidas (26/06/1945); e
k) Declaração Universal dos Direitos do Homem 
(10/12/48). 
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Bill of Rights (Inglaterra, 16/12/1689) 
Os Lords, espirituais e temporais e os membros da 
Câmara dos Comuns declaram, desde logo, o se-
guinte: 
“Que os discursos pronunciados nos debates do 
Parlamento não devem ser examinados senão por 
ele mesmo, e não em outro Tribunal ou lugar al-
gum”. 
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs. 
Imunidade Parlamentar na CF/88: 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, 
civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, 
palavras e votos. (Redação da EC nº 35/2001) 
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 
(Assembleia Constituinte Francesa, 26/08/1789) 
“Artigo 2º. A finalidade de toda associação política é 
a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis 
do homem. Esses direitos são: a liberdade, a pro-
 priedade, a segurança e a resistência à opressão.”
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs. 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 
(Assembleia Constituinte Francesa, 26/08/1789) 
“Artigo 16. Toda sociedade na qual não está asse-
gurada a garantia dos direitos nem determinada a 
 separação de poderes, não tem constituição.”
 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. 
Relação entre e pessoas (Immanuel Kant): coisas
 PESSOA
É um fim em si mesmo .
Possui dignidade .
Deve ser dotada de autonomia .
É insubstituível .
 COISA
É um meio, um instrumento para realizar a digni-
 dade.
Possui um preço :
 Econômico
 Afetivo
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Fases de implementação do Sistema Internacional 
(Fábio Konder Comparato): 
1) Elaboração de uma Declaração Internacional 
de Direitos Humanos ;
2) Elaboração de um Tratado ou Convenção In-
ternacional de Direitos Humanos (posteriormente 
 tivemos todo um sistema internacional normativo); e
3) Construção de mecanismos internacionais 
para sancionar violações aos direitos humanos 
 (sistema internacional sancionador).
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Declaração Universal dos Direitos do Homem: 
Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Na-
 ções Unidas, de 10 de dezembro de 1948;
Corresponde à primeira fase da construção do 
sistema internacional de direitos humanos (a pro-
 clamação de uma declaração solene);
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs. 
Declaração Universal dos Direitos do Homem: 
 
 
 
 
 
 
 
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MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS 
Direito Constitucional - Aula 03 
Robério Nunes 
2 
Afirma a dignidade da pessoa humana como fun-
damento dos direitos humanos e da sua universali-
 dade;
Tecnicamente não é um tratado, é uma recomen-
dação da ONU aos seus membros;
Integra o jus cogens .
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Sistema Internacional de Proteção aos DHs: 
 Sistema Global;
 Sistemas Regionais:
 Sistema Europeu;
 Sistema Africano;
 Sistema Interamericano; e
 Sistema Asiático (incipiente).
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Sistema Global 
Documentos gerais: 
Declaração Universal dos Direitos do Homem 
 (1948);
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos 
 (1966);
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Soci-
 ais e Culturais (1966);
 Declaração do Direito ao Desenvolvimento (1986);
 Declaração e Programa de Ação de Viena (1993).
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Sistema Global 
Documentos específicos: 
 Convenção contra o genocídio (1948);
Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados 
 (1951);
Convenção sobre a Redução dos Casos de Apatri-
 dia (1961);
Convenção sobre a Eliminação de todas as formas 
 de discriminação racial (1968);
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Sistema Global 
Documentos específicos: 
Convenção sobre a Eliminação de todas as formas 
 de discriminação contra a mulher (1979);
Convenção contra a Tortura e outros tratamentos ou 
 penas cruéis, desumanos ou degradantes (1984);
 Convenção sobre os Direitos da criança (1989);
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Sistema Global 
Documentos específicos: 
Convenção da ONU sobre Direitos das Pessoas 
com Deficiência (2006) - Decreto nº 6.949/2009 
(status de emenda à Constituição, na forma do art. 
 5º, § 3º da CF/88);
Outros Tratados e Convenções internacionais con-
tra violações de direitos humanos. 
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Principais documentos: 
Do Sistema Regional Europeu: 
 Convenção Europeia dos Direitos Humanos (1950)
Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia 
 (2000, 2007)
Do Sistema Regional Africano: 
Carta de Banjul (Carta Africana dos Direitos Huma-
 nos e dos Povos) (1950)
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Principais documentos do Sistema Regional Inte-
ramericano: 
Declaração Americana dos Direitos e deveres do 
 Homem (1948);
Convenção Americana de Direitos Humanos (1969) 
 (Pacto de San Jose da Costa Rica);
Estatuto da Comissão Interamericana de Direitos 
 Humanos;
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Principais documentos do Sistema Regional Inte-
ramericano: 
Estatuto da Corte Interamericana de Direitos Huma-
nos (sua competência jurisdicional foi reconhecida 
pelo Brasil através do Decreto Legislativo nº 89, de 
 03/12/1998);
Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a 
 Tortura (1985);
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Principais documentos do Sistema Regional Inte-
ramericano: 
Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos em Matéria de Direitos Econômi-
cos, Sociais e Culturais (1988) (Protocolo de San 
 Salvador);
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e 
Erradicar a Violência Contra a Mulher (1994) (Con-
 venção de Belém do Pará).
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Sistema Internacional Sancionador de violações 
aos Direitos Humanos 
Plano universal: 
Corte Internacional de Justiça da ONU (solução 
 pacífica de controvérsias envolvendo Estado);
Conselho de Segurança da ONU (sanções coletivas 
 contra um Estado);
 Comissão de Direitos Humanos da ONU (relatórios);
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs 
Sistema Internacional Sancionador de violações 
aos Direitos Humanos 
Plano universal: 
Comitês previstos em tratados (Comitê de Direitos 
 Humanos, Comitê Contra a Tortura, etc.);www.cers.com.br 
 
MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS 
Direito Constitucional - Aula 03 
Robério Nunes 
3 
Tribunais “ad hoc” criados por convenções do Con-
selho de Segurança da ONU (ex-Iugoslávia, Ruan-
 da); e
Tribunal Penal Internacional (responsabilidade pes-
 soal).
 
Evolução Histórica dos DHs e dos DFs. 
Sistema Internacional Sancionador de violações 
aos Direitos Humanos 
Plano do Sistema Interamericano: 
 Comissão Interamericana de Direitos Humanos;
 Corte Interamericana de Direitos Humanos.
 
Direitos Fundamentais 
Características: 
 a) Historicidade;
 b) Inalienabilidade (indisponibilidade);
 c) Personalidade;
 d) Imprescritibilidade;
 e) Irrenunciabilidade;
 
Direitos Fundamentais 
Características: 
 f) Constitucionalização;
 g) Inviolabilidade;
 h) Vinculação dos poderes públicos;
 i) Aplicabilidade imediata;
 j) Limitabilidade (relatividade);
 
Direitos Fundamentais. 
Características: 
 k) Indivisibilidade e Interdependência;
 l) Não taxatividade;
 m) Proibição de retrocesso;
 n) concorrência; e
 o) Universalidade.
 
Características dos Direitos Fundamentais 
Limitabilidade (relatividade) no STF: 
“OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO 
TÊM CARÁTER ABSOLUTO. Não há, no sistema 
constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se 
revistam de caráter absoluto, mesmo porque razões 
de relevante interesse público ou exigências deriva-
das do princípio de convivência das liberdades legi-
 timam, ainda que excepcionalmente, 
 
Características dos Direitos Fundamentais. 
Limitabilidade (relatividade) no STF: 
a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas 
restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, 
desde que respeitados os termos estabelecidos pela 
própria Constituição (...) pois nenhum direito ou 
garantia pode ser exercido em detrimento da ordem 
pública ou com desrespeito aos direitos e garantias 
 de terceiros” (STF, MS 23.452/RJ, 16/09/1999)
 
Características dos Direitos Fundamentais. 
Universalidade. 
É possível identificar a universalidade em quatro 
planos: 
 1) Plano da Titularidade (amplitude subjetiva);
 2) Plano Temporal (amplitude atemporal);
 3) Plano Cultural; e
 4) Plano da Vinculação.
 
Perspectivas dos Direitos Fundamentais. 
Perspectivas: 
a) perspectiva (ou dimensão) subjetiva ;
b) perspectiva (ou dimensão) objetiva .
 
Eficácia dos Direitos Fundamentais. 
Eficácia dos direitos fundamentais: 
Eficácia vertical: 
 
 
 
Eficácia dos Direitos Fundamentais. 
Eficácia dos direitos fundamentais: 
Eficácia horizontal (ou privada): 
 
 
 
Eficácia dos Direitos Fundamentais. 
Posições doutrinárias a respeito da aplicabilidade 
dos direitos fundamentais às relações privadas: 
1) Direitos fundamentais não se aplicam às rela-
ções privadas , sendo exigíveis apenas do Estado;
2) Direitos fundamentais aplicam-se às relações 
privadas indiretamente, através do legislador e da 
 lei comum;
3) Direitos fundamentais aplicam-se às relações 
privadas diretamente. 
 
Eficácia dos Direitos Fundamentais. 
STF: 
“I. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
NAS RELAÇÕES PRIVADAS. As violações a direi-
tos fundamentais não ocorrem somente no âmbito 
das relações entre o cidadão e o Estado, mas 
igualmente nas relações travadas entre pessoas 
físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os 
direitos fundamentais assegurados pela Consti-
tuição vinculam diretamente não apenas os po-
deres públicos, estando direcionados também à 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Constitucional - Aula 03 
Robério Nunes 
4 
proteção dos particulares em face dos poderes 
privados.” (RE nº 201.819). Vide ainda, por exem-
plo: RE 201.819, RE 160.222, RE 158.215; RE 
161.243, etc. 
 
Teoria dos quatro status. 
Desenvolvida em fins do séc. XIX por Georg Jelli-
nek (Sistema dos Direitos Subjetivos Públicos) 
aponta quatro status (situações jurídicas) do in-
divíduo perante o Estado :
1) Status passivo (status subjectionis );
2) Status ativo (status activus );
3) Status negativo (status libertatis ); e
4) Status positivo (status civitatis ).
 
Espécies de Direitos Fundamentais. 
Espécies de direitos fundamentais mais frequentes 
e teoria dos quatro status: 
1) Direitos de defesa (status negativo );
2) Direitos a prestações (status positivo ); e
3) Direitos de participação (status ativo ).
 
Funções dos Direitos Fundamentais. 
Funções exercidas pelos Direitos Fundamentais: 
 1) Funções de Defesa (ou de liberdade);
 2) Funções de Prestação;
 3) Funções de Proteção Perante Terceiros; e
 4) Funções de Não-discriminação.
 
Funções dos Direitos Fundamentais 
Não-discriminação e função contramajoritária do 
STF: 
A função contramajoritária do STF é ligada “ao 
relevantíssimo papel que compete a esta Suprema 
Corte exercer no plano da jurisdição das liberdades: 
o de órgão investido do poder e da responsabilidade 
institucional de proteger as minorias contra eventu-
ais excessos da maioria ou, ainda, contra omissões 
que, imputáveis aos grupos majoritários, tornem-se 
lesivas, em face da inércia do Estado, aos direitos 
 daqueles que
 
Funções dos Direitos Fundamentais. 
Não-discriminação e função contramajoritária do 
STF: 
sofrem os efeitos perversos do preconceito, da dis-
criminação e da exclusão jurídica”, (...) como, por 
exemplo, “grupos minoritários expostos a situações 
de vulnerabilidade jurídica, social, econômica ou 
política e que, por efeito de tal condição, tornam-se 
objeto de intolerância, de perseguição, de discrimi-
nação e de injusta exclusão”, a exemplo do que 
ocorre no caso das situações que envolvem uniões 
homoafetivas (RE 477554/MG, Rel. Min. Celso de 
 Mello, 01/07/2011)
 
Classificação dos Direitos Fundamentais 
 
Classificação quanto ao conteúdo: 
a) Direitos fundamentais meramente formais (es-
critos no texto da constituição como fundamentais); 
 e
b) Direitos fundamentais materiais (cujo núcleo 
essencial está vinculado à dignidade da pessoa 
 humana).
 
Classificação dos Direitos Fundamentais. 
Classificação formal da CF/88: 
 a) Direitos individuais - art. 5º;
 b) Direitos coletivos - art. 5º;
 c) Direitos sociais - arts. 6º, 193 e ss.;
 d) Direitos à nacionalidade - art. 12; e
 e) Direitos políticos - arts. 14 a 17.
 
Gerações de Direitos Fundamentais. 
 Gerações de Direitos Fundamentais:
 1ª Geração de Direitos Fundamentais;
 2ª Geração de Direitos Fundamentais; e
 3ª Geração de Direitos Fundamentais.
 
Gerações de Direitos Fundamentais. 
A ideia de “gerações” de direitos fundamentais foi 
desenvolvida por quem? 
 Karel Vasak:
 Em texto publicado em 1977; e
Em palestra proferida em 1979, no Instituto Interna-
cional dos Direitos do Homem, em Estrasburgo: 
“Pelos Direitos Humanos da Terceira Geração: os 
Direitos de Solidariedade ”.
 
Gerações dos Direitos Fundamentais. 
A doutrina costuma relacionar as três gerações de 
direitos humanos ao ideário da Revolução France-
sa: 
 1ª Geração – Liberdade;
 2ª Geração – Igualdade material; e
 3ª Geração – Fraternidade.
 
Gerações dos Direitos Fundamentais 
4ª Geração de Direitos fundamentais: 
Direito à democracia, direito à informação e direito 
ao pluralismo, que são direitos decorrentes da glo-
 balização política (Paulo Bonavides);
 Direitos das minorias;
 Direitos vinculados à Biotecnologia;
Direitos intergeracionais, especialmente a uma vida 
 saudável.
 
Gerações dos Direitos Fundamentais. 
5ª Geração de Direitos fundamentais: 
a) Para Paulo Bonavides é caracterizada pelo direi-
to à paz mundial (migrou da 3ª para a 5ª);
b) para Norberto Bobbio seria constituída por direi-
tos ligados à pesquisa biológica e ao patrimônio 
genético ;
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Constitucional- Aula 03 
Robério Nunes 
5 
c) para outros, seria referente a direitos ligados à 
internet ; etc.
 
Limitações dos Direitos Fundamentais. 
Há diferença entre: 
Delimitação do âmbito de proteção de um direito 
 fundamental; e
 Limitação (restrição) de um direito fundamental.
 
Limitações dos Direitos Fundamentais. 
O âmbito de proteção de um direito fundamental 
pode ser delimitado: 
 1) Pela própria constituição; ou
2) Pelo Legislador ordinário, por delegação do cons-
tituinte (atividade de “conformação”, ou de “regula-
 ção”).
 
Limitações dos Direitos Fundamentais. 
Teorias acerca das restrições aos DFs: 
Teoria interna - os limites aos direitos fundamentais 
são “imanentes” aos mesmos, ou seja, os direitos 
fundamentais já nascem com essas limitações, são 
 limites “desde sempre” ou “desde dentro”; e
Teoria externa – os limites aos direitos fundamen-
 tais são externos a eles.
 
Limitações dos Direitos Fundamentais. 
Possibilidades de limitação (restrição): 
 1) Pela própria Constituição:
 a) Por outros direitos fundamentais;
b) Por situações excepcionais (estado de defesa, 
 estado de sítio);
c) Pela própria norma definidora do direito funda-
 mental:
 Restrição imediata (direta);
Restrição mediata (indireta, por meio de reserva 
legal restritiva , que pode ser simples ou qualificada).
2) Pelo legislador ordinário (autorizado pela Consti-
tuição, na forma de reserva legal restritiva simples 
 ou qualificada).
 
Limitações dos Direitos Fundamentais. 
Ao tratar dos limites a um direito fundamental o le-
gislador ordinário tem limites, pois deve: 
a) estar autorizado pela Constituição, de forma 
 expressa ou implícita;
b) preservar o núcleo essencial do direito funda-
 mental em questão;
c) observar a proporcionalidade e a razoabilida-
de ; e
d) produzir normas claras e genéricas, abstendo-
se de realizar restrições casuísticas (sob pena de 
 violação à igualdade).
 
Limitações dos Direitos Fundamentais. 
Entende a doutrina, ainda, que os direitos funda-
mentais não podem: 
 1) justificar o ilícito;
 2) sustentar a irresponsabilidade civil; nem
 3) anular outros direitos constitucionais.
 
 
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