Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIC¸OSA Departamento de Matema´tica SEGUNDA PROVA - MAT 140 (21-10-2017) GABARITO Questa˜o 1: Nos pro´ximos itens, fac¸a o que se pede: (10 Pts) (a) Considerando a equac¸a˜o y.x.sen (y) = 2. Determine y′. Soluc¸a˜o: Derivando implicitamente e aplicando as regras de derivac¸a˜o, temos: y ′ (x)xsen (y(x)) + y(x)[xsen (y(x))] ′ = 0 Assim y ′ (x)xsen (y(x)) + y(x)[sen (y(x)) + xcos (y(x))y ′ (x)] = 0 De onde temos que y ′ (x)xsen (y(x)) + y(x)sen (y(x)) + xy(x)cos (y(x))y ′ (x) = 0 Finalmente, agrupando y ′ (x) = −y(x)sen (y(x)) xsen (y(x)) + xy(x)cos (y(x)) (5 Pts) (b) Seja f uma func¸a˜o invers´ıvel e deriva´vel em um ponto x0 ∈ Dom(f) com f ′(x0) 6= 0 e f(x0) = y0. Verifique que (f −1) ′ (y0) = 1 f ′ [f−1(y0)] . Lembre-se que por f ser invers´ıvel vale (f ◦ f−1)(y) = y e (f−1 ◦ f)(x) = x Soluc¸a˜o: Como (f ◦ f−1)(y) = y e (f−1 ◦ f)(x) = x, enta˜o f−1(y0) = x0. Por outro lado como (f−1 ◦ f)(x) = x Podemos usar a regra da cadeia e obtemos que (f−1) ′ (f(x))f ′ (x) = 1 Remplazando em x = x0, e como f ′ (x0) 6= 0 temos que: (f−1) ′ (y0) = (f −1) ′ (f(x0)) = 1 f ′(x0) = 1 f ′(f−1(y0)) (10 Pts) (c) Para f (x) = x2 − 5x + 7, sabe-se que f(2) = f(3) = 1. Determine os dois valores da derivada da func¸a˜o inversa de f em 1. Soluc¸a˜o: Como, por dado, f(2) = f(3) = 1, podemos assumir que x0 = 2, y0 = 1 e x̂0 = 3. Observe que f ′ (x) = 2x− 5. Assim podemos usar o item anterior e ter: (f−1) ′ (y0) = 1 f ′ (x0) (f−1) ′ (y0) = 1 f ′ (x̂0) Como f ′ (x0) = f ′ (2) = −1 e f ′(x̂0) = f ′(3) = 1, temos finalmente (f−1) ′ (1) = 1 f ′ (x0) = −1 (f−1) ′ (1) = 1 f ′ (x̂0) = 1 Questa˜o 2: Seja f uma func¸a˜o cont´ınua em [−2, 6] tal que f (−2) = 1, f (−1) = 2, f (1) = f (3) = f (5) = 0, f (4) = 3, f (2) = f (6) = −2. E cuja ana´lise de sinal da 1a e 2a derivadas e´ dado no quadro abaixo Intervalo (−2,−1) (−1, 1) (1, 2) (2, 3) (3, 4) (4, 5) (5, 6) f ′ + − − + + − − f ′′ − − + + − + + (20 Pts) (a) Com base nas informac¸o˜es do quadro acima, responda: f e´ crescente no(s) intervalo(s): f e´ descrescente no(s) intervalo(s): f tem ma´ximo em: f tem mı´nimo em: Soluc¸a˜o: Pela ana´lise de sinal da primeira derivada do quadro dado, temos: f e´ crescente no(s) intervalo(s): [−2,−1] e [2, 4]. f e´ descrescente no(s) intervalo(s): [−1, 2] e [4, 6]. f tem ma´ximo em: −1 e 4. f tem mı´nimo em: −2, 2 e 6. (15 Pts) (b) Em vista do estudo de sinal do quadro acima, complete as informac¸o˜es abaixo: f e´ coˆncava para cima no(s) intervalo(s): f e´ coˆncava para baixo no(s) intervalo(s): Os pontos de inflexa˜o de f sa˜o: Soluc¸a˜o: Pela ana´lise de sinal da segunda derivada do quadro dado, temos: f e´ coˆncava para cima no(s) intervalo(s): (1, 3) e (4, 6). f e´ coˆncava para baixo no(s) intervalo(s): (−2, 1) e (3, 4). Os pontos de inflexa˜o de f sa˜o: (1, (f (1))) = (1, 0) e (3, f (3)) = (3, 0). 2 (10 Pts) (c) Esboce o gra´fico de f . Soluc¸a˜o: 1 2 3 4 5 6-2 -1 1 2 3 -1 -2 -3 0 x y Questa˜o 3: (15 Pts) Se f(x) = xtg(x) − ln(sen2(x)) + arctan( x x+ 1 ). Determine f ′ (x). Soluc¸a˜o: Seja y1 = x tg(x), y2 = ln(sen 2(x)) e y3 = arctan( x x+ 1 ) A seguir vamos encontrar y′1 utilizando propriedade da func¸a˜o logaritmica e derivac¸a˜o impl´ıcita. y1 = x tg(x) ⇒ lny1 = ln(xtg(x)) = tg(x) ln(x), logo: [ln(y1)] ′ = [tg(x) ln(x)]′ ⇒ 1 y1 y ′ 1 = sec 2(x) ln(x) + tg(x) x ⇒ y′1 = xtg(x) [ sec2(x) ln(x) + tg(x) x ] Outra maneira de encontrar y′1 e´ derivar explicitamente mas para isso precisamos aplicar pro- priedade da func¸a˜o logaritmica como fizemos anteriormente e depois aplicar propriedade da func¸a˜o exponencial como abaixo. y1 = x tg(x) ⇒ lny1 = tg(x) ln(x)⇒ elny1 = etg(x) ln(x) ⇒ y1 = etg(x) ln(x) Assim y′1 = e tg(x) ln(x) [ sec2(x) ln(x) + tg(x) x ] = xtg(x) [ sec2(x) ln(x) + tg(x) x ] y ′ 2 = [ln(sen 2(x))]′ = [2 ln(sen(x))]′ = 2 1 sen(x) cos(x) = 2 cotg(x) y ′ 3 = [ arctan ( x x+ 1 )]′ = 1 1 + ( x x+ 1 )2 [ xx+ 1 ]′ = 1 1 + ( x x+ 1 )2 1(x+ 1)2 = 1(x+ 1)2 + x2 Portanto f ′(x) = y′1 − y′2 + y′3 = xtg(x) [ sec2(x) ln(x) + tg(x) x ] − 2 cotg(x) + 1 (x+ 1)2 + x2 Questa˜o 4: Uma part´ıcula P = (x, y) se desloca ao longo de uma para´bola y = x2 no primeiro quadrante, de modo que sua coordenada x (medida em metros) aumenta a uma taxa constante de 10m/s. Seja θ a inclinac¸a˜o da reta L que liga a part´ıcula P a` origem de coordenadas. Pede-se: (5 Pts) (a) Desenhe a para´bola e a reta mencionada no enunciado. Soluc¸a˜o: x y P=(x,y) O=(0,0) L y=x² Q=(x,0) (5 Pts) (b) Escreva a tangente do aˆngulo θ (inclinac¸a˜o da reta L) como func¸a˜o de x. Soluc¸a˜o: Usando o item (a) acima, o aˆngulo θ e´ o aˆngulo POQ no triaˆngulo retaˆngulo OPQ. Assim, obtemos: tg (θ) = x2 x = x (5 Pts) (c) Determine a taxa de variac¸a˜o do aˆngulo de inclinac¸a˜o θ, quando x = 3m. Soluc¸a˜o: Da letra (b) tem-se que tg (θ) = x. Deste modo, isolando θ, tem-se que θ = arctan(x) . . . . . . . . . (Eq. 1) Do enunciado temos que dx dt = 10m/s e x = 3m, em um instante de tempo t0. Ale´m disso, θ varia en func¸a˜o do tempo. Derivando (Eq. 1) pela regra da cadeia em func¸a˜o do tempo temos: dθ dt = 1 x2 + 1 dx dt Substituindo os valores, no instante t0, tem-se dθ dt = 1 32 + 1 .10 = 1 10 .10 De onde a taxa de variac¸a˜o solicitada e´, dθ dt = 1rad/s 4
Compartilhar