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CONTESTAÇÃO MODELO

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Núcleo de Prática Jurídica
Campus Concórdia/SC
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA VARA DO TRABALHO DE CONCÓRDIA/SC
			X-MAN, pessoa jurídica de direito privado, regularmente inscrita sob o CNPJ n. 08.658.458/0001-54, com sede na Rua das Flores, n. 89, Bairro Jardim, CEP: 89700-025, Concórdia/SC, vem à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO ao pedido formulado na ação supramencionada, por NEUSA CARVALHO, brasileira, solteira, balconista, nascida em 25/11/1994, Filha de FEFOSA CARVALHO, portador(a) da cédula de identidade (RG) nº 6.241.631 SSP/SC inscrito no CPF/MF sob nº 060.296.158-65 CTPS nº 012.254.258-00, série 123, residente e domiciliada na Rua das Amoras, nº208, Bairro – Centro, Concórdia/SC, CEP:89.700-00, nos termos a seguir.
BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS ALEGADOS 
		
		A reclamante ingressou com a presente ação afirmando que trabalhou na empresa reclamada pelo período de 01/01/2014 a 30/06/2017, exercendo a função de balconista, percebendo o salário de R$ 1.400,00 mensais, que em seu entendimento era incompatível com o piso salarial da categoria. 
		Disse que, na data de 30/06/2017, foi demitida sem justa causa, sem que tenha percebido corretamente os valores a títulos de verbas rescisórias, FGTS +40% e seus consectários legais, bem como não percebendo e nem gozando férias durante o período trabalhado.
		Alega que no momento da dispensa, se encontrava grávida, no terceiro mês de gestação, não recebendo o devido amparo legal. 
		Inconformada com a demissão, a reclamante ingressou com a presente ação para reverter a demissão sem justa causa para a reintegração ou para que perceba o pagamento do aviso prévio indenizado com seus devidos reflexos, requerendo o pagamento das seguintes verbas: a) o pagamento da diferença concernente ao piso salarial; b) adicional de periculosidade; c) pagamento de horas extras e seus reflexos; d) férias e décimo terceiro proporcional; e) reintegração ao trabalho; f) liberação do FGTS e multa de 40%.
O PAGAMENTO DA DIFERENÇA DO PISO SALARIAL 
		
		A Reclamante alega que percebia salário inferior ao piso da categoria, sendo, portanto, incompatível com o previsto acordado em convenção coletiva.
	Neste âmbito, contesta-se o pedido ora pleiteado, pois cabe ressaltar que esta alteração ocorreu no mês da rescisão do contrato, não lhe garantindo o direito ora pleiteado. 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
		
		A reclamante afirma que durante o período em que exerceu suas atividades laborais na função de balconista esteve em contato com produtos químicos e inflamáveis, requerendo adicional de periculosidade de 30%, bem como os reflexos correspondentes.
		Porém contesta-se as informações fornecidas pela reclamante, pois as mesmas não condizem com a realidade dos fatos, pois a mesma exercia suas atividades em um ambiente salubre, distante do local em que eram fabricados os produtos e não tinha contato algum com os mesmos, apenas fornecendo informações sobre os produtos comercializados e realizando vendas.
FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO PROPORCIONAIS 
		
		 A reclamante prestou serviços para a reclamada no período compreendido entre 01/01/2014 à 30/06/2017, alegando não ter gozado de férias anuais.
		Neste âmbito, a reclamante requer o pagamento das férias vencidas em dobro, referente aos períodos de 2014/2015 e 2016/201, mais férias integrais correspondentes aos períodos 2014/2015 e 2016/2017, bem como as férias proporcionais, referentes ao período 2015/2016, todas com adicional de 1/3 constitucional, considerando-se como base de cálculo o salário de R$ 1600,00 (um mil e seiscentos reais), já com os devidos reflexos das horas extras.
			Insta ressaltar que as férias foram devidamente usufruídas e remuneradas.
			Assim, é indevido o pleito de pagamento em dobro nos feriados laborados, já que foram devidamente remunerados ou compensados.
			Cabe-se ressaltar que os adicionais solicitados pela reclamante não condizem com a realidade dos fatos expostos nos autos do processo, portanto contesta-se a pretensão da parte autora baseado nos fatos acima aduzidos.
	
			.
DA DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA
		
		A reclamada, não necessitando mais dos serviços da reclamante, efetuou sua demissão sem justa causa, posteriormente pagando todas as verbas devidas.
		A “posteriori” a reclamante teve conhecimento de que a mesma se encontrava grávida, no terceiro mês de gestação. Ressalta-se que em momento algum a reclamante levou ao conhecimento da reclamada a condição pretérita em que se encontrava, impossibilitando assim, que a reclamada proporcionasse o amparo necessário a sua condição gestacional. 
		
REINTEGRAÇÃO AO TRABALHO
			
			Com relação ao pedido de reintegração ao trabalho, a reclamada coloca a disposição a vaga ora ocupada pela reclamante, bem como disponibiliza a sua reinserção ao trabalho.
			A boa fé da Reclamada é clara e evidente, pois nada sabia a respeito da gravidez da Reclamante na data da demissão, no dia do exame demissional e muito menos, na rescisão do contrato de trabalho junto ao Ministério do Trabalho.
DAS HORAS EXTRAS E DO INTERVALO INTRAJORNADA
		A reclamante alega que fazia em média 8h extras semanais, perfazendo um total de 32 horas extras mensais. Portanto contesta-se tal afirmativa, tendo em vista que o seu cartão ponto está devidamente anotado, com os horários da jornada e intervalo corretos. Neste sentido, cabe a reclamante o ônus de provar suas alegações referentes às horas extraordinárias, como relatadas na inicial.
DO FGTS E MULTA DE 40%
		
		Conforme narrado acima, o salário da reclamante na época da rescisão era o devido no momento, bem como, lhe é devido o fundo de garantia e mais multa rescisória de 40% pelo fato da mesma ter sido demitida sem justa causa.
AVISO PRÉVIO INDENIZADO
		
		Como a reclamante foi dispensada justa sem que a reclamada tenha lhe concedido o cumprimento do aviso prévio, previsto na lei nº 12.506/2011, faz jus ao pagamento da indenização correspondente ao período conforme prevê o parágrafo 1 º do artigo 487 da consolidação das leis do trabalho.
		
DOS PEDIDOS
	
	Ante o exposto, requer:
O recebimento da presente contestação com os documentos que a instruem;
A total improcedência dos pedidos da presente ação e, consequentemente a procedência dos argumentos contestatórios e a condenação da Reclamante aos ônus sucumbenciais;
Protesta provar o alegado, por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova documental acostada, depoimento pessoal da Reclamante, pericial, inquirição de testemunhas que serão arrolados oportunamente e demais necessários a elucidação do feito.
Nestes termos, 
Pede Deferimento.
	Concórdia, 21 de setembro de 2017.
 Jone Moraes Filipe V. Pellizzaro
OAB/SC OAB/SC
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Rua Dr. Maruri, 1563 – 1º andar - centro - Concórdia - Santa Catarina.
Fone: 049- 3442-0752

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