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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA CONCÓRDIA – SC.
Autos Nº: xxx
CARLOS BAZUCA, já qualificado nos autos da AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS CAUSADOS EM ACIDENTE DE VEÍCULO de nº xxxxxx, que lhe move BRUCE WILLIS JACKSON, também devidamente qualificado,vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência através de seu procurador devidamente constituído, apresentar CONTESTAÇÃO: pelos motivos e razões a seguir expostas..
I - Dos fatos
 O Autor move uma AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE DANOS CAUSADOS EM ACIDENTE DE TRÂNSITO, alegando que no dia 03/10/2012 o veículo Chevette, vermelho, ano 1969 de Placas XES – 0069 de sua propriedade e que no momento do acidente era conduzido pela Senhora BABALU, à qual trafegava com o mesmo, sentido Bairro/Centro, com intenção de estacionar num comércio próximo. Ao reduzir a velocidade foi colhida abruptamente na parte traseira do seu veículo pela Motocicleta Honda/CG 150, ano 2006, placas KUF – 0666, conduzido pelo réu CARLOS BAZUKA, mas de propriedade da Senhora JU PANTERA.
 Dos fatos em questão, a autora alega a culpabilidade única e exclusiva do réus.
I - Preliminarmente
 I. 1) Ilegitimidade passiva
02) Dispõe o art.3º do CPC, que para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade. Ao contestante faltam estes dois pressupostos, uma vez que não é proprietário do veículo indicado no Boletim de Ocorrência, conforme a documentação ora anexada.
 03) Embora o Requerido estivesse conduzindo o veículo na hora do acidente, o mesmo é de propriedade da senhora JU PANTERA, conforme se verifica no certificado de registro e licenciamento de veículo, incluso.
 04) O notável JOSÉ DE AGUIAR DIAS, em sua obra nomeada de Da Responsabilidade Civil, assim leciona:
 “É iniludível a responsabilidade do dono do veículo que, por seu descuido, permitiu que o carro fosse usado por terceiro. Ainda, porém, que o uso se faça à sua revelia, desde que se trata de pessoa a quem ele permitia o acesso ao carro ou local em que o guarda, deve o proprietário responder pelos danos resultantes”. (Obra citada. Páginas 465/466. Editora Forense.4ª edição.)
	
.
 05) A respeitável denúncia é passível de contestação, pois, o réu alega veemente que tais alegações não correspondem a verdade dos fatos narrados relativos ao evento danoso em questão.
 06) Que no dia 03/10/2012, em dia chuvoso e com pouca visibilidade, transitava no mesmo sentido e rua que a autora, dirigindo-se para sua residência, quando deparou-se com o veículo Chevette conduzido pela Sra. BABALU que estava parado em meio a pista de rolamento com faróis desligados e sem identificação das luzes de direção, além de chuva torrencial que impossibilitava a visão do veículo à frente ocasionando a colisão. 
 07) Além disso, a condutora do referido veículo apresentava fortes sinais de embriaguez, o que foi confirmado ante a autoridade de trânsito que com o seu prévio consentimento realizou o exame do bafômetro constatando alto teor etílico, o qual foi lavrado no Boletim de Ocorrência acostado nos autos.
 08) Ressaltando também que, a condutora do veículo visava realizar a conversão em local impróprio para referida manobra, antecipando a manobra que poder-se-ia realizar-se logo à frente em uma rotatória local.
 09) Face ao exposto, requer-se a Vossa Excelência seja acatada a preliminar ora argüida, para o fim de extinguir o processo sem julgamento de mérito, nos termos dos artigos 485, e 487, ambos do NCPC em relação ao Requerido, em face de sua manifesta ilegitimidade passiva, condenando-se o Autor nas custas e honorários advocatícios,fixada em 20%(vinte por cento) sobre o valor da causa.
II - DO MÉRITO
10) A estória contada no pedido inicial é irreal.
11) O motorista Requerido não agiu com imprudência ou imperícia, muito menos foi negligente, antes muito pelo contrário, a pequena colisão se deu em função de ato de imprudência da condutora do veículo de propriedade do Requerente.
12) Na realidade vinham ambos os veículos circulando no mesmo sentido, Bairro/Centro.
13) Entretanto, a condutora do veículo do Requerente que seguia na mesma direção, e que estava a uma certa distância do Requerido se não tivesse parado em meio a pista de rolamento e com os faróis apagados, teria conseguido frear o veículo ou desviá-la, vindo a bater na traseira do veículo do Requerente.
III -DOS FUNDAMENTOS
III. 1) Da culpa exclusiva da condutora do veículo do Requerente
14) Conforme acima alegado, constata-se a culpa única e exclusiva da condutora do veículo do Requerente, eis que dirigia de forma completamente incompatível com a via, de forma imprudente, o que causou a batida na traseira do seu veículo ocasionado pelo Requerido.
	
15) Neste âmbito, quando se fala em danos materiais é necessário que haja um ato ilícito a ser reputado ao agente causador do dano, para que então se tenha a obrigação de indenizar por tais danos.
 
16) A explicação do que é ato ilícito é encontrada no Código Civil em seu artigo 186. Art.186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
17) Também o nexo causal ou nexo de causalidade é o liame que une a conduta do agente ao dano. Assim, é por meio desta análise que identificamos o causador do dano.
18) Pelo exposto, resta comprovada a culpa exclusiva da condutora do veículo do Requerente, não havendo de prosperar o pedido inicial, não havendo de se falar em indenização em danos materiais por parte do Requerente.
IV- Dos pedidos
Diante do exposto requer:
a) Requer-se a total improcedência das alegações contidas na reclamação feita pelo Sr. BRUCE WILLIS JACKSON, baseada nas provas contidas nos autos do processo.
b) Requer a Vossa Excelência a contestação da ação e que a mesma seja julgada procedente tendo em vista a culpabilidade ativa explícita do autor. 
 c) O ressarcimento dos gastos proporcionados pelo requerente, custas processuais e honorários advocatícios.
 d) Requer, a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente testemunhal e documental.
e) A total improcedência do pedido inicial de condenação a título de danos materiais, formulado pelo Requerente, de acordo com os fatos e fundamentos expostos.
Nestes termos ,
Pede deferimento,
Concórdia, 10 de Janeiro de 2016.
Fillipe Pellizzaro Jone Moraes
59000 60000

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