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Exercício Dentistica

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
DIAMANTINA – MINAS GERAIS
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
	
 
Macrodisciplina Pré-clínica I
Disciplina: Dentística Restauradora
Princípios Básicos de Preparo Cavitário – Valor 10 pontos
Acadêmicos: 
Isabela Carvalhaes Lagares Pinto
Leonor Passos Magalhães
Lorenzo Theophilo Ferreira Rocha
1. O paciente CAA compareceu a clínica integrada da UFVJM para exame de rotina. Na anamnese não foi constatado qualquer alteração sistêmica. Também quanto ao histórico pregresso não foi observada nenhuma alteração relevante. No exame físico extrabucal não foi observada nenhuma alteração. No exame intrabucal foi observado no dente 26 a imagem abaixo, à sondagem foi constatada presença de cavitação. Radiograficamente observou radiolucidez próximo à junção amelodentinária.
Baseado nas informações acima, formalize o tratamento descrevendo detalhamente os princípios básicos adotados no preparo cavitário.
 
Para facilitar a realização procedimento restaurador podem ser utilizados alguns materiais como: refletor, iluminando toda a cavidade bucal do paciente auxiliando o operador a enxergar melhor e com mais nitidez; espelho clínico, para melhor visualização da área a ser tratada e também para afastar bochecha e língua; sugador, para evitar contato com fluidos; seringa tríplice com jatos de água e ar para lavagem e secagem da cavidade; e realização de isolamento absoluto do dente a ser tratado de forma a se obter um campo isolado, seco e limpo. Por se tratar de um dente superior, o paciente deve ser posicionado de forma mais horizontal.
Na situação demonstrada é necessário a confecção de duas cavidades terapêuticas de classe I de Black, uma vez que trata-se de duas lesões distanciadas por mais de 1mm. Para isso, primeiramente deve ser realizada a forma de contorno da lesão, devendo ser minimamente invasiva retirando-se apenas a região danificada. A largura e o comprimento das cavidades devem corresponder as dimensões da lesão de modo a remover o mínimo de tecido possível. A profundidade deve ser de no mínimo 2mm para melhor retenção do material restaurador. Esses princípios serão obtidos com o auxílio da broca nº 245 primeiramente utilizada de forma inclinada para a distal na penetração inicial e posteriormente paralela ao longo eixo do dente com movimentos para a distal e para a mesial. Sua ponta ativa deve penetrar de forma completa devido ao seu menor comprimento.
O esmalte deve estar apoiado em dentina hígida, pois evita prismas sem suporte. Caso não haja dentina hígida para suporte, a mesma pode ser substítuida por um material de forramento (ionômero de vidro ou resina composta). Além disso, as estruturas de suporte do dente, tais como vertentes de cúspide, ponte de esmalte e crista marginais devem ser preservadas.
As paredes de fundo devem ser planas e perpendiculares ao longo eixo do dente, de modo a distribuir melhor as forças mastigatórias, o que também é obtido através da confecção dos ângulos internos (diedros e triedros) arredondados. As paredes circundantes do preparo devem ser feitas de forma convergente para a oclusal de maneira a reter o material restaurador escolhido: amálgama, pois trata-se de uma cavidade em dente posterior, onde há pouco comprometimento estético.
Ambas devem ser lisas para que todas as regiões dessas paredes tenham igual contato com material restaurador, pois caso tenha algum degrau, ou alguma região de desnível, as tensões são concentradas nesses locais. 
O ângulo cavossuperficial deve ser de 90º para não produzir bordas de material restaurador com baixa espessura.
Se a profundidade das cavidades for igual ou maior que sua largura vestíbulo-lingual, ela será por si só retentiva. Se não, deverá ser feita retenção adicional como sulcos e canaletas através da utilização de brocas cone invertido.
Após as etapas iniciais do preparo cavitário, deve ser feita a remoção da dentina cariada, com brocas de aço esféricas lisas em baixa rotação ou, em maiores profundidades, com a utilização de colheres de dentina para evitar acidentes de exposição pulpar. A extensão da lesão e o tamanho do dente que vai determinar o tamanho do escavador de dentina e da ponta ativa da broca. 
Quando se utilizar a broca cone invertido nº 245; dispensa-se o uso de brocas para o acabamento, pois essa broca já promove um ângulo cavo superficial nítido e sem bisel, além disso ela promove também uma superfície lisa por possuir lâminas de corte lisas. 
Para a limpeza da cavidade, pode ser utilizado o peróxido de hidrogênio a 3%, que reduz a presença de microrganismos, promovendo borbulhamento/efervescência que expulsa partículas, saliva, sangue e impurezas. Aplica-se com bolinha de algodão, esfregando durante 10 segundos e em seguida lava-se com jato de água e realiza a secagem.
2. Levando em consideração todos os princípios estudados, descreva detalhadamente as adotadas para o tratamento do caso abaixo.
Para facilitar a realização procedimento restaurador utiliza-se as mesmas formas de conveniência já citadas anteriormente, com a adição de afastamento mediato, dias antes da realização do tratamento, com uso de dispositivos de borracha e posteriormente o uso de cunhas de madeira para manter o afastamento obtido. Além disso, a matriz é utilizada para a proteção do dente vizinho ao qual esse procedimento está sendo feito.
Como se trata de duas cavidades patológicas que se encontram a menos de 1 mm de distância uma da outra, deve ser feito um preparo cavitário de forma a englobar as duas cavidades patológicas, pois os tecidos encontram-se sem suporte e fragilizados, o que não justifica mantê-los.
Uma das lesões de cárie ocorre na proximal do dente, próximo à crista marginal (distância menor que 2mm e sem suporte da dentina), assim, o acesso é feito pela oclusal através da realização de slot vertical, que se estenderá até atingir a outra cavidade patológica.
As paredes circundantes, gengivais e axiais devem ser preparadas de forma lisas e planas. Devem também ser convergentes para o oclusal, a fim de se obter retenção do material escolhido, também amálgama, uma vez que é mais resistente e não vai haver comprometimento estético. Com a mesma finalidade, os ângulos internos devem ser arredondados e o cavossuperficial mais nítido.
Por se tratarem de cavidades profundas, a remoção da dentina cariada deve ser feita com a utilização de colher de dentina para evitar acidentes de exposição pulpar. 
O acabamento das cavidades não exige uso de outras brocas e de cortantes manuais, uma vez que também foi utilizada a broca nº 245 (que proporciona paredes lisas) para confecção dos preparos.
A limpeza da cavidade será feita com a utilização do peróxido de hidrogênio a 3% que possui ação que reduz a presença de microorganismos da cavidade e promove um borbulhamento característico que expulsa partículas, óleo, saliva e sangue. Deve ser aplicado com bolinha de algodão, esfregando durante 10 segundos e em seguida lavado com jato de água e feita a secagem. Associado ao peróxido de hidrogênio será utilizado o hidróxido de cálcio, que é bacteriostático por promover a alcalinização do meio e atua na remineralização do tecido, sendo aplicado sobre ele e mantido após a secagem.
3. O paciente JT procurou clínica da UFVJM com queixa principal presença de dor quando mastivaga do lado esquerdo. Durante a anamnese o paciente relatou ter realizado uma restauração a aproximadamente um mês e que esta havia soltado enquanto almoçava. A imagem visualizada no exame clínica encontra-se abaixo.
 
a. Discorra sobre os possíveis motivos para a falha do procedimento restaurador.
Possivelmente, a restauração realizada falhou devido a não retenção do material restaurador, que não resistiu aos esforços mastigatórios. Isso pode ter acontecido por que as paredes não foram confeccionadas seguindo os princípios de resistência e retenção: não são lisas, planas, não convergem para a oclusal, os ângulos internos e áxio-pulparnão foram confeccionados de forma arredondada e os cavossuperficiais não são nítidos (90º).
A dentina cariada não foi totalmente removida, o que interferiu na adaptação do material restaurador, oferecendo ainda risco de proliferação dos microorganismos.
Além disso, a profundidade da cavidade é menor do que sua largura, o que influencia diretamente na adaptação do material restaurador.
b. Descreva os procedimentos que deverão ser adotados para o tratamento deste paciente.
Devem ser utilizados todos os métodos já explicados para melhor instrumentação, visualização e eficácia do preparo: refletor, espelho clinico, isolamento absoluto, sugador, seringa tríplice, afastamento mediato e cunhas de madeira, e uso de matriz.
Primeiramente, deve-se remover os restos do material restaurador encontrados na cavidade. Posteriormente deve ser determinada nova forma de contorno, englobando as cáries remanescentes presentes nos sulcos, com mínima remoção de estruturas sadias. As formas de resistência e de retenção, como paredes planas e lisas, paredes circundantes convergentes, ângulos internos arredondados e ângulos cavossuperficiais nítidos devem ser aplicadas na nova forma de contorno, inclusive corrigindo as falhas presentes no preparo cavitário. 
Devem ser confeccionadas formas de retenção adicionais, com broca cone invertido, em forma de sulcos e canaletas, para melhorar a retenção do material, evitando que ele se desloque novamente, uma vez que a largura da cavidade é maior que sua profundidade.
A retenção deve ser feita pensando em todas as possíveis formas de deslocamento do material restaurador, considerando assim as características tanto da face oclusal quanto da face, por se tratar de uma cavidade composta de classe II de Black.
O ângulo áxio-pulpar deve ser confeccionado de forma arredondada, para dissipar as tensões, já que ângulos vivos são locais de concentração de tensões. 
Além disso, deve ser utilizada a técnica da curva reversa de Hollemback, para que o preparo acompanhe a inclinação dos prismas de esmalte, evitando fratura de esmalte sem suporte, uma vez que proporciona uma margem mais espessa de restauração.
Logo após, deve ser feita a remoção da dentina cariada resmanescente.
Para fazer o acabamento das paredes de esmalte, o machado procede a remoção de esmalte sem apoio dentinário da parede lingual da caixa proximal e o recortador de margem gengival procede a remoção de esmalte sem apoio dentinário do ângulo cavo-superficial gengival. Não é necessário o uso de brocas para o acabamento, uma vez que optou-se também pelo uso da broca nº 245 para a realização do preparo, como escolhido e explicado anteriormente.
Nesse caso, para realizar a limpeza da cavidade, pode-se utilizar uma associação de clorexidina a 2% para reduzir a presença de microrganismos, esfregando com bolinha de algodão ou microbrush durante 10 segundos e esperando secar; e depois utilizando o hidróxido de cálcio para alcalinização e promoção da remineralização, aplicando-o sobre a cavidade e deixando secar. 
Tais passos foram realizados para melhor retenção do material restaurador escolhido, no caso o amálgama.
Dentística Restauradora
Princípios Gerais do Preparo Cavitário
Exercícios
Alunos: Isabela Carvalhaes Lagares Pinto
 Leonor Passos Magalhães
 Lorenzo Theophilo Ferreira Rocha
Professora: Paula Cristina Pelli Paiva
 2017

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