Buscar

ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO PÚBLICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ADMINISTRAÇÃO & 
GESTÃO PÚBLICA
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
(organizadores)
Patos - PB
2017
ADMINISTRAÇÃO & 
GESTÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO & 
GESTÃO PÚBLICA
Rosélia Maria de Sousa Santos 
José Ozildo dos Santos
(organizadores)
Patos - PB
2017
Ficha Catalográfica
Catalogação na Fonte
Santos, José Ozildo dos. Administração & Gestão Pública. 
/ José Ozildo dos Santos; Rosélia Maria de Sousa 
Santos. - Patos - PB, Grupo de Estudos Avançados 
em Desenvolvimento Sustentável do Semiárido – 
GEADES, 2017.
140p.
 
E-book 
1. Administração. 2. Gestão Pública. 3. Inovações e 
Resultados. I. Título. 
CDU: 616-083
Francisco das Chagas Leite, Bibliotecário. CRB -15/0076
Byte Systems - Soluções Digitais
Editoração Eletrônica - contato@bssd.com.br
APRESENTAÇÃO
Significativos foram os avanços registrados nos últimos anos no campo da 
Administração e da Gestão Pública. Novos métodos e técnicas de planejamento 
foram desenvolvidos, colocando de lado o chamado planejamento tradicional. 
E, cada vez mais, essas inovações vêm se consolidando, mostrando-se mais 
apropriadas para a condução dos negócios da administração empresarial e para 
a gestão do patrimônio público.
Atualmente, no campo da iniciativa privada, existe uma maior preocupação 
com o gerenciamento das cadeia de suprimentos. As organizações empresariais, 
visando se consolidar no mercado, vêm desenvolvendo esforços no sentido de 
se tornarem mais competitivas, privilegiando a qualidade de seus produtos e 
serviços, buscando formas de conquistarem e fidelizarem novos clientes. 
Assim, impulsionadas pelas exigências do mercado, tais organizações 
procuram conduzir de forma cuidadosa o gerenciamento de seus estoques. 
Através de parcerias com seus fornecedores, estruturam grandes cadeias de 
suprimentos, ampliando cada vez o conceito de logística.
Hoje, diferentemente do que ocorria no passado, o planejamento se faz 
presente em todos os setores das organizações empresariais, principalmente, 
no setor produtivo. Por outro lado, a competitividade imposta pelo mercado 
globalizado vem exigindo que tais organizações também façam uso das 
estratégias de marketing, objetivando dar aos seus produtos e serviços uma maior 
visibilidade, na esperança de que estes conquistem a aceitação do consumidor, 
que a cada dia se torna mais exigente.
Se o cenário administrativo mudou no âmbito das organizações empresariais, 
grandes avanços também foram registrados na condução da Gestão Pública. 
Caracterizada por muito tempo como sendo patrimonialista, esta vem se 
modernizando e hoje se apresenta como sendo gerencial, adotando métodos, 
técnicas e ferramentas antes restritas ao setor empresarial.
Em sua nova concepção, a Gestão Pública procura conduzir-se pelo 
cumprimento dos princípios constitucionais, que devem ser aplicáveis a todos os 
seus atos. Hoje, exige-se um gestor público empreendedor, aberto às mudanças 
e compromissado com a coisa pública. Deve-se registrar que a preservação do 
patrimônio cultural e do meio ambiente também vem se constituindo em uma 
preocupação do gestor público.
Por outro lado, também em cumprimento aos princípios constitucionais, a 
Gestão Pública vem buscando construir parcerias, ampliando os espaços para 
Profª. Rosélia Maria de Sousa Santos
a participação da sociedade, principalmente, nos processos de construção das 
políticas públicas e do orçamento participativo. 
Essa crescente participação da sociedade tem permitido que seja colocado 
em prática pela administração pública os processos de avaliação das políticas 
governamentais. E isto tem possibilitado a melhoria da qualidade da formulação 
e da execução das políticas públicas no país.
Tal cenário de transformações administrativas é assunto cada vez mais 
presente nas discussões que se desenvolvem no contexto acadêmico. E, nessa 
direção, este livro se propõe a contribuir com tal debate. Assim, dividido em duas 
partes, em sua primeira unidade, esta obra enfoca o cenário das organizações 
empresariais, principalmente, no que diz respeito às cadeias de suprimentos, 
ao gerenciamento de estoques, ao planejamento financeiro e ao marketing de 
relacionamento. E, na segunda, trata da Gestão Pública, enfatizando temas com 
licitações, urbanismo, preservação do patrimônio cultural, participação social e 
governabilidade democrática, dentre outros.
Sumário
PARTE I
CAPÍTULO I - A importância das cadeias de suprimentos
José Ozildo dos Santos, Rosélia Maria de Sousa Santos, Douglas da Silva 
Cunha, José Rivamar de Andrade, Patrício Borges Maracajá
CAPÍTULO II - A importância do gerenciamento de estoque no 
âmbito das organizações
José Ozildo dos Santos, Rosélia Maria de Sousa Santos, José Rivamar de 
Andrade, Douglas da Cunha Silva, Patrício Borges Maracajá
CAPÍTULO III - Uma abordagem sobre o gerenciamento da cadeia 
de suprimentos
Rosélia Maria de Sousa Santos, José Ozildo dos Santos, José Rivamar de 
Andrade, Douglas da Cunha Silva, Patrício Borges Maracajá
CAPÍTULO IV - A importância do planejamento financeiro no 
âmbito empresarial
José Ozildo dos Santos, Rosélia Maria de Sousa Santos, Rafael Chateaubriand 
de Miranda , Iluskhanney Gomes de Medeiros Nóbrega, José Rivamar de 
Andrade, Douglas da Cunha Silva
CAPÍTULO V - A importância do marketing de relacionamento
Juliana Gomes de Melo, Mônica Justino da Silva, Rosélia Maria de Sousa 
Santos, José Ozildo dos Santos, Patrício Borges Maracajá
PARTE II
CAPÍTULO VI - Licitações públicas: Modalidades e princípios 
aplicáveis
José Ozildo dos Santos, Rosélia Maria de Sousa Santos, José Rivamar de 
Andrade, Douglas da Cunha Silva
CAPÍTULO VII - O princípio da igualdade do direito urbanístico
Rosélia Maria de Sousa Santos, José Ozildo dos Santos, Douglas da Cunha 
Silva, José Rivamar de Andrade
3
17
31
43
53
63
75
CAPÍTULO VIII - O papel do agente público na preservação do 
patrimônio cultural
Rosélia Maria de Sousa Santos, José Ozildo dos Santos, Iluskhanney 
Gomes de Medeiros Nóbrega de Miranda, José Rivamar de Andrade, Rafael 
Chateaubriand de Miranda, Douglas da Silva Cunha
CAPÍTULO IX - Sociedade e participação: A construção do orçamento 
participativo
Rosélia Maria de Sousa Santos, José Ozildo dos Santos, Rafael Chateaubriand 
de Miranda, Iluskhanney Gomes de Medeiros Nóbrega Miranda, José Rivamar 
de Andrade, Douglas da Silva Cunha
CAPÍTULO X - Uma abordagem sobre o processo de urbanização no 
Brasil
Rosélia Maria de Sousa Santos, José Ozildo dos Santos, José Rivamar de 
Andrade, Douglas da Silva Cunha, Jessiane Dantas Fernandes 
CAPÍTULO XI - Gestão Pública: Normatização, fiscalização da 
qualidade dos alimentos, prevenção e cuidados com a saúde pública
Rosélia Maria de Sousa Santos, José Ozildo dos Santos, Douglas da Silva 
Cunha, José Rivamar de Andrade
CAPÍTULO XII - A globalização e seus efeitos sobre a governabilidade 
democrática
Rosélia Maria de Sousa Santos, José Ozildo dos Santos, Iluskhanney Gomes 
de Medeiros Nóbrega, Rafael Chateaubriand de Miranda, Jessiane Dantas 
Fernandes
85
93
103
115
131
PARTE I
A importância das cadeias
de suprimentos
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
Douglas da Silva Cunha 
José Rivamar de Andrade
Patrício Borges Maracajá
1 Introdução
Atualmente, a logística se apresenta como sendo algo vital para o sucesso da 
organização, que já incorporou essa nova visão empresarial, que tem como meta 
a satisfação de seu cliente, desenvolvendo os esforços necessários para que ele, 
no tempo desejado, receba seus bens ou serviços, na forma solicitada e no local 
especificado. E, mais, pelo preço desejado.
Quando se fala nas atividades “voltadas para administrar o fluxo de 
materiais e de informações relacionadas com esse fluxo aolongo da cadeia 
de suprimentos”, está se falando em logística (BARBIERI; MACHLINE, 2006, 
p. 3), que no contexto atual, vem ganhando cada vez mais importância, face 
à necessidade que as organizações possuem de constantemente reporem seus 
estoques, visando manter o nível operacional de suas atividades.
Vários autores, a exemplo de Viana (2002, p. 47), mostram que toda e qualquer 
organização, para ter êxito, necessita “atingir o equilíbrio ideal entre estoque e 
consumo” e esta deve ser a sua meta primordial. 
Acrescenta ainda Viana (2002), que para atingir esse ponto, necessariamente, 
exige-se “o estabelecimento de normas, critérios e rotinas operacionais, de forma 
que todo o sistema possa ser mantido harmonicamente em funcionamento”.
Em síntese, essa necessidade mostra o quanto é importante o gerenciamento 
da cadeira de suprimentos e do estoque em toda em qualquer organização, que 
busca o êxito em suas atividades e prima pela satisfação do cliente.
Diante do exposto, o presente trabalho, no qual se adotou como procedimento 
metodológico a pesquisa bibliográfica, tem como objetivo mostrar a importância 
das cadeias de suprimentos.
2 revIsão de LIteratura
2.1 Logística Empresarial
Quando se discute o gerenciamento da cadeia de suprimentos (CS), é 
praticamente impossível se deixar de lado o termo ‘logística’. Assim sendo, para 
José Ozildo dos Santos et al.
4
que haja um melhor entendimento, é de suma importância que, num primeiro 
momento, promova-se alguns comentários sobre a logística empresarial, 
considerada com sendo, na atualidade “a responsável pelo sucesso ou insucesso 
das organizações” (FERRAES NETO; KUEHNE JUNIOR, 2002, p. 39).
O termo ‘logística’ é amplamente abordado no campo da administração 
empresarial, de forma que vários autores apresentam suas definições para o 
referido termo, que possui origem no vocábulo francês logistique, 
De acordo com Ballou (2009, p. 17):
A logística empresarial estuda como a administração 
pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços 
de distribuição aos clientes e consumidores, através de 
planejamento, organização e controle e efetivos para as 
atividades de movimentação e armazenagem que visam 
facilitar o fluxo de produtos.
A definição acima apresentada permite o entendimento de que a Logística 
Empresarial é parte da Cadeia de Suprimentos, que possui a missão de planejar 
e ao mesmo tempo de controlar o fluxo e a armazenagem de bens, serviços e 
informações numa organização.
A definição amplamente divulgada é aquela elaborada pelo Council of 
Logistics Management, que conceitua a logística como sendo:
[...] a parte do Gerenciamento da Cadeia de 
Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo 
e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, 
materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as 
informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o 
ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências 
dos clientes (CLM apud FERRAES NETO; KUEHNE JUNIOR, 
2002, p. 40).
A logística embora seja vista como sendo a chave para muitos negócios, 
representa um alto custo nas operações existentes nas cadeias de abastecimento. 
Apesar disto, a atividade logística encontra-se presente em vários pontos da 
organização. No que diz respeito à correta aplicação, esta constitui um requisito 
necessário para o bom desempenho de todas as atividades levadas a cargo por 
parte de uma organização.
Bowersox (2003) afirma que é de competência da logística todas as atividades 
que dizem respeito à coordenação das áreas funcionais da empresa.
É importante destacar que quando se fala em as áreas funcionais, está se 
relacionando as etapas de avaliação de um projeto de rede, a localização das 
instalações, o sistema de informação, o transporte, o estoque e a armazenagem 
do produto, criando as condições para o estabelecimento de valor para o cliente, 
A importância das cadeias de suprimentos
5
em relação ao produto. A Figura 1 apresenta os elementos que dão escopo ao 
conceito moderno de logística empresarial.
Analisando a Figura 1, constata-se que os itens Produto e Praça/Serviço ao 
Cliente, encontram-se correlacionado às estratégias de marketing, enquanto 
os diferentes custos dizem respeito à logística, estando estes interligados às 
estratégias de marketing.
Segundo Pozo (2004, p.14):
A logística nas empresas estuda como a administração 
pode prover melhor nível de rentabilidade no processo de 
pleno atendimento do mercado e a satisfação completa ao 
cliente, com retorno garantido ao empreendedor, através 
de planejamento, organização e controles efetivos para as 
atividades de armazenagem, programas de produção e 
entregas de produtos e serviços com fluxos facilitadores 
do sistema organizacional e mercadológico. A logística é 
uma atividade vital para a organização, trata de todas as 
atividades de movimentação e armazenagem que facilitam 
o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-
Fonte: Fleury; Wanke; Figueiredo (2000)
Figura 1. Conceito moderno de Logística Empresarial
José Ozildo dos Santos et al.
6
prima até o ponto de consumo final, assim como fluxos de 
informações que colocam os produtos em movimento, com 
o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos 
clientes a um custo razoável.
É importante também destacar que a palavra logística representa a junção 
das seguintes atividades de aquisição, movimentação, armazenagem e entrega 
de produtos, que são consideradas básicas numa organização (FERRAES NETO; 
KUEHNE JUNIOR, 2002).
No entanto, o funcionamento dessas atividades é complexo e exigem um 
completo planejamento logístico, podendo ser de materiais ou de processos, 
desde que estejam relacionadas intimamente às funções de manufatura e 
marketing. 
Ballou (2009) também afirma que a função da Logística é composta pelas áreas 
de transportes, estoques e de localização, acrescentando que conjuntamente, em 
um nível de serviço especificado, todas têm por objetivo atender o cliente. 
Entretanto, na visão de Christopher (2009, p. 39):
Logística é o processo de gerenciamento estratégico 
da compra, do transporte e da armazenagem de matérias-
primas, partes e produtos acabados (além dos fluxos de 
informações relacionados) por parte da organização e de seus 
canais de marketing, de tal modo que a lucratividade atual e 
futura seja maximizada mediante a entrega de encomendas 
com o menor custo associado.
Partindo desse conceito, pode-se dizer que logística é um processo de 
gerenciamento de compra (gestão de fluxo), que também visa criar valor para 
o cliente, ao mesmo tempo, ela pode ser vista com algo que procura diminuir o 
hiato entre a produção e a demanda, proporcionando aos consumidores bens e 
serviços, independentemente do tempo e do local. 
De acordo Bowersox (2003) a logística é única, pois ocorre a todo instante no 
mundo. Poucas áreas de operações envolvem a complexidade, a abrangência e o 
escopo geográfico característico da logística.
Dentro de uma outra visão, Pozo (2004, p. 13) afirma que:
A logística trata de todas as atividades de movimentação 
e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o 
ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo 
final, assim como dos fluxos de informação que colocam os 
produtos em movimento, com o propósito de providenciar 
níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
O estudo da logística permite mostrar a organização como ela deve promover 
um melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição direcionados 
A importância das cadeias de suprimentos
7
aos clientes e consumidores. Para alcançar esse objetivo, a logística orienta a 
organização a planejar, organizar e controlar de forma efetiva as atividades de 
movimentação e armazenagem, objetivando facilitar o fluxo deprodutos. 
Na concepção de Pires (1998), a logística engloba:
a) as mercadorias acabadas e informações relacionadas do ponto de origem 
ao ponto de consumo.
b) o estoque circulante;
c) o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência;
d) os custos efetivos de fluxos e estoque de matéria-prima;
É importante destacar que todos esses fatores que integram à logística, 
tem por finalidade expressa o atendimentos dos requisitos estabelecidos pelos 
clientes. Noutras palavras, é observando os fatores acima relacionados que as 
organizações conseguem suprirem as necessidades de sua clientela.
Complementando esse pensamento, Novaes (2003) afirma que na atualidade, 
a logística preocupa-se integrar os setores da empresa, bem como estabelecer 
parcerias com fornecedores e clientes, tudo isto com foco no atendimento das 
necessidades e preferências dos consumidores finais.
De acordo com Coronado (2007), utilizando-se da logística, a empresa pode 
vários ganhos, dentre os quais, os principais são:
a) entregas mais rápida de acordo com a demanda; redução dos custos 
operacionais; 
b) aumento da produtividade; 
c) aumento no giro de mercadorias e redução de estoques; 
d) redução de perdas.
Por outro lado, é importante destacar que no interior das organizações, as 
atividades primárias exercem um papel de significativa importância, sendo 
responsáveis pela concretização dos objetivos logísticos, contribuindo também 
para a coordenação da tarefa logística. 
De acordo com Ballou (2009), tais atividades primárias são as seguintes: 
a) transportes; 
b) manutenção de estoques; 
c) processamento de pedidos. 
O Quadro 1 apresenta as atividades primárias responsáveis pela concretização 
dos objetivos logísticos.
É importante destacar que as atividades apresentadas no Quadro 1 são 
fundamentais para as organizações, porque permitem que as mesmas cumpram 
melhor a sua missão. Deve-se também registrar que além das atividades 
primárias existem aquelas consideradas como sendo de apoio ou adicionais, 
responsáveis por oferecer suporte às primarias, contribuindo, assim, para que 
estas últimas, atinjam seus objetivos.
O Quadro 2 apresenta, de forma sucinta, as descrições das diferentes 
atividades consideradas de apoio.
José Ozildo dos Santos et al.
8
Quadro 1. Atividades primárias responsáveis pela concretização dos objetivos 
logísticos
ATIVIDADES DESCRIÇÃO
Transportes
É a atividade logística mais importante, pois
nenhuma 
rma moderna pode operar sem
providenciar a movimentação de suas matérias-
primas ou de seus produtos acabados de alguma
forma.
Manutenção
de estoques
É a atividade para atingir-se um grau razoável de
disponibilidade do produto em face de sua
demanda.
Processamento
de pedidos
É uma atividade logística primária, sendo
responsável por dá partida ao processo de
movimentação de materiais e produtos bem como a
entrega desses serviços.
Fonte: Ballou (2009), adaptado.
Quadro 2. Diferentes atividades de apoio à logística
ATIVIDADES DESCRIÇÃO
Armazenagem
Refere-se à administração do espaço necessário para
manter estoques.
Manuseio
de materiais
Está associada com a armazenagem e também apoia
a manutenção de estoques, encontrando-se
relacionada à movimentação do produto no local de
estocagem.
Embalagem
Possibilita a movimentação dos bens, sem, contudo,
danicá-los, facilitando o manuseio e
proporcionando uma armazenagem ecientes.
Suprimentos
É a atividade que proporciona ao produto car
disponível, no momento exato, para ser utilizado
pelo sistema logístico, constituindo-se numa área
importantíssima de apoio logístico.
Planejamento
É a base que servirá de informação à programação
detalhada da produção dentro da fábrica,
constituindo-se no o evento que permitirá o
cumprimento dos prazos exigidos pelo mercado.
Sistema
de informação
São as informações necessárias de custo,
procedimentos edesempenho essenciais para correto
planejamento e controle logístico, permitindo o
sucesso da ação logística dentro de uma organização
para que ela possa operar ecientemente.
Fonte: Ballou (2009), adaptado.
A importância das cadeias de suprimentos
9
A análise dos Quadros 1 e 2 permite compreender melhor o conceito de 
logística. De forma estratégica, ela promove a aquisição, gerencia a movimentação 
e a armazenagem de materiais, peças e produtos acabados, utilizando-se de um 
fluxo de informações, que também permite um melhor atendimento dos pedidos 
formulados pelos clientes, gerando para estes satisfação tanto pela presteza no 
atendimento quanto pelo fornecimento de bens a baixo custo.
Dissertando ainda sobre a estruturação da Logística empresarial, Ballou 
(2009) afirma que a esta comporta:
a) suprimento físico (administração de materiais);
b) distribuição física.
A Figura 2 representa a Logística Empresarial, na ótica de Ballou (2009).
Partindo do demonstrado pela Figura 2, a Logística Empresarial envolve 
transporte, manutenção de estoque, processamento de pedidos, obtenção, 
embalagem protetora, armazenagem, manuseio de materiais e manutenção de 
informações.
Por outro lado, Campos e Brasil (2009) afirmam que a definição atual de 
Logística Empresarial se encontra firmada nos seguintes pontos:
a) ampliação para bens e serviços o que antes era designado como matéria-
prima, estoque em processo e produto acabado;
b) reconhecimento da armazenagem;
c) reconhecimento da logística como parte da cadeia de suprimentos;
d) reconhecimento do fluxo reverso;
Analisando esses pontos que estruturam o conceito de Logística, percebe-se 
que o mesmo se encontra ligado de forma muito intima à palavra fluxo, dando, 
Fonte: Ballou (2009, p. 19).
Figura 2. Escopo da Logística Empresarial
José Ozildo dos Santos et al.
10
portanto, uma ideia de movimentação/transporte de materiais. Na medida em 
que os meios de transportes iam se desenvolvendo, a logística empresarial ia se 
modernizando. 
Ao longo desse processo de evolução, ela manteve a sua essência que é 
dispor do produto, atendendo o cliente e satisfazendo-o, sendo, portanto, 
uma condição necessária para a sobrevivência das organizações empresariais 
(CAMPOS; BRASIL, 2009).
No entanto, não existe consenso quanto à época exata do surgimento da 
logística. Souza (2002), afirma que suas origens datam do século XVIII, quando, 
durante o reinado de Luiz XIV, existia o posto de ‘General de Logis’, cuja missão 
era transportar o material bélico para as batalhas e supri-lo.
Para Kunrath (2007), a logística remonta aos tempos bíblicos e também está 
ligada ao transporte e suprimento dos armamentos e tropas, durante os períodos 
de guerras.
Com o tempo, as mudanças ocorridas no interior das empresas mostraram 
a necessidade de se planejar e organizar a distribuição dos produtos. E, que era 
necessário verificar como armazena-los para suprir o mercado ao seu tempo. 
Assim, a logística foi incorporada à atividade empresarial. 
No entanto, embora desde o início do século XX a logística faça parte do 
cotidiano das empresas, somente no início da década de 1990 foi que ela adquiriu 
a sua atual concepção, tornando-se “uma função empresarial orientada para o 
atendimento de níveis de serviço previamente estabelecidos” (GEORGES, 2010, 
p. 3).
Entretanto, Ballou (2009) afirma que a evolução da logística pode ser dividida 
nos seguintes períodos:
a) primeiro trata do período antes do surgimento da Segunda Guerra 
Mundial; 
b) segundo inicia-se após a Segunda Guerra Mundial e se estende até 1970; 
c) terceiro tem início em 1970 e se estende até os dias de hoje.
É importante destacar que quando de seu surgimento, a logística possui seu 
foco inteiramente voltado para o processo de armazenagem e para os transportes. 
Atualmente, após a evolução verificada no conceito de logística, esta vem sendo 
tratada comodistribuição física, existindo o entendimento de que armazenagem 
e transportes encontra-se relacionado à operação logística.
2.2 Cadeias de suprimentos: Conceito e evolução
O conceito de cadeia de suprimento (CS) é recente e embora tenha surgindo 
nos primeiros anos da década de 1980, somente na década seguinte ganhou 
notoriedade, consolidando-se como disciplina acadêmica e prática empresarial, 
no início do atual século, estando sua origem associada ao conceito de Logística 
(GEORGES, 2010).
Chopra e Meindl (2004) afirmam que uma cadeia de suprimento congrega os 
diferentes estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um 
pedido formulado por um cliente. 
A importância das cadeias de suprimentos
11
Campos e Brasil (2009, p. 16) completando esse pensamento afirmam que “a 
cadeia de suprimentos abrange várias outras partes, ou seja, ela é considerada 
num enfoque global/geral como visão estratégica”.
Uma cadeia de suprimentos constitui-se numa rede de vários negócios e 
relações, abrangendo outras funções, além da logística e envolve várias empresas.
De acordo com Christopher (2009, p. 17), uma cadeia de suprimentos 
“representa uma rede de organizações, através de ligações nos dois sentidos dos 
diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e 
serviços que são colocados nas mãos do consumidor final”.
Poirier e Reiter (1997), afirma que uma cadeia de suprimentos (supply chain) 
constitui um sistema, através do qual, empresas e organizações entregam 
produtos e serviços aos seus consumidores, seguindo uma rede de organizações 
interligadas.
Slack; Chambers e Johnston (2002, p. 415) apresentam a cadeia de suprimento 
como sendo:
A gestão da interconexão das empresas que se relacionam 
por meio de ligações à montante e à jusante entre os diferentes 
processos, que produzem valor na forma de produtos e 
serviços para o consumidor final. A cadeia de valor centra-
se em dois objetivos chaves: satisfazer efetivamente os 
consumidores e fazer isso de forma eficiente.
O conceito de cadeia de suprimento é tido como complexo. Até mesmo no 
âmbito internacional, encontra-se ainda em construção, o que tem contribuído 
para limitar a sua implementação com sucesso por parte de um número maior 
de empresas. É importante destacar que a cadeia de suprimento não é formada 
apenas fabricantes e fornecedores. Dela também fazem transportadoras, 
depósitos, varejistas, bem com os clientes. Ela é uma rede de vários negócios e 
relações, abrangendo outras funções, além da logística e envolve várias empresas.
Souza, Carvalho, Liboreiro (2006) acrescentam que a cadeia de suprimentos 
resume-se a um conjunto de instalações dispersas geograficamente interagindo 
entre si, no qual se destacam as instalações:
a) centros de distribuição;
b) estoque em trânsito;
c) fornecedores de matéria-prima;
d) plantas produtivas; 
e) produtos acabados entre as instalações
f) produtos intermediários;
g) varejistas.
A preocupação básica da cadeia de suprimentos diz respeito a três itens: 
produção, distribuição e vendas de produtos físicos. No entanto, para poder 
cumprir o seu papel ela necessita do conjunto de instalações acima apresentado, 
José Ozildo dos Santos et al.
12
funcionando devidamente, estabelecendo entre si, sólidas interações. Sem o 
funcionamento correto dessas instalações não se pode fazer em sucesso por 
parte da cadeia de suprimento.
Por outro lado, a concretização dos objetivos formulados proporciona o 
surgimento de novos potenciais entre as partes que integram a cadeia produtiva, 
fortalecendo as condições para um atendimento eficiente ao consumidor final, e 
mais, reduzindo custos e adicionando de mais valor aos produtos finais.
A análise da Figura 3 possibilita um melhor entendimento desse processo, 
uma vez que ilustra a composição e o funcionamento da cadeia de suprimentos.
Com base na Figura 3, pode-se constatar que as fontes abastecem os 
fornecedores de matéria prima, que a repassam para os processadores, 
responsáveis pelo setor produtivo, que, por sua transferem o produto aos 
distribuidores. Estes últimos são responsáveis pelo abastecimento dos varejistas, 
que atendem as necessidades do consumidor final. 
Para a concretização de cada etapa desse processo, exige-se recursos/
investimentos, permitindo a captação de informações que serão utilizadas por 
cada um dos componentes da cadeia de suprimentos, possibilitando, assim, um 
melhor funcionamento da referida cadeia sempre com foco no atendimento das 
necessidades/exigências do consumidor final.
Explica Christopher (2009), que no interior da organização, a cadeia de 
suprimento inclui: 
a) desenvolvimento de novos produtos; 
b) distribuição; 
c) finanças; 
d) marketing; 
e) operações; 
f) serviço de atendimento ao cliente, etc.
Assim sendo, constata-se que uma cadeia de suprimento possui uma estrutura 
dinâmica, pois envolve um fluxo constante de informações, produtos e recursos 
Fonte: RODRIGUES; SANTIN, 2004.
Figura 3. Composição e funcionamento da cadeia de suprimentos
A importância das cadeias de suprimentos
13
financeiros. Ela é formada por diferentes elos que encontram-se interligados 
entre si, interagindo.
A Figura 4 apresenta a estrutura de uma cadeia de suprimentos.
Com base na Figura 4, uma cadeia de suprimentos possui dois lados: 
fornecimento e demanda. E, que no primeiro lado, encontram-se os fornecedores 
de primeira e de segunda camada, enquanto que no segundo lado, ou seja, para 
que se destinam os produtos/serviços, encontram-se os clientes de primeira e de 
segunda camada.
O primeiro lado é composto por grupos de fornecedores de primeira camada 
que se relacionam diretamente com a empresa. Por sua vez, os fornecedores 
de primeira camada são supridos pelos chamados fornecedores de segunda 
camada. Algo inverso ocorre em relação aos clientes, conforme demonstrado na 
Figura 4: os chamados clientes de primeira linha embora mantenham contato 
direto com a unidade produtiva, suprem os clientes de segunda linha. 
Afirmam Lambert et al. (2001) que raramente uma empresa participa de uma 
cadeia de suprimentos, de forma que as cadeias de suprimentos se apresentam 
como verdadeiras árvores ramificadas.
Por outro lado, informam Campos e Brasil (2009), que uma cadeia de 
suprimentos é composta por:
a) Membros primários: são empresas ou unidades de negócio que executam 
atividades (operacional o gerencial), que agregam valor ao longo da Cadeia de 
suprimentos de determinado produto ou serviço.
Fonte: Slack; Chambers; Johnston (2002), adaptado.
Figura 4. Estrutura de uma cadeia de suprimentos
José Ozildo dos Santos et al.
14
b) Membros de apoio: são empresas ou unidade de negócios que fornecem 
recursos e conhecimento, suportando os membros primários da cadeia de 
suprimento, mas que não participam diretamente no processo de agregação de 
valor. 
No entanto, é oportuno destacar que uma empresa, simultaneamente, num 
determinado processo de negócios na cadeia de suprimento, pode realizar 
atividades primárias e noutro ser um membro de apoio.
3 ConsIderações FInaIs
No cenário atual, as organizações empresariais encontram-se diante de 
um mercado cada vez mais competitivo, que lhe impõe grandes desafios, 
principalmente, no que diz respeito à satisfação do cliente. No mundo 
globalizado, a sobrevivência de qualquer negócio reside, principalmente, na 
missão de manter clientes. E, essa realidade tem produzido profundas mudanças 
nas organizações, principalmente, no que diz respeito à gestão de seus negócios. 
É importante destacar que além das chamadas exigências básicas, aquelas 
que impõem à empresa a obrigação de se adequar ao mercado, existem também 
as necessidades dos clientes, que se ampliam e se renovam constantemente. 
Estas, adicionadas às dinâmicas provocadas pelo desenvolvimentotecnológico, 
vêm exigindo que as empresas tornem-se mais competitivas, modificando 
profundamente o seus processos de gestão operacional, objetivando a eficiência 
e buscando eliminar os desperdícios.
Nesse novo enfoque, as organizações também vêm se preocupando com as 
várias atividades que envolvem a sua cadeia de suprimento, principalmente, em 
relação às interações por esta produzidas. Diante dessa necessidade, a cadeia de 
suprimento vem sendo reconhecida como um fator de vantagem competitiva, 
beneficiando aquelas organizações que a utilizam de forma estratégica. 
Por sua vez, a demanda afeta todos os processos realizados no interior de 
uma organização. É no atendimento à demanda onde encontra-se a contribuição 
maior da cadeia de suprimentos, cuja área se preocupa não somente com as 
estimativas e pedidos, mas também com o que a organização deve fazer para 
atender e satisfazer as necessidades de seus clientes. Desta forma, constata-se 
que as atividades desenvolvidas pela cadeia de suprimento (desenvolvimento 
do produto, distribuição, marketing, etc.) têm que obedecerem a uma ordem 
bem definida, para que produza os resultados desejados, possibilitando, no 
final, a satisfação do cliente. 
4 reFerênCIas
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais, 
distribuição física. São Paulo: Atlas, 2009.
BARBIERI, J. C.; MACHLINE, C. Logística hospitalar: Teoria e prática. São 
Paulo: Saraiva, 2006.
A importância das cadeias de suprimentos
15
BOWERSOX, D. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimentos. São Paulo: Atlas, 2003.
CAMPOS, L. F. R.; BRASIL, C. V. M. Logística: Teia de relações. Curitiba: IBPEX, 
2009.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: Estratégia, 
Planejamento e operação. São Paulo: Pearson, 2004.
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: 
criando redes que agregam valor. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
CORONADO, O. Logística integrada: Modelo de gestão. São Paulo: Atlas, 2007.
FERRAES NETO, F.; KUEHNE JUNIOR, M. Logística empresarial. In: MENDES, 
J. R. G. Economia empresarial. Curitiba: Associação Franciscana de Ensino 
Senhor Bom Jesus, 2002.
FLEURY, P. F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. Logística e gerenciamento da 
cadeia de suprimentos: Planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. 
São Paulo: Atlas, 2003.
GEORGES, M. R. R. Cadeia de suprimentos solidária. In: XIII SEMEAD - 
Seminários em Administração. São Paulo-SP, setembro de 2010. Anais.
KUNRATH, R. D. Logística empresarial. Porto Alegre: Ediouro, 2007.
LAMBERT, D. M. [et al]. Administração estratégica da logística. São Paulo: 
Vantine Consultoria, 2001.
PIRES, S. Gestão da cadeia de suprimentos e o modelo do consórcio modular. 
Revista de Administração/USP, São Paulo, v. 33, n. 3, 1998.
_____. Gestão da cadeia de suprimentos (supply chain management): conceitos, 
estratégias, práticas e casos. São Paulo: Atlas, 2007.
POIRIER, C. C.; REITER, S. E. Otimizando sua rede de negócios. São Paulo: 
Futura, 1997.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: Uma abordagem 
logística. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
RODRIGUES, W. L. H. P.; SANTIN, N. J. Gerenciamento da cadeia de 
suprimentos. Integração, v. 10, n. 37, p. 97-102, abr.-jun., 2004.
SANTOS, M. G. Abordagem sobre a aplicabilidade da tecnologia RFID na 
cadeia de suprimentos e na administração de estoques. Monografia, 77p. 
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. São Paulo, SP, 2009.
SILVA, C. L. Competitividade: mais que um objetivo, uma necessidade. Revista 
FAEBUSINESS, n. 1, p. 1-3, nov., 2001.
SLACK, N.; CHAMBERS, R.; JOHNSTON, S. Administração da produção. São 
Paulo: Saraiva 2002.
SOUZA, P. T. Logística interna para empresas prestadoras de serviço. 2002. 
Disponível em: http://guialog.com.br/ARTIGO350.htm. Acesso: 10 abr 
2016.
VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 
2002.
A importância do gerenciamento
de estoque no âmbito das organizações
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Rivamar de Andrade
Douglas da Cunha Silva
Patrício Borges Maracajá
1 Introdução
A Logística pode ser entendida como sendo uma operação integrada para 
cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma racionalizada. 
Assim sendo, Logística é planejamento, coordenação e execução do processo, 
voltado para a redução de custos e para o aumento da competitividade de uma 
organização.
Viana (2002) ressalta que a logística pode ser entendida como sendo uma 
ferramenta fundamental a ser utilizada para produzir vantagens competitivas 
e a administração de materiais, de forma que o sucesso do gerenciamento de 
materiais nas organizações encontra-se correlacionado à aplicabilidade dos 
conceitos logísticos.
Pozo (2004) afirma que a logística é vital para o sucesso de uma organização, 
pois é uma nova visão empresarial que direciona o desempenho das empresas, 
tendo como meta a satisfação do cliente, de modo que ele receba seus bens ou 
serviços no momento que desejar, com suas especificações predefinidas, o local 
especificado e, principalmente, o preço desejado.
É oportuno destacar que o objetivo fundamental da administração de 
materiais consiste em determinar quando e quanto adquirir. Noutras palavras, 
utiliza-se a administração de materiais para definir quando o estoque deve ser 
reposto e que percentual. Para tanto, utiliza-se de estratégia do abastecimento 
que sempre são acionadas pelo usuário, que é o consumidor. 
Quando o assunto é produção e logística, existe sempre uma preocupação com 
a demanda do mercado. É nesse contexto que surge a necessidade de controle/
gerenciamento do estoque. A organização precisa saber se terá condições de 
atender a demanda existente no mercado, principalmente, quanto ao tempo 
[prazo de entrega dos produtos]. Assim, para assumir o compromisso diante do 
consumidor, a organização precisa possuir um completo gerenciamento de seus 
estoques. 
José Ozildo dos Santos et al.
18
O presente artigo tem por objetivo apresenta a importância do gerenciamento 
de estoque para a empresa. Num primeiro momento, focaliza-se a administração 
de materiais. Num segundo momento, conceitua estoque e apresenta-se suas 
diferentes classificações, para logo em seguida mostrar como se desenvolve o 
gerenciamento de estoque numa organização. 
2 revIsão de LIteratura
2.1 Administração de materiais
Na prática, a administração de materiais visa satisfazer às necessidades dos 
sistemas de operação, de forma que sempre que bens necessários não estão 
disponíveis no instante correto para atender às necessidades de produção ou 
operação, é possível perceber com melhores detalhes a importância da boa 
administração de materiais. 
Na concepção de Ballou (2009), boa administração de materiais diz respeito a 
uma melhor coordenação da movimentação de suprimentos de uma organização, 
suprindo-a como o material certo, no local de operação certo, no instante correto 
e em condição utilizável ao custo mínimo.
Assim, sem a completa observância desses requisitos não há como se falar 
em boa administração de materiais. Em síntese, a missão da administração de 
materiais é abastecer/suprir a organização com os materiais que ele necessita, 
tendo-se a preocupação de se constituir o elo forte entre a empresa e fornecedores 
de materiais.
Em relação à escolha do material certo, torna-se necessária a realização de um 
conjunto de atividades, que pode ser denominadas genericamente de seleção e 
classificação de materiais. A seleção dos materiais deve ser efetuada mediante 
uma administração que seja capaz de explicitar as divergências e alcançar um 
razoável consenso entre os diferentes atores envolvidos.
Barbieri e Machline (2006) vão mais além e afirmam que é também objetivoda boa administração de materiais, atender o cliente certo, com o material certo 
e nas quantidades e momentos certos, procurando sempre identificar quais as 
melhores condições para a organização.
Vista como sendo uma área muito abrangente, a administração de materiais 
se dedica ao gerenciamento de todo tipo de ativo da empresa. 
De acordo com Pozo (2004), a administração de materiais se preocupa com:
a) os imóveis;
b) os materiais para projeto de expansão fabril;
c) os produtos de consumo próprio;
d) os produtos em estoque que tem a finalidade de distribuição aos clientes; 
etc.
Desta forma, percebe-se que a administração de materiais constitui-se numa 
área que se relaciona com diversas outras áreas dentro da organização (vendas, 
produção, finanças, etc.). Completando esse pensamento, afirma Ballou (2009), 
A importância do gerenciamento de estoque no âmbito das organizações
19
que administração de materiais promove uma integração que também se envolve 
dentro da cadeia de suprimentos, acrescentando que esse relacionamento exige 
planejamento e coordenação.
Essa preocupação é necessária para que seja garantida a eficiência dos 
processos de entrada, produção e saída de materiais na organização. Por outro 
lado, nesses processos recomenda-se a aplicação da metodologia just-in-time, 
que consiste em trabalhar com um estoque mínimo possível, automatizando-o 
de tal forma que o fluxo de entrega e reposição seja aperfeiçoado.
Para Barbieri e Machline (2006, p.3), “as atividades voltadas para administrar 
o fluxo de materiais e de informações relacionadas com esse fluxo ao longo da 
cadeia de suprimentos constituem o que genericamente se denomina logística”.
A logística dos materiais assume importância crescente nas entidades de 
saúde. A necessidade de proporcionar um perfeito nível de atendimento aos 
pacientes, sem ocorrência de qualquer falta de insumos, requerem extrema 
proficiência por parte do gestor de materiais (BARBIERI E MACHLINE, 2006).
A administração de materiais possui uma grande importância dentro de 
uma organização, os materiais e ativos nela existentes possuem um elevado 
número de finalidades. Por outro lado, esclarece Pozo (2004) que uma das mais 
importantes funções da administração de materiais encontra-se relacionada ao 
controle de níveis de estoques. 
Por essa razão, é de suma importância que organizações tenham uma 
preocupação constante com o controle de seus estoques, uma vez que os mesmos 
contribuem de forma decisiva para que elas alcance os resultados projetados.
2.2 Estoques
O balanceamento dos estoques em termos de produção e logística com a 
demanda do mercado e o serviço ao cliente, constitui um dos grandes desafios que 
as organizações enfrentam na atualidade, exigindo uma constante redefinição 
de conceitos e estratégias. 
Destaca Bertaglia (2003) que para o sucesso de uma organização, a gestão de 
estoques constitui um elemento imprescindível, que deve ser administrado de 
forma eficiente.
No entanto, para que possa compreender como ocorre a gestão de estoque 
numa organização, é de suma importância que inicialmente se apresente um 
conceito para o termo estoque.
Por estoques entende-se os acúmulos de recursos materiais entre fases 
específicas de processo de transformação. 
Para Corrêa; Gianesi; Caon (1999), esses acúmulos de materiais têm uma 
propriedade fundamental, pois os estoques proporcionam independência às 
fases dos processos de transformação entre os quais se encontram. 
De acordo com Martins (2006), dentre as várias funções do estoque, destacam 
as seguintes:
a) Garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os 
efeitos de: demora ou atraso no fornecimento de materiais, sazonalidades no 
suprimento, riscos de dificuldade no fornecimento;
José Ozildo dos Santos et al.
20
b) Proporcionar economias de escalas: através da compra ou produção em 
lotes econômicos, pela flexibilidade do processo produtivo, pela rapidez e 
eficiência no atendimento às necessidades.
Desta forma, o estoque não se destina apenas a garantir o funcionamento da 
empresa. É sua missão também proporcionar a economia em escala.
De acordo com Pozo (2004), as principais matérias e produtos que compõem 
os estoques são os seguintes: 
a) material auxiliar, 
b) material de escritório, 
c) material de manutenção, 
d) material e peças em processos;
e) matéria-prima, 
f) produtos acabados.
A organização deve ter em estoque tanto a matéria prima necessária para 
a produção, quando os produtos/artigos/equipamentos de que necessita para 
desenvolver suas atividades. Por isso, se justifica a existência em estoque dos 
itens acima relacionados.
Ainda de acordo com Pozo (2004) existem diversos tipos de estoques, sendo 
os mais comumente utilizados os seguintes:
a) Almoxarifado de acabados;
b) Almoxarifado de manutenção;
c) Almoxarifado de materiais auxiliares;
d) Almoxarifado de matérias-primas;
e) Almoxarifado intermediário.
No entanto, Moura (2004) classifica os estoques em ativo e passivo. Por estoque 
ativo entende-se aquele resultante de um planejamento prévio e destinado a uma 
utilização, enquanto que estoque passivo (ou inutilizado), é aquele decorrente 
de alterações de programas, mudanças nas políticas de estoque ou eventuais 
falhas de planejamento. 
Em relação ao estoque ativo, de acordo com Malagoni (2005), sua utilização 
pode ser destinada a:
a) Produção;
b) Produtos em processo;
c) Manutenção, reparo e operação;
d) Produtos acabados;
e) Materiais administrativos.
O Quadro 1, apresenta as diferentes formas de utilização dos estoques ativos.
No que diz respeito ao estoque inativo, Malagoni (2005) afirma que o mesmo 
pode englobar as seguintes categorias:
a) Estoque disponível: constituído pelos materiais sem perspectiva de 
utilização, sem destinação, total ou parcialmente;
A importância do gerenciamento de estoque no âmbito das organizações
21
b) Estoque alienável: constituído de material disponível, inservível, obsoleto, 
e sucatas destinadas à venda.
É importante destacar que existem várias classificações para os estoques. Uma 
terceira classificação é apresentada por Cabanas e Ribeiro (2005), que apresenta 
os seguintes tipos:
a) Estoques de matérias-primas;
b) Estoques de materiais em processamento ou em vias;
c) Estoques de materiais semiacabados;
d) Estoques de materiais acabados ou componentes;
e) Estoques de produtos acabados.
O Quadro 2 apresenta os tipos de estoque, sob a ótica de Cabanas e Ribeiro 
(2005), com suas respectivas descrições.
Uma outra forma de se classificar o estoque é em relação ao seu nível. Segundo 
Pozo (2004) este pode ser: mínimo, máximo e de segurança. 
O Quadro 3 apresenta a classificação do estoque quanto ao seu nível.
A importância do estoque mínimo é a chave para o adequado estabelecimento do 
ponto de pedido. Segundo Dias (1993), pode-se determinar o estoque mínimo através de:
a) Fixação de determinada projeção mínima (projeção estimada do consumo).
b) Cálculos e modelos matemáticos.
No que diz respeito ao estoque máximo este é igual à soma do estoque mínimo 
e do lote de compra. Já o estoque de segurança diz respeito à quantidade mínima 
Quadro 1. Diferentes formas de utilização dos estoques ativos
FORMA
DE UTILIZAÇÃO
DESCRIÇÃO
Produção
Constituído por matérias-primas e
componentes que integram o produto �nal
Produtos em processo
Constituídos por matérias em diferentes
estágios da produção
Manutenção, reparo
e operação
Formado por peças e componentes
empregados no processo produtivo, sem
integrar o produto �nal
Produtos acabados
Compreendem os materiais e/ou produtos em
condições de serem vendidos
Materiais administrativos
Formado pormatérias de aplicação emgeral na
empresa, sem vinculação com o processo
produtivo
Produção
Constituído por matérias-primase
componentes que integram o produto �nal
Fonte: Malagoni (2005), adaptado.
José Ozildo dos Santos et al.
22
Quadro 2. Diferentes tipos de estoque
TIPOS DE ESTOQUE DESCRIÇÃO
Estoques de matérias-
primas
Constituem os insumos e materiais básicos que
ingressam no processo produtivo da empresa
Estoques de materiais
em processamento ou
em vias
São também denominados materiais em vias, os
quais são constituídos de materiais que estão
sendo processados ao longo das diversas seções
que compõem o processo produtivo da empresa.
Estoques de materiais
semiacabados
Referem-se aos materiais parcialmente acabados,
cujo processamento está em algum estágio
intermediário de acabamento e que se encontram
também ao longo das diversas seções que
compõem o processo produtivo.
Estoques de materiais
acabados ou
componentes
Referem-se a peças isoladas ou componentes já
acabados para serem anexados ao produto. São,
na realidade, partes prontas ou montadas que,
quando juntadas, constituirão o produto acabado.
Estoques de produtos
acabados
Referem-se aos produtos já prontos e acabados,
cujo processamento foi completado inteiramente.
Fonte: Cabanas e Ribeiro (2005), adaptado
de peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis 
variações do sistema.
2.3 Vantagens do estoque
A organização que mantém regularmente seus estoques, pode desfrutar 
de algumas vantagens. Dissertando sobre essa particularidade, Ballou (2009) 
enumera as seguintes vantagens proporcionadas pelos estoques:
a) a economia de escala nas compras e nos transportes;
b) a melhoria do nível de serviço;
c) a proteção contra alteração de preços;
d) a proteção contra contingências;
e) a proteção contra oscilações na demanda ou tempo de ressuprimento;
f) o incentivo à economia de produção.
O Quadro 4 apresenta as vantagens dos estoques com suas respectivas descrições. 
Entretanto, é oportuno lembrar que os estoques imobilizam o capital que a 
empresa poderia dispor para empregá-lo forma diferente, tanto internamente 
quanto externamente. Assim sendo, estoque é capital imobilizado. Por outro 
lado, constitui um requisito primordial para uma empresa.
2.4 Custos dos estoques
Os estoques constituem algo necessário à manutenção da empresa. No 
entanto, ele demanda custos, que não se limitam apenas à sua aquisição.
A importância do gerenciamento de estoque no âmbito das organizações
23
De acordo com Ballou (2009), os custos relacionados aos estoques podem ser 
classificados nas seguintes categorias:
a) custos de compra: estão associados às aquisições dos produtos e matérias 
primas nas quantidades necessárias para a reposição do estoque da empresa, 
congregando outros gastos além do valor pago por essa aquisição.
b) custo de manutenção de estoque: reúne todos os custos necessários para 
manter o estoque por um determinado período de tempo, representando um 
somatório dos custos relacionados à armazenagem física, aos danos, furtos, 
impostos, obsolescência, oportunidades de capital, riscos de deterioração e seguros;
c) custos de falta: produzidos quando há demanda por falta de determinados 
itens, dificultando a entrega dentro do prazo ou a perda de uma venda.
É oportuno ressaltar que numa empresa, os estoques não somente 
desempenham um importante papel como também possuem distintas funções, 
que, por sua vez, encontram-se relacionadas às demandas de mercado.
2.5 Controle de estoque
O controle de estoque pode ser definido como sendo um conjunto de métodos 
e ferramentas, que deve ser observado pelos membros de uma organização, 
objetivando mantê-la em sua trajetória de forma a alcançar metas traçadas.
Fonte: Dias (1993), Pozo (2004); Martins (2006), adaptado.
TIPOS DE ESTOQUE DESCRIÇÃO
Estoque mínimo
É a quantidade mínima que deve existir em
estoque, que se destina a cobrir eventuais atrasos
no suprimento, objetivando a garantia do
funcionamento ininterrupto e e�ciente do
processo produtivo, sem o risco de faltas.
Estoque Máximo
É o resultado da soma do estoque de segurança
mais o lote de compra. O nível máximo de estoque
é normalmente determinado de forma que seu
volume ultrapasse a somatória da quantidade do
estoque variações normais de estoque em fase
dinâmica de mercado, deixando margem que
assegure, a cada novo lote, que o nível máximo de
estoque não cresça e onere os custos de
manutenção de estoque.
Estoque de Segurança
É uma quantidade mínima de peças que tem que
existir no estoque com a função de cobrir as
possíveis variações do sistema, que pode ser:
eventuais atrasos no tempo de fornecimento,
rejeição do lote de compra ou aumento na
demanda do produto.
Quadro 3. Classificação dos estoques quanto ao nível
José Ozildo dos Santos et al.
24
Quadro 4. Vantagens dos Estoques
VANTAGEM DESCRIÇÃO
A economia de escala
nas compras e nos
transportes
Um dos objetivos dos estoques é obter descontos
nos transportes e nas compras por se tratar de
grandes quantidades de matéria-prima. Compra de
pequenos lotes faz com que a organização perca
esses descontos, tanto de transporte quanto de
compras.
A melhoria do nível de
serviço
O departamento de marketing pode vender mais
seguramente os produtos. Além de proporcionar o
rápido atendimento ao cliente, traz benéco para a
empresa, pois diminui o seu custo e a falta do
produto.
A proteção contra
alteração de preços
Quando há previsão de aumento nos preços, as
empresas podem antecipar a compra de matéria-
prima e manter em estoque, evitando o aumento
dos custos, e, consequentemente, o aumento nos
preços dos produtos.
A proteção contra
contingências
A empresa pode manter estoques de reserva para
garantir o fornecimento de seus produtos em caso
de uma greve ou incêndio.
A proteção contra
oscilações na demanda
ou tempo de
ressuprimento
Diante da impossibilidade de prever as demandas
dos produtos e seu tempo de ressuprimento, a
empresa deve manter estoque de segurança para
atender a necessidade de produção ou de mercado.
O incentivo à
economia de produção
Quando há estoques, pode haver economia na
produção, sendo possível reduzir os custos na
produção e manter a força de trabalho em níveis
estáveis.
Fonte: Ballou (2009), adaptado.
Atkinson et al. (2000) afirmam que os controles de estoques têm por objetivo 
mensurarem o desempenho das atividades de uma empresa, auxiliando na 
prevenção das falhas e, ao mesmo, nas correções dos processos. 
Assim sendo, eles podem ser considerados como verdadeiros centros 
de informações, capazes de facilitarem a tomada de decisão na busca pela 
maximização dos resultados.
Corroborando com esse pensamento, Martins e Alt (2002, p. 132) afirmam 
que os controles na área de estoques, “consistem em uma série de ações ou 
procedimentos que possibilitam aos administradores verificarem se os estoques 
estão sendo bem utilizados”.
É importante destacar que para controlar os níveis de estoques, é necessária 
a observância completa de alguns procedimentos básicos. Tratando do controle 
A importância do gerenciamento de estoque no âmbito das organizações
25
de estoques, Dias (2009) afirma que este pode ser melhor alcançado quando se 
segue os seguintes procedimentos:
a) acionar o departamento de compras para efetuar as aquisições;
b) controlar o estoque em termos de quantidade e valor e fornecer informações 
sobre a posição do estoque;
c) determinar ‘o que’ deve permanecer em estoque;
d) determinar ‘quando’ se devem reabastecer os estoques;
e) determinar ‘quanto’ de estoque será necessário para um intervalo de tempo 
predeterminado;
f) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados;
g) inventariar periodicamente para avaliar as quantidades e o estado físico 
dos produtos estocados;
h) receber, armazenar e atender os produtos conformesuas necessidades.
Verifica-se que o controle auxilia na manutenção dos níveis desejados de 
estoques e dá suporte ao departamento de compras, pois os acúmulos indevidos 
de materiais são oriundos de erros de pedidos, deficiências na análise da 
demanda e falta de controle dos produtos.
Deve-se também registrar que para se controlar os estoques é necessária 
à realização de inventários permanentes ou periódicos, através dos quais é 
possível mensurá-los.
O Quadro 5 apresenta os tipos de inventários e suas respectivas definições.
Quando se compara esses dois tipos de inventários, constata-se que 
o permanente possibilita, segundo Neves (1997), a qualquer tempo, uma 
informação completa quanto à obtenção das mercadorias disponíveis no estoque. 
E esse ponto positivo não é apresentado pelo inventário periódico.
Fonte: Martins e Alt (2002), adaptado.
TIPO DEFINIÇÃO
Permanente
É um sistema de controle que possibilita,
permanentemente, a obtenção de informação quanto
à movimentação dos estoques no que tange às saídas,
entradas e custos das mercadorias.
Periódico
É um sistema adotado pelas empresas que não
mantém controle permanente das quantidades e
valores das mercadorias existentes.
Quadro 5. Tipos de inventários
2.6 A importância da gestão de estoques numa organização
O controle de estoque não se trata de uma ideia nova ou de uma necessidade 
que surgiu com a modernização. Desde a antiguidade o homem constatou que 
necessitava controlar a utilização de seus gêneros alimentícios para melhor 
enfrentar as adversidades impostas pelo meio. 
Assim, quando surgiram as primeiras organizações, a necessidade do 
controle de estoque também se tornou patente, de forma que desde muito cedo, 
José Ozildo dos Santos et al.
26
sempre houve a necessidade de uma adequada forma de utilização de sistemas 
e métodos, objetivando melhorias nas atividades desenvolvidas (POZO, 2004).
Cedo, nas organizações foi se verificando que o desperdício gerava a ausência 
de mercadorias, ocasionando, assim, prejuízos. A cultura organizacional também 
possibilitou o entendimento de que se a organização perdia com o desperdício, 
significativa parcela de clientes fica insatisfeita devido ao fato de que o produto 
não estava disponível. E essa constatação mostrou a necessidade de uma boa 
gestão de estoque.
Em Logística, o termo gestão de estoques é usado em função da necessidade 
de estipular os diversos níveis de materiais e produtos, que a organização deve 
manter, dentro de parâmetros econômicos (BALLOU, 2009).
De acordo com Pozo (2004), a função principal da administração de estoques 
é maximizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, e com 
grande efeito dentro dos estoques.
Complementando esse pensamento, afirmam Francischini e Gurgel (2004, p. 
148) que:
Para o controle de estoque ser eficaz é necessário, portanto, 
que haja um fluxo de informações adequado e um resultado 
esperado quando a seu comportamento. Espera-se de um 
Administrador de materiais que os usuários tenham fácil 
acesso aos itens estocados, quando eles forem necessários 
para a elaboração de alguma atividade na empresa, mas, por 
outro lado, o volume do estoque não pode ser tão alto que 
comprometa a rentabilidade da empresa.
É importante ressaltar que os estoques possuem a função de ponderar as 
entradas e saídas de uma empresa. Geralmente, estas oscilam, ora sendo maiores 
as entradas, ora as saídas. Desta forma, quanto maior for o úmero de entradas 
maior será o estoque de uma organização, consequentemente, quanto maior 
forem as saídas, menor será seu estoque. Através da gestão de estoque, busca-se 
o equilíbrio entre as entradas e as saídas. 
Afirma Ballou (2009), que quando a velocidade de entrada for igual à 
velocidade de saída, tem-se o que em administração de materiais chama-se 
estoques nulos. 
No entanto para se conseguir um estoque nulo é necessário o envolvimento/
integração dos diferentes setores existentes na empresa, principalmente, 
entre os responsáveis pelas compras (entradas) e pelas vendas (saídas). Desta 
forma, numa organização, compra e venda devem ser uma preocupação do 
planejamento e do controle de produção. É importante também ressaltar que 
a função de planejar e controlar estoques são fatores primordiais numa boa 
administração do processo produtivo. 
Dissertando sobre tal função, Pozo (2004, p.40) afirma que o planejamento e 
controle de estoque possui os seguintes objetivos:
A importância do gerenciamento de estoque no âmbito das organizações
27
- Assegurar o suprimento adequado de matéria-prima, material auxiliar, 
peças e insumos ao processo de fabricação;
- Manter o estoque o mais baixo possível para atendimento compatível às 
necessidades vendidas;
- Identificar os itens obsoletos e defeituosos em estoque, para eliminá-los;
- Não permitir condições de falta ou excesso em relação à demanda de vendas;
- Prevenir-se contra perdas, danos, extravios ou mau uso;
- Manter as quantidades em relação às necessidades e aos registros;
- Fornecer bases concretas para a elaboração de dados ao planejamento de 
curto, médio e longo prazos, das necessidades de estoque;
- Manter os custos nos níveis mais baixos possíveis, levando em conta os 
volumes de vendas, prazos, recursos e seu efeito sobre o custo de venda do 
produto.
Assim sendo, constata-se que o gerenciamento do estoque não é uma tarefa 
fácil. Ele exige uma série de cuidados, de forma a manter um equilíbrio entre as 
entradas e saídas de produtos numa organização, que, por sua vez, deve sempre 
manter o estoque o mais baixo possível, mas mantendo a capacidade de atender 
às necessidades de seus clientes.
Desta forma, as organizações mantêm estoques porque necessitam atender 
suas necessidades internas, bem como suprirem as necessidades de seus clientes. 
Noutras palavras, o estoque destina-se sempre a uso num futuro imediato. Assim, 
como é praticamente impossível determina a demanda futura, a organização 
para evitar ter prejuízos, deve manter um estoque num nível determinado, que 
possa assegurar às demandas, minimizando os custos de sua produção.
Na gestão de estoque surge a necessidade de se inventariar os bens 
disponíveis.
Dissertando sobre essa necessidade, Santos (2009, p. 23), citando Wild (2002), 
afirma que “o controle de inventário é uma atividade que organiza os itens que 
estão disponíveis aos clientes. Isto coordena funções de compra, produção e 
distribuição para conhecer a necessidade do mercado”.
Através do controle de inventário é possível estabelecer um equilíbrio entre 
as necessidades da empresa, dando, assim, uma grande contribuição à sua 
gestão, estabelecendo-se quando e quanto se deve comprar, levando-se sempre 
em consideração as saídas.
Segundo Slack; Chambers; Johnston (2002), para melhor gerenciar os 
estoques, deve-se: 
a) Discriminar todos os diferentes itens estocados, de maneira que possam 
aplicar um grau de controle em cada item, de acordo com sua importância e,
b) Realizar um investimento em um sistema de processamento de informação 
que tenha capacidade de gerenciar o controle dos estoques. 
Assim, o estoque de uma empresa deve estar de acordo com a sua estrutura, 
sempre pronto a oferecer o serviço desejado pelo cliente, mantendo o mínimo de 
estoque, vislumbrando um menor custo possível.
José Ozildo dos Santos et al.
28
3 ConsIderações FInaIs
Numa organização, o gerenciamento da cadeia de suprimento possui um 
papel de grande destaque. Além de contribuir para o sucesso da organização, 
o gerenciamento da cadeia de suprimento em face de seu processo evolutivo, 
conseguiu deixar de ser um centro de custo, numa organizações e passou a ser 
uma atividade estratégica. 
De semelhante importância também desfruta o gerenciamento de estoque 
numa organização. Para desenvolver suas atividades de formaprodutiva, 
toda e qualquer organização deve conhecer suas necessidades, monitorar seus 
estoques, pois este gerenciamento possibilita a redução dos custos e possibilita 
oferecer ao cliente um melhor preço.
É oportuno lembrar que a princípio, nas organizações, o controle de estoque 
era feito manualmente, constituindo-se numa tarefa que consumia tempo e mão 
de obra, sempre condicionado ao tamanho da organização. Atualmente, graças 
aos avanços tecnológicos, é possível em poucos minutos uma organização ter 
concluído o seu inventário de estoque, sabendo exatamente o que deve repor, 
tendo em vista as saídas ocorridas no mês ou exercício avaliado.
Assim, diante das necessidades atuais e levando em consideração o cenário 
competitivo atual, as empresas necessitam de ferramentas que agilizem este 
processo para diminuir riscos e perdas, possibilitando uma tomada de decisões 
mais rápida e segura.
Através do presente trabalho ficou evidenciado que as empresas necessitam 
aperfeiçoar-se continuamente no que diz respeito à logística, mantendo seus 
estoques em ponto de equilíbrio, objetivando atender e satisfazer seus clientes, 
conquistando, assim, o sucesso de precisa para manter-se no mercado.
4 reFerênCIas
ATKINSON, A. A. et al. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais, 
distribuição física. São Paulo: Atlas, 2009.
BARBIERI, J. C.; MACHLINE, C. Logística hospitalar: Teoria e prática. São 
Paulo: Saraiva, 2006.
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São 
Paulo: Saraiva, 2003.
CABANAS, L. A.; RIBEIRO, M. C. Apostila de administração de recursos 
materiais e patrimoniais. São Paulo: Atlas, 2005.
CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, programação e 
controle da produção. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: Uma abordagem logística. 4 ed. São 
Paulo: Atlas, 1993.
______. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. São Paulo: 
Atlas, 2009.
A importância do gerenciamento de estoque no âmbito das organizações
29
FRANCISHINI, P. G.; GURGEL, F. do A. Administração de Materiais e 
Patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos 
patrimoniais. 2 ed. Saraiva, 2006.
MOURA, C. E. Gestão de Estoques. São Paulo: Ciência Moderna, 2004.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: Uma abordagem 
logística. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
SANTOS, M. G. Abordagem sobre a aplicabilidade da tecnologia RFID na 
cadeia de suprimentos e na administração de estoques. Monografia, 77p. 
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. São Paulo, SP, 2009.
VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 
2002.
Uma abordagem sobre o gerenciamento 
da cadeia de suprimentos
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
José Rivamar de Andrade
Douglas da Cunha Silva
Patrício Borges Maracajá
1 Introdução
No cenário atual, as organizações empresariais encontram-se diante de 
um mercado cada vez mais competitivo, que lhe impõe grandes desafios, 
principalmente, no que diz respeito à satisfação do cliente. No mundo 
globalizado, a sobrevivência de qualquer negócio reside, principalmente, na 
missão de manter clientes.
Avaliando esse novo cenário, Alves (2008), afirma que essa realidade tem 
produzido profundas mudanças nas organizações, principalmente, no que diz 
respeito à gestão de seus negócios. 
É importante destacar que além das chamadas exigências básicas, aquelas 
que impõem à empresa a obrigação de se adequar ao mercado, existem também 
as necessidades dos clientes, que se ampliam e se renovam constantemente. 
Estas, adicionadas às dinâmicas provocadas pelo desenvolvimento tecnológico, 
vêm exigindo que as empresas tornem-se mais competitivas, modificando 
profundamente o seus processos de gestão operacional, objetivando a eficiência 
e buscando eliminar os desperdícios.
Nesse novo enfoque, as organizações também vêm se preocupando com as 
várias atividades que envolvem a sua cadeia de suprimento, principalmente, em 
relação às interações por esta produzidas. 
Nesse contexto, Pires (2007) destaca que a cadeia de suprimento vem sendo 
reconhecida como um fator de vantagem competitiva, beneficiando aquelas 
organizações que a utilizam de forma estratégica. 
Por sua vez, a demanda afeta todos os processos realizados no interior de 
uma organização. É no atendimento à demanda onde encontra-se a contribuição 
maior da cadeia de suprimentos, cuja área se preocupa não somente com as 
estimativas e pedidos, mas também com o que a organização deve fazer para 
atender e satisfazer as necessidades de seus clientes.
O presente artigo tem por objetivo definir o gerenciamento da cadeira de 
suprimentos e mostrar a sua importância no contexto organizacional, bem como 
Rosélia Maria de Sousa Santos et al.
32
as práticas de gestão da cadeia de suprimentos e as técnicas e ferramentas para 
melhorar esse processo.
2 revIsão de LIteratura
2.1 Construindo um conceito para o termo gerenciamento da cadeira de 
suprimentos
O termo Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos possui derivação do 
original inglês Supply Chain Management, representado pela sigla SCM, que 
comumente é empregada no Brasil. Trata-se de uma nova postura empresarial, 
em que as organizações são direcionadas para trabalhar com o foco no cliente.
Na concepção de Laudon e Laudon (2004, p. 55):
Gerenciamento da cadeia de suprimentos é a ligação e 
coordenação estreita das atividades envolvidas na compra, 
fabricação e movimentação de um produto. Ele integra 
os processos logísticos do fornecedor, do fabricante, do 
distribuidor e do cliente para reduzir tempo, esforços 
redundantes e custos de estoque. 
 
Desta forma, constata-se que as tarefas relacionadas ao planejamento e à 
coordenação de toda a cadeia de suprimentos, encontram-se inseridas no SCM. 
Partindo do exposto, percebe-se que o conceito de SCM é complexo. Além do 
mais, envolve fornecedores, fabricantes, como também, distribuidores (ou 
atacadista) e consumidores.
Completando esse pensamento, afirma Pires (1998, p. 5-6) que:
Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) pode ser 
considerada uma visão expandida, atualizada e, sobretudo, 
holística da administração de materiais tradicional, 
abrangendo a gestão de toda a cadeia produtiva de uma forma 
estratégica e integrada. SCM pressupõe, fundamentalmente, 
que as empresas devem definir suas estratégias competitivas 
e funcionais através de seus posicionamentos (tanto como 
fornecedores, quanto como clientes) dentro das cadeias 
produtivas nas quais se inserem. 
Desta forma, para gerir a cadeia de suprimentos, as organizações necessitam 
definir suas estratégias competitivas e colocá-las em funcionalidade. Por 
sua vez, a SCM possui uma visão holística e esta particularidade facilita o 
desenvolvimento das estratégias que a organização necessita.
A gestão da cadeia de suprimentos é um fator determinante para o sucesso 
organizacional, a partir de sua otimização é possível obtenção de ganhos, seja 
evitando perdas, ou através de melhor uso do tempo, possibilitando absorver 
Uma abordagem sobre o gerenciamento da cadeia de suprimentos
33
mais fatias do mercado, principalmente, pelo reconhecimento e satisfação do 
cliente, o que favorece a demanda por mais produtos e/ou serviços. 
Moori; Pereira e Mangini (2011, p. 472), destacam que:
A gestão da cadeia de suprimentos (SCM) é definida 
pelo Global Supply Chain Forum (GSCF) como a integração 
dos processos de negócios desde o usuário final até os 
fornecedores originais (primários) de produtos, serviços 
e informações que se apresentam como um valor para os 
clientes e stakeholders.O objetivo da gestão da cadeia de suprimentos é conectar o mercado, a rede 
de distribuição, o processo de fabricação e a atividade de aquisição, de tal modo 
que os clientes sejam contemplados com níveis cada vez mais altos de serviços, 
e que ainda assim os custos se mantenham baixos.
Acrescentam Parra e Pires (2003, p. 2):
De maneira geral, a SCM busca intensificar, somar e 
amplificar os benefícios de uma gestão integrada da cadeia 
de suprimentos. Assim, as estratégias e as decisões deixam 
de ser formuladas e firmadas sob a perspectiva de uma única 
empresa e passam a fazer parte da cadeia produtiva como 
um todo.
Embora diga respeito ao que as empresas devem fazer para definir suas 
estratégias competitivas e funcionais por meio de posicionamentos nas cadeias 
produtivas em que se inserem, na atualidade, vários autores têm atribuído à 
SCM o status de filosofia de negócios. 
As empresas que instalarem o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 
estão propensas a conseguir significativas reduções de estoques, otimização de 
transportes e eliminação de perdas, conseguindo, assim, maior confiabilidade e 
flexibilidade. 
Ainda de acordo com Parra e Pires (2003, p. 2):
A SCM também introduz uma importante mudança no 
modelo competitivo ainda vigente em muitas empresas, 
ao considerar que cada vez mais a competição no mercado 
tende a ocorrer no nível das cadeias produtivas e não apenas 
no nível das unidades de negócios (isoladas).
É importante ressaltar que essa mudança altera completamente a forma de 
como a organização pensa. No que diz respeito à competitividade, tal mudança 
mostra a necessidade de fazer uso das Tecnologias de Informação, fazendo com 
que a organização compreenda que no contexto atual, a competitividade se 
Rosélia Maria de Sousa Santos et al.
34
dá virtuais unidades de negócios, que, por sua vez, são consideradas cadeias 
produtivas.
De acordo com Pires (1998), a utilização do SCM tem proporcionado a 
obtenção de uma cadeia produtiva mais eficiente, gerando resultados positivos, 
principalmente, através da:
a) compatibilização da estratégia competitiva e das medidas de desempenho 
da empresa à realidade e objetivos da cadeia produtiva;
b) concepção de produtos que facilitem o desempenho da logística da cadeia 
produtiva e escolha de um operador eficiente para administrar a mesma;
c) divisão de informações e integração da infraestrutura com clientes e 
fornecedores, podendo assim obter entregas just-in-time e diminuir os níveis de 
estoques;
d) reestruturação e consolidação do número de fornecedores e clientes;
e) resolução conjunta de problemas e envolvimento dos fornecedores desde 
os estágios iniciais do desenvolvimento de novos produtos;
Assim sendo, percebe-se que os resultados positivos gerados pelo SCM, 
encontram-se condicionados a uma série de fatores, que devem ser observados 
de forma conjunta, objetivando atingir as metas que foram estabelecidas para o 
gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Acrescenta ainda Pires (1998, p. 5) que:
Um objetivo básico na SCM é maximizar e tomar realidade 
as potenciais sinergias entre as partes da cadeia produtiva, 
de forma a atender o consumidor final mais eficientemente, 
tanto através da redução dos custos, como através da adição 
de mais valor aos produtos finais.
A organização deve procurar reduzir os custos ao máximo possível, redução 
esta que pode ser através da diminuição do volume de transações de informações 
e papéis, bem como dos custos de transporte e estocagem. Por sua vez, a redução 
dos custos possibilita à organização adicionar valor aos produtos, o que pode ser 
conseguido através da criação de bens e serviços customizados, possibilitando 
ganhos reais tanto aos fornecedores como aos clientes.
O Quadro 1 permite que se faça uma comparação entre o modelo de 
administração de materiais tradicional e o modelo introduzido pela SCM.
Analisando o Quadro 1, constata-se que o modelo tradicional prioriza a 
produção em massa, direciona-se ao mercado local/regional, levando em 
consideração os custos da produção na hora da tomada de decisões sobre o 
que fazer ou comprar, enquanto que o SCM caracteriza-se pela customização 
em massa, estado voltado para um mercado global, primando por um modelo 
de gerenciamento focado no planejamento estratégico e proativo, levando 
em consideração estratégia competitiva e o desenvolvimento. E, quando da 
necessidade de tomada de decisões, adotando um modelo competitivo que se 
desenvolve em virtuais unidades de negócios.
Uma abordagem sobre o gerenciamento da cadeia de suprimentos
35
Quadro 1. Diferenças entre o modelo de administração de materiais tradicional 
e o modelo introduzido pela SCM
Variável Modelo Tradicional SCM
Contexto histórico
do aparecimento
Produção em massa
Customização em
massa
Mercado competitivo
Geralmente
local/regional
Geralmente global
Escopo e ação gerencial Operacional e reativo Estratégico e proativo
Parâmetros geralmente
considerados nas
decisões sobre 'fazer'
ou 'comprar'
Custos de produção,
utilização da capacidade
e política de integração
vertical
Parâmetros
produtivos, múltiplos
(como custo,
qualidade,
ƒexibilidade),
estratégia competitiva
e desenvolvimento de
novas competências e
negócios.
Modelo competitivo Unidades de negócios
Virtuais unidades de
negócios
Fonte: Pozo (2004), adaptado.
Mostrando a importância do planejamento dentro do SCM, Blanchard apud 
Santos (2009, p. 20) ressalta que:
O planejamento das coordenadas da cadeia de 
suprimentos otimiza a entrega de bens, serviços e 
informação, do fornecedor ao consumidor, equilibrando 
a oferta e demanda. Permite também que as companhias 
criem cenários de visualização em tempo real das demandas, 
desenvolvendo previsões. 
 
No gerenciamento da cadeira de suprimentos, o planejamento representa uma 
peça fundamental, que quando bem estruturado, possibilita a entrega de bens e 
serviços ao consumidor de forma eficiente, atendendo suas necessidades e gerando 
satisfação. Entretanto, vários fatores podem interferir na cadeia de suprimentos. E à 
medida que ocorrem os avanços tecnológicos e o mundo se torna mais globalizado, 
novos fatores vão surgindo exigindo da organização esforços em administração, 
logística e a utilização das chamadas Tecnologia da informação (TI).
A utilização das Tecnologias da Informação está mostrando que as empresas 
necessitam mudar suas formas de fazerem negócios. Tais mudanças não se 
aplicam somente a grandes organizações. Elas também estão alterando o perfil 
das pequenas e médias empresas, que precisam aperfeiçoar seus canais de 
distribuição para obter maior competitividade. 
Rosélia Maria de Sousa Santos et al.
36
Ferraz; Kupfer; Haguenauer (1997, p. 3) define a competitividade como sendo 
“a capacidade da empresa formular e implementar estratégias concorrenciais, 
que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição 
sustentável do mercado”.
Complementando esse pensamento, Ianni (1995) afirma que o conceito de 
competitividade é dotado de uma dimensão extrínseca à organização ou ao 
produto. No entanto, o referido conceito também encontra-se relacionado ao 
padrão de concorrência que existe no mercado. E, esse padrão pode ser visto 
como sendo a variável determinante, enquanto que a competitividade diz 
respeito ao resultado ou variável determinada.
Afirma Silva (2001, p. 1) que: 
A competitividade é um conceito dinâmico. Para 
acompanhar o complexo processo concorrencial, as empresas 
devem ter um olho no passado - para fortalecer os acertos e 
não repetir erros; os pés firmes no presente - para posicionar-
se com segurança diante da instabilidade do mercado; e 
um olhar atento para o futuro - para promover os ajustes 
necessários.
A ideia de competitividade encontra-se associada

Outros materiais