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Resumo do texto (avulso) da LIENE MARTHA LEAL; HERIK

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ESTADO DE MATO GROSSO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PONTES E LACERDA
Discente:
HERIK DE JESUS MOTTA
Curso:
DIREITO
Disciplina:
PSICOLOGIA JURÍDICA
Docente:
JOSÉ ROBERTO GOMES ALBÉFARO
PONTES E LACERDA, MT
JANEIRO/2018
RESUMO: CAPITULO 6, “Psicologia jurídica: história, ramificações e áreas de atuação”, DO LIVRO PSICOLOGIA JURIDICA 6ª EDIÇÃO.
Liene Martha Leal
Herik de Jesus Motta
Palavras-chave: Psicologia Jurídica; Psicologia Forense; Psicologia Criminal.
A RELAÇÃO ENTRE A PSICOLOGIA E A JUSTIÇA: UMA VISÃO HISTÓRICA
No início do século XIX, na França, os médicos foram chamados pelos juízes da época para desvendarem o ‘‘enigma’’ que certos crimes apresentavam. Eram ações criminosas sem razão aparente e que, também “não partiam de indivíduos que se encaixavam nos quadros clássicos da loucura” (CARRARA, 1998, p.70). Segundo Carrara (1998), estes crimes que clamaram pelas considerações médicas não eram motivados por lucros financeiros ou paixões, pareciam possuir uma outra estrutura, pois diziam respeito à subversão escandalosa de valores tão básicos que se imagina que estejam enraizados na própria “natureza humana”, como o amor filial, o amor materno, ou a piedade frente à dor e ao sofrimento humano.
Em 1875, a criminologia surge no cenário das ciências humanas como o saber que viria dar conta do estudo da relação entre o crime e o criminoso, tendo como campo de pesquisa “as causas (fatores determinantes) da criminalidade, bem como a personalidade e a conduta do delinqüente e a maneira de ressocializálo” (OLIVEIRA, 1992, p. 31).
O crime passa a ser visto como um problema que não é apenas “do criminoso, mas também, do Juiz, do advogado, do psiquiatra, do psicólogo e do sociólogo” (DOURADO, 1965, p.7).
Com relação à história propriamente dita da psicologia criminal, Bonger (1943) conseguiu fazer uma pesquisa bibliográfica bastante expressiva, envolvendo autores de diversos países, como Lombroso, na Itália, em 1876; Marro, na Itália, em 1887; Kurella, Baer e Gross, na Alemanha, em 1893; Aschaffenburg, na Alemanha, em 1904 e Laurent, na França, em 1908. 
Lombroso, psiquiatra, pai da criminologia e criador da antropologia criminal (ciência que estuda a relação entre as características físicas do indivíduo e a criminalidade), também se ocupou da Psicologia do delinqüente. Para ele, o delinqüente é insensível, valente (e às vezes, covarde), inconstante, presunçoso, cruel e se caracteriza por uma tendência a entregar-se à bebida, ao jogo e às mulheres. Já para Marro, o delinqüente se caracteriza principalmente por um defeito em sua capacidade de refletir e de impressionar as pessoas.
Segundo Mira Y Lopez Mira Y Lopez (2008), é comum dizermos que o caráter é o fator mais importante na descrição da personalidade de uma pessoa. De fato, quando enumeramos as características pessoais de um sujeito, dizemos que o “caracterizamos”, ou seja, que damos conta do seu caráter. Para ele, o caráter é um fator importantíssimo na reação pessoal porque ele costuma definir e determinar a conduta.
Na visão de Mira Y Lopez (2008), os fatores adquiridos que influenciam a forma como a pessoa reage são a prévia experiência de situações análogas, a constelação, a situação externa atual, o tipo médio de reação social (coletiva) e o modo de percepção da situação. A experiência prévia de situações análogas seria o primeiro fator a considerar puramente exógeno, isto é, adquirido em vida. Sem dúvida alguma, o exemplo vivido, a experiência anterior influenciam de modo decisivo a determinação da reação atual.
Segundo Fernandes (2002, p.126), o desafio que a vida em sociedade apresenta não se limita a apontar uma única e simplificada explicação do “porquê” o homem mata outro homem, mas de descobrir o “porquê”, em circunstâncias similares, um homem mata, outro socorre e um terceiro finge que nada viu. A explicação não pode estar em supostos instintos humanos, que tenderiam a dirigir sempre todos os homens numa única direção, mas, principalmente, nas experiências de suas vidas inteiras, que variam amplamente de uma pessoa para outra.
Cohen (1996, p.10) defende a idéia de que “melhor do que procurar rotular ou classificar ‘tipos criminosos’ seria procurar estabelecer possíveis relações entre uma condição humana, em um determinado contexto, com a prática de ilicitudes”. E é exatamente esta relação o ponto central de investigação da Psicologia Jurídica.
Concordamos plenamente com a idéia de que não existe um perfil criminoso e sim uma série de variáveis, circunstâncias e determinados contextos que levam estas pessoas ao cometimento de um delito. E este deve ser um dos pontos centrais de investigação e atuação da Psicologia Jurídica.
RAMIFICAÇÕES E ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA
Conceitualmente, a Psicologia Jurídica corresponde a toda aplicação do saber psicológico às questões relacionadas ao saber do Direito. A Psicologia Criminal, a Psicologia Forense e, por conseguinte, a Psicologia Judiciária estão nela contidas. Toda e qualquer prática da Psicologia relacionada às práticas jurídicas podem ser nomeadas como Psicologia Jurídica.
A Psicologia Forense é o subconjunto em que se incluem as práticas psicológicas relacionadas aos procedimentos forenses. É aqui que se encontra o assistente técnico. 
A Psicologia Criminal é um subconjunto da Psicologia Forense e, segundo Bruno (1967), estuda as condições psíquicas do criminoso e o modo pelo qual nele se origina e se processa a ação criminosa. Seu campo de atuação abrange a Psicologia do delinqüente, a Psicologia do delito e a Psicologia das testemunhas. 
A Psicologia Judiciária também é um subconjunto da Psicologia Forense e corresponde a toda prática psicológica realizada a mando e a serviço da justiça. É aqui que se exerce a função pericial. A Psicologia Judiciária corresponde à prática profissional do psicólogo judiciário, sendo que toda ela ocorre sob imediata subordinação à autoridade judiciária. 
Caires (2003, p. 34) postula que os grandes teóricos do Direito “são unânimes em reconhecer a importância do ‘olhar psicológico’ e da ‘análise psicológica’ sobre e nesse universo, envolvendo o indivíduo, a sociedade e a Justiça”. Contudo, ela destaca a necessidade de uma maior qualificação desses profissionais objetivando um “melhor e mais criterioso desempenho nessa área profissional” (CAIRES, 2003, p. 34).
O psicólogo jurídico deve estar apto para atuar no âmbito da Justiça considerando a perspectiva psicológica dos fatos jurídicos; colaborar no planejamento e execução de políticas de cidadania, Direitos Humanos e prevenção da violência; fornecer subsídios ao processo judicial; além de contribuir para a formulação, revisão e interpretação das leis.

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