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Relatório Termodinâmica

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Universidade​ ​de​ ​São​ ​Paulo 
 
 
 
 
Relatório​ ​de​ ​Física​ ​Experimental​ ​II 
 
Termodinâmica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana​ ​Luiza​ ​Duarte​ ​da​ ​Mota Nº​ ​USP​ ​9403472 
Matthews​ ​de​ ​Almeida​ ​Santos Nº​ ​USP​ ​8922094 
Natalia​ ​Fiorini​ ​da ​ ​Silva Nº​ ​USP​ ​6552737 
 
 
Docente:​ ​Ana​ ​Carolina​ ​de​ ​Magalhães 
 
 
 
 
 
 
Novembro/2017 
 
1. Resumo 
O​ ​objetivo​ ​do​ ​experimento ​ ​é​ ​estudar​ ​conceitos​ ​da​ ​termodinâmica​ ​com​ ​leis ​ ​e 
instrumentos​ ​adequados​ ​para​ ​cada​ ​arranjo​ ​experimental. 
Através​ ​do​ ​dados​ ​foi ​ ​possível​ ​gerar​ ​gráficos​ ​que,​ ​por​ ​meio​ ​deles,​ ​foram​ ​feitas​ ​análises 
para​ ​verificar​ ​a​ ​adequação​ ​de​ ​suas​ ​bases​ ​teóricas​ ​utilizadas. 
Com​ ​dois​ ​arranjos​ ​experimentais,​ ​foram​ ​determinados​ ​calor​ ​específico​ ​da​ ​água, 
capacidades​ ​térmicas​ ​total ​ ​do​ ​sistema​ ​e​ ​do​ ​calorímetro​ ​e​ ​com​ ​esses​ ​valores​ ​foram​ ​feitos 
teste-z​ ​para​ ​analisar​ ​a ​ ​compatibilidade​ ​e​ ​adequação​ ​dos ​ ​modelos​ ​​ ​utilizados. 
 
2​. ​ ​​Introdução 
Termodinâmica​ ​é​ ​o​ ​ramo​ ​da​ ​ciência​ ​que​ ​estuda​ ​as​ ​relações​ ​entre​ ​calor,​ ​trabalho 
outras​ ​formas​ ​de ​ ​energia.​ ​Estuda​ ​as​ ​causas ​ ​e​ ​efeitos​ ​das​ ​mudanças,​ ​em​ ​geral,​ ​na​ ​temperatura, 
volume​ ​e​ ​pressão​ ​de​ ​um​ ​sistema.​ ​Para​ ​este​ ​experimento​ ​foi​ ​necessário​ ​definir​ ​os​ ​conceitos​ ​de 
temperatura,​ ​calor,​ ​capacidade​ ​térmica​ ​e​ ​calor​ ​específico​ ​[1]. 
​ ​A​ ​​ ​temperatura​ ​é​ ​uma​ ​grandeza​ ​física​ ​que​ ​mede​ ​o​ ​grau​ ​​ ​de​ ​​ ​agitação​ ​​ ​das​ ​moléculas 
de​ ​um​ ​corpo, ​ ​quanto​ ​menor​ ​​ ​a​ ​​ ​temperatura​ ​​ ​de​ ​​ ​um​ ​​ ​corpo​ ​​ ​menor​ ​são​ ​seus ​ ​movimentos,​ ​​ ​seja 
esse​ ​​ ​movimento​ ​​ ​de​ ​​ ​translação,​ ​rotação​ ​​ ​ou​ ​​ ​​ ​vibração,​ ​isso​ ​vale​ ​para​ ​o​ ​inverso​ ​também, 
quanto​ ​maior​ ​a​ ​temperatura, ​ ​as​ ​moléculas​ ​possuem​ ​maior​ ​rapidez.​ ​A ​ ​​ ​grande​ ​importância​ ​​ ​da 
temperatura​ ​​ ​é​ ​​ ​que​ ​​ ​podemos​ ​​ ​relacioná-la​ ​​ ​com​ ​​ ​várias​ ​​ ​outras​ ​​ ​grandezas ​ ​​ ​de​ ​​ ​interesse. 
Calor está relacionado à transferência de energia térmica entre dois sistemas. Calor 
específico é a quantidade de calor necessária para que cada grama de uma substância sofra 
uma variação de temperatura correspondente a 1°C. Já a capacidade térmica é uma grandeza 
física que relaciona a quantidade de calor fornecido a um corpo com a variação de 
temperatura​ ​observada​ ​[2]. 
O instrumento de medida de temperatura utilizado no experimento foi o termopar 
metálico que apresenta o efeito termoelétrico pelo qual é produzida uma diferença de 
potencial elétrico na junção de dois materiais distintos (força eletromotriz) que é 
dependente da temperatura. Dois corpos inicialmente em temperaturas diferentes, 
quando colocados em contato, depois de certo tempo atingem um estado final em que 
suas temperaturas são iguais. O tempo necessário para que as temperaturas dos 
corpos​ ​​ ​em​ ​​ ​contato​ ​​ ​se​ ​​ ​igualem​ ​​ ​varia​ ​muito​ ​​ ​nas​ ​​ ​diferentes ​ ​​ ​situações. 
 
Sistema é definido como sendo a parte do universo que está sob consideração. O 
conjunto formado por uma amostra de glicerina dentro de um tubo de ensaio no qual 
está inserido um termopar para a medição de temperatura pode ser definido como um 
sistema. 
O sistema (glicerina + termopar) é colocado dentro de um cilindro no qual há um 
fluxo de ar comprimido, representando o reservatório. O tubo de ensaio é aquecido até o 
termopar marcar um valor em torno de 110ºC e observa-se a variação de temperatura até o 
sistema atingir a temperatura ambiente. É desejado saber qual é a função matemática que 
descreve o resfriamento da glicerina. A fim de explicar a lei do resfriamento da glicerina 
do ponto de vista teórico, considerou-se um modelo que leva em conta considerações 
geométricas sobre o reservatório térmico e a capacidade térmica dos materiais que compõem 
a glicerina. A partir deste modelo, prevê-se que a temperatura da solução de glicerina decai 
exponencialmente​ ​com​ ​uma​ ​constante​ ​de​ ​decaimento​ ​τ​ ​de​ ​acordo​ ​com​ ​a​ ​equação​ ​1​ ​[3]: 
​ ​ T T T )e Δ = − T r = ( 0 − T r
(−t/τ)
 (1) 
onde e são a temperatura inicial e a temperatura do reservatório, respectivamente. T 0 T r 
Como a temperatura do sistema e as medidas de tempo são conhecidas, é possível determinar 
o​ ​​ ​tempo​ ​​ ​característico​ ​τ. 
Em ​ ​um​ ​sistema​ ​termicamente​ ​isolado​ ​temos​ ​[3]: 
E ΔT△ = C (2) 
onde, C é a capacidade térmica total do sistema, é toda a energia fornecida que é EΔ 
convertida​ ​em​ ​​ ​energia​ ​interna,​ ​resultando​ ​em​ ​um​ ​aumento​ ​de​ ​temperatura​ ​ .TΔ 
Efeito Joule ​relaciona o calor gerado e a corrente elétrica , que percorre um i 
condutor em determinado tempo. ​Se uma fonte de energia dissipa, por efeito Joule, uma 
potência P durante durante um intervalo de tempo t, a energia fornecida é dada pela 
equação​ ​3 ​ ​​ ​[3]: 
E tΔ = P (3) 
onde,​ ​ i.P = V 
Combinando​ ​as​ ​equações​ ​(2)​ ​e​ ​(3),​ ​temos ​ ​[3]: 
ΔT t T tC = P ⇔ = T
P + T 0 (4) 
 
onde,​ ​ é​ ​a​ ​temperatura ​ ​inicial ​ ​do​ ​sistema.T 0 
Desse modo, é possível concluir que quando um sistema termicamente isolado recebe 
energia ​ ​a​ ​uma​ ​taxa​ ​constante​ ​é ​ ​esperado​ ​que​ ​a​ ​relação​ ​entre​ ​temperatura​ ​e​ ​tempo​ ​seja​ ​linear. 
 
3.​ ​​ ​​ ​​ ​Descrição​ ​Experimental 
A fim de verificar o modelo descrito pela equação 1, montou-se um arranjo 
experimental utilizando um tubo de ensaio preenchido com glicerina, na qual está imerso um 
termopar para a medição da temperatura. Este sistema é colocado dentro de um dispositivo no 
qual há fluxo de ar, gerado por uma ventoinha de resfriamento, similar àquelas utilizadas para 
amenizar​ ​o​ ​aquecimento​ ​dos​ ​componentes​ ​dos​ ​computadores. 
Inicialmente o termopar foi colocado no dispositivo de resfriamento para a medição 
da temperatura do reservatório, T​R . O sistema, tubo de ensaio com a glicerina, foi lentamente 
aquecido a partir de sua temperatura ambiente. O processo de aquecimento foi feito com o 
auxílio de uma chama, aproximando e afastando a chama do tubo de ensaio. Quando o 
sistema atingiu a temperatura de 115 ºC o tubo de ensaio foi inserido no dispositivo de 
resfriamento, com cuidado de não encostar o tubo de ensaio nas laterais e no fundo do 
cilindro. Foi observado a diminuição de temperatura e quando o termopar registrou 110 ºC, o 
cronômetro​ ​foi​ ​iniciado​ ​para​ ​a​ ​tomada​ ​de​ ​dados. 
A fim de tomar medidas mais precisas, foi decidido pela convenção de anotar 
intervalos regulares de temperatura, por exemplo, marcando variações de 5 ºC na temperatura 
da glicerina. A tomada de dados prosseguiu até a temperatura da glicerina atingir os 30°C, 
quando a temperatura da glicerina já se encontrava próxima à temperatura da sala onde estava 
montado​ ​o ​ ​arranjo. 
Para se verificar o modelo descrito pela equação 4, utilizou-se outro arranjo 
experimental. Para este segundo arranjo foi medido cuidadosamente (571,2 0,1)g de água,± 
utilizando uma balança digital. A quantidade medida de água foi colocada no calorímetro, 
com a temperatura inicial do sistema de (25,0 1,0)ºC. Foi aplicada uma potência elétrica ± 
de (15,10 0,06)W para aquecimento do sistema. Durante o experimento, o ajuste fino da ± 
fonte de alimentação foi continuamente ajustado para garantir que a potência aplicada ao 
resistor seja constante. Foi medido a temperatura da água em função do tempo desde a 
temperatura inicial até 50ºC. As temperaturas foram medidas em intervalos irregulares de 
 
tempo e a água foi continuamente agitada para evitar grandes gradientes de temperatura no 
interior​ ​do ​ ​calorímetro. 
 
4.​ ​​ ​​ ​​ ​Resultados​ ​de​ ​medições,​ ​cálculos​ ​e​ ​análise​ ​de​ ​dados 
 
A seguir são apresentados os valores obtidos nos dois arranjos experimentais descritos 
anteriormente. 
 
4.1.​ ​Arranjo​ ​experimental​ ​1 
Tabela 1 - Valores de temperatura (T) e tempo (t) e suas respectivas incertezas ( ​e )​, σT σt 
obtidos no primeiro arranjo experimental. A incerteza da temperatura foi determinada de 
acordo com o manual do termopar (precisão é de 0,1% + 1°C). A incerteza do tempo foi 
estimada ​ ​como​ ​sendo​ ​a​ ​metade​ ​da​ ​menor​ ​medida​ ​fornecida​ ​pelo​ ​cronômetro. 
T ​ ​(°C) t​ ​(s) ​ ​(°C)σT ​ ​(s)σt 
110,0 0,000 1,1 0,005 
105,0 12,220 1,1 0,005 
100,0 24,510 1,1 0,005 
95,0 39,690 1,1 0,005 
90,0 54,200 1,1 0,005 
85,0 71,800 1,1 0,005 
80,0 89,950 1,1 0,005 
75,0 111,000 1,1 0,005 
70,0 133,700 1,1 0,005 
65,0 158,830 1,1 0,005 
60,0 186,490 1,1 0,005 
55,0 218,720 1,1 0,005 
50,0 258,380 1,1 0,005 
45,0 305,700 1,0 0,005 
 
40,0 368,000 1,0 0,005 
35,0 457,090 1,0 0,005 
30,0 621,230 1,0 0,005 
 
 
Tabela 2 - Valores das temperaturas inicial (T​0 ) e do reservatório (T​R ) e suas respectivas 
incertezas. A incerteza de T​0 foi calculada de acordo com o manual do termopar e a incerteza 
de​ ​T​R​ ​​​ ​foi​ ​calculada​ ​pela​ ​menor​ ​divisão​ ​do ​ ​termômetro​ ​da​ ​sala. 
 T​0 T​R 
 110,0 22,90 
Incertezas 1,1 0,05 
 
 
 
Figura​ ​1​​ ​-​ ​Gráfico ​ ​de​ ​Temperatura​ ​x ​ ​tempo​ ​dos​ ​valores​ ​obtidos​ ​no​ ​primeiro​ ​arranjo 
experimental. 
 
 
O ajuste foi feito no webroot, que utiliza o método dos mínimos quadrados. Pode-se 
observar que os resíduos absolutos estão aleatoriamente ao redor do zero, o que mostra que o 
ajuste feito é aceitável, validando o modelo teórico descrito na equação 1. Com isso foi 
obtido o valor para o parâmetro A de (109,6 ± 0,6)°C , para o parâmetro B de (25,8 ± 1,2)°C 
e​ ​para​ ​o​ ​parâmetro​ ​K​ ​de​ ​(0,00482​ ​± ​ ​0,00017)​ ​s​-1​. 
Utilizando o teste-Z, comparou-se o valor da temperatura inicial com o valor obtido 
para o parâmetro A (Z​T0-A ) e o valor da temperatura do reservatório com o valor obtido para o 
parâmetro ​ ​B​ ​(Z​Tr-B​​ ​). 
 
● Z​T0-A​​ ​=​ ​ = ​ ​0,28
110,0 − 109,6
√(1,1)² + (0,6)²
 
● Z​Tr-B​​ ​= ​ ​ = ​ ​-2,50
22,90 − 25,88
√(0,05)² + (1,2)²
 
 
De acordo com os valores obtidos de Z​T0-A e Z​Tr-B​, podemos dizer que em um nível de 
significância​ ​de​ ​3σ,​ ​os​ ​valores​ ​são​ ​compatíveis​ ​entre​ ​si. 
 
4.2.​ ​Arranjo​ ​experimental​ ​2 
Tabela 3 - Valores de temperatura (T) e tempo (t) e suas respectivas incertezas ( ​e )​, σT σt 
obtidos no segundo arranjo experimental. A incerteza da temperatura foi determinada de 
acordo com o manual do termopar (precisão é de 0,1% + 1°C). A incerteza do tempo foi 
estimada ​ ​como​ ​sendo​ ​a​ ​menor​ ​divisão​ ​aparente​ ​no​ ​cronômetro​ ​utilizado. 
T ​ ​(°C) t​ ​(s) ​ ​(°C)σT ​ ​(s)σt 
25,0 0,25 1,0 0,01 
25,6 98,30 1,0 0,01 
27,1 380,12 1,0 0,01 
30,7 953,27 1,0 0,01 
33,2 1423,62 1,0 0,01 
35,5 1767,80 1,0 0,01 
36,8 2018,0 1,0 1,0 
 
37,7 2183,0 1,0 1,0 
38,6 2330,0 1,0 1,0 
40,0 2571,0 1,0 1,0 
42,1 2921,0 1,0 1,0 
43,7 3200,0 1,0 1,0 
44,8 3410,0 1,0 1,0 
45,9 3617,0 1,0 1,0 
48,0 3947,0 1,0 1,0 
48,8 4078,0 1,0 1,0 
49,4 4236,0 1,0 1,0 
50,0 4314,0 1,1 1,0 
 
 
 
Figura​ ​2​​ ​-​ ​Gráfico ​ ​de​ ​Temperatura​ ​x ​ ​tempo​ ​dos​ ​valores​ ​obtidos​ ​no​ ​primeiro​ ​arranjo 
experimental. 
 
O gráfico da Figura 2 foi feito no webroot. Os resíduos estão aleatoriamente em volta 
do zero, validando o ajuste. Foi utilizada a equação (4) para o ajuste, e os parâmetros e T​0 C
P 
que ​ ​são​ ​representados​ ​por​ ​[0]​ ​e​ ​​ ​[1],​ ​respectivamente,​ ​estão ​ ​apresentados​ ​na​ ​Tabela​ ​4. 
 
Tabela 4 - Valores utilizados na montagem do arranjo experimental 2 e valores obtidos com 
o experimento e análise dos dados, com suas respectivas incertezas. No arranjo foi utilizado o 
calorímetro​ ​de​ ​número ​ ​6. 
 Valores Incertezas 
Massa​ ​inicial​ ​de ​ ​água​ ​(g) 571,2 0,1 
Massa​ ​final​ ​de​ ​água​ ​(g) 571,0 0,1 
Potência​ ​(W) 15,10 0,06 
Temperatura​ ​Inicial​ ​(°C) 25,0 1,0 
Tensão​ ​(V) 20,5000 0,0020 
Corrente​ ​(A) 0,750 0,003 
Capacidade​ ​térmica​ ​(J/°C) 2604 76 
[0]​ ​(°C/s) 0,00580 0,00017 
[1]​ ​(°C) 25,05 0,05 
 
A​ ​incerteza​ ​da​ ​massa​ ​é​ ​dada​ ​pelo​ ​manual​ ​da​ ​balança​ ​e​ ​sua​ ​incerteza​ ​é​ ​de​ ​0,1​ ​g,​ ​a 
incerteza​ ​da​ ​potência​ ​e​ ​a ​ ​da​ ​capacidade​ ​térmica​ ​são​ ​dadas,​ ​respectivamente,​ ​por: 
 
P ² ∂P / ∂V ∗σV )² ∂P /∂I∗σI)²σ = ( + ( (5) 
e 
 
C² ∂C/ ∂P∗σ[P ])² ∂C /∂[0]∗σ[0])²σ = ( + ( (6) 
Dada​ ​tabela​ ​acima,​ ​o​ ​coeficiente​ ​angular​ ​([0])​ ​vale​ ​0,00580​ ​± ​ ​0,00017​ ​°C/s​ ​e​ ​o 
coeficiente​ ​linear​ ​([1])​ ​vale​ ​25,05​ ​±​ ​0,05​ ​°C.​ ​A ​ ​capacidade​ ​térmica​ ​do​ ​sistema​ ​é​ ​obtida 
através​ ​da​ ​expressão​ ​[0]​ ​=​ ​P/C,​ ​dando​ ​um​ ​valor​ ​de​ ​2604​ ​± ​ ​76​ ​J/°C. 
 
Se o ajuste for feito de forma ideal, temos uma função ajustada verossímil, incertezas 
corretas e resíduos sem tendências. Nessas condições o valor de chi-quadrado se aproxima do 
número de graus de liberdade do conjunto de dados. O número de graus de liberdade ou ngl é 
um​ ​estimador​ ​do​ ​número​ ​de​ ​grandezas​ ​independentes. 
 
Tabela​ ​5​​ ​-​ ​Valores​ ​antes​ ​do​ ​ajuste​ ​de​ ​Chi² 
Número​ ​de ​ ​parâmetros 2 
Chi2 0,19871 
Número​ ​de ​ ​graus​ ​de​ ​liberdade 16 
parâmetro Valor Incerteza 
0 0,00580 0,00017 
1 25,1 0,5 
Capacidade​ ​térmica​ ​do 
Sistema 2604 76 
 
Tabela ​ ​6​​ ​-​ ​Valores​ ​depois ​ ​do​ ​ajuste​ ​de​ ​Chi² 
Número​ ​de​ ​parâmetros 2 
Chi2 16,4655 
Número​ ​de​ ​graus​ ​de​ ​liberdade 16 
parâmetro Valor Incerteza 
0 0,005798 0,000019 
1 25,05 0,05 
Capacidade​ ​Térmica​ ​do 
Sistema 2604 13 
 
O​ ​Chi²​ ​foi​ ​ajustado​ ​de​ ​modo​ ​que​ ​ele​ ​ficasse​ ​próximo​ ​do​ ​número​ ​de​ ​graus​ ​de 
liberdade(NGL),​ ​como​ ​o ​ ​Chi²​ ​primeiramente​ ​foi​ ​0,19871​ ​e​ ​o​ ​NGL​ ​é​ ​16,​ ​o​ ​Chi²​ ​precisaria​ ​ser 
aproximadamente​ ​dez​ ​vezes​ ​maior.​ ​Para​ ​isso​ ​acontecer,​ ​o​ ​grupo​ ​diminuiu​ ​a​ ​incerteza​ ​num 
 
fator​ ​de​ ​10​ ​para​ ​que​ ​ficasse​ ​próximo​ ​do​ ​NGL.​ ​O​ ​Chi²​ ​é​ ​inversamente​ ​proporcional​ ​à 
incerteza, ​ ​como​ ​mostra​ ​a​ ​equação ​ ​7. 
² ( )²χ = ∑ σ
yi−axi−b (7) 
Como​ ​o​ ​grupo​ ​calculou​ ​a​ ​capacidade​ ​térmica​ ​total​ ​do​ ​sistema,​ ​foi​ ​possível​ ​calcular​ ​a 
capacidade ​ ​térmica​ ​do​ ​calorímetro​ ​e​ ​o​​calor​ ​específico​ ​da​ ​água​ ​através​ ​da​ ​equação​ ​8: 
 
cC total = mágua água + Ccalorímetro (8) 
Para​ ​um​ ​valor​ ​com​ ​maior​ ​precisão​ ​foi​ ​feito​ ​um​ ​gráfico​ ​com​ ​os​ ​dados​ ​de​ ​toda​ ​a​ ​turma, 
como ​ ​pode-se​ ​verificar​ ​na​ ​figura ​ ​3.​ ​A​ ​massa​ ​utilizada​ ​no​ ​gráfico​ ​foi​ ​uma​ ​média​ ​feita​ ​com​ ​as 
massas​ ​inicial ​ ​e​ ​final. 
Figura​ ​3​​ ​-​ ​Capacidade​ ​térmica​ ​total​ ​do​ ​sistema​ ​x​ ​massa​ ​média. 
 
Tabela ​ ​7​​ ​-​ ​Capacidade​ ​térmica​ ​do ​ ​calorímetro​ ​e​ ​valor​ ​obtido​ ​para​ ​o​ ​calor​ ​específico​ ​da​ ​água. 
 
 Incertezas 
Capacidade​ ​Térmica​ ​do​ ​calorímetro​ ​(J/°C) 154 20 
Calor​ ​específico​ ​da​ ​água​ ​​ ​(J/g°C) 4,02 0,04 
 
 
 
Teste-Z​ ​entre​ ​o​ ​valor​ ​do​ ​calor​ ​específico​ ​da​ ​água​ ​obtido​ ​e​ ​o​ ​valor​ ​tabelado: 
 
Z​ ​=​ ​ =​ ​4,15
√ (0,04)²
4,186− 4,02 
Ou ​ ​seja, ​ ​considerando​ ​um​ ​nível​ ​de​ ​significância​ ​de​ ​três​ ​sigmas,​ ​pode-se​ ​concluir​ ​que 
os​ ​valores​ ​não​ ​são ​ ​compatíveis. 
 
5.​ ​​ ​​ ​​ ​Conclusão 
 
Observando​ ​a​ ​Tabela​ ​2,​ ​a​ ​Figura​ ​1​ ​e​ ​os​ ​testes-z​ ​apresentados​ ​para​ ​os​ ​dados ​ ​utilizando 
o​ ​arranjo ​ ​experimental ​ ​1,​ ​constatamos​ ​que​ ​o​ ​modelo​ ​teórico​ ​descrito ​ ​pela​ ​equação​ ​(1)​ ​é 
compatível​ ​com​ ​nosso​ ​conjunto​ ​de​ ​dados.​ ​Isso​ ​porque​ ​os ​ ​resíduos​ ​estão​ ​distribuídos​ ​de​ ​forma 
aleatória​ ​perto​ ​do​ ​zero​ ​e​ ​os​ ​testes​ ​Z​ ​deram​ ​entre​ ​3​ ​e​ ​-3.​ ​Ou​ ​seja,​ ​podemos ​ ​confirmar​ ​a 
compatibilidade​ ​com​ ​o​ ​cálculo ​ ​dos​ ​testes-z​ ​para​ ​T​0​​ ​e​ ​T​r​​ ​em​ ​um​ ​nível​ ​de​ ​significância​ ​de 
~99,9%. 
No ​ ​arranjo ​ ​experimental​ ​2,​ ​a​ ​massa​ ​inicial​ ​do​ ​sistema​ ​era​ ​de​ ​(571,2​ ​​ ​±​ ​0,1)g,​ ​e​ ​a​ ​massa 
final​ ​era​ ​de​ ​(571,0​ ​​ ​± ​ ​0,1)g,​ ​portanto​ ​houve​ ​uma​ ​pequena​ ​evaporação​ ​da​ ​água​ ​no​ ​decorrer​ ​do 
experimento.​ ​Olhando​ ​a​ ​Figura ​ ​2,​ ​observamos ​ ​que​ ​os​ ​resíduos ​ ​concluímos​ ​que​ ​o​ ​ajuste​ ​é 
linear​ ​para ​ ​todos​ ​os​ ​pontos,​ ​portanto​ ​o​ ​modelo​ ​utilizado​ ​é​ ​adequado. 
A​ ​capacidade​ ​térmica​ ​total ​ ​do​ ​sistema​ ​é​ ​de​ ​(2604​ ​±​ ​76)​ ​J/°C. 
O​ ​valor​ ​médio​ ​encontrado​ ​da​ ​capacidade​ ​térmica​ ​do​ ​calorímetro​ ​foi​ ​de​ ​154​ ​±​ ​20 ​ ​J/°C 
e​ ​o​ ​valor​ ​do​ ​calor​ ​específico ​ ​da​ ​água​ ​encontrado​ ​foi​ ​4,02 ​ ​±​ ​0,04​ ​J/g°C ​ ​.Pelo​ ​teste-z​ ​verifica-se 
que ​ ​o​ ​valor​ ​calculado​ ​do​ ​calor​ ​específico​ ​da​ ​água​ ​não ​ ​é​ ​compatível​ ​com​ ​o ​ ​valor​ ​esperado, 
4,186​ ​J/g°C.​ ​Essa​ ​incompatibilidade​ ​pode​ ​ter​ ​ocorrido ​ ​por​ ​vários ​ ​fatores,​ ​como​ ​por​ ​exemplo, 
o​ ​ajuste ​ ​e​ ​as ​ ​incertezas​ ​não​ ​serem​ ​adequados. 
 
 
6.​ ​​ ​Referências​ ​Bibliográficas 
 
[1] Young, H. D. Física II: Termodinâmica e Ondas, 12ª edição, São Paulo, Addison Wesley, 
2008. 
[2] Nussenzveig, H. M.; Curso de Física Básica. vol. 2, 4ª edição, São Paulo, Edgard Blücher, 
2002. 
[3]​ ​Notas​ ​de​ ​aula.

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