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Relatório do livro: Pinóquio às avessas

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UNIVERSIDADE PAULISTA
NOME DOS ALUNOS E RA
RELATÓRIO DE PDTA- PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E TEORIAS DE APRENDIZAGEM
Pinóquio às avessas e as abordagens Tradicional, Comportamental e Humanista.
 
SANTOS/SP
2017
NOME DOS ALUNOS E RA
RELATÓRIO DE PDTA- PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E TEORIAS DE APRENDIZAGEM
Pinóquio às avessas e as abordagens Tradicional, Comportamental e Humanista.
 Relatório de Psicologia do
 Desenvolvimento e Teorias de
 Aprendizagem – PDTA para
 Obtenção da nota parcial de 
 Avaliação do 2° Semestre/2017
 do curso de Pedagogia da 
 Universidade Paulista (UNIP). 
 
 Orientadora: Prof.ª Mirene 
 Marques. 
 
 
SANTOS/SP
2017
1 ANÁLISE: PINÓQUIO ÀS AVESSAS
Os trechos a seguir demonstram o comportamento defendido por Skinner, modelar o sujeito, sem levar em conta sua individualidade, porém sem castigos físicos como ocorria na Pedagogia Tradicional:
Todas as noites o pai de Felipe contava estórias antes do filho dormir, com o intuito educativo, que o menino fosse compreendendo as coisas do mundo, como os adultos pensam. Revisando a estória como se fosse revisão de uma matéria, fazia com que o filho fosse fixando na mente pontos que acreditava importantes: para se tornar um menino de verdade teria de ir à escola, caso contrário viraria um burrinho. O brincar deveria ser deixado de lado para se tornar um sujeito sério, pronto para a vida. Só assim, ele seria gente de verdade. Quase dormindo, Felipe repete as palavras do pai: “ É preciso ir à escola para não ficar burro, para ser gente de verdade”, mas Felipe pensou que ainda não frequentava a escola, então ele não era gente de verdade. Natural que ele acabasse tendo um pesadelo, onde se via como um burrico puxando uma carroça
	Os pais sempre querem o melhor para os filhos e já traçavam planos para o menino: tirar boas notas na escola para passar no vestibular e realizar uma carreira de sucesso.
	Um dia seu pai pergunta a Felipe o que ele vai ser quando crescer, porque ele já precisa ir pensando nisso agora, pois já está crescendo, não é mais tão pequeno assim. O genitor explica que Felipe agora é criança e brinca, mas depois as coisas vão ser diferentes: o sujeito cresce e se transforma em adulto que deixa o brincar para trabalhar. 
 Os adultos são aquilo que fazem para ganhar dinheiro”. “As escolas existem para transformar crianças que brincam em adultos que trabalham.
O pai explica como funciona a escola: entra no primeiro ano onde os professores vão ensinar muitas coisas, que sendo aprendidas e tirando boas notas, vai para o segundo ano e assim sucessivamente, até chegar o momento mais importante: escolher o que vai ser quando adulto para entrar na universidade. Para isso vai ter que tirar as melhores notas, pois nem todos entram na universidade. Na universidade vai ser a mesma coisa, estudar bastante, tirar boas notas, receber um diploma que vai dizer o que você é no mundo. É o seu passaporte para o sucesso: ter dinheiro, poder casar, ter filhos...
A aula de desenho foi uma decepção, pois Felipe não podia escolher a cor do elefante para ser pintado. Tinha que pintar com a cor verdadeira.
Como ficava sonhando acordado, foi mandado para o psicólogo e seus pais foram alertados pelo comportamento do filho. É, precisava deixar os sonhos de lado para ser um bom menino. O que valia era estudar as matérias, não perguntar nada, tirar boas notas. 
Na escola de verdade, Felipe viu que as crianças eram colocadas em fila por ordem de tamanho, uma campainha tocava, avisando quando tinha de acontecer um comportamento: parar de brincar, formar fila, ir para a sala de aula, troca de professor, onde cada professor só ensinava uma matéria, não podia misturar assuntos. Logo aprendeu que não podia perguntar do que tinha curiosidade, tinha que aprender as matérias, tinha hora para tudo. Aprendeu que havia alguém chamado governo que disse o que tinha de ser aprendido na sala de aula e que todos precisavam aprender ao mesmo tempo. Só aprendia coisas para tirar boas notas.
A responsabilidade que Felipe teve de assumir também foi grande, seus pais o colocaram numa escola forte e cara que prepara para o vestibular. Ele precisava corresponder a esse modelo educacional para trazer orgulho e alegria a seus progenitores.
Ao dormir, ele sonhou que era um burrinho e o corvo falante lhe aconselhou a não olhar para os lados, assim foi: Felipe só passou a olhar na direção do professor e dos livros. Com isso passou a tirar as melhores notas da classe e nunca mais deu problema na escola.
Deixando o sonho de ser cuidador de pássaros, que não lhe traria fama, nem dinheiro, Felipe se tornou um especialista em frangos de corte para processar linguiças. 
	Na véspera de sua formatura, o jovem Felipe sonhou com o Frigorífico, onde crianças diferentes entravam numa esteira e saíam do outro lado todas modeladas, iguais. O Corvo Falante cantava: “ Formatura. Entram diferentes e saem iguais: profissionais. É assim que um pirralho entra no mercado de trabalho”.
	Com a Formatura do filho, acreditaram ter cumprido o seu papel de educadores. Felipe seguiu uma carreira de sucesso, com doutorado, colocando Ph.D após o nome.
	
Pedagogia Diretiva
Como visto na estória de Rubem Alves, percebemos nitidamente, a presença da abordagem tradicional: os alunos formam fileiras, são condicionados pela campainha da escola. O professor é a autoridade em sala de aula e diz o que pode e o que não pode ser feito. Não permite que a criatividade ocorra. O ensino é sistematizado. Não há espaço para conversas. Os alunos são modelados para o sistema capitalista, é preciso passar no vestibular, ganhar dinheiro, ter sucesso profissional, a vocação não é importante. As artes não são relevantes. Brincar não serve para a vida adulta. Felipe só podia dar asas à imaginação em seus sonhos e depois perdeu esse espaço para a realidade. Precisava corresponder aos desejos de seus pais. Bem-sucedido perante à sociedade não conseguiu ser feliz, pois não realizou seus próprios sonhos. Foi diagnosticado com distúrbio de atenção pelo psicólogo da escola. 
	Na Pedagogia Diretiva o professor acredita que transmite conhecimento, o aluno é uma folha em branco (John Locke). Esse é o empirismo, onde o sujeito só aprende através de agentes externos. “Nada aceitar que não tenha passado pela experiência”. O professor também decide que sujeito vai conseguir aprender e os que não serão capazes de assimilar o conhecimento. O aluno é que precisa se adaptar ao sistema se quiser ser bem-sucedido.
	Nessa sala de aula nada de novo acontece: são sempre as mesmas velhas perguntas respondidas com velhas respostas. A certeza do futuro está na reprodução do passado. Tudo com muita disciplina e embasado por uma epistemologia, uma psicologia e uma pedagogia que a legitimam.
	Forma-se o sujeito submisso, que não pode indagar, não pode trazer novas ideias, deve reproduzir apenas o aprendizado, não acredita quesuas ações possam mudar o mundo. O professor jamais aprenderá e o aluno jamais ensinará. 
	Segundo Georges Snyders, o ensino tradicional é o ensino verdadeiro, pois conduz o aluno ao contato com a literatura, as artes, os raciocínios e as demonstrações, por meio de métodos mais seguros. Há uma grande valorização dos modelos e do professor como elemento imprescindível na transmissão dos conteúdos.
	O professor também está subordinado à direção da escola: tem de obedecer às regras, não pode inovar, nem ser criativo.
“A criança é despertada para ser adulto, pensa que ser grande implica em ter liberdade para fazer o que quer, sabe ler, além de saber muitas coisas. São grandes e fortes”.
	A abordagem tradicional acredita que a criança é um adulto em miniatura, a fase em que ela entra na escola corresponde a deixar o brincar de lado.
	
1.2 A Abordagem Comportamental também entra na categoria diretiva e empirista. O condicionamento (behaviorismo) é um processo de aprendizagem e modificação de comportamento através de mecanismos estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central do indivíduo. Skinner estabelece que todo comportamento é influenciado por seus resultados: punição ou premiação. Se o comportamento do aluno for considerado adequado, será elogiado, senão será punido. Há o reforço para que siga o modelo.
“Felipe tinha boa memória e decorava tudo, só estranhou que os pais não lembravam das lições aprendidas, chegou à conclusão que os mesmos não passariam no vestibular, o qual conseguiu passar em primeiro lugar, sendo motivo de muito orgulho para os pais”.
Ao passar no vestibular em primeiro lugar, Felipe recebe sua recompensa: ser motivo de orgulho perante os pais e a sociedade, é o caminho para o sucesso profissional.
1.3 Pedagogia não-diretiva e seu pressuposto epistemológico
Os trechos do livro que demonstram que o sujeito pensa, tem seus conteúdos que na abordagem humanista são levados em conta, porém na estória são irrelevantes:
	Felipe nada sabia sobre isso: vivia feliz no seu dia a dia de brincar, sonhar, imaginar. Adorava pássaros, tinha curiosidade sobre como as coisas do mundo funcionavam. Perguntava, mas gente grande não gosta de responder perguntas, diziam que na escola ele obteria as respostas, fazendo com que ele desejasse muito ir à escola para saciar sua sede de saber. Por vezes sua curiosidade era tanta que ele desmontava objetos como o relógio de parede para ver como funcionava.
	Seu maior interesse eram os pássaros: procurava livros, temas na televisão, recortes de revistas, os pássaros que via no jardim, seus ninhos. Por isso acabou conhecendo o mito de Ícaro, o pintor Chagal e a estória de São Francisco pois seus pais acabaram procurando relacionar o tema de que tanto o filho gostava.
	Felipe, como criança não entendeu nada, ficou pensando como notas podem dizer o que a pessoa sabe. Pensou nas coisas que ele sabia fazer e que não teriam nenhum valor na escola. Como é que podia ser assim? Também pensou que ele podia avaliar os adultos também e lhe dar notas. Ele só sabia que adorava pássaros. “É, quando eu crescer, vou ser cuidador de pássaros”.
	Felipe sonhou um sonho lindo onde aprendia alegremente com os pássaros que tanto amava. Era a escola ideal...
	“Nessa noite sonhou com pintores famosos que retratavam as coisas não como eram na realidade: Dali e Chagal , sendo seus colegas...”
	
Na Pedagogia não-diretiva o professor acredita que o aluno aprende sozinho, ele é apenas um facilitador e deve interferir o mínimo possível (Carl Rogers). O aluno já traz conteúdos que só precisam de orientação para serem estimulados. A epistemologia que fundamenta essa postura pedagógica é o apriorismo (inatismo) que vem de a priori, isto é, aquilo que é posto antes como condição do que vem depois. Essa epistemologia acredita que o ser humano nasce com o conhecimento já programado na sua herança genética. Basta o mínimo de exercício para que se desenvolvam ossos, músculos e nervos e assim a criança passe a postar-se ereta, engatinhar, caminhar, correr, andar de bicicleta... assim também com o conhecimento.
	À primeira vista parece um modelo livre, ideal, porém o professor pode ser mais temido do que no modelo tradicional. Pode levar à marginalização do educando, pois se o mesmo não aprende, é porque não tem capacidade para o aprendizado. A criança marginalizada, entregue a si mesma, numa sala de aula não-diretiva, produzirá, com alta probabilidade, menos, em termos de conhecimento, que uma criança de classe média ou alta. No apriorismo, o professor é despojado de sua função e o aluno é elevado a uma condição superior que não possui.
	A abordagem psicológica humanista está na pedagogia não-diretiva, no modelo epistemológico Inatismo/apriorismo, representado por Carl Rogers. Ele acredita que o cliente só aprende aquilo que precisa ou quer aprender. A relação aluno-professor é baseado na confiança e sem hierarquização. Não há avaliação, punição, recompensa, somente auto avaliação.
Trata-se da educação centrada na pessoa, já que nessa abordagem o ensino será centrado no aluno, com a finalidade primeira de criar condições que facilitam a aprendizagem de forma que seja possível seu desenvolvimento tanto intelectual como emocional nas quais os alunos podem tornar-se pessoas de iniciativa, de responsabilidade , autodeterminados e que saibam aplicar a aprendizagem na solução de seus problemas. Nesse processo os motivos de aprender deverão ser do próprio aluno.
Autodescoberta e autodeterminação são características desse processo
	Nesse modelo, Felipe seria respeitado por suas ideias inatas, e pelas coisas que sabia fazer e o seu amor pelos pássaros, tendo liberdade para construir o seu futuro.
2 CONCLUSÃO
	O autor conta a estória de um menino normal que ao entrar para a escola é transformado em um robô. Na estória os pais mentem, não tem respostas para as indagações do filho, reflexo da escola e da sociedade em que estão inseridos, bem diferente da estória de Pinóquio onde valores morais lhe são ensinados: não mentir, auxiliar o pai Gepeto, recebe bons conselhos do Grilo Falante, tudo para se tornar um sujeito bom, de verdade.
	Em “Pinóquio às avessas”, a educação do menino Felipe obedece à educação tradicional, onde a família, a escola e a sociedade concordam em formar o sujeito modelo, pronto para exercer suas funções na sociedade, sufocando seus sonhos, sua criatividade, sua vocação. Nesse modelo, só o professor ensina, não há interação entre o professor e os alunos. É preciso corresponder ao desejo dos pais pelo sucesso profissional e econômico. Os conhecimentos são despejados com base nas verdades antigas, sem inovação. De um lado há que se considerar que esse modelo funcionou para que os alunos obtivessem conhecimento, e claro provocasse controvérsias para que novos modelos surgissem, atendendo as necessidades contemporâneas.
	Para atender os desafios da educação para o século XXI, os discentes de pedagogia necessitam se apropriar dos modelos epistemológicos para construir sua relação com os alunos, não podemos destruir sonhos, precisamos exercer autoridade, não autoritarismo. O docente é o facilitador, professor e aluno aprendem nessa relação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. Pinóquio às avessas. Campinas: Verus Editora, 2010.
BECKER, Fernando. EDUCAÇÃO E REALIDADE. Porto Alegre. jan./jun.1984. Disponível em < 2https://pt.scribd.com/document/260250772/BECKER-Fernando-Modelos-pedagogicos-e-modelos-epistemologicos-2-pdf8/09/17>. Acesso em 28/09/17.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. (Temas básicos da educação e ensino). Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/39032744/ensino_as_abordagens_do_processo.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1506617664&Signature=MposqKnO6kMEqQlUi25mbHj4Ciw%3D&response-content-. disposition=inline%3B%20filename%3DEnsino_as_abordagens_do_processo.pdf>. Acesso em 28/09/17.

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