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RESUMO FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃo Resumo

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FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO- PROVA 1- HELEN CRISTINA GOMES DE LIMA:
 
ENDOCRINOLOGIA:
O papel do sistema endócrino é coordenar e integrar a atividade celular no organismo, regulando as funções celulares. 
Fatores que interferem na resposta hormonal:
1- Tipo de tecido O mesmo hormônio pode atuar em tecidos diferentes, promovendo respostas diferentes.
2- Relação tempo-efeito O cortisol elevado de modo agudo promove vasoconstrição periférica. A longo prazo, o sangue se redistribui normalmente, apesar da concentração de cortisol ainda estar elevada.
3- Relação dose- efeito A concentração de determinados hormônios proporcionam respostas diferentes.
4- Idade do animal Um animal jovem não apresenta, por exemplo, grande quantidade de receptores para testosterona.
5- Status fisiológicoA resposta hormonal pode variar se o animal estiver doente, gestante, em lactação, etc.
Conceitos:
Hormônio Mensageiro químico secretado no sangue ou no fluido extracelular por uma célula, que altera o metabolismo celular.
Célula-alvo Células onde atua o hormônio. Possuem receptores específicos para determinadas substâncias.
Padrão de secreção hormonal:
A quantidade (amplitude) e a frequência da secreção hormonal é geralmente padrão, podendo variar de acordo com o estímulo.
Ritmos endócrinos:
Infradianos Intervalo de liberação hormonal num período menor que 24h. Ex: insulina e glucagon, LH e FSH em machos.
Circadianos Liberados fisiologicamente a cada 24h. Ex: Liberação normal de cortisol pela manhã.
Ultradianos Intervalo de liberação hormonal maior que 24h. Ex: LH em fêmeas
Obs: Dosar corticol no período da tarde.
GLÂNDULAS (CÉLULAS ENDÓCRINAS E NÃO ENDÓCRINAS) LIGADAS À REPRODUÇÃO:
- Tireóide T3 e T4
- Paratireóide PTHA
- Pâncreas Produção de insulina e glucagon. Animais muito magros não ciclam. Exceto: humanos, ratos e alguns primatas.
- Adrenais Aldosterona, cortisol, hormônios androgênios
.- Rim1,25 hidroxicolecalciferol, eritropoietina.
- Tecido adiposoLeptina. Um animal em crescimento tem menor deposição de gordura. Quando há aumento de deposição de gordura, há aumento da leptina que está relacionado ao início da puberdade. Quando a leptina reduz por queima do estoque total de tecido adiposo, a reprodução é bloqueada. Animais gordos também podem ter bloqueio da reprodução por excesso de leptina. Excesso de gordura ao redor dos ovários pode dificultar a captação de óvulos pelas fimbrias. Testículos precisam ter temperatura menor que outros órgãos para produção de sptz, logo, se houver alta quantidade de tecido adiposo ao seu redor, essa função pode ficar comprometida. A leptina atua no hipotálamo (interfere no GNRH).
OVÁRIOS:
Estradiol (E2) Produzido pelas células da granulosa e placenta. Atua no Hipotálamo, SRF, glândula mamária. Promove comportamento de estro, GnRH (pré-ovulatório), aumento da secreção do TRF, aumento motilidade uterina. Produzido pelas células de sertoli nos machos, determina comportamento sexual.
-Estrogênio: tem como principal função a estimulação de características femininas.
Progesterona: É secretado pelo corpo lúteo ou pela placenta durante a gravidez. Estimula as células do endométrio a se proliferarem e garante com que o embrião se fixe no cório para a formação da placenta. Também é o hormônio responsável pela continuidade da gravidez, pois evita a descamação do endométrio, o que ocasionaria um aborto. A progesterona age em todo o corpo físico e emocional da fêmea preparando-a para a gravidez. Estimula secreção endometrial e inibe a liberação de GnRH.
Relaxina Relaxamento para parto de sínfise pubiana
-Inibina: Produzida por célula da granulosa e Célula de Sértoli tem como principal função a retro-inibição de FSH. A Ativina é a mesma coisa, porém estimula secreção de FSH.
TESTÍCULOS:
Possuem as células de Leydig como fonte de testosterona e as células de Sertoli como secretoras de inibina e estrógenos (aromatização da testosterona).
Testosterona (T) Crescimento anabólico, espermatogenese, secreção das gl. Acessórias.
Inibina Produzida por célula da granulosa, Célula de Sértoli. Atua na Hipófise e Inibe secreção de FSH. é responsável pelo controle na produção de testosterona. O aumento da testosterona irá estimular nas células de sertoli estimulando-a a secretar inibina, que irá atuar na hipófise, inibindo a liberação de FSH.
 
-ÚTERO:
PGF2 Luteólise, ovulação e contração uterina. Nos machos, Afeta atividade metabólica do sptz, causa contração epididimária.
PGE2 Ovulação, estimula secreção de P4 pelo corpo lúteo.
hCG (primatas) Produzido pelos blastocistos. Facilita a produção de P4 pelo ovário.
Placenta:
eCG (éguas) Atua no ovário e estimula formação de corpo lúteo acessório.
Lactogênio placentário Atua na glândula Mamária e é similar ao GH e PRL.
Hipotálamo:
GnRH Atua na adenohipófise para Lib. LH e FSH
OCITOCINA: Promove contração da musculatura lisa uterina (muito importante durante o trabalho de parto) e contração das células mioepiteliais, nas mamas, contribuindo para a ejeção do leite (durante a fase de amamentação) e estimula síntese de PGF2α uterina. No macho, auxilia movimento pré-ejaculatório do sptz. Armazenado na neurohipófise.
ADH hormônio anti diurético, age no túbulo contornado distal e no ducto coletor do nefron, aumentando a permeabilidade à água nestes segmentos. Armazenado na neurohipófise.
Adenohipófise:
Melatonina Produzida à noite e informa a duração do dia. O nível de secreção é modulado pelo estímulo luminoso na retina, interferindo na dinâmica de liberação do fator GnRH, que vai modular a ciclicidade em determinadas estações do ano. São importantes para algumas espécies que dependem da luz para reprodução (poliéstricas sazonais- égua, ovelha, cabra). Quando há diminuição da melatonina, os animais entram em período reprodutivo.
GH (somatotropina) hormônio do crescimento - promove um crescimento na maioria dos tecidos do nosso corpo.
TSH (tireotropina) hormônio estimulante da tireóide - estimula as células foliculares tireoideanas a aumentarem a síntese e liberação dos hormônios tireoideanos.
ACTH (corticotropina) hormônio estimulante da córtex da supra-renal - estimula a córtex da glândula supra-renal a aumentar a síntese e liberação de seus hormônios.
FSH (gonadotropina) hormônio folículo-estimulante - estimula o crescimento e desenvolvimento dos folículos ovarianos (na mulher) e a espermatogênese (no homem).
LH (gonadotropina) hormônio luteinizante - um dos grandes responsáveis pela ovulação, mantém o corpo lúteo em atividade (na mulher) e estimula a produção de testosterona pelas células de Leydig (no homem).
PROLACTINA estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias, comportamento materno e função do CL em ratos.
HORMONIOS AGONISTAS E ANTAGONISTAS:
AgonistaUma classe de substâncias chamadas agonistas ativa ou estimula seus receptores, disparando uma resposta que aumenta ou diminui a função celular. 
Antagonista Bloqueia a ação dos agonistas a seus receptores. Os antagonistas são utilizados principalmente no bloqueio ou diminuição das respostas celulares aos agonistas (comumente neurotransmissores) normalmente presentes no corpo. O antagonista pode ser competitivo, ou seja, compete com o agonista pelo mesmo receptor, dificultando a ação do agonista em sua célula alvo ou não competitivo, em que age em um sítio distinto do receptor do agonista e bloqueia, em algum ponto, a cadeia de eventos que leva a produção de uma resposta pelo agonista.
HORMÔNIOS REPRODUTIVOS:
- Atuam em quantidades mínimas
- Pequena meia-vida
- Tem receptores específicos
-Regulam reações bioquímicas extracelulares
- Liberam outros hormônios
- Estimulam as gônadas
- Interferem no comportamento do animal
- Luteólise e Manutenção da prenhez
Classificação dos hormônios:
Os hormônios podem ser classificados quanto a sua fonte, modo de ação e estrutura química:
Fonte Local onde é produzido
Modo de ação Diferente de mecanismo de ação. Subdividido em grupos:
- Neurócrina ou neuroendócrinatransporte de mensageiro biológico (neurohormonal) ao longo de um axónio e ação à distância. Pode ser produzido ou carreado por um neurônio. Ex: GNRH do hipotálamo que atua na hipófise, melanina da hipófise que atua no hipotálamo.
- Parácrina transmissão de mensageiro biológico de uma célula para outra diferente, mas vizinho, por difusão no fluído intercelular. Ex: Testosterona que atravessa a barreira hematotesticular por difusão e atua nas espermatogônias.
- Endócrina Tranporte por sangue ou linfa e ação à distância. Ex: FSH que estimula gônadas.
- Autócrina Atua na mesma célula secretora, ou em tipos celulares idênticos. Ex: testosterona
Um mesmo hormônio pode ter mais de um modo de ação. Ex: A testosterona pode atuar na própria célula de leydig, pode atuar nas células de sertoli ou atingir outras células pelo sangue.
Estrutura química Hormônios proteicos (peptídeos e proteínas), esteroides, derivados de aminoácidos e Eucosanóides (derivados de ácidos graxos).
- Hormônios proteicosSão sintetizados no RE e demoram mais para serem liberados, pois precisam acumular estoque. Apresentam meia-vida curta, metabolização rápida e secreção controlada. Ex: Insulina, GH e LH.
- Hormônios esteroides São derivados do colesterol e são rapidamente liberados, pois apresentam pouco ou nenhum estoque. Animais muito magros não se reproduzem devido a baixa quantidade de colesterol, que é responsável pela produção de hormônios reprodutores importantes. Ex: Testosterona, progesterona, estrogênio e cortisol. Neste grupo está incluída a vitamina D3 ativa (1,25-dihidroxi-colecalciferol), os glicocorticóides (cortisol, corticosterona e cortisona), e os mineralocorticóides (aldosterona).
- Hormônios derivados de aminoácidosMeia-vida variável, estoque variável. Ex: Tirosina (t3 e t4), catecolaminas, triptofano (serotonina, melotonina), ácido glutâmico, etc.
- Hormônios eucosanóides São hormônios cujo precursor é o ácido aracdônico. São importantes nos processos inflamatórios e na reprodução. Apresentam meia- vida curta e são rapidamente metabolizados. Ex: Prostaglandina (lise do corpo lúteo Retorno do ciclo), prostaciclinas, leucotrienos, tromboxanos.
Controle da atividade endócrina:
- O controle da atividade endócrina depende do padrão e duração da secreção, meia-vida, quantidade de receptores para o hormônio, afinidade hormônio-receptor, taxa de produção, entrega, eliminação (metabolização) e “feed backs” e pulsos. Os padrões secretórios endócrinos podem ser influenciados ainda por fatores tais como o sono ou a luz e podem produzir ritmos circadianos
- Feed- back negativo O mais importante controle por feedback para hormônios é o sistema de feedback negativo, no qual as concentrações aumentadas do hormônio resultam em menos produção do mesmo, normalmente por meio de uma interação com o hipotálamo ou glândula hipófise. Os padrões secretórios endócrinos podem ser influenciados por fatores tais como o sono ou a luz e podem produzir ritmos circadianos. Ex: O aumento da concentração da testosterona irá atuar na hipófise, reduzindo a produção de LH ( feedback de alça longa) e no hipotálamo, reduzindo a produção de GNRh (feedback de alça longa). Concomitantemente, o aumento da concentração de LH, irá atuar no hipotálamo para redução da produção de GNRh (feedback de alça curta)
- Feedback positivo As concentrações aumentadas do hormônio resultam em maior produção do mesmo. Ex: A ocitocina vai estimular as contrações do endométrio que aumentam de frequência e de vigor. O aumento de contrações faz aumentar, por sua vez, o estímulo para libertação de mais ocitocina e que continua até à expulsão do filhote. A ocitocina desencadeia um mecanismo de feedback positivo fundamental para o nascimento.
Ritmo de liberação hormonal em machos e fêmeas:
Machos Em machos, o ritmo de liberação hormonal é infradiano.
Fêmeas Em fêmeas, o ritmo de liberação é o ultradiano.
Mecanismos de ação dos hormônios reprodutivos:
Os hormônios reprodutivos podem atuar de 2 formas:
- De forma direta- Difusão ou via canal iônico presente na membrana plasmática. 
- De forma indireta- Via segundo mensageiro, que acarretará em mudanças bioquímicas em células-alvo.
Hormônios esteroides e eucosanóides Moléculas de pequeno tamanho, lipossolúveis, com capacidade de difusão através da membrana plasmática. São hormônios lipossolúveis, logo precisam de proteína carreadora (geralmente albumina) para serem transportadas na circulação. Animal com hipoproteinemia tem dificuldades em transportar esses hormônios às suas células alvo. Seus receptores são geralmente localizados no citoplasma ou núcleo (exceto alguns eucosanóides) e apresentam resposta celular rápida.
Hormônios peptídeos e derivados de aminoácidosSão pequenas moléculas de grande peso molecular, hidrossolúveis e que circulam livremente pela corrente sanguínea, ou seja, não precisam de proteínas carreadoras. Não atravessam a membrana plasmática por difusão, e atuam via segundo mensageiro (AMPc, DAG, IP3), promovendo mudanças bioquímicas em suas células-alvo. Apresentam receptores na membrana ligados a proteína G. As proteínas G são os mensageiros entre os receptores e as enzimas responsáveis pelas mudanças no interior da célula. 
VIA AMPc Uma proteína denominada Gs (estimulante) presente na membrana celular é ativada após a ligação do hormônio ao seu respectivo receptor e esta estimulará a enzima adenilato ciclase a produzir a partir de ATP, AMPc, que é considerado como um dos segundos mensageiros. Esse AMPc se desloca da membrana para o interior da célula e atua no citoplasma. A ação da AMPc está associado à ativação (fosforilação) de várias proteínas quinases dependentes de AMPc, que irão promover respostas celulares como transporte de íons, divisão celular, diferenciação celular, etc.
VIA DAG e IP3 Outra enzima frequentemente ativada por proteína G é a fosfolipase Essa enzima hidrolisa um fosfolipídio da face interna da membrana plasmática, o fosfatidilinositol 4,5 bifosfato, mais conhecido pela sigla PIP2. A clivagem gera duas moléculas: o diacilglicerol (DAG), um glicerol com duas caudas de ácido graxo, que permanece na membrana e o inositol trifosfato (IP3), que é liberado para o citoplasma, porém ambos trabalham juntos. O DAG permanece na bicamada interna da membrana plasmática, onde se movimenta com grande velocidade e vai recrutar do citoplasma uma proteína quinase ainda no estado inativo, denominada proteína quinase C (PKC). Para ser ativada, essa proteína necessita de cálcio. O IP3, então, difunde-se rápido pelo citoplasma e vai encontrar seu receptor na membrana do retículo endoplasmático. Esse receptor é do tipo canal, e quando o IP3 se liga a ele abrem-se os canais de cálcio para o citoplasma, ativando a PKC e várias outras proteínas. Nesse tipo de cascata de sinalização, o cálcio é o mensageiro secundário e pode afetar diretamente componentes celulares.do citoesqueleto, como os microtúbulos, disparar mecanismos de secreção ou prosseguir a cascata, permitindo a ativação direta de PKC por DAG.
Obs: Receptores acoplados à proteína Go também parecem controlar a função de canais iônicos, por mecanismos diretos sem o envolvimento de segundos mensageiros. A proteína Go interage diretamente com o canal iônico, alterando a permeabilidade do mesmo aos diferentes íons (alguns eucosanóides). Alguns receptores NÃO ligados a proteína G e que regulam a transcrição de DNA como os hormônios esteroides e tiroidianos se utilizam desses receptores para produção de respostas celulares, como a transcrição de genes selecionados que produzem proteínas específicas.
QUESTÕES:
1- Qual o papel da leptina na reprodução?
A leptina está relacionada ao início da puberdade e atua no hipotálamo participando da manutenção da reprodução em animais adultos. Animais magros , tem baixa deposição de tecido adiposo, logo, não apresentam quantidades ideais de leptina, fazendo com que sua reprodução seja bloqueada.
2- Por que animais desnutridos não ciclam? Quais animais são uma exceção?
A leptinaé produzida pelo tecido adiposo e atua no hipotálamo, participando da manutenção do estado reprodutivo. Animais desnutridos apresentam baixa quantidade de tecido adiposo e consequentemente deficiência de leptina, fazendo com que sua reprodução seja bloqueada. Se o animal apresentar baixos níveis de colesterol, sua reprodução também pode ser prejudicada pelo comprometimento da produção de hormônios esteroides, que são derivados do colesterol. Exceção: humanos, ratos e alguns primatas.
3-Quais são os modos de ação dos hormônios? Dê um exemplo de cada
Os hormônios podem atuar de modo parácrino, ou seja, atuando em células vizinhas por difusão, como ocorre com a testosterona quando atravessa a barreira hematotesticular por difusão e age nas espermatogônias. O modo neuriendócrino ou neurócrino ocorre quando há transporte hormonal por meio de neurônios, como por exemplo, o GNRH que sai do hipotálamo e via axonal atinge a hipófise, estimulando-a a produzir LH e FSH. O modo endócrino, ocorre quando há transporte hormonal pelo sangue ou linfa com ação á distância, como ocorre com o FSH e o LH que saem da hipófise e atingem as gônadas via corrente sanguínea. O modo de ação autócrino se caracteriza pela produção de um hormônio que irá atuar no mesmo tipo celular que a produziu, como por exemplo, a testosterona que pode atuar nas próprias células de leydig.
4- Quais os mecanismos de ação dos hormônios reprodutivos e quais as diferenças entre eles? Que grupo de hormônios se encaixa em cada um deles?
Os hormônios podem atuar de forma direta, ou seja, atravessar a membrana plasmática por difusão e se ligar ao seu receptor ou atuar via segundo mensageiro, em que o hormônio se liga a proteína G e ativa uma cascata de reações metabólicas, geralmente via AMPc ou via DAG/ Ip3. Os hormônios esteroides e eucosanóides são hormônios de baixo peso molecular, lipossolúveis, circulam na corrente sanguínea ligados a proteínas plasmáticas, apresentam a capacidade de atravessar a membrana plasmática por difusão e possuem receptores localizados, geralmente, no núcleo ou citoplasma, atuando, portanto pelo primeiro modo de ação, o modo direto. Os hormônios proteicos e derivados de aminoácidos são hidrossolúveis, apresentam alto peso molecular, portanto não atravessam a membrana plasmática por difusão, circulam livremente via corrente sanguínea e apresentam, geralmente, receptores de membrana, atuando , assim, pelo modo indireo, via segundo mensageiro.
5- Qual a importância da melatonina em animais com ciclos estrais influenciados por fotoperíodo? Quais são esses animais?
A melatonina 
6- O que é feedback positivo e feedback negativo? Dê um exemplo de cada.
7- Quais são os ritmos hormonais existentes? Dê um exemplo de cada.
8- Tabela sobre os principais hormônios que agem na função reprodutiva.
ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR
OVÁRIOS:
- Formada por uma região cortical e uma região medular. A vascularização e a inervação ovariana chegam pelo hilo e nutrem, principalmente, a região medular. A região cortical é menos vascularizada e é onde ocorre o crescimento folicular. Em equinos, a região medular é onde ocorre o crescimento folicular.
- Tem função hormonal e produção de gametas femininos ( oócitos)
- Produz estrógeno e progesterona. As células granulosas dos folículos produzem ativina e inibina.
-Estrógeno: Produzida pelos folículos (na fêmea). Estimula o crescimento e diferenciação dos órgãos e glândulas do trato genial feminino, e também é responsável pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários. Estimula o crescimento dos folículos ovarianos, controla a liberação de GNRH durante o ciclo estral, induz o crescimento e diferenciação do sistema mamário, trato genital e é responsável pelo comportamento psíquico do cio. No útero existe uma ação conjunta e seqüencial dos estrógenos com a progesterona. O estrógeno estimula a proliferação endometrial e aumenta a disponibilidade de substratos, induz respostas imediatas no útero, como a hiperemia, liberação de histamina, infiltração de eosinófilos e secreção de muco.
-Progesterona: - Secreção e proliferação endometrial, inibe a liberação de GnRH, inibe comportamento reprodutivo, manutenção da prenhes
-Inibina: Produzida pelas células da granulosa do folículo terciário (na fêmea) e pelas células de Sertoli (no macho). Inibe a secreção de FSH (feedback negativo), tanto nos machos como nas fêmeas;
-Ativina: Produzida pelas células da granulosa de forma autócrina. Atua na estimulação da foliculogênese, através da estimulação de secreção de FSH
Ovulogênese:
Folículo primordial O Folículo primordial caracteriza-se por apresentar uma camada simples de células pavimentosas que circundam o ovócito primário.
1- Folículo primário Oócito circundado por uma única camada de células da granulosa de formato cúbico. A ativação do folículo primordial resulta num folículo primário. Esta ativação envolve alterações nas células foliculares e de outros elementos do estroma. As células foliculares se tornam cúbicas. 
 2- Folículo secundário O folículo secundário é identificado pelo aumento da população das células foliculares associados ao ovócito primário e pelo desenvolvimento de uma zona pelúcida entre o ovócito primário e as células foliculares. Início da diferenciação das células do estroma em camadas da teca.
3- Folículo terciário ou antraz O desenvolvimento de um folículo terciário ou vesicular resulta da atividade secretora das células granulosas .Pequenos espaços entre as células granulosas , repletos de fluído , se tornam aparentes durante o desenvolvimento antral . Essas pequenas lacunas ou fendas intercelulares, preenchida por líquido folicular , confluem e formam o antro folicular. A produção de líquido folicular resulta finalmente no folículo antral, terciário. As células tecais são separadas das células da granulosa por uma membrana basal .A teca interna é formada por células epiteliais grandes e por uma intensa rede vascular . A teca externa é uma camada de células fibroblásticas.
4- Folículo dominante ou de Graaf Normalmente, durante cada ciclo menstrual, um folículo cresce muito mais que outros e se torna o folículo dominante, que pode alcançar o estágio mais desenvolvido de crescimento e ovular. Quando atinge seu máximo de desenvolvimento, esse é o folículo maduro ou de graaf.
5- Folículo rompido Liberação do óvulo
6- Corpo hemorrágico Após a ovulação, ocorre a formação de um coágulo sangüíneo (corpo hemorrágico) que serve de base para o desenvolvimento do corpo lúteo.
7- Corpo lúteo ou corpo amarelo Produção de progesterona em caso de gestação.
8- Corpo albicans
- Quando está próximo do período de ovulação, vários folículos crescem, porém apenas alguns se desenvolvem. Os que não se desenvolvem , entram em processo de regressão, dando origem ao folículo atrésico.
Particularidade das Éguas:
- Em equinos, o ovário é invertido, ou seja, a região medular é onde ocorre o crescimento folicular.
- Apresentam fossa ovulatória Apenas os óvulos que crescem nessa região se desenvolvem. É o único local de saída do óvulo (saem de um a dois óvulos). A ovulação é sempre pela fossa de ovulação.
-Inseminação Artificial Simples: pelo útero mesmo, pela facilidade de abertura da cérvix.
-O sêmen do garanhão é de baixa qualidade e bem diluído e deve ser depositado além da cérvix.
OVIDUTO OU TUBA UTERINA:
- Tem a função de transportar os gametas (oocistos e espermatozoides), dar suporte ao desenvolvimento em embrionária inicial e transporte de embriões ao útero. Dependendo da espécie, a fecundação ocorre no oviduto, sendo o embrião, posteriormente, levado ao útero. Divide-se em:
1- Istimo Terço final, terminando na junção útero-tubárica, ou seja, comunica o oviduto com os cornos uterinos.
2- Ampola Terço médio do oviduto e é o local da fecundação.
3- Infundíbulo Extremidade ovariana e é responsável pela captação do óvulo;
- Nidação Fixação do embrião no útero.
ÚTERO:
- Contração muscular para auxiliar transporte espermático ao oviduto e paraexpulsão do feto e placenta, prepara espermatozoides para a fertilização (capacitação), produção de prostaglandinas (lise de corpo lúteo, garantindo que a fêmea volte a ciclar), crescimento embrionário e fetal ( proporciona ao feto um ambiente viável para seu crescimento e sobrevivência). Apresenta glândulas produtoras de muco.
Capacitação Os espermatozóides ejaculados dos mamíferos são incapazes de fecundar oócitos, sem que antes sofram algumas modificações no trato reprodutivo feminino O principal local de capacitação parece ser a tuba uterina, especificamente a região do istmo e útero. As maiores modificações envolvem alterações nos componentes da membrana espermática, que podem ser modificados ou removidos por secreções do trato genital feminino, provocando a desestabilização da bicamada lipídica. Conseqüentemente, ocorrerá fusão da membrana plasmática com a membrana acrossômica externa, iniciando-se a reação acrossômica. Finalmente, ocorrem alterações na motilidade, resultando em hiperativação do espermatozoide. 
- PODE SER:
- Bicornuado Em ovelhas, vacas, porcas, éguas, éguas, cadelas e gatas.
- Vacas e ovelhas Corno uterino encarneirado 
- Porca Grandes cornos uterinos
- Égua Corpo uterino grande e cornos uterinos pequenos.
- Cadelas e gatas Corpo uterino pequeno e cornos grandes.
- Sem cornos uterinos Mulher Corpo uterino grande e sem cornos uterinos.
- Aves Somente o lado esquerdo é desenvolvido. Canguru 2 úteros e 2 vaginas.
CÉRVIX:
-Proteção do útero contra microrganismos, transporte de espermatozoides, reserva de sptz. em algumas espécies (aves e répiteis), bloqueio a contaminação durante a prenhez, manutenção da gestação e serve como canal para o parto, 
- Fórnix Saco de fundo cego. Tem a função de armazenamento de espermatozoides.
- Apresenta morfologia diferentes em cada espécie:
Vaca 4 a 5 anéis cervicais alinhados
Égua Sem anéis cervicais. Apresenta pregas longitudinais na cérvix.
Porca Cérvix em rosca, ou seja, apresenta o canal cervical com proeminências interdigitadas, facilitando a adaptação da glande do pênis. Não têm fórnix.
Pequenos ruminantes Os anéis são totalmente assimétricos (alguns até paralelos), na maioria das vezes impedindo a realização de inseminação artificial transcervical. Constituem 4 a 5 anéis desalinhados.
VAGINA:
- Órgão copulatório, canal de nascimento, produz glândulas de lubrificação (evita trauma do pênis e facilita o nascimento), liberação de ferormônio ,( indica que a fêmea está apta a reprodutação) e compõe o canal do parto.
Vagina anterior Mesma origem embrionária do útero. No início de cada ciclo, há liberação hipofisária de pequenas quantidades de FSH e LH (pequenos pulsos), que juntos provocam o crescimento e amadurecimento dos folículos ovarianos. O crescimento destes folículos induz o aumento da produção de estrógeno. Este é secretado em uma taxa crescente, estimulando a proliferação endometrial, e atingindo o seu pico aproximadamente na metade do ciclo. O pico de estrógeno indica que haverá ovulação com possibilidade de prenhez. O útero começa a produzir secreção e mudar seu epitélio. Nesse momento, a vagina anterior também se modifica, possibilitando que a partir da análise desta, se conheça a fase do ciclo estral em que o animal está.
Vagina posterior Vestíbulo da vagina
GENITÁLIA EXTERNA:
Lábios: Fecha a entrada da vagina, protegendo o sistema reprodutor feminino de contaminação por patógenos presentes nas fezes ou no ambiente.
Clitóris: Órgão sensorial feminino, que quando estimulado permite a contração uterina, aumentando a capacitação do espermatozoide e facilitando seu transporte ao oviduto.
Proteção natural da Vagina: Ph mais baixo.
Obs: Algumas espécies liberam, junto com os espermatozoides e o líquido seminal, um líquido gelatinoso que forma um tampão que impede o refluxo de sêmen após ejaculação na fêmea. Ex: Equinos e suínos.
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Funções: Produção e estoque de espermatozoides, detecção de cio em fêmeas em estro, inseminação de fêmeas e fertilização do órgão feminino. Formado por testículo, epidídimo, cordão espermático, glândulas acessórias, pênis, bolsa escrotal e músculos de exposição/ retração do pênis e de ereção.
TESTÍCULOS:
- Funções: Produzir e transportar espermatozoides, produzir testosterona.
- Túbulos seminíferosprodução e secreção de espermatozóides;
- Células de Leydig secreção de hormônios.
- Revestido por túnica vaginal e albugínea. Essas túnicas participam da barreira hematotesticular.
- O testículo pode ser vertical (boi), oblíquo (porco) ou horizontal.
- Formado por parênquima ( túbulos seminíferos) e mediastino (rede testicular):
Parênquima Túbulos seminíferos:
- Células espermatogênicas espermatogênese- Produção (túbulos seminíferos) 
-Células de sertoli Células de sustentação e proteção. Responsáveis pela nutrição dos gametas, fagocitose, digestão de restos celulares e gametas danificados, compõe a barreira hematotesticular e produz hormônios como inibina e ABP:
- Inibina Cria um retro controle-inibitório de FSH pela hipófise. (redução do FSH).
- Proteína ligante de andrógeno Desenvolvimento de gametas. A proteína ligante de andrógeno (ABP) sob o estímulo do FSH, é responsável pela manutenção de altos níveis de andrógenos no interior dos túbulos seminíferos (necessário para manter o desenvolvimento das células germinativas.).
Barreira hematotesticular Isola os gametas das influências diretas do sangue e evita a formação de Ac contra os próprios gametas.
Túbulos retos e rede testicular:
- Conectam os túbulos seminíferos ao epidídimo. 
Túbulos retos: Continuação dos túbulos seminíferos.
Rede testicular: Recebe os espermatozóides dos túbulos seminíferos e os leva aos ductos eferentes.
Ductos eferentes: Drenam os espermatozóides da rede testicular e conduzem aos ductos epididimários.
Ductos Epididimários: Durante o trajeto nos ductos epididimários, ocorre a maturação dos espermatozóides, com absorção de resíduos citoplasmáticos do processo de espermiogênese. Na cauda do epidídimo, os espermatozóides são armazenados até a ejaculação.
Ducto Deferente: Se estendem desde a cauda do epidídimo até a uretra peniana. Conduz o sptz da cauda do epidídimo ao ducto ejaculatório. 
Testículo- intetstício
- Células de LeydigProdução de testosterona. Sua atividade é modulada pelo nível sérico de LH, que por sua vez é liberado pela hipófise de acordo com a taxa de testosterona circulante (retro controle).
- Células mióidesContração dos túbulos.
OBS: Castração de machos pré-púberes resulta na supressão do desenvolvimento sexual. É um procedimento padrão na criação animal com a finalidade de modificar comportamentos agressivos e de eliminar carcaças com qualidades indesejáveis (Ex.:odor dos cachaços).
EPIDÍDIMO:
Funções: Nutrição, proteção , conservação, maturação e armazenamento de espermatozoide (apresenta baixa disponibilidade de glicose, baixa tensão de O2, alta proporção NA/K e baixo ph, o que mantém o sptz na forma inativa).
Divide-se em: 
–Cabeça: Nutrição, proteção, conservação. Recebe e inicia a maturação do sptz.
–Corpo: Maturação do sptz
–Cauda: Armazena o sptz
Maturação dos espermatozóides: adquirem a capacidade de fecundação, desenvolvem a motilidade, perdem água, condensam a cromatina nuclear, alteram a atividade osmótica de membrana, perdem as reservas de lipídios, eliminam a gota citoplasmática, acumulam fatores decapacitantes nos receptores de membrana.
TERMORREGULAÇÃO:
Para realizar a espermatogênese, os testículos devem apresentar-se em uma temperatura abaixo da temperatura normal do corpo. Alguns fatores que contribuem para essa manutenção ideal da temperatura são:
1- Exposição escrotal Mantém os testículos longes da cavidade abdominal e apresentam glândulas sudoríparas que auxiliam na perda de calor.
2- Cordão espermático Tem a função de sustentar os testículos e auxiliar na termorregulação. Se a temperatura estiver alta, o mm. Cremaster relaxa e afasta o testículo do corpo. Se tiver frio, ele contrai e aproximaos testículos do corpo. É formado por ducto deferente, mm. Cremaster, plexo pampiniforme (vasos), canal linfático e nervos.
3- Plexo pampiniforme Arranjo de artérias e veias que enovelam-se e formam o plexo pampiniforme, que funcionam contra- corrente, aquecendo o sangue que vai para o corpo e resfriando o que vai para os testículos. A varicocele ( varizes nesses vasos), dificulta a termorregulação e compromete a produção de espermatozoides.
4- Ausência de tecido adiposo
5- Glândulas sudoríparas na pele escrotal
6- Presença da túnica Dartus Músculo estriado andrógeno-dependente que auxilia na termorregulação por meio da contração e relaxamento e alteração da espessura escrotal.
ESCROTO
- Bolsa cutânea que recobre os testículos. Formada por pele, tunica dartos, tunica vaginal parietal, tunica vaginal visceral e fáscia escrotal.
- Funções: Proteção mecânica, termorregulação testicular e funciona como ter-sensor.
GLÂNDULAS ACESSÓRIAS:
Produzem o plasma seminal, que nutre e ajuda o transporte de sptz. O plasma seminal serve de veículo aos espermatozóides aumentando o volume do ejaculado, proporcionam um meio (nutrição) adequado a manutenção dos espermatozoides e movimentação espermática.
- Vesícula seminal Desenvolvida nos suínos maior volume de ejaculado.
- Ampola do ducto deferente Suínos não tem ampola
- Próstata Cão só tem próstata
- Bulbo uretral Gatos só tem bulbouretral e próstata
URETRA:
-A uretra (pélvica) recebe o esperma dos ductos deferentes e as secreções das glândulas anexas. É circundada por musculatura lisa que ao se contrair força o sêmen para a uretra peniana e ao exterior.
PÊNIS
- Órgão copulador
Tipos:
Fibroelástico ou fibrocartilaginoso:
•Ruminantes e Suínos; 
•Maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso; 
•Pênis é firme quando não está ereto.
•Não aumenta muito seu diâmetro durante a ereção devido a presença da flexura
Músculo cavernoso:
Eqüinos e Carnívoros
-Maior quantidade de sinusóides sanguíneos;
-Pênis é flácido quando não está ereto 
-Aumenta bastante o seu diâmetro durante a ereção.
* Obs: o pênis do cão e gato são firmes quando não está ereto pela presença do osso peniano.
Formação: 
–Corpo cavernoso-repleto de vasos sanguíneos 
–Corpo esponjoso-reveste a uretra. 
•Divisão:
-Glande/prepúcio (ou extremidade livre):
Touro e varrão: formato espiralado
Carneiro: possui uma projeção da uretra, o processo uretral, que serve para espalhar o sêmen, auxiliando sua chegada a cérvix, pois o ovino produz baixo volume de sêmen.
Cão: Bulbo do pênis e osso peniano
Felinos: glande com espículas dependentes de testosterona. Tem função de estimular as fêmeas durante o coito, estimulando assim, a ovulação. Geralmente, as gatas precisam de várias cópulas para ovular.
 -Corpo (porção principal)
Onde se encontra a flexura sigmóide do pênis nos ruminantes e suínos
-Raíz
Onde se encontram as glândulas acessórias.
MÚSCULOS DO APARELHO REPRODUTOR
•Músculo isquiocavernoso
–Convergem do arco isquiático em direção ao corpo do pênis; 
–Quando contraído eleva o pênis dorso-cranialmente
•Músculo retrator do pênis 
–Responsável pela retração e exposição do pênis.
Músculo uretral
–Reveste a uretra pélvica.
•Músculo bulboesponjoso
–Continuação extrapélvica do músculo uretral;
–Circunda a uretra peniana;
Continua a ação do músculo uretral de esvaziamento da uretra por contrações peristálticas.
Monta natural x Inseminação artificial:
Com a monta natural ou inseminação artificial, os espermatozóides tem que migrarem pelo útero até o oviduto, local onde ocorre a fertilização e devido a este fato, é importante que o sêmen apresente boa motilidade, principalmente para passarem pela cérvix e junção útero-tubárica (HUNTER, 1999).
Existe entre as espécies uma diferença no local de deposição do sêmen no trato reprodutivo feminino durante a monta natural:
- Ovelhas e vacas O pequeno volume de sêmen é ejaculado na porção da vagina anterior.. Em ovelhas e vacas cobertas durante o estro, são necessárias de seis a oito horas para que uma quantidade suficiente de espermatozóides alcancem o oviduto uterina e de dez a doze horas para penetrarem na tuba uterina, sendo que nas ovelhas a passagem dos espermatozóides para o interior da tuba é mais rápida quando a monta é realizada próximo ao momento da ovulação. A técnica de inseminação é retrovaginal, na qual uma das mãos do inseminador conduz uma pipeta que contém uma palheta de sêmen, que é introduzida na vagina e com a outra mão, que está no reto, o inseminador fixa a cérvix e passa a pipeta pelos anéis cervicais, fazendo a deposição do sêmen no corpo do útero (AX et al., 2000). De acordo com Seidel et al. (2000) a deposição do sêmen mais próximo do sítio de fertilização, em vacas, permitiu a utilização de um número reduzido de espermatozóides sem afetar a fertilidade. Senger et al. (1988) observaram que a taxa de prenhez das vacas inseminadas no corpo do útero foi de 43%, enquanto que nos animais inseminados no corno ipsilateral ao foliculo pré-ovulatório a taxa foi de 65%.
- Eqüinos e suínos O ejaculado possui um grande volume, a ejaculação é intra-uterina. Em eqüinos, o transporte espermático é completo quatro horas após a inseminação (BRINSKO et al., 1991). Os espermatozóides penetram na tuba uterina de porcas entre 15 e 30 minutos após a inseminação ou monta natural e após uma hora, uma quantidade de espermatozóides suficiente para fertilizar 90% dos oócitos já penetraram na tuba. A inseminação convencional em éguas é por via vaginal, na qual a mão enluvada do inseminador, guia uma pipeta até a passagem da cérvix e o sêmen é depositado no corpo do útero (MIES, 1997). As inseminações com sêmen fresco e refrigerado, são bastante difundidas e a maioria dos criatórios de eqüinos utiliza destas técnicas, obtendo resultados satisfatórios. Entretanto, a utilização do sêmen congelado ainda é restrita, pois além de exigir um melhor controle do momento da ovulação, os resultados são inferiores aos obtidos com sêmen fresco e refrigerado (SQUIRES et al., 1999).
O local de deposição do sêmen no momento da inseminação artificial é um fator bastante estudado em todas as espécies, pois é de suma importância para obtenção de bons resultados de fertilidade. Algumas técnicas de inseminação ultrapassam etapas do transporte espermático pelo útero (GINTHER, 1992).Foi demonstrado que a habilidade dos espermatozóides, provenientes de sêmen congelado, de atingirem o oviduto, particularmente a região da ampola, é menor do que de sêmen fresco e esta dificuldade no transporte espermático do sêmen congelado, pode ser devido à alterações bioquímicas e físicas na célula espermática (BARDER, 1982). 
Vários fatores contribuem para um perfeito transporte espermático, incluindo a contração uterina que ocorre no momento da cobertura ou inseminação, devido à presença de prostaglandina no sêmen e a liberação de ocitocina pela hipófise (HUNTER, 1999). Ao atingirem o oviduto, os espermatozóides interagem com as células epiteliais, formando um reservatório de gametas funcionais na porção caudal do ístimo, onde os espermatozóides que se aderiram ao viduto reduzem seumetabolismo e mantém a motilidade e capacidade fertilizante por um tempo mais prolongado (POLLARD et al., 1991). O momento da ativação e liberação dos espermatozóides ocorre pouco tempo antes da ovulação e esta importante transferência de informações entre o folículo pré ovulatório e o tecido do ístimo ocorre devido a um mecanismo de contra corrente vascular do pedículo ovariano (STEFANCZYK-KRZYMOWSKA et al., 1994).
PERGUNTAS:
1- Diferencie os ovários, útero e cérvix de cada espécie.
As vacas e as éguas apresentam o ovário mais liso com apenas um folículo dominante visível, porém o ovário das éguas é invertido e o desenvolvimento folicular ocorre na região medular. Além disso, as éguas apresentam fossa ovulatório, onde apenas o folículo que se cresce nessa região se desenvolve e é em formato de feijão . Os suínos e as aves apresentam ovário em formato de cacho de uva, porém apenaso lado esquerdo das aves é desenvolvido.
A cérvix das vacas apresenta cerca de 4 a 5 anéis alinhados, a da suína apresenta-se em forma de rosca, a da égua apresenta pregas longitudinais e dos pequenos ruminantes, pregas cervicais assimétricas, o que dificulta a inseminação.
O útero dos carnívoros apresentam corpo uterino curto e cornos longos. O útero do equino apresenta corpo uterino grande e cornos pequenos. O suíno apresenta grandes cornos uterinos, os ruminantes tem cornos uterinos encarneirados e o das aves, apenas o lado esquerdo é desenvolvido.
2- Por que é possível avaliar o ciclo estral a partir da vagina anterior?
Logo após o pico de estrógeno, o útero libera secreções e começa a liberar secreções, o que indica que haverá ovulação. Como a vagina anterior apresenta mesma origem embrionária que o útero é possível avaliar a fase do ciclo em que o animal está a partir da análise da vagina anterior.
3- Como se organiza o testículo? Qual a função de cada parte?
O testículo é formado pela rede testicular, túbulos seminíferos com as células de sertoli e espermatogônias, e, no interstício, células de leydig. A rede testicular é responsável por transportar o sptz até o epidídimo, as células de sertoli por sustentar, proteger e nutrir os stpz, além de produzir inibina e proteína ligante de andrógeno ( reponsável pelo desenvolvimento de gametas). As células de leydig, produzem testosterona.
4- Quais as funções do epidídimo e quais características fazem com que ele consiga armazenar sptz na forma inativa?
O epidídimo tem a função de nutrir, proteger, conservar, maturar e armazenar espermatozoides na forma inaiva. Esse armazenamento na forma inativa é possível graças a presença de baixas concentrações de glicose e oxigênio, alta proporção de NA/K e baixo pH do fluido epididimal.
5- Quais os mecanismos de termorregulação?
A exposição escrotal permite que haja maior troca de calor do testículo com o ambiente, a presença de glândulas sudoríparas na pele do escroto, permite a dissipação do calor e a ausência de tecido adiposo, que também permite que haja menor temp. O plexo pampiniforme, que age contra-corrente, auxilia na termorregulação resfriando o sangue que chega aos testículos e aquecendo o sangue que sai do test. para circulação. O cordão espermático apresenta o músculo cremaster, que relaxa e afasta o test. do corpo no calor e contrai e aproxima-o no frio. A túnica dartus, auxilia também na termorregulação alterando sua espessura de acordo com a temperatura ambiente, relaxando ou contraindo.
6- Quais as glândulas acessórias, função e como se distribuem nas espécies?
As glândulas acessórias tem a função de produzir o plasma seminal, responsável pela nutrição e transporte de sptz. As glândulas acessórias são : Próstata, ampola, bulbouretral e glândula vesical. Todas elas estão presentes nos ruminantes e equinos. O suíno não apresenta ampola e tem gl.vesical desenvolvida, o canino tem somente a próstata e o felino tem a próstata e a bulbouretral.
7- Fale sobre os tipos de pênis.
 O pênis pode ser do tipo fibrocartilaginoso (fibroelático) ou musculocavernoso. O primeiro é presente em ruminates e suínos e o segundo em equinos e carnívoros. O pênis de suínos é espiralado, o dos pequenos ruminantes apresente processo uretral (serve para espalhar o sêmen na vagina da fêmea), o dos caninos e felinos tem osso peniano, porém somente a glande de felinos, apresenta espículas que estimulam a ovulação em fêmeas.
8- O que é capacitação e onde ela ocorre?
O espermatozoide recém ejaculado não é capaz de fecundar o oócito e precisa de passar por um processo de capacitação para adquirir essa habilidade. O processo envolve alterações na membrana espermática por meio se secreções capacitantes presentes no trato genital feminino, principalmente, oviduto e útero.
DIFERENCIAÇÃO SEXUAL- AULA 2
É o processo de determinação sexual em macho e fêmea, a partir de zigoto indiferenciado. A determinação sexual biológica em mamíferos é estritamente cromossômica (isto é, não possui nenhuma influência do ambiente). Indivíduos com genótipo XX possuem o sexo biológico feminino e indivíduos com o genótipo XY possuem o sexo biológico masculino.
Definição:
Primária: Determinação sexual primária é a determinação das gônadas, que acontece durante a embriogênese a partir da expressão de certos genes. O cromossomo Y carrega um gene que produz um fator determinante de testículos, por isso esse cromossomo é determinante na formação das gônadas.
Secundária: É a determinação do fenótipo do corpo, como Genitália externa, desenvolvimento mamário, comportamento, etc. Geralmente acontece por ação de hormônios produzidos nas gônadas. Os hormônios estrogênicos produzidos pelos ovários permitem o desenvolvimento do ducto mulleriano em útero, oviduto, cérvix e parte anterior da vagina, enquanto o ducto de Wolff se degenera. Os testículos secretam dois hormônios: o anti-mulleriano (AMH), o qual promove a atrofia do ducto mulleriano, e a testosterona, que promove o desenvolvimento do ducto de Wolff em epidídimo, vaso deferente e vesícula seminal. A testosterona é convertida em di-hidrotestosterona (DHT), a qual promove a masculinização da genitália externa e estimula a formação do pênis e da próstata.
Embriologia:
Durante a formação do embrião, ocorre a migração de células germinativas do saco vitelínico sobre o mesentério do intestino posterior para a crista genital do embrião, que sob orientação gênica, permite a formação de:
1- Células germinativas primordiais Irá formar a espermatogônia nos machos e a oogônia nas fêmeas.
2- Células mesenquimais Irá formar as células de Leydig (responde a LH) em machos e as células da teca e estroma nas fêmeas.
3- Células germinativas epiteliais Irão formar os túbulos seminíferos e as células de sertoli em machos e os folículos primordiais em fêmeas.
Determinação do sexo:
- Classicamente, a cronologia da diferenciação sexual cursa com o estabelecimento do sexo cromossômico, seguido do desenvolvimento gonadal que desencadeará o desenvolvimento do sexo fenotípico. O controle genético e hormonal estabelecido, então, pela expressão de genes localizados nos cromossomos sexuais e em outros locus dos cromossomos somáticos.
Sexo cromossomal Determinado na fecundação
Sexo gonadal A partir de 7 dias de gestação nos machos e cerca de 15 dias nas fêmeas caninas. Essa determinação varia com a espécie.
Sexo fenotípico É a determinação do fenótipo do corpo, como Genitália externa, desenvolvimento mamário, etc.
SEXO CROMOSSOMAL:
- Único par de cromossomos sexuais em mamíferos. O sexo é determinado no momento da fecundação. Nos mamíferos, os machos são heterogaméticos (XY) e as fêmeas são homogaméticas ( XX). Assim, a determinação do sexo, em mamíferos, se estabelece pelo arranjo formado entre o cromossomo X, originário da fêmea e o cromossomo X ou Y originário do gameta masculino. O cromossomo Y carrega um gene ( SRY) que produz um fator determinante de testículos, sendo este determinante na formação das gônadas masculinas. Na ausência dele, a gônada primordial se diferenciará em ovários.
- Gene SRY É um fator de transcrição, necessário para formação de testículos. Na ausência dele, a gônada primordial se diferenciará em ovários. O gene SRY produz um fator determinante de testículos que estimula a produção do fator anti-mulleriano.
SEXO GONADAL:
Diferenciação gonadal no macho: O cromossomo Y carrega um gene ( SRY), que produz um fator determinante de testículos que é implicado na formação dos testículos. A expressão do gente SRY, irá a estimular o cordão sexual primário a sofrer uma série de modificações para a formação dos túbulos seminíferos, retos e rede testicular e a diferenciação sexual do testículo. As células de sertoli começam a produzir, então, o hormônio anti-mulleriano (AMH), que causa a regressão dos ductos de Muller. Um dos tipos celulares que se diferencia na formação do testículo é o das células intersticiais de Leydig. Este tipo celular	se origina das células mesenquimaislocalizadas entre os cordões seminíferos. As células de leydig, produzem então a testosterona, que promove o desenvolvimento do ducto de Wolff em epidídimo, vaso deferente e vesícula seminal. A testosterona é convertida em di-hidrotestosterona (DHT), a qual promove a masculinização da genitália externa e estimula a formação do pênis e da próstata.
Diferenciação gonadal na fêmea: Na fase indiferenciada, os embriões de ambos sexos apresentam dois pares de condutos: Os ductos de wolff e os ductos de muller. Nos machos, o ducto de wolff se desenvolve por estímulo da testosterona e o hormônio anti-mullerariano é responsável pela regressão do ducto de muller. Sendo assim, na ausência de testosterona ( produzido pelas células de leydig) e do hormônio anti-mulleriano ( produzido pelas células de sertoli), os ductos de wolff irão regredir, e o ducto de muller irá se desenvolver em útero, oviduto, cérvix e região anterior da vagina. O gene DAX-1 , localizado no cromossomo X inibe a diferenciação testicular e como consequência a gônada acaba se tornando ovário, porém a interação desse genes com outros e como esse processo ocorre ainda não é bem elucidado. 
SEXO HORMONAL:
- Machos: As células de sertoli, durante o desenvolvimento embrionário, serão responsáveis pela produção do hormônio anti-mulleriano que irá promover a regressão dos ductos de muller e as células de leydig irão produzir a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos ductos de wolff em epidídimo, vaso deferente e vesícula seminal. A testosterona convertida em di-hidrotestosterona (DHT), irá promover a masculinização da genitália externa e estimula a formação do pênis e da próstata. O hormônio inibina está associado a descida testicular.
- Fêmeas: Na ausência de testosterona ( produzido pelas células de leydig) e do hormônio anti-mulleriano ( produzido pelas células de sertoli), os ductos de wolff irão regredir, e os hormônios estrogênicos produzidos pelos ovários permitirão o desenvolvimento do ducto mulleriano em útero, oviduto, cérvix e região anterior da vagina. 
SEXO FENOTÍPICO
É a determinação do fenótipo do corpo, como Genitália externa, desenvolvimento mamário, comportamento, etc. Geralmente acontece por ação de hormônios produzidos nas gônadas. A diferenciação da genitália externa ocorre próximo ao final do primeiro terço de gestação. Então é possível a realização da sexagem em bovinos a partir do 56º dia pós coito e em humanos na 11ª semana de vida fetal. 
Fêmea: Os hormônios estrogênicos produzidos pelos ovários permitem o desenvolvimento do ducto mulleriano em útero, oviducto, cérvix e parte anterior da vagina, enquanto o ducto de Wolff se degenera. Dependendo da espécie, a porção terminal do ducto de muller participa em maior ou menor proporção da formação da vagina anterior O contato do primórdio uterovaginal com o seio urogenital induz a formação de uma saliência maciça, que se estende do seio urogenital para a extremidade caudal do primórdio uterovaginal. Posteriormente, a extremidade caudal dos ductos de muller fundidos e a placa vaginal (originada do seio urogenital), canalizam-se formando a vagina.
Macho: A testosterona convertida em di-hidrotestosterona (DHT), irá promover a masculinização da genitália externa e estimula a formação do pênis, escroto	 e da próstata. 
- Na fase indiferenciada, ambos os sexos apresentam as seguintes estruturas, circundando o orifício cloacal: Tubérculo genital	, pregas urogenitais e eminencias labioescrotais. Estas estruturas são formadas precocemente no embirão e se desenvolvem a partir do mesenquima que rodeia a membrana cloacal. Em machos, sob a ação do hormônio di-hidrotestosterona, haverá a diferenciação dessas estruturas em pênis, próstata e saco escrotal. Em fêmeas, sob ação de hormornios gonadais femininos, diferenciam-se em clitóris, lábios menores e maiores.
SEXO COMPORTAMENTAL E CEREBRAL:
O cromossomo Y carrega um gene ( SRY) que produz um fator determinante de testículos, sendo este determinante na formação das gônadas masculinas. As gônadas masculinas serão responsáveis pela produção de testosterona fetal, que apresenta a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica. Ao atravessar a barreira, a testosterona é convertida em estradiol, que será responsável pela inibição do centro cíclico. O estrógeno apresenta uma alfa-proteína a qual impede sua passagem pela barreira hematoencefálica, o que faz com que tanto o centro cíclico quanto o tônico fiquem ativos.
- No macho não é observada a descarga cíclica de GnRH em virtude do hipotálamo masculinizado. Fêmeas possuem descarga tônica e cíclica de LH e FSH. 
- A testosterona é secretada continuamente, enquanto o estrógeno aumenta em períodos específicos. Sem o centro cíclico, a fêmea teria comportamento reprodutivo receptivo sempre, mas sem ovular. Esse comportamento seria expresso apenas na puberdade.
DESCIDA TESTICULAR:
- Ocorre na dependência de testosterona e di-hidrotestosterona. Se os testículos ficarem no abdômen, há mais chances de virar tumor.
- O fechamento do canal inguinal após a descida testicular ocorre para que o testículo não retorne a cavidade abdominal. O fechamento é parcial em ratos, coelhos e cobaias, pois essas são presas contínuas e precisam portanto, proteger o seu aparelho reprodutor para que possam preservar a espécie.
Patologias por falha de descida testicular:
- Criptorquidia Ocorre mais em cães e equinos.
- Hérnia inguinal
- Tumor testicular.
ANORMALIDADES DE DESENVOLVIMENTO:
Free-Martin:
Anormalidade observada mais em bovinos. Ocorre quando há gestação gemelar, sendo um dos fetos fêmea e o outro macho e há a anastomose de vasos sanguíneos placentários, que conduzem a uma circulação comum entre os embriões. A fusão da circulação das membranas fetais permitem o intercambio de várias substâncias, mas principalmente de andrógenos de origem testicular, células e do TDF (fator de diferenciação testicular). Pela passagem de células XX e XY, há possibilidade de aparecimento de quimeras cromossômicas (XX/XY) e pela passagem de substancias ou hormônios inibidores da evolução e diferenciação dos ductos de muller.
- A modificação na organogênese do sistema genital da fêmea, deve-se ao desenvolvimento mais precoce dos testículos relativamente aos ovários. As outras substâncias já mencionadas (fator inibidor dos ductos de Müller e fator de diferenciação testicular) inibirão a evolução dos órgãos originários do paramesonefro (ductos de Müller), ovidutos, útero, cérvix e vagina anterior. A vagina posterior, muitas vezes, se forma normalmente.
As fêmeas freemartin podem apresentar clitóris hipertrofiado, presença de pêlos longos na vulva, vagina mais curta, em fundo cego, sendo em algumas regiões do Brasil chamada de vaca "maninha", apresentando características de machos (pescoço e espáduas musculosos), ausência de cérvix, ovários poucos desenvolvidos ou ausentes, pouco desenvolvimento do sistema mamário, vestígios de gônadas masculinas e hipoplasia dos ductos de Muller, sendo considerada infértil (em mais de 90% das ocorrências).
Não se deve esquecer que o macho quimérico proveniente de parto gemelar heterossexual apresenta diminuição da fertilidade e uma menor concentração e motilidade espermáticas, o que tem sido relacionado com a diminuição da atividade dos túbulos seminíferos, causada possivelmente por transmissão da linhagem de células germinativas XX provenientes desua irmã gêmea (Rejduch et al., 2000). No entanto, Padula (2005) afirma que o feto macho desenvolve-se normalmente e sua fertilidade pode não ser afetada..
- -Diagnóstico: Histórico (parto gemelar);-Teste do “tubinho” (conduto vaginal cerca de 5cm);

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