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Os Cronistas e a Literatura de Informação

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LITERATURA BRASILEIRA I
Aula 2- Os cronistas e a literatura de informação 
Aula 2 – Os cronistas e a literatura de informação 
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LITERATURA BRASILEIRA I
Conteúdo Programático desta aula
O panorama histórico, político e social vigente no século XVI no Brasil e em Portugal; 
A Carta, de Pero Vaz de Caminha, a partir do contexto histórico de sua elaboração e sua importância para a Literatura;
Os textos de Pero Magalhães de Gandavo;
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LITERATURA BRASILEIRA I
Contexto Histórico:
quando aqui chegaram, os colonizadores portugueses encontraram indígenas que não possuíam registros escritos de sua cultura; logo, se não havia escritores, também não havia leitores entre os índios;
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LITERATURA BRASILEIRA I
Contexto Histórico:
o Brasil permaneceu como colônia portuguesa de 1500 a 1822, ano de nossa Independência. Até 1808, com a chegada da família real ao nosso país, não havia cursos superiores. As famílias mais abastadas enviavam seus filhos para a Universidade de Coimbra;
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Contexto Histórico:
Toda e qualquer atividade de imprensa, como a publicação de jornais ou livros, foi proibida em nosso país até a chegada da família real portuguesa, em 1808.
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http://corvosecaravelastextos.wordpress.com/2008/03/02/as-vesperas-dos-200-anos-da-chegada-da-familia-real-portuguesa-ao-brasil/
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LITERATURA BRASILEIRA I
 Antônio Candido, em sua obra Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos, diferencia “literatura” de “manifestações literárias”.
Literatura: “sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase.”
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LITERATURA BRASILEIRA I
“A literatura é uma arte, a arte da palavra, isto é, um produto da imaginação criadora, cujo meio específico é a palavra, e cuja finalidade é despertar no leitor ou ouvinte o prazer estético. Tem, portanto, um valor em si, e um objetivo, que não seria de comunicar ou servir de instrumento a outros valores – políticos, religiosos, morais, filosóficos. Dotada de uma composição específica, que elementos intrínsecos lhe fornecem, tem um desenvolvimento autônomo.” (COUTINHO, Afrânio. A Literatura no Brasil. 7.ed.São Paulo: Global, 2004. vol. 1. p. 61)
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LITERATURA BRASILEIRA I
“Os primeiros escritos da nossa vida documentam precisamente a instauração do processo: são informações que viajantes e missionários europeus colheram sobre a natureza e o homem brasileiro.(...) A pré-história das nossas letras interessa como reflexo da visão do mundo e da linguagem que nos legaram os primeiros observadores do país(...) E não é só como testemunhos do tempo que valem tais documentos: também como sugestões temáticas e formais.” ( BOSI, p13)
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“...a formação do mito do ufanismo, tendência à exaltação lírica da terra ou da paisagem, espécie de crença num eldorado ou ‘paraíso terrestre’, (...) constituirá uma linha permanente da literatura brasileira de prosa e verso. Pero Vaz de Caminha, Anchieta, Nóbrega, Cardim, Bento Teixeira, Gandavo, Gabriel Soares de Sousa, Fernandes Brandão, rocha Pita, Vicente de Salvador, Botelho de Oliveira, Itaparica, Nunes Marques Pereira, são exemplos da série de cantores da ‘cultura e opulência’, ou autores de ‘diálogos das grandezas’, que constituem essa singular literatura de catálogo e exaltação dos recursos da terra prometida. (continua)
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LITERATURA BRASILEIRA I
Essa literatura, diga-se passagem, não deveria estar longe de emergir de motivos econômicos de valorização da terra aos olhos europeus.” ((COUTINHO , Afrânio. Introdução à literatura brasileira. P. 79)
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LITERATURA BRASILEIRA I
 “Quanto à literatura dos descobrimentos, quer nasça como descrição do novo ‘paraíso na terra’ ou como pesquisa curiosa de diferentes modos de viver por parte de um europeu doente de civilização, ou como desejo de um europeu portador do verbo de tornar semelhantes seus os ‘selvagens’ transoceânicos, será ela o paradigma constante de todo futura ação literária ‘brasileira’” (STEGAGNO PICCHIO, Luciana. História da Literatura Brasileira. 2.ed.rev.atual. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004. p.86)
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PRINCIPAIS DOCUMENTOS DO PERÍODO:
a Carta de Pero Vaz de Caminha a el-rei D. Manuel- 1500;
o Diário de Navegação de Pero Lopes e Sousa, escrivão do primeiro grupo colonizador(1530);
o Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos Brasil, de pero Magalhães Gândavo (1576);
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a Narrativa Epistolar e os Tratados da Terra e da Gente do Brasil, do jesuíta Fernão Cardim (1583);
 o Tratado Descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Sousa (1587);
o Diálogo das Grandezas do Brasil de Ambrósio Fernandes Brandão (1618);
o Diálogo sobre a Conversão do Gentio, do Pe Manuel da Nóbrega (1558) 
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Poema Falado - Carta do Descobrimento e Hino Nacional 
http://www.youtube.com/watch?v=FMRXAND9h2s&feature=related
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A Carta
 “O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. (...)Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a alguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata!
 (continua)
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(...) Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não queríamos nós entender, por que lho não havíamos de dar!”
 http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000283.pdf 
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Pero Vaz de Caminha ( Oswald de Andrade)
A descoberta 
Seguimos nosso caminho por este mar de longo 
Até a oitava de Páscoa 
Topamos aves 
E houvemos visto de terra 
Os selvagens Mostraram-lhes uma galinha 
Quase haviam medo dela 
E não queriam pôr a mão 
E depois a tomaram como espantados 
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As meninas da Gare 
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis 
Com cabelos mui pretos pelas espáduas 
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas 
Que de nós as muito bem olharmos 
Não tínhamos nenhuma vergonha
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Vamos ler um trecho da História da Província de Santa Cruz, de Pero Magalhães Gandavo? 
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“Primeiramente tratarei da planta e raiz de que os moradores fazem seus mantimentos que la comem em logar de pão. A raiz se chama mandioca, e a planta de que se gera he de altura de hum homem pouco mais ou menos. Esta planta nam he muito grossa, e tem muitos nós: quando a querem plantar em alguma roça cortão-na e fazem-na em pedacos, os quaes metem debaixo da terra, depois de cultivada, como estacas, e dahi tornaõ arrebentar outras plantas de novo: e cada estaca destas cria tres ou quatro raizes e dahi pera cima (segundo a virtude da terra em que se planta) as quaes põem nove ou dez meses em se criar: salvo em Sam Vicente que põem tres annos por causa da terra ser mais fria.”
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Outro trecho de Gândavo
“Esta é mui branda,e a qualquer nação fácil de tomar. Alguns vocábulos há nela de que não usam senão as fêmeas, e outros que não servem senão para os machos: carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente. (Cap. X)” (Apud. Bosi, p. 17)
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Os Diálogos das Grandezas do Brasil - Ambrósio Fernandes Brandão
Diálogos entre Brandônio, o colonizador, e Alviano, recém-chegado da metrópole.O texto é composto de informações úteis ao imigrantes, pois há ênfase na descrição da natureza e dos costumes, procurando ambientar os novos habitantes de acordo com o contexto do país.
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Para finalizar:
Nessa aula conhecemos o contexto histórico do período do descobrimento do Brasil, refletimos sobre a importância dos primeiros textos escritos sobre nossas terras e nossos índios.
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