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Sistema Tributário Parte 1

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Direito Constitucional III
Professora Angélika Veríssimo 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Sistema Tributário Nacional – arts. 145 a 162, CF;
Conceito: É um conjunto de regras básicas destinadas a reger as relações formadas entre o Estado/Fisco e o particular/contribuinte, informando as bases constitucionais para tributação em nosso país;
Abrangência das normas: princípios gerais da tributação; limites do poder de tributar; tributos das entidades políticas (competências) e repartição de receitas;
Art. 145, CF – Instituição de Tributos pela União, Estados, DF e Municípios.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Código Tributário Nacional define Tributo como:
	“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
O pagamento do tributo consiste em uma obrigação tributária, que deriva da vontade da lei;
Ocorrendo o fato previsto em lei (fato gerador abstrato), surge a obrigação de pagar dinheiro ou algo que em moeda possa se exprimir;
O tributo não é penalidade, não constitui sanção por ato ilícito.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Espécies de tributos: art. 145, art. 148 e parágrafo único, art. 149, CF;
IMPOSTO – o fato gerador abstrato (hipótese de incidência tributária) não se vincula a qualquer atividade específica do Estado;
É tributo não vinculado ou sem causa, pois não há vinculação a um determinado serviço ou contraprestação do Estado;
Carrazza ensina que são prestações pecuniárias desvinculadas de qualquer relação de troca ou utilidade;
TAXA – tem por fato gerador abstrato o exercício do poder de polícia ou a utilização de serviços públicos;
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Poder de polícia é espécie de atividade administrativa (preventiva ou repressiva), que condiciona o exercício dos direitos de liberdade e propriedade do particular em nome do interesse público;
CTN, Art. 78. “Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
O serviço público tem que ser específico e passível de individualização;
A utilização do serviços público poderá ser de modo efetivo ou potencial, logo, não há necessidade do cidadão fazer ou não uso do serviço;
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – benefícios proporcionados por obras realizadas pela União, Estados, municípios e DF;
O fato gerador abstrato constitui a realização de uma obra pública e a valorização do imóvel;
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Sacha Calmon Navarro Coêlho ensina que é o imposto sobre a mais-valia imobiliária causada pelo Estado;
O custo da obra será rateado proporcionalmente com os proprietários da área beneficiada, devendo ser pago após o término da obra pública;
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (art. 148, CF) – tributo de competência exclusiva da União, com aplicação vinculada (parágrafo único, art. 148, CF), em razão dos objetivos:
Atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; e,
No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, desde que respeitado o princípio da anterioridade (art. 150, III, b, CF). 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS (art. 149, CF) – a pessoa política, por meio de lei, delega a terceiros (autarquia ou paraestatal) a capacidade de arrecadar o tributo, os quais poderão dispor do produto arrecadado;
Podem ser: sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas (contribuições corporativas);
Contribuições sociais – financiamento da ordem social, divididas em:
Previdenciárias– art. 195, I, a, II e, CF: 
dos empregados e empregadores ao INSS, dos autônomos e dos servidores públicos;
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Seguridade Social– art. 195, I, b e c, III e IV, art. 239, todos da CF e arts. 75, 84 e 90 do ADCT:
 sobre receita ou faturamento (PIS/PASEP e COFINS), sobre lucro líquido (CSLL), sobre a receita de concursos e prognósticos e do importador de bens ou serviços do exterior (COFINS - importação);
Contribuições da competência residual da União – art. 195, § 4º, CF c/c o art. 154, I, CF:
FGTS – Lei Complementar nº 110/2001;
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Contribuições para educação e serviços sociais autônomos – art. 212, § 5º e art. 240, ambos da CF:
Salário-educação e sistema SENAI, SESI, SENAC e SEBRAE;
Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) – contraprestação ao Estado pelo desempenho de atividade reguladora no’ setor produtivo (econômico);
Decorre da regulação da atividade econômica e possui utilização vinculada;
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Dispõe o art. 149, § 2º, I a III, da CF que: 
 	
	As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
	
	I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
	II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; 
	III - poderão ter alíquotas: 
	a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; 
	b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas – destinadas à manutenção de entidades sindicais e profissionais;
Resultam da fiscalização das profissões e destinadas aos órgãos fiscalizadores.
Contribuições de iluminação pública – COSIP – art. 149 – A, CF:
Municípios e DF poderão instituir o tributo;
Destinação vinculada: custeio do serviço de iluminação pública.

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